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ESCOLA TÉCNICA JUSCELINO KUBITSCHEK

CURSO TÉCNICO EM ELETROTÉCNICA

MÓDULO: SEGUNDO
DISCIPLINA: ANÁLISE DE CIRCUITOS
PROFESSOR: ____________________________________________
ALUNO (A):________________________________________________

Rua Potiguar 150 – Iguaçu - 35162-110 - Ipatinga – MG - ( 3821-6186

escolatecnicajk@doctum.edu.br
Conteúdo
1. Elementos de um circuito................................................................................................................3

2. Lei de Ohm......................................................................................................................................4

3. Potência e energia elétrica..............................................................................................................4

4. Associação de resistores.................................................................................................................5

5. Divisor de tensão e de corrente.......................................................................................................7

6. Ponte de Wheatstone......................................................................................................................8

7. Conversão estrela triângulo.............................................................................................................9

8. Associação de fontes (geradores).................................................................................................10

9. Leis de Kirchhoff............................................................................................................................12

10. Conversão de fontes...................................................................................................................13

11. Análise de malhas.......................................................................................................................14

12. Método da superposição.............................................................................................................15

13. Método de Thévenin...................................................................................................................17

14. Método de Norton.......................................................................................................................20

15. Exercícios....................................................................................................................................22

15.1 Divisor de tensão e de corrente...........................................................................................22

15.2....................................................................................................................................................24

16. Referências.................................................................................................................................24
1. Elementos de um circuito

Ramo
Qualquer parte de um circuito elétrico composta por um ou mais dispositivos ligados em série.


Qualquer ponto de um circuito elétrico no qual há a conexão de três ou mais ramos é denominado
nó.

Malha
Qualquer parte de um circuito elétrico cujos ramos formam um caminho fechado para a corrente.
Rede resistiva

Uma rede resistiva é um circuito formado por diversas resistências associadas em série ou em
paralelo alimentadas por uma fonte de tensão.

2. Lei de Ohm

"A intensidade da corrente elétrica que atravessa uma resistência, é diretamente proporcional, ao
valor da diferença de potencial a que esta está sendo submetida e inversamente proporcional ao
valor ôhmico desta resistência". Podemos então escrever as seguintes equações:

E E
I= ; E=R . I ; R=
R I

Para utilizar o Triângulo da lei de Ohm basta tampar a variável que desejamos encontrar, a operação
determinada pela posição das duas variáveis conhecidas, resultará na resposta desejada.

3. Potência e energia elétrica

A grandeza física denominada potência é a quantidade de trabalho realizado num determinado


intervalo de tempo e é medida em Joule por segundo. Num circuito elétrico a potência elétrica pode
ser definida como a quantidade de carga elétrica que uma fonte pode fornecer num determinado
intervalo de tempo, também chamada de corrente elétrica, então:

P P
P=E . I ; E= ; I=
I E
Observando a lei de Ohm e as equações da potência, podemos deduzir as seguintes equações:

Resistência Tensão Corrente Potência

E E=R . I E P=E . I
R= I=
I R

P P P P=R . I
2
R= E= I=
I
2
I E

R=
E2
P
E=√ P . R
I=
√ P
R
P=
E2
R

Energia elétrica

O consumo de energia é o resultado da potência multiplicada pelo tempo de utilização [Watt x


segundos], porém como a energia consumida em residências e indústrias é muito alta, as
concessionárias de energia calculam e tarifam o consumo potência em quilowatt e o tempo em horas
[kW.h].

4. Associação de resistores

Associação em série

Na associação de resistores em série os resistores tem apenas um ponto em comum com o próximo
formando um único caminho para a corrente.
Pela lei de Kirchhoff para tensões a soma das tensões nos resistores é igual a tensão total aplicada.

E=V 1+V 2+…+Vn

Onde: V 1=R 1. I ; V 2=R 2. I ; … ;Vn=Rn. I

A resistência equivalente para o circuito série é o somatório das resistências série do circuito.

Req=R 1+ R 2+…+ Rn

A corrente que circula no circuito pode ser calculada dividindo a tensão total pela resistência
equivalente (Req).

E
I=
Req

Associação em paralelo

Na associação de resistores em paralelo, os resistores tem dois pontos em comum e a tensão sobre
eles é a mesma, a corrente se divide de acordo com a resistência de cada caminho.

A corrente total drenada da fonte é igual a somatório das correntes em cada ramo paralelo:

I =I 1+ I 2 +…+ I n

Pela lei de Ohm podemos calcular a corrente em cada ramo dividindo a tensão pela resistência de
cada ramo:

E E E
I 1= ;I = ; I =
R 1 2 R2 n Rn

A resistência equivalente pode ser calculada a partir da seguinte equação:

1 1 1 1
= + + …+
R eq R1 R2 Rn
Para calcular a resistência equivalente entre dois únicos resistores em paralelo podemos deduzir a
equação para encontrar outra mais simples:

1 1 1 R .R
= + → Req = 1 2
R eq R1 R2 ( R 1+ R 2 )

5. Divisor de tensão e de corrente


Divisor de tensão

Na associação em série vimos que a tensão se divide entre as resistências, podemos então deduzir
uma equação geral para calcular a queda de tensão ( V i ) em um resistor ( Ri ) em função da tensão
aplicada ( E ) .

Como:

V i=I . R i

E:

E
I=
R eq

Então:

E . Ri
V i=
Req

Divisor de corrente

Vimos que na associação paralela de resistores a corrente se subdivide entre os ramos que estão
em paralelo, formando um divisor de corrente.
E
Como : I i=
Ri

E: E=Req . I

R eq . I
Então: I i=
Ri

Para dois únicos resistores em paralelo podemos deduzir a equação e para encontrar a corrente em
um dos resistores, basta multiplicar a corrente total pelo outro resistor e dividir pela soma dos dois.

R2
I 1=I .
R 1 + R2

R1
I 2=I .
R 1+¿ R ¿
2

6. Ponte de Wheatstone

A ponte de Wheatstone trata-se de um divisor de corrente em que cada ramo forma um divisor de
tensão e é muito utilizada na instrumentação eletrônica, pois por meio dela é possível medir, além da
resistência elétrica, outras grandezas físicas, como temperatura, força e pressão, através de
sensores ou transdutores que convertam as grandezas a serem medidas em resistência elétricas.
Observe o circuito básico da ponte de Wheatstone:

Diz-se que a ponte fica em equilíbrio quando a tensão entre os pontos A e B é igual a zero. Para isso
V A =V B , usando o divisor de tensão podemos calcular estas tensões:
R2 R4
V A= . E ; V B= .E
R 1+ R 2 R3 + R 4

Igualando as duas equações obteremos:

R1 . R 4=R 2 . R3

Podemos concluir que a condição de equilíbrio se dá quando há uma igualdade entre os produtos
das resistências opostas.

Ohmímetro em ponte

A ponte de Wheatstone pode ser usada para medir com razoável precisão, resistências
desconhecidas da seguinte forma:

 Liga-se um milivoltímetro de zero central entre os terminais A e B;


 Substitui-se, por exemplo, o resistor R1 pelo resistor desconhecido que vamos chamar de Rx;
 Substitui-se, por exemplo, o resistor R3 por uma década resistiva que vamos chamar de RD;
 Ajusta-se a década resistiva até que a ponte entre em equilíbrio, VAB = 0; e anota-se o valor de
RD;
R 2 . RD
 Calcula-se Rx pela equação de equilíbrio da ponte Rx= ;
R4
 Se R2 = R4, a equação se resume em Rx=R D.

7. Conversão estrela triângulo

Além das ligações série ou paralela, é comum encontrarmos resistores associados em estrela ou
triângulo:
Como estas ligações não se caracterizam nem como ligação em série nem paralelo, podemos usar
um artifício para que seja possível calcular a resistência equivalente.

Para resolver este problema é possível converter uma configuração na outra fazendo com que os
resistores mudem de posição sem alterar as configurações elétricas externas:
8. Associação de fontes (geradores)
Fontes de tensão em série

As fontes de tensão podem ser ligadas em série para aumentar ou para diminuir a tensão resultante.
Polaridades iguais se somam e polaridades opostas se subtraem. Observe os exemplos:

Fontes de tensão em paralelo

As fontes de tensão somente poderão ser associadas em paralelo para aumentar a capacidade de
corrente fornecida, se tiverem a mesma tensão, pois, do contrario, a fonte de menor tensão se
tornará carga devido sua baixa resistência interna. Observe o exemplo abaixo:

Fontes de corrente em série

Este tipo de associação somente poderá ser feito se todas as fontes tiverem o mesmo sentido e se
todas elas tiverem o mesmo valor:
Fontes de corrente em paralelo

As fontes de corrente associadas em paralelo terão seus efeitos somados ou subtraídos


dependendo do sentido de cada fonte:

9. Leis de Kirchhoff
Kirchhoff foi um cientista que com seus estudos facilitou a análise e compreensão de circuitos. Ele
determinou as duas leis básicas da eletricidade.

Lei de Kirchhoff para correntes

“A soma algébrica das correntes em um nó é igual a zero”.

Ou

“ A soma das correntes que chegam a um nó é igual à soma das correntes que saem desse nó”.
Lei de Kirchhoff para tensões

“A soma algébrica das tensões em uma malha é zero”.

Ou

“A soma das tensões que elevam o potencial do circuito é igual à soma das tensões que causam a
queda de potencial”.

10. Conversão de fontes


Em alguns tipos de análise de circuitos, é preferível trabalhar apenas com fontes de tensão ou
apenas com fontes de corrente. O método de conversão de fontes é muito útil neste sentido.
Apesar de a resistência em série com a fonte de tensão ter o mesmo valor da resistência em
paralelo com a fonte de corrente após a conversão, elas não dissipam a mesma potência nos dois
exemplos. A equivalência acontece apenas entre os terminais “a” e “b”.

11. Análise de malhas

Um dos métodos de análise de circuitos mais utilizados é a análise de malhas ou também chamado
“método de Maxwell”.

Este método consiste nos seguintes passos:

 Adota-se um sentido arbitrário para as correntes de cada malha (padrão sentido horário) e de
acordo com o sentido arbitrado realiza-se a polarização dos bipólos receptores e geradores (a
polaridade de uma fonte geradora não pode ser alterada pelo sentido da corrente arbitrada);
 Aplica-se a lei de Kirchhoff para tensões nas malhas internas do circuito obtendo um sistema de
equações;

Malha 1:

−E1 +V 2 +V 3=0
−E1 + R1 . I 1 + R3 ( I 1−I 2)=0
6 I 1−4 I 2=2

Malha 2:

V 3 +V 2 + E2=0
R3 ( I 2−I 1 ) + R 2 . I 2 + E2 =0
−4 I 1 +5 I 2=−6

 Resolve-se o sistema pela forma analítica ou matricial e encontre o valor das correntes de acordo
com o sentido arbitrado (correntes com valor negativo indicam que a corrente tem sentido
contrario ao arbitrado);
I 1=−1 e I 2=−2
 Nos ramos comuns a duas malhas, a corrente é o resultado da soma algébrica entre as correntes
que aquele ramo está submetido.

12. Método da superposição


O método da superposição consiste em analisar a contribuição de cada fonte com o efeito das
demais zerado, e fazer uma soma algébrica dessas contribuições individuais.

Teorema da superposição de efeitos: “Num circuito elétrico formado por vários dipolos lineares, o
efeito causado pelos geradores num determinado ramo ou bipolo é equivalente a soma algébrica
dos efeitos causados por cada gerador individualmente, eliminados os efeitos das demais”.

Para eliminar o efeito de um gerador de tensão, basta substituí-lo por um curto-circuito:

Para eliminar o efeito de um gerador de corrente, basta substituí-lo por um circuito aberto:

Vamos determinar a corrente e a tensão no resistor Rx pelo método da superposição:

Primeiramente vamos analisar a contribuição da fonte E1 com o efeito de E2 zerado:


R X . R 2 100× 220
RA= = =68,75 Ω
R X + R2 100+220

RA 68,75
V X 1=V A =E1 . =10. =4,07 V
R 1+ R A 100+68,75

V X 1 4,07
I X 1= = =40,7 mA
R X 100

O próximo passo é analisar a contribuição da fonte E2 com o efeito de E1 zerado:

R X . R 1 100 ×100
R B= = =50 Ω
R X + R1 100+100

RB 50
V X 2=V B =E2 . =20. =3,7 V
R 2 + RB 220+50

V X 2 3,7
I X 2= = =37 mA
R X 100

Finalmente podemos calcular a tensão Vx e a corrente Ix pela soma algébrica das duas
contribuições E1 e E2:
V X =V X 1 −V X 2=4,07−3,7 ⟹V X =0,37 V

I X =I X 1 −I X 2=40,7 m−37 m⟹ I X =3,7 mA

13. Método de Thévenin

O método de Thévenin é baseado no teorema de Thévenin: “Num circuito formado por vários bipolos
lineares, todos os geradores e receptores do circuito que envolvem um determinado bipolo ou ramo
de interesse podem ser substituídos por um gerador de tensão Thévenin formado por uma fonte de
tensão equivalente de Thévenin ETh em série com uma resistência interna equivalente de Thévenin
RTh “.

A tensão de Thévenin ETh é a tensão em aberto entre os pontos em que está localizado o bipolo ou
ramo de interesse:

A resistência de Thévenin RTh é a resistência equivalente vista pelo bipolo de interesse, quando
todos os geradores de tensão são substituídos por um curto-circuito e os geradores de corrente são
substituídos por circuitos abertos:

Vamos determinar a corrente e a tensão no resistor Rx a partir do circuito equivalente de Thévenin


gerado a partir do bipolo AB:

Primeiramente vamos retirar o ramo que está entre o bipolo de interesse, neste caso o Rx, e calcular
a tensão entre esses terminais ETh :

E1−E2 15−10
I= = ⟹ I =20 mA
R1 + R2 150+100

−3
ETh =E2 +V 2=E 2+ R 2 . I ⟹ ETh =10+100× 20 ×10 ⟹ ETh=12V

Em seguida vamos substituir os geradores de tensão por curto-circuito e calcular a resistência


equivalente vista pelos terminais AB que é a resistência de Thévenin RTh:
R1 . R 2 150.100
RTh = = ⟹ RTh =60 Ω
R 1+ R 2 150+100

Calculado os parâmetros do circuito equivalente de Thévenin, ligaremos novamente o Rx entre A e B


e calcularemos a tensão Vx e a corrente Ix:

RX 1000
V X =ETh . =12 × ⟹ V X =11,32 V
R Th + R X 60+1000

V X 11,32
I X= = ⟹ I X =11,32 mA
R X 1000

14. Método de Norton

O método de Norton é baseado no teorema de Thévenin: “Num circuito formado por vários bipolos
lineares, todos os geradores e receptores do circuito que envolvem um determinado bipolo ou ramo
de interesse podem ser substituídos por um gerador de corrente de Norton formado por uma fonte
de corrente equivalente de Norton I N em paralelo com uma resistência interna equivalente de Norton
R N “.
A corrente de Norton que passa pelos terminais A e B quando se fecha um Curto-circuito entre eles:

A resistência de Norton R N é equivalente a resistência de Thévenin RTh. É a resistência equivalente


vista pelo bipolo de interesse, quando todos os geradores de tensão são substituídos por um curto-
circuito e os geradores de corrente são substituídos por circuitos abertos:

Vamos determinar a corrente e a tensão no resistor Rx a partir do circuito equivalente de Norton


gerado a partir do bipolo AB:

Primeiramente vamos substituir os geradores de corrente I1 e I2 por circuitos abertos e o gerador de


tensão E3 por um curto-circuito e calcularemos a resistência equivalente R N entre A e B, vista pela
resistência Rx.
R N =R 1+ R 2+ R 3+ R 4=10 k + 12 k+ 2,2 k +1 k ⟹ R N =25,2k Ω

Para facilitar os cálculos vamos substituir as fontes de corrente em paralelo com uma resistência por
fontes de tensão com a mesma resistência em série:

E1=I 1 . R1 =20× 10−3 ×10 ×103 ⟹ E1=200 V


−3 3
E2=I 2 . R 2=15× 10 ×12 ×10 ⟹ E 2=180 V

E1 + E2−E 3 200+180−300
IN= = ⟹ I N =3,17 mA
R 1 + R 2+ R 3 + R 4 25,2×10 3

RN 25,2×10
3
I X =I N . =3,17× 10−3 . ⟹ I X =2,67 mA
RN+ RX 25,2 ×103 + 4,7× 103
3 −3
V X =R X . I X =4,7 ×10 .2,67 ×10 ⟹ V X =12,55V

15. Exercícios
15.1 Divisor de tensão e de corrente
1) Utilizando o divisor de corrente, calcule as correntes indicadas nos circuitos abaixo:

2) Encontre as correntes I1, I2, I3 e I4 abaixo com o divisor de corrente:

3) Determine a corrente no resistor de 90 Ω:


4) Calcule a intensidade de corrente no resistor R1:

5) Calcule a tensão no resistor de 2 Ω e a corrente no resistor de 10 Ω:

6) Calcule a diferença de potencial entre A e B:


7) Calcule a corrente que passa pelo resistor R2 sabendo que a corrente que passa pelo resistor
R3 é I3 = 2A:

15.2 Ponte de Wheatstone


1)

16. Referências
GUSSOW, Milton. Eletricidade básica. São Paulo: Person Makron Books (1997).

MARKUS, Otávio. Circuitos elétricos. São Paulo: Editora Érica LTDA (2001).

O`MALLEY, John. Análise de circuitos. São Paulo. McGraw-Hill do brasil (1983).

BOYLESTAD, Robert L. Análise de circuitos. Rio de Janeiro. Editora Prentice-hall do Brasil LTDA
(1997).

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