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Centro de Tecnologia
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA
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Conteúdo Programático
1ª avaliação
2ª avaliação
Capítulo 5 – Peças Submetidas a Carga Axial (Relação entre carga e tensão, carga e
deformação e deformação e tensão; Problemas estaticamente indeterminado; Efeito de
temperatura);
Capítulo 6 – Torção em Barras com Seção Transversal Circular (A fórmula da tensão tangencial
da torção elástica; Deslocamento devido a torção, (ângulo de torção); Tensões sobre planos
inclinados e Transmissão de potência)
3ª avaliação
Bibliografia:
RILEY W. F.; STURGES, L. D.; MORRIS D. H.; Mecânica dos Materiais, 5ª
edição; Ed. LTC – Livros técnicos e Científicos S.A.; Rio de Janeiro, 2003.
ROY R. CRAIG, JR.; Mecânica dos Materiais, 2ª edição, Ed. LTC – Livros
técnicos e Científicos S.A.; Rio de Janeiro, Brasil, 2003.
BEER, F. P.; JOHNSTON, E., R.; Resistência dos Materiais; Ed. MC Graw –
Hill LTDA, São Paulo, 1996.
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1.1 – Classificação das cargas
Classificação com relação ao tempo de aplicação
a) Carga estática – é uma carga que é aplicada gradualmente de forma que as
condições de equilíbrio estático é alcançada em um intervalo e tempo
relativamente curto. (Ex.: ensaios estáticos de tração e compressão).
b) Carga lenta – É uma carga que permanece constante por um longo
intervalo de tempo. (Ex.: força gravitacional e forças magnéticas).
c) Carga dinâmica – é uma carga que é aplicada rapidamente em um corpo,
resultando em movimentos e vibrações do mesmo. (Ex.: ensaios de
impactos são realizados com cargas dinâmicas).
Classificação com relação à área sobre a qual a mesma é aplicada
a) Carga concentrada – É uma carga que é aplicada em um ponto. Qualquer
carga que atua em área relativamente pequena, com relação à área
resistente, é considerada uma carga concentrada. (Ex.: forças de contato
entre as esferas e a pista de um mancal de rolamento).
b) Cargas distribuídas – É uma carga que se estende sobre uma linha ou uma
área. A mesma pode ser uniforme ou não uniforme.
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1.1 – Classificação das cargas
Classificação com relação à posição e método de aplicação
a) Carga centrada – É uma carga cuja resultante passa no centro de
gravidade da área resistente de um corpo.
b) Carga de torção – É uma carga que submete um eixo ou outro corpo
qualquer a um conjugado que provoca distorção.
c) Carga de flexão – É uma carga ou um conjugado que provoca deflexão em
um corpo. Estes conjugados são denominados momentos fletores.
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1.1 – Forças e tensões
Fig. 1
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1.1 – Forças e tensões
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1.1 – Forças e tensões
Tensão atuante é a intensidade das forças distribuídas e é um importante
parâmetro em resistência dos materiais, este parâmetro pode definir se
determinada peça irá ou não quebrar quando submetido à uma força.
A tensão é dada por:
(1)
P
A
→ tensão atuante, em N/m2 ou Pa
P → força axial, em N
A → área da seção transversal, em m2
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1.1 – Forças e tensões
Para indicar a tensão de tração (barras tracionadas) será usado o sinal
positivo. O sinal negativo indicará tensão de compressão (barras comprimidas).
Cada material possui a sua tensão máxima permissível, portanto cada peça
de uma estrutura deverá apresentar a sua tensão dentro desta faixa.
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Fig. 1
1.1 – Forças e tensões
A = r2 = (0,01)2 = 314 x 10-6 m2
P 50 10 3 N
BC -6 2
159 MPa
A 314 10 m
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1.1 – Forças e tensões
O projeto de novas estruturas exige a seleção de materiais adequados
e escolha adequada das dimensões dos componentes para atender aos
requisitos de desempenho. Suponhamos que por razões com base no
custo, peso, disponibilidade, etc, foi escolhida uma barra de alumínio.
Qual a escolha apropriada para o diâmetro da haste?
P P 50 103 N 6 2
al A 500 10 m
A al 100 106 Pa
d2
A
4
4A 4500 106 m 2
d 2.52 10 2 m 25,2 mm
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1.2 – Forças axiais/Tensões normais
Quando uma força aplicada a uma barra tem a mesma direção do
seu eixo, dizemos então que a barra está sob ação de forças axiais e
as tensões geradas por esse tipo de forças são chamadas tensões
normais e são dadas de acordo com a Eq. (1).
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1.2 – Forças axiais/Tensões normais
Para definir a tensão em um dado ponto Q
da seção transversal, devemos considerar
uma pequena área A (Fig. 5).
Fig. 6 15
1.2 – Forças axiais/Tensões normais
P med A dF dA (3)
A
Fig. 7
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1.3 – Tensões de cisalhamento
A tensão aplicada na direção transversal de uma barra é chamada
de tensão de cisalhamento, Fig. 8.
Fig. 8
Fig. 11
P P
E (5)
A td
Onde:
A → Área da projeção do rebite na placa
P → Força resultante aplicada à placa pelo rebite
t → Espessura da placa
d → diâmetro do rebite
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Exemplo
• Deseja-se saber qual a
tensão nas barras e
conexões da estrutura
mostrada.
• Na análise deve-se
considerar a tensão máxima
normal em AB e BC, as
tensões máximas de
cisalhamento e de
esmagamento em cada
conexão.
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a) Tensão normal nas barras
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b) Tensão de cisalhamento nos pinos
• A área da seção transversal dos pinos A,
B e C é dada por:
2
25 mm
2 6 2
A r 491 10 m
2
P 50 103 N
C ,med 6 2
102 MPa
A 49110 m
PG 25 kN
B, ave 50.9 MPa
A 491 10 6 m 2
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c) Tensão de esmagamento
•Para se determinar a tensão normal de esmagamento
no ponto A da barra AB, tem-se que t = 30 mm e d = 25
mm, com FAB = 40kN:
P 40 kN
e 53.3 MPa
td 30 mm25 mm
P 40 kN
e 32,0 MPa
td 50 mm25 mm
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1.5 – Tensões em um plano oblíquo aos eixos
Nas seções anteriores, foi visto que
forças axiais aplicadas a uma barra
causavam tensões normais, enquanto
que forças transversais aplicadas a
rebites e pinos causavam tensões de
cisalhamento (Fig. 12).
Fig. 13
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1.5 – Tensões em um plano oblíquo aos eixos
• Considerando a barra sujeita às forças axiais P e P´ e
que a mesma é cortada formando um ângulo com um
plano normal (Fig.14. a).
• Em condições de equilíbrio, as forças distribuídas neste
plano devem ser equivalentes à força P (Fig.14. b).
• Decompondo P em suas componentes F e V, normal e
tangencial ao plano da seção:
F P cos V P sin
F P cos P
cos 2
A A0 A0
cos
V P sin P
sin cos
A A0 A0
cos 27
Fig. 14
1.5 – Tensões em um plano oblíquo aos eixos
Derivando-se a equação da tensão normal, com relação a “ɵ” e igualando a zero é possível
determinar em que plano 𝛔 é máxima ou mínima.
De forma similar, derivando a equação de cisalhamento com relação a “ɵ” e igualando a zero
também determina-se os planos onde 𝛕 assume valores máximo e mínimo.
Logo, podemos concluir que os materiais frágeis tende a romper no plano da máxima tensão
normal e os dúcteis nos planos da máxima tensão de cisalhamento.
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Fig. 14
1.5 – Tensões em um plano oblíquo aos eixos
Logo, podemos concluir que os materiais frágeis tende a romper no plano da máxima tensão
normal e os dúcteis nos planos da máxima tensão de cisalhamento.
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Fig. 14
1.6 – Coeficientes de segurança
A escolha do coeficiente de segurança,
Estruturas e máquinas devem ser
deverá levar em consideração os seguintes
projetadas de tal forma que as
fatores:
tensões de trabalho sejam
menores do que a resistência • Incerteza das propriedades dos materiais;
última do material, garantindo que • Fadiga pelo carregamento repetido
as mesmas cumpram suas • O tipo de carregamento
funções de forma segura e
• O modo de ruptura
econômica
• Incerteza nos método de análise
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