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CENTRO UNIVERSITÁRIO FEI

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA

PROCESSO DE SOLDAGEM TIG

Relatório apresentado ao departamento de


Engenharia Mecânica do Centro
Universitário FEI, como parte dos requisitos
de avaliação da disciplina NR8320 –
Soldagem. Solicitado pelo Prof. João Luis
Abel.

Nomes e registros acadêmicos dos autores: Grupo 05 – (07/11/2019)

1. Gabriel Casarotti dos Santos - 12.218.157-1

São Bernardo do Campo

2019
1. Resumo do princípio

A soldagem TIG – sigla para Tungsten Inert Gas – é um processo que utiliza um eletrodo
sólido de tungstênio não consumível. O eletrodo, o arco elétrico e a área em volta da poça
de fusão da solda são protegidos por esse gás inerte, que forma uma atmosfera protetora.
Primeiro, o eletrodo abre um arco elétrico com o material de base. Em seguida, coloca-se o
material de adição, que aquece até fundir, formando uma poça de fusão. Essa poça de fusão
e todos os outros materiais envolvidos no processo são protegidos pelo gás inerte que pode
ser Argônio, Hélio ou uma mistura dos dois.
Algumas de suas características principais são a taxa de deposição que varia de 0 a 1,3
kg/h, a espessura soldada que pode variar de 0,1 mm a 10,0 mm, sua faixa de corrente que
fica entre 10 e 400 A e também que o processo emite uma intensa radiação ultravioleta.
A soldagem TIG pode ser utilizada para quase todos os metais e o processo pode ser
manual ou automático, sendo um processo extremamente utilizado para solda com
alumínio e com ligas de aço inoxidável onde a integridade da solda é de extrema
importância. É também utilizada para juntas de alta qualidade em indústrias químicas,
nucleares, aeronáuticas e de alimentos.

2. Máquinas e equipamentos
Os materiais e equipamentos utilizados no processo de soldagem TIG são:
 Eletrodo não consumível (AWS A 5.12);
 Gás de proteção inerte (Hélio, Argônio ou uma mistura dos dois);
 Tocha;
o Refrigeração com gás (I < 200 A);
o Água (200 < I < 500 A).
 Fonte;
 Reservatório de gás;
 Pedal para acionamento do gás;
 Sistema de refrigeração;
 Unidade de alta frequência.

3. Características do processo

Dentre os materiais utilizados no processo, temos o eletrodo não consumível –


responsável pelo calor e pela abertura do arco elétrico –, o gás de proteção (gás inerte), o
material de base e o material de adição.
Esse processo de soldagem é recomendado para materiais nobres (aço inox e ligas
níquel), materiais formadores de óxido e materiais de base com espessura menor que 2
milímetros. A posição da tocha não deve ultrapassar 20o com o material base na horizontal
e se aplica a todos os tipos de juntas.
4. Gráficos e tabelas

TIPO DE CORRENTE CONTÍNUA ALTERNADA

Características Direta CC- Inversa CC+ CA

Penetração
Penetração profunda e Preservação do W e
"rasa" e efeito
Objetivo preservação do efeito limpeza a
limpeza de óxido
tungstênio cada meio ciclo
superficial

Aços carbono,
Viável para
baixa/alta liga,
soldagem de Alumínio, magnésio
Aplicação inoxidáveis, prata e
pequenas e suas ligas
cobre e ligas,
espessuras
revestimentos

Eletrodo de W: Pobre, somente Boa, pode-se usar


Ótima, pode-se usar
capacidade de para baixos valores
altos valores de
suportar corrente valores de intermediários de
corrente
sem fundir corrente corrente

Ação de limpeza do Não Sim Sim, a cada meio


óxido na soldagem ciclo
de Al e Mg e suas
ligas

Balanço de calor no 70% na peça, 30% na peça, 50% na peça,


arco (aprox.) 30% no eletrodo 70% no eletrodo 50% no eletrodo
Tabela 1 – Características do processo
Tabela 2 – Tipos de corrente

Vantagens Desvantagens
Elevado controle da poça de fusão Baixas taxas de deposição
Ótimo acabamento Necessidade de maior coordenação por parte do soldador
Ótima qualidade das propriedades mecânicas Dificuldade de manter a proteção certa em ambientes com vento
Não apresenta escória, respingos ou fumos de soldagem Baixa tolerância a contaminantes
Possibilidade de soldagem de chapas muito finas
Soldagem de inúmeras ligas metálicas (aço, níquel, etc)
Processo que visa estanqueidade
Em determinadas espessuras, dispensa material de adição
Tabela 3 – Vantagens e desvantagens do processo

5. Parâmetros de soldagem
 Corrente de 98 Amperes;
 Polaridade direta;
 Pré-vazão de 0,5 micro segundos;
 10 mm de distância entre o eletrodo e o material de base;
 De 3 a 6 mm de stick-out.

6. Defeitos
Na experiência realizada, observado que a soldagem no processo TIG é bem delicado e
requer alguns cuidados. O soldador tem que ter firmeza e precisão ao soldar pois, caso solde
com uma velocidade muito baixa, pode danificar o material de base, atravessando-o.
Imagem 1 – À esquerda, a falha causada por velocidade insuficiente. À direita, a solda feita por
mim com velocidade adequada.

Outra falha que pode ocorrer é a entrada de impurezas na soldagem, seja por má
atuação do gás ou por qualquer outro parâmetro inadequado. Este tipo de falha é grave pois,
na maioria dos casos, deve-se descartar o material de base e refazer a solda o início.

7. Bibliografia
Material disponível no portal online Moodle, na matéria de NR8320 – Soldagem;
(http://moodle.fei.edu.br/)
Processo de Soldagem TIG – (GTAW);
(https://www.esab.com.br/br/pt/education/blog/processo_soldagem_tig_gtaw.cfm)
Soldagem TIG – Wikipédia, a enciclopédia livre.
(https://pt.wikipedia.org/wiki/Soldagem_TIG)

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