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Aluno: Levi Cavalcante Barreto

Professor: Marcelo Eufrásio

Atividade sobre Relação Jurídica

1 - O que é Relação Jurídica?

É a relação estabelecida por uma ordem normativa em que dois ou mais sujeitos se
obrigam a cumprir a obrigação de dar, fazer ou não fazer.

2 - É possível dizer que toda relação jurídica é uma relação social, mas a recíproca
não é verdadeira. Por quê?

Nem toda relação jurídica é uma relação social e nem toda relação social é uma relação
jurídica, embora essa última tenha potencial de se tornar uma relação jurídica em alguns
casos. As relações sociais são regidas pela moral, religião e etiqueta. Enquanto as relações
jurídicas são regidas pelas normas, respeitando a vontade das partes.

3 - Qual é a diferença entre Relação Jurídica e direito subjetivo?

Na relação jurídica se respeita a vontade das partes. No direito subjetivo, há a criação da


demanda, o conflito de interesses, um sujeito de direito que, ajuizando uma ação, a outra
parte se torna um sujeito de deveres.

4 - Quais são as consequências jurídicas da amizade ou do amor? Como você julgaria


o problema abaixo? Cássio Fernandes x Modesto Fernandes Cássio processou o seu
pai Modesto alegando que este sempre foi um pai omisso, o que lhe trouxe abalos
psicológicos consideráveis. Em razão disso, requereu indenização por danos morais
em razão do abandono afetivo. Em sua contestação, o pai alegou que o amor não
pode ser uma obrigação jurídica e que, da sua parte, sempre procurou dar ao filho o
suporte material e psicológico necessário, o que comprovou com extratos bancários
atestando as vultosas quantias que empregava no custeio de despesas do filho, que
sempre viveu luxuosamente. Alegou igualmente que o filho nunca o amou e nunca o
tratou com carinho, motivo pelo qual estaria incorrendo em verdadeiro tu quoque ao
exigir indenização por abandono afetivo. Por fim, sustentou que o filho não
comprovou nenhum tipo de abalo psicológico e que, ainda que estivesse falando a
verdade, o direito não pode obrigar ninguém a amar e muito menos substituir o amor
por uma indenização em dinheiro, especialmente porque o amor jamais poderá ser
quantificado monetariamente. Em sua réplica, Cassio argumentou que o pai
realmente lhe dava amparo material, mas insistiu na tese da ausência de suporte
afetivo e psicológico, afirmando que os transtornos psicológicos decorrentes desse
tipo de situação são óbvios e não precisam de prova específica. Alegou também que
a indenização, nesses casos, tem um caráter punitivo e pedagógico, a fim de dar uma
resposta a um comportamento não admitido pelo direito.

Por ser a amizade uma relação puramente social, ela por si só, não impute consequências
jurídicas.
Já o amor, ou a ausência dele em determinados casos, pode vir a acarretar alguma
consequência jurídica.

O artigo 227 da Constituição Federal determina que:

"Art. 227 "É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao


adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à
educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à
convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência,
discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão."

Tendo em vista o direito do requerente, e que embora o Direito não obrigue ninguém a dar
amor, eu julgaria procedente o direito à indenização por danos morais. Ninguém é obrigado
a dar amor a um filho da mesma forma que ninguém é obrigado por Lei a gerar um. Então,
já que gerou um ser de direito, por sua livre e espontânea vontade, negou direitos básicos
previstos na constituição ao filho, que faça reparo monetário uma vez que a indenização é
prevista nos artigos da lei para esses tipos de caso.

5 - Namoro é uma relação meramente de fato ou uma relação jurídica? Por que se fala
em contrato de namoro?

O namoro é uma relação de fato, mas que se não tomar certos cuidados pode se tornar
uma relação jurídica. Muitas das relações sociais são meramente de fato. Algumas delas
têm potencial para se tornarem relações jurídicas, uma vez que podem criar a expectativa
ou o entendimento de promessas futuras. Desta forma o contrato de namoro busca
disciplinar a relação afetiva existente entre o casal, visando afastar a expectativa de um
casamento futuro, vez que o casal deixa claro, e por escrito, que o que vivem é um namoro
e que não há a promessa ou intenção, naquele momento, de um casamento futuro ou de
constituir uma família.

6 - Ruptura de noivado gera algum tipo de consequência jurídica?

Se não gerasse, deveria gerar! O noivado se equipara a um contrato de pretensão de


compra e venda de uma propriedade. Demonstra a clara pretensão de A querer vender e B
querer comprar. Diferentemente do namoro, o noivado já deixa expressa a ideia de,
futuramente, constituir família através do casamento. Há renúncias, sacrifícios que imbutem
finanças sem mencionar o psicológico dos envolvidos. Se não há um motivo plausível para
a ruptura desse contrato de pretensão de casamento que é o noivado, se já houve muito
provavelmente o investimento financeiro no planejamento do casamento ( decoração,
cerimônia, buffet etc ), se houve renúncia das partes referente a tantos pontos do cotidiano
e uma dessas partes deliberadamente e sem motivo aparente fazer a ruptura desse
contrato, nada mais justo que de direito à parte que se sentir prejudicada receber uma
indenização por danos morais e materiais. Portanto, há sim consequências jurídicas
proveniente da ruptura de um noivado. Embora se trate de um direito subjetivo, esse direito
se faz presente caso o sujeito decida reclamá-lo.

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