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Errata

Dorf – Introdução aos Circuitos Elétricos


9ª Edição/2016 – 1ª Impressão

As correções da 3ª impressão, 9ª edição estão destacadas nas páginas abaixo.


xii Prefácio

Exemplos de Projeto, Método para Solução de Problemas e “Como Podemos Testar...?”

Todos os capítulos terminam com um exemplo de projeto que utiliza os métodos discutidos no capítulo
para resolver um problema de projeto. Um método formal para solução de problemas é apresentado no
Capítulo 1 e usado em todos os exemplos de projeto. Um dos passos mais importantes do método para so-
lução de problemas consiste em verificar se a solução está correta. Todos os capítulos incluem uma seção
intitulada “Como Podemos Testar. . .?” que ilustra o modo como os resultados obtidos no capítulo podem
ser testados para verificar se estão corretos.

Fórmulas, Equações e Comentários Importantes

Equações, fórmulas e comentários importantes são destacados no texto para facilitar a consulta.

Tabelas e Figuras Importantes

Os métodos e processos apresentados neste livro estão condensados em algumas tabelas e figuras que
poderão ser úteis ao leitor durante a solução dos problemas.
zz Tabela 1.5-1. A convenção passiva.
zz Figura 2.7-1 e Tabela 2.7-1. Fontes dependentes.
zz Tabela 3.10-1. Fontes em série e em paralelo.
zz Tabela 3.10-1. Elementos em série e em paralelo. Divisão de tensão e de corrente.
zz Figura 4.2-3. Tensões de nó e correntes e tensões nos elementos.
zz Figura 4.5-4. Correntes de malha e correntes e tensões nos elementos.
zz Figuras 5.4-3 e 5.4-4. Circuitos equivalentes de Thévenin.
zz Figura 6.3-1. O amplificador operacional ideal.
zz Figura 6.5-1 Circuitos com operadores operacionais.
zz Tabela 7.8-1 Capacitores e indutores.
zz Tabela 7.13-2. Capacitores e indutores em série e em paralelo.
zz Tabela 8.12-1. Solução de circuitos de primeira ordem.
zz Tabelas 9.13-1, 2 e 3. Circuitos de segunda ordem.
zz Tabela 10.5-1 Divisão de tensão e corrente em circuitos de CA.
zz Tabela 10.16-1. Circuitos de CA no domínio da frequência (fasores e impedâncias)
zz Tabela 11.5-1. Potência em circuitos de CA.
zz Tabelas 11.13-1 e 11.13-2. Indutores acoplados e transformadores ideais.
zz Tabela 13.4-1. Circuitos ressonantes.
zz Tabelas 14.2-1 e 14.2-2. Transformadas de Laplace.
zz Tabela 14.7-1. Representações de elementos no domínio do tempo e da frequência.
zz Tabela 15.4-1 Séries de Fourier de algumas formas de onda periódicas.

Introdução ao Processamento de Sinais

O processamento de sinais é uma aplicação importante dos circuitos elétricos. Este livro apresenta o pro-
cessamento de sinais de duas formas. Em primeiro lugar, duas seções (as Seções 6.6 e 7.9) descrevem mé-
todos para projetar circuitos elétricos que implementam equações algébricas e diferenciais. Em segundo
lugar, numerosos exemplos e problemas em vários capítulos do livro ilustram o processamento de sinais.
Os sinais de entrada e saída de um circuito elétrico são identificados explicitamente em cada um desses
exemplos e problemas. Esses exemplos e problemas investigam a relação ente os sinais de entrada e saída
que é imposta pelo circuito.
Componentes dos Circuitos 21

Solução
A resposta a uma corrente i1 é v1 = Ri1

A resposta a uma corrente i2 é v2 = Ri2


A soma das respostas é
v1 + v2 = Ri1 + Ri2 = R(i1 + i2)
Como a soma das respostas a i1 e i2 é igual à resposta a i1 + i2, o princípio da superposição é satisfeito. Vamos consi-
derar agora o princípio da homogeneidade. Como
v1 = Ri1
temos para uma excitação i2 = ki1
v2 = Ri2 = Rki1

Assim, v2 = kv1
satisfaz o princípio da homogeneidade. Como o componente satisfaz os princípios da superposição e da homogenei-
dade, ele é linear.

E x e m p lo 2 . 2 - 2  Um Dispositivo Não Linear

Considere o componente representado pela relação entre corrente e tensão

v = i2
Verifique se o dispositivo é linear.

Solução
A resposta a uma corrente i1 é v1 = i12

A resposta a uma corrente i2 é


A soma das respostas é
2 2
v1 + v2 = 1 + 2

A resposta a i1 + i2 é

Como

i12 + i 22 ≠ (i1 + i 2 ) 2

o princípio de superposição não é satisfeito. Isso significa que o dispositivo é não linear.
Circuitos Resistivos 61

3.3 R e s i s t o r e s e m S é r i e e D i v i s ã o d e Te n s ã o

Considere um circuito com uma única malha, como o da Figura 3.3-1. Para facilitar o uso da
lei de Ohm, usaremos a convenção passiva para escolher os sentidos de referência das tensões e i1 R1
correntes nos resistores. a b
+ v1 − i2
Dizemos que os resistores da Figura 3.3-1 estão ligados em série, já que todos os componen- +
+
vs R2 v2
tes são percorridos pela mesma corrente. Para verificar se dois componentes estão ligados em série, –

observamos se estão ligados a um mesmo nó ao qual não está ligado mais nenhum componente. is − v3 + −
d c
Note, por exemplo, que os resistores R1 e R2 estão ligados ao nó b e nenhum outro componente do R3 i3
circuito está ligado a esse nó. Isso significa que i1 = i2, ou seja, que os dois resistores são percorridos FIGURA 3.3-1 
pela mesma corrente. Um raciocínio semelhante revela que R2 e R3 também estão ligados em série. Circuito de uma malha
Observando que R2 está ligado em série tanto com R1 como com R3, concluímos que os três resisto- com uma fonte de
res estão ligados em série. A ordem de resistores ligados em série não é importante. Por exemplo: as tensão vs.
tensões e correntes dos três resistores da Figura 3.3-1 não mudam se as posições de R2 e R3 forem
invertidas.
Aplicando a LKC a todos os nós do circuito da Figura 3.3-1, obtemos:
a: is = i1
b: i1 = i2
c: i2 = i3
d: i3 = is

o que nos dá, is = i1 = i2 = i3

Para determinar i1, aplicamos a LKT à única malha do circuito para obter
v1 + v2 + v3 − vs = 0

em que, por exemplo, v1 é a tensão no resistor R1. Aplicando a lei de Ohm aos resistores, obtemos:
R1i1 + R2i2 + R3i3 − v3 = 0 ⇒ R1i1 + R2i2 + R3i3 = v3

Explicitando i1, obtemos:


vs
i1 =
R1 + R2 + R3

A tensão no resistor Rn, vn, é dada por


vs Rn
vn = i1 Rn =
R1 + R2 + R3

A tensão no resistor R2, por exemplo, é


R2
v2 = vs
R1 + R2 + R3

Assim, a tensão em um resistor ligado em série a outros resistores e a uma fonte de tensão é igual à razão
entre a resistência do resistor e a resistência total. Este circuito demonstra o princípio da divisão de tensão
e o circuito é chamado de divisor de tensão.
No caso geral, podemos representar o princípio da divisão de tensão através da equação
Rn
vn = vs
R1 + R2 + ... + RN

em que vn é a tensão no enésimo resistor dos N resistores que estão ligados em série.
Resistores em série podem ser substituídos por um resistor equivalente. Na Figura 3.3-2, por exem-
plo, os resistores em série R1, R2 e R3 da Figura 3.3-2a são substituídos pelo resistor equivalente Rs da
Figura 3.3-2b. Dizemos que Rs é equivalente aos resistores em série R1, R2 e R3 se a substituição de R1, R2
e R3 por Rs não muda a corrente nem a tensão em todos os outros componentes do circuito. Neste caso,
70 Capítulo 3

E x e m p lo 3 . 4 - 3  Projeto de um Divisor de Corrente

A entrada do divisor de corrente da Figura 3.4-8 é a corrente is da fonte de corrente. A saída é a corrente io medida
pelo amperímetro. Especifique valores das resistências R1 e R2 tais que as seguintes especificações sejam satisfeitas:

io
R1
Amperímetro
+
is vs R2

Divisor de Corrente
FIGURA 3.4-8  Um circuito divisor de corrente.

Especificação 1: A relação entre as correntes de entrada e de saída deve ser io = 0,8is.


Especificação 2: A fonte de corrente não deve fornecer uma potência maior que 10 mW quando a entrada do divisor
de corrente for is = 2 mA.

Solução
Vamos examinar cada especificação para verificar o que nos diz a respeito dos valores dos resistores.
Especificação 1: A relação entre as correntes de entrada e de saída do divisor de corrente é dada por
R2
i0 = is
R1 + R2

Assim, de acordo com a especificação 1,


R2
= 0, 8 ⇒ R2 = 4 R1
R1 + R2

Especificação 2: A potência fornecida pela fonte de corrente é dada por


  R R   RR 
ps = is vs = is is  1 2  = is2  1 2 
  R1 + R2   R1 + R2 

Assim, de acordo com a especificação 2,


 RR  R1 R2
0, 01 ≥ (0, 002) 2  1 2  ⇒ ≤ 2500
 R1 + R2  R1 + R2

Combinando os dois resultados, obtemos


R1 (4 R1 ) 4
≤ 2500 ⇒ ≤ 2500 ⇒ ≤ 3125 Ω
R1 + 4 R1 5

Existem várias soluções possíveis. Uma das soluções é


Circuitos Resistivos 77

v2 24
i= = = 32 mA
750 750

(Como já observamos, a corrente i das Figuras 3.6-5a e 3.6-5c tem o mesmo valor que a corrente i da Figura 3.6-4.)

E x e m p lo 3.6-2   Resistência Equivalente EXEMPLO INTERATIVO

O circuito da Figura 3.6-6a contém um ohmímetro, um instrumento usado para medir resistências. O ohmímetro
mede a resistência equivalente de qualquer circuito resistivo ligado aos seus terminais. Determine a resistência me-
dida pelo ohmímetro da Figura 3.6-6a.

Solução
Começamos pela esquerda. Como o resistor de 30 Ω está em paralelo com o resistor de 60 Ω, a resistência equiva-
lente dos dois resistores é
60 ⋅ 30
= 20 Ω
60 + 30

Na Figura 3.6-6b, a combinação em paralelo dos resistores de 30 Ω e 60 Ω foi substituída pelo resistor equivalente
de 20 Ω. Agora os dois resistores de 20 Ω estão em série. A resistência equivalente é
20 + 20 = 40 Ω
Na Figura 3.6-6c, a combinação em série dos dois resistores de 20 Ω foi substituída pelo resistor equivalente de
40 Ω. Agora o resistor de 40 Ω está em paralelo com o resistor de 10 Ω. A resistência equivalente é
40 ⋅10
=8 Ω
40 + 10

Na Figura 3.6-6d, a combinação em paralelo dos resistores de 40 Ω e 10 Ω foi substituída pelo resistor equivalente
de 8 Ω. Assim, o ohmímetro mede uma resistência de 8 Ω.

20 Ω 20 Ω
Ohmímetro Ohmímetro

60 Ω 30 Ω 10 Ω 20 Ω 10 Ω

(a) ( b)

Ohmímetro Ohmímetro

40 Ω 10 Ω 8Ω

(c) (d)
FIGURA 3.6-6
80 Capítulo 3

E x e m p lo 3.7-1  Análise de um Circuito Usando o Programa MATLAB

Determine o valor das tensões e correntes nos resistores do circuito da Figura 3.7-1.

40 Ω 48 Ω

12 V +
– 0,5 A 80 Ω 32 Ω

FIGURA 3.7-1  O circuito do Exemplo 3.7-1.

40 Ω i2 48 Ω i5

+ v2 – + – v5 + –
+ v4 80 Ω v6 32 Ω
12 V – 0,5 A
– i4 + i6

FIGURA 3.7-2  O circuito do Exemplo 3.7-2 com as tensões e correntes nos resistores assinaladas.

Solução
Para começar, assinalamos as tensões e correntes nos resistores. Para facilitar a aplicação da lei de Ohm, vamos esco-
lher o sentido das correntes e das tensões de acordo com a convenção passiva. (Para isso, escolhemos arbitrariamente
o sentido de uma das variáveis, a corrente ou a tensão no resistor, e escolhemos o sentido da outra variável para que
esteja de acordo com a convenção passiva.) A Figura 3.7-2 mostra o circuito com as tensões e correntes assinaladas.
O passo seguinte consiste em aplicar as leis de Kirchhoff. Aplicando a LKC ao nó ao qual estão ligados os
resistores de 40 Ω, 48 Ω e 80 Ω e a fonte de corrente, temos:
i2 + i5 = 0, 5 + i4 (3.7-1)

Aplicando a LKC ao nó ao qual estão ligados os resistores de 48 Ω e 32 Ω, temos:
i5 = i6 (3.7-2)

Aplicando a LKT à malha formada pela fonte de tensão e os resistores de 40 Ω e 80 Ω, temos:
12 = v2 + v4 (3.7-3)

Aplicando a LKT à malha formada pelos resistores de 48 Ω, 32 Ω e 80 Ω, temos:
v4 + v5 + v6 = 0 (3.7-4)

Aplicando a lei de Ohm aos resistores, temos:
v2 = 40 i2 , v4 = 80 i4 , v5 = 48 i5 , v6 = 32 i6 (3.7-5)

Podemos usar as equações da lei de Ohm para eliminar as variáveis que representam as tensões nos resistores. Com
isso, a Eq. 3.7-3 se torna

12 = 40 i2 + 80 i4 (3.7-6)

e a Eq. 3.7-4 se torna
80 i4 + 48 i5 + 32 i6 = 0 (3.7-7)

Podemos usar a Eq. 3.7-2 para eliminar i6 da Eq. 3.7-7 da seguinte forma:
80 i4 + 48 i5 + 32 i5 = 0 ⇒ 80 i4 + 80 i5 = 0 ⇒ i4 = −i5 (3.7-8)

Podemos usar a Eq. 3.7-8 para eliminar i5 da Eq. 3.7-1:
i2 − i4 = 0, 5 + i4 ⇒ i2 = 0, 5 + 2 i4 (3.7-9)

Podemos usar a Eq. 3.7-9 para eliminar i4 da Eq. 3.7-6. Explicitando i2 na equação resultante, obtemos:
268 Capítulo 7

a = (5 × 10−6 ) (8000) = 40 mA

Para determinar o valor de b, fazemos t = 6 ms:


d 24 − 0 V
v(0, 006) = = −12 × 103
dt 0, 005 − 0, 007 s

De acordo com a Eq. 7.2-7, temos:


b = (5 × 10−6 ) (−12 × 10−3 ) = −60 mA

E x e m p lo 7.2-5  Corrente e Tensão em um Capacitor EXEMPLO INTERATIVO

C A entrada do circuito da Figura 7.2-12 é a corrente


i (t ) = 3, 75e−1, 2t A para t > 0
+ v(t) –
A saída é a tensão no capacitor
i(t)
v(t ) = 4 − 1, 25e−1, 2t V para t > 0
FIGURA 7.2-12  Circuito
do Exemplo 7.2-5.
Determine o valor da capacitância C.

Solução
A tensão do capacitor está relacionada à corrente através da equação
t


1
v(t ) = i ( t ) d t + v ( 0)
C 0

Assim,
t t
−3,125 −1, 2t

1 3, 75 −1, 2t
4 − 1, 25e−1, 2t = 3, 75e−1, 2t d t + v(0) = e + v(0) = (e − 1) + v(0)
C 0 C (−1, 2) 0
C

Igualando os coeficientes de e–1,2t, obtemos:


3,125 3,125
1, 25 = ⇒ C= = 2, 5 F
C 1, 25

EXERCÍCIO 7.2-1  Determine a corrente i(t) para t > 0 no circuito da Figura E 7.21b se vs(t) varia com
o tempo da forma mostrada na da Figura E 7.2-1a.

vs(t)(V)
5
i(t)
4
iC(t) iR(t)
3
+
vs(t) – 1F 1Ω
2
1

1 2 3 4 5 6 7 8 9 t ( s)
(a) (b)
FIGURA E 7.2-1  (a) Tensão da fonte de tensão. (b) Circuito.
362 Capítulo 8

carregado até ser atingido o regime estacionário e em seguida 6Ω


é descarregado quando o obturador da câmara é disparado. A
descarga produz um clarão momentâneo. Determine o tempo t1 +
+ vo(t)
que a carga do capacitor leva para se reduzir à metade do valor vs(t) – 66,7 µ F

inicial e a corrente i(t) no instante t = t1.
Figura P 8.6-1
t= 0
+ P 8.6-2  A entrada do circuito da Figura P 8.6-2 é a tensão da
5V – 100 k Ω
1 µF fonte de tensão, vs(t). A saída é a tensão do capacitor, vo(t). De-
termine a saída do circuito se a entrada é vs(t) = 3 + 3u(t) V.
Figura P 8.4-4  Circuito de um flash eletrônico. 3Ω

P 8.4-5  O circuito da Figura P 8.4-5 está no regime estacionário +


+
quando a chave é fechada em t = 0. A chave permanece fecha- vs(t) – 6Ω 500 mF vo(t)
da por 0,5 segundo e em seguida é aberta. Determine v(t) para –
t ≥ 0.
Figura P 8.6-2

40 Ω t = 0,5 s
P 8.6-3  A entrada do circuito da Figura P 8.6-3 é a tensão da
+
fonte de tensão, vs(t). A saída é a corrente no indutor, io(t). De-
t= 0 s termine a saída do circuito se a entrada é vs(t) = −7 + 13u(t) V.
24 V +

50 mF v(t) 40 Ω 10 Ω
– 5Ω
Figura P 8.4-5
+
vs(t) – 4Ω io(t) 1,2 H

8.5  Estabilidade de Circuitos de Primeira Ordem


P 8.5-1  O circuito da Figura P 8.5-1 contém uma fonte de ten- Figura P 8.6-3
são controlada por corrente. Que restrição deve ser imposta ao
ganho R da fonte dependente para assegurar a estabilidade do P 8.6-4 Determine vo(t) para t > 0 no circuito da Figura P 8.6-4.
circuito?
Resposta: R < 400 Ω 30 kΩ 45 kΩ 20 kΩ

+
Ri(t) –
+
100 Ω – 2,4 + 1,2 u (t ) V v o (t ) 5 µF
+
+ –

4 + 8 u(t) V +
400 Ω i(t) 5 mH iL(t)

Figura P 8.6-4

Figura P 8.5-1 P 8.6-5 A tensão inicial do capacitor do circuito da Figura P


8.6-5 é zero. Determine a tensão v(t) se a tensão da fonte é um
P 8.5-2  O circuito da Figura P 8.5-2 contém uma fonte de cor- pulso descrito por
rente controlada por corrente. Que restrição deve ser imposta
ao ganho B da fonte dependente para assegurar a estabilidade 0 t <1 s

do circuito? 
vs = 4 V 1 < t < 2 s

0 t>2 s
i(t)

6 kΩ 500 k Ω

4 + 8 u(t) V +
3 kΩ Bi(t) 5 mH iL(t)

+
vs +
– 2 F v

Figura P 8.5-2
Figura 8.6-5

8.6  Fontes do Tipo Degrau P 8.6-6  Estudos de um inseto artificial estão sendo realizados
P 8.6-1  A entrada do circuito da Figura P 8.6-1 é a tensão da com o objetivo de compreender o sistema nervoso dos animais.
fonte de tensão, vs(t). A saída é a tensão do capacitor, vo(t). De- A Figura P 8.6-6 mostra o modelo de um dos neurônios do siste-
termine a saída do circuito se a entrada é vs(t) = 8 − 15u(t) V. ma nervoso do inseto artificial. A fonte de tensão vs é usada para
Resposta Completa de Circuitos com Dois Elementos de Armazenamento de Energia 395

Em geral, conhecemos as condições iniciais dos componentes que armazenam energia. Por exemplo: se
v1(0) = 5 V e v2(0) = 10 V, primeiro fazemos v1(0) = 5 V e t = 0 na Eq. 9.9-9 para obter
v1 (0) = A1 + A2 + 9

o que nos dá A1 + A2 = − 4 (9.9-10)



Precisamos também conhecer o valor de dv1/dt em t = 0. De acordo com a Eq. 9.9-5, temos:
dv1
= va + v2 − 2 v1
dt

Assim, em t = 0 temos:
dv1 (0)
= va (0) + v2 (0) − 2 v1 (0) = 10 + 10 − 2(5) = 10
dt

No instante t = 0, a derivada da solução completa, Eq. 9.9-9, é dada por


dv1 (0)
= − A1 − 4 A2
dt
e, portanto, A1 + 4 A2 = −10 (9.9-11)

Resolvendo o sistema de equações formado pelas Eqs. 9.9-10 e 9.9-11, obtemos
A1 = −2 e A2 = −2

o que nos dá v1 (t ) = −2e−t − 2e−4t + 9 V



Quando o leitor encontrar circuitos com dois ou mais componentes que armazenam energia, deve
considerar a possibilidade de usar o método das variáveis de estado para obter um sistema de equações
diferenciais de primeira ordem.

O método das variáveis de estado utiliza uma equação diferencial de primeira ordem associada
a cada variável de estado para determinar a resposta completa de um circuito.

O método das variáveis de estado está descrito na Tabela 9.9-1. O método será ilustrado no Exemplo
9.9-1.
426 Capítulo 10

Vale a pena chamar a atenção para alguns casos especiais:


(10.3-7)

E x e m p lo 10.3-2  Forma Retangular e Forma Polar dos Fasores

Considere os fasores

V1 = 4, 25 115º e V2 = −4 + j 3

Converta V1 para a forma retangular e converta V2 para forma polar.

Solução
De acordo com as Eqs. 10.3-3 e 10.3-5,

V1 = Re {V1} + jIm {V1} = 4, 25 cos (115º) + j 4, 25 sen (115º) = −1, 796 + j 3, 852

De acordo com as Eqs. 10.3-2 e 10.3-6,

V2 = −4 + j 3 = (−4) 2 + 32 = 5

Como a = Re{V2} = − 4 < 0, a Eq. 10.3-6 também nos dá


 3 
V2 = 180º − tan−1   = 143º
 −(−4) 

e, portanto, V2 = 5 143º

Vamos agora discutir algumas operações aritméticas com fasores. Considere dois fasores, V1 e V2,
expressos tanto na forma retangular como na forma polar:
V1 = a + jb = E θ e V2 = c + jd = F φ

Para somar ou subtrair fasores, é mais fácil trabalhar com a forma retangular, pois a parte real e a parte
imaginária do vetor resultante podem ser calculadas separadamente, da seguinte forma:
V1 + V2 = (a + j b) + (c + j d ) = (a + c) + j (b + d ) (10.3-8)

V1 − V2 = (1 + j b) − (c + j d ) = (a − c) + j (b − d ) (10.3-9)

Para multiplicar ou dividir fasores, é mais fácil trabalhar com a forma polar, pois a amplitude e o ângulo
do vetor resultante podem ser calculados separadamente, da seguinte forma:
V1 A θ A
V1 ⋅ V2 = ( E θ )( F φ ) = EF (θ + φ) e − = (θ − φ) (10.3-10)
V2 B φ B

O conjugado do fasor V1 = a + jb é representado pelo símbolo V1* e definido da seguinte forma:

(10.3-11)

Análise de Circuitos no Regime Estacionário Senoidal 447

Solução
Para começar, representamos o circuito no domínio da frequência. As impedâncias do capacitor e do indutor são
1
Zc = − j = − j 10 Ω e Z L = j 10(0, 5) = j 5 Ω
10 (0, 010)
A Figura 10.6-11 mostra a representação do circuito no domínio da frequência. Podemos analisar o circuito
escrevendo e resolvendo equações de nó. Para simplificar o processo, substituímos as impedâncias em série e em
paralelo por impedâncias equivalentes, como mostra a Figura 10.6-12. As impedâncias Z2 e Z3 da Figura 10.6-12
são dadas por
10 (− j 10)
Z 2 = 10  (− j 10) = = 5 − j 5 Ω e Z3 = 5 + j 5 Ω
10 − j 10

10 I
R 1 = 10 Ω ZL = j 5 Ω
– +

+ I
Vs – Z C = − j 10 Ω R 2 = 10 Ω R3 = 5 Ω

FIGURA 10.6-11  Representação do circuito da Figura 10.6-10 no domínio da frequência.

10 I
R 1 = 10 Ω V1 V2
– +

I
V s +– Z2 Z3

FIGURA 10.6-12  Circuito simplificado no domínio da frequência, mostrando o supernó associado à fonte de tensão dependente.

Em seguida, consideramos a fonte dependente da Figura 10.6-12. De acordo com a lei de Ohm, a corrente de con-
trole I é dada por
Vs − V1
I= (10.6-7)
R1

Aplicando a LKT à malha da esquerda, temos
10 I = V2 – V1
Aplicando a LKC ao supernó da Figura 10.6-12, temos
V1 V2 V V + 10I
I= + = 1+ 1 ⇒ (Z 2 + Z3 )V1 + Z 2 (10 − Z3 )I = 0 (10.6-8)
Z 2 Z3 Z 2 Z3

O sistema de equações formado pelas Eqs. 10.6-7 e 10.6-8 pode ser escrito como uma única equação matricial:
 1 R1   V1   Vs 
   = 
 Z 2 + Z3 Z 2 (10 − Z3 ) I 0
    
Resolvendo o sistema de equações, possivelmente com a ajuda do MATLAB, obtemos
V1 = 4, 4721 63, 4º V e I = 0, 89443 − 26, 6º A

No domínio do tempo, a corrente de saída é


i(t) = 0,89443 cos (10t – 26,6º) A
448 Capítulo 10

E x e m p lo 10.6-4  Circuito de CA com um Amplificador Operacional

A entrada do circuito de CA da Figura 10.6-13 é a tensão da 4 kΩ 10 kΩ


fonte
25 nF
vs(t) = 125 cos (5000t + 15º) mV –
80 mH v o (t )
+
Determine a tensão de saída vo(t).
+
– v s(t )
300 Ω 40 kΩ

Solução
As impedâncias do capacitor e do indutor são FIGURA 10.6-13  Circuito do Exemplo 10.6-4.

1
ZC = − j −9
= − j8000 Ω e Z L = j 5000 (80 × 10−3 ) = j 400 Ω
5000 (25 × 10 )

A Figura 10.6-14 mostra a representação do circuito no domínio da fre- 4 kΩ 10 kΩ


quência.
Aplicando a LKC ao nó não inversor do amplificador operacional, −j 8000 Ω
obtemos –
j 400 Ω V o (ω)
Vs − Va V  j 400  +
= a +0 ⇒ Vs = Va 1 + 
 300 
+
j 400 300 – V s (ω)
300 Ω 40 kΩ

Explicitando Va, temos


FIGURA 10.6-14  Representação do circuito
da Figura 10.6-13 no domínio da frequência.

Aplicando a LKC ao nó inversor do amplificador operacional, obtemos


Va V − Vc Va − Vo
+ a + =0
4000 10.000 − j8000

Multiplicando por 80.000, obtemos


0 = 20Va + 8(Va − Vo ) + j10 (Va − Vo )

Explicitando Vo, temos

No domínio do tempo, a tensão de saída é


vo(t) = 174 cos (500t – 69,79º) mV

10.7 C i r c u i t o s E q u i v a l e n t e s d e N o r t o n e d e T h é v e n i n

Nesta seção, vamos determinar os circuitos equivalentes de Norton e de Thévenin de um circuito de CA.
A Figura 10.7-1 ilustra o uso de circuitos equivalentes de Norton e de Thévenin. Na Figura 10.7-1a,
um circuito foi dividido em duas partes, o Circuito A e o Circuito B, ligadas por um único par de terminais.
(Essa é a única ligação entre os dois circuitos. Em particular, se o circuito contém uma fonte dependente,
as duas partes da fonte dependente devem estar no Circuito A ou no Circuito B.) Na Figura 10.7-1b, o
Circuito A foi substituído pelo circuito equivalente de Thévenin, que é formado por uma fonte de tensão
460 Capítulo 10

4Ω 4Ω
+ +
+ +
– 12 cos 5 t V 50 mF v(t) – 12 0° V −j4 Ω V(ω)
– –

(a) (b)
FIGURA 10.11-2  Circuito da Figura 10.11-1 antes do fechamento da chave, representado (a) do domínio do tempo e (b) no domínio
da frequência.
2Ω 2Ω
+ +
A tensão correspondente no
+ domínio do tempo é
– 12 cos 5 t V 50 mF v(t)
+
– 12 0° V −j4 Ω V(ω)
– –
v(t ) = 8, 485 cos (5t − 45º ) V
(a) (b)
Imediatamente antes do fechamento da chave, a tensão do capacitor é
v(0− ) = lim− v(t ) = 8, 845 cos (0 − 45o ) = 6 V
t →0

Como a tensão de um capacitor não pode variar bruscamente, a tensão do capacitor imediatamente após o fechamen-
to da chave é a mesma que imediatamente antes do fechamento da chave, ou seja,

v(0+ ) = v(0− ) = 6 V
4Ω 4Ω
+ +
2o passo: Para t > 0, a chave
+ está fechada. Depois de um certo tempo,
– 12 cos 5 t V 50 mF v(t)
+
o Vcircuito−j4
– 12 0° atinge
Ω um novo regime estacionário.
V(ω)
Como a chave fechada se comporta como um –curto-circuito e um curto-circuito em–paralelo com um resistor é
equivalente a um curto-circuito, o circuito após o fechamento da chave é o que aparece na Figura 10.11-3a. A Figura
10.11-3b mostra a representação do (a)circuito no domínio da frequência. (b)

2Ω 2Ω
+ +
+ +
– 12 cos 5 t V 50 mF v(t) – 12 0° V −j4 Ω V(ω)
– –

(a) (b)
FIGURA 10.11-3  Circuito da Figura 10.11-1 após o fechamento da chave, representado (a) do domínio do tempo e (b) no domínio da
frequência.

Aplicando o método da divisão de tensão ao circuito da Figura 10.11-3b, obtemos


 − j 4  48 − 90º
V( ) =   (12 0º ) = = 10, 74 − 26, 6ºº V
 2 − j 4  4, 47 − 63, 4º

A tensão correspondente no domínio do tempo é


v(t ) = 10, 74 cos (5t − 26, 6º ) V

3o passo: Imediatamente após o instante t = 0, a chave está fechada, mas o circuito não está no regime estacionário.
Para conhecer o comportamento do circuito logo após o fechamento da chave, precisamos determinar a resposta
completa de um circuito de primeira ordem.
Na Figura 10.11-3a, o capacitor está ligado a uma fonte de tensão
Rt = 2 Ω + em série com um resistor. Isso nos permite assimilar a tensão da fonte e
+ v = 12 cos 5 t V C = 0,05 F
– oc v(t) a resistência do resistor à tensão de circuito aberto voc e à resistência de
– Thévenin Rt de um circuito equivalente de Thévenin, como mostra a Fi-
gura 10.11-4.
FIGURA 10.11-4  Identificação da fonte e
do resistor da Figura 10.11-3a como v e R Assim, de acordo com a Seção 8.3, a constante de tempo do circuito é
oc t
de um circuito equivalente de Thévenin. t = Rt C = 2× 0, 05 = 0,1 s
526 Capítulo 11

i1 (t) i2 (t) em que cM é uma constante que depende das propriedades magnéticas do núcleo, N2 é o núme-
M ro de espiras do segundo enrolamento e M = cMN1N2 é um número positivo chamado indutân-
+ +
cia mútua. A unidade de indutância mútua é o henry (H).
v1 (t) L1 L2 v2 (t) A polaridade da tensão v2 em relação à polaridade de v1 depende da forma como os fios
– – são enrolados no núcleo. Existem dois casos possíveis, que estão representados nas Figuras
11.9-1a e 11.9-1b. A diferença entre as duas figuras está no sentido no qual o fio 2 é enrolado
(a)
no núcleo. Uma convenção conhecida como convenção do ponto é usada para indicar a forma
i1 (t) i2 (t) como os fios estão enrolados no núcleo. Observe que uma extremidade de cada enrolamento
M
é assinalada com um ponto. Quando o sentido de referência da corrente em um enrolamen-
+ + to é com a corrente entrando na extremidade do enrolamento assinalada com um ponto, a
v1 (t) L1 L2 v2 (t) polaridade de referência da tensão induzida é positiva na extremidade do outro enrolamento
– –
assinalada com um ponto. Assim, por exemplo, nas Figuras 11.9-1a e 11.9-1b, o sentido de
referência da corrente i1 corresponde à corrente entrando no enrolamento da esquerda na ex-
(b) tremidade assinalada com um ponto. Em consequência, nas Figuras 11.9-1a e 11.9-1b, o sinal
FIGURA 11.9-2  Símbolo + da polaridade de referência de v2 está situado na extremidade do enrolamento da direita
usado para representar assinalada com um ponto.
indutores acoplados. Em
(a), as duas correntes
A Figura 11.9-2 mostra o símbolo usado para representar indutores acoplados nos dia-
entram nas extremidades gramas dos circuitos elétricos, com os pontos indicados e a indutância mútua designada pela
assinaladas com pontos. letra M. Dois casos estão representados na Figura 11.9-2. Na Figura 11.9-2a, as correntes nos
Em (b), uma das correntes dois enrolamentos entram nas extremidades assinaladas com pontos. Na Figura 11.9-2b, uma
entra na extremidade das correntes, i1, entra na extremidade assinalada com um ponto e a outra corrente, i2, entra na
assinalada com um extremidade que não está assinalada com um ponto. Nos dois casos, os sentidos de referência
ponto e a outra entra na
extremidade que não está
da tensão e da corrente em cada enrolamento estão de acordo com a convenção passiva.
assinalada com um ponto. Suponha que as correntes nos dois enrolamentos entrem nas extremidades assinaladas
com pontos na Figura 11.9-2a, ou que as duas correntes entrem nas extremidades não assina-
ladas com pontos. Nos dois casos, a tensão no primeiro enrolamento, v1, está relacionada às
correntes nos enrolamentos através da equação

di1 di
v1 = L1 +M 2 (11.9-6)
dt dt
Do mesmo modo, a tensão no segundo enrolamento está relacionada com as correntes nos enrola-
mentos através da equação
di2 di
v2 = L2 +M 1 (11.9-7)
dt dt
Em vez disso, suponha que a corrente em um dos enrolamentos entre na extremidade assinalada com
um ponto e a corrente no outro enrolamento entre na extremidade que não está assinalada com um ponto,
como na Figura 11.9-2b. Nesse caso, a tensão no primeiro enrolamento, v1, está relacionada às correntes
nos enrolamentos através da equação
di1 di
v1 = L1 −M 2 (11.9-8)
dt dt
Do mesmo modo, a tensão no segundo enrolamento está relacionada às correntes nos enrolamentos
através da equação
di2 di
v2 = L2 −M 1 (11.9-9)
dt dt
Assim, podemos dizer que a indutância mútua induz uma tensão em um enrolamento devido à corrente no
outro enrolamento.
Os indutores acoplados podem ser modelados usando indutores (sem acoplamento) e fontes depen-
dentes. A Figura 11.9-3 mostra um circuito equivalente de dois indutores acoplados.
O uso de indutores acoplados em geral se limita a aplicações em que a corrente não é contínua, já
que os enrolamentos se comportam como curtos-circuitos para corrente contínua.
Suponha que dois indutores acoplados façam parte de um circuito linear com uma entrada senoidal
e que o circuito esteja no regime estacionário. Um circuito desse tipo pode ser analisado no domínio da
Potência no Regime Estacionário Senoidal 537

l(ω) = 0,682 –21 ° A I2 ( ω )


3:2
8Ω +
30 Ω
+ Vo(ω )
– Vs(ω ) = 75,5 26 ° V j36 Ω
FIGURA 11.10-10  Circuito da Figura 11.10-9 depois de
– determinada a corrente I(w).

Como os circuitos das Figuras 11.10-8 e 11.10-9 são equivalentes, a corrente I(w) da Figura 11.10-10 também é
dada pela Eq. 11.10-6. A Figura 11.10-10 mostra o circuito da Figura 11.10-8 com o valor da corrente I(w) indicado.
A corrente do enrolamento secundário do transformador foi chamada de I2(w) na Figura 11.10-10. Como I(w)
e I2(w) são as correntes dos enrolamentos do transformador ideal, estão relacionadas pela seguinte equação:
 3
I 2 ( w) = −  I ( w) = −1, 023 −21º A
 2 

Observe que I2(w) e Vo(w), a corrente e a tensão na impedância de j36 Ω da Figura 11.10-10, não estão de acordo
com a convenção passiva. Assim,
Vo ( w) = − j 36 I 2 ( w) = ( j 36)(−1, 023 − 21º) = (36 90º)(1, 023 − 21º) = 36, 82 69º V

No domínio do tempo, a tensão de saída é dada por


vo (t ) = 36, 82 cos (4t + 69º ) V

E x e m p lo 11.10-3  Potência Complexa em um Circuito com um Transformador

Determine o valor da potência (a) fornecida pela fonte de tensão, (b) recebida pela impedância Z2 e (c) recebida pelo
transformador do circuito da Figura 11.10-11.

I2
Z1 = 4 + j 8 Ω
1:5

I1 + + Z2 =
+ V2
120 0° V V1
– 125 + j 50 Ω
– –

FIGURA 11.10-11  Circuito do Exemplo 11.10-3.

Solução
(a) Como na Figura 11.10-5, podemos substituir o transformador e a impedância Z2 por uma impedância equivalen-
te; o circuito resultante aparece na Figura 11.10-12. A impedância equivalente da Figura 11.10-12 é dada por
2
1
Z eq =   (125 + j 50) = 5 + j 2 Ω
Z1 = 4 + j 8 Ω
5
De acordo com a LKT e a lei de Ohm, I1 +
+ Zeq
– 120 0° V V1
120 0º
I1 = = 8, 92 − 48º A –
(4 + j 8) + (5 + j 2)
FIGURA 11.10-12  Circuito da Figura
A potência complexa fornecida pela fonte de tensão é dada por 11.10-11 com o transformador e a
impedância Z2 substituídos por uma
(120 0º) (8, 92 − 48º) * impedância equivalente.
= 358 + j 398 VA
2
582 Capítulo 12

Solução
A tensão de fase da fase A é

e, portanto, a corrente de linha da fase A é

Isso significa que a corrente de linha da fase B é


IB = 12,7 – 195° A rms

As tensões de linha são VAB = 220  0º V rms, VCA = 220  +120º V rms e VBC = 220  −120º V rms. A leitura do
primeiro wattímetro é
P1 = IAVAC cos q1 = 12,7(220) cos 15° = 2698 W

Como VCA = 220  +120º, VAC = 220  −60º. Assim, o ângulo q1 entre VAC e IA é 15º. A leitura do segundo wattímetro é
P2 = IBVBC cos q2 = 12,7(220) cos 75° = 723 W

em que q2 é o ângulo entre IB e VBC. A potência total é


P = P1 + P2 = 3421 W

Observe que todos os cálculos foram executados desprezando a potência dissipada pelos wattímetros.

E x e m p lo 1 2 . 8 - 2  Método dos Dois Wattímetros

As leituras dos dois wattímetros da Figura 12.8-2 são P1 = 60 kW e P2 = 180 kW, respectivamente. Determine o fator
de potência do circuito.

Solução
De acordo com a Eq. 12.8-7, temos

Assim, temos q = 40,9º e o fator de potência é

fp = cos q = 0,756

O fato de que o ângulo q é positivo mostra que o fator de potência é atrasado. Quando q é negativo, o fator de po-
tência é adiantado.

EXERCÍCIO 12.8-1  A corrente de linha de uma carga trifásica equilibrada é 24 A rms, a tensão de
linha é 450 V rms e o fator de potência é 0,47 atrasado. Se dois wattímetros são ligados da forma mostrada
na Figura 12.8-2, determine a leitura de cada medidor e a potência total fornecida à carga.
Resposta: P1 = −371 W, P2 = 9162 W e P3 = 8791 W
A Transformada de Laplace 673

De acordo com a Figura 14.5-1, os valores inicial e final são


v (0)  lim v( t)  2 V e v(  )  lim v( t)  4 V (14.5-4)
t0 t
De acordo com os teoremas do valor inicial e do valor final, temos
2s2 30s 136
2s2  30s  136 2s2  30s  136 2 s 2 2V
 2  2
v( 0)  lim s  lim 2  lim s 2 s
s s (s2  9s  34 ) s s  9s  34 s  s 9s 34 1
 
s2 s2 s2

2s2  30s  136 2s2  30s  136 136


e v( )  lim s  lim  4V
s0 s( s2  9s  34) s0 s2  9s  34 24

Como os valores inicial e final dos resultados experimentais são iguais aos valores inicial e final dos resultados
teóricos, é possível que V(s), dada pela Eq. 15.5-3, seja a transformada de Laplace da função v(t) da Figura 14.5-1.
Vamos agora determinar a transformada inversa de V(s).
Podemos expressar V(s) na forma
2s2  30s  136 K 1s  K 2 R3
V ( s)   2 
s( s2  9s  34) s  9s  34 s

2s2  30s  136 2s2  30s  136


em que R3  s  4
s( s2  9s  34) s0 s2  9s  34 s0

2s2  30s  136 K 1s  K 2 4


Assim, V ( s)   2 
s( s2  9s  34) s  9s  34 s

Multiplicando ambos os membros por s(s2 + 9s + 34), temos


2s2  30s  136  s( K 1 s  K 2)  4 s2  9s  34  ( K 1  4) s2  (K 2  36)s  136

Igualando os coeficientes de s2 e s1, obtemos K1 = −2 e K2 = −6. Assim,


2s2  30s  136 4 2s  6 4 2( s  3)
V ( s)   
s( s2  9s  34) s s2  9s  34 s ( s  3) 2  25

Determinando a transformada inversa de Laplace dos dois termos do lado direito e usando a propriedade da linea-
ridade, obtemos
1 4 2( s  3) 3t
v( t)  L 4 2e cos ( 5t) para t 0
s ( s  3) 2  25

que é realmente a equação que representa a função mostrada na Figura 14.5-1.

14.6 S o l u ç ã o d a s E q u a ç õ e s D i f e r e n c i a i s q u e D e s c r e v e m u m
Circuito

Podemos resolver as equações diferenciais que descrevem um circuito usando a transformada de Laplace
da variável x(t) e suas derivadas. Para isso, basta fazer o seguinte:
1. Usar as leis de Kirchhoff e as equações constitutivas dos componentes para representar o circuito por
um sistema de equações diferenciais.
676 Capítulo 14

i(t) I(s) I(s)


+ +
1 +
Cs
1
v(t) C V(s) V(s) Cv(0)
v(0) Cs
+
– s –
– –

(a) (b) (c)


FIGURA 14.7-2  Um capacitor representado (a) no domínio do tempo e (b) no domínio da frequência, usando a transfor-
mada de Laplace. (c) Outra representação possível no domínio da frequência.

Explicitando I(s) na Eq. 14.7-5, obtemos

I ( s ) = CsV ( s ) − Cv(0) (14.7-6)



A Eq. 14.7-6 também pode ser usada para representar o capacitor no domínio da frequência, como mostra a
Figura 14.7-2c. A ligação de componentes em paralelo na Figura 14.7-2c corresponde à soma de correntes
da Eq. 14.7-6. A tensão da impedância da Figura 14.7-2c produz a primeira corrente no lado direito da Eq.
14.7-6, enquanto a fonte de corrente da Figura 14.7-2c produz a segunda corrente. Observe que o sentido
de referência da fonte de corrente da Figura 14.7-2c foi escolhido de modo a estar de acordo com o sinal
negativo da Eq. 14.7-6.
No domínio do tempo, um indutor é representado pela equação
d
v( t)  L i( t) (14.7-7)
dt
A transformada de Laplace da Eq. 14.7-7 é

V ( s ) = LsI ( s ) − Li (0) (14.7-8)



Para determinar a impedância do indutor, fazemos a condição inicial, i(0), igual a zero. Nesse caso,
de acordo com a Eq. 14.7-3, temos
Z L ( s)  Ls

como a impedância do indutor.


A Eq. 14.7-8 é usada para representar o indutor no domínio da frequência, como mostra a Figura
14.7-3b. A associação de componentes em série na Figura 14.7-3b corresponde à soma de tensões da Eq.
14.7-8.

i(t) I(s) I(s)


+ +
Ls +
i(0)
v(t) L V(s) Ls V(s) s

+ Li(0) –
– –

(a) (b) (c)


FIGURA 14.7-3  Um indutor representado (a) no domínio do tempo e (b) no domínio da frequência, usando a transforma-
da de Laplace. (c) Outra representação possível no domínio da frequência.

Explicitando I(s) na Eq. 14.7-8, obtemos


1 i (0)
I (s) = V ( s) + (14.7-9)
Ls s
A Eq. 14.7-9 também pode ser usada para representar o indutor no domínio da frequência, como mostra a
Figura 14.7-3c. A corrente que atravessa a impedância da Figura 14.7-2b.
728 Capítulo 15

Cossenoide Retificada
6

v(t) V
3

tempo, s
FIGURA 15.2-4  Gráfico produzido pelo arquivo de entrada do MATLAB da Figura 15.2-3.

Vamos agora obter outra representação da série de Fourier. Outra forma de escrever a série de Fou-
rier da Eq. 15.2-3 é a seguinte:

f(t) = a0 + (a n cos n ω0 t + bn sen n ω0 t) (15.2-9)

Usando uma identidade trigonométrica, o enésimo termo da série pode ser escrito como uma soma de
cossenoides:
an cos n ω 0 t + bn sen n ω 0 t = an cos n ω 0 t + bn cos (n ω 0 t 90 ) (15.2-10)

Usando fasores, podemos representar o lado direito da Eq. 15.2-10 no domínio da frequência. Converten-
do da forma retangular para a forma polar, obtemos
an 0 + b n 90 = an jbn = cn θn
em que

= = (15.2-11)


e
an = cn cos θn e bn cn sen θn

De volta ao domínio do tempo, a cossenoide correspondente é


cn cos (n w0t + qn)
Definindo c0 como
c0 = a0 = valor médio de f (t ) (15.2-12)

a série de Fourier pode ser representada como

f(t) = c0 + cn cos (nω 0 t + θn) (15.2-13)



Para distinguir as duas formas da série de Fourier, chamamos a série dada pela Eq. 15.2-3 de série de Fou-
rier seno-cosseno e a série dada pela Eq. 15.2-13 de série de Fourier amplitude-fase.
Em geral, é mais fácil calcular os coeficientes an e bn do que calcular os coeficientes cn e qn, especial-
mente quando a função f (t) é simétrica, como vamos ver na Seção 15.3. Por outro lado, a série de Fourier
baseada nos coeficientes cn é mais conveniente para calcular a resposta estacionária de um circuito linear
a uma entrada periódica.
Série de Fourier e Transformada de Fourier 729

E x e m p lo 15 . 2 - 2  Série de Fourier de uma Forma de Onda Pulsada

Determine a série de Fourier da forma de onda pulsada da Figura 15.2-5.

Solução
1o passo: De acordo com a Figura 15.2-5, o período de v(t) é
π
T= s
10

v (t), V

t, s
π π π
40 10 8
FIGURA 15.2-5  Forma de onda pulsada.

A frequência fundamental é

ω0 = = 20 rad/s
T

2o passo: No período de 0 a p/10, a forma de onda da Figura 15.2-5 é dada por


π
5 para 0 t
v(t) = 40
π π
0 para t
40 10

3o passo: Vamos agora calcular os coeficientes de Fourier a0, an e bn. O coeficiente a0 é o valor médio de v(t):
π 3π
5 + 0
área sob a curva para um período 40 40
a0 = = π = 1,25 V
um período, T
e 10

Analogamente,

Resumindo,
5 nπ 5 nπ
a0 = 1,25, an = sen e bn = 1 cos (15.2-14)
nπ 2 nπ 2
4o passo: Substituindo os coeficientes a0, an e bn da Eq. 15.2-3 por seus valores, dados pela Eq. 15.2-14, temos:
5 nπ nπ
v (t) = 1,25 + sen cos(20 nt) + 1 cos sen(20nt) (15.2-15)
nπ 2 2

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