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Jorge Eusébio Chagaca Gulambondo

Aplicações dos Sistemas de Informação Geografia na análise do uso e ocupação do


solo no Município de Tete

Universidade Pedagógica
Tete
2019
ii

Jorge Eusébio Chagaca Gulambondo

Aplicações dos Sistemas de Informação Geografia na análise do uso e ocupação do


solo no Município de Tete
Licenciatura em ensino de Geografia com habilidades em História

Monografia apresentada no Curso de Geografia,


Departamento de Ciências da Terra e Ambiente –
Delegação de Tete, como requisito parcial para obtenção
de grau académico de Licenciatura em Ensino de
Geografia com Habilidades em História.

Supervisor:
PhD. Ringo Benjamim Victor
Co-supervisor:
Msc. Adélito Bernardo Tomas

Universidade Pedagógica
Tete
2019
iii

Índice
Lista de tabelas ........................................................................................................................... v
Lista de figuras .......................................................................................................................... vi
Lista de mapas .......................................................................................................................... vii
Lista de Abreviaturas ...............................................................................................................viii
Lista de Símbolos ...................................................................................................................... ix
Declaração .................................................................................................................................. x
Dedicatória................................................................................................................................. xi
Agradecimentos ........................................................................................................................ xii
Resumo ....................................................................................................................................xiii
Abstract .................................................................................................................................... xiv
Capítulo I: Introdução ............................................................................................................... 14
1.1. Tema .............................................................................................................................. 15
1.2. Objectivos do estudo ...................................................................................................... 15
1.2.1. Objectivo geral: ....................................................................................................... 15
1.2.2. Objectivos específicos: ............................................................................................ 15
1.3. Justificativa .................................................................................................................... 15
1.4. Problematização ............................................................................................................. 16
1.5. Hipóteses ........................................................................................................................ 17
1.5.1. Hipótese básica ........................................................................................................ 17
1.5.1. Hipóteses secundárias ............................................................................................. 17
1.6. Delimitação do Estudo ................................................................................................... 17
Capítulo II: Revisão da literatura.............................................................................................. 18
2.1. Sistema de informação geográfica ................................................................................. 18
2.1.1. Aplicação do SIG .................................................................................................... 19
2.2. Sensoriamento Remoto .................................................................................................. 20
2.2.1. Aplicações do Sensoriamento Remoto no Uso e Cobertura da Terra ..................... 21
2.2.2. Processamento Digital de Imagens (PDI) ............................................................... 22
2.2.3. Modelos Digitais de Elevação ................................................................................. 22
2.3. Uso e cobertura da terra ................................................................................................. 23
Capítulo III: Metodologia da Pesquisa ..................................................................................... 25
3.1.Tipo de pesquisa ............................................................................................................. 25
3.1.1.Quanto aos objectivos .............................................................................................. 25
3.1.2.Quanto aos procedimentos técnicos ......................................................................... 25
iv

3.2.Método ............................................................................................................................ 25
3.2.1.Métodos de abordagem ............................................................................................ 25
3.2.2. Método de procedimento ......................................................................................... 26
3.2.3. Fluxograma de procedimentos metodológicos do trabalho..................................... 26
3.3. Universo ......................................................................................................................... 27
3.4. Processo de Amostra ...................................................................................................... 27
3.4. Colecta de dados ............................................................................................................ 27
3.4.1. Método cartográfico ................................................................................................ 27
Capítulo IV: Análise e interpretação de dados ......................................................................... 28
4.1. Característica fisícogeográficas ......................................................................................... 28
4.1.1. Localização, limites e divisão administrativa ......................................................... 28
4.1.2.Clima ........................................................................................................................ 29
4.1.3. Temperatura ............................................................................................................ 29
4.1.4. Precipitação ............................................................................................................. 29
4.1.5. Humidade relativa do Ar ......................................................................................... 30
4.1.6. Relevo...................................................................................................................... 30
4.1.7. Sistemas Geomorfológicos ...................................................................................... 30
4.1.8. Solos ........................................................................................................................ 31
4.1.9. Vegetação ................................................................................................................ 31
4.1.10. Hidrografia ............................................................................................................ 31
4.2. Análise e interpretação de dados.................................................................................... 32
4.2.1. Classes do uso e ocupação do solo .......................................................................... 33
4.2.2. Cenários de uso e ocupação do solo ........................................................................ 39
4.2.3. Adequabilidade de uso e ocupação do solo ............................................................. 41
Capítulo IV: Conclusão e Sugestões ........................................................................................ 44
5.1. Conclusão....................................................................................................................... 44
5.2. Sugestões ....................................................................................................................... 45
6. Bibliografia ........................................................................................................................... 46
v

Lista de tabelas
Tabela 1: Método cartográfico………………………………………………………………..27
Tabela 2: Cenários de uso e ocupação do solo………………………………………………..40
vi

Lista de figuras
Figura 1: Componentes de um SIG………………………………………………………….18
Figura 2: Fluxograma de procedimentos metodológicos do trabalho………………………...26
Figura 3: Savana de Embondeiro……………………………………………………………..35
Figura 4: Área construídas semiurbanizada, Bairro M´padwe……………………………….36
Figura 5: Rio Zambeze e Revuboè..…………………………………………………………..39
vii

Lista de mapas
Mapa 1: Localização da Cidade de Tete……………………………………………………...28
Mapa 2: Classes de uso e ocupação do solo…………………………………………………..34
Mapa 3: Áreas Construídas…………………………………………………………………...35
Mapa 4: Vias de Acesso Cidade de Tete……………………………………………………...37
Mapa 5: Hidrologia da Cidade de Tete……………………………………………………….38
Mapa 6: Actual uso e ocupação do solo………………………………………………………41
Mapa 7: Zonas de protecção parcial………………………………………………………….42
Mapa 8: Conflitos de uso e ocupação do solo………………………………………………...43
viii

Lista de Abreviaturas
CBD – Central Business District
CENACARTA – Centro Nacional de Cartografia e Teledetecção
DINAGECA – Direcção Nacional de Geografia e Cadastro
ESRI – Environmental Systems Research Institute
GPS –Geographic Position System
INE – Instituto Nacional de Estatística
INGC – Instituto Nacional de Gestão e Calamidades
INPE – Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
LANDSAT – Land Remote Sensing Satellite
m – Metros
mm – Milímetros
MDE – Modelo Digital de Elevação
MDS – Modelo Digital de Solo
MINEDH – Ministério de Educação e Desenvolvimento Humano
MITADER – Ministério da Terra, Ambiente e Desenvolvimento Rural
MOPHRH – Ministério das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos
NASA – National Aeronautics and Space Administration
ND – Número digital
PEUT– Plano de Estrutura Urbana da Cidade de Tete
PDI – Processamento Digital de Imagens
RGB – Red, Green e Blue
SIG – Sistema de Informação Geográfica
SPSS – Statistical Package for the Social Sciences
SRTM –Shuttle Radar Topography Mission
SR – Sensoriamento Remoto
USGS – United States Geological Survey
UTM – Universal Transversa Mercator
WGS 84 – World Geodetic System 84
ix

Lista de Símbolos
º – Graus
ºC – Graus Célsius
% – Percentagem
NW – Noroeste
NE –Nordeste
SE – Sudeste
SW – Sudoeste
x

Declaração
Declaro que esta Monografia Científica é resultado da minha investigação pessoal e
das orientações do meu supervisor. O seu conteúdo é original e todas as fontes consultadas
estão devidamente mencionadas no texto, nas notas e na bibliografia final. Declaro ainda que
esta pesquisa não foi apresentada em nenhuma outra instituição para obtenção de qualquer
grau académico.

Tete:___, de Fevereiro de 2019

________________________________________
(Jorge Eusébio Chagaca Gulambondo)
xi

Dedicatória
Ao meu pai Eusébio Chagaca Gulambondo (in memorian).
A minha mãe Getrude Paulo Malizane Chimuaza, pelos sábios ensinamentos, pela
força, o encorajamento, engajamento, persistência e pelo apoio na minha jornada de estudos.
A minha amada e especial esposa Essinate João Notice, pelo amor incondicional,
carinho, dedicação, amizade, simplicidade, na crença de que um dia conseguiria este feito,
pela paciência e perseverança e aos meus irmãos, Wilton, Djacksson, José Carlos e Ana
Cristina e a toda minha família.
xii

Agradecimentos
Em primeiro lugar, agradecer a Deus.
Ao PhD, Ringo Benjamim Victor, meu supervisor, pelas sábias orientações e
supervisões e o acompanhamento em todas as etapas do trabalho desde a sua elaboração, pela
paciência, o auxílio e as importantes experiências partilhadas.
Ao Mestre Adélito Tomás Bernardo, meu co-supervisor, mestre não só no que
concerne ao grau académico, mas sim pelos ensinamentos, as imensas instruções, as
experiências e o conhecimento científico nas áreas de Sistemas de Informação Geográficas, o
que engajou-me para a escolha desta temática.
Há todos os docentes do Departamento de Ciências da Terra e Ambiente,
particularmente ao Curso de Geografia, nas diferentes fases da minha formação.
Aos meus amigos Delton Parcides, Stélio Jassony, Milagre João, e Queirós Armando,
Sidney Sultano, Juliasse Chabuca, Carla Jussub, e Nuro Jussub (in memorian), pelo apoio
prestado em todos os dias na minha vida académica.
Aos meus colegas de trincheira e carteira Onesmo Celestino, David Matunda, Dom
Aleft Julinho, Élioda Silva, Manuel Campira, Elizeu Maloza, Mateus Andire a toda Direcção
Associação dos Estudantes Finalista Universitários de Moçambique, Delegação de Tete.
xiii

Resumo
A presente monografia científica, objectiva analisar os tipos de uso e ocupação do solo no Município
de Tete aplicando os Sistemas de Informação Geográfica e especificamente: identificar as classes do
uso e ocupação do solo do Município de Tete, comparar os diversos cenários de uso e ocupação do
solo, verificar a adequabilidade de uso e ocupação do solo, e elaborar o mapa de uso e ocupação do
solo do Município de Tete, quanto aos objectivos é uma pesquisa do tipo explicativa. No entanto para
a identificação de classes de uso e ocupação do solo no Município de Tete, foi mediante a utilização
das geotecnologias, onde a base de dados foi gerada através da carta topográfica escala 1:50.000, cuja
nomenclatura é Cidade de Tete, SD-36/Q-III-NO, 1434 C1 Folha n° 345, produzida pela Direcção
Nacional de Geografia e Cadastro (DINAGECA) do Governo de Moçambique. Todos os
procedimentos foram realizados no ambiente de geoprocessamento (SIG), no software ArcGIS 10.3. e
QGIS 3.0, Para o levantamento das informações naturais da área (corredores de água, rios, vegetação e
solos) e culturais (aeroporto, estradas, áreas construídas, campos agrícolas e áreas de pastagem) foi
utilizada a imagem de satélite LANDSAT 8 do dia 25 de Agosto de 2018, disponibilizada
gratuitamente pelo site da NASA-USGS (http://earthexplorer.usgs.gov/), com resolução espacial de 30
metros e a composição colorida RGB (Red, Green e Blue).

Palavras-chave: SIG, uso e ocupação do solo, geoprocessamento, análise espacial.


xiv

Abstract
The objective of this monograph is to analyze the types of land use and occupation in the Municipality
of Tete applying the Geographic Information Systems and specifically: to identify the classes of land
use and occupation of the Municipality of Tete, to compare the different scenarios of land use and
occupation soil, to verify the suitability of land use and occupation, and to elaborate the land use and
occupation map of the Municipality of Tete, regarding the objectives is an explanatory type research.
However, for the identification of classes of land use and occupation in the municipality of Tete, it
was through the use of geotechnologies, where the database was generated through the topographic
map scale 1: 50,000, whose nomenclature is Tete City, SD-36 / Q-III-NO, 1434 C1 Leaf No. 345,
produced by the National Directorate of Geography and Cadastre (DINAGECA) of the Government of
Mozambique. All procedures were performed in the geoprocessing environment (GIS) in ArcGIS 10.3
software. and QGIS 3.0, the LANDSAT 8 satellite image was used to survey the area's natural
information (water corridors, rivers, vegetation and soils) and cultural (airport, roads, built-up areas,
agricultural fields and pasture areas) August 25, 2018, available free of charge from the NASA-USGS
website (http://earthexplorer.usgs.gov/), with 30-meter spatial resolution and RGB color composition
(Red, Green and Blue).

Keywords: GIS, land use and occupation, geoprocessing, spatial analysis.


14

Capítulo I: Introdução
A aplicação dos sistemas de informação geográfica, no contexto de análise do uso e
ocupação do solo, auxilia a compreensão das dinâmicas ambientais, dos actos administrativos
e económicos, além de servir como instrumento essencial de levantamento e conhecimento
actualizado do uso e ocupação do solo numa dada região. O levantamento do uso e ocupação
do solo tornou-se um aspecto de interesse fundamental para a compreensão do nível de
organização do espaço/solo.
Em Moçambique, instituições públicas e privadas utilizam dados espaciais e não-
espaciais para suportar seus processos de tomada de decisão, neste sentido, com o acelerado
crescimento dos municípios no país, gera diversas demandas de uso e ocupação do solo. Esta
pressão sobre o espaço tem exigido que os planeadores proponham políticas que garantam não
somente a sustentabilidade socioeconómica, mas também ambiental. Para a proposição de
medidas que garantam o uso, gestão, preservação e manutenção do meio ambiente, é
necessário o conhecimento actualizado do uso e ocupação do solo a fim de adequar as
medidas e a gestão do espaço à realidade.
Em Moçambique, uma das instituições estatais, que de direito fornece dados espaciais
do uso e cobertura da terra é o CENACARTA1. No entanto, a base de dados da referida
instituição se encontra desactualizada (feita pela Artop nos anos de 1950-1960). Torna-se
oportuno actualizá-la e analisar a evolução do uso e ocupação do solo, bem como, no caso de
possíveis alterações, avaliar as causas e/ou factores geográficos/climáticos que as
influenciaram.
O trabalho está dividido em cinco (5) capítulos, nomeadamente: Introdução;
fundamentação teórica; metodologias; apresentação, análise e interpretação de dados e
conclusão e sugestões. No primeiro capítulo da introdução, faz-se um breve comentário sobre
o tema em estudo, delimitação, justificativa, levantamento do problema, hipóteses, objectivos
do estudo. No segundo capítulo levanta-se a fundamentação teórica recorrendo às várias
literaturas, no terceiro capítulo apresentam-se as metodologias a serem utilizadas. No quarto
capítulo apresentam-se dados recolhidos resultantes da entrevista e de questionário e faz-se a
análise e interpretação dos dados. No quinto capítulo faz-se conclusões sugestões.

1
(Centro Nacional de Cartografia e Teledetecção-Moçambique) é uma instituição pública, subordinada ao
Ministério da Agricultura e especializada no tratamento de informação espacial ou geográfica, desde a aquisição
de dados até às análises cartográficas complexas (http: www.cenacarta.com/artigos).
15

1.1. Tema
O tema em estudo ʻʻ Aplicações dos Sistemas de Informação Geográfica na análise do uso e
ocupação do solo no Município de Tete ʼʼ.

1.2. Objectivos do estudo


1.2.1. Objectivo geral:
 Analisar os tipos de uso e ocupação do solo no Município de Tete aplicando os
Sistemas de Informação Geográfica.

1.2.2. Objectivos específicos:


 Identificar as classes do uso e ocupação do solo do Município de Tete;
 Comparar os diversos cenários de uso e ocupação do solo;
 Verificar a adequabilidade de uso e ocupação do solo;
 Elaborar o mapa de uso e ocupação do solo do Município de Tete.

1.3. Justificativa
O presente trabalho, justifica-se relevante, visto que, a aplicação dos Sistemas de
Informação Geográfica (SIG), enquanto instrumentos de gestão, análise de recursos naturais,
uso e ocupação do solo e no contexto de conflitos de uso de terras, auxilia na compreensão da
dinâmica territorial, além de servir como importante ferramenta para o levantamento de
informações, passíveis de serem usadas para o desenvolvimento de estratégias para a
aplicação de um planeamento territorial.
O que motivou, o autor para a escolha do tema, é que em Moçambique uma das
instituições estatais, que de direito fornece dados espaciais do uso e cobertura/ocupação da
terra é a CENACARTA2. No entanto, a base de dados da referida instituição se encontra
desactualizada (feita pela Artop nos anos de 1950-1960). O que torna-se oportuno actualizá-la
e analisar a evolução do uso e ocupação do solo no Município de Tete.
Portanto, ouso e ocupação desordenada do solo no Município de Tete, no tempo e
espaço, associado a carência de informação espacial georreferenciada, e em consonância com
a actualidade da realidade do terreno, tem causado graves problemas nos recursos naturais e
culturais, o que revela inúmeras consequências.

2
(Centro Nacional de Cartografia e Teledetecção-Moçambique) é uma instituição pública, subordinada ao
Ministério da Agricultura e especializada no tratamento de informação espacial ou geográfica, desde a aquisição
de dados até às análises cartográficas complexas (http: www.cenacarta.com/artigos).
16

Contudo, a identificação, estruturação e explicação dos tipos de uso e ocupação do


solo, a permitem uma ocupação consciente do solo, seu uso sustentável, assim ajudando-nos
aperceber melhor sobre as dinâmicas e as causas das alterações no uso e ocupação do solo. E
assim, facilitando aos órgãos autárquicos, ou seja, o Conselho Municipal da Cidade de Tete
(CMCT) no planeamento como desenvolvimento económico, habitação, infra-estrutura,
Educação, saúde, serviço social, segurança pública, planeamento do uso da terra,
monitoramento ambiental, recreação, entre outros.

1.4. Problematização
Para definir políticas ambientais, actos administrativos e económicos, é essencial o
conhecimento de dados actualizados de ocupação e uso do solo da área em questão. Na área
da política ambiental e de urbanização, este tipo de dados servem de base à definição de
estratégias de gestão e ordenamento do território, portanto, o não conhecimento do uso e
ocupação do solo, ocasiona conflitos de uso e aproveitamento da terra.
Todavia, de acordo com o capítulo II, da lei nº 19/2007 de 18 de Julho, no seu artigo
nº 8, diz que ao nível de intervenção autárquica, estabelecem-se os programas, planos,
projectos de desenvolvimento e o regime de uso do solo urbano de acordo com as leis
vigentes e seus instrumentos.
Portanto, estes instrumentos versam-se sobre o sistema de gestão territorial, tais como:
planos de estrutura urbana (PEU) – que estabelecem a organização espacial da totalidade do
território do município ou povoação, os parâmetros e as normas para a sua utilização, os
planos gerais e parciais de urbanização (PGPU) – que estabelecem a estrutura e qualificam o
solo urbano, tendo em consideração o equilíbrio entre os diversos usos e funções urbanas e
por fim os planos de pormenor (PP) – definem com pormenor a tipologia de ocupação de
qualquer área específica do centro urbano, estabelecendo a concepção do espaço urbano
dispondo sobre usos do solo e condições gerais de edificações. Contudo, face as constatações
feitas, levanta-se a seguinte questão:
 Quais os tipos de uso e ocupação do solo no Município de Tete, aplicando os
Sistemas de Informação Geográfica?
17

1.5. Hipóteses
1.5.1. Hipótese básica
 A aplicação dos Sistemas de Informação Geográfica na análise do uso e ocupação do
solo, constitui uma estratégia de grande utilidade no diagnóstico dos tipos uso e
ocupação do solo.

1.5.1. Hipóteses secundárias


 O conhecimento da ocupação do solo e da sua localização em uma determinada região
fornece elementos para o planeamento de uso de terras e de exploração de recursos
naturais de forma eficiente visando à melhoria da qualidade de vida da população;
 A aplicação dos Sistemas de Informação Geográfica na análise espacial do uso e
ocupação do solo, podem-se definir mecanismos de apoio a decisão estratégica
visando a melhoria os serviços de administração urbana e construção.

1.6. Delimitação do Estudo


O presente estudo tem como seu campo de pesquisa, os sistemas de informação
geográfica, onde incidirá nos componentes de (softwares, hardwares, dados, pessoas e
métodos), no Município de Tete, e é de grande relevância porque este enquadra-se na linha de
pesquisado Departamento de Ciências da Terra e Ambiente, no Curso de Geografia, que é
Ambiente e Desenvolvimento Sustentável.
18

Capítulo II: Revisão da literatura


2.1. Sistema de informação geográfica
Os Sistemas de Informação Geográfica (SIG) podem ser definidos como ferramentas
computacionais de consulta, análise, edição de dados, de mapas e informações espaciais em
geral. Este sistema trabalha com uma base de dados espaciais. Nos mapas digitais, tem-se uma
base de dados associada, podendo ser obtidas as coordenadas geográficas de cada ponto,
sendo que os dados podem ser acessados directamente no mapa ou no banco de dados.
(CASCALES et al., 2013).
Para DILL et al. (2001), o Sistema de Informação Geográfica (SIG) pode ser definido
como uma ferramenta amplamente utilizada em actividades que necessitem de gestão espacial
diversificada. Deste modo, segundo LONGLEY et al. (2013) considera que:
O SIG possui três partes fundamentais: interface de usuário, as ferramentas e o
sistema de gerenciamento de dados. O usuário interage com o sistema a partir da
interface gráfica, que dá acesso às ferramentas de SIG e define os recursos e funções
que o software de SIG possui para o processamento dos dados geográficos (figura
2). Estes dados são armazenados em formatos de arquivos, em bancos de dados ou
serviços na web3 e são organizados por programas de gerenciamento de dados.
Para organizar, analisar e modelar os dados espaciais é necessário um software, sendo
este um dos componentes fundamentais de um SIG operacional. Este integra todas as
ferramentas do SIG, como armazenar, processar e visualizar os dados.
Figura 1 - Componentes de um SIG

Fonte: Adaptado de Esri, 2014

O Sistema de Informação Geográfica deve trabalhar com dados geocodificados;


sobreposição de informações temáticas das mais variadas áreas; estruturação de
dados geoambientais, políticos, sociais e económicos; definição do uso da terra;
avaliação da percentagem de cobertura temática (agricultura, floresta, campos, entre

3
Palavra em língua Inglesa que equivale a um site, lugar, espaço para armazenamento de dados que pode ser
acedido através dum motor de busca na internet (rede informática largamente utilizada para interligar
computadores através de modem).
19

outras) em determinada região; determinação de locais para instalação de complexos


industriais, portos, barragens, etc e avaliação da tendência do crescimento urbano
(BOLFE, 2001).
Segundo SILVA (2003) “Os Sistemas de Informações Geográficas (SIG’s) são
usualmente aceites como sendo uma tecnologia que possui a ferramenta necessária para
realizar análises com dados espaciais e, portanto, oferece, ao ser implementada, alternativas
para o entendimento da ocupação e utilização do meio físico, compondo o chamado universo
da Geotecnologia, ao lado do Processamento Digital de Imagens (PDI) e da Geoestatística.”
Um Sistema de Informações Geográficas (SIG) pode ser definido como um sistema
que visa à colecta, armazenamento, manipulação, análise e apresentação de
informações sobre entes com localização espacial, ou seja, informações que possam
ser georreferenciadas. É um complexo formado por uma base de dados, software,
hardware e organização de dados (SINGH, 1995).
STERN et al (2005), afirma que a cartografia digital e os Sistemas de Informações
Geográficas introduziram um avanço tecnológico na colecção e armazenamento de dados para
inventários, monitoramento, análise e simulação ambientais.
Conforme ONO (2008), os mapas temáticos, em formato digital, passaram a ser
armazenados num SIG como uma série de camadas georreferenciadas, onde cada camada ou
plano de informação contém os atributos de um fenómeno espacial.

2.1.1. Aplicação do SIG


De acordo com SENER et al. (2010), diversas áreas utilizam o SIG para analisar,
interpretar e representar o mundo geográfico e para compreender o comportamento espacial
segundo suas perspectivas. Ou seja, há neste uma ampla aplicação e funcionalidades
(RIBEIRO, 2011), o que acaba por ter uma grande influência no processo de tomada de
decisões e nas análises espaciais para a localização de diversos empreendimentos.
Os SIG possuem uma gama ampla de aplicações, que costumam buscar o
preenchimento dos cincos Ms (Management), mapeamento, medição,
monitoramento, modelagem e gerenciamento. Os campos de aplicação do SIG
estabelecidos há mais tempo são: os militares; governos; ensino e serviços de água e
energia.
Seu uso em diversos campos é sustentado por uma gama ampla de motivos, mas é
possível identificar diversos temas em comum, sendo os escopos dessas aplicações
relacionados dentro de quatro domínios: governo e serviços públicos; planeamento de
comércios e serviços; logísticas e transporte e meio ambiente (LONGLEY et al., 2013).
No domínio do governo e serviços públicos, o SIG pode ser aplicado para critérios
como desenvolvimento económico, habitação, infra-estrutura, saúde, serviço social,
segurança pública, planeamento do uso da terra, monitoramento ambiental, entre
outros. Em planeamento de comércios e serviços o SIG é amplamente utilizado para
pesquisa de mercado imobiliário, localização de serviços, distribuição de bens e
serviços e também para a localização de novas lojas. Em logística e transporte,
20

aborda a expedição e o transporte de bens, transporte de pessoas de um lugar para o


outro, como também, infra-estruturas rodoviárias, ferroviárias e hidroviárias,
procurando pela optimização ou concepção de soluções. O meio ambiente foi uma
forte força motivacional no desenvolvimento dos primeiros SIG, sendo que as
aplicações ambientais constituem o objecto de muitos estudos sobre o sistema. Há
diversas aplicações para o meio ambiente, tais como: expansão urbana
descontrolada, desmatamento, diminuição dos impactos ambientais pelo
planeamento espacial, uso e ocupação da terra. Resumindo, sua gama de aplicação é
diversificada para as questões ambientais4.
As aplicações do SIG incluem (ELIAS, 2005):
 Uso do Solo: identificação dos diferentes usos do solo e classes de cobertura;
 Mapeamento da vegetação: utilizando o sensoriamento remoto para gerar informações
sobre a distribuição da vegetação do solo;
 Mapeamento da geomorfologia: é feita a discriminação das unidades de paisagem e as
unidades de mapeamento são baseadas na litologia, no relevo, no padrão de drenagem,
na vegetação natural e no uso da terra, juntamente com os elementos de imagem
associados;
 Geologia e Hidrologia: interpretação preliminar de imagens de satélite para a
demarcação dos limites litológicos, delineamentos, e caracterização das diferentes
unidades geomórficas.

2.2. Sensoriamento Remoto


NOVO (2010), afirma que o Sensoriamento Remoto pode ser entendido como: “(...)
utilização conjunta de sensores, equipamentos para processamento de dados, equipamentos de
transmissão de dados colocados a bordo de aeronaves, naves espaciais, ou outras plataformas
com o objectivo de estudar eventos, fenómenos e processos que ocorrem na superfície do
planeta Terra a partir do registo e da análise das interacções entre a radiação electromagnética
e as substâncias que o compõem em suas mais diversas manifestações.”
O Sensoriamento Remoto é a ciência e a arte de observar um alvo sem ter contacto
físico com o mesmo, podendo obter informações de área ou do fenómeno estudado, baseando-
se na interacção deste alvo com a radiação electromagnética (LILLESAND & KIEFER,
2000).
De acordo com DIAS (2010), as interacções são registadas, usando para isto o rastreio
regular da energia electromagnética que interage em diferentes faixas espectrais, formando
várias imagens.

4
LONGLEY, et al., 2013
21

Segundo PACHECO (2000), o Sensoriamento Remoto é uma ferramenta importante


na análise e interpretação de imagens de satélite, sendo um meio eficiente e rápido, além de
baixo custo dos mapeamentos e da detecção de mudanças geoambientais.
Para INPE (2002), o sensoriamento remoto pode ser definido como a utilização de
sensores remotos para aquisição de informações sobre objectos ou fenómenos, por meio de
energia electromagnética ou radiação electromagnética.
Na óptica de SKOLE (1993), os contínuos avanços tecnológicos na área de
sensoriamento remoto por satélites têm permitido a rápida detecção e a obtenção de medidas
acuradas de desmatamentos em qualquer ponto do planeta.
A tecnologia de sensoriamento remoto já demonstrou a sua capacidade de fornecer
informações sobre a avaliação da disponibilidade, qualidade e quantidade de recursos
naturais, tais como cultura, uso da terra, solos, entre outros (SETH; JAIN & JAIN, s.d.).

2.2.1. Aplicações do Sensoriamento Remoto no Uso e Cobertura da Terra


GARCIA (1982), relata que as imagens de satélite são a alternativa mais económica,
no estudo de informações do uso de terra, levantamento ou identificação de solos e cobertura
da vegetação, mesmo não tendo a precisão das fotografias aéreas.
A degradação dos recursos naturais renováveis nos dias actuais, é um processo
desenfreado que deve ser analisado e contido com eficiência e rapidez. Nesse sentido, o
diagnóstico da situação real em que se encontram esses recursos, passa a ser um instrumento
necessário para a manutenção de recursos naturais (BELTRAME, 1994).
LOSCH(1993) afirma que o levantamento do uso da terra compreende a forma como o
espaço vem sendo ocupado pelo homem, e o levantamento do uso da terra tornou-se
indispensável para a compreensão dos padrões de organização do espaço.
Assim, o estudo do uso da terra tem-se tornado cada vez mais intenso nessas últimas
décadas. Os levantamentos do meio físico desempenham, portanto, um excelente papel no
fornecimento de dados para diagnosticar a exploração dos recursos naturais, uso da terra e
actualização de mapas.
Contudo, a aplicação de produtos obtidos via sensoriamento remoto passa
frequentemente pelo nosso quotidiano. Esta dinâmica é atribuída não somente ao avanço
tecnológico, mas às necessidades diárias, como a previsão de tempo em meios de
comunicação, diferenciação de áreas, uso e cobertura da terra e zoneamento ambiental entre
outras aplicações, voltadas tanto para áreas específicas quanto gerais, tanto científicas quanto
comerciais (GOMES, 2005).
22

2.2.2. Processamento Digital de Imagens (PDI)


Nos últimos trinta anos, a utilização de imagens digitais oriundas do Remote Sensing
possibilitou um grande desenvolvimento das técnicas voltadas para a análise de dados
multidimensionais, adquiridos através de diversos sensores remotos. Tais técnicas recebem o
nome de processamento digital de imagens, pois permitem melhorar e aperfeiçoar o aspecto
visual de certas feições para o analista técnico ajudar na análise e desenvolvimento da sua
interpretação. Geram produtos que podem ser, posteriormente, usados em outros
processamentos.
Na óptica de CROSTA (1992), a função primordial do processamento digital de
imagens é a de fornecer ferramentas para facilitar a identificação e a extracção das
informações contidas nas imagens, para posterior interpretação.
O Processamento Digital de Imagens é a manipulação numérica de imagens digitais
por computador, de modo que a entrada e a saída sejam imagens, onde melhora a sua
visualização (aspecto visual) de certas feições estruturais, a partir do comportamento do
número digital (ND), correspondente a radiância dos pixéis de cada objecto ou alvo,

2.2.3. Modelos Digitais de Elevação


Em revisão bibliográfica, TEN CATEN (2011c) constatou que o factor de formação
relevo foi empregado na totalidade dos estudos de MDS analisados. Possivelmente isso se
deva a sua ampla disponibilidade pelo uso de Modelo Digital de Elevação (MDE) oriundo do
SRTM (Shuttle Radar Topography Mission) e de cartas topográficas, além da ausência de
informações em grandes escalas dos demais factores de formação do solo.
Também contribui para sua aplicação a possibilidade de derivar a partir do MDE um
grande número de covariáveis preditoras, a clara relação existente entre o relevo e o padrão de
distribuição espacial das classes de solos, além da resolução espacial dos arquivos raster
associados a este factor.
Neste sentido, o MDE é um plano de informação que descreve a altitude, ponto a
ponto, de uma determinada área. Ele pode ser gerado a partir de diferentes fontes de dados:
medidas de campo com GPS em modo diferencial, cartas topográficas ou sensoriamento
remoto (FLORENZANO, 2008b).
Segundo as interpretações feitas por VALERIANO (2008), alude que:
Apesar dos dados oriundos de MDEs apresentarem limitações a uma condição ideal
de uso (escala, resolução e precisão), sua disponibilidade, associada ao baixo custo
de obtenção e de manipulação, torna a modelagem de tais bases, uma alternativa
23

viável na aplicação de métodos paramétricos para o estudo do terreno. A praticidade


destaca-se ainda mais com o uso de MDEs oriundos de sensoriamento remoto, já
que tais produtos encontram-se disponíveis gratuitamente na internet.
Erros em MDEs gerados a partir de dados de sensoriamento remoto podem ser
atribuídos a muitos factores, como: ruídos nos processos de aquisição e transferência de
dados, erros na geometria da órbita ou, ainda, a presença de nuvens nas imagens e
características do terreno (CHAGAS et al., 2010a).

2.3. Uso e cobertura da terra


O uso e cobertura da terra têm-se tornado um assunto muito discutido e estudado em
várias áreas do conhecimento como por exemplo na Geografia, devido aos usos e ocupações
desordenadas que as actividades antrópicas na maioria das vezes têm causado ao meio
ambiente. Como exemplos de acções antrópicas, destacam-se: desflorestamentos de forma
ilegal para diversos fins, mineração, actividades agrícolas, criação de animais, construções
rurais e urbanas, entre outras actividades ligadas ao uso e cobertura da terra.
De acordo com ROSA (2003), a expressão “uso da terra” pode ser entendida e
conceituada como formas ou o modo pelo qual o espaço está sendo ocupado pelo
homem. O levantamento do uso da terra é de grande importância na mensuração dos
efeitos de uso desordenado e como ocorre a deterioração do ambiente. Sendo assim,
é importante considerar a forma como é que este espaço está sendo ocupado, ou seja,
se é explorado de forma organizada e produtiva, conforme cada região. A avaliação
das alterações ocasionadas pelo uso da terra fornece informações importantes para a
manutenção de um maneio eficiente e actualização permite mensurar e obter dados
mais precisos, e que darão suporte a previsões: safras, cobertura florestal e
determinar áreas de expansão agrícola e florestal.
A “cobertura da terra” é entendida como a caracterização do estado físico, químico e
biológico da superfície e está representada pelas formações florestais, campestres, corpos de
água e áreas construídas. Já os usos múltiplos estão associados à agricultura, pecuária, área
residencial, industrial, dentre outros, (Ibid, 2003).
Os conceitos de uso (utilização pela sociedade) e cobertura da terra (sistemas
naturais e/ou antrópicos) possuem grande relação entre si e são alternadamente
utilizados. Segundo o Manual técnico de Uso da Terra do IBGE (2006), as
actividades antrópicas estão directamente ligadas com o tipo de revestimento do
solo, seja de floresta, agrícola, residencial ou industrial. O Manual traz a importância
do uso de dados de Sensoriamento Remoto, como fotografias aéreas e imagens de
satélites, que podem ser correlacionadas com a cobertura da terra e se constituem
como fontes importantes para o mapeamento temático.
O estudo do uso da terra e ocupação do solo consiste em buscar conhecimento de toda
a sua utilização por parte do homem ou, quando não utilizado pelo homem, a caracterização
dos tipos de categorias de vegetação natural que reveste o solo, como também suas
respectivas localizações. (ROSA, 2007, p. 163)
O conhecimento e o monitoramento do uso e ocupação da terra são primordiais para
a compreensão dos padrões de organização do espaço, uma vez que suas tendências
24

possam ser analisadas. Este monitoramento consiste em buscar conhecimento de


toda a sua utilização por parte do homem ou, quando não utilizado pelo homem, a
caracterização de tipos de categorias de vegetação natural que reveste o solo, como
também suas respectivas localizações. De forma sintética, a expressão “uso da terra
ou uso do solo” pode ser entendida como sendo a forma pela qual o espaço está
sendo ocupado pelo homem (ROSA, 2007).
Os conceitos relativos ao uso da terra e cobertura da terra são muito próximos, por
isso, muitas vezes são usados indistintamente. Cabe ao intérprete buscar as associações de
reflectâncias, texturas, estruturas e padrões de formas para derivar informações acerca das
actividades de uso, a partir do que é basicamente informações de cobertura da terra (ARAUJO
FILHO et. al., 2007).
25

Capítulo III: Metodologia da Pesquisa


Metodologias constituem um conjunto de caminhos a serem percorridos, para se
realizar uma pesquisa ou um estudo, ou seja, é um conjunto de instrumentos para se alcançar
uma meta ou objectivos.

3.1.Tipo de pesquisa
3.1.1.Quanto aos objectivos
A pesquisa explicativa, ajudou o autor a identificar as classes que determinaram as de
classes do uso e ocupação do solo, no Município de Tete ou que contribuem para a ocorrência
deste tipo de classes do uso e ocupação. Contudo, explicar porque é que têm estas diferentes
características para as diferentes classes do uso e ocupação do solo.

3.1.2.Quanto aos procedimentos técnicos


a) Pesquisa bibliográfica, permitiu fazer consultas bibliográficas relacionadas com a
temática de aplicações do SIG na análise do uso e ocupação do solo, desta feita, no Município
de Tete, porque os conteúdos escritos, estes constituem materiais pronto para consulta e
também porque os livros constituem a fonte principal de qualquer trabalho de pesquisa, assim,
fazendo uma confrontação do material escrito com a realidade;
b) Levantamento, ajudou na realização de medidas e observações, colecta de dados, e
a selecção de documentos existentes, com o intuito de fazer o levantamento de dados, a
posterior, o processo de mapeamento e elaboração de mapas de uso e ocupação do solo do
Município de Tete, que terá seu início na organização sistémica dos dados e informações
provenientes de diversos levantamentos.
c) Estudo de caso, permitiu que o autor fizesse um estudo profundo e exaustivo de um
ou mais factores de maneira que se permita o seu amplo e detalhado
conhecimento.Igualmente preconizara identificação dos potenciais espaços, para os diferentes
tipos de usos e ocupação do solo do Município de Tete.

3.2.Método
3.2.1.Métodos de abordagem
Dedutivo, comeste método fez-se um estudo de forma generalizada para o particular,
sendo assim, fez-se o estudo geral de uso e ocupação do solo, na Província de Tete, e depois
através aproximam-se os resultados do estudo para os Município de Tete duma forma
particular.
26

3.2.2.Método de procedimento
O método estatístico, é de grande relevância para a presente pesquisa científica, essencialmente, ajudou-nos á possibilitar uma descrição
quantitativa em hectares e termos percentuais (%) os tipos de uso e ocupação do solo, no Município de Tete, com o auxílio do pacote do Excel do
Microsoft Office e SPSS – Statistics.

3.2.3. Figura 2: Fluxograma de procedimentos metodológicos do trabalho

Laboratório
Trabalho de Campo Base cartográfica (ArcGIS 10.3 & QGIS 3.0)

Digitalização de Mapa

Revisão bibliográfica

Mapa digital de uso e ocupação do


Solo

Mapa de uso e ocupação do


solo

Fonte: O Autor, 2018.


27

3.3. Universo
Toda a área do Município de Tete: áreas habitacionais, florestas, estradas, área de uso especial, superfícies aquáticas, agricultura, zonas de
protecção parcial e total (ZPP) e rugosidade.

3.4. Processo de Amostra


No que concerne, ao processo de amostra, usar-se-á os seguintes tipos de uso e ocupação de espaço, identificados no âmbito da revisão
bibliográfica, tais como: áreas habitacionais (urbanizadas, semiurbanizadas e não urbanizadas), floresta nativa, savana de embondeiro,
afloramento rochoso, área inundável, solo exposto, corredores de água (Rios), aeroporto, área de uso especial, estradas (primárias, secundárias e
não classificadas), campos agrícolas, pastagem, zonas de protecção parcial e total.

3.4. Colecta de dados


3.4.1. Tabela 1: Método cartográfico
Material Cena/Articulação Escala/Resolução Ano Executor
Carta topográfica Cidade de Tete, SD-36/
Q-III-NO, 1434 C1 Folha n° 345 1:50 000 1950 – 1960 DINAGECA/Artop

Imagem
LANDSAT 8 OLI/TRIS 30m 2018 USGS/NASA(http://earthexplorer.usgs.gov/)

GPS “GARMIN Etrex Vista -------


78” ------- 2015 ------
Imagem Google Earth Pro ------- ------- 2018 NASA

ArcGIS 10.3, QGIS 3.0 ------- ------- 2015 e 2018 Esri

Fonte: O Autor 2018.


28

Capítulo IV: Análise e interpretação de dados


4.1. Característica fisícogeográficas
4.1.1. Localização, limites e divisão administrativa
O Município de Tete localiza-se nas margens do vale do Rio Zambeze, a mais de 200
km da costa moçambicana do Índico, inserido num planalto situado a 500 metros de altitude.
Com suas coordenadas geográficas de latitude 16º 14´ 52´´e longitude 33º 39´ 23´´. É a capital
da Província de Tete que se estende para o interior do continente, confinada pelos territórios
do Malawi e Zâmbia ao Norte, Oeste Zâmbia e Zimbabwe, sudoeste Zimbabwe. (PEUT,
2012, p. 2)
De acordo com PEUT(2012, p. 3), o Município de Tete faz fronteira a Norte e Este
com o Distrito de Moatize, e a Sul com o Distrito de Changara e Oeste com o Distrito de
Marara. O Município tem uma superfície de 286 km2 e os seus limites oficiais foram
definidos em 1981.
Mapa 1:Localização da Cidade de Tete

Fonte: O Autor, 2018

O Município de Tete esta dividido administrativamente em 9 bairros e não existem


unidades administrativas de nível intermédio, embora que a legislação preveja o
estabelecimento de Postos Administrativos Municipais: Ao Norte do Rio Zambeze: Bairro
29

Chingodzi e Matundo; e ao Sul do Rio Zambeze: Bairro Josina Machel, Filipe Samuel
Magaia, Francisco Manyanga, Samora Machel, Mateus Sansão Muthemba, Déguè e
M´padwe5.

4.1.2.Clima
PEUT (2012, p. 12), o clima da Cidade de Tete é influenciado pela Zona de
Convergência Inter-tropical, as temperaturas são geralmente elevadas e a precipitação é baixa.
Três estações do ano podem ser diferenciadas em função da precipitação e temperatura,
nomeadamente:
 A estação quente e húmida, com duração de 5 meses, a partir de finais de Outubro e
meados de Novembro até Março. As chuvas são irregulares, a temporada normalmente
começa abruptamente e termina gradualmente, geralmente antes de meados de Março,
mas às vezes se estende até Abril.
 A estação fresca e seca normalmente dura de Abril até a temperatura subir no final de
Agosto ou início de Setembro. Junho e Julho são os meses mais frescos.
 A estação quente e seca estende-se desde o início de Setembro até o início das chuvas
no final de Outubro/meados de Novembro. As temperaturas anuais mais elevadas são
registadas no final de Outubro.

4.1.3. Temperatura
Na Cidade de Tete são registadas as temperaturas mais elevadas do país, com uma
média anual de 27,1°C e temperaturas máximas diárias frequentemente acima de 40°C nos
meses de Setembro a Março. (PEUT, 2012, p. 12)

4.1.4. Precipitação
Precipitação média anual em Tete é de 628 milímetros. Contudo é muito variável, e os
dados recolhidos ao longo dos últimos 50 anos variam entre 316 mm ano excepcionalmente
seco a 1237 milímetros num ano húmido com eventos de chuvas extremas, como ciclones. O
regime de precipitação está relacionado com o fenómeno El-Niño, conhecido como Oscilação
(ENSO) que actua na região de 10 em 10 anos. (PEUT, 2012, p.13)

5
Este bairro por antigo que seja começa a registar uma crescente procura de espaço, construções e
posteriormente um acelerado crescimento nos últimos anos, depois da implantação da fábrica de processamento
de tabaco (Mozambique Leaf Tabacco).
30

4.1.5. Humidade relativa do Ar


Conforme PEUT (2012, p. 14), A distribuição média mensal da humidade relativa
registada na estação de Tete no período compreendido entre os anos de 1991 e 2010. A
humidade relativa do ar é em média de 60%, o que é característico das regiões de clima seco.
Verificou-se que o valor máximo de humidade relativa do ar de 71% no mês de Fevereiro e o
valor mínimo de 47% no mês de Outubro.

4.1.6. Relevo
A Cidade de Tete, está localizada entre as duas margens do Rio Zambeze e delimitada
pelo Rio Revuboè, o relevo é caracterizado, em grandes linhas, pelas planícies baixas do vale
do Rio Zambeze, até uma altura de aproximadamente 150 metros acima do nível do mar e o
planalto onde o terreno sobe a partir da planície para sudeste e norte, com os pontos mais altos
definidos pelo Monte Caloera de 468 metros de altura acima do nível médio do mar, e a zona
alta no norte da cidade entre o limite do bairro Chingodzi e Matundo e o Distrito de Moatize
com mais de 200 m. (PEUT, 2012, p. 16)
A parte mais antiga da cidade, a zona de cimento, localiza-se ao longo de uma colina
rochosa entre o Rio Zambeze e o Vale de Nhartanda, que se torna num ramal do Rio Zambeze
nos momentos de cheias, deixando o centro da Cidade uma ilha6.

4.1.7. Sistemas Geomorfológicos


Geomorfologicamente, a Cidade de Tete, localiza-se na zona de influência do vale do
Rift um complexo de falhas tectónicas e é associado com risco de terramotos e instabilidade.
A existência de duas unidades geomorfológicas rochosas distintas, em função da sua natureza
geológica, nomeadamente:
 Formações baixas sedimentares do Karoo, com cotas, aproximadas entre 150 e 220
metros;
 Formações altas do Complexo Gabro-Anortosíco de Tete, com cotas absolutas entre
230 e 350 metros.
O contacto entre as rochas do Karoo e as do Complexo Gabro-Anortosíco de Tete
ocorre, em geral, por falhas normais com padrões NW-SE e SE-SW, que configuram a Bacia
do Rift. O grau de dissecação do relevo nas áreas de influência é da ordem de 30-210 metros,
com zonas brechadas de grande amplitude. (PEUT, 2012, p. 17)

6
Ibid., 2012, p. 16.
31

4.1.8. Solos
De acordo com PEUT (2012, p. 19), a área de estudo é dominada por dois tipos grupos
fundamentais de solos, nomeadamente solos pouco profundos sobre rochas calcárias, que
predominam na Cidade de Tete e os solos basálticos pretos de origem vulcânica com
influência das formações altas montanhosas do Complexo Gabro-Anortosíco periferia da
Cidade de Tete.
1. Solos pouco profundos sobre rochas calcárias, ocorrem em geral em áreas onde o
relevo é suavemente ondulado com declives variando de 1% a 4%, podendo ocorrer
quer na superfície ondulada quer em terreno colinoso;
2. Solos basálticos pretos, possuem solos profundos e de profundidade moderada,
podendo em alguns casos ocorrer uma fase mais delgada nos quais onde aparecem
afloramento de rochas. A cor do solo varia de castanho muito escuro na superfície e
castanho-escuro nos solos pouco profundos, castanho-escuro no solo superficial e
castanho amarelado nos horizontes adjacentes dos solos mais profundos7.

4.1.9. Vegetação
A vegetação natural típica da Cidade de Tete, é influenciada pelo tipo de solo, onde
predomina, bosque aberto, matagal aberto, e semiaberto, mato semi-fechado, para além de
savana arbórea arbustiva8.

4.1.10. Hidrografia
O Município de Tete localiza-se próximo da confluência do Rio Zambeze com o seu
afluente o Revuboè. Estes dois rios são os únicos na área municipal com caudal permanente.
Existem também vários rios com leito seco, salvo na época chuvosa quando se tornam em
torrentes após as fortes chuvas. Destes, destacam-se os Rios Quiro, Pote-Pote, Nhamularo e
Mufa, todos confluindo o Rio Zambeze pela margem direita (sul). (PEUT, 2012, Pp. 20-21)
O caudal do Rio Zambeze é controlado pela Barragem de Cahora Bassa, pelo que o
regime das cheias já não é natural, podendo haver fluxos grandes em qualquer altura do ano,
dependendo da abertura das comportas da barragem9.

7
Ibid., 2012, p. 20.
8
Ibid., 2012, p. 20.
9
Ibid.,2012, p.21.
32

4.2. Análise e interpretação de dados


Para a identificação de classes de uso e ocupação do solo no Município de Tete, foi
mediante a utilização das geotecnologias, onde a base de dados foi gerada através da carta
topográfica escala 1:50.000, cuja nomenclatura é Cidade de Tete, SD-36/Q-III-NO, 1434 C1
Folha n° 345, produzida pela Direcção Nacional de Geografia e Cadastro (DINAGECA) do
Governo de Moçambique, antigamente esta instituição pertencia ao Ministério da Agricultura
e actualmente pertence ao Ministério da Terra Ambiente e Desenvolvimento Rural, obtida a
partir de Levantamento Fotogramétrico (Artop) de 1950-1960 e a base topográfica está
disponível na CENACARTA em Moçambique.
Todos os procedimentos foram realizados no ambiente de geoprocessamento (SIG), no
software ArcGIS 10.3.e QGIS 3.0, Para o levantamento das informações naturais da área
(corredores de água, rios, vegetação e solos) e culturais (aeroporto, estradas, áreas
construídas, campos agrícolas e áreas de pastagem) foi utilizada a imagem de satélite
LANDSAT 8 do dia 25 de Agosto de 2018,disponibilizada gratuitamente pelo site da NASA-
USGS (http://earthexplorer.usgs.gov/), com resolução espacial de 30 metros e a composição
colorida RGB (Red, Green e Blue), com as bandas1, 2 e 3, obtida através da ferramenta
Windows, Image Analysis, Processing, Composite Bands e salvar.
Portanto, depois do trabalho de recolha de dados que concernem as classes de uso e
ocupação do solo, confrontou-se estas informações com informações obtidas a partir da
imagem do software Google Earth Pro e seguiu-se a sua identificação detalhada.
Posteriormente, procedeu-se à identificação manual das propriedades básicas (classes
de usos da terra) através das ferramentas Customise, ArcToolbars, Image Classification,
Training Sample Manager, Draw, onde foram feitos os levantamentos sobre os tipos de uso e
ocupação do solo, depois na ferramenta Classification, Maximum Likelihood Classification,
onde foram criados os shapefiles.
Todavia, para os levantamentos que dizem respeito as vias de acesso ou estradas
(primárias, secundárias e não classificadas), áreas habitacionais (urbanizadas,
semiurbanizadas e não urbanizadas), foi necessário o uso do software QGIS 3.0, através da
sua ferramenta OpenLayers Plugin, OpenStreetMap, fez-se a transferência de dados relativos
a estradas, onde adiciona-se a camada da área de estudo, através da sua ferramenta da vector,
OpenStreetMap, transferir dados.
33

Para a quantificação e delimitação das Zonas de Protecção Parcial (ZPP)


consideraram-se as distâncias de 100 m para rios e nascentes, 30 e15 m para estrada primária
e secundária respectivamente, trabalhadas na ferramenta Geoprocessing, Buffer. Refira-se
ainda que, os procedimentos empregues para a delimitação das ZPP obedeceram os critérios
da legislação vigente em Moçambique, o Artigo8 da Lei nº 19/97 De 1 de Outubro (MINAP,
1997).

4.2.1. Classes do uso e ocupação do solo


Todos os procedimentos foram realizados no ambiente de geoprocessamento (SIG), no
software ArcGIS 10.3.e QGIS 3.0, como já referido pelo autor acima, com isto, foi utilizada a
imagem de satélite LANDSAT 8 do dia 25 de Agosto de 2018,disponibilizada gratuitamente
pelo site da NASA-USGS (http://earthexplorer.usgs.gov/), com resolução espacial de 30
metros e a composição colorida RGB (Red, Green e Blue), com as bandas 1, 2 e 3, obtida
através da ferramenta Windows, Image Analysis, Processing, Composite Bands e salvar.
Portanto, depois do trabalho de recolha de dados que concernem as classes de uso e
ocupação do solo, confrontou-se estas informações com informações obtidas a partir da
imagem do software Google Earth Pro e seguiu-se a sua identificação detalhada.
Posteriormente, procedeu-se à identificação manual das propriedades básicas (classes
de usos da terra) através das ferramentas Customise, Toolbars, Image Classification, Training
Sample Manager, Draw, onde foram feitos os levantamentos sobre os tipos de uso e ocupação
do solo, depois na ferramenta Classification, Maximum Likelihood Classification, onde foram
criados os shapefiles.
Portanto, como ilustra o mapa que se segue, as áreas de uso e ocupação do solo no
Município de Tete, foram confrontados e que estão de acordo com o trabalho de campo feito
pelo proponente do da pesquisa. Pode-se observar no mapa, propriedades básicas, tais como:
aeroportos, áreas de uso especial, área industrial, armazém e estaleiros, área urbanizada, área
semiurbanizada, área não urbanizada, área inundável, agricultura, rios, corredores de água,
estradas primárias e secundárias, solo exposto, savana de Embondeiro, pastagem, floresta
nativa, savana arbórea arbustiva, afloramento rochoso e o vale do Nhartanda.
Aqui referir que, cada uma das propriedades básicas é influenciada por alguns factores
e elementos naturais e artificiais, o exemplo de área inundável, agricultura, rios, corredores de
água, solo exposto, savana de Embondeiro, pastagem, floresta nativa, savana arbórea
arbustiva, afloramento rochoso e o vale do Nhartanda, são influenciadas por factores e
elementos naturais, tais como: relevo, continentalidade, vegetação, clima (temperatura,
34

humidade, e precipitação), e geomorfologia. Uma vez que, propriedades, como: aeroportos,


áreas de uso especial, área industrial, armazém e estaleiros, área urbanizada, área
semiurbanizada, área não urbanizada, estradas primárias e secundárias, são influenciadas
elementos artificiais que advêm da tomada de decisões dos órgãos que tutelam no Município
de Tete, que são responsáveis pela identificação, estruturação dos tipos de uso e
ocupação/cobertura do solo.

Mapa 2: Classes de uso e ocupação do solo

Fonte: O Autor, 2018

Contudo, nota-se na parte sul da cidade de Tete a presença de Savana de Embondeiros,


no caso do bairro M´padwe, onde este tipo de vegetação é predominante em quase todo o
bairro. A vegetação natural típica da Cidade de Tete, é influenciada pelo tipo de solo como, os
pouco profundos sobre rochas calcárias e solos basálticos pretos, as temperaturas elevadas
com uma média anual de 27,1°C e máximas diárias frequentemente acima de 40°C, com
precipitação média anual de 628 milímetros. Contudo é muito variável, e os dados recolhidos
ao longo dos últimos 50 anos variam entre 316 mm ano excepcionalmente seco a 1237
milímetros num ano húmido com eventos de chuvas extremas, mais também o tipo de clima
do município que é tropical seco, influência grandemente para a predominância da savana de
Embondeiro ou arbórea arbustiva, como se pode observar na imagem que se segue.
35

Figura 3: Savana de Embondeiro

Fonte: O Autor, 2018


Todavia, para os levantamentos que dizem respeito as vias de acesso ou estradas
(primárias, secundárias e não classificadas), áreas habitacionais (urbanizadas,
semiurbanizadas e não urbanizadas), foi necessário o uso do software QGIS 3.0, através do
complemento OpenLayers Plugin, a posterior ferramenta OpenStreetMap, fez-se a
transferência de dados, onde adiciona-se a camada da área de estudo, através da sua função da
vector, OpenStreetMap, transferir dados.
Mapa 3: Áreas Construídas

Fonte: O Autor, 2018


36

Dentro do Município de Tete, regista uma grande densidade das áreas construídas, ao
redor da parte considerada como a mais antiga da cidade, que é a parte da cidade cimento ou
como o Central Business District (CBD), onde constatou-se que os bairros, Francisco
Manyanga, Josina Machel e Filipe Samuel Magaia são parte da cidade cimento (CBD), com
zonas ou áreas urbanizadas, correspondente a uma das propriedades básicas / um dos uso e
ocupação do solo, do presente estudo uma vez que, ao redor deste estão os bairros Matundo,
Samora Machel, Mateus SansãoMuthemba, Deguè, estes representam as áreas não
urbanizadas da cidade, o que favoreceu a existência de bairros de lata ou
favelas/guetto’sdiante destas realidades foram surgindo ao longo do tempo em alguns dos
bairros surgiram as zonas de expansão com áreas semiurbanizadas, nos parte dos bairros
Chingodzi e M´padwe, o exemplo da imagem que se segue.

Figura 4: Área construídas semiurbanizada, Bairro M´padwe

Fonte: O Autor, 2018

Portanto, um dos pontos do trabalho foi o levantamento e mapeamento da rede de


acessibilidade ou via de acesso do Município de Tete, consistiu em do software QGIS 3.0,
através do complemento OpenLayers Plugin, a posterior ferramenta OpenStreetMap, onde
colocou-se o Shapefiles, da Cidade de Tete, através da sua função Vector, OpenStreetMap e
depois fez-se a transferência de dados relativos a estradas.
37

Contudo, a posterior fez a identificação das vias de acesso, dentre elas: estradas
primárias, secundárias, e de estradas não classificadas, o mapa que se segue ilustra que, as
estradas secundárias e as não classificadas ocupam uma extensão maior a nível de todo o
município.
Neste contexto, a rede da acessibilidade na Cidade de Tete, tem uma configuração
diferenciada, desde vias rectilíneas, circulares, isto, pela forma que os bairros foram erguidos,
porque existem áreas urbanizadas onde as vias de acesso são favoráveis e transitáveis,
enquanto nos bairros periféricos não são favoráveis e transitáveis e localmente ganham o
nome de caminhos, que são estradas nalgumas vezes improvisados pelos próprios munícipes,
na facilitação da sua transição.

Mapa 4: Vias de Acesso Cidade de Tete

Fonte: O Autor, 2018

Para a identificação da área hidrológica ou banhada por águas (Rios) e corredores de


água, baixou-se shapefiles de rios, no site do DIVA GIS(http://www.diva-gis.org.), apoiado
pelo software QGIS 3.0, através do complemento OpenLayers Plugin, a posterior ferramenta
OpenStreetMap, onde adicionou-se o shapefile do Município de Tete, função Vector,
OpenStreetMap e transferir dados.
38

Mapa 5: Hidrologia da Cidade de Tete

Fonte: O Autor, 2018

Portanto, geomorfologicamente, a Cidade de Tete, localiza-se na zona de influência do


vale do Rift um complexo de falhas tectónicas e conjugado a esta realidade a predominância
de corpos de água é inevitável.
Todavia, Município de Tete localiza-se próximo da confluência do Rio Zambeze com
o seu afluente o Revuboè. Estes dois rios são os únicos na área municipal com caudal
permanente. Existem também vários rios com leito seco, salvo na época chuvosa quando se
tornam em torrentes após as fortes chuvas. Destes, destacam-se os Rios Quiro, Pote-Pote,
Nhamularo e Mufa.
No entanto, a hidrologia é também influenciada por factores e elementos climáticos
com uma estação quente e húmida, com duração de 5 meses, a partir de finais de Outubro e
meados de Novembro até Março com chuvas são irregulares, mas também, uma estação fresca
e seca normalmente dura de Abril até a temperatura subir no final de Agosto ou início de
Setembro e uma estação quente e seca estende-se desde o início de Setembro até o início das
chuvas no final de Outubro/meados de Novembro. Nesta senda, as temperaturas elevadas
influenciam grandemente na evaporação dos rios com uma média anual de 27,1°C e
temperaturas máximas diárias frequentemente acima de 40°C nos meses de Setembro a Março
39

e com uma precipitação média anual em Tete é de 628 milímetros. Contudo é muito variável,
e os dados recolhidos ao longo dos últimos 50 anos variam entre 316 mm ano
excepcionalmente seco a 1237 milímetros num ano húmido com eventos de chuvas extremas,
como ciclones.
Figura 5: Rio Zambeze e Revuboè

Voz do Rio Revuboè


Rio Zambeze

Fonte: O Autor, 2018

4.2.2. Cenários de uso e ocupação do solo


Para a identificação e classificação, procedeu-se à identificou-se manualmente as
propriedades básicas (classes de usos da terra) através das ferramentas Customise, Toolbars,
Image Classification, Training Sample Manager, Draw, onde foram feitos os levantamentos
sobre os tipos de uso e ocupação do solo, depois na ferramenta Classification, Maximum
Likelihood Classification, onde foram criados os shapefiles.
Entretanto, pode-se observar no mapa, propriedades básicas, tais como: aeroportos,
áreas de uso especial, área industrial, armazém e estaleiros, área urbanizada, área
semiurbanizada, área não urbanizada, área inundável, agricultura, rios, corredores de água,
estradas primárias e secundárias, solo exposto, savana de Embondeiro, pastagem, floresta
nativa, savana arbórea arbustiva, afloramento rochoso e o vale do Nhartanda.
40

Tabela 2: Cenários de uso e ocupação do solo


Nº Classe Área Ocupada (ha) Percentagem %
1 Área urbanizada 128 1%
2 Área Semiurbanizada 594,1 2%
3 Área não urbanizada 1.552,2 6%
4 Áreas de uso especial 379,4 1%
5 Área inundável 3.806,2 14%
6 Áreas Industrial, armazém e estaleiros 694 3%
7 Solo exposto 14.4 0%
8 Afloramentos Rochosos 1.889,9 7%
9 Agricultura 106,6 0%
10 Savana de Embondeiro 1.492,2 6%
11 Pastagem 5,0 0%
12 Floresta nativa 15.860,4 60%
13 Savana arbórea arbustiva 22,0 0%
14 Vale do Nhartanda 8,9 0%
Total Cidade de Tete 10,720.36 100%
Fonte: O Autor, 2018

Todavia, para a quantificação dos cenários de uso e ocupação do solo em termos


numéricos, foi necessário os seguintes passos clica-se no Data com o botão direito do
Mouse/Rato, Open Atribute Table, Table Options, Add Field, colocar o nome área, Type,
Float, Field Proprerties e ok. Posteriormente na Atribute Table, em colunas de áreas,
seleccionar, com o botão direito do Mouse, Calculate Geometry, Property, seleccionar o
Coordenate System e ok.
Finalmente, fez-se a análise quantitativa em termos de hectares e percentuais (%) dos
tipos de uso e ocupação do solo, consoante a sua área, com o auxílio do pacote do Excel do
Microsoft Office e SPSS – Statistics.
41

Mapa 6: Actual uso e ocupação do solo

Fonte: O Autor, 2018

4.2.3. Adequabilidade de uso e ocupação do solo


No que concerne as Zonas de Protecção Parcial (ZPP) consideraram-se as distâncias
de 100 m para rios e nascentes, 30 e15 m para estrada primária e secundária respectivamente,
trabalhadas na ferramenta Geoprocessing, Buffer. Refira-se ainda que, os procedimentos
empregues para a delimitação das ZPP obedeceram os critérios da legislação vigente em
Moçambique, o Artigo8 da Lei nº 19/97 De 1 de Outubro (MINAP, 1997).
‟a) o leito das águas interiores, do mar territorial e da zona econômica exclusiva; b)
a plataforma continental; c) a faixa da orla marítima e no contorno de ilhas, baías e
estuários, medida da linha das máximas preia-mares até 100 metros para o interior
do território; d) a faixa de terreno até 100 metros confinante com as nascentes de
água; e) a faixa de terreno no contorno de barragens e albufeiras até 250 metros; f)
os terrenos ocupados pelas linhas férreas de interesse público e pelas respectivas
estações, com uma faixa confinante de 50 metros de cada lado do eixo da via; g) os
terrenos ocupados pelas auto-estradas e estradas de quatro faixas, instalações e
condutores aéreos, superficiais, subterrâneos e submarinos de electricidade, de
telecomunicações, petróleo, gás e água, com uma faixa confinante de 50 metros de
cada lado, bem como os terrenos ocupados pelas estradas, com uma faixa confinante
de 30 metros para as estradas primárias e de 15 metros para as estradas secundárias e
terciárias; h) a faixa de dois quilómetros ao longo da fronteira terrestre; i) os terrenos
ocupados por aeroportos e aeródromos, com uma faixa confinante de 100 metros; j)
a faixa de terreno de 100 metros confinante com instalações militares e outras
instalações de defesa e segurança do Estado”.
42

No entanto, para o mapeamento ou fazer o levantamento das zonas de protecção


parcial (ZPP) da Cidade de Tete, baixou-se shapefiles de rios e corredores de água, no site do
DIVA GIS(http://www.diva-gis.org.), apoiado pelo software QGIS 3.0, através do
complemento OpenLayers Plugin, a posterior ferramenta OpenStreetMap, onde adicionou-se
o shapefile do Município de Tete, função Vector, OpenStreetMap e transferir dados no que
concerne a estradas primárias e secundárias, e aeroportos.
Contudo, estas informações foram trabalhadas no software ArcGIS 10.3, através da
ferramenta Geoprocessing, Buffer e escolheu-se 100 metros da faixa confinante para o caso
dos Rios e enfatizar que também usou-se o software QGIS 3.0 onde através da ferramenta
vector, ferramenta de geoprocessamento e função buffer, para a delimitação das ZPPs das
estradas primárias e secundárias. Refira-se ainda que, os procedimentos empregues para a
delimitação das ZPP obedeceram os critérios da legislação vigente.

Mapa 7: Zonas de protecção parcial

Fonte: O Autor, 2018

Posteriormente, obedeceu-se a legislação vigente em Moçambique, que diz respeito a


Lei do uso de Terras, alude que, são do domínio público as Zonas de Protecção Total e Zonas
de Protecção Parcial ao abrigo do Artigo 6 da lei outrora descrita. Por seu turno, no Artigo 7,
43

consideram-se Zonas de Protecção Total as áreas destinadas a actividade de conservação ou


preservação da natureza e de defesa e segurança do Estado. Uma vez que, o Artigo 8, a
mesma lei adianta que, são zonas de protecção parcial as seguintes:
Todavia, no concernente aos cenários de uso e ocupação do solo no Município de
Tete, deixa muito a desejar ao confrontarmos a luz do que a Lei/legislação do uso de terras
vigente em Moçambique, o que coloca em causa muitos dos empreendimentos ou infra-
estruturas erguidas nas zonas de protecção parcial (ZPPs), diante desta realidade, constata-se
que existe conflito de uso e ocupação do solo na Cidade de Tete.

Mapa 8:Conflitos de uso e ocupação do solo

Fonte: O Autor, 2018


Portanto, como se pode observar no mapa acima, nota-se a existência de varios
conflitos de uso e ocupação do solo, quando confrontamos com os instrumentos
legais/Lei/legislação do uso de terras vigente em Moçambique, com a realidade vivenciada no
terreno, tal como, infra-estruturas de grande envergadura erguidas e a serem erguidas ao longo
das margens plenas do Rio Zambeze, queira na margem direita e esquerda do rio que
compreende os 100 Metros da faixa confinante. A luz disto podemos identificar algumas, tais
como: Paraíso Misterioso, Barracas do Zambeze, Os irmãos, Motel Tete, VIP Executive, Mãe
de Água, Hotel Iglu, entre outros, mesmo que alguns sejam empreendimentos turísticos.
44

Capítulo IV: Conclusão e Sugestões


5.1.Conclusão
Para a identificação de classes de uso e ocupação do solo no Município de Tete, foi
mediante a utilização das geotecnologias, onde a base de dados foi gerada através da carta
topográfica escala 1:50.000, cuja nomenclatura é Cidade de Tete, SD-36/Q-III-NO, 1434 C1
Folha n° 345, produzida pela Direcção Nacional de Geografia e Cadastro (DINAGECA) do
Governo de Moçambique.
No entanto, todos os procedimentos foram realizados no ambiente de
geoprocessamento (SIG), no software ArcGIS 10.3. e QGIS 3.0, Para o levantamento das
informações naturais da área (corredores de água, rios, vegetação e solos) e culturais
(aeroporto, estradas, áreas construídas, campos agrícolas e áreas de pastagem) foi utilizada a
imagem de satélite LANDSAT 8 do dia 25 de Agosto de 2018, disponibilizada gratuitamente
pelo site da NASA-USGS (http://earthexplorer.usgs.gov/), com resolução espacial de 30
metros e a composição colorida RGB (Red, Green e Blue).
Portanto, para a quantificação dos cenários de uso e ocupação do solo em termos
numéricos, foi necessário os seguintes passos clica-se no Data com o botão direito do Mouse,
OpenAtributeTable, TableOptions, AddField, colocar o nome área, Type, Float,
FieldProprerties e ok. Posteriormente na AtributeTable, em colunas de áreas, selecionar, com
o botão direito do Mouse, CalculateGeometry, Property, selecionar o CoordenateSystem e ok.
Todavia, fez-se a análise quantitativa em termos de hectares e percentuais (%) dos
tipos de uso e ocupação do solo, consoante a sua área, com o auxílio do pacote do Excel do
MicrosoftOffice e SPSS – Statistics.
Contudo, no que concerne as Zonas de Protecção Parcial (ZPP) consideraram-se as
distâncias de 100 m para rios e nascentes, 30 e 15 m para estrada primária e secundária
respectivamente, trabalhadas na ferramenta Geoprocessing, Buffer. Refira-se ainda que, os
procedimentos empregues para a delimitação das ZPP obedeceram os critérios da legislação
vigente em Moçambique, o Artigo8 da Lei nº 19/97 De 1 de Outubro (MINAP, 1997).
Finalmente, fez-se a identificação manual das propriedades básicas, tais como:
aeroportos, áreas de uso especial, área industrial, armazém e estaleiros, área urbanizada, área
semiurbanizada, área não urbanizada, área inundável, agricultura, rios, corredores de água,
estradas primárias e secundárias, solo exposto, savana de Embondeiro, pastagem, floresta
nativa, savana arbórea arbustiva, afloramento rochoso e o vale do Nhartanda.
45

5.2. Sugestões
 Capacitar os funcionários do Conselho Munipal da Cidade de Tete (CMCT), em
materias de uso, utilização e aplicações dos Sistemas de Informação Geográficas nas
diversas áreas de estudo e particularmente, no que concerne na análise do uso e
ocupação do solo;
 Fazer treinamentos cartográficos para o processo de monitoramento de informações
espaciais relativas a expansão urbana;
 Promover o mapeamento da Cidade de Tete, em várias temáticas para, o provimento
de informações, aos tomadores de decisão para que estes detenham de informações
detalhadas, necessárias dos pontos pertinentes de cada área, obtendo assim, de meios
para uma decisão segura;
 Incentivar o planeamento de uso de terras e de exploração de recursos naturais de
forma eficiente visando à melhoria da qualidade de vida da população.
46

6. Bibliografia
ARAÚJO FILHO, Milton da Costa; MENESES, Paulo Roberto; SANO, Edson Eyji. Sistema
de classificação de uso e cobertura da Terra na análise de imagens de satélite. Revista
Brasileira de Cartografia No 59/02, Agosto 2007.
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Aplicação. Florianópolis: Ed. da Universidade Federal de Santa Catarina, 1994;
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caso: folha SH. 22-Y-A/DSG. Rio Grande do Sul. 2001.
CASCALE, G.S; ELVIRA, S. P. L; LOZANO, S. J. M. Geographical Information Systems
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Marracuene. Belo Horizonte. 2010
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47

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