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FICHA TÉCNICA
TÍTULO RELATÓRIO DE PLANO DE PORMENOR DA
UNIDADE DE MUTHITA
Supervisão Geral
Arqtº Lucas Manuel Cumbeza – Director do CDS-Zonas
Urbanas
Equipe Técnica
Clodomiro Muiambo- Arquitecto e Planificador Físico
Isália Malia- Arquitecta e Planificadora Física
drº Sérgio Niquisse – Geógrafo – CDS-Zonas Urbanas
Orlando Jeremias – Topógrafo – Conselho Municipal de
Nampula
José Maria Davide – Geógrafo - Conselho Municipal de
Nampula
Antonio Oliveira – Arquitecto e Planificador Físico -
Conselho Municipal de Nampula
Orlando Chissico - Arquitecto e Planificador Físico –
DPCAA/ DEPOT
Colaboração
Arqto. Khim Hermind – Assessor do Presidente do
Município
Clodomiro Muiambo- Arquitecto e Planificador Físico
Isália Malia- Arquitecta e Planificadora Física
Assistência Técnica
Abdulla Tarmamad – Vereador de Construção de
infraestruturas e Saneamento
Fonseca Jantar – Secretario Adjunto do bairro de Mutauanha
0 SETEMBRO DE 2008
PLANO DE PORMENOR DA UNIDADE DE MUTHITA, BAIRRO DE MUTAUANHA-NAMPULA
RELATORIO
ÍNDICE
INTRODUÇÃO................................................................................................................04
CONCEITO......................................................................................................................05
CONTEUDO....................................................................................................................06
EVOLUÇÃO HISTÓRICA............................................................................................07
I-SITUAÇÃO ACTUAL.................................................................................................08
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II – PROPOSTA DO PLANO
7. CAPÍTULO VII – ZONEAMENTO..........................................................................26
7.1 Área Habitacional.......................................................................................................26
7.2 Área de actividades economicas..................................................................................26
7.3 Faixa de protecção.......................................................................................................26
7.4 Áreas agricolas............................................................................................................27
IV - ANEXOS
10. CAPÍTULO X – ANEXOS........................................................................................36
LISTA DE MAPAS
Mapa 1_ Enquadramento...................................................................................................09
Mapa 2_ Divisão administrativa........................................................................................10
LISTA DE TABELAS
2 SETEMBRO DE 2008
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LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1 ...........................................................................................................................12
LISTA DE FOTOS
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INTRODUÇÃO
O Plano de Pormenor de Muthita tem como objectivo proporcionar à unidade uma rede de
infraestruturas básicas, equipamentos socias e uma malha urbana com delimitação
organizada dos lotes permitindo igualmente o controlo da expansão dos assentamentos
informais e minimização de todos os problemas que são caracteristicos nesse tipo de uso do
solo. É intenção que se crie condições para o uso e aproveitamento adequado do espaço
físico de forma a provê-lo de qualidade do assentamento da zona com o mínimo de
habitabilidade e que possa proporcionar a população uma vida sã.
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CONCEITUALIZAÇÃO
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CONTEÚDO DOCUMENTAL
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A povoação que mais tarde se tornou em cidade foi fundada em 1907 como quartel
militar do exército português. Em 1921 a povoação passou à sede da Circunscrição dos
actuais distritos de Nampula e Murrupula e em 1934 foi elevada à categoria de Vila,
designada de Nampula. A 22 de Agosto de 1956 conferiu-se à Nampula o estatuto de
cidade (CDS-ZU, 1998).
1
Plano Municipal de Gestão Ambiental (2006:6)
2
“Uma ‘branca’, com o seu traço geométrico, indicando a preocupação de ordem e controlo do
colonizador; a outra, a ‘suburbana’, desordenada e miserável.”SERRA (2000:400)
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PARTE I
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1.1. Generalidades
A Cidade de Nampula está estruturada em seis Postos Administrativos Urbanos que, por
sua vez são divididos em 18 bairros, conforme indicado no Mapa 2. O Posto
Administrativo Central cobre a cidade de cimento, com seis bairros pequenos, Fora disso,
a divisão administrativa é de forma radial e cada bairro estende do limite do Posto
Administrativo Central até o limite com o Distrito de Nampula. Assim, cada um destes
bairros tem uma parte com características suburbanas e uma parte com características
rurais.
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A actual estrutura das formas de ocupação e uso do solo urbano, os níveis de atendimento
das necessidades da população e a estrutura de abastecimento dos mercados locais, da
cidade de Nampula, são de certo modo condicionados pelas suas características físico-
geográficas, nomeadamente o clima favorável à produção agro-pecuária, os solos
relativamente férteis, a disponibilidade de recursos hídricos, as condições topográficas,
entre outras.
2.1. Clima
Existem duas estações: a húmida e quente (Novembro a Março) e a seca e fresca (Maio a
Outubro). A temperatura média mais alta verifica-se em Novembro (26.8 oC), enquanto a
temperatura média mais baixa ocorra em Julho (21,1 oC). O mês mais chuvoso é Janeiro,
com uma média mensal de 253,8 mm de precipitação, e o menos chuvoso é Setembro,
com uma média de apenas 4,8 mm. A maior precipitação mensal foi registada em Janeiro
de 1995 (439,5mm). As médias mensais de evaporação mais elevadas ocorrem em
Outubro e Novembro (217,8 mm e 195,7 mm respectivamente) enquanto e as médias
mais baixas ocorrem em Fevereiro, Março e Abril (72,5 mm, 76,1 mm, 77,1 mm
respectivamente). A evaporação média é superior à precipitação nos meses da estação
seca e nos meses de transição entre as duas estações do ano (Novembro, Março e Abril),
enquanto a precipitação seja maior à evaporação durante os meses de Fevereiro a Abril.
Em geral, o balanço hídrico é positivo. A Figura abaixo ilustra a relação entre os factores
precipitação e temperatura registados na estação meteorológica de Nampula 1970-2000.
250 30
25
200
20
150
mm
ºC
15
100
10
50
5
0 0
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ag Set Out Nov Dez
Precipitação Temperatura
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2.2. Geomorfologia
2.3. Topografia
A topografia varia entre muito a pouco ondulada e em algumas partes é quase plana ou
plana, com inclinações e acidentes naturais, nas encostas dos rios.
As altitudes neste bairro variam entre os 300 a 430 m com a excepção das depressões ao
longo do rio Muatala, a Sudeste o bairro, onde os valores variam entre 280 a 390 m.
A cota mais elevada (409.9 m) deste bairro verifica-se junto a EN 232 baixando até 333.3
metros em direcção ao rio Muatala. A topografia é ondulada a fortemente ondulada, com
uma profundidade que varia entre os 50 e 150 cm, A drenagem é ligeiramente excessiva a
boa, apresentando riscos de erosão moderados a altos.
2.4. Relevo
2.5. Solos
È assim que, nas áreas territoriais que definem a cidade de Nampula, predominam solos
que são fortemente constituídos por materiais litológicos do super-grupo de Nampula,
normalmente com reolitos da antiga superfície planáltica com solos muito meteorizados e
de baixa fertilidade.
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A erosão destes solos, mantendo-se o equilíbrio natural, varia de nula nos vales a
moderada nos topos, onde as principais limitações para a agricultura se relacionam com a
fertilidade, a textura arenosa e a drenagem nos vales. Este tipo de solos estende-se quase
por todo bairro seguindo o traçado da Estrada Nacional. [Afonso (1995) apud Bernardo
(2006:27)]
2.6. Vegetação
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As fruteiras são espécies vegetais que abundam no bairro de Mutauanha, com destaque
para a: papaeira, mangueira, laranjeira, limoeiro, bananeira entre outros. [Afonso (1995)
apud Bernardo (2006:30)]
2.7. Fauna
Embora localizada num planalto médio, a cidade de Nampula conta com importantes
recursos hidrográficos, incluindo as águas superficiais, bem como as subterrâneas.
O maior dentre eles, é o rio Monapo, onde é feita a captação de água destinada ao
abastecimento da urbe e para a prática das actividades agro-pecuárias. A maior parte
deles são de regime periódico dada as características climáticas da região, embora alguns
sejam permanentes.
Os principais rios são: Naphuta, Mutauanha e Muatala. Este último separa o Bairro de
Mutauanha com o de Muatala e serve de fonte de emprego para alguns habitantes do
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bairro, uma vez que dedicam-se a extracção de areia para venda para fins de construção, e
consequentemente uma fonte de rendimento.
Contudo e tendo em conta, por um lado, a relativa abundância dos cursos de água e, por
outro lado, ao facto de a cidade beneficiar-se de quedas pluviométricas importantes, é de
reconhecer a existência de reservas de águas subterrâneas, sendo elas mais superficiais
junto dos vales dos rios e a sua profundidade aumenta nos plateaus e cumes das
elevações.
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3.1. População
Projecções populacionais feitas para um período de dez anos, portanto até ao presente
ano, com uma taxa de crescimento anual de 3.6%, indicam que a população do bairro é
actualmente de 43.885 habitantes o que significa que houve um crescimento em cerca de
1.525 habitantes, correspondente a 3.5%, como se pode ver na tabela que se segue:
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3.2. Agricultura
3.3. Comércio
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4.1. Educação
4.2. Saúde
No que concerne à unidades sanitárias, este bairro é servido pelo Hospital Psiquiátrico de
Nampula de nível (provincial ou regional), o Centro de Saúde da Sogere (nível) e o
Centro de Saúde 25 de Setembro (nível). As doenças predominantes são: a malária,
doenças diarreicas, malnutrição, infecções respiratórias, DTS, entre outras.
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4.3.1. Cemitérios
Existem na Cidade de Nampula cerca de 86 cemitérios dos quais apenas dois (Cemitério
Novo e Cemitério Velho) são oficiais e os restantes 84 são cemitérios familiares e ou
tradicionais, e localizam-se na sua maioria nos bairros periféricos da cidade. O Cemitério
Novo encontra-se localizado no Bairro de Mutauanha, onde também podemos encontrar
inúmeros cemitérios familiares.
Foto 6_ Cemiterio tradicional proximo as machanbas
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Ainda dentro do bairro podemos encontrar a subestação, que tem uma capacidade de
______________KV, Km de comprimento.
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4.7. Telecomunicações
No que concerne às telecomunicações, o bairro é coberto pelas redes de telefonia móvel
da Mcel e da Vodacom, bem como através de telefones fixos das Telecomunicações de
Moçambique.
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Conforme foi dito anteriormente, a área de estudo é virgem, isto é, sem nenhuma
ocupação de realce. Mesmo assim importa referir que o tipo de habitação modelo, nas
restantes áreas do bairro, é a palhota, com pavimento de terra batida, tecto de capim ou
colmo e paredes de caniço ou paus.
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De acordo com o Plano de Estrutura, existem problemas graves de poluição em três rios
da cidade, nomeadamente: Muhala, Muatala e Nicuta. Estes rios estão seriamente
poluídos pelas águas residenciais, industriais e hospitalares, pelos resíduos sólidos,
dejectos humanos, resultantes do “fecalismo a céu aberto”, atitude muito frequente nos
bairros.
Este bairro enfrenta problemas de erosão, sendo até referido como o que mais problemas
tem a nível da cidade, seguindo-se os Bairros de Murrapaniua e de Muatala, este último
pertencente ao mesmo PA da nossa área de estudo.
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PARTE II
PROPOSTA DO PLANO
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CAPÍTULO VII
7 - ZONEAMENTO
O zoneamento foi feito com base nas directrizes do Plano de Estrutura da Cidade de
Nampula elaborado em 1998, que prevê áreas para habitação, agrícola e de protecção.
Apesar dos pressupostos acima indicados, espera-se que a ocupação seja gradual, por
isso, propõe-se intervenções em duas fases:
Primeira Fase: Compreende a área que se encontra a Este da unidade do lado esquerdo
da linha de alta tensao que passa pelo centro da unidade. Esta servira para reassentar as
familias que forem desalojadas aquando do Plano de melhoramento das areas de
assentamentos informais.
Propõe-se uma faixa de protecção dos cursos de agua de 100m, e de 50m de cada lado
para as linhas de alta tensao. Uma vez que a unidade encontra-se circundada por rios e
cursos de agua, verifica-se uma faixa de protecao que abrange todo o limited a area de
intervencao. Na unidade encontra-se uma subestacao que faz a distribuicao de quarto
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linhas de alta tensao. Estes factos fazem com que 47,08% da area de intervencao sirva
como faixa de protecao.
Cobre grande parte da area de intervencao, pois a faixa de protecao dos cursos de agua
devera servir para uso agricola, aproveitando a facilidade para obtencao da agua para o
regadio das culturas agricolas.
A area agricola devera ser devidamente parcelada para atribuicao aos habitantes e para
um melhor controlo do espaco.
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CAPÍTULO VIII
8 – INTERVENÇÃO URBANÍSTICA
A malha urbana devera ser disposta de modo a reduzir ao maximo os riscos de erosao
apartir da criacao de vias nao muito longas reduzindo a velocidade das aguas pluviais.
8.1 Habitação
8.2. Infra-Estruturas
a) Rede Viária
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Estas vias de acesso ocupam uma área de cerca de 467 149m². Tratando-se dum Plano de
Pormenor a rede viária projectada será implementada em duas fases considerando as ruas
primárias de 25 m, secundárias de 16 m e terciárias de 12 m, conforme o quadro seguinte:
As ruas terciárias, com 12m de largura têm a função de distribuir e garantir o acesso até
às residências, pracetas e outros equipamentos tendo uma relação directa com o talhão,
sendo 8.00m destinada a circulação, 2.80m para passeios e remanescente 1.20m previstos
para drenagem de águas residuais. Estas vias terão ainda a função de permitir o
provimento de água, energia e telefone fixo às unidades habitacionais.
São vias de 16m de largura e têm a função de recolher o tráfego da via primária para o
interior da área habitacional e acesso aos equipamentos sociais e serviços com 10.00m
destinados a circulação, 4.00m para passeios e o remanescente de 2m para a drenagem de
águas residuais.
As vias primárias, com 25 m de largura dos quais 5.60m para passeios, 1.40m para faixa
separadora central e 2.00m para vala de drenagem, têm a função de ligar o bairro com o
exterior, dando acesso ao centro da cidade e a outros equipamentos deste nível.
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Regula
mento
Componentes de
Regulamento de Regulamento de de
Denominação Tráfego
Meios Públicos Estacionamento Transit
Admitido
o de
peões
Estacionamento
Veículos Não admitida a
Ruas restritivo para veículos Nos
privados ligeiros circulação de
Terciárias privados em locais passeios
e peões veículos públicos
identificados
Componentes de Tráfego
Tipos Fundamentais de Estradas Admitidos
a) b) c) d)
1. Principais Sim Sim - Sim
2. Secundárias ou de Escoamento Sim Sim - Sim
3. Terciária ou de Bairro Sim Sim Sim Sim
a) Veículos privados
b) Veículos de serviços público
c) Estacionamento de veículos privados
d) Movimento e paragem de peões
b) Abastecimento de Água
Para o abastecimento público de água existem dois tipos de solução, a solução colectiva e
a solução individual. A área do Plano corresponde uma zona com características rurais
onde a maioria da população possui uma renda baixa para suportar com os demais
encargos do tipo de vida da cidade daí que optamos por uma solução de promover infra-
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estruturas de uso colectivo, por ser a mais apropriada, onde os custos de adução, do
tratamento, de depósito e distribuição podem ser repartidos entre usuários.
Deverão ser feitos estudos adicionais da água para determinar a presença de certas
substâncias na água, em teores excessivos, que podem trazer consequências indesejáveis
para a saúde do homem. Deve-se solicitar ao laboratório dos serviços de saúde ou a outra
entidade devidamente credenciada, uma análise bacteriológica sumária atendendo as
Normas de qualidade da água do Ministério da Saúde ou Direcção Nacional da água.
c) Abastecimento de Energia
Uma vez apontada a capacidade da população que é de baixos recursos para pagar os
custos de infra-estruturas previstas, dever-se-a materializar parceria com a EDM que
deverá estabelecer a extensão da rede, numa primeira fase, aos principais eixos da área
destinada a urbanização - ruas secundárias e numa segunda fase estender-se-ia as ruas
terciárias..
d) Saneamento
O plano propõe a construção de valas de drenagem a céu aberto nas vias secundárias e
terciárias de forma a fazer o escoamento das águas pluviais, conforme os perfis em anexo,
sobretudo na fase da consolidação da urbanização, em que o índice de permeabilidade
baixará consideravelmente devido à intensidade de construções e pavimentação das vias. O
Município deve fiscalizar o uso dos arruamentos e dos talhões para evitar o cultivo e
construção nas áreas visadas, bem como a sua utilização.
Na fase conclusiva da ocupação os tipos de valas variam de acordo com o tipo de vias
propostas neste documento, contudo recomenda-se que se faça um estudo do traçado da rede
e o tipo de valas aconselháveis para as características deste terreno.
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A gestão de lixo no período pós-ocupação dos talhões deverá ser estudada de forma a
responder a fraca capacidade da população pagar o serviço de recolha do lixo. A proposta
seria de estabelecer um programa de gestão e transformação de resíduos sólidos por parte
das famílias da nova área.
A maior parte de resíduos sólidos nas áreas de carácter rural têm sido orgânicos o que pode
facilitar a gestão, por isso, é necessário recolher algumas experiências em saneamento a
baixo custo, implementadas em outras partes.
O uso de latrinas melhoradas é forma viável de garantir o saneamento básico, numa primeira
fase.
a) Educação:
Igualmente, o Plano reserva uma área de cerca de 4 368m² para a construção de creches e
1 500m² para um jardim infantil.
c) Comércio
Particular atenção foi considerada para esta actividade. Os talhões previamente demarcados
permitem a distribuição de diferentes tipos de comércio como são os casos de lojas de
comércio geral, restaurantes, pastelarias, tabacarias, farmácias, entre outros.
d) Áreas de Laser
Para fins de lazer foram projectadas na área, praças de forma descentralizada que serão
dotadas de espaços verdes, com a finalidade de oferecer uma área verde para actividades de
diversão não permanente e fornecimento de água em fontanários públicos.
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e) Desporto
Além dos campos de jogos das escolas, foi proposto um campo de jogo de nível da unidade
para a prática de futebol e atletismo.
f) Outros equipamentos
Propõe-se um espaco para a construção de uma mesquita. Reservou-se também, uma área
para construção de uma igreja cristã que se julgar conveniente em termos de praticantes.
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PARTE III
ESTRATÉGIA DE IMPLEMENTAÇÃO
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9 - ESTRATÉGIA DE IMPLEMENTAÇÃO
9.1 Matéria legal
A Lei 11/97, no seu artigo 24, pontos 1 e 2 remete as autarquias locais a competência de
elaborar e aprovar os planos de ordenamento do território de urbanização (gerais e
parciais) e os planos de pormenor, bem como delimitar e aprovar as áreas prioritárias de
desenvolvimento urbano.
Para melhor resultado da qualidade da moradia, conforto ambiental dos utentes e melhor
inserção urbana da área os desenhos do Projecto de Arquitectura para a área deverão
respeitar sempre o " Regulamento Geral das Edificações Urbanas" em vigor no País e
obtendo prévia aprovação da Fiscalização bem como Posturas e Normas em Vigor neste
Município.
Para garantir a implementação do Plano será necessário estabelecer uma equipe técnica
que irá fiscalizar o processo, com formação multidisciplinar e essencialmente nas
seguintes áreas:
9.4. Marcos
A profundidade e o desenho dos marcos serão estabelecidos na obra e, caso não seja
indicada no projecto, será a aconselhada para terreno em causa.
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PARTE –I X
ANEXOS
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ANEXOS
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