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MÓDULO: SEGUNDO
DISCIPLINA: ANÁLISE DE CIRCUITOS
PROFESSOR: ____________________________________________
ALUNO (A):________________________________________________
escolatecnicajk@doctum.edu.br
Conteúdo
1. Elementos de um circuito................................................................................................................3
2. Lei de Ohm......................................................................................................................................4
4. Associação de resistores.................................................................................................................5
6. Ponte de Wheatstone......................................................................................................................8
9. Leis de Kirchhoff............................................................................................................................12
15. Exercícios....................................................................................................................................22
15.2....................................................................................................................................................24
16. Referências.................................................................................................................................24
1. Elementos de um circuito
Ramo
Qualquer parte de um circuito elétrico composta por um ou mais dispositivos ligados em série.
Nó
Qualquer ponto de um circuito elétrico no qual há a conexão de três ou mais ramos é denominado
nó.
Malha
Qualquer parte de um circuito elétrico cujos ramos formam um caminho fechado para a corrente.
Rede resistiva
Uma rede resistiva é um circuito formado por diversas resistências associadas em série ou em
paralelo alimentadas por uma fonte de tensão.
2. Lei de Ohm
"A intensidade da corrente elétrica que atravessa uma resistência, é diretamente proporcional, ao
valor da diferença de potencial a que esta está sendo submetida e inversamente proporcional ao
valor ôhmico desta resistência". Podemos então escrever as seguintes equações:
E E
I= ; E=R . I ; R=
R I
Para utilizar o Triângulo da lei de Ohm basta tampar a variável que desejamos encontrar, a operação
determinada pela posição das duas variáveis conhecidas, resultará na resposta desejada.
P P
P=E . I ; E= ; I=
I E
Observando a lei de Ohm e as equações da potência, podemos deduzir as seguintes equações:
E E=R . I E P=E . I
R= I=
I R
P P P P=R . I
2
R= E= I=
I
2
I E
R=
E2
P
E=√ P . R
I=
√ P
R
P=
E2
R
Energia elétrica
4. Associação de resistores
Associação em série
Na associação de resistores em série os resistores tem apenas um ponto em comum com o próximo
formando um único caminho para a corrente.
Pela lei de Kirchhoff para tensões a soma das tensões nos resistores é igual a tensão total aplicada.
A resistência equivalente para o circuito série é o somatório das resistências série do circuito.
Req=R 1+ R 2+…+ Rn
A corrente que circula no circuito pode ser calculada dividindo a tensão total pela resistência
equivalente (Req).
E
I=
Req
Associação em paralelo
Na associação de resistores em paralelo, os resistores tem dois pontos em comum e a tensão sobre
eles é a mesma, a corrente se divide de acordo com a resistência de cada caminho.
A corrente total drenada da fonte é igual a somatório das correntes em cada ramo paralelo:
I =I 1+ I 2 +…+ I n
Pela lei de Ohm podemos calcular a corrente em cada ramo dividindo a tensão pela resistência de
cada ramo:
E E E
I 1= ;I = ; I =
R 1 2 R2 n Rn
1 1 1 1
= + + …+
R eq R1 R2 Rn
Para calcular a resistência equivalente entre dois únicos resistores em paralelo podemos deduzir a
equação para encontrar outra mais simples:
1 1 1 R .R
= + → Req = 1 2
R eq R1 R2 ( R 1+ R 2 )
Na associação em série vimos que a tensão se divide entre as resistências, podemos então deduzir
uma equação geral para calcular a queda de tensão ( V i ) em um resistor ( Ri ) em função da tensão
aplicada ( E ) .
Como:
V i=I . R i
E:
E
I=
R eq
Então:
E . Ri
V i=
Req
Divisor de corrente
Vimos que na associação paralela de resistores a corrente se subdivide entre os ramos que estão
em paralelo, formando um divisor de corrente.
E
Como : I i=
Ri
E: E=Req . I
R eq . I
Então: I i=
Ri
Para dois únicos resistores em paralelo podemos deduzir a equação e para encontrar a corrente em
um dos resistores, basta multiplicar a corrente total pelo outro resistor e dividir pela soma dos dois.
R2
I 1=I .
R 1 + R2
R1
I 2=I .
R 1+¿ R ¿
2
6. Ponte de Wheatstone
A ponte de Wheatstone trata-se de um divisor de corrente em que cada ramo forma um divisor de
tensão e é muito utilizada na instrumentação eletrônica, pois por meio dela é possível medir, além da
resistência elétrica, outras grandezas físicas, como temperatura, força e pressão, através de
sensores ou transdutores que convertam as grandezas a serem medidas em resistência elétricas.
Observe o circuito básico da ponte de Wheatstone:
Diz-se que a ponte fica em equilíbrio quando a tensão entre os pontos A e B é igual a zero. Para isso
V A =V B , usando o divisor de tensão podemos calcular estas tensões:
R2 R4
V A= . E ; V B= .E
R 1+ R 2 R3 + R 4
R1 . R 4=R 2 . R3
Podemos concluir que a condição de equilíbrio se dá quando há uma igualdade entre os produtos
das resistências opostas.
Ohmímetro em ponte
A ponte de Wheatstone pode ser usada para medir com razoável precisão, resistências
desconhecidas da seguinte forma:
Além das ligações série ou paralela, é comum encontrarmos resistores associados em estrela ou
triângulo:
Como estas ligações não se caracterizam nem como ligação em série nem paralelo, podemos usar
um artifício para que seja possível calcular a resistência equivalente.
Para resolver este problema é possível converter uma configuração na outra fazendo com que os
resistores mudem de posição sem alterar as configurações elétricas externas:
8. Associação de fontes (geradores)
Fontes de tensão em série
As fontes de tensão podem ser ligadas em série para aumentar ou para diminuir a tensão resultante.
Polaridades iguais se somam e polaridades opostas se subtraem. Observe os exemplos:
As fontes de tensão somente poderão ser associadas em paralelo para aumentar a capacidade de
corrente fornecida, se tiverem a mesma tensão, pois, do contrario, a fonte de menor tensão se
tornará carga devido sua baixa resistência interna. Observe o exemplo abaixo:
Este tipo de associação somente poderá ser feito se todas as fontes tiverem o mesmo sentido e se
todas elas tiverem o mesmo valor:
Fontes de corrente em paralelo
9. Leis de Kirchhoff
Kirchhoff foi um cientista que com seus estudos facilitou a análise e compreensão de circuitos. Ele
determinou as duas leis básicas da eletricidade.
Ou
“ A soma das correntes que chegam a um nó é igual à soma das correntes que saem desse nó”.
Lei de Kirchhoff para tensões
Ou
“A soma das tensões que elevam o potencial do circuito é igual à soma das tensões que causam a
queda de potencial”.
Um dos métodos de análise de circuitos mais utilizados é a análise de malhas ou também chamado
“método de Maxwell”.
Adota-se um sentido arbitrário para as correntes de cada malha (padrão sentido horário) e de
acordo com o sentido arbitrado realiza-se a polarização dos bipólos receptores e geradores (a
polaridade de uma fonte geradora não pode ser alterada pelo sentido da corrente arbitrada);
Aplica-se a lei de Kirchhoff para tensões nas malhas internas do circuito obtendo um sistema de
equações;
Malha 1:
−E1 +V 2 +V 3=0
−E1 + R1 . I 1 + R3 ( I 1−I 2)=0
6 I 1−4 I 2=2
Malha 2:
V 3 +V 2 + E2=0
R3 ( I 2−I 1 ) + R 2 . I 2 + E2 =0
−4 I 1 +5 I 2=−6
Resolve-se o sistema pela forma analítica ou matricial e encontre o valor das correntes de acordo
com o sentido arbitrado (correntes com valor negativo indicam que a corrente tem sentido
contrario ao arbitrado);
I 1=−1 e I 2=−2
Nos ramos comuns a duas malhas, a corrente é o resultado da soma algébrica entre as correntes
que aquele ramo está submetido.
Teorema da superposição de efeitos: “Num circuito elétrico formado por vários dipolos lineares, o
efeito causado pelos geradores num determinado ramo ou bipolo é equivalente a soma algébrica
dos efeitos causados por cada gerador individualmente, eliminados os efeitos das demais”.
Para eliminar o efeito de um gerador de corrente, basta substituí-lo por um circuito aberto:
RA 68,75
V X 1=V A =E1 . =10. =4,07 V
R 1+ R A 100+68,75
V X 1 4,07
I X 1= = =40,7 mA
R X 100
R X . R 1 100 ×100
R B= = =50 Ω
R X + R1 100+100
RB 50
V X 2=V B =E2 . =20. =3,7 V
R 2 + RB 220+50
V X 2 3,7
I X 2= = =37 mA
R X 100
Finalmente podemos calcular a tensão Vx e a corrente Ix pela soma algébrica das duas
contribuições E1 e E2:
V X =V X 1 −V X 2=4,07−3,7 ⟹V X =0,37 V
O método de Thévenin é baseado no teorema de Thévenin: “Num circuito formado por vários bipolos
lineares, todos os geradores e receptores do circuito que envolvem um determinado bipolo ou ramo
de interesse podem ser substituídos por um gerador de tensão Thévenin formado por uma fonte de
tensão equivalente de Thévenin ETh em série com uma resistência interna equivalente de Thévenin
RTh “.
A tensão de Thévenin ETh é a tensão em aberto entre os pontos em que está localizado o bipolo ou
ramo de interesse:
A resistência de Thévenin RTh é a resistência equivalente vista pelo bipolo de interesse, quando
todos os geradores de tensão são substituídos por um curto-circuito e os geradores de corrente são
substituídos por circuitos abertos:
Primeiramente vamos retirar o ramo que está entre o bipolo de interesse, neste caso o Rx, e calcular
a tensão entre esses terminais ETh :
E1−E2 15−10
I= = ⟹ I =20 mA
R1 + R2 150+100
−3
ETh =E2 +V 2=E 2+ R 2 . I ⟹ ETh =10+100× 20 ×10 ⟹ ETh=12V
RX 1000
V X =ETh . =12 × ⟹ V X =11,32 V
R Th + R X 60+1000
V X 11,32
I X= = ⟹ I X =11,32 mA
R X 1000
O método de Norton é baseado no teorema de Thévenin: “Num circuito formado por vários bipolos
lineares, todos os geradores e receptores do circuito que envolvem um determinado bipolo ou ramo
de interesse podem ser substituídos por um gerador de corrente de Norton formado por uma fonte
de corrente equivalente de Norton I N em paralelo com uma resistência interna equivalente de Norton
R N “.
A corrente de Norton que passa pelos terminais A e B quando se fecha um Curto-circuito entre eles:
Para facilitar os cálculos vamos substituir as fontes de corrente em paralelo com uma resistência por
fontes de tensão com a mesma resistência em série:
E1 + E2−E 3 200+180−300
IN= = ⟹ I N =3,17 mA
R 1 + R 2+ R 3 + R 4 25,2×10 3
RN 25,2×10
3
I X =I N . =3,17× 10−3 . ⟹ I X =2,67 mA
RN+ RX 25,2 ×103 + 4,7× 103
3 −3
V X =R X . I X =4,7 ×10 .2,67 ×10 ⟹ V X =12,55V
15. Exercícios
15.1 Divisor de tensão e de corrente
1) Utilizando o divisor de corrente, calcule as correntes indicadas nos circuitos abaixo:
16. Referências
GUSSOW, Milton. Eletricidade básica. São Paulo: Person Makron Books (1997).
MARKUS, Otávio. Circuitos elétricos. São Paulo: Editora Érica LTDA (2001).
BOYLESTAD, Robert L. Análise de circuitos. Rio de Janeiro. Editora Prentice-hall do Brasil LTDA
(1997).