Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Universidade Pedagógica
Tete
2019
ii
Supervisor:
PhD. Ringo Benjamim Victor
Co-supervisor:
Msc. Adélito Bernardo Tomas
Universidade Pedagógica
Tete
2019
iii
Índice
Lista de tabelas ........................................................................................................................... v
Lista de figuras .......................................................................................................................... vi
Lista de mapas .......................................................................................................................... vii
Lista de Abreviaturas ...............................................................................................................viii
Lista de Símbolos ...................................................................................................................... ix
Declaração .................................................................................................................................. x
Dedicatória................................................................................................................................. xi
Agradecimentos ........................................................................................................................ xii
Resumo ....................................................................................................................................xiii
Abstract .................................................................................................................................... xiv
Capítulo I: Introdução ............................................................................................................... 14
1.1. Tema .............................................................................................................................. 15
1.2. Objectivos do estudo ...................................................................................................... 15
1.2.1. Objectivo geral: ....................................................................................................... 15
1.2.2. Objectivos específicos: ............................................................................................ 15
1.3. Justificativa .................................................................................................................... 15
1.4. Problematização ............................................................................................................. 16
1.5. Hipóteses ........................................................................................................................ 17
1.5.1. Hipótese básica ........................................................................................................ 17
1.5.1. Hipóteses secundárias ............................................................................................. 17
1.6. Delimitação do Estudo ................................................................................................... 17
Capítulo II: Revisão da literatura.............................................................................................. 18
2.1. Sistema de informação geográfica ................................................................................. 18
2.1.1. Aplicação do SIG .................................................................................................... 19
2.2. Sensoriamento Remoto .................................................................................................. 20
2.2.1. Aplicações do Sensoriamento Remoto no Uso e Cobertura da Terra ..................... 21
2.2.2. Processamento Digital de Imagens (PDI) ............................................................... 22
2.2.3. Modelos Digitais de Elevação ................................................................................. 22
2.3. Uso e cobertura da terra ................................................................................................. 23
Capítulo III: Metodologia da Pesquisa ..................................................................................... 25
3.1.Tipo de pesquisa ............................................................................................................. 25
3.1.1.Quanto aos objectivos .............................................................................................. 25
3.1.2.Quanto aos procedimentos técnicos ......................................................................... 25
iv
3.2.Método ............................................................................................................................ 25
3.2.1.Métodos de abordagem ............................................................................................ 25
3.2.2. Método de procedimento ......................................................................................... 26
3.2.3. Fluxograma de procedimentos metodológicos do trabalho..................................... 26
3.3. Universo ......................................................................................................................... 27
3.4. Processo de Amostra ...................................................................................................... 27
3.4. Colecta de dados ............................................................................................................ 27
3.4.1. Método cartográfico ................................................................................................ 27
Capítulo IV: Análise e interpretação de dados ......................................................................... 28
4.1. Característica fisícogeográficas ......................................................................................... 28
4.1.1. Localização, limites e divisão administrativa ......................................................... 28
4.1.2.Clima ........................................................................................................................ 29
4.1.3. Temperatura ............................................................................................................ 29
4.1.4. Precipitação ............................................................................................................. 29
4.1.5. Humidade relativa do Ar ......................................................................................... 30
4.1.6. Relevo...................................................................................................................... 30
4.1.7. Sistemas Geomorfológicos ...................................................................................... 30
4.1.8. Solos ........................................................................................................................ 31
4.1.9. Vegetação ................................................................................................................ 31
4.1.10. Hidrografia ............................................................................................................ 31
4.2. Análise e interpretação de dados.................................................................................... 32
4.2.1. Classes do uso e ocupação do solo .......................................................................... 33
4.2.2. Cenários de uso e ocupação do solo ........................................................................ 39
4.2.3. Adequabilidade de uso e ocupação do solo ............................................................. 41
Capítulo IV: Conclusão e Sugestões ........................................................................................ 44
5.1. Conclusão....................................................................................................................... 44
5.2. Sugestões ....................................................................................................................... 45
6. Bibliografia ........................................................................................................................... 46
v
Lista de tabelas
Tabela 1: Método cartográfico………………………………………………………………..27
Tabela 2: Cenários de uso e ocupação do solo………………………………………………..40
vi
Lista de figuras
Figura 1: Componentes de um SIG………………………………………………………….18
Figura 2: Fluxograma de procedimentos metodológicos do trabalho………………………...26
Figura 3: Savana de Embondeiro……………………………………………………………..35
Figura 4: Área construídas semiurbanizada, Bairro M´padwe……………………………….36
Figura 5: Rio Zambeze e Revuboè..…………………………………………………………..39
vii
Lista de mapas
Mapa 1: Localização da Cidade de Tete……………………………………………………...28
Mapa 2: Classes de uso e ocupação do solo…………………………………………………..34
Mapa 3: Áreas Construídas…………………………………………………………………...35
Mapa 4: Vias de Acesso Cidade de Tete……………………………………………………...37
Mapa 5: Hidrologia da Cidade de Tete……………………………………………………….38
Mapa 6: Actual uso e ocupação do solo………………………………………………………41
Mapa 7: Zonas de protecção parcial………………………………………………………….42
Mapa 8: Conflitos de uso e ocupação do solo………………………………………………...43
viii
Lista de Abreviaturas
CBD – Central Business District
CENACARTA – Centro Nacional de Cartografia e Teledetecção
DINAGECA – Direcção Nacional de Geografia e Cadastro
ESRI – Environmental Systems Research Institute
GPS –Geographic Position System
INE – Instituto Nacional de Estatística
INGC – Instituto Nacional de Gestão e Calamidades
INPE – Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
LANDSAT – Land Remote Sensing Satellite
m – Metros
mm – Milímetros
MDE – Modelo Digital de Elevação
MDS – Modelo Digital de Solo
MINEDH – Ministério de Educação e Desenvolvimento Humano
MITADER – Ministério da Terra, Ambiente e Desenvolvimento Rural
MOPHRH – Ministério das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos
NASA – National Aeronautics and Space Administration
ND – Número digital
PEUT– Plano de Estrutura Urbana da Cidade de Tete
PDI – Processamento Digital de Imagens
RGB – Red, Green e Blue
SIG – Sistema de Informação Geográfica
SPSS – Statistical Package for the Social Sciences
SRTM –Shuttle Radar Topography Mission
SR – Sensoriamento Remoto
USGS – United States Geological Survey
UTM – Universal Transversa Mercator
WGS 84 – World Geodetic System 84
ix
Lista de Símbolos
º – Graus
ºC – Graus Célsius
% – Percentagem
NW – Noroeste
NE –Nordeste
SE – Sudeste
SW – Sudoeste
x
Declaração
Declaro que esta Monografia Científica é resultado da minha investigação pessoal e
das orientações do meu supervisor. O seu conteúdo é original e todas as fontes consultadas
estão devidamente mencionadas no texto, nas notas e na bibliografia final. Declaro ainda que
esta pesquisa não foi apresentada em nenhuma outra instituição para obtenção de qualquer
grau académico.
________________________________________
(Jorge Eusébio Chagaca Gulambondo)
xi
Dedicatória
Ao meu pai Eusébio Chagaca Gulambondo (in memorian).
A minha mãe Getrude Paulo Malizane Chimuaza, pelos sábios ensinamentos, pela
força, o encorajamento, engajamento, persistência e pelo apoio na minha jornada de estudos.
A minha amada e especial esposa Essinate João Notice, pelo amor incondicional,
carinho, dedicação, amizade, simplicidade, na crença de que um dia conseguiria este feito,
pela paciência e perseverança e aos meus irmãos, Wilton, Djacksson, José Carlos e Ana
Cristina e a toda minha família.
xii
Agradecimentos
Em primeiro lugar, agradecer a Deus.
Ao PhD, Ringo Benjamim Victor, meu supervisor, pelas sábias orientações e
supervisões e o acompanhamento em todas as etapas do trabalho desde a sua elaboração, pela
paciência, o auxílio e as importantes experiências partilhadas.
Ao Mestre Adélito Tomás Bernardo, meu co-supervisor, mestre não só no que
concerne ao grau académico, mas sim pelos ensinamentos, as imensas instruções, as
experiências e o conhecimento científico nas áreas de Sistemas de Informação Geográficas, o
que engajou-me para a escolha desta temática.
Há todos os docentes do Departamento de Ciências da Terra e Ambiente,
particularmente ao Curso de Geografia, nas diferentes fases da minha formação.
Aos meus amigos Delton Parcides, Stélio Jassony, Milagre João, e Queirós Armando,
Sidney Sultano, Juliasse Chabuca, Carla Jussub, e Nuro Jussub (in memorian), pelo apoio
prestado em todos os dias na minha vida académica.
Aos meus colegas de trincheira e carteira Onesmo Celestino, David Matunda, Dom
Aleft Julinho, Élioda Silva, Manuel Campira, Elizeu Maloza, Mateus Andire a toda Direcção
Associação dos Estudantes Finalista Universitários de Moçambique, Delegação de Tete.
xiii
Resumo
A presente monografia científica, objectiva analisar os tipos de uso e ocupação do solo no Município
de Tete aplicando os Sistemas de Informação Geográfica e especificamente: identificar as classes do
uso e ocupação do solo do Município de Tete, comparar os diversos cenários de uso e ocupação do
solo, verificar a adequabilidade de uso e ocupação do solo, e elaborar o mapa de uso e ocupação do
solo do Município de Tete, quanto aos objectivos é uma pesquisa do tipo explicativa. No entanto para
a identificação de classes de uso e ocupação do solo no Município de Tete, foi mediante a utilização
das geotecnologias, onde a base de dados foi gerada através da carta topográfica escala 1:50.000, cuja
nomenclatura é Cidade de Tete, SD-36/Q-III-NO, 1434 C1 Folha n° 345, produzida pela Direcção
Nacional de Geografia e Cadastro (DINAGECA) do Governo de Moçambique. Todos os
procedimentos foram realizados no ambiente de geoprocessamento (SIG), no software ArcGIS 10.3. e
QGIS 3.0, Para o levantamento das informações naturais da área (corredores de água, rios, vegetação e
solos) e culturais (aeroporto, estradas, áreas construídas, campos agrícolas e áreas de pastagem) foi
utilizada a imagem de satélite LANDSAT 8 do dia 25 de Agosto de 2018, disponibilizada
gratuitamente pelo site da NASA-USGS (http://earthexplorer.usgs.gov/), com resolução espacial de 30
metros e a composição colorida RGB (Red, Green e Blue).
Abstract
The objective of this monograph is to analyze the types of land use and occupation in the Municipality
of Tete applying the Geographic Information Systems and specifically: to identify the classes of land
use and occupation of the Municipality of Tete, to compare the different scenarios of land use and
occupation soil, to verify the suitability of land use and occupation, and to elaborate the land use and
occupation map of the Municipality of Tete, regarding the objectives is an explanatory type research.
However, for the identification of classes of land use and occupation in the municipality of Tete, it
was through the use of geotechnologies, where the database was generated through the topographic
map scale 1: 50,000, whose nomenclature is Tete City, SD-36 / Q-III-NO, 1434 C1 Leaf No. 345,
produced by the National Directorate of Geography and Cadastre (DINAGECA) of the Government of
Mozambique. All procedures were performed in the geoprocessing environment (GIS) in ArcGIS 10.3
software. and QGIS 3.0, the LANDSAT 8 satellite image was used to survey the area's natural
information (water corridors, rivers, vegetation and soils) and cultural (airport, roads, built-up areas,
agricultural fields and pasture areas) August 25, 2018, available free of charge from the NASA-USGS
website (http://earthexplorer.usgs.gov/), with 30-meter spatial resolution and RGB color composition
(Red, Green and Blue).
Capítulo I: Introdução
A aplicação dos sistemas de informação geográfica, no contexto de análise do uso e
ocupação do solo, auxilia a compreensão das dinâmicas ambientais, dos actos administrativos
e económicos, além de servir como instrumento essencial de levantamento e conhecimento
actualizado do uso e ocupação do solo numa dada região. O levantamento do uso e ocupação
do solo tornou-se um aspecto de interesse fundamental para a compreensão do nível de
organização do espaço/solo.
Em Moçambique, instituições públicas e privadas utilizam dados espaciais e não-
espaciais para suportar seus processos de tomada de decisão, neste sentido, com o acelerado
crescimento dos municípios no país, gera diversas demandas de uso e ocupação do solo. Esta
pressão sobre o espaço tem exigido que os planeadores proponham políticas que garantam não
somente a sustentabilidade socioeconómica, mas também ambiental. Para a proposição de
medidas que garantam o uso, gestão, preservação e manutenção do meio ambiente, é
necessário o conhecimento actualizado do uso e ocupação do solo a fim de adequar as
medidas e a gestão do espaço à realidade.
Em Moçambique, uma das instituições estatais, que de direito fornece dados espaciais
do uso e cobertura da terra é o CENACARTA1. No entanto, a base de dados da referida
instituição se encontra desactualizada (feita pela Artop nos anos de 1950-1960). Torna-se
oportuno actualizá-la e analisar a evolução do uso e ocupação do solo, bem como, no caso de
possíveis alterações, avaliar as causas e/ou factores geográficos/climáticos que as
influenciaram.
O trabalho está dividido em cinco (5) capítulos, nomeadamente: Introdução;
fundamentação teórica; metodologias; apresentação, análise e interpretação de dados e
conclusão e sugestões. No primeiro capítulo da introdução, faz-se um breve comentário sobre
o tema em estudo, delimitação, justificativa, levantamento do problema, hipóteses, objectivos
do estudo. No segundo capítulo levanta-se a fundamentação teórica recorrendo às várias
literaturas, no terceiro capítulo apresentam-se as metodologias a serem utilizadas. No quarto
capítulo apresentam-se dados recolhidos resultantes da entrevista e de questionário e faz-se a
análise e interpretação dos dados. No quinto capítulo faz-se conclusões sugestões.
1
(Centro Nacional de Cartografia e Teledetecção-Moçambique) é uma instituição pública, subordinada ao
Ministério da Agricultura e especializada no tratamento de informação espacial ou geográfica, desde a aquisição
de dados até às análises cartográficas complexas (http: www.cenacarta.com/artigos).
15
1.1. Tema
O tema em estudo ʻʻ Aplicações dos Sistemas de Informação Geográfica na análise do uso e
ocupação do solo no Município de Tete ʼʼ.
1.3. Justificativa
O presente trabalho, justifica-se relevante, visto que, a aplicação dos Sistemas de
Informação Geográfica (SIG), enquanto instrumentos de gestão, análise de recursos naturais,
uso e ocupação do solo e no contexto de conflitos de uso de terras, auxilia na compreensão da
dinâmica territorial, além de servir como importante ferramenta para o levantamento de
informações, passíveis de serem usadas para o desenvolvimento de estratégias para a
aplicação de um planeamento territorial.
O que motivou, o autor para a escolha do tema, é que em Moçambique uma das
instituições estatais, que de direito fornece dados espaciais do uso e cobertura/ocupação da
terra é a CENACARTA2. No entanto, a base de dados da referida instituição se encontra
desactualizada (feita pela Artop nos anos de 1950-1960). O que torna-se oportuno actualizá-la
e analisar a evolução do uso e ocupação do solo no Município de Tete.
Portanto, ouso e ocupação desordenada do solo no Município de Tete, no tempo e
espaço, associado a carência de informação espacial georreferenciada, e em consonância com
a actualidade da realidade do terreno, tem causado graves problemas nos recursos naturais e
culturais, o que revela inúmeras consequências.
2
(Centro Nacional de Cartografia e Teledetecção-Moçambique) é uma instituição pública, subordinada ao
Ministério da Agricultura e especializada no tratamento de informação espacial ou geográfica, desde a aquisição
de dados até às análises cartográficas complexas (http: www.cenacarta.com/artigos).
16
1.4. Problematização
Para definir políticas ambientais, actos administrativos e económicos, é essencial o
conhecimento de dados actualizados de ocupação e uso do solo da área em questão. Na área
da política ambiental e de urbanização, este tipo de dados servem de base à definição de
estratégias de gestão e ordenamento do território, portanto, o não conhecimento do uso e
ocupação do solo, ocasiona conflitos de uso e aproveitamento da terra.
Todavia, de acordo com o capítulo II, da lei nº 19/2007 de 18 de Julho, no seu artigo
nº 8, diz que ao nível de intervenção autárquica, estabelecem-se os programas, planos,
projectos de desenvolvimento e o regime de uso do solo urbano de acordo com as leis
vigentes e seus instrumentos.
Portanto, estes instrumentos versam-se sobre o sistema de gestão territorial, tais como:
planos de estrutura urbana (PEU) – que estabelecem a organização espacial da totalidade do
território do município ou povoação, os parâmetros e as normas para a sua utilização, os
planos gerais e parciais de urbanização (PGPU) – que estabelecem a estrutura e qualificam o
solo urbano, tendo em consideração o equilíbrio entre os diversos usos e funções urbanas e
por fim os planos de pormenor (PP) – definem com pormenor a tipologia de ocupação de
qualquer área específica do centro urbano, estabelecendo a concepção do espaço urbano
dispondo sobre usos do solo e condições gerais de edificações. Contudo, face as constatações
feitas, levanta-se a seguinte questão:
Quais os tipos de uso e ocupação do solo no Município de Tete, aplicando os
Sistemas de Informação Geográfica?
17
1.5. Hipóteses
1.5.1. Hipótese básica
A aplicação dos Sistemas de Informação Geográfica na análise do uso e ocupação do
solo, constitui uma estratégia de grande utilidade no diagnóstico dos tipos uso e
ocupação do solo.
3
Palavra em língua Inglesa que equivale a um site, lugar, espaço para armazenamento de dados que pode ser
acedido através dum motor de busca na internet (rede informática largamente utilizada para interligar
computadores através de modem).
19
4
LONGLEY, et al., 2013
21
3.1.Tipo de pesquisa
3.1.1.Quanto aos objectivos
A pesquisa explicativa, ajudou o autor a identificar as classes que determinaram as de
classes do uso e ocupação do solo, no Município de Tete ou que contribuem para a ocorrência
deste tipo de classes do uso e ocupação. Contudo, explicar porque é que têm estas diferentes
características para as diferentes classes do uso e ocupação do solo.
3.2.Método
3.2.1.Métodos de abordagem
Dedutivo, comeste método fez-se um estudo de forma generalizada para o particular,
sendo assim, fez-se o estudo geral de uso e ocupação do solo, na Província de Tete, e depois
através aproximam-se os resultados do estudo para os Município de Tete duma forma
particular.
26
3.2.2.Método de procedimento
O método estatístico, é de grande relevância para a presente pesquisa científica, essencialmente, ajudou-nos á possibilitar uma descrição
quantitativa em hectares e termos percentuais (%) os tipos de uso e ocupação do solo, no Município de Tete, com o auxílio do pacote do Excel do
Microsoft Office e SPSS – Statistics.
Laboratório
Trabalho de Campo Base cartográfica (ArcGIS 10.3 & QGIS 3.0)
Digitalização de Mapa
Revisão bibliográfica
3.3. Universo
Toda a área do Município de Tete: áreas habitacionais, florestas, estradas, área de uso especial, superfícies aquáticas, agricultura, zonas de
protecção parcial e total (ZPP) e rugosidade.
Imagem
LANDSAT 8 OLI/TRIS 30m 2018 USGS/NASA(http://earthexplorer.usgs.gov/)
Chingodzi e Matundo; e ao Sul do Rio Zambeze: Bairro Josina Machel, Filipe Samuel
Magaia, Francisco Manyanga, Samora Machel, Mateus Sansão Muthemba, Déguè e
M´padwe5.
4.1.2.Clima
PEUT (2012, p. 12), o clima da Cidade de Tete é influenciado pela Zona de
Convergência Inter-tropical, as temperaturas são geralmente elevadas e a precipitação é baixa.
Três estações do ano podem ser diferenciadas em função da precipitação e temperatura,
nomeadamente:
A estação quente e húmida, com duração de 5 meses, a partir de finais de Outubro e
meados de Novembro até Março. As chuvas são irregulares, a temporada normalmente
começa abruptamente e termina gradualmente, geralmente antes de meados de Março,
mas às vezes se estende até Abril.
A estação fresca e seca normalmente dura de Abril até a temperatura subir no final de
Agosto ou início de Setembro. Junho e Julho são os meses mais frescos.
A estação quente e seca estende-se desde o início de Setembro até o início das chuvas
no final de Outubro/meados de Novembro. As temperaturas anuais mais elevadas são
registadas no final de Outubro.
4.1.3. Temperatura
Na Cidade de Tete são registadas as temperaturas mais elevadas do país, com uma
média anual de 27,1°C e temperaturas máximas diárias frequentemente acima de 40°C nos
meses de Setembro a Março. (PEUT, 2012, p. 12)
4.1.4. Precipitação
Precipitação média anual em Tete é de 628 milímetros. Contudo é muito variável, e os
dados recolhidos ao longo dos últimos 50 anos variam entre 316 mm ano excepcionalmente
seco a 1237 milímetros num ano húmido com eventos de chuvas extremas, como ciclones. O
regime de precipitação está relacionado com o fenómeno El-Niño, conhecido como Oscilação
(ENSO) que actua na região de 10 em 10 anos. (PEUT, 2012, p.13)
5
Este bairro por antigo que seja começa a registar uma crescente procura de espaço, construções e
posteriormente um acelerado crescimento nos últimos anos, depois da implantação da fábrica de processamento
de tabaco (Mozambique Leaf Tabacco).
30
4.1.6. Relevo
A Cidade de Tete, está localizada entre as duas margens do Rio Zambeze e delimitada
pelo Rio Revuboè, o relevo é caracterizado, em grandes linhas, pelas planícies baixas do vale
do Rio Zambeze, até uma altura de aproximadamente 150 metros acima do nível do mar e o
planalto onde o terreno sobe a partir da planície para sudeste e norte, com os pontos mais altos
definidos pelo Monte Caloera de 468 metros de altura acima do nível médio do mar, e a zona
alta no norte da cidade entre o limite do bairro Chingodzi e Matundo e o Distrito de Moatize
com mais de 200 m. (PEUT, 2012, p. 16)
A parte mais antiga da cidade, a zona de cimento, localiza-se ao longo de uma colina
rochosa entre o Rio Zambeze e o Vale de Nhartanda, que se torna num ramal do Rio Zambeze
nos momentos de cheias, deixando o centro da Cidade uma ilha6.
6
Ibid., 2012, p. 16.
31
4.1.8. Solos
De acordo com PEUT (2012, p. 19), a área de estudo é dominada por dois tipos grupos
fundamentais de solos, nomeadamente solos pouco profundos sobre rochas calcárias, que
predominam na Cidade de Tete e os solos basálticos pretos de origem vulcânica com
influência das formações altas montanhosas do Complexo Gabro-Anortosíco periferia da
Cidade de Tete.
1. Solos pouco profundos sobre rochas calcárias, ocorrem em geral em áreas onde o
relevo é suavemente ondulado com declives variando de 1% a 4%, podendo ocorrer
quer na superfície ondulada quer em terreno colinoso;
2. Solos basálticos pretos, possuem solos profundos e de profundidade moderada,
podendo em alguns casos ocorrer uma fase mais delgada nos quais onde aparecem
afloramento de rochas. A cor do solo varia de castanho muito escuro na superfície e
castanho-escuro nos solos pouco profundos, castanho-escuro no solo superficial e
castanho amarelado nos horizontes adjacentes dos solos mais profundos7.
4.1.9. Vegetação
A vegetação natural típica da Cidade de Tete, é influenciada pelo tipo de solo, onde
predomina, bosque aberto, matagal aberto, e semiaberto, mato semi-fechado, para além de
savana arbórea arbustiva8.
4.1.10. Hidrografia
O Município de Tete localiza-se próximo da confluência do Rio Zambeze com o seu
afluente o Revuboè. Estes dois rios são os únicos na área municipal com caudal permanente.
Existem também vários rios com leito seco, salvo na época chuvosa quando se tornam em
torrentes após as fortes chuvas. Destes, destacam-se os Rios Quiro, Pote-Pote, Nhamularo e
Mufa, todos confluindo o Rio Zambeze pela margem direita (sul). (PEUT, 2012, Pp. 20-21)
O caudal do Rio Zambeze é controlado pela Barragem de Cahora Bassa, pelo que o
regime das cheias já não é natural, podendo haver fluxos grandes em qualquer altura do ano,
dependendo da abertura das comportas da barragem9.
7
Ibid., 2012, p. 20.
8
Ibid., 2012, p. 20.
9
Ibid.,2012, p.21.
32
Dentro do Município de Tete, regista uma grande densidade das áreas construídas, ao
redor da parte considerada como a mais antiga da cidade, que é a parte da cidade cimento ou
como o Central Business District (CBD), onde constatou-se que os bairros, Francisco
Manyanga, Josina Machel e Filipe Samuel Magaia são parte da cidade cimento (CBD), com
zonas ou áreas urbanizadas, correspondente a uma das propriedades básicas / um dos uso e
ocupação do solo, do presente estudo uma vez que, ao redor deste estão os bairros Matundo,
Samora Machel, Mateus SansãoMuthemba, Deguè, estes representam as áreas não
urbanizadas da cidade, o que favoreceu a existência de bairros de lata ou
favelas/guetto’sdiante destas realidades foram surgindo ao longo do tempo em alguns dos
bairros surgiram as zonas de expansão com áreas semiurbanizadas, nos parte dos bairros
Chingodzi e M´padwe, o exemplo da imagem que se segue.
Contudo, a posterior fez a identificação das vias de acesso, dentre elas: estradas
primárias, secundárias, e de estradas não classificadas, o mapa que se segue ilustra que, as
estradas secundárias e as não classificadas ocupam uma extensão maior a nível de todo o
município.
Neste contexto, a rede da acessibilidade na Cidade de Tete, tem uma configuração
diferenciada, desde vias rectilíneas, circulares, isto, pela forma que os bairros foram erguidos,
porque existem áreas urbanizadas onde as vias de acesso são favoráveis e transitáveis,
enquanto nos bairros periféricos não são favoráveis e transitáveis e localmente ganham o
nome de caminhos, que são estradas nalgumas vezes improvisados pelos próprios munícipes,
na facilitação da sua transição.
e com uma precipitação média anual em Tete é de 628 milímetros. Contudo é muito variável,
e os dados recolhidos ao longo dos últimos 50 anos variam entre 316 mm ano
excepcionalmente seco a 1237 milímetros num ano húmido com eventos de chuvas extremas,
como ciclones.
Figura 5: Rio Zambeze e Revuboè
5.2. Sugestões
Capacitar os funcionários do Conselho Munipal da Cidade de Tete (CMCT), em
materias de uso, utilização e aplicações dos Sistemas de Informação Geográficas nas
diversas áreas de estudo e particularmente, no que concerne na análise do uso e
ocupação do solo;
Fazer treinamentos cartográficos para o processo de monitoramento de informações
espaciais relativas a expansão urbana;
Promover o mapeamento da Cidade de Tete, em várias temáticas para, o provimento
de informações, aos tomadores de decisão para que estes detenham de informações
detalhadas, necessárias dos pontos pertinentes de cada área, obtendo assim, de meios
para uma decisão segura;
Incentivar o planeamento de uso de terras e de exploração de recursos naturais de
forma eficiente visando à melhoria da qualidade de vida da população.
46
6. Bibliografia
ARAÚJO FILHO, Milton da Costa; MENESES, Paulo Roberto; SANO, Edson Eyji. Sistema
de classificação de uso e cobertura da Terra na análise de imagens de satélite. Revista
Brasileira de Cartografia No 59/02, Agosto 2007.
BELTRAME, A. V. Diagnóstico do meio Físico de Bacias Hidrográficas: Modelo e
Aplicação. Florianópolis: Ed. da Universidade Federal de Santa Catarina, 1994;
BOLFE, E. L. Geoprocessamento aplicado à análise de Recursos Florestais, estudo de
caso: folha SH. 22-Y-A/DSG. Rio Grande do Sul. 2001.
CASCALE, G.S; ELVIRA, S. P. L; LOZANO, S. J. M. Geographical Information Systems
(GIS) and Multi-Criteria Decision Making (MCDM) methods for the evaluation of solar
farms locations: Case study in south-eastern Spain. Revista Renewable and Sustainable
Energy. n. 24, p. 544-556, 2013.
CHAGAS, C. da S. et al. Avaliação de modelos digitais de elevação para aplicação em um
mapeamento digital de solos.Revista Brasileira deEngenharia Agrícola e Ambiental,
Campina Grande, v. 14, n. 2, p. 218-226, 2010a.
CROSTA, A. P. Processamento digital de imagens de Sensoriamento Remoto. Campinas:
UNICAMP. 1992
DIAS, Carla Mariza Miguel Teixeira. Análise espacial do uso e cobertura da terra em
moçambique, estudo de caso distrito de Marracuene-posto administrativo de
Marracuene. Belo Horizonte. 2010
DILL A. C et al. Aplicação de um SIG na selecção de locais para implantação de aterros
sanitários em áreas vulneráveis à contaminação de aquíferos. In: A hidroinformáticaem
Portugal, Lisboa. 2001.
ELIAS, M. 2005. GIS and Remote Sensing for Natural Resource Surveyand
Management. Global Scan Technologies. Dubai, 2005.
FLORENZANO, T. G. Sensoriamento remoto para a Geomorfologia. In: FLORENZANO,
T. G. (Org). Geomorfologia: conceitos e tecnologias actuais. São Paulo: Oficina de textos,
2008b.
GARCIA, G. J. Sensoriamento Remoto: Princípios e Interpretação de Imagens.São Paulo:
Nobel, 1982;
GOMES, F. C. L. Mapeamento do Uso da Terra no Município do Conde-PB, utilizando
Sensoriamento Remoto e Geoprocessamento. Dissertação deMestrado em Manejo de Solo
e Água. Universidade Federal de Paraíba, Areia, PB,2005;
47