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Terceira Edição

CAPÍTULO RESISTÊNCIA DOS


MATERIAIS
Ferdinand P. Beer
E. Russell Johnston Jr.

Conceito de Tensão

UNIFEI – Profa. Patricia


Resistência dos Materiais

Capítulo 1 – Conceito de Tensão

1.1 – Introdução
1.2 – Forças e Tensões;
1.3 – Forças Axiais: Tensões Normais;
1.4 – Tensões de Cisalhamento;
1.5 – Tensões de Esmagamento;
1.6 – Tensões em um plano Oblíquo;
1.7 – Tensões para o Caso de Carregamento Qualquer;
1.8 – Tensões Admissíveis e Tensões Últimas;
Coeficiente de segurança.

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Resistência dos Materiais
1.1 - Introdução

• O principal motivo do estudo da mecânica dos


materiais é proporcionar ao engenheiro os meios que
habilitem para a análise e projeto de várias estruturas
e elementos de máquinas, sujeitos a diferentes
carregamentos.

• A análise da estática e o projeto de uma dada estrutura


implicam na determinação das tensões e das
deformações. Neste primeiro capítulo será
apresentado o conceito de tensão.

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Resistência dos Materiais

1.2 – Forças e Tensões

Seja a estrutura da figura, formada pelas barras AB e BC.

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Resistência dos Materiais
1.2 – Forças e Tensões
Diagrama de Corpo Livre
• Condições para o equilíbrio estático:

M C = 0 = Ax ( 0.6m) − ( 30kN)( 0.8m)


Ax = 40kN
F x = 0 =Ax + Cx
Cx = − Ax = −40kN  Cx = 40kN
F y = 0 = Ay + Cy − 30kN = 0
Ay + Cy = 30kN

• Ay e Cy não podem ser determinados


destas equações.

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Resistência dos Materiais

1.2 – Forças e Tensões


• Para uma estrutura em equilíbrio, cada
componente também deve satisfazer as
condições de equilíbrio estático.
• Do diagrama de corpo livre da barra AB:
 M B = 0 = − Ay (0.8 m)
Ay = 0
Substituindo na equação de equilíbrio da
estrutura
Ay + C y = 30 kN  Cy = 30kN

• Logo: Ax = 40 kN →
C x = 40 kN ←
C y = 30 kN ↑

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Resistência dos Materiais
1.2 – Forças e Tensões
• As barras AB e BC estão sujeitas a duas forças
que são aplicadas nas extremidades das barras.

• Para o equilíbrio, as forças dever ser paralelas a


um eixo entre os pontos de aplicação de força,
de igual intensidade, porém de sentidos
opostos.

Método dos nós: nó B


r 4 4
 x AB BC 5
F = F − F ⋅ = 0  F AB = F BC ⋅
5
r 3 5⋅ 30
 y = FBC ⋅ 5 −30 = 0 FBC = 3
F

FAB = 40kN ( C) FBC = 50kN ( T)


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Resistência dos Materiais

1.2 – Forças e Tensões


A estrutura pode suportar com segurança a
carga de 30 kN?

• Da análise da estática:
FAB = 40 kN (compressão)
FBC = 50 kN (tração)

• Esses resultados representam um primeiro


passo na análise da estrutura, mas não nos
levam à conclusão de que as barras vão
dBC = 20 mm
suportar as cargas com segurança.

• Além do valor encontrado para o esforço


interno, a área da seção transversal da barra e
o material com que ela foi construída devem
ser considerados.

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Resistência dos Materiais
1.2 – Forças e Tensões

• Em qualquer seção da barra BC, a força


interna é 50 kN.

• Esta força representa a resultante de forças


elementares que se encontram distribuídas
em toda a área da seção transversal da barra
BC.

dBC = 20 mm • A intensidade dessas forças distribuídas é


igual à força por unidade de área.

• A força por unidade de área ou a intensidade


das forças distribuídas numa certa seção
transversal é chamada de tensão.

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Resistência dos Materiais

1.2 – Forças e Tensões


A estrutura pode suportar com segurança a
carga de 30 kN?
• Da análise da estática:
FAB = 40 kN (compressão)
FBC = 50 kN (tração)

• Em qualquer seção da barra BC, a força


interna é 50 kN com uma tensão de
FBC +50 ×103 N
σ BC = = = +159 MPa (T)
dBC = 20 mm A 314 ×10-6 m 2

• Supondo que a barra BC é de aço, com uma


tensão admissível à tração de
σ adm = 165 MPa
CONCLUSÃO: a resistência da barra BC é
adequada. σ <σ BC adm

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Resistência dos Materiais
1.2 – Forças e Tensões
• O projeto de novas estruturas requer a seleção de
materiais apropriados e a seleção da dimensão
dos componentes necessários.
• Por razões baseados em custo, peso,
disponibilidade, etc., optou-se em construir a
barra BC de alumínio (σadm= 100 MPa).
Qual é uma escolha apropriada para o diâmetro
da barra?
P P 50 ×103 N
σ adm = A= = = 500 ×10−6 m2
A σ adm 100 ×106 Pa
d2
A=π
4
4A 4 ( 500 ×10−6 m2 )
d= = = 2,52 ×10−2 m = 25,2mm
π π
Uma barra de alumínio de 26 mm ou mais no
diâmetro é adequado.
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Resistência dos Materiais

1.2 – Forças e Tensões

Observações:

• Tensão de tração (barras tracionadas)


– SINAL POSITIVO

• Tensão de compressão (barras


comprimidas) – SINAL NEGATIVO

• No Sistema Internacional de unidades:


força em N (Newton)
área em m2
tensão em N/m2 ou Pa (Pascal)

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Resistência dos Materiais
1.2 – Forças e Tensões

Observações:

• Em unidades inglesas:
força em lb (libras) ou quilolibras
(kip)
área em pol2 (in2)
tensão em libras por polegada
quadrada (psi) ou quilolibras por
polegada quadrada (ksi)

1 kip = 103 lb = 4,448 kN


1 ksi = 103 psi = 6,895 MPa

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Resistência dos Materiais

1.3 – Forças Axiais: Tensões Normais


• A resultante das forças internas para um membro
carregado axialmente é normal a uma seção
cortada perpendicularmente em relação ao eixo do
membro.

• A intensidade da força na seção transversal é


definida como a tensão normal e representa o
valor médio das tensões
∆F P
σ = lim σ med =
∆A→0 ∆A A
• A tensão normal em um ponto particular pode não
ser igual à tensão média, mas a resultante da
distribuição de tensão deve ser satisfeita.
P = σ med A =  dF =  σ dA
A

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Resistência dos Materiais
1.3 – Forças Axiais: Tensões Normais

• Uma distribuição uniforme de tensão em uma


seção só é possível se a linha de ação da
resultante das forças internas passar pelo
centróide da seção (carga centrada).

• Se um membro sob duas forças é carregado


excentricamente, então a resultante da
distribuição de tensões em uma seção deve
produzir uma força axial e um momento.

• A distribuição de tensões em membros


carregados excentricamente não pode ser nem
uniforme nem simétrica (Cap. 4).

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Resistência dos Materiais

1.4 – Tensões de Cisalhamento


• Duas forças P e P’ são aplicadas transversalmente
ao membro AB.
• Correspondentes forças internas agem no plano da
seção C e são chamadas forças de cisalhamento.
• A resultante da distribuição de forças internas de
cisalhamento é definida como cisalhamento da
seção e é igual à carga P.
• A correspondente tensão de cisalhamento média
é, P
τ med =
A
• A tensão de cisalhamento ocorre comumente em
parafusos, rebites e pinos que unem diversas
partes de máquinas e estruturas.
• A distribuição de tensões de cisalhamento não pode
ser assumida como uniforme (Cap. 5).
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Resistência dos Materiais
1.4 – Tensões de Cisalhamento
Cisalhamento simples Cisalhamento duplo

P F P F
τ med = = τ med = =
A A A 2A

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Resistência dos Materiais

1.5 – Tensões de Esmagamento

• Parafusos, rebites e pinos criam


tensões nos pontos de contato
ou superfícies de esmagamento
das barras.

• A resultante da distribuição das


forças na superfície é igual e
oposta à força exercida no pino.

• A intensidade média da tensão


de esmagamento é,

P P
σ esmag. = =
A td

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Resistência dos Materiais
Exemplo 1.1

Determinar as tensões nos elementos (barras e conexões) da


estrutura mostrada.

• Da análise da estática:
FAB = 40 kN (compressão)
FBC = 50 kN (tração)

• Deve-se considerar a
máxima tensão normal em
AB e BC, e a tensão de
cisalhamento e a tensão de
esmagamento em cada
conexão de pinos.

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Resistência dos Materiais

Exemplo 1.1

• Estrutura detalhada:

Barra circular BC;


Barra AB;
Extremidade A;
Extremidade B;
Extremidade C.

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Resistência dos Materiais
Exemplo 1.1 – tensões normais nas barras
Barra BC
• sob TRAÇÃO com uma força axial de 50 kN.

• na parte circular, a tensão normal média é:


FBC +50 ×103 N +50 ×103 N
σ BC = = =
A π × (10 mm )2 314 ×10-6 m 2
σ BC = +159 MPa ( tração )

• nas partes achatadas, a menor área da seção


transversal ocorre na linha central do pino,
A = ( 20mm )( 40mm − 25mm ) = 300 × 10−6 m 2
FBC +50 × 103 N
σ BC = = = +167 MPa
A 300 × 10−6 m 2
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Resistência dos Materiais

Exemplo 1.1 – tensões normais nas barras


Barra AB
• sob COMPRESSÃO com uma força axial de 40 kN

• a tensão normal média é:


FAB −40 ×103 N −40 ×103 N
σ AB = = = =
A ( 30 × 50 ) mm 2 1,5 ×10-3 m 2
σ BC = −26, 7 MPa ( compressão )

Como a barra AB está comprimida, as seções transversais da


barra de menor área não irão romper!!!
CUIDADO: NÃO DESCONTAR O DIÂMETRO DO
PINO!!!

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Resistência dos Materiais
Exemplo 1.1 – tensões de cisalhamento nos pinos
• Área da seção transversal para os pinos em A,
B e C,
2
2 25 mm  −6 2
A = πr = π  = 491× 10 m
 2 

• A força no pino C é igual à força exercida


pela barra BC (corte simples),

FBC 50 × 103 N
τ C ,med = = = 102MPa
A 491 × 10−6 m 2

• O pino A está em corte duplo,

FAB / 2 20kN
τ A,med = = = 40,7 MPa
A 491 × 10−6 m 2

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Resistência dos Materiais

Exemplo 1.1 – tensões de cisalhamento nos pinos


• Divida o pino B em seções para determinar
a seção com a maior força de cisalhamento,
PE = 15kN
PG = 25kN (maior)

• Tensão de cisalhamento média,

PG 25kN
τ B ,med = = = 50,9MPa
A 491 × 10−6 m 2
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Resistência dos Materiais
Exemplo 1.1 – tensões normais de esmagamento
• Para determinar a tensão de esmagamento no ponto A
da barra AB, nós temos que t = 30 mm e d = 25 mm,
FAB 40kN
σ esmag . = = = 53,3MPa
td ( 30mm )( 25mm )
• Para determinar a tensão de esmagamento nas chapas
de ligação em A, nós temos que t = 2(25 mm) = 50 mm
e d = 25 mm,
FAB 40kN
σ esmag . = = = 32,0MPa
td ( 50mm )( 25mm )

• ou t = 25 mm, d = 25 mm e (FAB / 2) = (40kN / 2)

FAB / 2 40kN / 2
σ esmag . = = = 32,0MPa
td ( 25mm )( 25mm )
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Resistência dos Materiais

1.6 – Tensões em um plano Oblíquo

• Forças axiais em membros sob a ação


de duas forças resulta somente em
tensões normais em um plano de corte
perpendicular ao eixo do membro.

• Forças transversais em parafusos e


pinos resulta em tensões de
cisalhamento no plano perpendicular
ao eixo do parafuso ou ao eixo do
pino.
• Mostraremos que forças axiais ou
forças transversais podem produzir ao
mesmo tempo tensões normais e de
cisalhamento em um plano que não é
perpendicular ao eixo do membro.

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Resistência dos Materiais
1.6 – Tensões em um plano Oblíquo
• Seja passar uma seção na peça que forma um
ângulo θ com o plano normal.
• Das condições de equilíbrio, as forças
distribuídas (tensões) no plano devem ser
equivalentes à força P.
• Decompondo P nas componentes normal (F)
e tangencial (V) para a seção oblíqua,
F = P cos θ V = P senθ
• As tensões médias normal e de cisalhamento
no plano oblíquo são
F P co s θ P
σ = = = cos 2 θ
Aθ A0 A0
cos θ
V P sen θ P
τ = = = sen θ co s θ
Aθ A0 A0
co s θ

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Resistência dos Materiais

1.6 – Tensões em um plano Oblíquo


• Tensões normal e de cisalhamento em um plano
oblíquo
P P
σ= cos 2 θ τ = senθ cos θ
A0 A0
• A tensão normal máxima ocorre quando o plano de
referência é perpendicular ao eixo da peça (θ = 0o),
P
σm = τ′ = 0
A0

• A tensão de cisalhamento máxima ocorre para um


plano em + 45o em relação os eixo,

P P
τm = sen45o cos 45o = =σ′
A0 2 A0

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Resistência dos Materiais
1.7 – Tensões para o Caso de Carregamento Qualquer
• Vamos analisar as tensões em um certo
ponto Q no interior do corpo.

• Um membro sujeito a uma combinação geral


de cargas é cortado em dois seguimentos por
um plano que passa por Q

• As componentes de tensões
internas podem ser definidas como,
∆F x
σ x = lim
∆A→0 ∆A

∆V yx ∆Vzx
τ xy = lim τ xz = lim
∆A→0 ∆A ∆A→ 0 ∆A

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Resistência dos Materiais

1.7 – Tensões para o Caso de Carregamento Qualquer


Estado de tensões
• Os componentes de tensões são definidos
para os planos de cortes paralelos aos eixos
x, y e z. Pelo equilíbrio, tensões iguais e
opostas são exercidas nos planos ocultos.

• As forças geradas pelas tensões deve


satisfazer as condições de equilíbrio:
 Fx =  Fy =  Fz = 0
Mx = My = Mz = 0

• Considere o momento em torno do eixo z’:

 M z ' = 0 = 2 (τ xy ∆A) 2 − 2 (τ yx ∆A) 2


a a

τ xy = τ yx
similarmente, τ xz = τ zx e τ yz = τ zy
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Resistência dos Materiais
1.7 – Tensões para o Caso de Carregamento Qualquer
Estado de tensões

• Segue que somente 6 componentes de tensão


são necessárias para definir o estado de
tensões completo no ponto Q.

σ x , σ y , σ z , τ xy , τ xz e τ yz

• Onde: τ xy = τ yx
τ xz = τ zx
τ yz = τ zy

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Resistência dos Materiais

1.8 – Tensões Admissíveis e Tensões Últimas; Coeficiente de segurança

• A máxima força necessária que faz


romper ou quebrar um corpo de
prova é chamada de carga última ou
carregamento último Fatores para a escolha do CS:
• Incertezas nas propriedades dos
• Membros estruturais ou máquinas materiais;
devem ser projetados com • Incertezas no carregamento;
segurança para receber um • Incertezas de análises;
carregamento (carregamento
• Número de ciclos do carregamento;
admissível ou carga de utilização
• Tipos de falhas;
ou carga de projeto) menor que a
carga última. • Necessidades de manutenção e efeitos
de deterioração;
CS = Coeficiente de segurança • Etc.
σu tensão última
CS = =
σ adm tensão admissível

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Resistência dos Materiais
Exemplo 1.2
Para a estrutura mostrada na figura, determinar:
a) O diâmetro dAB da barra de controle AB que é de aço com tensão de
escoamento σ u = 600 MPa, usando um coeficiente de segurança CSAB = 3,3;
b) O diâmetro dC do pino C que é de aço com uma tensão última de cisalha-
mento τ u = 350 MPa , usando um CS ao cisalhamento igual a 2,5;
c) A espessura t das chapas de apoio em C que são de aço sabendo que a tensão
para esmagamento do aço é σ adm = 300 MPa.

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Resistência dos Materiais

Exemplo 1.3

Os parafusos B, C e D são de aço com tensão última de cisalhamento τ u = 300 MPa

e têm diâmetros dB = 8 mm, dC = 12 mm e dD = 8 mm. A barra de controle AB


tem diâmetro dAB = 9 mm, é de aço, com tensão última de tração σ u = 450 MPa .
Usando um CS igual a 3, calcular a maior força que o cilindro hidráulico pode
aplicar, de baixo para cima, no ponto C.

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Resistência dos Materiais
Exemplo 1.4

O elemento inclinado na figura está submetido a uma força de compressão de


3kN. Determine a tensão de compressão média ao longo das áreas de contato
lisas definidas por AB e BC e a tensão de cisalhamento média ao longo do plano
horizontal definido por EDB.

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Resistência dos Materiais

Observações
Tipos de apoios mais encontrados em problemas bidimensionais

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