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Exercı́cios de Ligações Parafusadas

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9.1 Resolvidos
Ex. 9.1.1 Ligação Simples Chapas Duas chapas de 204mm x 12,7mm (1/2”) de aço ASTM A36
são emendadas com chapas laterais de 9,5mm (3/8”) e parafusos comuns de diâmetro igual à 22mm e aço
A307 (fub = 415 × 106 N/m2 ), conforme figura a seguir. Se as chapas estão sujeitas às forças Ng = 200kN e
Nq = 100kN , oriundas de cargas permanentes e variáveis decorrentes do uso da estrutura, respectivamente,
verificar a segurança da emenda no estado limite último para combinações normais. Não é necessário verificar
as chapas à tração, assumir que a deformação do furo para forças de serviço é uma limitação de projeto e
assumir também que as distâncias máximas e mı́nimas entre furos, bem como entre furos e bordas, atende
aos critérios da NBR8800.

Figura 9.1: Ligação entre as chapas.

Solução:

Primeiramente é necessário determinar qual é o esforço solicitante de cálculo. Este pode ser calculado
como:

NSd = γg Ng + γq Nq = 1, 4 × 200 + 1, 5 × 100 = 430kN


A ligação em questão é um caso clássico de ligação sujeita apenas à esforço cortante, sendo portanto
necessário checar a ligação em relação ao cisalhamento no parafuso, à pressão de contato na parede dos furos
e ao colapso por rasgamento (cisalhamento de bloco).
É apresentado primeiro o cálculo para o cisalhamento no parafuso, destacando que todos os parafusos
são do tipo comum (Cpc = 0, 4), apresentam dois planos de corte, são de aço A307 (fub = 415 × 106 N/m2 ) e

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que a força é resistida por 6 (não por 12) parafusos. Dessa maneira, para um parafuso com um único plano
de corte (Fv,Rd,1 ) tem-se:

Cpc Ab fub Cpc (0, 25πd2b )fub 0, 4 × 0, 25 × π × 2, 22 × 41, 5


Fv,Rd,1 = = =
γa2 γa2 1, 35
∴ Fv,Rd,1 = 46, 74kN
Como esse é o valor para um parafuso com um plano de corte e a ligação é composta por 6 parafusos
com 2 planos de corte cada, é necessário multiplicar esse valor por 6x2 = 12, como mostrado a seguir:

Fv,Rd = Fv,Rd,1 × 6 × 2 = 46, 74 × 12 = 560, 91kN


O valor da força solicitante de cisalhamento total para os parafusos (Fv,Sd = 430kN ) é menor que a
força resistente de cisalhamento total dos parafusos (Fv,Rd = 560, 91kN ), a ligação atende à esse critério.
O próximo passo é verificar a ligação em relação à pressão de contato na parede dos furos.
O primeiro aspecto que deve ser notado é que tanto as chapas de 12,7mm quanto as chapas de 9,5mm de
espessura devem ser checadas, entretanto a força atuando em cada uma não é a mesma. A força atuando na
chapa de 12,7mm tem valor igual à Nsd = 430kN , enquanto a força nas chapas de 9,5mm tem valor igual à
Nsd /2 = 430kN/2 = 215kN já que metade é resistida pela chapa de 9,5mm no topo e a outra metade pela
chapa de 9,5mm de baixo. Ambos os casos serão calculados.
Ainda, é importante observar que no cálculo de lf é necessário considerar o diâmetro do furo padrão
igual à df uro = db + 1, 5mm. Sendo assim, serão checados portanto os casos dos parafusos externos (parafuso
mais próximo à borda da ligação) e os parafusos internos (mais distantes da borda da ligação).
Por último, tem-se que Cpl = 1, 2 e Cf p = 2, 4 pois trata-se de um furo padrão e a deformação do furo
para forças de serviço é uma limitação de projeto.
É apresentado primeiro o caso para um único parafuso externo (Fc,Rd−ext,1 ) da chapa de 12,7mm:

df uro = db + 1, 5 = 22 + 1, 5 = 23, 5mm


lf = distborda − 0, 5d = 51 − 0, 5 × 23, 5 = 39, 25mm
Cpl lf tfu Cf p db tfu
Fc,Rd−ext,1 = ≤
γa2 γa2
1, 2 × 3, 925 × 1, 27 × 40, 0 2, 4 × 2, 2 × 1, 27 × 40, 0

1, 35 1, 35
177, 23kN ≤ 198, 68kN → Fc,Rd−ext,1 = 177, 23kN
Na sequência, o mesmo é feito para um único parafuso interno (Fc,Rd−int,1 ) da chapa de 12,7mm:

lf = distentre−paraf usos − 2 × (0, 5d) = 70 − 2 × (0, 5 × 23, 5) = 46, 50mm


Cpl lf tfu Cf p db tfu
Fc,Rd−int,1 = ≤
γa2 γa2
1, 2 × 4, 650 × 1, 27 × 40, 0 2, 4 × 2, 2 × 1, 27 × 40, 0

1, 35 1, 35
209, 97kN ≤ 198, 68kN → Fc,Rd−int,1 = 198, 68kN
Como há 6 parafusos por ligação, 3 internos e 3 externos, os respectivos valores de Fc,Rd,1 devem ser
multiplicado pelo número de parafusos. Dessa forma, tem-se:

Fc,Rd = Fc,Rd−ext,1 × 3 + Fc,Rd−int,1 × 3 = 177, 23 × 3 + 198, 68 × 3 = 1127, 73kN


Como o valor encontrado da força resistente de cálculo à pressão de contato total da ligação é maior
que a força solicitante de cálculo à pressão de contato da ligação (Fc,Rd = 1127, 73kN > Fc,Rd = 430kN ), a
chapa de 12,7mm a ligação atende ao critério exigido.
O mesmo cálculo será apresentado para a chapa de 9,5mm. Percebendo-se que os valores de lf são iguais
aos valores para a outra chapa (uma vez que, nesse caso especı́fico, as distâncias até ambas as bordas das
chapas são iguais, o que não ocorrerá obrigatoriamente todas as vezes), tem-se para os parafusos externos:

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lf = distborda − 0, 5d = 51 − 0, 5 × 23, 5 = 39, 25mm


Cpl lf tfu Cf p db tfu
Fc,Rd−ext,1 = ≤
γa2 γa2
1, 2 × 3, 925 × 0, 95 × 40, 0 2, 4 × 2, 2 × 0, 95 × 40, 0

1, 35 1, 35
132, 57kN ≤ 148, 62kN → Fc,Rd−ext,1 = 132, 57kN
Analogamente, para os parafusos internos tem-se:

lf = distentre−paraf usos − 2 × (0, 5d) = 70 − 2 × (0, 5v × 23, 5) = 46, 50mm


Cpl lf tfu Cf p db tfu
Fc,Rd−int,1 = ≤ →
γa2 γa2
1, 2 × 4, 65 × 0, 95m × 40, 0 2, 4 × 2, 2 × 0, 95 × 40, 0

1, 35 1, 35
157, 07kN ≤ 148, 62kN → Fc,Rd−int,1 = 148, 62kN
Para a ligação como um todo o cálculo é apresentado na sequência:

Fc,Rd = Fc,Rd−ext,1 × 3 + Fc,Rd−int,1 × 3 = 132, 57 × 3 + 148, 62 × 3 = 843, 57kN


Novamente, percebe-se que a força resistente de cálculo à pressão de contato total da ligação é maior
que a força solicitante de cálculo à pressão de contato da ligação (Fc,Rd = 843, 57kN > Fc,Rd = 430kN/2 =
215kN ), a chapa de 9,5mm a ligação atende ao critério exigido.
O caso para a chapa de 12,7mm é o caso crı́tico entre as duas já que Fc,Rd é apenas 2,62 vezes maior que
Fc,Sd , enquanto que para a chapa de 9,5mm esse valor é 3,92 vezes maior.
Por último, é necessário checar o colapso por rasgamento da ligação. Deve-se notar que o valor para
o diâmetro do furo usado para esta conferência é igual à df uro = db + 1, 5 + 2, 0. Sendo assim, calcula-se
para o caso crı́tico (mostrado na figura 9.1 em hachurado) a área bruta sujeita à cisalhamento (Agv ), a área
lı́quida sujeita à cisalhamento (Anv ) e a área lı́quida sujeita à tração (Ant ), sendo n o número de vezes que
a área se repete na ligação:

df uro,ef = db + 1, 5 + 2, 0 = 22 + 1, 5 + 2, 0 = 25, 5mm


Agv = (70mm + 51mm) × t × n = 12, 1 × 1, 27 × 2 = 30, 7cm2
Anv = (70mm + 51mm − 1, 5df uro ) × t × n = (12, 1 − 1, 5 × 2, 55) × 1, 27 × 2 = 21, 0cm2
Ant = (38mm + 38mm − 2 × 0, 5df uro ) × t × n = (7, 6 − 1, 0 × 2, 55) × 1, 27 × 2 = 12, 8cm2
Com esses valores e sendo este um dos casos em que Ct = 1, 0, calcula-se a força resistente de cálculo ao
colapso por rasgamento como sendo:

0, 6fu Anv + Cts fu Ant 0, 6fy Agv + Cts fu Ant


Fr,Rd = ≤
γa2 γa2
0, 6 × 40 × 21 + 1, 0 × 40 × 12, 8 0, 6 × 25 × 30, 7 + 1, 0 × 40 × 12, 8

1, 35 1, 35
752, 59kN ≤ 720, 37kN → Fr,Rd = 720, 37kN

Como Fr,Rd = 720, 37kN > Fr,Sd = 430kN , a ligação atende ao último critério, estando portanto
corretamente dimensionada.
Destaca-se que não foram checadas as distâncias mı́nimas e máximas entre parafusos, bem como entre
parafusos e bordas, apenas pelo fato do enunciado ter explicitamente dito que estavam de acordo com a
norma. Caso contrário, esses deveriam ser checados.

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Ex. 9.1.2 Cantoneiras parafusadas em uma linha Desprezando o pequeno efeito da excentrici-
dade introduzida pela ligação, calcular qual é a força resistente de cálculo ao colapso por rasgamento para
a ligação apresentada a seguir. Assumir parafusos com diâmetro igual à 12,7mm (1/2”) de aço A307 e que
se trata da ligação de um tirante de uma treliça de telhado constituı́do por duas cantoneiras 63x6,3mm (2
1/2”x1/4”) conectadas à uma chapa de 6,3mm.

Figura 9.2: Cantoneiras parafusadas em uma linha.

Solução:

Antes de calcular as áreas lı́quidas e bruta, deve-se notar que o rasgamento não pode ocorrer sobre a
aba da cantoneira, pois este tem uma área muito superior à área do lado em que não há aba. Ainda, como a
distância dos parafusos ao limite da chapa de 6,3mm não foi informada, pode-se assumir que esse distância
será tão grande que não representará a situação crı́tica da ligação.
A partir disso, calcula-se para o caso crı́tico (mostrado na figura do exercı́cio 9.2 em hachurado) a área
bruta sujeita à cisalhamento (Agv ), a área lı́quida sujeita à cisalhamento (Anv ) e a área lı́quida sujeita à
tração (Ant ), sendo n o número de vezes que a área se repete na ligação. O diâmetro do furo deve ser
utilizado em seu valor efetivo, acrescentando-se 2,0mm ao diâmetro real do furo

df uro = db + 1, 5 + 2, 0 = 12, 7 + 1, 5 + 2, 0 = 16, 2mm


Agv = (4, 0 + 4, 0 + 4, 0 + 4, 0 + 2, 5) × t × n = 18, 5 × 0, 63 × 2 = 23, 31cm2
Anv = (4, 0 + 4, 0 + 4, 0 + 4, 0 + 2, 5 − 4, 5df uro ) × t × n = (18, 5 − 4, 5 × 1, 62) × 0, 63 × 2 = 14, 125cm2
Ant = (2, 9 − 0, 5df uro,ef ) × t × n = (2, 9 − 0, 5 × 1, 62) × 0, 63 × 2 = 2, 633cm2
Com esses valores e sendo este um dos casos em que Ct = 1, 0, calcula-se a força resistente de cálculo ao
colapso por rasgamento como sendo:

0, 6fu Anv + Cts fu Ant 0, 6fy Agv + Cts fu Ant


Fr,Rd = ≤
γa2 γa2
0, 6 × 40 × 14, 125 + 1, 0 × 40 × 2, 633 0, 6 × 25 × 23, 31 + 1, 0 × 40 × 2, 633

1, 35 1, 35
329, 126kN ≤ 337, 015kN → Fr,Rd = 329, 126kN

Ex. 9.1.3 Cantoneiras opostas parafusadas Desprezando o pequeno efeito da excentricidade


introduzida pela ligação, calcular qual é a força resistente de cálculo da ligação apresentada a seguir. A
ligação é composta por 4 parafusos (2 por barra) com diâmetro igual à 12,7mm (1/2”) de aço A36 sendo
constituı́da a barra por duas cantoneiras 50,8x6,3mm conectadas à uma chapa de 6,3mm.

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Nt,sd

50,8

29,5
25 30 25

Figura 9.3: Cantoneiras opostas parafusadas.

Solução:

Iniciando pelo colapso por rasgamento:


Área cisalhada:

Agv = (2, 5 + 3, 0) × 0, 63 = 3, 47cm2


Anv = Agv − 1, 5 × (1, 27 + 0, 35) × 0, 63 = 1, 94cm2

Área tracionada:
Ant = [2, 13 − 0, 5 × (1, 27 + 0, 35)] × 0, 63 = 0, 83cm2
Resistência ao colapso por rasgamento:

 1 1
 (0, 6fu Anv + Cts fu Ant ) = (0, 6 × 40 × 1, 94 + 1, 0 × 40 × 0, 83) = 59, 08kN
Fr,Rd = γ1a2 1, 35
1

 (0, 6fy Agv + Cts fu Ant ) = (0, 6 × 25 × 3, 47 + 1, 0 × 40 × 0, 83) = 63, 15kN
γa2 1, 35
∴ Fr,Rd = 59, 08kN

Cisalhamento dos parafusos por barra:


Força resistente de 1 parafuso em 1 plano de corte:

πd2b
Ab = = 1, 27cm2
4
(1) Cpc Ab fub 0, 4 × 1, 27 × 41, 5
Fv,Rd = = = 15, 62kN
γa2 1, 35
(1)
Como são 2 parafusos submetidos a 1 plano de corte: Fb,Rd = 2 × 1 × Fv,Rd = 31, 23kN .

Pressão de contato por barra:


Parafusos externos lf = 18, 65mm e parafusos internos lf = 17, 3mm:

 fu 40
Cpl lf t = 1, 2 × (1, 865 + 1, 73) × 0, 63 × = 80, 53kN
Fc,Rd = γa2 1, 35
 f 40
Cf p db t u = 2, 4 × 2 × 1, 27 × 0, 63 × = 113, 79kN
γa2 1, 35
∴ Fc,Rd = 80, 53kN

Resistência das duas cantoneiras:

Nt,Rd = 2 × 31, 23 = 62, 46kN

A resistência fica limitada ao cisalhamento dos parafusos.

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9.2 Propostos, nı́vel iniciante

Ex. 9.2.1 Chapa tracionada ligação simples A chapa tracionada CH 12,7 x 152,4 mm é conectada
a uma chapa gusset de 9,53 mm de espessura com parafusos ISO 898-1 Classe 4.6 de 22,23 mm de diâmetro.

a) Verifique todos os espaçamentos e distâncias de bordas (em mm na figura);


b) Calcule a resistência da ligação.

Figura 9.4: Chapa tracionada com ligação parafusada simples.

Ex. 9.2.2 Chapa tracionada linha dupla A chapa tracionada da figura é uma CH 12,7 x 139,7
mm de aço A36 e está conectada a uma chapa gusset de 9,53 mm de espessura (também de aço A36) com
parafusos A307 de 19,05 mm de diâmetro.

a) Verifique todos os espaçamentos e distâncias de bordas (em mm na figura);


b) Calcule a resistência da ligação.

Figura 9.5: Chapa tracionada com dupla linha de parafusos.

Ex. 9.2.3 Ligação de topo com chapas As chapas de 12,7 mm de espessura estão conectadas
através de duas chapas de ligação de 6,35 mm de espessura, conforme figura. Os parafusos A307 possuem
22,23 mm de diâmetro. As chapas de aço A36.

a) Verifique todos os espaçamentos e distâncias de bordas (em mm na figura);


b) Calcule a resistência da ligação.

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Figura 9.6: Esquema da ligação de topo com chapas.

Ex. 9.2.4 Quantidade de parafusos Determine quantos parafusos de 22,23 mm de diâmetro de


A307 são necessários na ligação da figura.

Figura 9.7: Esquema para posicionamento dos parafusos.

9.3 Propostos, nı́vel intermediário

Ex. 9.3.1 Barra atirantada U Uma barra atirantada de uma treliça sujeita a uma carga carac-
terı́stica acidental de 720 kN, é constituı́da por dois perfis U 250 x 29,8 kg/m, prendendo-se a uma chapa
gusset de 12,7 mm por meio de parafusos A307 de 19,05 mm de diâmetro. Verificar a segurança da ligação
em projeto. Desconsidere o peso próprio.

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Figura 9.8: Esquema de ligação da barra atirantada.

Ex. 9.3.2 Dimensionamento Completo Um C 254x22,7 kg/m de aço A242 é usado como barra
tracionada e deverá ser conectado a uma chapa gusset de 12,7 mm de espessura de aço A36. As solicitações
caracterı́sticas da barra são uma carga permanente de 178 kN e uma carga acidental de uso de 356 kN.
Determine a quantidade e o diâmetro dos parafusos a serem utilizados, assim como os seus espaçamentos.
Não é necessário verificar o perfil C à tração.

Figura 9.9: Esquema inicial para a composição da ligação.

Ex. 9.3.3 Máximo de parafusos com mesas rı́gidas Determinar o número mı́nimo de parafusos
A325 de 22 mm de diâmetro necessários para a ligação à tração da figura. Admitir que as chapas das mesas
são bastante rı́gidas.

Figura 9.10: Equema de ligação das mesas com parafusos.

Ex. 9.3.4 Ligação tracionada cantoneira Verifique a ligação tracionada da figura levando em
conta os efeitos de alavanca. As cargas são de 27 kN permanente e 67 kN acidental de uso. As cantoneiras
2L 101,6 x 101,6 x 15,88 mm são de aço A36 e as chapas de 22,23 mm de espessura e também A36. Os
parafusos são A307 de 12,7 mm de diâmetro.

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Figura 9.11: Detalhamento da ligação tracionada.

Ex. 9.3.5 Parafusos com dupla ligação Uma barra tracionada de cantoneira dupla deve ser
conectada a uma chapa gusset de 22,23 mm de espessura a qual é, por sua vez, conectada a outro par
de cantoneiras como mostrado na figura. A carga caracterı́stica solicitante de 534 kN é composta de 25
% de carga permanente de pesos próprios e 75 % de carga acidental de uso. Todas as conexões devem
ser executadas para trabalharem ao atrito com parafusos de 22,23 mm, A490. O centro de gravidade dos
parafusos deve passar pela linha de ação da força solicitante. Determine o número de parafusos para cada
região da ligação e seu posicionamento nas peças. A coluna é de aço A992 e as cantoneiras e chapas de
MR250.

Figura 9.12: Ligação parafusada com dupla ligação.

9.4 Propostos, nı́vel graduado


Ex. 9.4.1 Ligação Viga-Pilar Os seguintes elementos estruturais metálicos utilizam aço A36 para
as cantoneiras e A992 para a viga e as colunas. Pede-se:

a) Determine um perfil para a viga para suportar, em adição ao seu peso próprio, uma carga caracterı́stica
acidental de uso de 73 kN/m. A mesa comprimida está continuamente contida. Utilize o ELU para o
dimensionamento;
b) Dimensione a ligação parafusada com cantoneiras de abas iguais. Determine o diâmetro e quantidade
de parafusos, assim como os seus espaçamentos e sua resistência. Verifique também as cantoneiras e
determine sua dimensão o seu comprimento;
c) Prepare um memorial e cálculo e um detalhamento construtivo.

Obs.: As ligações são idênticas em ambas as extremidades da viga.

Capı́tulo 9. Exercı́cios de Ligações Parafusadas 88


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Figura 9.13: Esquema da ligação viga pilar.

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Exercı́cios de Compressão
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5.1 Resolvidos
Ex. 5.1.1 Comparação entre seções comprimidas A figura desse problema mostra diversas
formas de seção transversal com a área da seção transversal aproximadamente igual a Ag = 38, 5cm2 , sendo
as cantoneiras conectadas por ambas as abas. Admitindo o comprimento de flambagem KLb = 3, 50m nos
dois planos de flambagem, compare a eficiência das seções em hastes submetidas à compressão, sendo o aço
MR-250. O fator de eficiência, F S, mede o quanto a peça comprimida está longe de atingir a plastificação
total da seção transversal e por consequência da resistência total da peça. Ele vale F E = χQ ≤ 1, 0.

Figura 5.1: Diversas Seções com dimensões em milı́metros (a espessura da chapa em (e) é de 9, 6mm).

Solução:

Montar uma tabela com os valores relativos a menor inércia de cada perfil Ime para calcular o valor do
KLb
menor raio de giração rme e verificar o ı́ndice de esbeltez ≤ 200, calcular os valores dos coeficientes
rme
Q e χ e determinar o fator de eficiência, F E. Caso esse fator for igual a 1,0, significa que a peça atinge a
resistência total, caso seja inferior a 1,0, a peça falha por flambagem antes de atingir a resistência total.
É possı́vel observar que:

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Parâmetro a b c d e f g
Ime [cm4 ] 1800,13 1497,98 117,87 123,93 2,77 668,34 249,7

Ag [cm] 38,34 38,48 38,49 38,56 38,4 38,62 38,81

rme [cm] 6,85 6,24 1,75 1,79 0,27 4,16 2,54

KLb
51,08 56,1 200 195,23 1303,15 84,13 137,98
rme

λe 31,75 22,24 - - - 21,89 8,23

λe,lim 88 42,1 - - - 12,7 12,7

Q 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0 0,75 1,0

Ne [kN ] 2901,42 2414,42 189,98 199,75 4,46 1077,22 402,46

λ0 0,57 0,63 2,25 2,20 14,66 0,82 1,55

χ 0,87 0,85 0,17 0,18 0,0041 0,75 0,36

FE 0,87 0,85 0,17 0,18 0,0041 0,57 0,36

Observações:

• Os perfis de maior eficiência são os das seções (a) e (b), especialmente por possuı́rem os maiores raios
de giração. Mais detalhadamente, isto ocorre porque F E desses elementos é maior que dos outros.
• A seção (c) tem ı́ndice de esbeltez igual ao limite de 200 estabelecido pela norma NBR-8800.
• Nas seções (c), (d) e (e) não se aplica o conceito de flambagem local pois são seções maciças.
• A seção (e) apresenta esbeltez tão elevada que seu emprego como peça comprimida torna-se inviável.
• A seção (f) é composta de chapas esbeltas, valor esse maior que o limite, indicando que há flambagem
local. A tensão resistente, então, foi reduzida também pelo coeficiente Q.
• O perfil (g) é uma cantoneira como o perfil (f), mas não há flambagem local Q = 1, 0. No entanto,
mesmo parecendo ser mais rı́gida, pelo fato da maior espessura, é menos eficiente que a cantoneira (f),
isso fica claro no raio de giração menor e na esbeltez λ0 maior.

Desafio: tente reproduzir todos os dados da tabela com o auxı́lio das corretas equações para cada
parâmetro, encontradas no capı́tulo de compressão.

Ex. 5.1.2 Resistência compressão perfil W Determinar a resistência de cálculo à compressão


do perfil W150x37,1kg/m de aço MR-250 (ASTM A36) com comprimento de 3m, sabendo-se que suas
extremidades são rotuladas com rotação impedida no eixo longitudinal e que há contenção lateral contı́nua
impedindo a flambagem na direção do eixo x-x. Ainda, comparar o resultado obtido com o resultado
de uma peça sem contenção lateral, ou seja, podendo flambar na direção dos eixos x-x e y-y. Assumir
Ag = 47, 8cm2 , rx = 6, 85cm, ry = 3, 84cm, tw = 8, 1mm, tf = 11, 6mm, h = 162mm, h0 = 139mm,
bf = 154mm Ix = 2244cm4 , Iy = 707cm4 , J = 20, 58cm4 e Cw = 39930cm6 .

Capı́tulo 5. Exercı́cios de Compressão 24


Estruturas Metálicas Prof. Marco André Argenta

Figura 5.2: Perfil W.

Solução:

Primeiro será calculada a resistência de cálculo à compressão para quando há contenção lateral contı́nua
na direção do eixo x-x. Devido à essa contenção, a peça pode apenas flambar na direção do eixo y-y, sendo
assim começa-se calculando o ı́ndice de esbeltez da seção em torno do eixo x-x (lembrando que para o caso
de ambas as extremidades serem rotuladas tem-se K = 1, 0).

KLb,y 1, 0 × 300
� 200 → = 43, 80 � 200 → OK!
rx 6, 85
O próximo passo é calcular os valores dos fatores de redução de flambagem local Qa , Qs e Q. Os
cálculos são apresentados a seguir na ordem indicada:

Elementos AA (apenas a alma, Grupo 2):

b h0 139
λe = = = = 17, 2
t tw 8, 1
� �
E 20000
λe,lim = 1, 49 = 1, 49 = 42, 14
fy 25
∴ λe < λe,lim → Qa = 1, 0

Elementos AL (as mesas, Grupo 4, verifica-se para uma apenas pois são iguais):

bf
b 154
λe = = 2 = = 6, 64
t tf 2 × 11, 6
� �
E 20000
λe,lim = 0, 56 = 0, 56 = 15, 84
fy 25
∴ λe < λe,lim → Qs = 1, 0

Q = Qa Qs = 1, 0 × 1, 0 = 1, 0
Na sequência, determina-se o fator de redução associado à flambagem global χ e seus respectivos
parâmetros, lembrando novamente que a flambagem na direção do eixo x-x está impedida, mas em torno do
eixo x-x está livre (Ficou com dúvidas? Consulte a figura 3.7 do capı́tulo 3):

π 2 EIx π 2 × 20000 × 2244


Nex = = = 4921, 64kN
(Ky Ly )2 (1, 0 × 300)2
Nez não precisa ser calculado pelo fato de existir contenção lateral contı́nua em x-x, pois também restringe
a ocorrência de instabilidade por torção!

Capı́tulo 5. Exercı́cios de Compressão 25


Prof. Marco André Argenta Estruturas Metálicas

� �
QAg fy 1, 0 × 47, 8 × 25
λ0 = = = 0, 49
Ne x 4921, 64
2 2
λ0 � 1, 5 → χ = 0, 658λ0 = 0, 6580,49 = 0, 90

Com esses valores pode-se então determinar a resistência de cálculo à compressão do perfil como sendo:

χQAg fy 0, 90 × 47, 8 × 25
Nc,Rd = = = 977, 73kN
γa1 1, 1

Na sequência, deve-se fazer o mesmo cálculo para o caso onde não há nenhuma contenção lateral. Pri-
meiramente calcula-se o ı́ndice de esbeltez da seção em torno do eixo y-y (ambas as extremidades continuam
sendo rotuladas, portanto tem-se K = 1, 0):

KLb,x 1, 0 × 300
� 200 → = 78, 125 � 200 → OK!
ry 3, 84
É evidente que os valores de Q continuam os mesmos, mas deve-se agora checar Ney e Nez para ver qual
é o valor crı́tico:

π 2 EIy π 2 × 20000 × 707


Ney = = = 1551, 03kN
(Kx Lx )2 (1, 0 × 300)2

� � � 2 �
1 π 2 ECw 1 π × 20000 × 39930
Nez = 2 + GJ = + 7700 × 20, 58 = 3990, 15kN
r0 (Kz Lz )2 (6, 852 + 3, 842 ) (1, 0 × 300)2

Como Ney < Nez < Nex , Ney é o crı́tico, devendo-se então recalcular o valor do fator de redução associado
à flambagem global χ e seus respectivos parâmetros:

� �
QAg fy 1, 0 × 47, 8 × 25
λ0 = = = 0, 88
Ne y 1550, 62
2 2
λ0 � 1, 5 → χ = 0, 658λ0 = 0, 6580,88 = 0, 72

Assim, finalmente, calcula-se o valor da resistência de cálculo à compressão do perfil como sendo:

χQAg fy 0, 72 × 47, 8 × 25
Nc,Rd = = = 782, 18kN
γa1 1, 1
É possı́vel ver que houve um redução de 20% quando compara-se o segundo caso com o primeiro devido
à diferença nos valores de raios de giração em torno dos eixos x-x e y-y.

Ex. 5.1.3 Poste com perfil W Calcular o esforço normal resistente no mesmo perfil do problema
5.1.2 (caso sem contenção lateral), considerando-o engastado numa extremidade e livre na outra. Comparar
o resultado com o da mesma peça engastada em uma extremidade e rotulada na outra (empenamento livre).
Solução:

Primeiro, o cálculo para o caso engastado-livre. Começa-se calculando o ı́ndice de esbeltez da seção
(lembrando que para o caso engastado-livre tem-se Krecomendado = 2, 1).

Capı́tulo 5. Exercı́cios de Compressão 26


Estruturas Metálicas Prof. Marco André Argenta

KLb,y 2, 1 × 300
� 200 → = 91, 97 � 200 → OK!
rx 6, 85
KLb,x 2, 1 × 300
� 200 → = 164, 06 � 200 → OK!
ry 3, 84

Os valores de Q continuam os mesmos do exercı́cio anterior(Q = 1, 0), então iremos diretamente para o
cálculo de χ e seus parâmetros:

π 2 EIx π 2 × 20000 × 2244


Nex = = = 1116, 31kN
(Ky Ly )2 (2, 1 × 300)2
π 2 EIy π 2 × 20000 × 707
Ney = = = 351, 71kN
(Kx Lx )2 (2, 1 × 300)2
� 2 � � 2 �
1 π ECw 1 π × 20000 × 39930
Nez = 2 + GJ = + 7700 × 20, 58 = 2924, 78kN
r0 (Kz Lz )2 (6, 852 + 3, 842 ) (2, 0 × 300)2

Portanto, o caso crı́tico é para Ney , como já esperado, uma vez que ele possui o menor valor de raio de
giração.

� �
QAg fy 1, 0 × 47, 8 × 25
λ0 = = = 1, 84
Ne 351, 61
0, 877 0, 877
λ0 > 1, 5 → χ = 2 = = 0, 26
λ0 1, 842

Assim, calcula-se então o valor da resistência de cálculo à compressão do perfil como sendo:

χQAg fy 0, 26 × 47, 8 × 25
Nc,Rd = = = 282, 45kN
γa1 1, 1

Na sequência, o mesmo cálculo é feito para o caso engastado-rotulado (Krecomendado = 0, 8).

KLb,y 0, 8 × 300
� 200 → = 35, 04 � 200 → OK!
rx 6, 85
KLb,x 0, 8 × 300
� 200 → = 62, 5 � 200 → OK!
ry 3, 84

Os valores de Q, novamente, continuam os mesmos do exercı́cio anterior(Q = 1, 0), então iremos direta-
mente para o cálculo de χ e seus parâmetros:

π 2 EIx π 2 × 20000 × 2244


Nex = = = 7692, 06kN
(Ky Ly )2 (0, 8 × 300)2
π 2 EIy π 2 × 20000 × 707
Ney = = = 2423, 48kN
(Kx Lx )2 (0, 8 × 300)2
A questão agora é determinar o valor de Kz para o caso onde uma das extremidades possui rotação e
empenamento restringidos (engaste) e a outra rotação impedida e empenamento livre (apoio simples), caso
não previsto pela norma. Sendo conservador, a favor da segurança, pode-se adotar o valor de Kz = 2, 0,
pois quando menor for a força elástica de flambagem maior será o ı́ndice de esbeltez reduzido resultante e,
portanto, menor o valor de χ.

� � � 2 �
1 π 2 ECw 1 π × 20000 × 39930
Nez = 2 + GJ = + 7700 × 20, 58 = 2924, 78kN
r0 (Kz Lz )2 (6, 852 + 3, 842 ) (2, 0 × 300)2

Capı́tulo 5. Exercı́cios de Compressão 27


Prof. Marco André Argenta Estruturas Metálicas

Portanto, o caso crı́tico é para Ney , como já esperado, uma vez que ele possui o menor valor de raio de
giração.

� �
QAg fy 1, 0 × 47, 8 × 25
λ0 = = = 0, 70
Ne 2423, 48
2 2
λ0 � 1, 5 → χ = 0, 658λ0 = 0, 6580,70 = 0, 81

Assim, calcula-se então o valor da resistência de cálculo à compressão do perfil como sendo:

χQAg fy 0, 81 × 1, 0 × 47, 8 × 25
Nc,Rd = = = 879, 95kN
γa1 1, 1
Resumindo-se os quatro casos apresentados nos exercı́cios 5.1.2 e 5.1.3 é possı́vel observar a grande
influência das condições de apoio e da existência de contenções laterais na resistência à compressão:

rotulado-rotulado (com contenção na direção x-x) → Nc,Rd = 977, 73kN


rotulado-rotulado (sem contenção) → Nc,Rd = 782, 18kN
engastado-livre (sem contenção) → Nc,Rd = 282, 45kN
engastado-rotulado (sem contenção) → Nc,Rd = 879, 95kN

Ex. 5.1.4 Perfil composto com perfis H Calcular o esforço resistente de projeto à compressão
em dois perfis H200x41,7kg/m sem ligação entre si e comparar o resultado com o obtido para os perfis
ligados por solda longitudinal. Considerar uma peça de 4m, rotulada nos dois planos de flambagem nas
duas extremidades, aço MR-250 (ASTM A36), Ag = 53, 5cm2 , rx = 8, 77cm, ry = 4, 10, tw = 7, 2mm,
tf = 11, 8mm, h = 181mm, h0 = 157mm, bf = 166mm Ix = 4114cm4 , Iy = 901cm4 , J = 23, 19cm4 e
Cw = 83948cm6 .

Figura 5.3: Perfil Composto.

Solução:

Para os perfis separados começa-se calculando o ı́ndice de esbeltez da seção (lembrando que para o caso
rotulado-rotulado tem-se Krecomendado = 1, 0).

Capı́tulo 5. Exercı́cios de Compressão 28


Estruturas Metálicas Prof. Marco André Argenta

KLb,y 1, 0 × 400
� 200 → = 45, 61 � 200 → OK!
rx 8, 77
KLb,x 1, 0 × 400
� 200 → = 97, 56 � 200 → OK!
ry 4, 10
O próximo passo é calcular os valores dos fatores de redução de flambagem local Qa , Qs e Q. Os
cálculos são apresentados a seguir na ordem indicada:

Elementos AA (somente a alma, Grupo 2):


b h0 157
λe = = = = 21, 81
t tw 7, 2
� �
E 20000
λe,lim = 1, 49 = 1, 49 = 42, 14
fy 25
λe < λe,lim → Qa = 1, 0

Elementos AL (as mesas, Grupo 4):


bf
b 166
λe = = 2 = = 7, 03
t tf 2 × 11, 8
� �
E 20000
λe,lim = 0, 56 = 0, 56 = 15, 84
fy 25
λe < λe,lim → Qs = 1, 0

Q = Qa Qs = 1, 0 × 1, 0 = 1, 0
Na sequência, determina-se o fator de redução associado à flambagem global χ e seus respectivos
parâmetros:

π 2 EIx π 2 × 20000 × 4114


Nex = = = 5076, 76kN
(Ky Ly )2 (1, 0 × 400)2
π 2 EIy π 2 × 20000 × 901
Ney = = = 1111, 85kN
(Kx Lx )2 (1, 0 × 400)2

� � � 2 �
1 π 2 ECw 1 π × 20000 × 83948
Nez = 2 + GJ = + 7700 × 23, 19 = 3010, 54kN
r0 (Kz Lz )2 (8, 772 + 4, 102 ) (1, 0 × 400)2
Portanto, o caso crı́tico é para Ney , como já esperado, uma vez que ele possui o menor valor de raio de
giração.

� �
QAg fy 1, 0 × 53, 5 × 25
λ0 = = = 1, 1
Ne 1111, 85
2 2
λ0 � 1, 5 → χ = 0, 658λ0 = 0, 6581,1 = 0, 60

Assim, calcula-se então o valor da resistência de cálculo à compressão do perfil como sendo:

χQAg fy 0, 60 × 53, 5 × 25
Nc,Rd = = = 729, 55kN
γa1 1, 1
Mas, como ambos estão trabalhando juntos, mesmo que não estejam soldados, dobra-se o valor encon-
trado, sendo portanto:

Capı́tulo 5. Exercı́cios de Compressão 29


Prof. Marco André Argenta Estruturas Metálicas

Nc,Rd−f inal = 2 × 729, 55kN = 1459, 1kN


Agora, os cálculos para o caso dos perfis ligados por solda.
O primeiro passo é determinar o eixo com menor raio de giração (o qual terá, obrigatoriamente, o menor
momento de inércia) para esse novo perfil composto de dois pefis H soldados.
Para o eixo x-x, tem-se que o momento de inércia do conjunto é o dobro do momento de inércia de um
perfil em relação ao mesmo eixo. Analogamente, a área do conjunto também é o dobro da área de apenas
um perfil. Sendo assim, o valor do raio de giração em torno do eixo x-x rx−c do conjunto é o mesmo do
perfil isolado, ou seja:

Ag−c = 2Ag = 2 × 53, 5 = 107, 0cm2


Ix−c = 2Ix = 2 × 4114 = 8228cm4
� � �
Ix−c 2Ix 8228
rx−c = = = = 8, 77cm
Ag−c 2Ag 107

Já para o eixo y-y, o momento de inércia do perfil composto se obtém a partir do teorema dos eixos
paralelos, como segue:

� � �2 � � � �2 �
bf 16, 6cm
Iy−c = 2 Iy + Ag × = 2 901 + 53, 5 × = 9173, 23cm4
2 2
� �
Iy−c 9173, 23
ry−c = = = 9, 26cm
Ag−c 107

Destacando que a distância entre o novo centro de gravidade do perfil composto e o centro de gravidade
de um perfil isolado é de bf /2.
Determina-se então o ı́ndice de esbeltez da seção (lembrando que para o caso rotulado-rotulado tem-se
Krecomendado = 1, 0).

KLb,y 1, 0 × 400
� 200 → = 45, 61 � 200 → OK!
rx − c 8, 77
KLb,x 1, 0 × 400
� 200 → = 43, 20 � 200 → OK!
ry − c 9, 26
Deve-se então reavaliar os valores dos fatores de redução de flambagem local Qa , Qs e Q. Com esta nova
configuração, as flanges externas continuarão sendo elementos AL, como já havia sido calculado (Qs = 1, 0)
e as almas também continuarão sendo elementos AA análogo ao que já havia sido calculado (Qa = 1, 0), mas
as flanges internas que estão soldadas formam agora um novo elemento único AA que deve ser calculado (o
qual será assumindo como sendo parte de uma seção caixão soldada - grupo 2). Os cálculos são mostrados
a seguir:
Elementos AA (flange interna das mesas, seção caixão soldada, Grupo 2):
b b f − tw 166 − 7, 2
λe = = = = 13, 46
t tf 11, 8
� �
E 20000
λe,lim = 1, 49 = 1, 49 = 42, 14
fy 25
λe < λe,lim → Qa = 1, 0

Qc = Qa Qs = 1, 0 × 1, 0 = 1, 0
Na sequência, determina-se o fator de redução associado à flambagem global χ e seus respectivos
parâmetros:

Capı́tulo 5. Exercı́cios de Compressão 30


Estruturas Metálicas Prof. Marco André Argenta

π 2 EIx−c π 2 × 20000 × 8228


Nex−c = = = 10153, 52kN
(Ky Ly )2 (1, 0 × 400)2
π 2 EIy−c π 2 × 20000 × 9173, 23
Ney−c = = = 11320, 08kN
(Kx Lx )2 (1, 0 × 400)2

Em perfis compostos, pelo fato da inércia torcional ser muito elevada, Nez−c não precisa ser calculado
pois sempre será um valor maior que as demais forças axiais elásticas de flambagem.
Portanto, o caso crı́tico é para Nex , como já esperado, uma vez que ele possui o menor valor de raio de
giração.

� �
QAg fy 1, 0 × 53, 5 × 25
λ0−c = = = 0, 34
Nex−c 11317, 02
2 2
λ0−c � 1, 5 → χc = 0, 658λ0 = 0, 6580,34 = 0, 95

Assim, calcula-se então o valor da resistência de cálculo à compressão do perfil como sendo:

χc Qc Ag−c fy 0, 95 × 1, 0 × 107 × 25
Nc,Rd−c = = = 2310, 23kN
γa1 1, 1
Como pode ser visto, quando os perfis estão soldados o esforço resistente de projeto à compressão
(Nc,Rd = 2310, 23kN ) é praticamente 58% maior que para o caso dos dois perfis isolados (Nc,Rd = 1459, 1kN ).

Ex. 5.1.5 Resistência perfil W diferentes aços Calcular a resistência de projeto à compressão
com flambagem para o perfil W310x21,0kg/m com um comprimento de flambagem de 3m nos dois planos de
flambagem. Verificar se o perfil de aço AR-350 é mais econômico que o de aço MR-250 (ASTM A36). Assumir
ambas extremidades rotuladas Ag = 27, 2cm2 , rx = 11, 77cm, ry = 1, 90cm, tw = 5, 1mm, tf = 5, 7mm,
h = 303mm, h0 = 292mm, bf = 101mm Ix = 3776cm4 , Iy = 98cm4 , J = 2, 93cm4 e Cw = 21644cm6 .
Solução:

Primeiro será calcula a resistência de projeto à compressão para o aço MR-250 (ASTM A36). Começa-se
calculando o ı́ndice de esbeltez da seção (lembrando que para o caso rotulado-rotulado tem-se Krecomendado =
1, 0).

KLb,y 1, 0 × 300
� 200 → = 25, 49 � 200 → OK!
rx 11, 77
KLb,x 1, 0 × 300
� 200 → = 157, 89 � 200 → OK!
ry 1, 9

O próximo passo é calcular os valores dos fatores de redução de flambagem local Qa , Qs e Q. Os


cálculos são apresentados a seguir na ordem indicada:

Elementos AA (somente a alma, Grupo 2):

b h0 292
λe = = = = 57, 26
t tw 5, 1
� �
E 20000
λe,lim = 1, 49 = 1, 49 = 42, 14
fy 25
λe > λe,lim → Qa �= 1, 0

Ou seja, precisa-se calcular o valor de Qa . Primeiro deve-se calcular o valor da largura efetiva do elemento
AA bef :

Capı́tulo 5. Exercı́cios de Compressão 31


Prof. Marco André Argenta Estruturas Metálicas

� �
E ca t E
bef = 1, 92t × (1 − )
σ b σ
� �
E 0, 34tw E
bef = 1, 92tw × (1 − )
fy h0 fy
� �
20000 0, 34 × 0, 51 20000
bef = 1, 92 × 0, 51 × (1 − ) = 23, 044cm � b = h0 = 29, 2cm
25 29, 2 25

Com a largura efetiva, calcula-se a área efetiva Aef do elemento AA:


Aef = Ag − (bi − bi,ef )t = Ag − (h0 − bef )tw = 27, 2 − (29, 2 − 23, 044) × 0, 51 = 24, 06cm2

E por fim, o valor de Qa :

Aef 24, 06
Qa = = = 0, 88
Ag 27, 2
Elementos AL (mesas, Grupo 4):
bf
b 101
λe = = 2 = = 8, 86
t tf 2 × 5, 7
� �
E 20000
λe,lim = 0, 56 = 0, 56 = 15, 84
fy 25
λe < λe,lim → Qs = 1, 0

Q = Qa Qs = 0, 8846 × 1, 0 = 0, 88
Na sequência, determina-se o fator de redução associado à flambagem global χ e seus respectivos
parâmetros:

π 2 EIx π 2 × 20000 × 3776


Nex = = = 8283, 84kN
(Ky Ly )2 (1, 0 × 300)2
π 2 EIy π 2 × 20000 × 98
Ney = = = 214, 99kN
(Kx Lx )2 (1, 0 × 300)2

� � � 2 �
1 π 2 ECw 1 π × 20000 × 21644
Nez = 2 + GJ = + 7700 × 2, 93 = 388, 24kN
r0 (Kz Lz )2 (11, 772 + 1, 92 ) (1, 0 × 300)2
Portanto, o caso crı́tico é para Ney , como já esperado, uma vez que ele possui o menor valor de raio de
giração.

� �
QAg fy 0, 88 × 27, 2 × 25
λ0 = = = 1, 67
Ne 214, 99
0, 877 0, 877
λ0 > 1, 5 → χ = = = 0, 31
λ20 1, 672
Assim, calcula-se então o valor da resistência de cálculo à compressão do perfil como sendo:

χQAg fy 0, 31 × 0, 88 × 27, 2 × 25
Nc,Rd = = = 168, 64kN
γa1 1, 1

Capı́tulo 5. Exercı́cios de Compressão 32


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Agora serão apresentados os cálculos para o aço AR-350, o qual possui fy = 350M P a. Os ı́ndices de
esbeltez não são dependentes das propriedades do aço, por isso continuam com os mesmo valores. Entretanto,
os fatores de redução de flambagem local Qa , Qs e Q são dependentes dessas propriedades. Sendo assim, os
cálculos são apresentados a seguir na ordem indicada:
Elementos AA (somente a alma, Grupo 2):

b h0 292
λe = = = = 57, 26
t tw 5, 1
� �
E 20000
λe,lim = 1, 49 = 1, 49 = 35, 62
fy 35
λe > λe,lim → Qa �= 1, 0

Ou seja, precisa-se calcular o valor de Qa . Primeiro deve-se calcular o valor da largura efetiva do elemento
AA bef :

� �
E ca t E
bef = 1, 92t × (1 − )
σ b σ
� �
E 0, 34tw E
bef = 1, 92tw × (1 − )
fy h0 fy
� �
20000 0, 34 × 0, 51 20000
bef = 1, 92 × 0, 51 × (1 − ) = 20, 08cm � b = h0 = 29, 2cm
35 29, 2 35

Com a largura efetiva, calcula-se a área efetiva Aef do elemento AA:


Aef = Ag − (bi − bi,ef )t = Ag − (h0 − bef )tw = 27, 2 − (29, 2 − 20, 08) × 0, 51 = 22, 55cm2

E por fim, o valor de Qa :

Aef 22, 55
Qa = = = 0, 83
Ag 27, 2
Elementos AL (mesas, Grupo 4):

bf
b 101
λe = = 2 = = 8, 86
t tf 2 × 5, 7
� �
E 20000
λe,lim = 0, 56 = 0, 56 = 13, 39
fy 35
λe < λe,lim → Qs = 1, 0

Q = Qa Qs = 0, 83 × 1, 0 = 0, 83
Os valores de Nex e Ney não são dependentes da tensão de escoamento fy do aço, portanto mantém-se
com os mesmos valores. Determina-se então o fator de redução associado à flambagem global χ e λ0 :

� �
QAg fy 0, 83 × 27, 2 × 35
λ0 = = = 1, 92
Ne 214, 99
0, 877 0, 877
λ0 > 1, 5 → χ = 2 = = 0, 24
λ0 1, 922

Capı́tulo 5. Exercı́cios de Compressão 33


Prof. Marco André Argenta Estruturas Metálicas

Assim, calcula-se então o valor da resistência de cálculo à compressão do perfil como sendo:

χQAg fy 0, 24 × 0, 83 × 27, 2 × 35
Nc,Rd = = = 172, 40kN
γa1 1, 1

Pode-se então concluir que, devido à esbeltez elevada do perfil, aumentar a tensão de escoamento ao
trocar o tipo de aço não influi em praticamente nada na resistência de cálculo à compressão do perfil, uma
vez que para MR250 (ASTM A36) Nc,Rd = 171, 38kN e para AR-350 Nc,Rd = 171, 33kN . Como o aço
MR250 (ASTM A36) possui tensão de escoamento menor, sendo portanto mais barato, torna-se o mais
econômico por ambos apresentarem a mesma resistência de cálculo à compressão.

Ex. 5.1.6 Comparação seção composta por cantoneiras de treliça espacial Calcular o
esforço de compressão resistente de projeto de duas cantoneiras L 203x102x25,4mm (8”x4”x1”) trabalhando
isoladamente, conectadas pela maior aba nas extremidades e comparar com o resultado obtido para os perfis
ligados por solda contı́nua formando um tubo retangular. Admitir o comprimento das barras de Lb = 3m
nos dois planos de flambagem, aço MR250 (ASTM A36), ambas as extremidades rotuladas em ambas as
direções, Ag = 70, 97cm2 , rx = 6, 39cm, ry = 2, 61,rmin = 2, 16, t0 = 25, 4mm, c = 3, 81mm, h = 203mm,
b = 102mm, Ix = 2897cm4 , Iy = 482, 8cm4 , xg = 2, 67cm, yg = 7, 75cm, tg(α) = 0, 247, J = 153, 17cm4 e
Cw = 3464, 11cm6 .

Figura 5.4: Cantoneira simples (a) e cantoneira composta (b).

Solução:

No caso dos perfis trabalhando isolados começa-se calculando o ı́ndice de esbeltez da seção (lembrando
que para o caso rotulado-rotulado tem-se Krecomendado = 1, 0). No caso de cantoneiras, as verificações sempre
levam em conta as duas direções coordenadas referenciais x e y e a direção principal com menor inércia.

Capı́tulo 5. Exercı́cios de Compressão 34


Estruturas Metálicas Prof. Marco André Argenta

KLb,y 300
� 200 → = 46, 95 � 200 → OK!
rx 6, 39m
KLb,x 300
� 200 → = 114, 94 � 200 → OK!
ry 2, 61m
KLb,min 300
� 200 → = 138, 89 � 200 → OK!
rmin 2, 16m

Imin 2
rmin = → Imin = rmin Ag = 2, 16 × 70, 97 = 153, 3cm4
Ag
O próximo passo é calcular os valores dos fatores de redução de flambagem local Qa , Qs e Q. Não
existem elementos AA, entretanto existem dois elementos AL (abas desiguais). Os cálculos são apresentados
a seguir na ordem indicada:
Maior aba (Grupo 3):
b h 203
λe = = = = 7, 99
t t0 25, 4
� �
E 20000
λe,lim = 0, 45 = 0, 45 = 12, 73
fy 25
λe < λe,lim → Qs,ma = 1, 0
Menor aba (Grupo 3):
b h 102
λe = = = = 4, 02
t t0 25, 4
� �
E 20000
λe,lim = 0, 45 = 0, 45 = 12, 73
fy 25
λe < λe,lim → Qs,me = 1, 0

Q = Qa Qs = Qs,ma Qs,me = 1, 0 × 1, 0 = 1, 0
Na sequência, determina-se o fator de redução associado à flambagem global χ. Inicia-se com o cálculo
do comprimento de flambagem equivalente. No caso, as cantoneiras são conectadas pela maior aba e o
comprimento de flambagem equivalente é função da relação entre o comprimento destravado e o raio de
giração, sendo Lx1 o comprimento destravado na direção do eixo perpendicular à aba conectada, ou seja,
Lx1 ≡ Lx e rx2 o raio de giração em torno do eixo paralelo a aba conectada, no caso a maior aba, portanto
rx2 ≡ ry :

Lx1 Lx 300
= = = 114, 94 > 80
rx2 ry 2, 61
Ou seja:

Kx1 Lx1 = Kx Lx = 32ry + 1, 25Lx = 458, 52


Portanto, a força axial elástica de flambagem é:

π 2 EIx2 π 2 EIy π 2 × 20000 × 482, 8


Nex2 = = = = 453, 41kN
(Kx1 Lx1 )2 (Kx Lx )2 458, 522
E o ı́ndice de esbeltez reduzido:

� �
QAg fy 1, 0 × 70, 97 × 25
λ0 = = = 1, 98
Ne 453, 41
0, 877 0, 877
λ0 > 1, 5 → χ = 2 = = 0, 22
λ0 1, 982

Capı́tulo 5. Exercı́cios de Compressão 35


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Assim, calcula-se então o valor da resistência de cálculo à compressão do perfil como sendo:

χQAg fy 0, 22 × 1, 0 × 70, 97 × 25
Nc,Rd = = = 354, 85kN
γa1 1, 1

Para os dois perfis trabalhando ao mesmo tempo tem-se:

Nc,Rd−2L = 2 × 354, 85kN = 709, 7kN

Agora será calculada a resistência para os dois perfis de cantoneira ligados por solda formando um tubo
retangular. Estando os dois perfis soldados, eles passam a trabalhar como uma peça única. O centro de
gravidade se situa a meia-altura e a meia-largura do perfil e, sendo a peça simétrica, seus eixos de simetria
coincidirão com os eixos principais de inércia. Como o comprimento e as condições de apoio são os mesmos
para ambos os planos (definido no enunciado do problema), a direção com o menor momento de inércia terá
também o menor raio de giração, a maior esbeltez, a menor força axial de flambagem elástica e será o caso
crı́tico.
O cálculo dos momentos de inércia e raios de giração são apresentados a seguir (a partir das propriedades
da cantoneira original):

Ix,tubo = 2 × [Ix + Ag × (ytubo − y)2 ] = 2 × [2897 + 70, 97 × (10, 15 − 7, 75)2 ] = 6611, 57cm4
� �
Ix,tubo 6611, 57
ix,tubo = = = 6, 82cm
2 × Ag 2 × 70, 97
Iy,tubo = 2 × [Iy + Ag × (xtubo − x)2 ] = 2 × [482, 8 + 70, 97 × (5, 10 − 2, 67)2 ] = 1803, 74cm4
� �
Iy,tubo 1803, 74
iy,tubo = = = 3, 56cm
2 × Ag 2 × 70, 97

O cálculo da constante de torção pura pode ser aproximado por:

2 × t 2 × b2 × h2 2 × 2, 542 × 10, 22 × 20, 32


Jtubo = = = 7140, 95cm4
t(b + h) 2, 54(10, 2 + 20, 3)

O ı́ndice de esbeltez da seção será (lembrando que para o caso rotulado-rotulado tem-se Krecomendado =
1, 0):

KLb,x 300
� 200 → = 43, 99 � 200 → OK!
ix,tubo 6, 82
KLb,y 300
� 200 → = 84, 27 � 200 → OK!
iy,tubo 3, 56

O próximo passo é calcular os valores dos fatores de redução de flambagem local Qa , Qs e Q. Não há
elementos AL porque a seção agora é considerada como uma seção caixão, entretanto há dois elementos AA.
Os cálculos são apresentados a seguir na ordem indicada:
Maior lado (Grupo 2):

b (203 − 2 × 25, 4)
λe = = = 5, 99
t 25, 4
� �
E 20000
λe,lim = 1, 40 = 1, 49 = 42, 14
fy 25
λe < λe,lim → Qa,ma = 1, 0

Capı́tulo 5. Exercı́cios de Compressão 36


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Menor lado (Grupo 2):

b (102 − 2 × 25, 4)
λe = = = 2, 02
t 25, 4
� �
E 20000
λe,lim = 1, 49 = 1, 49 = 42, 14
fy 25
λe < λe,lim → Qa,me = 1, 0

Q = Qa Qs = Qa,ma Qa,me = 1, 0 × 1, 0 = 1, 0
Na sequência, determina-se o fator de redução associado à flambagem global χ e seus respectivos
parâmetros:

π 2 EIx,tubo π 2 × 20000 × 6611, 57


Nex,tubo = = = 14504, 56kN
(Ky Ly )2 (1, 0 × 300)2
π 2 EIy,tubo π 2 × 20000 × 1803, 74
Ney,tubo = = = 3957, 07kN
(Kx Lx )2 (1, 0 × 300)2

Em seções fechadas, a constante de empenamento Cw tem um valor muito pequeno, podendo ser adotada
como Cw = 0.

� � � 2 �
1 π 2 ECw 1 π × 20000 × 0, 0
Nez = 2 + GJ = + 7700 × 7140, 95 = 93013, 80kN
r0 (Kz Lz )2 (6, 822 + 3, 562 ) (1, 0 × 300)2

Portanto, o caso crı́tico é para Ney,tubo , como já esperado, uma vez que ele possui o menor valor de raio
de giração.

� �
QAg,tubo fy 1, 0 × (2 × 70, 97) × 25
λ0 = = = 0, 95
Ney,tubo 3957, 07
2 2
λ0 � 1, 5 → χ = 0, 658λ0 = 0, 6580,95 = 0, 69

Assim, calcula-se então o valor da resistência de cálculo à compressão do perfil como sendo:

χQAg,tubo fy 0, 69 × 1, 0 × 2 × 70, 97 × 25
Nc,Rd = = = 2225, 88kN
γa1 1, 1
Verifica-se portanto que o perfil composto soldado tem uma carga axial resistente de mais de 3 vezes dos
dois perfis isolados.

Ex. 5.1.7 Coluna diferentes apoios Uma coluna é engastada nos dois planos de flambagem e, no
topo, tem condições de apoio diferentes em cada plano. É rotulado no plano x-z, na direção de x, e livre
no plano y-z, na direção de y. Admitindo-se um perfil soldado CS, determinar se a posição 1 ou 2 é a mais
eficiente.

Capı́tulo 5. Exercı́cios de Compressão 37


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Figura 5.5: Variação na posição do perfil, na figura tanto para o plano x-z quanto para o plano y-z é ilustrada
a posição 1.

Solução:

Ao checar as tabelas de perfis CS é possı́vel perceber que o raio de giração em torno do eixo paralelo à
mesa do perfil (eixo ”a”deste exemplo) é sempre maior que o do eixo perpendicular à mesa (eixo ”m”deste
exemplo), ou seja:

i a > im
O valor do coeficiente recomendado de flambagem para o caso engastado-rotulado (plano x-z, ou seja,
na direção de x) é:

Kx = 0, 8
O valor do coeficiente recomendado de flambagem para o caso engastado-livre (plano y-z, ou seja, na
direção de y) é:

Ky = 2, 1
O caso crı́tico é o caso engastado-livre (plano y-z, ou seja, na direção de y, com propriedades em torno de
x) pois esse possui o maior coeficiente recomendado de flambagem. Por este motivo, terá também o maior
comprimento de flambagem, o maior ı́ndice de esbeltez, a menor força axial de flambagem elástica, o maior
λ0 , o menor fator de redução associado à flambagem global e a menor resistência de cálculo à compressão,
ou seja:

�  2
KLb π 2 EI QAg fy 0, 658λ0 χQAg fy
↑ K ⇒↑ KLb ⇒↑ ⇒↓ Ne = ⇒↑ λ0 = ⇒↓ χ = 0, 877 ⇒↓ Nc,Rd =
r (KLb )2 Ne  2 γa1
λ0

Sendo assim, o maior raio de giração, ia , deve trabalhar com o maior coeficiente recomendado de flam-
bagem Ky (plano y-z, ou seja, na direção de y, em torno de x) para compensar os resultados descritos
anteriormente. Sendo assim, a posição 2 é a mais eficiente, quando ”a”está na direção do eixo y.

Ex. 5.1.8 Dimensionamento coluna diferentes apoios Selecionar um perfil soldado CS de aço
MR250 (ASTM A36) para a coluna do problema anterior, assumindo que ela tenha 4 metros de altura e
que deva suportar as cargas Ng = 300kN proveniente do peso próprio de elementos construtivos em geral e
equipamentos e Nq = 300kN proveniente da ação do vento.

Capı́tulo 5. Exercı́cios de Compressão 38


Estruturas Metálicas Prof. Marco André Argenta

Solução:

Primeiro deve-se montar a combinação do ELU crı́tica para os esforços solicitantes como segue:

Nc,Sd = γg Ng + γq Nq = 1, 5 × 300 + 1, 4 × 300 = 870kN


Adotando-se os coeficientes recomendados de flambagem do exercı́cio anterior, calcula-se os ı́ndices de
esbeltez:

Ky Lb,y 2, 1 × 400 840


� 200 → = � 200
rx rx rx
Kx Lb,x 0, 8 × 400 320
� 200 → = � 200
ry ry ry
rx ∼
Na tabela de perfis, é possı́vel observar que a relação = 1, 7; então tem-se:
ry

840
eixox →
rx
320 320 544
eixoy → = rx =
ry rx
1, 7
Como o valor do ı́ndice de esbeltez em torno do eixo x é aproximadamente 54% maior que do eixo y
(0, 544); conclui-se que a flambagem ocorrerá em torno do eixo x (como explicado no exercı́cio anterior).
Assumindo-se primeiramente χ = 1, 0 e Q = 1, 0 (coluna sem instabilidades, utilizando toda a resistência
do perfil), pode-se afirmar que:

χQAg fy
Nc,Rd = → Nc,Rd � Nc,Sd = 870kN
γa1
χQAg fy 870 × γ1 870 × 1, 1
870 � → Ag � = = 38, 28cm2
γa1 χQfy 1, 0 × 1, 0 × 25

Portanto, ao olhar a tabela o primeiro perfil com área maior que 38, 28cm2 é o perfil CS250x52. As
propriedades desse perfil são: Ag = 66, 0cm2 , rx = 10, 80cm, ry = 6, 12cm, tw = 8, 0mm, tf = 9, 5mm,
h = 250mm, h0 = 231mm, bf = 250mm Ix = 7694cm4 , Iy = 2475cm4 , J = 18cm4 e Cw = 38656cm6 .

Com essas informações, deve então ser checado se o perfil possui a resistência de cálculo à compressão
necessária para resistir às solicitações impostas e as condições impostas por norma. Começa-se calculando
o ı́ndice de esbeltez da seção:

KLb,x 2, 1 × 400 840


� 200 → = = 77, 78 � 200
rx 10, 8 10, 8
KLb,y 0, 8 × 400 320
� 200 → = = 52, 29 � 200
ry 6, 12 6, 12

Na sequência, determina-se o fator de redução associado à flambagem local Q e seus respectivos


parâmetros:
Elementos AA (alma, Grupo 2):
b h0 231
λe = = = = 28, 875
t � tw 8

E 20000
λe,lim = 1, 49 = 1, 49 = 42, 144
fy 25
λe < λe,lim → Qa = 1, 0

Capı́tulo 5. Exercı́cios de Compressão 39


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Elementos AL (mesas, Grupo 5):

bf 250
b 2
λe = = = 2 = 13, 16
t tf 9, 5
4 4
kc = � =� = 0, 716 → 0, 35 � kc � 0, 76 → OK!
h 250
tw 8
� �
Ekc 20000 × 0, 716
λe,lim = 0, 64 = 0, 64 = 15, 78
fy 25
λe < λe,lim → Qs = 1, 0

Q = Qa Qs = 1, 0 × 1, 0 = 1, 0
Na sequência, determina-se o fator de redução associado à flambagem global χ e seus respectivos
parâmetros:

π 2 EIx π 2 × 20000 × 7694


Nex = = = 2152, 96kN
(Ky Ly )2 (2, 1 × 400)2
π 2 EIy π 2 × 20000 × 2475
Ney = = = 4772, 19kN
(Kx Lx )2 (0, 8 × 400)2
� � � 2 �
1 π 2 ECw 1 π × 20000 × 38656
Nez = 2 + GJ = + 7700 × 18 = 1209, 01kN
r0 (Kz Lz )2 (10, 82 + 6, 122 ) (1, 0 × 400)2
Portanto, o caso crı́tico é para Nez .

� �
QAg fy 1, 0 × 66 × 25
λ0 = = = 1, 17
Nez 1209, 01
2 2
λ0 � 1, 5 → χ = 0, 658λ0 = 0, 6581,17 = 0, 56

Assim, calcula-se então o valor da resistência de cálculo à compressão do perfil como sendo:

χQAg fy 0, 56 × 1, 0 × 66 × 25
Nc,Rd = = = 840kN
γa1 1, 1
Como Nc,Rd = 840kN < Nc,Sd = 870kN , esse perfil não atende ao dimensionamento segundo a norma.
Portanto, deve-se adotar o próximo perfil na tabela para as verificações.

Para o perfil CS250x63, o próximo da tabela de perfis soldados CS, Nc,Rd = 1335, 57kN < Nc,Sd =
870kN , verificando assim a resistência necessária.

Desafio: Refaça os cálculos para esse perfil CS250x63 e verifique se Q continua igual a 1,0, qual é o
Ne crı́tico e em quanto modifica-se o valor de χ. Os dados do perfil são: Ag = 80, 5cm2 , rx = 10, 9cm,
ry = 6, 36cm, tw = 8, 0mm, tf = 12, 5mm, h = 250mm, h0 = 225mm, bf = 250mm Ix = 9581cm4 ,
Iy = 3256cm4 , J = 36, 82cm4 e Cw = 508750cm6 .

5.2 Propostos, nı́vel iniciante

Ex. 5.2.1 Esforço Resistente Coluna Simples Determine a força axial resistente de cálculo para
o comprimento do pilar de figura de L = e de L =. O perfil é o W250x32,7kg/m e o aço o A992.

Capı́tulo 5. Exercı́cios de Compressão 40


Estruturas Metálicas Prof. Marco André Argenta

Figura 5.6: Coluna à compressão simples.

Ex. 5.2.2 Esforço resistente com contenção Um perfil CS250x90,4kg/m é usado como uma
coluna de 5,0 m de comprimento. Ambas as extremidades são rotuladas e existe uma contenção na direção
y (restringe em torno de y) à 2 m do topo. Determine o esforço axial resistente máximo de compressão.

Figura 5.7: Esquema das direções da coluna e a contenção na direção y.

Ex. 5.2.3 Contenção Dupla A coluna da figura tem 10 m de comprimento e possui duas contenções
laterias na direção de menor inércia, localizadas à 3 m do topo e da base. Dimensione utilizando um perfil
W de aço MR-250 considerando a carga permanente de equipamentos de 1500kN e a carga acidental do uso
de 2980kN .

Capı́tulo 5. Exercı́cios de Compressão 41


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Figura 5.8: Esquema da contenção dupla na menor inércia.

5.3 Propostos, nı́vel intermediário

Ex. 5.3.1 Escora Uma escora de comprimento de flambagem 10 m deve suportar uma carga de 300
kN do tipo permanente em geral. Dimensionar a escora utilizando aço MR250 e os perfis da figura 5.9 o
mais eficiente (menor peso de aço para maior carga resistente):

a) Perfil I simples (figura 5.9(a));


b) Duplo I (figura 5.9(b));
c) Duplo U fechado (figura 5.9(c));
d) Perfil CS soldado (figura 5.9(d)).

Figura 5.9: Perfis para o dimensionamento da escora.

Ex. 5.3.2 Perfil Construı́do O perfil tubular construı́do de chapas soldadas da figura foi criado para
ser aplicado em uma coluna de 15 m de comprimento. Determine o valor da resistência à compressão. O
aço é o AR-415.

Capı́tulo 5. Exercı́cios de Compressão 42


Estruturas Metálicas Prof. Marco André Argenta

Figura 5.10: Esquema da seção do perfil construı́do e da coluna.

Ex. 5.3.3 Perfis Justapostos U Uma diagonal de treliça, formada por dois perfis justapostos de
aço MR250, tem um comprimento de flambagem de 2,50 m e uma carga axial de 150 kN, variável de uso.
Dimensionar a diagonal utilizando dois perfis U justapostos, unidos pela alma.

Ex. 5.3.4 Perfis I Compostos Dada a coluna composta de dois perfis W, pede-se a distancia ”d”entre
os perfis tal que NRd,x seja igual a NRd,y e a resistência de cálculo a compressão da coluna. O aço é o A-572
Gr. 50 e o perfil W 360x72, 0kg/m, com Ag = 101, 2cm2 , rx = 14, 86cm, ry = 4, 84cm, Ix = 20169cm4 ,
Iy = 2140cm4 , Cw = 599082cm6 e J = 61, 18cm4 .

Figura 5.11: Esquema da coluna de perfis I compostos.

5.4 Propostos, nı́vel graduado

Ex. 5.4.1 Pórtico Simples O pórtico rı́gido da figura possui todas as barras orientadas para que
a flexão ocorra no sentido da maior inércia. As condições de apoio perpendiculares ao plano são tais que
K = 1, 0 As vigas são de W e as colunas de W, aço A-36. A carga axial na coluna AB permanente de
equipamentos é de 400kN e a carga variável do uso de 500kN . Determine o esforço axial resistente de
compressão da coluna AB.

Capı́tulo 5. Exercı́cios de Compressão 43


Prof. Marco André Argenta Estruturas Metálicas

Figura 5.12: Esquema do pórtico.

Ex. 5.4.2 Pórtico Elevado Dimensione as colunas AB e BC usando perfis W e aço A992. Na direção
perpendicular à figura, K = 1, 0. As solicitações na coluna no ponto C são: Permanente Peso Próprio
Metálicos: 100kN , Permanente Equipamentos 300kN , acidental uso 450kN . No ponto B: Permanente Peso
Próprio Metálicos: 70kN , Permanente Equipamentos: 180kN , acidental uso 220kN . Considere o peso
próprio das colunas AB e BC. Nos pesos em B devem ser consideradas as cargas transmitidas por CB.

Figura 5.13: Esquema e dimensões do pórtico.

Capı́tulo 5. Exercı́cios de Compressão 44


4
Exercı́cios de Tração

4.1 Resolvidos
Ex. 4.1.1 Chapa simples tracionada Calcular a espessura necessária de uma chapa de 100 mm de
largura, sujeita a um esforço axial de 100 kN (10 tf) de cálculo, figura 4.1. Resolver o problema para o aço
MR250.

Nsd = 100 kN
100 mm

Figura 4.1: Chapa submetida à tração

Solução:

Para aço MR250, tem-se:

fy = 250M P a = 25kN/cm2
A área bruta necessária pode ser determinada através do escoamento da seção bruta:

ESB Ag f y
Nt,rd = Nt,sd =
γa1
Nt,sd γa1 100 × 1, 1
∴ Ag = = = 4, 40cm2
fy 25

Desta forma, a espessura necessária (t) é:

Ag 4, 4
t== = 0, 44cm = 4, 40mm
B 10
Deve-se procurar a espessura comercial acima do mı́nimo definido mas o mais perto possı́vel deste, sendo
então sugerido adotar uma chapa de 3/16”(equivalente a aproximadamente 4,75 mm).

Ex. 4.1.2 Chapa simples tracionada com Estados Limites Repetir o 4.1.1 considerando que
o valor de 100kN é o valor caracterı́stico de uma carga variável de uso e ocupação.
Solução:

A solicitação de cálculo vale:

Nt,Sd = γq Nk = 1, 5 × 100 = 150kN

5
Prof. Marco André Argenta Estruturas Metálicas

A área bruta necessária será obtida através de:

ESB Ag f y
Nt,Rd = Nt,Sd =
γa1
Nt,Sd γa1 150 × 1, 1
Ag = = = 6, 60cm2
fy 25

Desta forma, a espessura necessária é:


6, 60
t= = 0, 66cm = 6, 60mm
10
Podendo-se adotar a chapa de 5/16”(equivalente a aproximadamente 8,0 mm), mais espessa que a chapa
do exercı́cio anterior função da necessidade de majoração do tipo do carregamento.

1
Ex. 4.1.3 Chapa simples Parafusada Uma chapa de x5”(1,27x12,7cm) de aço A36 (MR250) é
2
solicitada à tração conforme indicado na figura 4.2. Ela está conectada à uma chapa gusset por quatro
5
parafusos de diâmetro ”(15,875mm). Determine o esforço de tração resistente pelo método dos estados
8
limites.

Figura 4.2: Extremidade da Chapa.

Solução:

a) Primeiro calculam-se os parâmetros necessários:

Ag = B × t = 12, 7 × 1, 27 = 16, 13cm2


df = db + 1, 5mm = 15, 88mm + 1, 5mm = 17, 38mm
df e = df + 2mm = 17, 38mm + 2mm = 19, 38mm
Ae = lr,cr t = (B − 2 × df e ) × t = [12, 7 − (2 × 1, 94)] × 1, 27 = 11, 20cm2
Ct = 1, 0 (Transmissão de esforços por todos os elementos da seção transversal)

b) Cálculos dos esforços de tração resistentes de cálculo utilizando o método dos Estados Limites:

ESB Ag f y 16, 13 × 25
Nt,Rd = = = 366, 59kN
γa1 1, 1
RSL Ct Ae fu 1, 0 × 11, 20 × 40
Nt,Rd = = = 331, 85kN
γa2 1, 35
RSL = 331, 85kN , esse é o limitador da resistência do elemento.
Como o menor valor é o referente à Nt,Rd

Capı́tulo 4. Exercı́cios de Tração 6


Estruturas Metálicas Prof. Marco André Argenta

Ex. 4.1.4 Tirante Rosqueado Calcular o diâmetro do tirante capaz de suportar uma carga perma-
nente especial axial de 150 kN de um equipamento, sabendo-se que a transmissão de carga será feita por
um sistema de roscas e porcas. Admitindo-se aço MR250 (ASTM A36).
Solução:

Primeiro será determinado a força de tração solicitante de cálculo:

Nt,Sd = γg Nk = 1, 4 × 150 = 210kN


O dimensionamento de barras rosqueadas é feito através das equações a seguir para os casos ESB e RSL:

ESB Ag f y
Nt,Rd =
γa1
ESB γ
Nt,Rd a1 210 × 1, 1
Ag = = = 9, 24cm2
fy 25
RSL Ct Ae fu Ct 0, 75Ag fu
Nt,Rd = =
γa2 γa2
RSL γ
Nt,Rd a2 210 × 1, 35
Ag = = = 9, 45cm2
1, 0 × 0, 75fu 0, 75 × 40

Como o caso crı́tico é o RSL (necessita de área maior que o caso ESB para ter a força de tração resistente
mı́nima necessária), tem-se:

Ag = π × r2
� �
Ag 9, 45
r= = = 1, 73cm
π π
d = 2r = 2 × 1, 73cm = 3, 47cm

Sendo assim, a barra deve ter um diâmetro maior ou igual à 3,47 cm. Comparando-se com os diâmetros
comerciais disponı́veis sugere-se adotar a barra com diâmetro 3/8”(equivalente à 3,49 cm).

Ex. 4.1.5 Emenda de Chapas Parafusadas Duas chapas de 22x300 mm são emendadas por meio
de talas, também de 22x300 mm, com 2x8 parafusos de diâmetro 7/8”(aproximadamente 22,2 mm), figura
4.3. Verificar se as dimensões das chapas são satisfatórias, admitindo-se aço MR250 (ASTM A36), força
permanente de 300 kN (equipamentos) tracionando as chapas e B = 300 mm.

t = 22 mm
300 mm

Nsd = 300 kN

Figura 4.3: Ligação entre as chapas.

Solução:

Capı́tulo 4. Exercı́cios de Tração 7


Prof. Marco André Argenta Estruturas Metálicas

O esforço solicitante de cálculo será:

Nt,Sd = γq Nk = 1, 5 × 300 = 450kN


Há duas checagem que teoricamente seriam necessárias a partir daqui: a conferência das chapas com
a força de tração solicitante de cálculo atuando igual à 450kN e a conferência das talas (chapas curtas
superior e inferior de ligação) com uma força de tração solicitante de cálculo de 450/2=225kN atuando em
cada uma. Entretanto, é fácil observar que o caso crı́tico é para as chapas ao se saber que ambas chapas e
talas possuem a mesma espessura. Sendo assim, apenas esse caso será verificado.
Define-se então as áreas bruta e lı́quida:

Ag = B × t = 30 × 2, 22 = 66, 6cm2
df = db + 1, 5mm = 22, 2mm + 1, 5mm = 23, 7mm
df e = df + 2mm = 23, 7mm + 2mm = 25, 7mm
Ae = lr,cr t = (B − 4 × df e ) × t = (30 − 4 × 2, 57) × 2, 22 = 43, 78cm2

Como a força de tração é transmitida diretamente por todos os elementos da seção transversal das chapas
por furos, tem-se:

Ct = 1, 0
São então calculados os valores dos esforços resistentes de cálculo para as situações ESB e RSL:

ESB Ag f y 66, 6 × 25
Nt,Rd = = = 1513, 64kN
γa1 1, 1
RSL C t Ae f u 1, 0 × 43, 78 × 40
Nt,Rd = = = 1297, 19kN
γa2 1, 35
Como os esforços resistentes de cálculo para os casos ESB e ESL, respectivamente 1513,64kN e 1297,19kN,
são maiores que os esforços solicitantes de cálculo, 450kN, conclui-se que as dimensões das chapas são
satisfatórias, com fator de segurança F S = Nt,Sd /Nt,Rd = 0, 347 < 1, 0, ou seja, está sendo utilizada apenas
34,7 % da resistência total de cálculo das chapas.

Ex. 4.1.6 Chapa com múltiplos furos Determinar a menor área lı́quida efetiva Ae para a chapa
representada a seguir. Os furos são para parafusos de diâmetro 1”(2,54cm), as dimensões verticais entre furos
são 3”, 5”, 5”e 3”(7,62cm; 12,7cm; 12,7cm e 7,62cm), totalizando 16”(40,64cm), as dimensões horizontais
são sempre iguais à 3”(7,62cm) e a espessura vale t = (3/4)”(1, 905cm).

Figura 4.4: Ligação múltiplos furos.

Capı́tulo 4. Exercı́cios de Tração 8


Estruturas Metálicas Prof. Marco André Argenta

Solução:

Primeiro deve-se determinar o valor de def :

df = db + 1, 5mm = 25, 4mm + 1, 5mm = 26, 9mm


def = df + 2mm = 26, 9mm + 2mm = 28, 9mm

Na sequência, é necessário avaliar quais são os percursos possı́veis de ruptura. Ao analisar o padrão
de furação percebe-se que há duas possibilidades básicas: abde ou abcde (porque não ibcdh, ou ijcfh, ou
ijcde?). Sendo assim, testam-se ambas para descobrir qual é a crı́tica:

Linha de ruptura abde:

lr,abde = B − 2def = 40, 64 − 2 × 2, 89 = 34, 86cm

Linha de ruptura abcde:

s2 7, 622
lr,abcde = B − 3def + 2 × = 40, 64 − 3 × 2, 89 + 2 × = 40, 64 − 8, 67 + 2 × 1, 14 = 34, 26cm
4g 4 × 12, 7
Como o menor valor é referente ao percurso abcde este é o comprimento crı́tico, lr,cr = 34, 26cm. Sendo
assim, calcula-se Ae como sendo:

Ae = lr,cr × t = 34, 26 × 1, 91 = 65, 26cm2

Ex. 4.1.7 Emenda de Chapas Parafusadas por transpasse Duas chapas de 280x20 mm de
aço MR250 (ASTM A36) são emendadas por transpasse, com parafusos de diâmetro 20 mm e com os furos
sendo realizados por punção, figura 4.5. Calcular o esforço resistente de projeto das chapas, admitindo-as
submetidas à tração axial.

Nsd

1 2 3
40 50 50 50 50

280 mm

a 75 75 75 75 t = 20 mm

Figura 4.5: Ligação e Linhas de Ruptura.

Solução:

A ligação por transpasse introduz excentricidades no esforço de tração, mas esse efeito será desprezado,
admitindo-se as chapas sujeitas à tração axial. Primeiro será calculado o diâmetro teórico do furo:

Capı́tulo 4. Exercı́cios de Tração 9


Prof. Marco André Argenta Estruturas Metálicas

df = db + 1, 5mm = 20mm + 1, 5mm = 21, 5mm


def = df + 2mm = 21, 5mm + 2mm = 23, 5mm

O esforço resistente de cálculo poderá ser determinado pela seção bruta (ESB) ou pela seção lı́quida
(RSL) da chapa, sendo que a menor seção lı́quida deverá ser determinada ao se definir qual dos percursos
(1, 2, 3 ou algum outro) é o percurso crı́tico. Sendo assim, calcula-se a seguir as áreas bruta e lı́quida:

Ag = B × t = 28 × 2 = 56cm2
Ruptura pela linha 1

A(1)
e = (B − 2 × def ) × t = (28 − 2 × 2, 35) × 2 = 23, 3 × 2 = 46, 6cm
2

Ruptura pela linha 2

s2 7, 52
A(2)
e = (B + 2 × − 4 × def ) × t = (28 + 2 × − 4 × 2, 35) × 2 = 24, 225 × 2 = 48, 45cm2
4g 4×5
Ruptura pela linha 3

s2 7, 52
A(3)
e = (B + 4 × − 5 × def ) × t = (28 + 4 × − 5 × 2, 35) × 2 = 27, 5 × 2 = 55cm2
4g 4×5
Ainda, como a força de tração é transmitida diretamente por todos os elementos da seção transversal
das chapas por furos, tem-se:

Ct = 1, 0
Sendo assim, a situação crı́tica, correspondente à menor área lı́quida efetiva, é dada pela linha de ruptura
1 (se as chapas tivessem espessuras diferentes, a linha 1 e 2 corresponderia a chapa inferior e a linha 3 a
chapa superior). Calcula-se então o valor dos esforços resistentes de projeto como segue:

ESB Ag f y 56 × 25
Nt,Rd = = = 1272, 73kN
γa1 1, 1
(1)
RSL C t Ae f u 1, 0 × 46, 6 × 40
Nt,Rd = = = 1380, 74kN
γa2 1, 35

Como o valor da força resistente de cálculo para ESB (1272,73kN) é inferior ao valor para RSL
(1380,74kN), portanto a força resistente de cálculo global é determinada pelo valor do caso ESB (1272,73kN).

Ex. 4.1.8 Cantoneira com abas desiguais parafusada em aba única Uma cantoneira L
3(1/2)x(3/8)”(22,58x0,953cm) está conectada à uma chapa Gusset por parafusos de 22,22mm como mostra
a figura 4.6. Sendo o tipo do aço A36 (MR250), a carga permanente de equipamentos aplicada de 115,69kN
e a carga variável de uso de 66,72kN, determine se o elemento é capaz de resistir às solicitações impostas.
Assumir que Ct = 0, 85 e Ag = 16, 13cm2 .

Capı́tulo 4. Exercı́cios de Tração 10


Estruturas Metálicas Prof. Marco André Argenta

Figura 4.6: Extremidade da cantoneira simples com chapa Gusset.

Solução:

Pelo método dos Estados Limites, no caso Último (dimensionamento), combinações normais:

Nt,Sd = γg Fgk + γq Fqk = 1, 5 × 115, 69 + 1, 5 × 66, 72 = 273, 62kN


Em seguida, a área lı́quida efetiva é determinada:

df = db + 1, 5mm = 22, 225mm + 1, 5mm = 23, 725mm


def = df + 2mm = 23, 7mm + 2mm = 25, 725mm

Neste cado para essa cantoneira ligada por uma aba apenas, é mais simples calcular Ae usando a área bruta
Ag :
Ae = Ag − def × t = 16, 13 − 2, 57 × 0, 953 = 16, 13 − 2, 45 = 13, 68cm2
Calcula-se então o esforço de tração resistente de cálculo para ESB e RSL:

ESB Ag f y 16, 13 × 25
Nt,Rd = = = 366, 57kN
γa1 1, 1
RSL C t Ae f u 0, 85 × 13, 68 × 40
Nt,Rd = = = 344, 51kN
γa2 1, 35
Como Nt,Rd,min = 344, 51kN > Nt,Sd = 273, 61kN , o elemento resiste à solicitação imposta.

Ex. 4.1.9 Barra composta com cantoneiras parafusadas Um perfil formado por duas canto-
neiras L 5x3x5/16”LLBB (long-legs back-to-back) de aço A36 (MR250) está sujeito à esforços de tração.
Determinar a força axial de tração resistente de cálculo assumindo-se Ct = 0, 75, área da cantoneira de
15, 55cm2 e furos para parafusos de 1/2”(1,27 cm). Observar ainda que uma cantoneira L 5x3x5/16”é
aproximadamente equivalente à L 12,7x7,62x0,794 cm.

Figura 4.7: Dupla cantoneira.

Capı́tulo 4. Exercı́cios de Tração 11


Prof. Marco André Argenta Estruturas Metálicas

Solução:

Há duas abordagens possı́veis para perfis compostos, pode-se considerar o perfil como uma peça composta
(no caso ambos os perfis formando uma seção única resistente) e calcular sua resistência, ou considerar cada
perfil separadamente (apenas uma única cantoneira no caso) e dobrar (no caso de perfil composto duplo) os
valores de resistência calculados. Nesse exemplo será adotada a segunda abordagem.
Como já tem-se o valor de Ag , deve-se calcular Ae como segue:

df = db + 1, 5mm = 12, 7mm + 1, 5mm = 14, 2mm


def = df + 2mm = 14, 2mm + 2mm = 16, 2mm

Ae = Ag − 2 × def × t = 15, 55 − 2 × 1, 62 × 0, 794 = 12, 98cm2


Na sequência, calculam-se as forças axiais de tração solicitante de cálculo de apenas uma cantoneira:

ESB Ag f y 15, 55 × 25
Nt,Rd = = = 353, 37kN
γa1 1, 1
RSL C t Ae f u 0, 75 × 12, 98 × 40
Nt,Rd = = = 288, 37kN
γa2 1, 35
RSL = 288, 37kN . Entretanto, o valor
Sendo assim, o valor resistente mı́nimo é para o caso RSL e vale Nt,Rd
resistente encontrado é apenas uma das cantoneiras, ou seja, o valor da força axial de tração resistente de
cálculo para ambos os perfis unidos é:

RSL RSL
Nt,Rd−f inal = 2 × Nt,Rd = 2 × 288, 37 = 576, 74kN

Ex. 4.1.10 Cantoneira simples parafusada chapa Gusset Determinar o valor de Ct do elemen-
tos sujeito à esforços de tração representado na figura abaixo, sendo a cantoneira tipo L 6x1/2”(15,24x1,27cm),
a distância entre furos igual à 3”(7,62cm) e ec = 4, 24cm).

Figura 4.8: Ligação Cantoneira simples.

Solução:

Seção transversal aberta, com a força de tração sendo transmitida somente por parafusos em apenas um
dos dois elementos AL da seção transversal, utiliza-se a fórmula para seções transversais abertas:
ec 4, 24
Ct = 1 − =1− = 1 − 0, 278 = 0, 72
lc (2 × 7, 62)

Capı́tulo 4. Exercı́cios de Tração 12


Estruturas Metálicas Prof. Marco André Argenta

Ex. 4.1.11 Cantoneira simples com ambas as abas conectadas Para a cantoneira L178x102x12,7
(7”x4”x1/2”), com valor de raio de giração mı́nimo rmin = 2, 21cm, indicada na figura (a) e (b) abaixo,
determinar:
a) a área lı́quida efetiva, sendo os conectores de diâmetro igual a 7/8”(aproximadamente 22,2mm);
b) o maior comprimento admissı́vel, para esbeltez máxima igual a 300.

12,7 1 2

38 115,3 76 38
178 mm

64 76

12,7
64 76 76

102 mm
(a) (b) (c)

Figura 4.9: Seção transversal da cantoneira (a), vista lateral (b) e cantoneira idealmente aberta (c).

Solução:

a) Uma maneira fácil de visualizar o problema é ao rebater a cantoneira (imaginá-la plana) segundo seu
eixo como mostrado na figura (c).
Primeiro, determina-se o diâmetro teórico dos furos:

df = db + 1, 5mm = 22, 2mm + 1, 5mm = 23, 7mm


def = df + 2mm = 23, 7mm + 2mm = 25, 7mm

Em seguida, determina-se qual dos percursos é o crı́tico:


Adotando uma variável auxiliar B, definida pelo comprimento total da cantoneira aberta:

B = 17, 8 + 10, 2 − 1, 27 = 26, 73mm

Caminho 1:

Ae = (B − 2 × dAn
f ) × t = (26, 73 − 2 × 2, 57) × 1, 27 = 21, 59 × 1, 27 = 27, 42cm
2

Caminho 2:
s21 s2
Ae = (B + + 2 − 3 × dAnf )×t
4g1 4g2
7, 62 7, 62
∴ Ae = (26, 73 + + − 3 × 2, 57) × 1, 27 = 22, 18 × 1, 27 = 28, 16cm2
4 × 7, 6 4 × 11, 5

Portanto, a área lı́quida efetiva dada pelo caminho crı́tico, o 1 (27, 42cm2 ), uma vez que este representa
o menor comprimento de ruptura.

b) Sendo o limite de esbeltez λ � 300, tem-se:

Lmax
λ= → Lmax = λ × rmin = 300 × 2, 21 = 663cm ou 6, 63m
rmin
Note que, para cantoneiras, o valor de rmin é diferente de rx e de ry , sendo este valor mı́nimo referente
ao menor momento de inércia da seção. Para cantoneira em questão, por exemplo, tem-se rmin = 2, 21 cm,
rx = 5, 73 cm e ry = 2, 83 cm.

Capı́tulo 4. Exercı́cios de Tração 13


Prof. Marco André Argenta Estruturas Metálicas

Ex. 4.1.12 Cantoneira simples conectada por ambas as abas com múltiplos furos Uma
cantoneira com furos para parafusos de 22,23mm (7/8”) em ambas as pernas é representada a seguir. Sendo
esta de aço MR250 (ASTM A36), Ag = 43, 87cm2 , a cantoneira tipo L20,32x15,24x1,27cm (L8x6x1/2”)
e as dimensões equivalentes 2,25”= 5,72cm; 2,5”= 6,35cm; 3”= 7,62cm; 1,5”= 3,81cm e 4,75”= 12,07cm,
determinar a força axial de tração resistente de cálculo.

Figura 4.10: Ligação múltiplos furos cantoneira.

Solução:

Primeiro deve-se determinar o valor de def :

df = db + 1, 5mm = 22, 23 + 1, 5 = 23, 73mm


def = df + 2mm = 23, 38 + 2 = 25, 73mm

O próximo passo é determinar o comprimento crı́tico lr,cr para poder determinar Ae . Há quatro possı́veis
percursos crı́ticos: abdf, abcdef, abcdf ou abdeg. Cada um será calculado a seguir:
abdf

Ae = Ag − (lr,cr × t) = Ag − (2def × t)
Ae = 43, 87 − (2 × 2, 54 × 1, 27) = 43, 87 − 6, 45 = 37, 42cm2

abcdef
� 3

� s2i
Ae = Ag − (lr,cr × t) = Ag − [(4def × t) + × t]
4gi
i=1
� �
3, 812 3, 812 3, 812
Ae = 43, 87 − [(4 × 2, 54 × 1, 27) + + + × 1, 27] = 43, 87 − 12, 90 + 1, 71 = 32, 68cm2
4 × 6, 35 4 × 12, 07 4 × 7, 62
abcdf
� 2

� s2i
Ae = Ag − (lr,cr × t) = Ag − [(3def × t) + × t]
4gi
i=1
� �
3, 812 3, 812
Ae = 43, 87 − [(3 × 2, 54 × 1, 27) + + × 1, 27] = 43, 87 − 9, 68 + 1, 11 = 35, 31cm2
4 × 6, 35 4 × 12, 07
abdeg
1
� �
� s2i
Ae = Ag − (lr,cr × t) = Ag − [(3def × t) + × t]
4gi
i=1
� �
3, 812
Ae = 43, 87 − [(3 × 2, 54 × 1, 27) + × 1, 27] = 43, 87 − 9, 68 + 0, 60 = 34, 80cm2
4 × 7, 62

Capı́tulo 4. Exercı́cios de Tração 14


Estruturas Metálicas Prof. Marco André Argenta

Como a força de tração é transmitida diretamente para cada um dos elementos da seção transversal das
chapas por furos, tem-se:

Ct = 1, 0
Sendo assim, o caminho crı́tico para este caso é o percurso abcdef com Ae = 32, 68cm2 . Sendo assim,
parte-se para o cálculo da força axial de tração resistente de cálculo para o caso ESB E RSL:

ESB Ag f y 43, 87 × 25
Nt,Rd = = = 997, 05kN
γa1 1, 1

RSL C t Ae f u 1, 0 × 32, 68 × 40
Nt,Rd = = = 968, 30kN
γa2 1, 35
Portanto, o caso crı́tico é para RSL com Nt,Rd = 968, 30kN .

Ex. 4.1.13 Perfil U conectado pela alma por parafusos Para o perfil U 381(15”)x50,4 kg/m,
de aço MR250 (ASTM A36), indicado na figura 4.11, calcular o esforço de tração resistente de cálculo.
Assumir que os conectores possuem um diâmetro de 22 mm e Ag = 64, 2cm2 .

10
3 x 85 mm
381 mm

G Nsd

20

86,4 mm 75 75

Figura 4.11: Extremidade do perfil C.

Solução:

Primeiro será analisado ESB:

ESB Ag f y 64, 2 × 25
Nt,Rd = = = 1459, 09kN
γa1 1, 1
Em seguida, será analisado RSL:

df = db + 1, 5mm = 22 + 1, 5 = 23, 5mm


def = df + 2mm = 23, 5 + 2 = 25, 5mm

Como a força de tração é transmitida diretamente para alguns (não todos) os elementos da seção trans-
versal das chapas por furos, considera-se o caso ”Seções Transversais Abertas”, então tem-se:
ec 2
Ct = 1, 0 − = 1, 0 − = 0, 73
lc 7, 5
Área lı́quida efetiva

Ae = Ag − (4 × def × t) = 64, 2 − (4 × 2, 55 × 1, 0) = 64, 2 − 10, 2 = 54, 0cm2

Capı́tulo 4. Exercı́cios de Tração 15


Prof. Marco André Argenta Estruturas Metálicas

Observar que desta vez a área lı́quida efetiva foi calculada subtraindo-se a área dos furos da área bruta
ao invés de determinar o comprimento crı́tico e multiplicá-lo pela espessura.

RSL C t Ae f u 0, 73 × 54, 0 × 40
Nt,Rd = = = 1168, 0kN
γa2 1, 35

Ex. 4.1.14 Cantoneira simples soldada em todos os bordos em uma aba Determinar o
valor de Ct do elementos sujeito à esforços de tração representado na figura 4.12 (o mesmo do exercı́cio
anterior), sendo a cantoneira tipo L6x6x(1/2)”(15,24x15,24x1,27cm), o comprimento horizontal de solda de
lw = 13, 97cm e ec = 4, 24cm.

Figura 4.12: Ligação Cantoneira simples com solda.

Solução:

ec 4, 24
Ct = 1 − =1− = 1 − 0, 30 = 0, 70
lc 13, 97

Ex. 4.1.15 Perfil U com soldas longitudinais nas mesas Calcular o esforço de tração resistente
de cálculo do perfil representado na figura 4.13, o mesmo do exercı́cio 4.1.13 mas agora com ligação por
solda.

solda
381 mm

G Nsd

20

100 mm

Figura 4.13: Extremidade do perfil C com solda.

Capı́tulo 4. Exercı́cios de Tração 16


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Solução:

O cálculo para o ESB é exatamente o mesmo do exercı́cio anterior, com valor Nt,Rd ESB = 1459, 09kN .

Já o cálculo para o RSL não é igual. O valor de Ct deverá ser recalculado (ainda para o caso ”Seções
Transversais Abertas”) pois a ligação agora é outra e também a área lı́quida efetiva é igual à área bruta por
não haver furos no elemento, ou seja, Ag = Ae . Sendo assim, tem-se:
ec 2
Ct = 1, 0 − = 1, 0 − = 0, 8
lc 10
RSL C t Ae f u 0, 8 × 64, 2 × 40
Nt,Rd = = = 1521, 78kN
γa2 1, 35

Ex. 4.1.16 Perfil U parafusado em zig-zag pela alma Determine a menor área lı́quida efetiva
Ae para o perfil C6x13 (15,24x33,02cm) mostrado na figura 4.14, sendo os parafusos de 15,88mm (5/8)”,
Ag = 24, 65cm2 , espessura t = 1, 11cm e as dimensões 1,5”= 3,81cm; 3”= 7,62cm e 2”= 5,08cm.

Figura 4.14: Ligação múltiplos furos perfil C.

Solução:

Primeiro deve-se determinar o valor de def :

df = db + 1, 5mm = 15, 88 + 1, 5 = 17, 38mm


def = df + 2mm = 17, 38 + 2 = 19, 38mm

Há dois percursos de ruptura possı́vel: abe ou abcd. Ambos serão analisados a seguir:
abe

Ae = Ag − (lr,cr × t) = Ag − (def × t) = 24, 65 − (1, 94 × 1, 11) = 24, 65 − 2, 15 = 22, 50cm2

abcd
� 2 �
s
Ae = Ag − (lr,cr × t) = Ag − (2def × t) + ×t
4g
� 2

5, 08
Ae = 24, 65 − (2 × 1, 94 × 1, 11) + × 1, 11 = 24, 65 − 4, 31 + 0, 94 = 21, 28cm2
4 × 7, 62

Portanto, a menor área lı́quida efetiva é referente ao percurso abcd e é igual à Ae = 21, 28cm2 .

Capı́tulo 4. Exercı́cios de Tração 17


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4.2 Propostos, nı́vel iniciante

Ex. 4.2.1 Chapa tracionada Uma CH 9, 5 × 177, 8mm tracionada está conectada com três parafusos
em linha de 25, 4mm de diâmetro, conforme figura 4.15. Sendo o aço da chapa o MR-250, determine a
resistência máxima de cálculo.

Figura 4.15: Chapa simples tracionada conectada com parafusos em linha.

Ex. 4.2.2 Chapa tracionada múltiplos parafusos Uma CH 12, 7x203, 2mm está solicitada a
tração e é conectada a uma chapa gusset por 6 parafusos de 22, 2mm de diâmetro, conforme figura 4.16.
Sendo o aço da chapa o A-242-C, determine a resistência máxima de cálculo.

Figura 4.16: Chapa simples tracionada conectada com parafusos em dupla camada.

Ex. 4.2.3 Chapa simples soldada Uma CH 9, 5x152, 4mm está solicitada a tração e é conectada a
uma chapa gusset por dois filetes de solda longitudinais de 250mm, conforme figura 4.17. Sendo o aço da
chapa o A-36, determine a resistência máxima de cálculo.

Figura 4.17: Chapa simples tracionada soldada.

Ex. 4.2.4 Área Efetiva Determine o produto de Ct pela área lı́quida efetiva para cada um dos casos
mostrados na figura 4.18 (unidades em milı́metros).

Capı́tulo 4. Exercı́cios de Tração 18


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Figura 4.18: Chapa simples tracionada soldada.

Ex. 4.2.5 Dimensionamento simples Selecione uma cantoneira de aço A-36 para resistir aos
carregamento de tração permanente de gk = 222, 411kN , acidental de qk = 444, 822kN e de vento de
vk = 200, 17kN . A cantoneira está conectada apenas por uma aba com parafusos de 25, 4mm de diâmetro
dispostos em duas linhas de 4 parafusos cada, esquema na 4.19.

Figura 4.19: Dimensionamento simples de uma cantoneira.

4.3 Propostos, nı́vel intermediário

Ex. 4.3.1 Perfil C conectado pelas mesas Um perfil C305x44, 7 é conectado por 6 parafusos de
25, 4mm de diâmetro em cada mesa, espaçados por 100mm, conforme mostra a figura 4.20. Sendo o aço do
perfil C o AR-350, determine a máxima resistência de cálculo à tração.

Capı́tulo 4. Exercı́cios de Tração 19


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Figura 4.20: Perfil C tracionado conectado pelas mesas.

Ex. 4.3.2 Resistência dupla cantoneira Uma barra composta por duas cantoneiras de abas desi-
guais 2L89x64x6, 3mm, de aço MR-250, está submetida a uma carga permanente de tração de 53, 4kN e a
uma carga acidental de tração de 160, 14kN . A barra composta é conectada a uma chapa gusset por para-
fusos de 19, 1mm de diâmetro pelas abas maiores, espaçados de 100mm. A barra resiste ao carregamento?

Figura 4.21: Esquema da barra composta por cantoneiras de abas desiguais.

Ex. 4.3.3 Perfil W conectado pelas mesas Um perfil W 410x67 de aço A-992-P é conectado a
placas em cada mesa por parafusos de 22, 22mm de diâmetro, conforme ilustra a figura 4.22. Determine a
máxima força resistente de cálculo de tração.

Figura 4.22: Perfil W conectado pelas mesas, esquema de furação.

Ex. 4.3.4 Perfil C parafusos distribuı́dos Um perfil C254x22, 7 de aço A-500 é conectado pela
alma por parafusos de 19, 1mm de diâmetro, conforme ilustra a figura 4.23. Determine a máxima força
resistente de cálculo de tração.

Capı́tulo 4. Exercı́cios de Tração 20


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Figura 4.23: Perfil C com o esquema dos parafusos distribuı́dos (em milı́metros).

Ex. 4.3.5 Cantoneira furos em ambas as abas Um perfil L152x102x9, 5mm de aço MR-250 é
conectado em ambas as abas por parafusos de 19, 1mm de diâmetro, conforme ilustra a figura 4.24. O perfil
é adequado para solicitações de tração de 138kN permanente e 138kN acidental?.

Figura 4.24: Perfil L (cantoneira) conectado em ambas as abas com esquema de furação (em milı́metros).

Ex. 4.3.6 Dimensionamento perfil I Determine qual perfil metálico do tipo I extrudado de aço
A-36 deve ser usado para resistir a solicitações de tração de 960kN permanente e 111kN acidental. O perfil
deve ser conectado pela alma por parafusos de 22, 22mm de diâmetro, conforme figura 4.25.

Figura 4.25: Perfil I conectado pela alma (em milı́metros).

4.4 Propostos, nı́vel graduado


Ex. 4.4.1 Perfil W suspenso por barras O perfil W 410x75 está suspenso por duas barras de
seção circular maciça AB e CD, conforme ilustra a figura 4.26. No centro do perfil está aplicada uma carga
de 133kN acidental. Determine o diâmetro necessário para as barras e determine a bitola efetiva sabendo-se
que serão utilizadas barras usadas em armaduras de concreto armado de CA-50.

Capı́tulo 4. Exercı́cios de Tração 21


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Figura 4.26: Perfil W suspenso por barras circulares maciças (em metros).

Ex. 4.4.2 Dimensionamento de barras tracionadas de treliça Dimensione as barras que


estão tracionadas da treliça da figura 4.27. Devem ser usadas barras compostas por cantoneiras duplas de
aço MR-250, soldadas nas extremidades (duplo cordão de solda longitudinal em cada cantoneira) em chapa
gusset posicionada entre as cantoneiras, com espessura de 9, 5mm. As telhas sobre a treliça pesam 650P a
e são assentadas em uma base que pesa 350P a, o peso da treliça é estimado inicialmente em 240P a (deve
ser corrigido). A parcela perpendicular ao telhado da carga de vento seja de 1000P a, e da pressão negativa
na água conseguinte de 200P a.

Figura 4.27: Treliça plana de cobertura (em metros).

Capı́tulo 4. Exercı́cios de Tração 22


(
Lb ESB Ag fy RSL Ct Ae fu RSLC 0, 6Asf fu 2t + 16mm
≤ 300 Nt,Rd = Nt,Rd = Nt,Rd = Ae = lr,cr t Ae = 0, 75Ag (roscas) Ae = 2tbef (pinos) com: bef = min b−dh
r γa1 γa2 γa2 2
Pm s2i ec
 
pad dp
lri = Lc − n.def lri = Lc − n.def + i=1 df = db + 1, 5mm df e = df + 2, 0mm dp < dh ≤ dp + 1, 0mm (pinos) Asf = 2t a + (pino) Ct = 1, 0 −
4gi 2 lc
soldas Ac ec chapas planas
transversais: Ct = tubos: Ct = 1, 0 (lc ≥ 1, 3D) ou Ct = 1, 0 − (1, 3D > lc ≥ D)
soldas longitudinais: Ct = 1, 0(Lw ≥ 2b) ou Ct = 0, 87(2b > Lw ≥ 1, 5b)
Ag lc
   
chapas planas KLb ` 1 KLb χQAg fy
soldas longitudinais: ou Ct = 0, 75(1, 5b > Lw ≥ b) ≤ 200 ≤ Nc,Rd = Q = Qs Qa λe ≤ λe,lim (Q = 1)
r rmin max 2 r γ!
r ( max r r a1  
b tw ≥ 0, 35 Aef Pn E ca t E tubulares
λe = kc = 4 Qa = Aef = Ag − i=1 (bi − bi,ef )ti bi,ef = 1, 92ti 1− ≤ bi ca = 0, 34 retangulares= 0, 38 σ = fy
t h ≤ 0, 76 Ag σ bi σ

Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3


s s s
E E E
λe,lim = 1, 40 λe,lim = 1, 49 λe,lim = 0, 45
fy fy fy

Grupo 5 Grupo 6
Grupo 4 s
E
λe,lim = 0, 75
s
E s
fy
λe,lim = 0, 56 Ekc
fy λe,lim = 0, 64
fy

2

0, 658λ0 , se λ0 ≤ 1, 5
 r s s  r s s
Grupo 3  b f y E b E Grupo 4  b fy E b E
1, 340 − 0, 76 para 0, 45 < ≤ 0, 91 1, 415 − 0, 74 para 0, 56 < ≤ 1, 03 χ = 0, 877

 

t E f t f t E f t f
 

 y y

 y y  2 , se λ0 > 1, 5
 s  s λ0
Qs = 0, 53E b E Qs = 0, 69E b E
  2 para > 0, 91   2 para > 1, 03 r
t fy t fy
 

 b

 b QAg fy
 fy  fy λ0 =

 

t t Ne
 r s s  r s s π 2 EIx
Grupo 5  b fy Ek c b Ek c Grupo 6  b f y E b E N ex =
 1, 415 − 0, 65 para 0, 64 < ≤ 1, 17

 1, 908 − 1, 22 para 0, 75 < ≤ 1, 03 (Ky Ly )2
t Ekc fy t fy t E fy t fy

 

π 2 EIy

 

s s
Qs = 0, 90Ekc b Ek c
Qs = 0, 69E b E Ney =
  2 para > 1, 17   2 para > 1, 03 (Kx Lx )2
t f t f
 
b b
  y
y
π 2 EIx1
 
 fy  fy

 

t t Ne,x1 =
( (Kx2 Lx2 )2
 2
> λe,lim

D E 0, 038t E 2 1 π ECw
tubulares: λe = ≤ 0, 11 ou Qtc = + desde que λe Nez = 2 + GJ r02 = rx2 + ry2 + x20 + y02 Kx2 Lx2 - treliças
t fy D fy 3 ≤ 0, 45 fEy r0 (Kz Lz )2
 2  2
x0 y0
Ne2 (Ne Ne2 (Ne
v  2 #  (Ne − Nex )(Ne − Ney )(Ne − Nez ) − − Ney ) − − Nex ) =0
u "
u y0 r0 r0
 u 4Ney Nez 1 − 
Ney + Nez  u r0 
Neyz = " 1− 1− Kz = 1, 0 ambas extremidades rotação impedida e empenamento livre
t 
 2 #  2 
y0  (Ney + Nez ) 
2 1−  
r0 Kz = 2, 0 uma extremidades rotação e empenamento livres e, outra rotação e empenamento impedidos

Lx1

72rx2 + 0, 75Lx1
 quando 0≤ ≤ 80
Kx1 Lx1 = rx2 Treliças Planas e barras livres
Lx1
32rx2 + 1, 25Lx1
 quando > 80
rx2 Aba Maior

Treliças Planas e barras 


livres, aba menor " #
2
 lmaior Lx1
72rx2 + 0, 75Lx1 + 4 − 1 rx2 quando 0≤ ≤ 80


lmenor rx2

rx2
0, 95Lx1 ≤ Kx1 Lx1 = " 2 #
rmin

 lmaior Lx1
32rx2 + 1, 25Lx1 + 4 − 1 rx2 quando > 80


lmenor rx2

Lx1

60rx2 + 0, 80Lx1
 quando 0≤ ≤ 75 Treliças Espaciais
Kx1 Lx1 = rx2 Aba Maior
Lx1
45rx2 + Lx1
 quando > 75
rx2

Treliças Espaciais, aba menor


 " #
2
 lmaior Lx1
60rx2 + 0, 80Lx1 + 6 − 1 rx2 quando 0 ≤ ≤ 75

m n

P P fy fu rx2

 l menor rx2
Fd = (γgi .FGi,k ) + γq1 .FQ1,k + (ψ0j .γqj .FQj,k ) fd = ou 0, 82L ≤ K L =
γa1 γa2 x1 x1 x1
" 2 #
i=1 j=2 rmin

 lmaior Lx1
45r + L + 6 − 1 rx2 quando > 75

γg x2 x1

Norm. Esp. Exc. 
 lmenor rx2
Peso Próprio de Estruturas Metálicas 1,25 1,15 1,10
ψ ψ0 ψ1 ψ2 ψ ψ0 ψ1 ψ2
Peso Próprio de Estruturas Pré-Moldadas 1,30 1,20 1,15
Uso e ocupação - Residenciais 0,5 0,4 0,3 Vento 0,6 0,3 0,0
Peso próprio de estruturas moldadas no local e Uso e ocupação - Comerciais 0,7 0,6 0,4 Temperatura 0,6 0,4 0,3
de elementos construtivos industrializados e 1,35 1,25 1,15
empuxos permanentes Biblioteca, depósito, oficina 0,8 0,7 0,6
arquivo, garagem, sobr. telhado γa Norm. Esp. Exc.
Peso próprio de elementos construtivos 1,40 1,30 1,20
industrializados com adições in loco ψ - móveis ψ 0 ψ 1 ψ 2 Escoamento 1,10 1,10 1,00
Passarela Pedestres 0,6 0,4 0,3 Ruptura 1,35 1,35 1,15
Peso próprio de elementos construtivos em 1,50 1,40 1,20
geral e equipamentos Viga Ponte Rolante 1,00 0,8 0,5 P P
Pilares Ponte Rolante 0,7 0,6 0,4 Fser = FGi,k + ψ2j .FQj,k
γq Norm. Esp. Exc. γq Norm. Esp. Exc. P P
Fser = FGi,k + ψ1 .FQ1,k + ψ2j .FQj,k
m n
Temperatura 1,20 1,00 1,00 Truncada 1,20 1,10 1,00 Fd =
P
(γgi .FGi,k ) + FQ,exec +
P
(ψ0j .γqj .FQj,k )
P P
Fser = FGi,k + FQ1,k + ψ1j .FQj,k
Vento 1,40 1,20 1,00 Uso/Demais 1,50 1,30 1,00 i=1 j=2

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