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PREFEITURA MUNICIPAL DE BAURU

ESTADO DE SÃO PAULO

DECRETO Nº 14.667, DE 20 DE MARÇO DE 2.020


P. 14.027/15 Regulamenta a Lei Municipal nº 7.081, de 20 de junho
de 2.018, que estabelece normas para o uso e ocupação
do solo na zona rural do Município de Bauru.

O PREFEITO MUNICIPAL DE BAURU, no uso de suas atribuições legais, conferidas pelo art.
51 da Lei Orgânica do Município de Bauru,

DECRETA

Art. 1º Este Decreto regulamenta os procedimentos administrativos para a obtenção de Licença de


Edificação e Licença de Funcionamento das atividades na Zona Rural.

Art. 2º Todas as edificações a serem construídas na Zona Rural do Município de Bauru voltadas para as
atividades classificadas como “não rurais” devem dispor de Licença de Edificação.

Parágrafo único. As edificações que não possuírem licença serão classificadas como irregulares e deverão ser objeto de
procedimento de regularização junto ao Município, a ser promovido pelo proprietário ou possuidor, sob
pena de autuação, imposição de multa e interdição.

Art. 3º Não serão aprovadas ou regularizadas as edificações:

I– Cujas atividades não estiverem previstas no Código Nacional de Atividades Empresariais –


CNAE;
II – Forem incompatíveis com as diretrizes estabelecidas para cada Setor do Plano Diretor
Participativo;
III – Forem incompatíveis com as disposições dos Planos de Manejo das Áreas de Proteção
Ambiental – APA;
IV – Que estejam situadas em Área de Preservação Permanente – APP ou em desconformidade
com a legislação ambiental vigente.

Art. 4º A análise da certidão de uso do solo deverá ser feita pela Secretaria Municipal de Agricultura e
Abastecimento – SAGRA, com os documentos previstos em Lei; após, o processo será
encaminhado à Secretaria Municipal do Meio Ambiente – SEMMA para a análise técnica da
legislação específica, o encaminhando posteriormente para a Secretaria Municipal de
Planejamento – SEPLAN para a análise e emissão da certidão de uso do solo rural.

Art. 5º Compete ao Grupo de Análise de Empreendimentos da Zona Rural – GAER a análise e a


expedição das diretrizes urbanísticas e a aprovação prévia previstas nos incisos I e III do art. 7º da
Lei Municipal nº 7.081, de 20 de junho de 2.018.

Art. 6º Compete à Divisão de Aprovação de Projetos da Secretaria Municipal de Planejamento – SEPLAN


a aprovação final da edificação.

Art. 7º Deverão ser utilizados os parâmetros urbanísticos abaixo definidos:

I– Taxa de Ocupação - TO de 0,5 da área total;


II – Coeficiente de Aproveitamento - CA de 1,0;
III – O afastamento das divisas deverá seguir o Código Civil;
IV – Respeitar a faixa não edificante de 15 (quinze) metros de cada lado ao longo das estradas
rurais;
V– A Taxa de Permeabilidade do solo - TP será definida conforme o Plano de Manejo e na
falta deste deverá ser mantida TP de 30% (trinta por cento);
VI – A acessibilidade deverá atender à NBR 9050 ou outra que venha substituí-la;

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VII – As áreas de estacionamento e pátios de carga e descarga deverão atender ao TRT nº


13.269/2016 ou à legislação vigente;
VIII – A solução para o abastecimento de água deverá ter a aprovação dos órgãos competentes;
IX – A solução para o esgotamento sanitário deverá ter a aprovação dos órgãos competentes.

Capítulo I – Do Certificado de Regularização da Edificação

Art. 8º O procedimento simplificado de regularização deverá seguir os mesmos parâmetros urbanísticos


definidos no art. 7º.

Art. 9º As edificações já existentes até dezembro de 2.017 dentro da faixa não edificante de 15 (quinze) metros
de cada lado, ao longo das estradas municipais, poderão ser regularizadas, mas não será possível a sua
ampliação dentro dos limites desta faixa.

Parágrafo único. A comprovação da existência da edificação deverá ser feita mediante laudo de constatação com
ART/RRT/TRT.

Capítulo II – Da licença de funcionamento

Art. 10 Para a solicitação de viabilidade da constituição do CNPJ da empresa conforme disposto no art. 9º
da Lei Municipal nº 7.081, de 20 de junho de 2.018, deverá ser informado o número do processo
da certidão de uso do solo emitida com o deferimento.

Art. 11 A solicitação da Licença de Funcionamento e da Licença Provisória deverá ser protocolada


presencialmente no POUPATEMPO e posteriormente no “Portal do Integrador
Estadual/REDESIM” ou outro que venha a substituí-lo, devendo apresentar os seguintes
documentos para a licença de funcionamento:

I– Certidão de uso do solo;


II – Projeto de construção e certificado de conclusão de obra (habite-se);
III – Licença do Corpo de Bombeiros;
IV – Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica - CNPJ;
V– Inscrição municipal;
VI – Certificado de Cadastro de Imóvel Rural - CCIR e Cadastro Ambiental Rural - CAR;
VII – Imposto Territorial Rural - ITR - ou Imposto sobre a Propriedade Territorial Urbana –
IPTU.

Parágrafo único. Para as atividades classificadas como “de baixo risco” as regras a serem aplicadas serão as
contidas na Resolução nº 51 da Lei Municipal nº 13.874, de 20 de setembro de 2.019.

Art. 12 Para a Licença de Funcionamento Provisória deverão ser apresentados os seguintes documentos:

I– CNPJ;
II – Contrato Social que comprove a abertura da empresa até dezembro de 2.017;
III – Inscrição Municipal que comprove a abertura da empresa até dezembro de 2.017;
IV – Matrícula do Imóvel;
V– CCIR e CAR;
VI – ITR ou IPTU;
VII – Mapa de localização;
VIII – Laudo de constatação com ART/RRT/TRT que comprove o exercício da atividade até
dezembro de 2.017.

Parágrafo único. A Licença de Funcionamento Provisória terá validade de 01 (um) ano ou até a promulgação do
Plano de Manejo; após o vencimento o processo será encaminhado à Secretaria Municipal de
Agricultura e Abastecimento – SAGRA para a notificação da regularização da atividade.
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Art. 13 Fica estabelecido o prazo de 30 (trinta) dias para a apresentação da Licença de Funcionamento,
sob pena da emissão do auto de infração e imposição de multa de R$ 1.500,00 (mil e quinhentos
reais) conforme o disposto no art. 19 da Lei Municipal nº 7.081, de 20 de junho de 2.018.

Disposições Gerais

Art. 14 O EIV será exigido nas hipóteses relacionadas em legislação específica quando compatíveis com a
Zona Rural. O Termo de Referência Técnica será expedido pelo GAER de acordo com o Decreto
regulamentador da Lei de Estudo de Impacto de Vizinhança vigente.

Art. 15 Para os fins do disposto no art. 20 da Lei Municipal nº 7.081, de 20 de junho de 2.018, caberá à
Secretaria Municipal de Agricultura e Abastecimento – SAGRA efetuar a vistoria e a notificação,
à Secretaria Municipal de Planejamento – SEPLAN a interdição e a imposição das penalidades e à
cada órgão expedidor dos atos a análise dos respectivos recursos quanto ao Licenciamento de
Obras e Edificações.

Art. 16 Os prazos e as penalidades que não foram definidos pela Lei Municipal nº 7.081, de 20 de junho
de 2.018 e respectivo Decreto regulamentador seguirão os dispositivos da Lei vigente de
Licenciamento de Obras e Edificações.

Art. 17 Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Bauru, 20 de março de 2.020.

CLODOALDO ARMANDO GAZZETTA


PREFEITO MUNICIPAL

ANTONIO CARLOS GARMS


SECRETÁRIO DOS NEGÓCIOS JURÍDICOS

LETÍCIA ROCCO KIRCHNER


SECRETÁRIA DE PLANEJAMENTO

IRINEU APARECIDO ORTOLANI


SECRETÁRIO DE AGRICULTURA E ABASTECIMENTO

AIRTON IOSIMO MARTINEZ


SECRETÁRIO DO MEIO AMBIENTE

Registrado no Departamento de Comunicação e Documentação da Prefeitura, na mesma data.

DANILO ALTAFIM PINHEIRO


DIRETOR DO DEPARTAMENTO DE COMUNICAÇÃO E DOCUMENTAÇÃO
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