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Eletricidade I –EEL310

Isaías Fuly
Conceitos Fundamentais

 Cargas elétricas
A carga elétrica é uma propriedade física fundamental e é ela que
determina algumas das interações eletromagnéticas.
Conceitos Fundamentais
 Corrente elétrica
A corrente elétrica é o movimento ordenado de partículas eletricamente
carregadas.

Dentro desses condutores há muitos elétrons livres descrevendo um


movimento caótico, sem direção determinada.
Conceitos Fundamentais

 Corrente elétrica
Ao aplicar-se uma diferença de potencial entre dois pontos do
metal (ligando as pontas do fio a uma bateria, por exemplo),
estabelece-se um campo elétrico interno e os elétrons passam a
se movimentar numa certa ordem, constituindo assim a corrente
elétrica.
Conceitos Fundamentais

 Corrente elétrica
Definição Matemática
A corrente elétrica é definida como a razão entre a quantidade de carga
que atravessa certa secção transversal do condutor num intervalo de
tempo.
∆q dq
I = lim =
∆ t → 0 ∆t dt
A unidade de medida é o Coulomb por segundo (C/s), chamado
de Ampère [A] no SI em homenagem ao físico e matemático francês
André-Marie Ampère (1775-1836).
Conceitos Fundamentais

 Tensão elétrica

Tensão elétrica ou voltagem é a diferença de potencial elétrico entre dois


pontos.
Conceitos Fundamentais

 Tensão elétrica
Definição Matemática
A tensão elétrica entre dois pontos é definida matematicamente como a
integral de linha do campo elétrico:

Sua unidade de medida é o volt [V], o nome é homenagem ao


físico italiano Alessandro Volta.
Conceitos Fundamentais

 Resistência elétrica
Resistência elétrica é a capacidade de um corpo qualquer de se opor a
passagem de corrente elétrica pelo mesmo, quando existe uma diferença
de potencial aplicada.

Segundo o Sistema Internacional SI, é medida em Ohms [ Ω].


Conceitos Fundamentais

 Resistência elétrica
Definição Matemática
A relação abaixo mostra que a resistência de um condutor é diretamente
proporcional ao seu comprimento, e inversamente proporcional à sua
seção reta.
l
R=ρ
A
A constante de proporcionalidade ρ é a resistividade elétrica do material.
Conceitos Fundamentais

 1ª. Lei de Ohm


Consideremos um condutor ao qual foi aplicada uma certa tensão U.
Esta tensão estabelecerá, no condutor, uma corrente i. Através de
experimentos, verificou-se então que, para muitos materiais, a relação
entre a tensão e a corrente mantinha-se constante, isto é, U / i = Cte.
Mas U / i representa o valor da resistência R do condutor.
Este resultado é conhecido como lei de Ohm:

U = R.i
Conceitos Fundamentais

 2ª. Lei de Ohm


Considerando a relação da resistência elétrica com a geometria e as
propriedades elétricas do material, pode-se escrever a Lei de Ohm:

l
R=ρ
A

l
U =ρ I
A
Conceitos Fundamentais

 Capacitor
Capacitores são elementos elétricos capazes de armazenar carga
elétrica e, consequentemente, energia potencial elétrica. Podem ser
esféricos, cilíndricos ou planos, constituindo-se de dois condutores
denominados armaduras que, ao serem eletrizados, num processo de
indução total, armazenam cargas elétricas de mesmo valor absoluto,
porém de sinais contrários.

Símbolo
Conceitos Fundamentais

 Capacitor
A carga elétrica armazenada em um capacitor é diretamente proporcional
à diferença de potencial elétrico ao qual é submetido.

Assim sendo, definimos capacidade eletrostática C de um capacitor


como a razão entre o valor absoluto da carga elétrica Q que foi
movimentada de uma armadura para outra e a ddp U nos seus terminais.
Essa carga elétrica corresponde à carga de sua armadura (positiva).

onde a unidade de C no SI é o farad[F].


Conceitos Fundamentais
 Capacitor
O gráfico abaixo representa a carga elétrica Q de um capacitor em
função da ddp U nos seus terminais. Como, nesse caso, Q e U são
grandezas diretamente proporcionais, o gráfico corresponde a uma
função linear, pois a capacidade eletrostática C é constante.

Considerando que o capacitor tenha adquirido a carga Q quando


submetido à ddp U (gráfico), a energia elétrica armazenada no
capacitor corresponde à área do triângulo em destaque. O valor da
energia elétrica armazenada é: C.U 2
Welétr =
2
Conceitos Fundamentais
 Indutor
Chamamos de indutor a um fio enrolado em forma de hélice em cima de
um núcleo que pode ser de ar ou de outro material.
Conceitos Fundamentais
 Indutor
O fluxo magnético é proporcional à intensidade da correnteφ = L × I
L, indutância, aparece como uma constante de proporcionalidade.
A Lei de Faraday-Lenz relaciona variação do fluxo induzido na bobina
com tensão terminal:

dφ di
e=− = −L
dt dt

φ
A grandeza L designa-se também por coeficiente de auto-indução L = I
(medida do fluxo magnético induzido pela corrente que percorre o
circuito) . No SI, L é dado em Henry (H).
Conceitos Fundamentais
 A figuras abaixo mostram duas curvas características de
resistências genéricas,V = f (I ) :

dφ di
e=− = −L
dt dt

Para resistência linear tem-se uma reta passando pela origem, pois V = R ⋅ I
Para qualquer ponto da reta, obtêm-se o valor de R (coeficiente angular
da reta)
Conceitos Fundamentais
 Para o elemento não linear, observando a curva V = f (I ) ,
observa-se que a resistência R varia ponto-a-ponto.

Neste caso para o ponto A, a relação entre V e I é diferente da tangente


à curva neste ponto. Como mostra a figura acima.
Conceitos Fundamentais
 Portanto, define-se resistência dinâmica Rdin e resistência
estática como:

dV
Rdin = A = tg (α 2 )
dI
V
Rest = A = tg (α1 )
IA

Conhecendo-se as características V = f ( I ) dos elementos não lineares,


dos valores das resistências lineares V = R ⋅ I e dos valores V , I das
fontes, pode-se colocá-los em um mesmo gráfico obtendo-se o ponto
de funcionamento ou de operação do circuito (tensões e/ou correntes).
Elementos em Série

 Elementos em série:
Dois elementos em série tem apenas um ponto em comum.

Característica principal: mesma corrente atravessando os elementos.


Circuitos em Série
 Equacionamento:
Observando a figura anterior nota-se a toda tensão E recai sobre os
elementos A e B, portanto:

E = U A +UB
E = RA I + RB I
E = ( RA + RB ) I
E = ∑ Ri .I
Elementos em Paralelo

 Elementos em Paralelo:
Há mais de um ponto comum entre dois elementos:

Característica principal: a tensão sobre os elementos é a mesma.


Elementos em Paralelo

 Equacionamento
O equacionamento é feito de forma análoga ao dos elementos em série:

E = UA = UB
I = I A + IB

E ainda temos que: U A = R A .I A


Elementos em Paralelo

 Equacionamento
E E
+ = I
RA RB
UA UB
+ =I  1 1 
RA RB E . +  = I
U A +UB = E  RA RB 
I
E =
 1 1 
 + 
 RA RB 
Elementos em Paralelo

1 1 1 RA × RB
= + → R eq =
R eq RA RB RA + RB

1 1
=∑
R R
eq i
Elementos em Delta/Estrela

 Formulação Geral:

R1 + R3 = RC //( RA + RB )

R1 + R2 = RB //( RA + RC )

R2 + R3 = RA //( RB + RC )
Conversão: ∆ → Y

RB .RC
R1 =
RA + RB + RC

RA .RB
R2 =
RA + RB + RC

R A .RC
R3 =
R A + RB + RC
Conversão: Y → ∆

R1.R2 + R2 .R3 + R1.R3


RA =
R1

R1.R2 + R2 .R3 + R1.R3


RB =
R3

R1.R2 + R2 .R3 + R1.R3


RC =
R2
Tipos de Fontes

 Fontes Independentes

 Tensão:
Mantêm as tensões nos terminais independentemente da
corrente que passa pelas mesmas.

↑I ↑I
Tipos de Fontes

 Corrente:
Mantêm a corrente independentemente da tensão aplicada nos
terminais.

↑I
Tipo de Fontes

 Fontes Dependentes

 Tensão:
Depende da tensão em um elemento ou parte de um circuito

V
Tipo de Fontes

 Corrente:
Depende da corrente em um elemento ou parte de um circuito.

I
Leis de Kirchhoff : 1ª. Lei (LKC)

 Como a carga elétrica não pode ser criada nem


destruída, a corrente elétrica que chega a um nó
deve ser a mesma que sai dele. De outra forma, o
somatório das correntes que chegam a um nó é
igual a soma das correntes que saem dele.

∑I =0⇒ I 1 + I 2 = I3 + I 4
Leis de Kirchhoff : 1ª. Lei (LKC)

 A 1ª. Lei de Kirchhoff pode ser aplicada a qualquer


porção de um circuito e não somente a um nó.

∑ I = 0 ⇒I 2 + I 3 = I1 + I 4 + I 5
Leis de Kirchhoff : 2ª. Lei (LKT)

 A energia para qualquer percurso fechado deve ser nula para


um sistema conservativo. Um circuito elétrico é conservativo,
portanto, as elevações e quedas de tensão ao longo da malha
devem ser nula.

∑ E = ∑ RI
j =1
j

E1 = R1 I1 − R2 I 2 − R3 I 3
− E4 + E5 = R3 I 3 − R4 I 4 − R5 I 5 + R6 I 6

A queda de tensão em uma resistência tem o sentido contrário ao da


corrente.
Exercício de aplicação:

1) Calcular a corrente na resistência de 4Ω e a tensão nos terminais da


fonte de corrente.

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