Analogia da Viga Conjugada

Analogia da Viga Conjugada

- A analogia da viga conjugada é uma forma alternativa para a
análise de vigas hiperestáticas.
- A ideia foi proposta por Mohr, na qual a imposição de condições
de compatibilidade é substituída pela imposição de condições de
equilíbrio de uma viga fictícia denominada viga conjugada.
- Isso é vantajoso pois a noção de equilíbrio é em geral mais
intuitiva do que a noção de compatibilidade.
- A viga conjugada fica submetida aos carregamentos da tabela
abaixo, quando comparados com a viga real.
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Analogia da Viga Conjugada

- A aplicação da analogia da viga conjugada possibilita:
- Cálculo dos deslocamentos em vigas;
- Análise de vigas hiperestáticas para carregamentos
arbitrários;
- Determinação das reações de engastamento de barras
isoladas para carregamentos arbitrários;
- Dedução dos coeficientes de rigidez de barras isoladas;
- Análise de vigas submetidas a efeitos de variação transversal
de temperatura.
- Essas aplicações também podem ser obtidas utilizando-se o
princípio dos trabalhos virtuais.
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Analogia da Viga Conjugada

- A aplicação da analogia da viga conjugada requer a conversão das
restrições de apoio da viga real para a viga conjugada.
- As restrições de apoio (deslocamento transversal e rotação), que
são condições de compatibilidade cinemática, são substituídas
por momentos fletores e cortantes, respectivamente.
- A tabela abaixo resumo as substituições necessárias:
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Analogia da Viga Conjugada

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Analogia da Viga Conjugada

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Analogia da Viga Conjugada

- Procedimento para o processo de Mohr:
- 1°: Conversão das restrições de apoio da viga real para a viga
conjugada;
- 2°: Determinação do diagrama de momentos fletores da viga
real parametrizada pelos valores dos momentos fletores nas
extremidades das barras;
- 3°: Determinação do carregamento na viga conjugada;

- 4°: Imposição das condições de equilíbrio da viga conjugada.

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Analogia da Viga Conjugada

- A definição do carregamento na viga conjugada depende do
conhecimento do diagrama de momentos fletores.
- Para vigas isostáticas isso é obtido por meio das equações de
equilíbrio.
- Para as vigas hiperestáticas o diagrama de momentos fletores fica
parametrizado em função dos momentos atuando nas
extremidades das barras.
- Uma viga real isostática sempre acarreta em uma viga conjugada
isostática.
- Uma viga real hiperestatica sempre acarreta em uma viga
conjugada hipostática.
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Analogia da Viga Conjugada

- As condições de contorno da viga conjugada estão definidas na
tabela anexa. Exemplo isostático.
- O momento
negativo na viga
real gera cargas
negativas na viga
conjugada;
- Fazendo-se o
equilíbrio na viga
conjugada a reação
de apoio de
momento é
negativa e o
cortante é negativo
também.
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Analogia da Viga Conjugada

- As condições de contorno da viga conjugada estão definidas na
tabela anexa. Exemplo isostático.
- O momento
positivo na viga
real gera cargas
positivas na viga
conjugada;
- O momento na
seção B é igual ao
deslocamento
transversal e a
rotação na seção C
é igual ao cortante.
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Analogia da Viga Conjugada

- As condições de contorno da viga conjugada estão definidas na
tabela anexa. Exemplo isostático.
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Analogia da Viga Conjugada

- As condições de contorno da viga conjugada estão definidas na tabela anexa.
Exemplo hiperestático. O que se encontra ao final são os momentos da viga
real.
- O traçado
da elástica
da viga real
com os
pontos de
inflexão
ajudam a
definir a
formato e
o sinal do
diagrama
de
momentos
fletores.
 Analogia da Viga Conjugada

Analogia da Viga Conjugada

- As condições de contorno da viga conjugada estão definidas na tabela anexa.
Exemplo hiperestático. O que se encontra ao final são os momentos da viga
real.

- O traçado da
elástica da viga
real com os
pontos de
inflexão ajudam
a definir a
formato e o sinal
do diagrama de
momentos
fletores.
 Analogia da Viga Conjugada

Analogia da Viga Conjugada

- As condições de contorno da viga conjugada estão definidas na tabela anexa.
Exemplo hiperestático. O que se encontra ao final são os momentos da viga
real.
- O traçado
da elástica
da viga real
com os
pontos de
inflexão
ajudam a
definir a
formato e
o sinal do
diagrama
de
momentos
fletores.
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Analogia da Viga Conjugada

- Suponha nesse exemplo que na seção B ocorreu uma plastificação que
resultou em uma rotação relativa θ, mas ainda há transmissão de momentos
de uma trecho de viga para o outro.

- O traçado da elástica da
viga real com os pontos
de inflexão ajudam a
definir a formato e o
sinal do diagrama de
momentos fletores.
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Analogia da Viga Conjugada

- A analogia da viga conjugada também pode ser empregada para o
cálculo das reações de engastamento perfeito para barras
isoladas.
- Exemplo I:
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- A analogia da viga conjugada também pode ser empregada para o
cálculo das reações de engastamento perfeito para barras
isoladas.
- Exemplo II:
- Encontrado Ma, Va e
Vb podem ser
encontrados
utilizando-se as
equações de
equilíbrio da viga
real.
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Analogia da Viga Conjugada

- A analogia da viga
conjugada também pode ser
empregada para o cálculo
das reações de
engastamento perfeito para
barras com inércia variável
isoladas.
- Exemplo III:
- Com a equação encontra-se
a relação entre Ma e Mb,
depois é só substituir nas
equações de equilíbrio do
sistema real.
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Analogia da Viga Conjugada

- O exemplo anterior foi um caso simples de vigas com inércia variável, pois a
inércia era constante em cada metade da viga.
- Há casos reais em que as seções das vigas variam linearmente ou em forma de
parábola, sendo chamadas de mísulas.
- Nesses casos, os cálculos se tornam mais complexos, pois a divisão de um
polinômio M(x) por um outro polinômio I(x) nem sempre resulta em um
polinômio.
- Os próximos slides estabelcem uma metodologia para o cálculo das reações de
engastamento perfeito para barras biengastadas com inércia constante ou
variável submetida a uma carga linearmente distribuída.
- A mesma metodologia pode ser aplicada para outros tipos de carregamentos e
condições de contorno.
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- Seja a viga biengastada abaixo:

- Fazendo-se a superposição
de efeitos as reações Va e
Vb são dadas por:
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- A figura abaixo apresenta o diagrama de momentos fletores de uma viga
biengastada submetida a uma força linearmente distribuída. O diagrama final
é obtido pela superposição de efeitos.
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- Para se determinar os valores de Ma e Mb pela analogia da viga conjugada,
aplica-se as condições de contorno da tabela anexa, ficando:

- Aplicando-se as condições de equilíbrio ∑Fy=0 e ∑Ma=0, respectivamente:

- Mais informações podem ser encontradas no TCC de Francisco Paulo de Aboim

– PUC-RJ (2009):
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Analogia da Viga Conjugada

- A analogia da viga conjugada também permite a obtenção dos
coeficientes de rigidez à flexão de barras, necessários para a
aplicação do método dos deslocamentos.
- Os coeficientes de rigidez de uma barra isolada correspondem ao
conjunto de forças e momentos que devem atuar nos nós das
extremidades da barra para equilibrá-la quando se impõe uma
configuração deformada na qual somente uma componente de
deslocamento ou rotação é não nula e unitária.
- O objetivo é determinar as reações de apoio na viga quando
aplica-se um deslocamento ou rotação unitária em um nó,
mantendo os deslocamentos e rotações nos demais nós nulos.
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- Exemplo I: rotação unitária no apoio da esquerda.
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- Exemplo II: deslocamento unitária no apoio da esquerda.
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- Exemplo III: rotação unitária no apoio da esquerda, apoio da
direita de primeiro gênero e inércia variável.
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- Abaixo é apresentada a formulação geral para a determinação dos coeficientes
de rigidez à rotação para barra isolada com inércia variável e sem articulações.
- A mesma metodologia pode ser empregada para se determinar os coeficientes
de rigidez ao deslocamento para barra isolada com inércia variável, com ou
sem articulações.
- Seja a viga ao lado:
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- O carregamento da viga conjugada é não linear, pois a inércia não
é constante.
- Para formular as condições de equilíbrio na viga conjugada é
conveniente expressar o diagrama de momentos fletores linear
da viga real em função de Ma e Mb.

- Arrumando as integrais resultantes da aplicação das condições de

equilíbrio, dado a equação de M(x), tem-se:

- O resultado do sistema de equações acima são os coeficientes de

rigidez à rotação.
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- Resolvendo o mesmo problema agora com uma rotação unitária
no nó da direita:
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Analogia da Viga Conjugada

- A análise da viga conjugada também aplica-se á análise de vigas
submetidas a efeitos de variação de temperatura.
- O efeito da variação transversal de temperatura pode ser visto
como uma imposição de descontinuidade de rotação distribuída
ao longo da viga, assim na viga conjugada esse efeito é
convertido em um carga transversal distribuída.
- A descontinuidade de rotação inicial provocada por um efeito
térmico transversal é dado pela rotação interna dθ.
- Assim a força transversal distribuída q(x) na viga conjugada,
associada a dθ, é tal que a intensidade atuante em um elemento
infinitesimal de viga de comprimento dx corresponde a q*dx= dθ.
- Portanto q(x) é dado por:
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Analogia da Viga Conjugada

- Logo, aplicando-se a analogia da viga conjugada para uma viga
biapoiada submetida a variação transversal de temperatura (Ti>0
e Ts<0) resulta:
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- Exemplo para viga biengastada com inércia constante e variação transversal de
temperatura (Ti>0 e Ts<0):
- Imagine que no bordo superior ocorre contração e no bordo inferior ocorre
expansão; isso forma um binário; essa associação ajuda a definir o diagrama
de momento da viga real.
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- Exemplo para
viga engastada e
apoiada com
inércia constante
e variação
transversal de
temperatura
(Ti>0 e Ts<0):
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- Exemplo:
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Analogia da Viga Conjugada

- Abaixo é apresentada a formulação geral para a determinação das reações de
engastamento perfeito para barra isolada com inércia variável e sem
articulações. O mesmo procedimento pode ser aplica para articulações,
fazendo-se os devidos ajustes.