Você está na página 1de 30

INFRA-ESTRUTURAS DO M.

CIDADE DE NAMPULA

Faculdade de Arquitectura e Planeamento Físico


Licenciatura em Urbanismo e Ordenamento do Território
Cadeira de Laboratório de Urbanismo VI (Gestão Urbanística)
Infra-estruturas - C. Nampula

UNIVERSIDADE LÚRIO
FACULDADE DE ARQUITECTURA E PLANEAMENTO FÍSICO
LICENCIATURA EM URBANISMO E ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO
CADEIRA DE LABORATÓRIO DE URBANISMO VI (GESTÃO URBANÍSTICA)
4º NÍVEL / I SEMESTRE

Infra-estruturas do Município da Cidade de


Nampula

Discentes:
Joaquina MUQUIA
Jorge da COSTA
Letício BARNABÉ

Docentes:
Arq. Alexandre Nhantumbo
Arq. Miguel Ferreira

Nampula Agosto de 2022


Página 2 de 30
FAPF- UOT GRUPO - 04
Infra-estruturas - C. Nampula
ÍNDICE
1. INTRODUÇÃO ....................................................................................................................................5
1.1 OBJECTIVOS ....................................................................................................................................5
1.2 METODOLOGIA...............................................................................................................................5
2. ENQUADRAMENTO TERRITORIAL ..........................................................................................................7
2.1 A nível Provincial ...........................................................................................................................7
2.2 A nível Municipal ............................................................................................................................7
3. CONTEXTUALIZAÇÃO .............................................................................................................................8
4. INFRAESTRUTURAS ..............................................................................................................................10
4.1 MOBILIDADE E ACESSIBILIDADE .................................................................................................. 10
4.2 Rede Rodoviária ........................................................................................................................... 10
4.2.1 Hierarquia rodoviaria actual ..................................................................................................10
4.1.2 Caracterização da Rede Viária nos PA´s Periféricos ................................................................11
4.1.4 Sistema ferroviário ................................................................................................................... 14
4.1.4 Mobilidade ................................................................................................................................ 14
4.1.4.1 Transporte .........................................................................................................................15
4.1.4.1.3 A rede de Táxi .................................................................................................................16
4.1.4.1.4 Pólos geradores de viagem ..............................................................................................16
4.1.6 Sistema aeroportuário.............................................................................................................. 17
4.1.6.1 Aeroporto de Nampula .......................................................................................................17
5. ABASTECIMENTO DE ÁGUA .................................................................................................................18
5.1 Caracterização da Rede de Abastecimento de Água..................................................................18
Crescimento populacional e o abastecimento de água ...................................................................19
6. DRENAGEM DE ÁGUAS PLUVIAIS E RESIDUAIS.....................................................................................21
6.1 Sistema de drenagem de Águas Pluviais....................................................................................... 21
6.2 Sistema de Drenagem de Águas residuais domésticas ................................................................. 22
6.3 Gestão de resíduos sólidos ........................................................................................................... 22
7. FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉCTRICA ............................................................................................23
7.1 O Sistema de Transporte de Energia ............................................................................................ 23
7.2 Rede Centro Norte ....................................................................................................................23
7.3 A Rede da Cidade ......................................................................................................................... 23
7.4 A Rede de Distribuição ................................................................................................................. 24
8. TELECOMUNICAÇÕES ..........................................................................................................................25
8.1 Telefonia fixa................................................................................................................................ 25
8.1.1 Telefonia móvel celular ............................................................................................................. 25

Página 3 de 30
FAPF- UOT GRUPO - 04
Infra-estruturas - C. Nampula
ANALISES .................................................................................................................................................26
CONSIDERAÇÕES FINAIS ..........................................................................................................................29
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................................................30

Página 4 de 30
FAPF- UOT GRUPO - 04
Infra-estruturas - C. Nampula
1. INTRODUÇÃO
Infra-estrutura urbana é o “conjunto de obras públicas e serviços de utilidade pública da
cidade, que representa o capital fixo social urbano Exemplo: vias urbanas, rede de água, rede
de esgoto, rede telefónica, rede de gás, rede de energia eléctrica, edifícios públicos e de
utilidade pública e outros”. (FERRARI, 2004).

O presente trabalho aborda uma análise referente a Infra-estrutura com os seguintes


subtemas: Vias de acesso (Rede viária, ferroviária, aérea), Abastecimento de agua, rede
eléctrica, Saneamento do meio, Telecomunicações, Mobilidade, tomando como área de
estudo o Município de Nampula. O objectivo principal é da elaboração do diagnóstico do
relatório da situação actual identificando os possíveis problemas transformando-os em
grandes forças através de directrizes que possibilitem a gestão adequada do município de
Nampula.

1.1 OBJECTIVOS
Geral

 Elaborar o Diagnóstico da Situação Actual referente as Infra-estruturas do Município


de Nampula.

Específicos

I. Identificar as infra-estruturas do Município de Nampula;


II. Caracterizar as condições actuais das Infra-estruturas;
III. Analisar a demanda e a cobertura das infra-estruturas do município.

1.2 METODOLOGIA
FASE 01: Lançamento do trabalho
Marcada como a primeira fase, onde se fez a preparação do trabalho, analisando os critérios
nas quais seguiriam para elaboração do trabalho; contudo, em grupo obteve-se como
resultado o esboço do tipo de informação a ser levantada e a dinâmica pretendida para a
abordagem geral do documento. Após ter-se definido a estrutura, seguiu-se a etapa final
desta fase, a qual consistiu na definição dos objectivos – Geral e Específico.

Página 5 de 30
FAPF- UOT GRUPO - 04
Infra-estruturas - C. Nampula
FASE 02: Busca de dados
Nesta fase, tendo em consideração os objectivos estabelecidos na fase anterior, fez-se a
realização da primeira etapa que consistiu na busca de dados secundários em pesquisas
bibliográficas, manuais, quanto a contextualização do nosso tema, recolha de dados
secundários, e em seguida se fará um levantamento de campo, onde serão feitas visitas de
campo nas datas estabelecidas. De forma conciliar o trabalho.

FASE 03: Análise de dados e compilação do trabalho


Apos a fase anterior que cingia-se na colecta de dados secundários e a vistoria em campo,
segue-se com a fase subsequente de análise dos dados obtidos, e a partir destes far-se-á a
selecção que ira culminar com a compilação do trabalho final.

1ª Fase

Lançamento do trabalho
 Distribuição de temas de trabalho em grupo

2ª Fase

Busca de dados e compilação do trabalho


 Levantamento bibliográfico e visita de campo

3ª Fase

Analise de dados e compilação do Trabalho


 Compilação das informações que resultaram no trabalho final.

Esquema 1: Metodologia do trabalho

Página 6 de 30
FAPF- UOT GRUPO - 04
Infra-estruturas - C. Nampula
2. ENQUADRAMENTO TERRITORIAL
2.1 A nível Provincial
A província de Nampula está situada na região
norte de Moçambique e sua capital é a cidade
de Nampula, localizada a cerca de 2150 km a
norte da cidade de Maputo, a capital do país.
Com uma área de 81 606 km² e uma
população de 6 102 867 habitantes em 2017, é
a província que está dividida em mais distritos,
23, e possui, desde 2013, 7 municípios,
nomeadamente: Angoche, Ilha de
Moçambique, Malema, Monapo, Nacala Porto,
Ribaué e Nampula.

2.2 A nível Municipal


O município de Nampula situa-se,
aproximadamente, no centro do espaço
geográfico do distrito que leva o mesmo nome
(distrito de Nampula), um pouco deslocada
para Nordeste. O Município de Nampula está
localizado no centro da Província de Nampula,
na zona norte de Moçambique e tem como
limites:

 A Norte os distritos de Ribaué,


Mecuburi e Muecate
 A Sudeste o distrito de Meconta;
 A Sul e Sudoeste pelo distrito de
Mogovolas;

Página 7 de 30
FAPF- UOT GRUPO - 04
Infra-estruturas - C. Nampula
3. CONTEXTUALIZAÇÃO
3.1 Em Moçambique
O crescimento não planificado das áreas precárias e peri-urbanas em Moçambique, foi sendo
agravado pela ausência de instrumentos de planeamento do uso do solo, sua execução e
controlo. Como resultado, a maior parte da população urbana passou a residir em áreas sem
acesso adequado à infra-estruturas básicas e equipamento social e em unidades habitacionais
precárias, sem segurança de posse da terra. Estas áreas representavam 50% do total da área
urbana em 1980, e a população nela residente perfazia 50% do total da população urbana.

Segundo dados do recenseamento de 1980 24,4% da população urbana tinha água canalizada
dentro de casa, 44,2% com água canalizada fora de casa (até ao quintal), e 25,7% se
abasteciam através de água de poços. Os restantes recorriam a pequenas lagoas ou rios. A
população urbana que usufruía de electricidade era de 23,2 %.

Abastecimento de agua em 1980

20% 21% Agua canalizada dentro de casa

Agua canalizada for a de casa

22% Agua do poÇo

37% Pequenas lagoas ou rios

Ainda segundo dados do censo de 1970, nas zonas urbanas Moçambicanas, 66,8% das
famílias usava latrinas comuns e muitas vezes sem as mínimas condições higiénicas. Em 1980,
esta cifra reduziu para 20% pois, em 1979, o Governo instituiu com ajuda de apoio externo
um projecto para conceber uma latrina melhorada que pudesse ser usada de forma alargada
no país e que fosse acessível para a maior parte das famílias suburbanas

3.2 Cidade de Nampula


A cidade de Nampula, a semelhança de muitas outras moçambicanas, está estruturada da
seguinte maneira: apresenta um núcleo colonial consolidada, que continua a desempenhar o
papel de área central, composta por unidades funcionais onde ocorrem funções centrais. Esta

Página 8 de 30
FAPF- UOT GRUPO - 04
Infra-estruturas - C. Nampula
unidade central é circundada por um cinturão de assentamentos humanos com
características informais, onde geralmente na época colonial viviam pessoas indígenas, cuja
densidade foi aumentando devido à guerra civil terminada em 1992, com a migração de que
aconteceu do campo para a cidade em busca de protecção militar.

A cidade de Nampula, nas suas áreas perimetrais, apresenta áreas com características rurais
que estão a ser usadas como zonas de expansão urbana, sobre as quais estão a decorrer
processos de expansão urbana planeado, não planeado e uma mescla de ambos.

Diagrama 1: Imagem da cidade de Nampula

Página 9 de 30
FAPF- UOT GRUPO - 04
Infra-estruturas - C. Nampula
4. INFRAESTRUTURAS
4.1 MOBILIDADE E ACESSIBILIDADE
A cidade que é o principal centro comercial e administrativo da Região Norte do País, é
atravessada pela estrada nacional N1 que rasga o País de Norte a Sul e, pela sua importância
geoestratégica, dela partem ou terminam dois outros importantes eixos rodoviários:
I. A estrada nacional N13 em direcção a Lichinga, na Província setentrional do Niassa;
II. A estrada nacional N104, até à cidade costeira de Angoche; e
III. A estrada regional R686 na direcção Sudeste para a localidade de Liupo a 99 km.

A estrada N1 corre ao longo da linha férrea e funciona no Município de Nampula como uma
via urbana principal titulada de Av. Do Trabalho, que serve tanto para a população da cidade
como para o desvio do tráfego.

Imagem 2: Av. do Trabalho Imagem 1: Av. do Trabalho

Fonte: Autores (2022) Fonte: Autores (2022)

4.2 Rede Rodoviária


Para a Província de Nampula, em finais de 2012 dos 4,112 km de estradas, cerca de 570 km
estavam pavimentadas, sendo que em termos de transitabilidade apenas 23% era
considerada boa e 15% eram referidas como estando em muito mau estado ou mesmo
intransitáveis, como se pode aferir do quadro a seguir.

4.2.1 Hierarquia rodoviaria actual


Nesta área a rede compreende:
 Vias Principais;
 Vias Secundárias (complementares);
 Vias terciárias (de proximidade) estruturantes dos bairros,; e
 Vias de acesso local.

Página 10 de 30
FAPF- UOT GRUPO - 04
Infra-estruturas - C. Nampula
A Av. Do Trabalho corta a cidade praticamente a meio e coincide com a estrada nacional N1
numa extensão de cerca de 6 km, da qual ressaltam 2.450m com uma largura total de 25m,
um passeio central de 4m e lateral variando de 3 a 3,5m. Pela sua função estruturante e
colectora, deveria ser uma via principal, exclusivamente dedicada para o serviço das
deslocações de média e longa dimensão e de ligação entre as zonas urbanas (ligação Este –
Oeste) que representam os mais importantes polos de geração e atracção de tráfego da
cidade.

As avenidas Eduardo Mondlane, 25 de Setembro, Paulo S. Kankhomba e Samora Machel,


assumem-se como vias de distribuição principal, assegurando a ligação entre o centro, onde
pontilham os principais equipamentos e serviços e os bairros periféricos.

4.1.2 Caracterização da Rede Viária nos PA´s Periféricos


No que concerne à caracterização das acessibilidades a nível dos restantes postos
administrativos do Município de Nampula, há a salientar:

4.1.2.1 Posto Administrativo de Muatala:


Neste posto administrativo, destacam-se três vias por onde circulam igualmente veículos do
transporte semicolectivo de passageiros:
 A via principal, Av. Trabalho, que coincide com a Estrada Nacional N1 (em direcção a
Murrupula);
Vias terciárias, que são estruturantes a nível do bairro:

 Rua dos Sem Medo que com origem na Av. Filipe Samuel Magaia bifurca;
 numa rua asfaltada, Rua 3,023, que com origem na Rua da Solidariedade (Bairro
Central) atravessa o bairro até desembocar na Av. Trabalho (Ruas Nº 3,029 – 3,023 –
3,314 – 3,275).
 (Ruas Nº 3016 – 3014 – 3,298 -3,306 - 3,309)

Imagem 4: Rua dos sem medo Imagem 3: Vias locais

Fonte: Autores (2022) Fonte: Autores (2022)


Página 11 de 30
FAPF- UOT GRUPO - 04
Infra-estruturas - C. Nampula
4.1.2.2 Posto Administrativo de Natikire
No que concerne à acessibilidade, são de realçar duas vias principais:
 a estrada N1 (em direcção a Murrupula);
 A estrada N13 (na direcção Rapale.
Três vias terciárias,a saber:
 A Rua Nº 4,250, dá acesso directo ao Bairro de Marrere (Hospital Geral de
Marrere), servindo igualmente a Universidade Unilúrio;
 A Rua da Unidade, que o separa do posto administrativo de Napipine, dá acesso ao
Mercado Waresta, às vias locais do Bairro Murrapaniua;
Imagem 5: EN 8

Fonte: Autores (2022)

4.1.2.3 Posto Administrativo de Napipine


Com relação à acessibilidade, neste PAM há destacar três vias principais de carácter
estruturante ao nível do posto e da cidade a saber:
 A Rua Nᵒ 5.251, designada da Unidade, em direcção à Barragem de Nampula;
 A Rua 6001, Arcebispo D. Manuel Vieira Pinto, que separa o Bairro de Karrupeia e
Namicopo;
 A Av.do Trabalho (Estrada Nacional Nº. N1), partir da qual é possível o acesso directo
aos bairros de Napipine e Karrupeia.
Via secundária:
 a Rua Nᵒ 5.272, de França, a qual interliga as ruas da Unidade e D. Manuel Vieira
Pinto.
Imagem 7: Rua da França Imagem 6: Rua 6001, Arcebispo D. M. V. P.

Fonte: Autores (2022) Fonte: Autores (2022)

Página 12 de 30
FAPF- UOT GRUPO - 04
Infra-estruturas - C. Nampula
4.1.2.4 Posto Administrativo de Namicopo
Quanto à acessibilidade, neste posto administrativo há a realçar duas grandes vias de
circulação:

 A Estrada Nacional N1 (em direcção a Nacala);


 A Rua Nᵒ 6001, Arcebispo D. Manuel Pinto Vieira.

vias terciárias em terra como é o caso das ruas:

 Nᵒ 6,023 (que dá acesso a vias locais do bairro de Namicopo) e;


 6,019 que dá acesso ao Aviário GETT Lda no bairro de Mutava Rex e
 Rua Nᵒ 6,021 que dá acesso a Direcção Social de Mutava Rex.

Imagem 8: Rua da França

Fonte: Autores (2022)

4.1.2.5 Posto Administrativo de Muhala


Destacam-se três grandes vias por onde circulam veículos de transporte semicolectivo de
passageiros:
 A Estrada Nacional N1 (em direcção a Nacala),;
 Av. Eduardo Mondlane que separa Namutequeliua e Muhala;
 Av. FPLM liga o centro da cidade a Napalala.

Há ainda uma via principal:


 A Av. do Trabalho servindo o Bairro Namutequeliua, a via secundária Av. Samora
Machel o de Muhala e a via terciária Av. Mártires da Mueda.

4.1.2.6 Extensão da rede viária da cidade de Nampula


Com uma extensão aproximada de 200 km de estradas analisadas, pode-se concluir que, o
Município de Nampula caracteriza-se por uma rede viária ordenada no PAM Central, que foi
embrião da cidade, dispondo em regra, de uma via asfaltada emergindo do centro da urbe
para cada posto administrativo municipal periférico, para além das estradas nacionais N1 de

Página 13 de 30
FAPF- UOT GRUPO - 04
Infra-estruturas - C. Nampula
atravessamento, N13 em direcção à Província de Niassa e N104 em direcção da cidade
costeira de Angoche.

Gráfico: 2: Característica das vias Gráfico: 1: Funcionalidade das vias

14%

47% Estradas em Terra Vias Primarias


47% 26%
39% Revestidas
Vias Secundarias
Terraplanadas
10% Vias Terciarias
Vias de Acesso local
17%
Fonte: Adaptado pelos Autores (2022) Fonte: Adaptado pelos Autores (2022)

4.1.4 Sistema ferroviário


O corredor representa a primeira integração pelo sector privado de portos e caminhos-de
ferro na história recente, e é operado pelo CDN, uma parceria integrando a VALE, MITSUI e
investidores privados Moçambicanos.

Para além dos serviços de fretes ferroviários, o Corredor de Nacala oferece serviços de
passageiros. Em termos de infra-estruturas na parte Moçambicana o sistema compreende
para além do Porto de Nacala:
 A Linha Nacala – Cuamba – Entre-Lagos, numa extensão de 610kM, ligando o Porto
Nacala à fronteira de Malawi, reabilitada em 1996;
 A Linha Cuamba – Lichinga, 262km, renovada em 2018; e
 Linha Lumbo – Monapo, 42km, inoperacional.

4.1.4 Mobilidade
À semelhança de outras urbes do País, em Nampula a mobilidade é condicionada pelo tipo de
equipamentos disponíveis e consequente degradação da qualidade do ambiente urbano,
como resultado de um crescente congestionamento do trânsito e consequente redução da
segurança rodoviária, apresentando frágeis condições de vivência urbana e em particular,
diminuição de condições para os modos suaves de deslocação e a escassez de espaços
públicos, espaços, quando não estejam desaproveitados e debilitados pelo uso.

Página 14 de 30
FAPF- UOT GRUPO - 04
Infra-estruturas - C. Nampula
4.1.4.1 Transporte
4.1.4.1.1 Transporte Colectivo de Passageiros
No âmbito do transporte colectivo de passageiros, no início de 2011, a Província Nampula
contava com 28 operadores privados formais registados, dispondo de 125 unidades de
transporte de diferentes tamanhos, com uma oferta de 3.437 lugares para uma população de
4,647,841 habitantes.

4.1.4.1.2 Tráfego Intra-Urbano


4.1.4.1.2.1 Padrões de Mobilidade
Quanto ao transporte intra-urbano de passageiros, em Março de 2011/ 46 a cidade de
Nampula tinha o registo de cerca de 660 viaturas do sector privado, sendo 300 no serviço de
táxi, 11 no transporte escolar e 34 para o transporte de carga. Desta frota, além das viaturas
avariadas, há ainda a referir a existência de operadores que optaram quer seja outras rotas
interdistritais e /ou interprovinciais, quer mesmo por outras actividades.
Quanto ao sector público/ estatal actualmente há apenas duas viaturas operacionais do
sector.

A oferta de transporte colectivo de passageiros tem conhecido altos e baixos, tendo


melhorado em meados 2015, com aquisição para a empresa de Transportes Públicos
Municipais de Nampula, de 40 autocarros com capacidade para 30 a 40 passageiros.

Figura 1: Percurso da EMTPN

Página 15 de 30
FAPF- UOT GRUPO - 04
Infra-estruturas - C. Nampula
4.1.4.1.3 A rede de Táxi
Os pontos de táxi, localizam-se nomeadamente próximo de hospitais, hotéis e pensões, e de
algumas zonas estratégicas como os mercados, estação e os terminais rodoviários.

Nos últimos cinco anos tem-se notado também o recurso a motorizadas para o serviço de
táxi, também pela sua versatilidade no acesso às áreas menos dotadas de vias públicas,
rivalizando com os transportes públicos pois em regra uma corrida tem um custo mínimo de
quinze Meticais.

4.1.4.1.4 Pólos geradores de viagem


Os geradores de tráfego definem-se pela concentração da oferta de bens ou serviços, pela
existência de determinados equipamentos urbanos que geram grandes fluxos de mobilidade,
provocando uma substancial interferência no tráfego de proximidade, geralmente em picos
horários. Existe, assim, a necessidade de adequar os espaços para o manobras de
estacionamento, cargas e descargas de mercadorias, embarques e desembarques de
passageiros. São Pólos/ Equipamentos:

I. Administração Pública;
II. Ensino;
III. Saúde;
IV. Desporto;
V. Turismo;
VI. Comerciais;
VII. Zonas industriais e logísticas

Os pólos/ equipamentos geradores de tráfego são pontos específicos da malha urbana,


nomeadamente, os diversos equipamentos de apoio à população, que se apresentam
disseminados pela área urbana. Estes pólos provocam um grande impacto no trânsito, muito
marcado por picos horários, com um âmbito muito localizado, mas que, pela sua localização,
acabam por ter consequências mais abrangentes, tanto ao nível da circulação como de
estacionamento.

Página 16 de 30
FAPF- UOT GRUPO - 04
Infra-estruturas - C. Nampula
4.1.6 Sistema aeroportuário
4.1.6.1 Aeroporto de Nampula
O Aeroporto de Nampula, à mercê da sua localização é o mais movimentado da região Norte
do País. Dotado de duas pistas de aterragem.

Em termos de tráfego, actualmente o Aeroporto de Nampula é segundo maior a nível


Nacional. São realizados voos diários com destino a Maputo pela LAM e três semanais pela
Quénia Airways, que também realiza dois voos semanais com destino a Nairobi. Há ainda voos
para Joanesburgo pela SA Airlink, dois voos semanais com destino a Adis Abeba pela Ethiopian
Airways e voos semanais para Lilongwe pela companhia Air Malawi.

A tabela a seguir ilustra a evolução do tráfego aéreo pelo Aeroporto de Nampula nos últimos
5 anos.

Tabela: Movimentos no aeroporto de Nampu1a

Tabela 13.7 - 2015 2016 2017 2018


Aeronaves 7.255 6.153 5.860 6.113
Doméstico 5.620 4.812 4.549 4.544
Regional 1.279 1.183 1.239 1.260
N/Comercial 356 158 72 308
Internacional 0 0 0 1
Passageiros 230.691 214.407 241.589 214.351
Doméstico 189.183 175.444 196.725 194.419
Regional 38.769 35.809 42.667 43.069
N/Comercial 2.739 3.154 2.197 4.861
Outros 0 0 0 0
Internacional 0 0 0 2
Carga (Ton) 1.250 1.193 909 1.401
Doméstico 965 934 670 1.057
Regional 155 259 239 344
N/Comercial 130 0 0 0

Página 17 de 30
FAPF- UOT GRUPO - 04
Infra-estruturas - C. Nampula
5. ABASTECIMENTO DE ÁGUA
5.1 Caracterização da Rede de Abastecimento de Água
O abastecimento de água à cidade de Nampula faz se a partir da barragem localizada no rio
Monapo, a cerca de 10 km a norte da cidade, a qual foi construída em 1959 e melhorada e
expandida em 2012, para aumento da sua capacidade nominal. Esta barragem de gravidade,
em betão, tem uma capacidade de 40,000 m3/h de armazenamento sendo capaz de
abastecer 24,000 m3 de água por dia, com uma fiabilidade de 98%, ao longo de todo o ano.

A bombagem de água da barragem faz-se a partir de uma estação de elevação (EB0) na


albufeira da barragem, com o auxílio de dois grupos de bombagem, um com 5 bombas de
capacidade nominal de 500 m3 dia e outro com 4 bombas de capacidade nominal de 340
m3h.

Após o tratamento, a água é bombeada pela estação bombagem existente nesta ETA, a EB1
que possui 4 electrobombas de 834 m3 hora cada (2 de reserva), eleva a água até ao centro
distribuidor EB2. A água tratada é transportada através de três condutas adutoras, 2 antigas
de 400 mm (AC e PVC) e 1 de 600 mm (AD) instalada nas últimas obras de reabilitação e
expansão da rede, com uma capacidade total de transporte de cerca de 40,000 m3. Por sua
vez, o centro distribuidor EB2, alimenta os 2 centros distribuidores EB3 e EB4 localizados na
cidade de Nampula e que fornecem água por gravidade à rede de distribuição existente, que
alimenta os diversos bairros.

A actual capacidade de armazenamento dos centros distribuidores existentes e a que se


apresenta no quadro seguinte:

Tabela 1:Ano de fundação das Estações de Bombagem e a capacidade

Centro distribuidor / ano de Depósitos Depósitos elevados Capacidade total


construção enterrados (m³) (m³) instalada (m³)
EB1 / 1959 750 0 750
EB2 / 1959 7,000 0 7,000
EB3 /1967 10,000 300 10,300
EB4 / 1990 300 300 600
Total 18,050 600 18,650

Fonte: FIPAG (2018)

Página 18 de 30
FAPF- UOT GRUPO - 04
Infra-estruturas - C. Nampula
A rede principal de distribuição de água a cidade, a maior parte construída nos anos 60 e anos
90 (cerca de 30%), e na primeira década de 2000 (70%), tem um comprimento de 245 km e
fornece água aos consumidores domésticos, institucionais, comerciais e industriais.

De acordo com o FIPAG actualmente a rede de distribuição cobre 65% da população


abrangendo cerca de 614.550 habitantes distribuídos em 13 bairros, e possuindo um total de
cerca 30,000 ligações distribuídas da seguinte forma:
 28,000 ligações domésticas;
 450 fontanários;
 1,550 ligações institucionais, comerciais e industriais.

Mapa 1: Abastecimento de Agua

Legenda:

Limite Rede de abastastecimento de agua N


Rede viaria
Rios

Crescimento populacional e o abastecimento de água


Em termos de cobertura e de nível de serviços, o Estudo de Viabilidade de 2010 propõe a
seguinte cobertura da população função do crescimento dos diferentes tipos de ligações
futuras (tabela a seguir). Verifica-se que a previsão é que em 2029 cerca de 80% da população

Página 19 de 30
FAPF- UOT GRUPO - 04
Infra-estruturas - C. Nampula
será servida por água canalizada em casa, tendo os restantes 20% da população de recorrer a
torneira do vizinho ou a fontanários públicos.

Tabela 2: Futura distribuição da população por nível de serviço (%)


Crescime nto
Proposta Proposta
Serviço 2003 2009 anual (%) 2020
2020 2029
Ligação domiciliária 9.9 14.0 5.9 24.9 15 15
Torneira de quintal 6.3 29.2 28.0 37.0 55 65
Toneira do vizinho 29.3 16.8 -9.0 7.0 7 5
Fontanário/Bomba Manual 22.9 17.7 -5.0 11.5 15 10
Outros 31.6 22.4 -6.0 12.6 8 5
Total 100 100 100 100

Fonte: Feasibility Study Report / Nampula (2010) (2018)

5.3.1 Disponibilidade das fontes de água


O estudo de viabilidade apresenta três cenários de demanda (máximo, intermédio e mínimo),
recomendando os valores do cenário intermédio, no qual se chega às seguintes demandas
diárias:

 Em 2020 - Média de 56.000 m3 dia e Máxima de 70.000 m3 dia; e


 Em 2029 - Média de 106.000 m3 dia e Máxima de 133.000 m3 dia

Os valores de demanda calculados tiveram como premissas as que se apresentam na tabela a


seguir os valores incluídos na tabela a seguir.

Tabela 3: Demanda média e máxima por diária 2020 a 2029


População total 2020 2029
837.429 1.245.996
Demanda per capita % da Populaç Demanda de % da população População Demanda
(l/d) populaç ão água (m3/dia) total servida de água
ão total servida (m3/dia)
Demanda doméstica
Ligação domiciliária 125 9% 71.062 8.883 14% 168.209 21.026
Torneira de quintal 70 28% 234.930 16.445 37% 464.649 35.525
Fontanário 30 41% 200.000 10.201 39% 488.538 68.208
População 235.217 35.529 90% 1.121.397 68.208
servida
77%
Outro (população 250.04 N/A 10% 124.599 N/A
sem ligação) 23% 7
Demanda doméstica 64% 35.529 64% 68.208
Institucional, comercial 10% 5.609 10% 10.313
e industrial
Água não facturada 20% 11.127 20% 21.237

Página 20 de 30
FAPF- UOT GRUPO - 04
Infra-estruturas - C. Nampula
Perdas na operação e 6% 3.368 6% 6.428
tratamento
Demanda média diária 100% 53.633 100% 106.186
Factor máximo diário 1,25
Demanda máxima diária 69.541 132.732
Fonte: Feasibility Study Report / Nampula (2010)

6. DRENAGEM DE ÁGUAS PLUVIAIS E RESIDUAIS


O saneamento dos edifícios e casas e feito através de fossas sépticas individuais e drenos de
infiltração, havendo apenas uma pequena tubagem com um comprimento de 700 m ao longo
de uma das avenidas da cidade, que descarrega o efluente directamente no rio Muhala sem
qualquer tratamento. Nas zonas periurbanas os sistemas de saneamento são mínimos.

6.1 Sistema de drenagem de Águas Pluviais


A cidade de Nampula, à semelhança das outras cidades do país, possui um sistema de
drenagem de águas pluviais construído nos inícios dos anos 60. Até à altura em que foi
implementado o projecto financiado pelo MCC, muito pouco investimento havia sido
realizado neste sistema. Em 2013 houve uma intervenção no sistema de drenagem pluvial da
cidade de Nampula no valor de cerca de 17 milhões de dólares25, que procedeu à melhoria
de uma grande parte do sistema existente.

O sistema original de drenagem das águas pluviais da zona Cimento fazia se através de 19
condutas principais enterradas, em betão, com um comprimento total de cerca de 22,5 km,
ao longo de ruas pavimentadas. Nas áreas peri urbanas o escoamento das águas faz se por
canais a céu aberto, a maior parte revestido a betão ou a pedra, com um comprimento total
de pouco mais de 7 km, ao longo dos quais existem 20 culverts permitindo a passagem.

Mapa 2: Rede de Drenagem da cidade de Nampula

Página 21 de 30
FAPF- UOT GRUPO - 04
Infra-estruturas - C. Nampula
O sistema de drenagem natural na cidade de Nampula, está dividido em 2 áreas distintas,
nomeadamente a área da Cidade de Cimento e as áreas periurbanas. A Cidade de Cimento,
localizada na parte mais elevada e cobre cerca de 3,6 km². As áreas peri urbanas dispõem-se
circularmente a ela e a uma cota inferior, tendo como resultado que a drenagem da Cidade
de Cimento se faca para a área peri urbana adjacente.

6.2 Sistema de Drenagem de Águas residuais domésticas


O saneamento existente na Cidade de Cimento continua a ser efectuado por fossas sépticas
que servem os edifícios e drenos para infiltração das águas residuais. A única tubagem
enterrada existente, de 250 mm com um comprimento de 700 m de recolha ao longo da Av.
FPLM, descarrega o efluente directamente no rio Muhala sem qualquer tratamento. Nas
zonas periurbanas não há praticamente qualquer sistema de saneamento que sirva os bairros.
Os sistemas de esgotos da maior parte dos prédios de habitação, unidades hospitalares, como
o Hospital Central e indústrias existentes, têm os seus sistemas de esgoto obsoletos e sem
capacidade de tratamento e muitas vezes ligados directamente ao sistema de drenagem.

6.3 Gestão de resíduos sólidos


A gestão de resíduos sólidos na cidade de Nampula constitui um dos maiores problemas de
saneamento no município. A recolha de lixo é feita num modelo misto, que envolve a
Empresa Municipal de Saneamento, a empresa Água de Nampula, associações locais e o
Concelho Municipal da Cidade de Nampula (CMCN).

Ainda assim a capacidade de recolha de lixo está abaixo de 50% da sua produção (EMUSANA,
2016). A recolha de lixo é mais frequente no centro da cidade, ao passo que nas zonas
suburbanas o serviço é bastante mais deficiente, e praticamente inexistente nas zonas
periurbanas. Além das limitações financeiras, o desordenamento e o difícil acesso também
dificultam a circulação das viaturas de recolha.

A cidade possui duas lixeiras principais a céu aberto sendo estas a lixeira de Namicopo e a
lixeira na Zona da Cerâmica (também conhecida por Crispin). Ambas estão localizadas na
periferia da cidade, funcionam a céu aberto, sem vedação e estão muito próximo do limite da
sua capacidade.

Página 22 de 30
FAPF- UOT GRUPO - 04
Infra-estruturas - C. Nampula
7. FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉCTRICA

7.1 O Sistema de Transporte de Energia


O Sistema de Transporte Centro-Norte, compreende uma linha de 400 kV com uma extensão
de 125 km que liga Songo a Bindura no Zimbabwe, por uma linha de 220 kV com extensão de
1.436 km, que parte da subestação de Matambo até a subestação de Nampula passando
pelas subestações de Chimuara, Mocuba e Alto Mulócuè.

7.2 Rede Centro Norte


A energia eléctrica que alimenta a cidade de Nampula provém da Central Hidroeléctrica de
Cahora Bassa, a partir da Subestação da Central Eléctrica do Songo.

Uma (1) linha aérea a 220KV em corrente alternada, percorre o trajecto até Nampula,
atravessando e alimentando sucessivamente as Subestações da província da Zambézia, como
sejam a:
I. Subestação de Nicuadala;
II. Subestação de Mocuba;
III. Subestação do Alto-Molocué; e, finalmente a
IV. Subestação de Nampula.

A Subestação de Nampula alimenta toda a região, enquanto a Subestação de Nampula


Central, ligada a jusante da mesma, alimenta a cidade e o distrito de Nampula. Os valores de
potência de carga máxima desta última são:
I. Em 2012 - 35MW.
II. 40MVA - 32MW. (Foi aumentado a potencia)
III. 75MVA - 60MW. (devera aumentar a potencia)

7.3 A Rede da Cidade


Todos os transformadores de potência, instalados na Subestação de Nampula Cidade,
encontram-se sobrecarregados. Os seus valores característicos são:

I. 35 MVA 110/ 33 KV
II. 10 MVA 33/ 11 KV
III. 10 MVA 33/ 11 KV

Página 23 de 30
FAPF- UOT GRUPO - 04
Infra-estruturas - C. Nampula
De acordo com o projecto de Expansão, reabilitação e Reforço da rede da Cidade, de mais um
(1) transformador de potência de:
 35 MVA 110/ 33 KV

Foi prevista, a aquisição e montagem de mais uma (1) Subestação de Alta Tensão para a área
de EXPANSÃO da Muhala 34, a sudeste de Nampula, a equipar com dois (2) transformadores
de potencia de:
 MVA 110/ 33 KV

7.4 A Rede de Distribuição


Na Rede de Distribuição de Nampula, encontram-se aplicados dois (2) níveis de Média Tensão
trifásicos em corrente alternada, nomeadamente:
 3 x 33 KV, 50 Hz nas redes rurais e suburbanas, e de;
 3 x 11 KV, 50 Hz nas redes urbanas.

Mapa 3: Rede de fornecimento de electricidade

Legenda: N
Limite Rios
Rede viaria Limite dos bairros
Rede electrica

Página 24 de 30
FAPF- UOT GRUPO - 04
Infra-estruturas - C. Nampula
8. TELECOMUNICAÇÕES
8.1 Telefonia fixa
A cidade de Nampula possui uma cobertura de telefonia de REDE FIXA na zona urbana. Esta
rede a operadora nacional de comunicações Tmcel. Os dados de equipamentos e a
localização destes equipamentos instalados, bem como os que se pretendem instalar,
deverão ser solicitados a operadora nacional de comunicações Tmcel.

Imagem 9: central da TDM

Fonte: Autores (2022)

8.1.1 Telefonia móvel celular


Na cidade de Nampula e arredores, e na telefonia MÓVEL, funcionam as redes das
operadoras do mercado das comunicações, nomeadamente a:
I. Tmcel;
II. Vodacom, e a;
III. Movitel,

Bem como o sinal televisivo da televisão nacional TVM (Televisão de Moçambique). Todas
funcionam regularmente. Os dados de equipamentos e a localização destes equipamentos
instalados, bem como os que se pretendem instalar, deverão ser solicitados às operadoras de
comunicações referenciadas.

Página 25 de 30
FAPF- UOT GRUPO - 04
Infra-estruturas - C. Nampula
ANALISES
Lista de Problemas
Rede Viária
 Falta de manutenção das vias principais de acesso;
 Pavimento e asfalto não concluídos;
 Congestionamento das vias principais;
 Obstrução das vias que dão acesso aos domicílios e conexão com as estruturantes;
 Confinamento das vias dentro dos bairros periféricos.

Rede de Abastecimento de Agua

 Falta de manutenção das condutas de abastecimento de água;


 Perda regular de água através das tubagens rompidas nas vias por onde passa a
canalização;
 Fraca capacidade no fornecimento da água;

Rede de Abastecimento de Energia Eléctrica


 Fraca manutenção e expensão das linhas de fornecimento da energia eléctrica;
 Ligações clandestinas nos bairros periféricos;
 Falta de candeeiros de iluminação pública nas vias conectoras e estruturantes;
 Morosidade na extensão da rede nos bairros em expansão;

Rede de drenagem de águas pluviais


 Falta de manutenção das valas de drenagens;
 Deposição de resíduos sólidos nas valas;
 Obstrução do curso de águas residuais por conta do lixo.

Rede de telecomunicações de telefonia fixa e móvel


 Oscilação das operadoras Vodacom e Tmcel;
 Reduzido raio de abrangem das operadoras Vodacom e Tmcel.

Página 26 de 30
FAPF- UOT GRUPO - 04
Infra-estruturas - C. Nampula
Analise Swot
Forças
I. Existência de estradas (EN1, EN8, EN13, EN104, ER686) que possibilitam o tráfego,
transporte de mercadorias, bens, serviços e pessoas assim como a fácil conexão ao
nível nacional e aos países circunvizinhos;
II. Existências de estradas locais que facilitam e possibilitam a mobilidade dentro do
perímetro urbano e conexão com áreas adjacentes;
III. Existência de via-férrea que possibilita o transporte de mercadoria, pessoas e bens;
IV. Existência da rede eléctrica pela que pode facilitar no investimento e incremento de
projectos de geração de rendimento e emprego;
V. Existência de uma barragem de abastecimento de água;
VI. Existência de redes de comunicação telefonia fixa e móvel, estas que dinamizam
diversos serviços e o desenvolvimento do Município;
VII. Existência de sistema de drenagem de águas pluviais, este que facilita o direccionando
das mesmas para evitar estagnação e proliferação de doenças na urbe;
VIII. Existência de locais de deposição final de resíduos sólidos que ajudam na preservação
do meio ambiente urbano.

Fraquezas
I. Falta de vias alternativas para facilitar a mobilidade segura de bens e serviços;
II. Falta de manutenção, asfaltagem, pavimentação e alargamento das vias de acessos;
III. Riscos ambientais, materiais e humanos através do fluxo constante dos comboios;
IV. Fraca qualidade do fornecimento da corrente eléctrica nos bairros da cidade de
Nampula, por conta da informalidade e ligações clandestinas;
V. Fraca capacidade de abastecimento de água por causa da incapacidade da barragem e
o rápido crescimento da população urbana;
VI. Oscilação das redes de comunicação, faz com que haja morosidade na prestação de
serviços;
VII. Falta de manutenção e alargamento das valas de drenagens;
VIII. Falta de um estacão de tratamento de resíduos sólidos.

Página 27 de 30
FAPF- UOT GRUPO - 04
Infra-estruturas - C. Nampula
Oportunidades
I. Travessia da EN1 que possibilita o tráfego, transporte de mercadorias, bens, serviços
e pessoas assim como a fácil conexão ao nível nacional e aos países circunvizinhos;
II. Conexão da rede eléctrica proveniente da HCB que pode impulsionar no
desenvolvimento do Município de Nampula;
III. Travessia do Corredor de Desenvolvimento do Norte que pode dinamizar na economia
do município através de escoamento e recepção de mercadoria.

Ameaças
I. Congestionamento da EN1, que influenciando negativamente na mobilidade urbana,
no tráfego de veículos e perigando vida dos peões;
II. Ligações clandestinas nos bairros que poderão provocar mortes aos utentes, prejuízos
em bens matérias e financeiros;
III. Poluição sonora, ambiental, atentado a saúde pública e vida dos munícipes.

Página 28 de 30
FAPF- UOT GRUPO - 04
Infra-estruturas - C. Nampula
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Nos últimos 20 anos foram implementadas inúmeras iniciativas para reverter o quadro
dramático de infra-estruturação urbana em Moçambique, destacando-se para as cidades da
Beira, Nampula e Ilha de Moçambique, o Programa de Reabilitação Urbana (PRU) de 1988 a
1992, o Programa de Reforma dos Órgãos Locais (PROL) de 1992 a 2002, o P5, P7, P13-
Programa de Apoio aos Municípios do Centro e Norte, seguido do PRODEM-Programa de
Desenvolvimento Municipal cobrindo 26 Municípios do Centro e Norte e, actualmente, o
embrionário Programa Nacional de Desenvolvimento Urbano Local, que têm em comum a
vontade expressa de reverter o quadro de deficiências que ainda caracterizam os centros
urbanos e assentamentos humanos de Moçambique.

A elaboração do diagnostico da siatuacao actual da infraestruturacao da Cidade de Nampula


surge da necessidade de se intender ate que nivel a cidade tem função social, de forma a
garantir o melhoramento das infraestruturas serviços urbanos, e por sua vez, visa
impulsionar no desenvolvimento da capacidade de gestão da cidade.

Página 29 de 30
FAPF- UOT GRUPO - 04
Infra-estruturas - C. Nampula
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Ministério de Administração estatal. Perfil do Distrito de Nampula- província de Nampula.
Edição 2014. Maputo, Moçambique, 2014.

(Ministério da Energia, 2014) – Atlas das Energias Renováveis de Moçambique, Recursos e


Projectos para Produção de Electricidade; 2014

Relatório Preliminar De Diagnóstico Da Situação Actual do plano de estrutura urbana de


Nampula;

UN-HABITAT, 2010. Mozambique Cities Profile.

Página 30 de 30
FAPF- UOT GRUPO - 04

Você também pode gostar