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ESTRUTURAS EM CONCRETO:

CONCEPÇÃO E
DIMENSIONAMENTO DE PRÉ-
MOLDADOS

(Aula 1)
MSc. Prof. Andrey Monteiro Maciel

Fevereiro / 2020
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
❑ Apresentação do Curso

❑ Introdução ao Pré-moldado de Concreto

❑ Dimensionamento de Consolo e Dente-Gerber

❑ Dimensionamento de Colarinho

❑ Pré-dimensionamento de Viga Protendida com Pré-tração

❑ Apresentação, Lançamento e Análise de um Edifício Modelo usando o


Programa Computacional TQS-PREO

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CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

Item Trabalho Pontuação


1 Dimensionamento de Consolo 2,0
Curto e Dente-Gerber
2 Dimensionamento de Colarinho 2,0
3 Pré-dimensionamento de Viga 2,0
Protendida
4 Modelo Completo de um 4,0
Edifício – TQS Preo

3
BIBLIOGRAFIA

4
BIBLIOGRAFIA

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APRESENTAÇÃO DO CURSO

❑ Objetivos:

✓ Este curso tem como objetivo introduzir o conceito de estruturas pré-


moldadas em concreto, bem como apresentar as principais características
que diferenciam este sistema dos demais sistemas estruturais de edifícios;

✓ Com uso de ferramenta computacional comercial, este curso também visa


apresentar de forma aplicada os principais aspectos a serem observados
tanto no lançamento quanto na análise de estruturas pré-moldadas em
concreto, interpretando e verificando os resultados fornecidos pelo
programa.

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INTRODUÇÃO AO PRÉ-MOLDADO DE
CONCRETO
❑ Definições:

✓ Pré-Moldado

Processo Construtivo em que a obra, ou parte dela, é moldada fora do local de


utilização definitivo.

✓ Pré-Fabricado

Processo construtivo industrializado em que os elementos são fabricados fora


do local de utilização definitiva da estrutura, observando critérios rigorosos de
controle de qualidade desde a produção (fabricação), transporte, até a
montagem da obra.

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INTRODUÇÃO AO PRÉ-MOLDADO DE
CONCRETO
❑ Princípios Básicos de Projeto:

1. Conceber o projeto da obra pensando na utilização do concreto pré-


moldado;

2. Compatibilização da estrutura com demais subsistemas da edificação;

3. Minimizar o número de ligações, simplificar soluções;

4. Minimizar o número de tipos de elementos;

5. Utilizar elementos da mesma faixa de peso;

6. Padronização.

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INTRODUÇÃO AO PRÉ-MOLDADO DE
CONCRETO
1. Conceber o projeto da obra pensando na utilização do concreto
pré-moldado:

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INTRODUÇÃO AO PRÉ-MOLDADO DE
CONCRETO
2. Compatibilização da estrutura com demais subsistemas da
edificação:

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INTRODUÇÃO AO PRÉ-MOLDADO DE
CONCRETO
2. Compatibilização da estrutura com demais subsistemas da
edificação:
Viga Calha

Tubo de Água
Pluvial Ø150

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INTRODUÇÃO AO PRÉ-MOLDADO DE
CONCRETO
2. Compatibilização da estrutura com demais subsistemas da
edificação:

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INTRODUÇÃO AO PRÉ-MOLDADO DE
CONCRETO
3. Minimizar o número de ligações, simplificar e padronizar as
soluções:

Evitar ligações de difícil execução!!

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INTRODUÇÃO AO PRÉ-MOLDADO DE
CONCRETO
4. Minimizar o número de tipos de elementos:

a ) com elementos verticais engastados na


fundação e traves articuladas

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INTRODUÇÃO AO PRÉ-MOLDADO DE
CONCRETO
4. Minimizar o número de tipos de elementos:

sistema " " e


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INTRODUÇÃO AO PRÉ-MOLDADO DE
CONCRETO
4. Minimizar o número de tipos de elementos:

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ligações
INTRODUÇÃO AO PRÉ-MOLDADO DE
CONCRETO
4. Minimizar o número de tipos de elementos:

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INTRODUÇÃO AO PRÉ-MOLDADO DE
CONCRETO
4. Minimizar o número de tipos de elementos:
ligações
rigídas

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INTRODUÇÃO AO PRÉ-MOLDADO DE
CONCRETO
4. Minimizar o número de tipos de elementos:

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INTRODUÇÃO AO PRÉ-MOLDADO DE
CONCRETO
4. Padronização:

Malha Modular Malha de Projeto

M
M
M ny•M

j
MM M n1•M
nx•M

l = nx•M - j
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INTRODUÇÃO AO PRÉ-MOLDADO DE
CONCRETO
4. Padronização:

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INTRODUÇÃO AO PRÉ-MOLDADO DE
CONCRETO
4. Padronização:

Fonte: www.trejor.com.br Fonte: www.trejor.com.br 22


INTRODUÇÃO AO PRÉ-MOLDADO DE
CONCRETO
❑ Tolerâncias e folgas de montagem:

Espaço maior que o previsto

Apoio inadequado da
viga

Espaço menor que o previsto

Viga é maior do que o


espaço reservado

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INTRODUÇÃO AO PRÉ-MOLDADO DE
CONCRETO
❑ Esquema estrutural:

Qual é a diferença na análise estrutural (em relação as estruturas em


concreto convencionais)?

✓ Presença das Ligações entre os elementos pré-fabricados;

✓ Situações Transitórias (saque, movimentação, etc.);

✓ Fases de montagem (carregamento progressivo, seção composta, etc.);

✓ Influência do tipo das ligações na análise (ligações articuladas, rígidas, semi-


rígidas).

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INTRODUÇÃO AO PRÉ-MOLDADO DE
CONCRETO
❑ Esquema estrutural:

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INTRODUÇÃO AO PRÉ-MOLDADO DE
CONCRETO
❑ Esquema estrutural:

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INTRODUÇÃO AO PRÉ-MOLDADO DE
CONCRETO
❑ Esquema estrutural:
Painéis de
contraventamento

Lajes simplesmente
apoiadas

Vigas com extremidades Pilares contínuos


articuladas engastados na base
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INTRODUÇÃO AO PRÉ-MOLDADO DE
CONCRETO
❑ Esquema estrutural: estruturas contraventadas

Núcleo Rígido /
Ligações Articuladas Paredes de
Contraventamento

Edifícios Altos

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INTRODUÇÃO AO PRÉ-MOLDADO DE
CONCRETO
❑ Esquema estrutural: estruturas contraventadas

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INTRODUÇÃO AO PRÉ-MOLDADO DE
CONCRETO
❑ Esquema estrutural: estruturas contraventadas

Efeito diafragma de lajes

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INTRODUÇÃO AO PRÉ-MOLDADO DE
CONCRETO
❑ Esquema estrutural: estruturas deslocáveis

Ligações Articuladas

2 a 3 Pavimentos, sem
contraventamento

Até 4 Pavimentos, com


contraventamento
complementar (núcleos ou
paredes)

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INTRODUÇÃO AO PRÉ-MOLDADO DE
CONCRETO
❑ Esquema estrutural: estruturas deslocáveis

Ligações articuladas

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INTRODUÇÃO AO PRÉ-MOLDADO DE
CONCRETO
❑ Esquema estrutural: estruturas deslocáveis

Ligações articuladas

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INTRODUÇÃO AO PRÉ-MOLDADO DE
CONCRETO
❑ Esquema estrutural: estruturas deslocáveis

Ligações articuladas

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INTRODUÇÃO AO PRÉ-MOLDADO DE
CONCRETO
❑ Esquema estrutural: estruturas deslocáveis

Ligações semi-rígidas (SR)

5 a 7 Pavimentos, sem
contraventamento

Até 10 a 12 Pavimentos,
com contraventamento
complementar (núcleos
ou paredes).

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INTRODUÇÃO AO PRÉ-MOLDADO DE
CONCRETO
❑ Esquema estrutural: estruturas deslocáveis

Ligações semi-rígidas (SR)

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INTRODUÇÃO AO PRÉ-MOLDADO DE
CONCRETO
❑ Esquema estrutural: estruturas deslocáveis

Ligações semi-rígidas (SR)

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INTRODUÇÃO AO PRÉ-MOLDADO DE
CONCRETO
❑ Esquema estrutural: tipologia das ligações SR

Ligações semi-rígidas – Soldadas

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INTRODUÇÃO AO PRÉ-MOLDADO DE
CONCRETO
❑ Esquema estrutural: tipologia das ligações SR

Ligações semi-rígidas – Com luvas

com luvas

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INTRODUÇÃO AO PRÉ-MOLDADO DE
CONCRETO
❑ Esquema estrutural: tipologia das ligações SR

Ligações SR – Com luvas (para momento negativo)

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INTRODUÇÃO AO PRÉ-MOLDADO DE
CONCRETO
❑ Esquema estrutural: tipologia das ligações SR

Ligações SR – Com luvas (para momento positivo / negativo)

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INTRODUÇÃO AO PRÉ-MOLDADO DE
CONCRETO
❑ Esquema estrutural: efeito da rigidez das ligações nas vigas

p  L2  3 R  p  L2
ME =   M eng =
12 2 + R  12

p  L2  3 − 1,5   R 
M SR , vão =  
pL 2 12  2 + R  p  L2
M vão = ou M eng , vão =
8 p  L2  6 − 3,0   R  24
= 
24  2 +  R 
M SR , vão

5 pL4
0 = 5𝑝𝐿4 2 − 1,4 ⋅ 𝛼𝑅 pL4
384  EI 𝛿0 = ⋅ 0 =
384 ⋅ 𝐸𝐼 2 + 𝛼𝑅 384  EI

−𝟏
𝟑𝑬𝑰
𝜶𝑹 = 𝟏 + → 𝑭𝒂𝒕𝒐𝒓 𝒅𝒆 𝑹𝒆𝒔𝒕𝒓𝒊çã𝒐: 0 < αR < 1
𝑹∙𝑳
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INTRODUÇÃO AO PRÉ-MOLDADO DE
CONCRETO
❑ Esquema estrutural: efeitos na fase transitória

Saque

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INTRODUÇÃO AO PRÉ-MOLDADO DE
CONCRETO
❑ Esquema estrutural: efeitos na fase transitória

Saque

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INTRODUÇÃO AO PRÉ-MOLDADO DE
CONCRETO
❑ Esquema estrutural: efeitos na fase transitória

Armazenamento / Estocagem

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INTRODUÇÃO AO PRÉ-MOLDADO DE
CONCRETO
❑ Esquema estrutural: efeitos na fase transitória

Transporte

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INTRODUÇÃO AO PRÉ-MOLDADO DE
CONCRETO
❑ Esquema estrutural: efeitos na fase transitória

Montagem

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INTRODUÇÃO AO PRÉ-MOLDADO DE
CONCRETO
❑ Esquema estrutural: efeitos na fase transitória

Montagem

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INTRODUÇÃO AO PRÉ-MOLDADO DE
CONCRETO
❑ Esquema estrutural: efeitos na fase transitória

Montagem

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DIMENSIONAMENTO DE CONSOLO E
DENTE-GERBER
❑ Conceitos Básicos:

✓ Consolos: são elementos estruturais que se projetam de pilares ou paredes


para servir de apoio para outras partes da estrutura como pilares, vigas e
lajes. Constituem-se em balanços bastante curtos, merecendo tratamento à
parte daqueles que são dispensados às vigas, uma vez que não se pode valer
da teoria de flexão;

✓ Dente Gerber: são dentes de concreto presentes nas extremidades de


vigas e lajes que garantem o apoio sobre os consolos de maneira a embuti-
los total ou parcialmente. O tratamento analítico destes elementos são
semelhantes àqueles destinados aos consolos, porém, com algumas
particularidades.

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DIMENSIONAMENTO DE CONSOLO E
DENTE-GERBER
❑ Consolos: os consolos têm grande aplicabilidade nas estruturas pré-
moldadas, sendo classificados na literatura como consolos curtos e muito
curtos, o que diferencia essa classificação é basicamente o mecanismo de
ruptura observado nos ensaios.

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DIMENSIONAMENTO DE CONSOLO E
DENTE-GERBER
❑ Consolos: Fabricação

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DIMENSIONAMENTO DE CONSOLO E
DENTE-GERBER
❑ Consolos: Fabricação

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DIMENSIONAMENTO DE CONSOLO E
DENTE-GERBER
❑ Consolos: Fabricação

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DIMENSIONAMENTO DE CONSOLO E
DENTE-GERBER
Machado (1998) apresenta alguns tipo de mecanismos de ruptura:

✓ RUPTURA POR TRAÇÃO NA FLEXÃO: uma fissura principal de flexão,


junto ao pilar, aumenta progressivamente com o escoamento da armadura
até a ruptura por compressão do concreto. Essa ruptura ocorre em peça
com baixas taxas da armadura principal (tirantes). Ocorre uma rotação do
consolo em relação a região comprimida.

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DIMENSIONAMENTO DE CONSOLO E
DENTE-GERBER
✓ RUPTURA POR COMPRESSÃO NA FLEXÃO: algumas fissuras de flexão
se abrem e antes de se atingir o escoamento da armadura principal e do
surgimento da fissura principal. Neste caso ocorre o esmagamento do
concreto. Esta ruptura ocorre com baixíssimas rotações do consolo.

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DIMENSIONAMENTO DE CONSOLO E
DENTE-GERBER
✓ RUPTURA POR FENDILHAMENTO DIAGONAL (fendilhamento da
biela): inicialmente desenvolve-se uma fissura típica de flexão e a seguir o
fendilhamento inclinado da biela, seguido de uma ruptura cisalhamento-
compressão. A fissura principal, que define a ruptura, ocorre ao longo de uma
linha que se estende desde o canto da placa de apoio menos afastado do
pilar até a junção da face inferior do consolo com a face de pilar.

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DIMENSIONAMENTO DE CONSOLO E
DENTE-GERBER
✓ RUPTURA POR CISALHAMENTO: este tipo de ruptura é caracterizado
pelo aparecimento de um conjunto de pequenas fissuras ao longo do plano
de interface entre o consolo e o pilar (engastamento). A ruptura final
ocorre por cisalhamento ao longo desta interface e é típica para os
consolos com valores baixos da relação a/d (consolos muito curtos).

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DIMENSIONAMENTO DE CONSOLO E
DENTE-GERBER
✓ RUPTURA POR FENDILHAMENTO NA ANCORAGEM: devido a
ancoragem deficiente da armadura principal na extremidade do consolo, na
região sob a placa de apoio. Exemplo: barras dobradas na vertical com
grande curvatura, com a carga aplicada após a curva ou ausência de barra
soldada transversalmente ao tirante.

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DIMENSIONAMENTO DE CONSOLO E
DENTE-GERBER
✓ RUPTURA POR ESMAGAMENTO LOCALIZADO DO CONCRETO
SOB PLACA DE APOIO: para tensões de contato elevadas.

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DIMENSIONAMENTO DE CONSOLO E
DENTE-GERBER
✓ RUPTURA POR INSUFICIÊNCIA DE ALTURA NA REGIÃO DA PLACA
DE APOIO: ocorre em consolos com seção variável, especialmente os que
são carregados também por força horizontais.

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DIMENSIONAMENTO DE CONSOLO E
DENTE-GERBER
❑ Classificação do Consolo:

✓ Consolo Curto: 0,5 < 𝑎Τ𝑑 ≤ 1,0

✓ Consolo Muito Curto: 𝑎Τ𝑑 ≤ 0,5

✓ Viga em Balanço: 1,0 < 𝑎Τ𝑑 ≤ 2,0

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DIMENSIONAMENTO DE CONSOLO E
DENTE-GERBER
❑ Disposição Construtiva:

✓ Altura na face externa: ℎ1 ≥ ℎΤ2 − 𝑎2

✓ a2=c+, para o tirante ancorado por


barra transversal soldada de mesmo
diâmetro;

✓ a2=c+3,5, para o tirante ancorado por


alças horizontais, com <20mm;

✓ a2=c+5,0, para o tirante ancorado por


alças horizontais, com ≥20mm;

✓ a2=c+4,0, para o tirante ancorado por


alças verticais, com ≤16mm.

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DIMENSIONAMENTO DE CONSOLO E
DENTE-GERBER
❑ Armadura mínima na face do elemento de suporte:

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DIMENSIONAMENTO DE CONSOLO E
DENTE-GERBER
❑ Critérios de segurança: os valores característicos, valores de cálculo,
coeficientes de minoração e de majoração a serem adotados por meio de
consolos de concreto, multiplicando-se o coeficiente de majoração por um
outro fator:

✓ Peças pré-fabricadas:

1,0 – Quando a carga permanente for preponderante

1,1 – Caso contrário

✓ Peças pré-moldadas:

1,1 – Quando a carga permanente for preponderante

1,2 – Caso contrário

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DIMENSIONAMENTO DE CONSOLO E
DENTE-GERBER
Forças horizontais (Hd): essas forças quando aplicadas podem minorar
significativamente a resistência dos consolos. A força horizontal Hd pode ser
estimada quando houver ausência de impedimento ao movimento horizontal,
através da força vertical Fd como segue:

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DIMENSIONAMENTO DE CONSOLO E
DENTE-GERBER
Forças horizontais (Hd):

✓ Junta a seco: 𝑯𝒅 = 𝟎, 𝟖 ∙ 𝑭𝒅

✓ Elementos assentados com argamassa: 𝑯𝒅 = 𝟎, 𝟓 ∙ 𝑭𝒅

✓ Almofada de elastômero: 𝑯𝒅 = 𝟎, 𝟏𝟔 ∙ 𝑭𝒅
✓ Aparelho de apoio revestido de plástico
politetrafluoretileno (PTFE): 𝑯𝒅 = 𝟎, 𝟎𝟖 ∙ 𝑭𝒅

✓ Apoio com chapas metálicas não soldadas: 𝑯𝒅 = 𝟎, 𝟐𝟓 ∙ 𝑭𝒅

✓ Apoio realizado entre concreto e chapas metálicas: 𝑯𝒅 = 𝟎, 𝟒𝟎 ∙ 𝑭𝒅

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DIMENSIONAMENTO DE CONSOLO E
DENTE-GERBER
Forças horizontais (Hd):

✓ Para a concretagem no local, ligação por meio de solda ou apoio com


graute, é obrigatório o estudo detalhado do valor da força horizontal
aplicada na ligação;

✓ Podem ser utilizados valores diferentes dos apresentados, desde que


justificados por modelo de cálculo.

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DIMENSIONAMENTO DE CONSOLO E
DENTE-GERBER
❑ Armaduras principais: Consolos

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DIMENSIONAMENTO DE CONSOLO E
DENTE-GERBER
❑ Armaduras principais: Dente Gerber

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DIMENSIONAMENTO DE CONSOLO E
DENTE-GERBER
❑ Cálculo das armaduras:Tirantes
✓ Consolo curto:

As ,tir = Asv +
Hd
f yd
(
Asv = 0,1 + a
d
)
F
d
f yd

✓ Consolo muito curto:

Hd  =1,4 para concreto lançado monoliticamente


As ,tir = Asv +
f yd  =1,0 para concreto lançado em superfície rugosa
Fd  =0,6 para concreto lançado sobre concreto
Asv = 0,8 
f yd   endurecido com interface lisa

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DIMENSIONAMENTO DE CONSOLO E
DENTE-GERBER
❑ Cálculo das armaduras:Tirantes
✓ Armadura mínima de tirante:
Na seção de engastamento, a taxa mecânica de cálculo (w) deve ser superior a
0,04 para os consolos com a/d ≤ 2

𝑓𝑦𝑘 𝐴𝑠,𝑡𝑖𝑟
𝑤=𝜌∙ > 0,04 𝜌=
𝑓𝑐𝑘 𝑏∙ℎ

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DIMENSIONAMENTO DE CONSOLO E
DENTE-GERBER
❑ Cálculo das armaduras: Costura
✓ Consolo curto:

 As   0,4   Asv 
 s  d s=
2
d (
Asv = 0,1 + a
d
)
F d
f yd
  cos t   3

✓ Consolo muito curto:

 As   0,5   Asv  s=
2
Asv = 0,8 
Fd

 s  d d f yd
  cos t   3

✓ Armadura mínima:
𝐴𝑠 2
= 0,15 ∙ 𝑏 𝑐𝑚 ൗ𝑚 → "𝑏" 𝑒𝑚 centímetros
𝑠 𝑐𝑜𝑠𝑡,𝑚𝑖𝑛

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DIMENSIONAMENTO DE CONSOLO E
DENTE-GERBER
❑ Cálculo das armaduras:Transversal

✓ Relação a/d > 1,0: calcula-se a amadura transversal pela NBR


6118:2014, fazendo Vc0=0 (desprezando a contribuição do concreto).
𝐴𝑠𝑤 𝑓𝑐𝑡𝑚 𝑨𝒔𝒘 𝒇𝒄𝒕𝒎 𝟐
≥ 𝜌𝑠𝑤𝛼,𝑚𝑖𝑛 = 0,2 ∙ → = 𝟎, 𝟐 ∙ ∙ 𝒃𝒘 ∙ 𝟏𝟎𝟎 𝒄𝒎 ൗ𝒎
𝑏𝑤 ∙ 𝑠 ∙ 𝑠𝑒𝑛𝛼 𝑓𝑦𝑤𝑘 𝒔 𝒇𝒚𝒘𝒌

✓ Relação a/d ≤ 1,0: são construtivamente necessários e escolhidos


pelas taxas mínimas.

𝐴𝑠,ℎ𝑠 = 0,15% ∙ 𝑏𝑤 ∙ ℎ

✓ Armadura suspensão (Dente Gerber):

Fd
As ,susp =
f yd

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DIMENSIONAMENTO DE CONSOLO E
DENTE-GERBER
❑ Cálculo das armaduras: apoios sem recorte

𝐹𝑑
𝐴𝑠𝑑 = + 𝐻𝑑 ൗ𝑓𝑦𝑑
1,2

𝐴𝑠ℎ = 𝐴𝑠𝑣 = 𝐹𝑑 Τ 8 ∙ 𝑓𝑦𝑑

75
DIMENSIONAMENTO DE CONSOLO E
DENTE-GERBER
❑ Modelo biela-tirante para consolo curto conforme NBR6118:2014
/ NBR9062:2017 :

76
DIMENSIONAMENTO DE CONSOLO E
DENTE-GERBER
❑ Verificação do concreto:

✓ Consolo curto – Modelo biela-tirante:


𝐹𝑏 𝐶𝑎𝑟𝑔𝑎 𝑑𝑖𝑟𝑒𝑡𝑎 → 𝑓𝑐𝑑
𝑐,𝑏𝑖𝑒𝑙𝑎 = 𝑙𝑖𝑚,𝑐𝑜𝑛𝑠𝑜𝑙𝑜 = ቊ
𝐴𝑏𝑖𝑒𝑙𝑎 𝐶𝑎𝑟𝑔𝑎 𝑖𝑛𝑑𝑖𝑟𝑒𝑡𝑎 → 0,85 ∙ 𝑓𝑐𝑑
𝑙𝑖𝑚,𝑑𝑒𝑛𝑡𝑒 = 0,85 ∙ 𝑓𝑐𝑑

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DIMENSIONAMENTO DE CONSOLO E
DENTE-GERBER
❑ Verificação do concreto:

✓ Consolo muito curto – Modelo atrito-cisalhamento:

  f 
Vd 3,0 + 0,9   f yd  0,27  1 − ck 250   f cd As ,tir
 wd =  u    =
bd 8MPa bd

❑ Verificação do concreto:

✓ Dente Gerber – para inclinação até 45º (NBR6118:2014):


𝑓𝑐𝑘ൗ
𝑙𝑖𝑚 = 𝑓𝑐𝑑,3 = 0,72 ∙ 𝛼𝑣2 ∙ 𝑓𝑐𝑑 𝛼𝑣2 = 1 − 250

✓ Dente Gerber – para inclinação maiores que 45º:

𝑙𝑖𝑚 = 0,85 ∙ 𝑓𝑐𝑑

78
DIMENSIONAMENTO DE CONSOLO E
DENTE-GERBER
❑ Exemplo: Dimensionar o consolo do pilar P01 que recebe a viga
VR01(30x90cm). Dimensionar também o dente Gerber da viga.

*Obra
Pré-moldada

79
DIMENSIONAMENTO DE CONSOLO E
DENTE-GERBER
✓ Distribuição de Carregamento:

*Considerar alvenaria de 15cm de espessura e 2,20m de altura sobre viga:


𝛾𝑎𝑙𝑣 = 18𝑘𝑁/𝑚3

80
DIMENSIONAMENTO DE CONSOLO E
DENTE-GERBER
✓ Vão efetivo:

𝐿𝑒𝑓 = 1080 − (60 + 45) = 975𝑐𝑚

𝐿𝑒𝑓 = 9,75𝑚

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DIMENSIONAMENTO DE CONSOLO E
DENTE-GERBER
✓ Intensidade de carregamento:

(g+q)total = 65,25kN/m (valor característico)

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DIMENSIONAMENTO DE CONSOLO E
DENTE-GERBER
✓ Força Vertical (ELU) – Fd:

9,75
𝐹𝑑 = 1,1 ∙ ∙ 1,3 ∙ 6,75 + 16,2 + 1,4 ∙ 5,94 + 9,0 + 5,76 + 21,6
2
= 477,56 𝑘𝑁

Pré-moldado / Cargas
permanentes predominantes

✓ Força Horizontal (ELU) – Hd:

𝐻𝑑 = 0,16 ∙ 𝐹𝑑 → 𝑃𝑎𝑟𝑎 𝑎𝑙𝑚𝑜𝑓𝑎𝑑𝑎 𝑑𝑒 𝑒𝑙𝑎𝑠𝑡ô𝑚𝑒𝑟𝑜.

𝐻𝑑 = 0,16 ∙ 477,56 = 76,40 𝑘𝑁

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DIMENSIONAMENTO DE CONSOLO E
DENTE-GERBER
✓ Definição da geometria:

84
DIMENSIONAMENTO DE CONSOLO E
DENTE-GERBER
✓ Definição da geometria:
a2 – distância da face externa da almofada de apoio a face externa do consolo
(adotado uso de tirante de 20mm e ferro transversal soldado):

𝑎2 = 2,5 + ∅ = 2,5 + 2 = 4,5𝑐𝑚

d’ – distancia com tirante em duas camadas horizontais.

85
DIMENSIONAMENTO DE CONSOLO E
DENTE-GERBER
✓ Definição da geometria:
d’ (para uma camada):


𝑑′ = 𝑐 +
2

d’ (para duas camadas):

𝑑𝑣
𝑑′ =𝑐+∅+
2

dv – distância mínima vertical entre duas barras

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DIMENSIONAMENTO DE CONSOLO E
DENTE-GERBER
✓ Definição da geometria:

Considerando-se duas camadas e a distancia vertical dv entre as barras de 2 cm


(adotado tirante ϕ20mm):

𝑑𝑣 2
𝑑′ = 𝑐 + ∅ + = 2,5 + 2 + = 5,5𝑐𝑚
2 2

Para se determinar a largura do elastômero j, é considerada a mesma distancia


a2 para cada lado:

𝑗 = 𝑏 − 2 ∙ 𝑎2 = 30 − 2 ∙ 4,5 = 21𝑐𝑚

b – largura da viga

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DIMENSIONAMENTO DE CONSOLO E
DENTE-GERBER
✓ Definição da geometria:

A partir do valor de j e considerando um tensão admissível de 7 MPa para o


elastômero (se fretado pode chegar a 11 MPa) obtém-se o comprimento
mínimo do elastômero:

𝑉 65,25 ∙ 9,75ൗ2
𝑖𝑚í𝑛 = = = 21,63𝑐𝑚 → 𝐴𝑑𝑜𝑡𝑎 − 𝑠𝑒 i = 25 cm.
𝑗 ∙ 0,7 21 ∙ 0,7

* 1MPa = 0,1kN/cm2

88
DIMENSIONAMENTO DE CONSOLO E
DENTE-GERBER
✓ Definição da geometria:

Por fim, é determinada a geometria final do consolo. Considerando a espessura


do elastômero (g) de 1 cm e conhecida a altura da viga, pode-se determinar a
altura (m) do consolo:

ℎ𝑣𝑖𝑔𝑎 90
m= −𝑔 = − 1 = 44𝑐𝑚
2 2

A distância a (ponto de aplicação da carga até a face do pilar) é obtida pela


seguinte expressão:

𝑖 25
𝑎 =n− + 𝑎2 = 45 − + 4,5 = 28𝑐𝑚
2 2

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DIMENSIONAMENTO DE CONSOLO E
DENTE-GERBER
✓ Definição da geometria:

Definida a geometria final do consolo, é feita a classificação (consolo curto /


muito curto), a verificação de tensão de compressão da biela de concreto e o
dimensionamento das armaduras principais.

90
DIMENSIONAMENTO DE CONSOLO E
DENTE-GERBER
✓ Classificação do consolo:
Valor da relação a/d

𝑎 28
= = 0,72 → 𝐶𝑜𝑛𝑠𝑜𝑙𝑜 𝑐𝑢𝑟𝑡𝑜 (0,5 < 𝑎ൗ𝑑 < 1)
𝑑 38,5

✓ Verificação da biela de compressão:


Valor da medida k:

𝑘 = 𝑡𝑔𝛽 ∙ 𝑔 + 𝑑 ′ = 0,16 ∙ 1,0 + 5,5 = 1,04𝑐𝑚

Onde:
𝐻𝑑 76,40
𝑡𝑔 = = = 0,16
𝑉𝑑 477,56
91
DIMENSIONAMENTO DE CONSOLO E
DENTE-GERBER
✓ Verificação da biela de compressão:

Valor segmento AB:

𝐴𝐵 = 𝑛 − 𝑎 − 𝑘 + 2 + ∅ + 𝑐 = 45 − 28 − 1,04 + 2 + 2 + 2,5 = 9,46𝑐𝑚

Como se tem Hd ≠ 0, valor do comprimento da biela no plano horizontal do


tirante é de:

𝐴𝐵 = 𝐵𝐶 → 𝐴𝐶 = 2 ∙ 9,46 = 18,92𝑐𝑚

Inclinação da biela:

𝑑 38,5
𝑡𝑔𝜃 = = = 1,00 → 𝜃 = 45,0 𝑜
𝑛 − (𝑐 + 2 + ∅) 45 − (2,5 + 2,0 + 2,0)

92
DIMENSIONAMENTO DE CONSOLO E
DENTE-GERBER
✓ Verificação da biela de compressão:

Tensão na biela:
𝐹𝑑 477,56
𝜎𝑐,𝑏𝑖𝑒𝑙𝑎 = 2
= 2
= 24.039𝑘𝑁/𝑚2
𝑠𝑒𝑛 𝜃 ∙ (𝐴𝐶 ∙ 𝑗) 𝑠𝑒𝑛 45 ∙ (0,1892 ∙ 0,21)

Tensão limite:
𝑓𝑐𝑘 40.000
𝑓𝑐,𝑏𝑖𝑒𝑙𝑎 = = = 28.571𝑘𝑁/𝑚2
1,4 1,4

Assim:

93
DIMENSIONAMENTO DE CONSOLO E
DENTE-GERBER
✓ Dimensionamento das armaduras principais:

Armadura do tirante:
𝐻𝑑
𝐴𝑠,𝑡𝑖𝑟 = 𝐴𝑠,𝑣 +
𝑓𝑦𝑑
Onde:
𝑎 𝐹𝑑
𝐴𝑠𝑣 = 0,1 + ∙
𝑑 𝑓𝑦𝑑

477,56 76,40
𝐴𝑠,𝑡𝑖𝑟 = 0,1 + 0,73 ∙ + = 10,9𝑐𝑚2
50 50
1,15 1,15

Utiliza-se 4 20mm :

𝐴𝑠,𝑡𝑖𝑟 = 4 ∙ 3,15 = 12,6𝑐𝑚2


94
DIMENSIONAMENTO DE CONSOLO E
DENTE-GERBER
✓ Dimensionamento das armaduras principais:
Armadura de costura:
𝐴𝑠 𝐴𝑠𝑣 2
≥ 0,4 ∙ 𝑠 = ∙𝑑
𝑠 𝑐𝑜𝑠𝑡
𝑑 3
Onde:
477,56
𝐴𝑠𝑣 = 0,1 + 0,72 ∙ = 9,01𝑐𝑚2
50
1,15

𝐴𝑠 2 𝐴𝑠𝑣 2
≥ 0,4 ∙ ∙ 𝑑 ∙ → 𝐴𝑠 ≥ 0,4 ∙ ∙ 9,01 = 2,40𝑐𝑚2
𝑠 𝑐𝑜𝑠𝑡
3 𝑑 3

Adotam-se ganchos horizontais com 8.00mm com 2 ramos em 3 camadas na


faixa de (2/3).d (25,33cm), a cada 8cm:

𝐴𝑠,𝑐𝑜𝑠𝑡 = 2 ∙ 3 ∙ 0,5 = 3,0𝑐𝑚2


95
DIMENSIONAMENTO DE CONSOLO E
DENTE-GERBER
✓ Dimensionamento das armaduras principais:
Armadura transversal (a/d < 1):

𝐴𝑠𝑤 = 0,15% ∙ 𝑏𝑤 ∙ ℎ = 0,0015 ∙ 30 ∙ 44 = 1,98𝑐𝑚²

Adotam-se estribos verticais com  6.3mm com 2 ramos em 4 camadas,


espaçados aproximadamente a cada 10 cm.

𝐴𝑠𝑤 = 2 ∙ 4 ∙ 0,315 = 2,56𝑐𝑚2

96
DIMENSIONAMENTO DE CONSOLO E
DENTE-GERBER
✓ Geometria do dente Gerber:

97
DIMENSIONAMENTO DE CONSOLO E
DENTE-GERBER
✓ Classificação do dente Gerber:

A distância adente é definida pela expressão:

𝑑𝑣𝑖𝑔𝑎 85,5
𝑎𝑑𝑒𝑛𝑡𝑒 = 𝑛−𝑎+𝑓+c+ = 45 − 28 + 1 + 2,5 + = 31,2𝑐𝑚
8 8

f – folga entre o consolo e dente gerber: 1cm

Valor da relação a/d:

𝑎𝑑𝑒𝑛𝑡𝑒 31,2
= = 0,79 → ∴ 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑜𝑙𝑜 𝑐𝑢𝑟𝑡𝑜 (0,5 < 𝑎Τ𝑑 < 1)
𝑑 (45 − 5,5)

98
DIMENSIONAMENTO DE CONSOLO E
DENTE-GERBER
✓ Verificação da biela de compressão:

Valor de k:
𝑘 = 𝑡𝑔𝛽 ∙ 𝑔 + 𝑑 ′ = 0,16 ∙ 1,0 + 5,5 = 1,04𝑐𝑚

Onde:
𝐻𝑑 76,40
𝑡𝑔 = = = 0,16
𝐹𝑑 477,56

Valor do segmento AB:

𝐴𝐵 = 𝑛 − 𝑎′ − 𝑘 + 2 + ∅ + 𝑐 = 45 − 18 − 1,04 + 2 + 2 + 2,5 = 19,46𝑐𝑚

Como se tem Hd ≠ 0, valor do comprimento da biela no plano horizontal do


tirante é de:
𝐴𝐵 = 𝐵𝐶 → 𝐴𝐶 = 2 ∙ 19,46 = 38,92𝑐𝑚
99
DIMENSIONAMENTO DE CONSOLO E
DENTE-GERBER
✓ Verificação da biela de compressão:

Inclinação da biela:

𝑑 − 𝑑′𝑣𝑖𝑔𝑎 39,5 − 4,5


𝑡𝑔𝜃 = = = 1,09 → 𝜃 = 47,4𝑜
𝑘 + 𝑎𝑑𝑒𝑛𝑡 1,04 + 31,2

Tensão na biela:

𝐹𝑑 477,56
𝜎𝑐,𝑏𝑖𝑒𝑙𝑎 = 2
= 2
= 10.784𝑘𝑁/𝑚2
𝑠𝑒𝑛 𝜃 ∙ (𝐴𝐶 ∙ 𝑗) 𝑠𝑒𝑛 47,4 ∙ (0,3892 ∙ 0,21)

Como 𝜃 > 45°, a tensão limite é 0,85 fcd:

𝑓𝑐𝑘 40.000
𝑓𝑐,𝑏𝑖𝑒𝑙𝑎 = 0,85 ∙ = 0,85 ∙ = 24.286𝑘𝑁/𝑚2
1,4 1,4

100
DIMENSIONAMENTO DE CONSOLO E
DENTE-GERBER
✓ Dimensionamento das armaduras principais:

Armadura do tirante:
𝐻𝑑
𝐴𝑠,𝑡𝑖𝑟 = 𝐴𝑠,𝑣 +
𝑓𝑦𝑑
Onde:
𝑎 𝐹𝑑
𝐴𝑠𝑣 = 0,1 + ∙
𝑑 𝑓𝑦𝑑

477,56 76,40
𝐴𝑠,𝑡𝑖𝑟 = 0,1 + 0,79 ∙ + = 11,53𝑐𝑚2
50 50
1,15 1,15

Assim, utiliza-se 420mm:

𝐴𝑠,𝑡𝑖𝑟 = 4 ∙ 3,15 = 12,60𝑐𝑚2

101
DIMENSIONAMENTO DE CONSOLO E
DENTE-GERBER
✓ Dimensionamento das armaduras principais:
Armadura de costura:
𝐴𝑠 𝐴𝑠𝑣 2
≥ 0,4 ∙ 𝑠 = ∙𝑑
𝑠 𝑐𝑜𝑠𝑡
𝑑 3
Onde:
477,56
𝐴𝑠𝑣 = 0,1 + 0,79 ∙ = 9,78𝑐𝑚2
50
1,15

𝐴𝑠 2 𝐴𝑠𝑣 2
≥ 0,4 ∙ ∙ 𝑑 ∙ → 𝐴𝑠 ≥ 0,4 ∙ ∙ 9,78 = 2,61𝑐𝑚2
𝑠 𝑐𝑜𝑠𝑡
3 𝑑 3

Adotam-se ganchos horizontais com 8.00mm com 2 ramos em 3 camadas na


faixa de (2/3).d = 25,33cm a cada 8cm:

𝐴𝑠,𝑐𝑜𝑠𝑡 = 2 ∙ 3 ∙ 0,5 = 3,0𝑐𝑚2


102
DIMENSIONAMENTO DE CONSOLO E
DENTE-GERBER
✓ Dimensionamento das armaduras principais:

Armadura de transversal (a/d ≤ 1):

𝐴𝑠 = 0,15% ∙ 𝑏𝑤 ∙ ℎ = 0,0015 ∙ 30 ∙ 45 = 2,02𝑐𝑚²

Adotam-se estribos verticais com  6.3mm com 2 ramos em 4 camadas,


espaçados aproximadamente a cada 10 cm.

𝐴𝑠,𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠 = 2 ∙ 4 ∙ 0,32 = 2,56𝑐𝑚2

103
DIMENSIONAMENTO DE CONSOLO E
DENTE-GERBER
✓ Dimensionamento das armaduras principais:

Armadura de suspensão:

Deve existir armadura de suspensão capaz de resistir a totalidade das cargas


verticais aplicadas no dente Gerber com tensão fyd:
𝐹𝑑 477,56
𝐴𝑠,𝑠𝑢𝑠𝑝 = = = 10,98𝑐𝑚²
𝑓𝑦𝑑 50
1,15

Considerando-se um espaçamento de 5 cm entre as barras verticais em um


total de 20cm tem-se 5 arranjos; e considerando 4 ramos, pode-se calcular o
diâmetro mínimo da armadura:

𝐴𝑠,𝑠𝑢𝑠𝑝 10,98
∅𝑚𝑖𝑛 ≥ = = 0,549𝑐𝑚2 , 𝑎𝑑𝑜𝑡𝑎 − 𝑠𝑒 ∅10𝑚𝑚
𝑏𝑎𝑟𝑟𝑎𝑠 𝑣𝑒𝑟𝑡𝑖𝑐𝑎𝑖𝑠 ∙ 𝑟𝑎𝑚𝑜𝑠 5∙4

104
DIMENSIONAMENTO DE CONSOLO E
DENTE-GERBER
✓ Modelo de detalhamento – Consolo:

2N6-ϕ20.0 C=153
(CA50)

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6118: Projeto de


estruturas de concreto – Procedimento. Rio de Janeiro; 2014.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9062: Projeto e execução
de estruturas de concreto pré-moldado. Rio de Janeiro; 2017.
EL DEBS, MK. Concreto pré-moldado: fundamentos e aplicações. 2ª Edição. São Paulo.
Oficina de Textos; 2017.
MACHADO CP. Consolos curtos e muito curtos de concreto armado. 308f. Tese
(Doutorado) – Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (POLI – USP). São Paulo;
1998.
MELO, CEE [Munte Construções Industrializadas]. Manual Munte de Projetos de Pré-
fabricados de Concreto. 2ª Edição. São Paulo. PINI; 2007.
TREJOR. Disponível em: <http://www.trejor.com.br>. Acessado em 20 de março de
2019.

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