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Aula 01/09/16

Estimativa da capacidade de carga do solo, por unidade de área (Tensão admissível) mediante o
emprego do índice de resistência do solo (SPT) – prof. Agnelli

A capacidade de carga do solo, já com margem de segurança, é conhecida também por tensão admissível ou
tensão resistente do solo. Existem diversos métodos na literatura nacional baseados no SPT (N). Esses
métodos são considerados semi empíricos.

Para a fixação ou previsão da tensão admissível do solo.

C
Mas o que é tensão admissível do solo? Tensão é carga divido por área σ =
A

Tensão admissível é tensão de ruptura divido por coeficiente de segurança.

Tensão recalque, na medida em que vai aumentando a tensão do solo, vai aumentando o recalque o solo vai se
deformando vai sofrendo deformação, chega um momento em um determinado valor em que o solo
praticamente se rompe, terá uma tensão de ruptura, o solo se rompe, sem precisar aumentar a tensão porque
ele já rompe (imediato ao infinito). A gente nunca pode trabalhar com valor de ruptura ou próximo ao valor de
ruptura. Pra você adotar uma tensão desse solo, tem que ser a tensão limite dele. Porque não pode aplicar mais
que isso se não ele se rompe. Existe um valor limite, mas também não podemos trabalhar com esse valor
limite ou muit próximo temos que adotar um valor de segurança, que é a TENSÃO ADMISSIVEL QUE VAI
DAR UM RECALQUE NA ORDEM DE 25 mm.Então nunca devemos trabalhar na tensão limite que seria
tensão que rompe porque também rompe, tem que colocar uma boa margem de segurança, que é a tensão
admissível, onde temos que admitir pro solo onde ele agüenta com uma boa margem de segurança de tal modo
que um recalque de 25 mm que é um recalque aceitável que não causa problema na construção. TENSÃO DE
RUPTURA dividido POR UM COEFICIENTE DE SEGURANÇA (geralmente 2 ou 3 ; mais usado o 3,
podendo ser mais que 3 também. caso não conhecer nada sobre o solo ai adotamos uma margem de
segurança maior ) Para gente calcular a tensão admissível tem vários métodos.

Nós vamos ver ao longo da aula os métodos empíricos e semi empíricos

1. Método da norma brasileira NORMA 6122/96 (onde já teve atualização em 2010)

Obs.: A atual NBR 6122/2010 não apresenta mais essa tabela. No entanto ainda é prática de muitos projetistas
de fundação utilizar essa tabela como forma de se ter um valor básico referencial para se calcular a tensão
admissível do solo.É uma tabela que define vários tipos de rochas e vários tipos de rochas e solos, e para cada
um deles a TENSÃO GEOSTATICA, que é a tensão devido ao próprio peso do solo.

MÉTODOS PARA FIXAÇÃO DA TENSÃO ADMISSÍVEL DO SOLO (σadm)


1) Método da Norma Brasileira (NBR 6122/1996)
Classes Descrição σo (MPa)
1 Rocha sã maciça 3,0
2 Rocha laminada 1,5
3 Rocha alterada *
4 Solos granulares 1,0
5 Solos pedregulhosos 0,6
6 Solos pedregulhosos fofos 0,3
7 Areias muito compactas (N>40) 0,5
8 Areias compactas (19≤N≤40) 0,4
9 Areias medianamente compactas (9≤N≤18) 0,2
10 Argilas duras (N>19) 0,3
11 Argilas rijas (11≤N≤19) 0,2
12 Argilas médias (6≤N≤10) 0,1
13 Siltes duros (muito compacto) 0,3
14 Siltes rijos (compactos) 0,2
15 Siltes médios (medianamente compactos) 0,1

* Para esse tipo de rocha não tem como estimar o valor da σo.
Para o solo de Bauru, até 10 metros de profundidade, para N≤ 7 (com solo arenoso de fofo a pouco compacto),
segundo Agnelli (1998), pode-se adotar σo entre 0,1 a 0,2 MPa (1 a 2 kgf/cm²).

N = índice de resistência definido a partir do SPT (número de golpes para o equipamento penetrador avançar
os 30 últimos centímetros de cada metro).
σo = tensão admissível básica.

De acordo com essa Norma, para os solos das classes 4 a 9 as tensões σ o devem ser aplicadas quando a cota de
apoio da fundação for ≤ 1 metro (fundações rasas). Quando a fundação for aplicada em profundidades
superiores a 1 metro, os valores de σ o podem ser acrescidos de 40% para cada metro de profundidade, além de
1 m, limitado ao dobro do valor fornecido por essa tabela. Pode-se somar também o valor da tensão efetiva σ’
do solo. No entanto, a tensão admissível do solo (σadm) deverá ser ≤ 2,5 σo.

1 metro  σo = 0,5 Mpa (classe 7)


2 metro  σo = 0,5+0,2 = 0,7 Mpa
3 metro  σo = 0,7 +0,2 = 0,9 Mpa
4 metro  σo = 0,9 + 0,2 = 1,1 Mpa  1,0 Mpa

A mais resistente é a rocha sã maciça que não tem nenhuma degradação


Rocha alterada não tem como prever a tensão geostática, porque dependeria do grau de alteração… Então
quando a rocha esta com alguma falha não têm como prever uma tensão geostática Pode ate adotar um valor
no escuro um valor mínimo possível
 7,8,9 refere as areias reais muito compactas
 Os solos granulares vêm logo abaixo, solo granular é um solo que tem grânulos que tem grãos grandes
que lembra pouco a rocha alterada aquela fase de transição

Em fim, fazemos a sondagem do solo, pela sondagem tem como caracterizar quais são as frações
predominantes, se é, areia argila, silte, pedregulho ou as frações predominantes. Tendo essa classificação do
solo, já temos uma primeira informação pra saber em que bloco vamos se enquadrar o solo pesquisado.

Se for predominante argiloso esta na classe entre 10 a 12

Predominante siltoso classe entre 13 a 15

Então primeiro passo é ver qual é fração predominante, depois verificar o SPT ( N maiúsculo) pelo SPT
também define a linha e vai La na ultima coluna e pega o valor da tensão geostática ou tensão básica.

2. METODO DE AOKI – VELLOSO

K.N
σ R= σ
F 1 adm=¿ ≤ σ3 R
¿

Onde:

 σ R = Tensão de ruptura, também conhecida como tensão limite ou tensão ultima


 σ adm=¿ ¿ Tensão admissível
 K = coeficiente que depende do tipo do solo ( tabelado) em MPA
 N= Índice de resistência do solo, ou SPT
 F1 = É um valor tabelado, sendo que os autores adotam F1= 3
3. METODO DE DECOURT – QUARESMA

σ R =α . c . Np σ σR
adm=
4
Onde:

 α = Coeficiente de redução
 C= fator caracterização do solo
 Np= Índice de resistência calculado pela media aritmética dos índices correspondentes a cota de apoio e
as cotas imediata/ superior e a inferior da cota de apoio.

4. METODO DE ALBIERO – CINTRA

σ N ' (kgf/cm²)
adm= +σ
5

5. METODO DECOURT

σ adm=25 N+ σ (KPa) '

6. METODO DA PRÁTICA BRASILEIRA

σ adm=20 N σ (KPa)'

Em seguida foi dado um projeto de aplicação dos métodos, conforme temos no caderno.

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