Você está na página 1de 59

1

ATIVIDADE ACADÊMICA:
4423F-02 - TOPICOS ESPECIAIS - ECIVIL II
- Engenharia Civil -

MATERIAIS

– AULA 03 –

Prof.ª Bruna Manica Lazzari


bruna.lazzari@pucrs.br
AULA 03

PLANO DE AULA

Concreto;

Aços de armadura passiva (Tipo CA);

Aços de armadura ativa - protensão (Tipo CP).

PUCRS
AULA 03

CONCRETO
MATERIAL: CONCRETO

- É um material frágil, apresenta ruptura


brusca e rompe em diversos lugares;

- É uma rocha artificial;

- Constituição: agregado (miúdo e graúdo)


+ cimento + água + aditivos (influenciam
as características físicas e químicas do
concreto);

- Aos 28 dias o concreto atinge em torno de 90% da sua resistência;

- Funções: proteger a armadura da oxidação, garantir durabilidade da peça,


proteção física (cobrimento) e proteção química (ambiente alcalino).
PUCRS
UFSC
AULA 03

CONCRETO
1. CLASSES (conforme item 8.2.1 da NBR6118)

Esta Norma se aplica aos concretos compreendidos nas classes de


resistência dos grupos I e II, da ABNT NBR 8953, até a classe C90.
Grupo I: concretos até a classe C50;
Grupo II: concretos entre as classes C55 a C90.
A classe C20, ou superior, se aplica ao concreto com armadura passiva
e a classe C25, ou superior, ao concreto com armadura ativa. A classe
C15 pode ser usada apenas em obras provisórias ou concreto sem fins
estruturais, conforme a ABNT NBR 8953.

PUCRS
UFSC
AULA 03

CONCRETO
1. CLASSES (conforme item 8.2.1 da NBR6118)

Esta Norma se aplica aos concretos compreendidos nas classes de


resistência dos grupos I e II, da ABNT NBR 8953, até a classe C90.
Grupo I: concretos até a classe C50;
Grupo II: concretos entre as classes C55 a C90.
A classe C20, ou superior, se aplica ao concreto com armadura passiva
e a classe C25, ou superior, ao concreto com armadura ativa. A classe
C15 pode ser usada apenas em obras provisórias ou concreto sem fins
estruturais, conforme a ABNT NBR 8953.
Ou seja, a utilização de estruturas em concreto protendido,
implica na utilização de um concreto com no mínimo fck = 25 MPa;
já nas estruturas em concreto armado convencional podem ser
utilizados concretos a partir de fck = 20 MPa.
PUCRS
UFSC
AULA 03

CONCRETO
2. RESISTÊNCIA DE CÁLCULO À COMPRESSÃO (conforme item 12.3.3 da
NBR6118)
a) quando a verificação se faz em data j igual ou superior a 28 dias, adota-se a
expressão:

Nesse caso, o controle da resistência à compressão do concreto


deve ser feito aos 28 dias, de forma a confirmar o valor de fck
adotado no projeto.
Para combinações normais de ações, utiliza-se como coeficiente
de ponderação da resistência do concreto o valor de 1,4.
PUCRS
UFSC
AULA 03

CONCRETO
2. RESISTÊNCIA DE CÁLCULO À COMPRESSÃO (conforme item 12.3.3 da
NBR6118)
b) quando a verificação se faz em data j inferior a 28 dias, adota-se a expressão:
Em estruturas em concreto protendido, o projeto deve ser
realizado considerando todas as etapas construtivas da peça, desde
a aplicação da força de protensão, até a situação da peça em carga.
A aplicação da força de protensão geralmente ocorre alguns dias
após a concretagem da peça (às vezes é feita em menos de 24
horas!). Desta forma, o valor da resistência à compressão utilizado
durante todas estas etapas não pode ser o mesmo, uma vez que o
valor do fck corresponde à resistência característica à compressão
aos 28 dias.
Para resolver este problema, a norma indica a utilização de um
fator β1, que multiplica o valor do fck, e pondera a resistência do
concreto para idades inferiores aos 28 dias.
PUCRS
UFSC
AULA 03

CONCRETO
2. RESISTÊNCIA DE CÁLCULO À COMPRESSÃO (conforme item 12.3.3 da
NBR6118)
b) quando a verificação se faz em data j inferior a 28 dias, adota-se a expressão:

A evolução da resistência à compressão com a idade deve ser


obtida através de ensaios especialmente
executados para tal. Porém, na ausência desses resultados
experimentais pode-se adotar, em caráter orientativo, um fator β1,
que multiplica o valor do fck, e pondera a resistência do concreto
para idades inferiores aos 28 dias.

Nesse caso, o controle da resistência à compressão do concreto


deve ser feito em duas datas: aos t dias e aos 28 dias, de forma a
confirmar os valores de fckj e fck adotados no projeto.

PUCRS
UFSC
AULA 03

CONCRETO
2. RESISTÊNCIA DE CÁLCULO À COMPRESSÃO (conforme item 12.3.3 da
NBR6118)
b) quando a verificação se faz em data j inferior a 28 dias, adota-se a expressão:

Este fator β1, leva em


consideração a idade t do
concreto (quanto menor for
a idade do concreto, menor
o valor de fckj); e varia em
função do tipo de cimento
utilizado.

PUCRS
UFSC
AULA 03

CONCRETO
3. RESISTÊNCIA À TRAÇÃO (conforme item 8.2.5 da NBR6118)
Na falta de ensaios, o valor de fct médio ou característico pode ser avaliado por:

Estas expressões também podem ser utilizadas para idades inferiores aos 28
dias, desde que fckj ≥ 7MPa.
PUCRS
UFSC
AULA 03

CONCRETO
3. RESISTÊNCIA À TRAÇÃO (conforme item 8.2.5 da NBR6118)

PUCRS
UFSC
AULA 03

CONCRETO
4. CLASSE DE AGRESSIVIDADE AMBIENTAL (NBR6118)

A agressividade do meio ambiente está relacionada às


ações físicas e químicas que atuam sobre as estruturas de
concreto, independentemente das ações mecânicas, das
variações volumétricas de origem térmica, da retração
hidráulica e outras previstas no dimensionamento das
estruturas de concreto.
Nos projetos das estruturas correntes, a agressividade
ambiental deve ser classificada de acordo com o
apresentado na tabela a seguir, e pode ser avaliada,
simplificadamente, segundo as condições de exposição da
estrutura ou de suas partes.

PUCRS
UFSC
AULA 03

CONCRETO
4. CLASSE DE AGRESSIVIDADE AMBIENTAL (NBR6118)

PUCRS
UFSC
5. TIPO DE CONCRETO CONFORME A CLASSE DE AGRESSIVIDADE
AMBIENTAL (NBR6118)

A durabilidade das estruturas é altamente dependente


das características do concreto e da espessura e qualidade
do concreto do cobrimento da armadura. Ensaios
comprobatórios de desempenho da durabilidade da
estrutura frente ao tipo e nível de agressividade previsto
em projeto devem estabelecer os parâmetros mínimos a
serem atendidos. Na falta destes e devido à existência de
uma forte correspondência entre a relação água/cimento,
a resistência à compressão do concreto e sua
durabilidade, permite-se adotar os requisitos mínimos
expressos na tabela a seguir.
5. TIPO DE CONCRETO CONFORME A CLASSE DE AGRESSIVIDADE
AMBIENTAL (NBR6118)
5. TIPO DE CONCRETO CONFORME A CLASSE DE AGRESSIVIDADE
AMBIENTAL (NBR6118)

Analisando a tabela 7.1 da NBR 6118/2014, é possível


observar que em estruturas em concreto protendido (CP),
para quase todas as classes de agressividade ambiental (I,
II e III), exige-se uma maior resistência característica fck e
menor relação água cimento para o concreto que em
estruturas em concreto armado (CA).
6. COBRIMENTO DA ARMADURA (NBR6118)
6. COBRIMENTO DA ARMADURA (NBR6118)

Analisando a tabela 7.2 da NBR 6118/2014, é possível


observar que para todas as classes de agressividade
ambiental (I, II, III e IV), nos elementos de laje, viga e pilar,
as armaduras ativas necessitam de um cobrimento maior
que as armaduras passivas.
AULA 03

CONCRETO
7. MÓDULO DE ELASTICIDADE
Módulo de elasticidade inicial (Eci): obtido aos 28 dias de idade do concreto,
segundo o item 8.2.8 (NBR6118:2014) pela expressão:

PUCRS
UFSC
AULA 03

CONCRETO
7. MÓDULO DE ELASTICIDADE
O Módulo de Elasticidade tangente inicial (Eci) do concreto em uma idade (t) entre
7 dias e 28 dias pode ser estimado pela expressão:

PUCRS
UFSC
AULA 03

CONCRETO
8. DIAGRAMA TENSÃO X DEFORMAÇÃO IDEALIZADO

PUCRS
UFSC
AULA 03

CONCRETO
8. DIAGRAMA TENSÃO X DEFORMAÇÃO IDEALIZADO

- Trata-se de um diagrama simplificado, ideal como critério comum ao


dimensionamento para as diferentes resistências à compressão que surgem na
prática profissional.

εc2: deformação específica de


encurtamento do concreto no
início do patamar plástico;

εcu: deformação específica de


encurtamento do concreto na
ruptura.

PUCRS
UFSC
AULA 03

CONCRETO
9. CARACTERÍSTICAS REOLÓGICAS DO CONCRETO
Reologia: estuda a evolução da deformação de um material, ocasionado por
tensões ao longo do tempo.

a) RETRAÇÃO (shrinkage)

- A retração do concreto independe da tensão aplicada ao material, e é


caracterizada pela redução do volume devido à perda gradual de água;

- Os principais fatores climáticos que retiram a água do concreto são:

▪ a alta temperatura,
▪ a baixa umidade relativa do ar;
▪ velocidade do vento que incide sobre a peça recém concretada.

PUCRS
UFSC
AULA 03

CONCRETO
9. CARACTERÍSTICAS REOLÓGICAS DO CONCRETO
a) RETRAÇÃO (shrinkage)

Como a retração é
associada à redução
de volume, uma vez
que a peça está
impedida de reduzir,
esse fenômeno induz
tensões de tração
internas que podem
ocasionar fissuração.

PUCRS
UFSC
AULA 03

CONCRETO
9. CARACTERÍSTICAS REOLÓGICAS DO CONCRETO
No caso de elementos protendidos, a retração do concreto merece
especial atenção, pois é uma das causadoras das perdas de
protensão;

O efeito da retração provoca o encurtamento do concreto e,


consequentemente, o afrouxamento da armadura ativa.

PUCRS
UFSC
AULA 03

CONCRETO
9. CARACTERÍSTICAS REOLÓGICAS DO CONCRETO
b) FLUÊNCIA (creep, deformação lenta)

- É um aumento da deformação, sem que haja uma mudança no carregamento


da peça;

- Toma-se por base a peça de concreto da figura a seguir, carregada axialmente


com uma tensão de compressão constante ao longo do tempo, de valor σc;

- No instante de aplicação do carregamento, ela sofrerá uma deformação


imediata ∆lci que provocará o deslocamento da água existente no interior do
concreto para regiões onde a mesma já tenha evaporado.

- Isso desencadeia um processo análogo à retração, aumentando a deformação


até um valor máximo (∆lct) no tempo infinito.

PUCRS
UFSC
AULA 03

CONCRETO
9. CARACTERÍSTICAS REOLÓGICAS DO CONCRETO
b) FLUÊNCIA (creep – deformação lenta)

PUCRS
UFSC
AULA 03

CONCRETO
9. CARACTERÍSTICAS REOLÓGICAS DO CONCRETO
b) FLUÊNCIA (creep, deformação lenta)

A fluência, também chamada de deformação lenta, é


caracterizada pelo aumento contínuo e gradual das
deformações quando o material está sob tensão.

A fluência, portanto, é dependente da tensão; uma vez que


quanto maior for o nível de tensão a que a peça estiver
submetida, maior será a deformação lenta.

O efeito da fluência também provoca a perda da força de


protensão na armadura ativa.

PUCRS
UFSC
AULA 03

CONCRETO

Motivo pelo uso de resistências elevadas nos concretos protendidos:

• a introdução da força de protensão pode causar solicitações prévias


muito elevadas, frequentemente mais altas que as correspondentes a
uma situação de serviço;

• o emprego de concreto e aços de alta resistência permite a redução em


geral das dimensões das peças, diminuindo assim seu peso próprio, o
que é primordial sobretudo no caso de elementos pré-moldados;

• concretos de resistência mais alta também têm módulo de deformação


mais elevado, diminuindo as deformações imediatas e as que ocorrem
ao longo do tempo, provocadas pela fluência do concreto. Isto é
importante também na redução do efeito de perda de protensão
causada pela retração e pela fluência do concreto.
PUCRS
UFSC
AULA 03

AÇO – ARMADURA PASSIVA


1. FUNÇÕES DA ARMADURA PASSIVA NO CONCRETO PROTENDIDO

• Colaborar na resistência última à flexão (ELU);


• Resistir ao esforço cortante (estribos);
• Limitar a abertura de fissuras.

PUCRS
UFSC
AULA 03

AÇO – ARMADURA PASSIVA


2. CLASSIFICAÇÃO DO AÇO

NBR7480 – Barras e fios de aço destinados a armadura para concreto armado


PUCRS
UFSC
AULA 03

AÇO – ARMADURA PASSIVA


3. NOMENCLATURA DO AÇO
- A nomenclatura é função do valor característico da tensão de escoamento fyk:

• “CA” significa Concreto Armado.

• “50” designa a resistência característica do aço, no caso,


fyk = 50 kgf/mm² = 500 MPa.

PUCRS
UFSC
4. DIAGRAMA TENSÃO-DEFORMAÇÃO DAS BARRAS (A)

- Item 8.3.6 da NBR 6118:2014.


- Trata-se de um diagrama simplificado, onde o aço é considerado um material
elasto-plástico perfeito.
- 10‰ = limitação para evitar deformação excessiva;
- 3,5 ‰ = funcionamento conjunto com o concreto.

Este diagrama é válido para intervalos de temperatura entre -20 °C e 150 °C e pode
ser aplicado para tração e compressão.
PUCRS
UFSC
AULA 03

AÇO – ARMADURA ATIVA (PROTENSÃO)


1. ASPECTOS GERAIS
- Aços de alta resistência;

- Constituída por barra, fios isolados ou cordoalhas, destinada à


produção de forças de protensão, isto é, na qual se aplica um pré-
alongamento inicial;

- Os aços de protensão recebem as seguintes nomenclaturas:

CLASSE DE
CP PROPRIEDADE MECÂNICA SUPERFÍCIE
RELAXAÇÃO

Fptk: Resistência característica


Concreto de ruptura kgf/mm². RB: relaxação baixa L: fio liso
Protendido Fpyk: Resistência característica RN: relaxação normal E: fio entalhado
de escoamento kgf/mm².

PUCRS
UFSC
AULA 03

AÇO – ARMADURA ATIVA (PROTENSÃO)


1. ASPECTOS GERAIS

Possibilitou a inclusão de todas as


especificações necessárias para normatizar
a fabricação das cordoalhas engraxadas.

PUCRS
UFSC
AULA 03

AÇO – ARMADURA ATIVA (PROTENSÃO)


1. ASPECTOS GERAIS

PUCRS
UFSC
AULA 03

AÇO – ARMADURA ATIVA (PROTENSÃO)


1. ASPECTOS GERAIS
CORDOALHAS:

Classificação (NBR 7483):

Conforme a resistência à tração:

- Categoria CP-190

- Categoria CP-210

Item 4.1.3: os números 190 e 210 correspondem ao valor da resistência à


tração em kgf/mm²;
Item 4.1.4: as cordoalhas de 3 e 7 fios são produzidas sempre na condição
de relaxação baixa.
PUCRS
UFSC
AULA 03

AÇO – ARMADURA ATIVA (PROTENSÃO)


1. ASPECTOS GERAIS

NOMENCLATURA CORDOALHAS:

190 RB 3,0
Cordoalha de 3 fios
Categoria 190 (fptk = 190 kgf/mm²)
Relaxação baixa
Diâmetro nominal (3,0 mm por fio)

PUCRS
UFSC
AULA 03

AÇO – ARMADURA ATIVA (PROTENSÃO)


1. ASPECTOS GERAIS

NOMENCLATURA CORDOALHAS:

190
Cordoalha de 7 fios
Categoria 190 (fptk = 190 kgf/mm²)

Relaxação baixa

Diâmetro nominal (12,7 mm)


PUCRS
UFSC
AULA 03

AÇO – ARMADURA ATIVA (PROTENSÃO)


1. ASPECTOS GERAIS

CABOS DE PROTENSÃO:
- Formados pela reunião de duas ou mais cordoalhas;

- Confeccionados com cordoalhas de 12,7 mm e 15,2 mm.

PUCRS
UFSC
AULA 03

AÇO – ARMADURA ATIVA (PROTENSÃO)


2. PESO ESPECÍFICO

78,5 kN/m³

3. MÓDULO DE ELASTICIDADE (item 8.4.4)

Conforme a NBR6118, o valor do módulo de elasticidade deve ser obtido


em ensaios ou fornecido pelo fabricante. Na falta de dados específicos,
pode-se considerar o valor de 200 GPa para fios e cordoalhas.

PUCRS
UFSC
AULA 03

AÇO – ARMADURA ATIVA (PROTENSÃO)


4. DIAGRAMA TENSÃO-DEFORMAÇÃO (NBR6118, item 8.4.5)

Para o cálculo nos estados-limites de serviço e último, pode-se utilizar o


diagrama simplificado ou fornecido pelo fabricante.

✓ fpyk: resistência
característica de
escoamento convencional;

✓ fptk: resistência
característica à tração;

✓ εuk: alongamento após


ruptura.

PUCRS
UFSC
AULA 03

AÇO – ARMADURA ATIVA (PROTENSÃO)


5. RELAXAÇÃO (NBR6118, item 8.4.8)

O efeito de relaxação na armadura de protensão gera uma perda de


tensão significativa ao longo do tempo, quando a deformação é
mantida constante;

Ou seja, a força de protensão inicial, que é aplicada à estrutura, não é


mantida constante ao longo do tempo; ocorrendo perda de tensão
em função da relaxação da armadura.

PUCRS
UFSC
AULA 03

AÇO – ARMADURA ATIVA (PROTENSÃO)


5. RELAXAÇÃO (NBR6118, item 8.4.8)

Fios, cordoalhas e barras com relaxação normal (RN),


apresentam perda de protensão por relaxação maior que os
elementos que possuem baixa relaxação (RB).
PUCRS
UFSC
AULA 03

AÇO – ARMADURA ATIVA (PROTENSÃO)


5. RELAXAÇÃO (NBR6118, item 8.4.8)

Atualmente não é mais permitido que sejam produzidas


cordoalhas de relaxação normal (RN), em função do alto índice
de relaxação que estas cordoalhas possuem.
PUCRS
UFSC
AULA 03

AÇO – ARMADURA ATIVA (PROTENSÃO)


6. CORDOALHAS ENGRAXADAS

As cordoalhas engraxadas são aquelas que recebem um banho de graxa


mineral e são revestidas por extrusão com polietileno de alta
densidade. Assim, uma cordoalha engraxada pode constituir, por si só,
um cabo de protensão monocordoalha, utilizado em protensão sem
aderência ao concreto.

Aplicação: especialmente em lajes de edifícios, tanto as lajes tipo


cogumelo maciças como as nervuradas. Pela sua versatilidade e
facilidade de montagem, pode também ser aplicada na protensão (por
pós-tração e sem aderência) em diversos tipos de elementos
estruturais, sejam eles pré-moldados ou moldados no local.

PUCRS
UFSC
AULA 03

AÇO – ARMADURA ATIVA (PROTENSÃO)


6. CORDOALHAS ENGRAXADAS

PUCRS
UFSC
AULA 03

AÇO – ARMADURA ATIVA (PROTENSÃO)


6. CORDOALHAS ENGRAXADAS

Cordoalha engraxada CP 210


(vermelha): menos usual

Cordoalha engraxada CP 190


(azul): são as cordoalhas
engraxadas mais comuns,
especialmente utilizadas para
protensão em lajes
PUCRS
UFSC
AULA 03

AÇO – ARMADURA ATIVA (PROTENSÃO)


7. ANCORAGENS, BAINHAS E OUTROS ELEMENTOS

Nas fábricas de pré-moldados protendidos e na maioria dos sistemas de


protensão que empregam fios e cordoalhas, a ancoragem é feita por meio
de cunhas de aço (elementos do gênero macho) bi ou tri-partidas e blocos
e placas de aço (elementos do gênero fêmea).

As cunhas envolvem o fio ou a cordoalha e são alojadas nas cavidades


portacunhas. Conforme ocorre a penetração da cunha, desenvolve-se uma
maior pressão lateral que impede o deslizamento do fio ou cordoalha.

PUCRS
UFSC
AULA 03

AÇO – ARMADURA ATIVA (PROTENSÃO)


7. ANCORAGENS, BAINHAS E OUTROS ELEMENTOS

✓ As bainhas são dutos flexíveis de chapa corrugada


de aço ou plástico, nos quais são alojados os cabos
de protensão;

✓ No caso de aderência posterior, após o


endurecimento do concreto e a aplicação da força
de protensão, uma calda de cimento é injetada na
bainha, preenchendo totalmente os espaços
vazios. Neste caso, deve-se empregar bainhas de
aço;

✓ Observa-se que no caso de cordoalhas engraxadas,


cada uma delas constitui um cabo monocordoalha,
com bainha de plástico incorporada. Só podem ser
utilizadas em protensão sem aderência.
PUCRS
UFSC
AULA 03

AÇO – ARMADURA ATIVA (PROTENSÃO)


8. BARRAS DE AÇO-LIGA
O sistema de protensão DYWIDAG é o mais conhecido dentre os que
utilizam barras de aço-liga. As barras mais comumente empregadas são as
de diâmetro de 32 mm, de aço ST 85/105 (fpyk = 850 MPa e fptk = 1.050
MPa). As barras têm uma conformação superficial especial, chamada de
duplo filetado, que forma uma rosca de passo 16 mm em todo o
comprimento. Além de melhorar a aderência ao concreto, a rosca serve
para se efetuar a ancoragem com porcas e emendas com luvas.

PUCRS
UFSC
AULA 03

AÇO – ARMADURA ATIVA (PROTENSÃO)


8. BARRAS DE AÇO-LIGA

PUCRS
UFSC
AULA 03

AÇO – ARMADURA ATIVA (PROTENSÃO)


8. BARRAS DE AÇO-LIGA

PUCRS
UFSC
AULA 03

AÇO – ARMADURA ATIVA (PROTENSÃO)

PUCRS
UFSC
AULA 03

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ABNT NBR 6118/2014 - Projeto de estruturas de concreto - Procedimento.


ABNT NBR 8681/2003 - Ações e segurança nas estruturas - Procedimento.
ABNT NBR 7482/2008 - Fios de aço para estruturas de concreto protendido -
Especificação.
ABNT NBR 7483/2008 - Cordoalhas de aço para estruturas de concreto protendido -
Especificação.
BARBIERI, R. A. Concreto Protendido – Notas de Aula. Porto Alegre, 2017.
CHOLFE, L; BONILHA, L. Concreto protendido: teoria e prática. São Paulo. Pini, 2015.
HANAI, J. B. Fundamentos de concreto protendido. Notas de aula, EESC-USP, São
Carlos, 2005.
http://www.set.eesc.usp.br/mdidatico/protendido/arquivos/cp_ebook_2005.pdf
LEONHADT, F. Construções de concreto (volume 5). Rio de Janeiro, Interciência,
1982.
PFEIL, W. Concreto protendido (três volumes). Rio de Janeiro, LTC, 1983.
VERÍSSIMO, G. S. Concreto protendido – Fundamentos básicos. Notas de aula, UFV,
1998. http://wwwp.feb.unesp.br/lutt/Concreto%20Protendido/CP-vol1.pdf

PUCRS
UFSC

Você também pode gostar