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Com base no valor da pressão aplicada, que é lida em um manômetro acoplado ao

macaco hidráulico, e no recalque medido traça-se a curva pressão x recalque, mostrada na


Figura 3.7, que permite avaliar o comportamento do maciço de solo.

Figura 3.7 – Exemplo de curva pressão x recalque (Alonso, 1983)

As curvas apresentadas esquematicamente na Figura 3.7 indicam que o solo pode


apresentar duas formas de ruptura distintas: a ruptura geral, e a ruptura global. Os solos que
apresentam tensão de ruptura, ou capacidade de carga, bem definida (σr) são denominados
como solos de ruptura geral, sendo este tipo de comportamento típico de areias compactas e
de argilas rijas (Cintra et al., 2003). Caso o material não apresente uma tensão de ruptura bem
definida, diz-se que o mesmo apresenta uma ruptura local, sendo este um comportamento
característico de solos de baixa resistência, como por exemplo, as areias fofas e as argilas
moles (Cintra et al., 2003).
Vários são as metodologias para a interpretação da curva pressão x recalque e a
determinação da tensão de ruptura, ou da capacidade de carga (σr), como por exemplo, o
processo gráfico de Van der Veen, descrito em Alonso (1998). Segundo Alonso (1983), a
tensão admissível dos solos pode ser obtida de forma mais simplista a partir do ensaio de
placa através das seguintes expressões:
a) Para solos de ruptura geral:
σr
σs =
2
Onde:
σs: tensão admissível do solo;
σr: tensão de ruptura verificada no ensaio de placa.

b) Para solos de ruptura local:


⎧σ 25

σs ≤⎨ 2
⎪σ 10

Onde:
σ25: tensão correspondente a um valor de recalque igual a 25 mm;
σ10: tensão correspondente a um valor de recalque igual a 10 mm;

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