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DETALHAMENTO

DE ESTRUTURAS DE AÇO
Prof. Alberto Leal, MSc.
GRUPO HCT
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. DETALHAMENTO DE ESTRUTURAS 2

CAPÍTULO 01
Durabilidade

1.1 Considerações iniciais


1.2 Definição do sistema de
proteção
1.3 Erros comuns de projeto
1.4 Estudos de caso
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1. Durabilidade
1.1 Considerações iniciais
 Definição da Classe de Agressividade
Ambiental (CAA) da construção.

 Definição do procedimento de limpeza, do


tipo de pintura de base/acabamento e da
espessura da camada.

 Detalhamento de estruturas que identifique


possíveis problemas de durabilidade.

 Cuidados especiais durante a etapa


executiva.

• A durabilidade das estruturas de aço é um dos requisitos fundamentais para a viabilidade


econômica de um determinado empreendimento. Neste contexto, é importante que
algumas medidas construtivas e de projeto sejam adotadas.
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1. Durabilidade
1.1 Considerações iniciais

• Em termos de projeto e detalhamento, existe uma deficiência muito grandes relacionadas


às especificações do sistema de proteção anticorrosiva. Além disto, diversos detalhes de
ligações e de sistemas estruturais não são adequados para determinados ambientes.
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1. Durabilidade
1.2 Definição do sistema de proteção

• Neste sentido, quais seriam as referências básicas para definição correta do sistema
de proteção nos projetos? A ABNT NBR 8800:2008, sugere, no Anexo S, textos de
interesse para o Anexo N, referente aos requisitos de durabilidade. Vale destacar que
há uma versão atualizada do Manual do CBCA (2006).
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1. Durabilidade
1.2 Definição do sistema de proteção

• Outros manuais com informações boas para aplicações de projeto são fornecidos pelos
fabricantes de tintas e produtos para pintura industrial. A WEG, por exemplo, apresenta
diversos sistemas de proteção em função da ambiente em que a obra esteja inserido.
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1. Durabilidade
1.2 Definição do sistema de proteção
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1. Durabilidade
1.2 Definição do sistema de proteção
AGRESSIVIDADE
BAIXA
AGRESSIVIDADE
MÉDIA
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1.2 Definição do sistema de proteção
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1. Durabilidade
1.2 Definição do sistema de proteção
AGRESSIVIDADE
ELEVADA
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1. Durabilidade
1.2 Definição do sistema de proteção
AGRESSIVIDADE
ELEVADA
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1. Durabilidade
1.2 Definição do sistema de proteção
AGRESSIVIDADE
ELEVADA
PROTEÇÃO COM
TINTAS EM PÓ
LINHA DE
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1. Durabilidade
1.2 Definição do sistema de proteção
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1.2 Definição do sistema de proteção
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1. Durabilidade
1.2 Definição do sistema de proteção
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1. Durabilidade
1.2 Definição do sistema de proteção
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1. Durabilidade
1.2 Definição do sistema de proteção
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1. Durabilidade
1.2 Definição do sistema de proteção
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1. Durabilidade
1.2 Definição do sistema de proteção

• Uma boa referência para a definição do sistema de proteção anticorrosiva é a ABNT NBR
8800:2008. É definido, na referida norma, algumas classes de agressividade ambientais
e exemplos de ambientes típicos. Recomenda-se que estas informações sejam
apresentadas nos projetos estruturais.
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1. Durabilidade
1.2 Definição do sistema de proteção
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1.2 Definição do sistema de proteção
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1. Durabilidade
1.2 Definição do sistema de proteção
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1. Durabilidade
1.2 Definição do sistema de proteção
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1.3 Erros comuns de projeto

• A) Escolha inadequada do sistema estrutural: O tipo de estrutura deve levar em


consideração problemas relacionados ao acúmulo de sais, umidade e impurezas sobre a
superfície metálica. Sistemas treliçados, por exemplo, devem ser cuidadosamente
avaliados em ambientes externos.
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1. Durabilidade
1.3 Erros comuns de projeto

• A) Escolha inadequada do sistema estrutural: A figura acima ilustra um galpão


composto por estruturas de concreto pré fabricado e por treliças metálicas de cobertura.
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1. Durabilidade
1.3 Erros comuns de projeto

• A) Escolha inadequada do sistema estrutural: Observe que o galpão apresenta


problema generalizado de corrosão na estrutura..
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1. Durabilidade
1.3 Erros comuns de projeto

• A) Escolha inadequada do sistema estrutural: Na estrutura de cobertura auxiliar,


localizada na área externa, os perfis U facilitam o acúmulo de impurezas.
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1. Durabilidade
1.3 Erros comuns de projeto

• A) Escolha inadequada do sistema estrutural: A estrutura da cobertura principal é


composta por um sistema treliçado com perfis tipo U nos banzos e diagonais.
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1. Durabilidade
1.3 Erros comuns de projeto

• B) Presença de frestas: Note que os elementos treliçados apresentam pequeno


afastamento entre as peças, favorecendo a ocorrência de corrosão no aço.
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1. Durabilidade
1.3 Erros comuns de projeto

• B) Presença de frestas: O ábaco acima descrito é um importante parâmetro para


avaliação do afastamento ideal entre seções compostas de aço.
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1. Durabilidade
1.3 Erros comuns de projeto

• B) Presença de frestas: O ábaco acima descrito é um importante parâmetro para


avaliação do afastamento ideal entre seções de aço e os elementos de vedação.
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1. Durabilidade
1.3 Erros comuns de projeto

• B) Presença de frestas: Em regiões onde não seja possível garantir os afastamentos


mínimos, é sugerido que as frestas sejam tamponadas com massa plástica ou silicone.
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1. Durabilidade
1.3 Erros comuns de projeto

• C) Acúmulo de água: Deve-se tomar cuidado, durante etapa de projeto, para evitar que
haja acúmulo de água, sais e impurezas nas peças metálicas. (Exemplo: Base de Pilares)
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1. Durabilidade
1.3 Erros comuns de projeto

• C) Acúmulo de água: Conforme mencionado anteriormente, alguns tipos de seções


transversais favorecem a canalização de água. Vigas treliçadas com perfis U, por
exemplo.
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1. Durabilidade
1.3 Erros comuns de projeto

• D) Presença de quinas: Deve-se adotar cuidados especiais em regiões de quinas,


durante a etapa de proteção anticorrosiva. É ideal que seja indicado no projeto que
estas situações requerem maior atenção durante a aplicação da tinta.
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1. Durabilidade
1.3 Erros comuns de projeto

• E) Juntas soldadas: A execução mal feita de


juntas soldadas é uma das razões mais comuns
para a perda de durabilidade do aço estrutural.
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1. Durabilidade
1.3 Erros comuns de projeto

• F) Limpeza inadequada: As estruturas de aço devem ser sujeitas a um procedimento


de limpeza compatível com a classe de agressividade ambiental.
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1. Durabilidade
1.3 Erros comuns de projeto
A: Superfície com carepa de
laminação ainda intacta.

B: Superfície com carepa de


laminação se destacando e com
presença de ferrugem, em qualquer
proporção.

C: Superfície com corrosão


generalizada e sem carepa.

D: Superfície com corrosão


generalizada, contendo pontos
profundos (pites).

• F) Limpeza inadequada: A figura acima foi retirada do manual de proteção


anticorrosiva da Gerdau e apresenta os graus de intemperismo sobre a estrutura.
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1. Durabilidade
1.3 Erros comuns de projeto
CONDIÇÕES INICIAIS DO AÇO ISO 8501-1
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1. Durabilidade
1.3 Erros comuns de projeto
CONDIÇÕES DO AÇO APÓS A LIMPEZA
ISO 8501-1
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1. Durabilidade
1.3 Erros comuns de projeto
CONDIÇÕES DO AÇO APÓS A LIMPEZA
ISO 8501-1
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1. Durabilidade
1.3 Erros comuns de projeto

• F) Limpeza inadequada: A figura acima foi retirada do manual de proteção


anticorrosiva da Gerdau e apresenta os graus de intemperismo sobre a estrutura.
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1. Durabilidade
1.4 Estudos de caso

• O projeto em questão está inserido numa zona portuária e, portanto, apresenta elevada
classe de agressividade ambiental.
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1. Durabilidade
1.4.1 Marina da Penha

• As estruturas de fechamento lateral são compostas por peças tubulares, cuja seção
transversal é menos favorável ao acúmulo de impurezas, sais e umidades.
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1. Durabilidade
1.4.1 Marina da Penha

• Na cobertura, existem estruturas treliçadas e terças de cobertura compostas por perfis


formados a frio. Para melhoria na durabilidade, os referidos elementos não são expostos
diretamente às intermpéries.
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1. Durabilidade
1.4.1 Marina da Penha

• Nesta ilustração, fica mais evidente o revestimento na face inferior do plano de


cobertura.
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1. Durabilidade
1.4.1 Marina da Penha

• Na região frontal do prédio destinado a uma área de lazer, o fechamento lateral metálico
é revestido com vidro, atenuando a perda de durabilidade associada à referida
estrutura.
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1. Durabilidade
1.4.1 Marina da Penha

• Na mesma região frontal, a marquise metálica demandará uma manutenção preventiva


ao longo da vida útil. Mesmo adotando medidas para adequada limpeza e proteção
anticorrosiva, o ambiente é altamente agressivo.
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1. Durabilidade
1.4.1 Marina da Penha

• Na guarita, foram previstas pelo projeto arquitetônico apenas estruturas metálicas de


sustentação dos pórticos na cor “marrom”. Embora tenham revestimento em placa
cimentícia, é sugerido adotar cuidados especiais na proteção anticorrosiva.
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1. Durabilidade
1.4.2 Reforço Estrutural

• Na obra em questão, o sistema de proteção anticorrosiva foi idealizado para um


ambiente com baixa agressividade, tendo em vista que haverá uma ampliação na área
externa e os perfis não estarão sujeitos diretamente às intempéries.
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CAPÍTULO 02
Galpões de uso geral

2.1 Considerações iniciais


2.2 Características gerais
2.3 Pré dimensionamento
2.4 Ligações entre vigas
2.5 Vigas Principais
2.6 Contrav. vertical e de
cobertura
2.7 Fechamento Frontal
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2. Galpões de uso geral


2.1 Considerações iniciais

• As estruturas de aço, de maneira geral, são especificadas para as construções no


intuito de garantir elevada eficiência estrutural e leveza. Neste sentido, os galpões
industriais se encaixam perfeitamente nesta descrição.

• As vigas principais de aço, por exemplo, possuem seção transversal constante em


regiões intermediárias e reforços localizados na cumeeira e ligações viga/pilar.
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2. Galpões de uso geral


2.1 Considerações iniciais
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2. Galpões de uso geral


2.1 Considerações iniciais

• Geralmente, em estruturas com vão livre da ordem de 25 metros, os galpões laminados


representam uma alternativa com melhor relação custo/benefício.

• Para efeito de projeto e detalhamento, uma referência bibliográfica recomendado é o


“Manual de Galpões” da Gerdau. É possível observar ábacos para pré
dimensionamento, além de diversos detalhes típicos, locação de pilares, listas de
materiais, dentre outros.
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2. Galpões de uso geral


2.2 Características gerais

• Os galpões são constituídos por estruturas aporticadas em série. Os componentes


estruturais principais são os pilares e vigas de cobertura. Na literatura estrangeira, são
comuns as denominações “column” e “rafter”.

• Os pórticos planos localizados nas extremidades apresentam particularidades em


relação às características apresentadas na ilustração acima.
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2. Galpões de uso geral


2.2 Características gerais

• Nas extremidades, é usual que a construção apresente vigas e pilares destinados ao


fechamento lateral. Neste contexto, as vigas principais de cobertura apresentam vãos
livres menores se comparados aos pórticos planos dispostos em regiões intermediárias.

• Na literatura técnica, é usual denominar os pórticos de extremidade por “Gable


Frames”.
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2. Galpões de uso geral


2.2 Características gerais

• A figura acima retrata um galpão industrial composto por uma associação de pórticos
planos. No plano de fundo, nota-se a presença de vigas e pilares de fechamento lateral.
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2. Galpões de uso geral


2.2 Características gerais

• Note que o pórtico de extremidade, composto por vigas e pilares de fechamento lateral,
apresentam componentes estruturais diferentes em relação aos pórticos adjacentes. A
presença dos pilares de fechamento, por exemplo, reduz a solicitação das vigas
principais de cobertura.
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2. Galpões de uso geral


2.2 Características gerais

• Nos galpões, é usual também a especificação de alvenaria numa altura inicial de 3


metros e, a partir desta cota, utilizer fechamento lateral composto por telhas metálicas
e vigas de aço.
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2. Galpões de uso geral


2.2 Características gerais

• A estrutura secundária dos galpões é destinada ao suporte das telhas de cobertura e de


fechamento lateral. Além desta finalidade, uma importante função desempenhada por
tais elementos refere-se ao travamento lateral da estrutura aporticada principal.
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2. Galpões de uso geral


2.2 Características gerais

• Durante a realização do projeto e detalhamento, os principais aspectos sobre a


estrutura aporticada principal são:

▪ Ligação entre pilares e fundações ▪ Comprimento de flambagem - vigas principais


▪ Ligação entre vigas e pilares ▪ Travamento lateral das vigas principais
▪ Ligação entre vigas na cumeeira ▪ Pré dimensionamento estrutural
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2. Galpões de uso geral


2.2 Características gerais

• Em termos de estruturas secundárias, os principais aspectos a serem descritos para


projeto e detalhamento são:

▪ Vigas e pilares de fechamento ▪ Terças de cobertura e de fechamento


▪ Contraventamento vertical ▪ Telhas para cobertura e fechamento
▪ Contraventamento horizontal
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2. Galpões de uso geral


2.2 Características gerais

• De maneira geral, a ligação entre os pilares e as fundações é do tipo flexível,


caracterizada por restrições apenas ao movimento de translação. O grau de liberdade
associado às rotações, neste caso, não apresenta restrições.

• Mesmo com ligações rotuladas entre os referidos elementos, os pórticos planos


destinados aos galpões geralmente apresentam pequena deslocabilidade e são pouco
susceptíveis aos efeitos da não linearidade geométrica.
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2. Galpões de uso geral


2.2 Características gerais

• As ligações viga/pilar e viga/viga, localizadas na região da cumeeira, podem ser


dimensionadas a partir das recomendações estabelecidas pelo “Steel Design Guide 16:
Flush and extended multiple-row moment end-plate connections”, publicado pelo
AISC.

• Na literatura estrangeira, a ligação viga/pilar, enrijecida através de mísulas, para


galpões industriais é geralmente denominada “haunches”.
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2. Galpões de uso geral


2.2 Características gerais

• As ligações entre vigas na região da cumeeira, por sua vez, é denominada “appex“. Em
português, a expressão significa “ápice”.

• Uma sugestão para o projeto destes elementos é, sempre que possível, adotar ligações
parafusadas no intuito de acelerar o processo de montagem da estrutura, assim como
garantia de efetivo controle de qualidade.
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2. Galpões de uso geral


2.3 Pré dimensionamento

• O pré dimensionamento estrutural, destinado à avaliação preliminar do galpão, pode


ser realizado através do manual de galpão laminado publicado pela Gerdau. Na
referida literatura técnica, observa-se ábacos e tabelas voltadas à estimativa do
consumo de aço total.
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2. Galpões de uso geral


2.3 Pré dimensionamento
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2. Galpões de uso geral


2.4 Ligações entre vigas

• De maneira geral, a ligação localizada na cumeeira dos galpões é feita através de


parafusos de alta resistência. A especificação da conexão viga/viga desta forma facilita
o transporte e garante um adequado controle de qualidade na referida região.

• Em muitas situações, é comum a especificação de mísulas para elevação da capacidade


resistente da ligação parafusada, tendo em vista que existe um aumento nos braços de
alavanca dos parafusos tracionados.
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2. Galpões de uso geral


2.4 Ligações entre vigas

• Geralmente, as mísulas têm pequenas dimensões e não são consideradas na análise


global da estrutura. Portanto, restringe-se a contribuição favorável de tais elementos ao
aumento da capacidade resistente da ligação parafusada.

• Este tipo de ligação destinado aos galpões é solicitado por esforços de flexão e axiais de
compressão. Quando sujeito apenas a forças gravitacionais, a região inferior dos
parafusos encontra-se tracionada.
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2. Galpões de uso geral


2.4 Ligações entre vigas

• A principal referência para o estudo das ligações entre vigas na região da cumeeira é o
“Design Guide 16”, publicado pelo AISC. Diversos aspectos são tratados na literatura
em questão.

• Neste sentido, as metodologias para análise, as variáveis preponderantes para


dimensionamento estrutural e evolução histórica sobre o tema são alguns exemplos.
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2. Galpões de uso geral


2.4 Ligações entre vigas

• No manual do AISC, existem 5 (cinco) tipos de ligações com chapas estendidas para
dimensionamento. As expressões retratadas na literatura técnica estão embasadas em
análises experimentais e estudos analíticos.
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2. Galpões de uso geral


2.4 Ligações entre vigas

• Além disto, existem 4 (quatro) tipos de ligações com chapas alinhadas com o perfil
metálico para dimensionamento. Em todos os casos mencionados, deve-se considerar a
possibilidade de plastificação da chapa metálica e o “efeito alavanca” para verificação
dos parafusos.
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2. Galpões de uso geral


2.4 Ligações entre vigas

• A determinação da espessura das chapas de ligação é realizada através dos conceitos


relativos às linhas de ruptura. O dimensionamento dos parafusos, por sua vez, estão
embasadas na ocorrência ou não do “Efeito Alavanca”.

• Uma relevante informação sobre o “Efeito Alavanca” é mencionada por Borgsmiller e


Murray (1995). O referido efeito começa a atuar, geralmente, a partir de 90% da
capacidade resistente da chapa. Até este ponto, a chapa se comporta como “espessa”.
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. DETALHAMENTO DE ESTRUTURAS 74

2. Galpões de uso geral


2.4 Ligações entre vigas

• Existem, em geral, dois procedimentos básicos para o dimensionamento dos elementos


estruturais:. Aqui, será apresentado, a título ilustrativo, apenas um dos métodos.

(a) chapas espessas e parafusos com menor diâmetro.


(b) chapas finas e parafusos com maior diâmetro.

• Note que, no caso das chapas finas, os parafusos são mais susceptíveis ao “Efeito
Alavanca”. Portanto, nestes casos, o diâmetro deve ser maior.
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2. Galpões de uso geral


2.4 Ligações entre vigas

Procedimento no 01: Determinação do diâmetro necessário para os chumbadores e, em


seguida, dimensionamento da espessura da chapa de ligação.

ϕ = 0,75

2 ∙ 𝑀𝑢 𝑓𝑢 é a tensão de ruptura do aço utilizado para os parafusos.


𝑑𝑛𝑒𝑐 =
𝜋 ∙ ϕ ∙ 𝑓𝑢 ∙ (σ 𝑑𝑛 ) 𝑀𝑢 é o momento fletor atuante na ligação.

𝑑𝑛 é a distância entre o parafuso tracionado “n” e o eixo da


mesa comprimida.
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2. Galpões de uso geral


2.4 Ligações entre vigas

Procedimento no 01: Determinação do diâmetro necessário para os chumbadores e, em


seguida, dimensionamento da espessura da chapa de ligação.

∅𝑏 = 0,90 [Fator de resistência à flexão]

𝑓𝑝𝑦 é a tensão de escoamento do aço utilizado para a placa.


1,11 ∙ 𝛾𝑡 ∙ ϕ ∙ 𝑀𝑛𝑝
𝑡𝑛𝑒𝑐 = ∅𝑀𝑛𝑝 é a capacidade resistente da ligação associada à
∅𝑏 ∙ 𝑓𝑝𝑦 ∙ 𝑌
rupture do parafuso sem “efeito alavanca”.

𝑌 é um parâmetro dado em função das linhas de ruptura.


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2. Galpões de uso geral


2.5 Vigas Principais

• A viga principal da estrutura aporticada deve ser dimensionada para as ações


permanentes, variáveis e de vento, atuantes ao longo da vida útil do galpão.

• No intuito de garantir uma adequada eficiência do galpão e consumo otimizado de aço,


as vigas principais são enrijecidas através de mísulas na ligação viga/pilar. Além disto,
outro detalhe geralmente implementado nas análises consiste no travamento lateral da
mesa inferior da viga metálica.
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2. Galpões de uso geral


2.5 Vigas Principais

• As vigas principais são solicitadas, de maneira geral, por esforços de compressão e de


flexão. Neste sentido, deve-se avaliar a capacidade resistente dos referidos componentes
estruturais e realizar a combinação de efeitos.

• Dentre os critérios para dimensionamento estrutural das vigas principais, atenção


especial deve ser dada a: (a) condições de contorno, (b) comprimento efetivo em torno
dos eixos principais e (c) capacidade resistente da seção transversal.
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2. Galpões de uso geral


2.5 Vigas Principais

• As vigas principais são projetadas considerando travamento lateral discreto, tanto em


termos de translação, quanto rotação, na região das terças de cobertura. Para tanto, é
preciso que sejam detalhadas diagonais para impedimento da rotação da mesa
tracionada fora do plano da estrutura.
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. DETALHAMENTO DE ESTRUTURAS 80

2. Galpões de uso geral


2.5 Vigas Principais

• Nas regiões A e B, pode-se admitir que a viga principal tenha restrições quanto às
translações e rotações “fora do plano”. A região B é compreendida entre a extremidade
da mísula e o ponto de inversão de momentos fletores.
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. DETALHAMENTO DE ESTRUTURAS 81

2. Galpões de uso geral


2.5 Vigas Principais

• A restrição à rotação na região das terças de cobertura é garantida através da presença


de diagonais que promovem a ligação entre a mesa inferior (tracionada) das vigas
principais e os elementos de sustentação das telhas.

• Esta premissa de cálculo é consistente quando existe continuidade do elemento de


cobertura, conforme pode ser evidenciado a partir das ilustrações acima. Um fator que
contribui para o enrijecimento da estrutura é o “efeito diafragma” criado pelo
parafusamento das telhas sobre as terças.
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. DETALHAMENTO DE ESTRUTURAS 82

2. Galpões de uso geral


2.5 Vigas Principais

• Em relação às condições de contorno no plano da estrutura, é importante a definição do


comprimento efetivo para avaliação da capacidade resistente aos esforços normais.
Neste contexto, sugere-se que seja adotado um comprimento destravado equivalente à
distância entre a cumeeira e a ligação viga/pilar.
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. DETALHAMENTO DE ESTRUTURAS 83

2. Galpões de uso geral


2.5 Vigas Principais
• A ilustração ao lado
representa a configuração
deformada da viga principal
na iminência da perda de
estabilidade.

• Note que, na região


compreendida entre os
pontos 6 e 12, é evidente
que as terças de cobertura
promovem o travamento
lateral da mesa superior
comprimida.
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. DETALHAMENTO DE ESTRUTURAS 84

2. Galpões de uso geral


2.5 Vigas Principais

• Segundo Koschmidder e Brown (2012), considerando o efeito de sucção externa, a


região E não apresenta problemas relacionados à flambagem lateral por torção, tendo
em vista que as terças promovem o travamento da mesa comprimida. Além disto, a
mísula promove restrições à rotação nesta zona.
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. DETALHAMENTO DE ESTRUTURAS 85

2. Galpões de uso geral


2.5 Vigas Principais

• Segundo Koschmidder e Brown (2012), considerando sucção externa, a viga principal


deve ser verificada entre os segmentos de contenção lateral (translação + rotação). Além
disto, os efeitos favoráveis da não uniformidade no diagrama de momentos fletores pode
ser contabilizado para otimização no consumo de aço.
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. DETALHAMENTO DE ESTRUTURAS 86

2. Galpões de uso geral


2.5 Vigas Principais

• Segundo Koschmidder e Brown (2012), o ponto de inflexão no diagrama de momentos


fletores pode ser considerado como contenção lateral (translação + rotação) para casos
onde a altura das terças não seja inferior a 25% da altura das vigas. Além disto, a
ligação entre a terça e a viga deve ter pelo menos 2 parafusos.
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. DETALHAMENTO DE ESTRUTURAS 87

2. Galpões de uso geral


2.5 Vigas Principais

• Segundo Koschmidder e Brown (2012), a avaliação estrutural da seção transversal da


mísula pode ser realizada através da idealização de uma seção tipo “T” equivalente.

• A seção “T” equivalente é composta pela mesa inferior e por cerca de 1/3 da altura da
alma comprimida.
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. DETALHAMENTO DE ESTRUTURAS 88

2. Galpões de uso geral


2.6 Contravent. vertical e de cobertura

• As estruturas de contraventamento são fundamentais para a estabilidade dos pilares


principais “fora do plano” e para o enrijecimento do galpão na direção longitudinal.
Geralmente, os esforços lateral atuantes nas faces posterior e anterior são transmitidos
à fundação através do contraventamento vertical.
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. DETALHAMENTO DE ESTRUTURAS 89

2. Galpões de uso geral


2.6 Contravent. vertical e de cobertura

• O contraventamento do galpão na direção longitudinal pode ser feito através de (a)


diagonais simples compostas por perfis tubulares. (b) seções tubulares em dispostas em
formato “K” e (c) seções esbeltas dispostas em formato “X”.
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. DETALHAMENTO DE ESTRUTURAS 90

2. Galpões de uso geral


2.6 Contravent. vertical e de cobertura

• A diagonais simples compostas por seções tubulares vazadas são eficientes em


termos estruturais e apresentam adequada capacidade resistente à compressão.
Neste sentido, não é necessário o emprego de diagonais dispostas em formato “X”.
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. DETALHAMENTO DE ESTRUTURAS 91

2. Galpões de uso geral


2.6 Contravent. vertical e de cobertura

• Em casos onde haja impossibilidade de utilização das diagonais de contraventamento,


uma alternativa interessante é especificar pilares com maior rigidez na direção
longitudinal. Tal medida pode ser feita através da rotação dos pilares de extremidade ou
ainda através de seções compostas.
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. DETALHAMENTO DE ESTRUTURAS 92

2. Galpões de uso geral


2.6 Contravent. vertical e de cobertura

• A estrutura de contraventamento disposta no plano de cobertura tem como finalidade


principal:

▪ Transmitir as forças dos pilares de fechamento para o contravent. vertical.


▪ Transmitir forças de atrito produzidas pelo vento para o contravent. vertical.
▪ Garantir rigidez necessária para que as terças de cobertura possam ser consideradas
como travamento lateral das vigas principais.
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. DETALHAMENTO DE ESTRUTURAS 93

2. Galpões de uso geral


2.6 Contravent. vertical e de cobertura

• Em construções modernas, segundo Koschmidder e Brown (2012), tubos circulares têm


sido implementados para esta finalidade, atuando tanto como elemento tracionado,
bem como elemento comprimido.
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. DETALHAMENTO DE ESTRUTURAS 94

2. Galpões de uso geral


2.6 Contravent. vertical e de cobertura

• Um detalhe de projeto que tem sido adotado ultimamente é a fixação dos tubos
circulares nas vigas principais através de chapas gusset ou cantoneiras. Neste caso, a
ligação pode ser feitas mediante soldagem ou parafusamento na alma do perfil
principal.
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2. Galpões de uso geral


2.7 Fechamento Frontal

• A estrutura de fechamento frontal é constituída de pilares, vigas e diagonais dispostos


em função dos esforços solicitantes atuantes.

• Existem características adicionais importantes a serem mencionadas. A estrutura de


fechamento pode ser detalhada de duas formas distintas: pilares com, ou sem,
finalidade de sustentação da viga principal de cobertura.
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. DETALHAMENTO DE ESTRUTURAS 96

2. Galpões de uso geral


2.7 Fechamento Frontal

• Os pilares, em casos onde haja possibilidade de expansão futura, geralmente não são
dimensionados com finalidade de sustentação da viga de cobertura. Desta maneira, a
retirada dos mesmos em obras futuras não afeta a estabilidade estrutural do galpão.

• Em situações onde os pilares são destinados ao suporte, usualmente utilizam-se


elementos de contraventamento vertical adicionais e as vigas de cobertura possuem
menor dimensão.
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. DETALHAMENTO DE ESTRUTURAS 97

2. Galpões de uso geral


2.7 Fechamento Frontal

• Em ambos os casos, os pilares de fechamento devem ser dimensionados para atuarem


como elementos sujeitos à flexão simples e com vão livre compreendido entre a base da
estrutura e a viga de cobertura.

• No topo dos pilares de fechamento, as reações horizontais são absorvidas pelo


contraventamento de cobertura. Em seguida, as forças são transmitidas para a
estrutura de contraventamento vertical.
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. DETALHAMENTO DE ESTRUTURAS 98

2. Galpões de uso geral


2.7 Fechamento Frontal

• As forças atuantes na estrutura de fechamento frontal podem ser de sobrepressão ou


de sucção, variando em função da direção de atuação do vento.

• O efeito de sucção é geralmente considerado a partir da avaliação da direção e sentido


do vento em duas situações, conforme pode ser observado na figura acima descrita.
PROF. ALBERTO LEAL, MSc. DETALHAMENTO DE ESTRUTURAS 99

2. Galpões de uso geral


2.7 Fechamento Frontal

• Caso haja efeito de sobrepressão, considerando inclusive os coeficientes de pressão


interna, a mesa interna dos pilares de fechamento estará comprimida. No intuito de
garantir um dimensionamento otimizado, pode-se adicionar “mãos francesas” para
travamento lateral do bordo comprimido.

• Caso as forças resultantes indiquem sucção externa, a mesa externa estará comprimida,
porém existe travamento nesta região dada pelas vigas de fechamento.

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