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Survey fPractice

A
rede de empresas do repairbusiness ente para manter, folgadamente e com alto
nacional, na construção civil, basi- nível, engenheiros, técnicos, fornecedo-
camente é ativada pelos problemas res, fabricantes, pesquisadores, profes-
que surgem nas estruturas de concreto ar- sores, empresas de controle tecnológico,
mado. As diretrizes executivas, feitas por de recuperação e até advogados especia-
técnicos e engenheiros projetistas, acima listas no assunto. O explosivo crescimen- ras e na diminuição da periodicidade dos
de tudo mágicos que, com base em inspi- to do repairbusiness nestes últimos 25 serviços de recuperação, exatamente pelo
ração, conhecimentos, transpirações, sen- anos, literalmente, forçou a barra para o fato da melhor compreensão da química e
timentos e sempre de olho nas normas es- desenvolvimento de novos materiais, no- da mecânica dos problemas. Conseqüen-
trangeiras e nacionais, têm sido o segredo vas diretrizes para projetos, procedimen- temente, por diagnósticos mais precisos.
do sucesso. Como sempre, faltam-nos da- tos de aplicação, prazos de garantia, pro- Contudo, aqui como lá, ainda persiste a
dos confiáveis para materializar o que cir- cedimentos de contratação e até no ensi- velha doutrinação dos “guias técnicos”
cula no nosso repairbusiness. No norte no das patologias da construção. O re- que, na realidade das obras, oferecem “so-
americano, entretanto, circulam anualmen- sultado disto tudo? Claro, está no aumen- luções rápidas” para todos os problemas
te 20 bilhões de dólares. Dinheiro sufici- to significativo da vida útil das estrutu- da construção.
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Estruturas de edifícios também gostam de check-up!
Integridade é questão indiscutível em qualquer tipo de estrutura. O
INSTITUTO DE PATOLOGIAS DA CONSTRUÇÃO, IPACON, pro-
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ponto de vista estrutural ou funcional, através de análises físicas,
químicas e eletroquímicas do concreto armado-protendido. Possui o
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arte das técnicas de diagnóstico como:

9 Condição estrutural; 9 Instrumentação;


9 Projetos de recuperação e reforço; 9 Ensaios não destrutivos;
9 Provas de carga; 9 Microanálise.
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Teste com eco-impacto (resposta a impulsos) cada


vez mais freqüentes.

O uso da fibra de carbono nas obras de reforço tornou-se trivial. Assim como seu preço, que despencou.
As leis de mercado...

Prognósticos para 2020 conjunto de metas, de modo a aprimorar a


eficiência, a qualidade e a segurança dos
Nos EUA, diretores de mais de 100 empre- trabalhos de recuperação para prazos bem
sas de recuperação reuniram-se em mais curtos do que se o mercado do repair-
workshops, há algum tempo atrás, forman- business evoluísse sozinho. Intrinsecamen-
do um conselho de desenvolvimento es- te a questão da sustentabilidade também
tratégico (CDE), dedicado a dar todo o su- foi tratada, pois o prolongamento da vida
O uso de proteção catódica por corrente galvânica,
porte às necessidades do repairbusiness de útil das estruturas tem tudo a ver com o
neste caso o ZTP, literalmente, tomou o mercado. lá, até o ano de 2020. Estabeleceu-se um tema. Estabeleceu-se um cronograma de
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Injeção de epóxi com ultrabaixa viscosidade PP50


Detalhe típico de uma ancoragem intermediária em um paramento de barragem.
numa junta de construção, onde cerca de 1,5m de
cabos foram deixados sem bainha de traciona- com inúmeras brechas que garantem cho-
mento. ques entre cliente, concreteiras e fiscali-
metas, com datas específicas, de modo que zação, falta de integração dos laborató-
cada etapa seja alcançada, sem o que have- rios de cursos de engenharia civil com
ria o comprometimento das etapas subse- as empresas de recuperação e até com
qüentes. Todo o programa traçado pelo CDE
foi impresso em catálogos que deverão ser
distribuídos pelas empresas de recupera- A maioria das trincas, neste paramento com 45m
ção a seus respectivos clientes, de modo a de altura, tiveram que ser acessadas com andaime
captarem o esforço do mercado do repair- elétrico.

business em atender melhor. Por que visualizar 2020?

A necessidade de visualizar 2020 parte


da premissa de que hoje nosso mercado
tem inúmeros problemas que precisam
ser solucionados, de modo a garantir
mais qualidade e um melhor atendimen-
to ao público necessitado. De outra for-
ma, chegaremos em 2020 com os mesmos
problemas estruturais que temos hoje.
Quais serão eles? Problemas como servi-
ços de recuperação totalmente ineficien-
tes, reforços estruturais com técnicas es-
Uso de endurecedores de superfície, tipo DURO
10 e PENTRA-SIL têm sido aplicados em pisos e tranhas, diversidade de custos nos ser- Uso de cimentos espansivos tipo DEMOX para
rampas de shoppings. viços, controle tecnológico do concreto demolir construções.
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Na impermeabilização com resina hidroexpansi-


va utiliza-se a resina de células fechadas (PH FLEX
SUPER) no lugar da de células abertas, economi-
zando tempo e dinheiro. As bombas de aplicação
também são pequenas e elétricas sem necessida-
de de compressores.

O uso de semi-pilhas pra detectar processos de A preparação de superfícies verticais é cada vez
corrosão já são bastante freqüentes nas obras de mais rápida e eficiente com o uso de hidrojatea-
recuperação do concreto armado-protendido. dores alimentados com areia.

estabeleceram-se diversificadas opini- Abaixo, estão algumas das necessida-


ões acerca da situação ideal para 2020. des levantadas:

• Obtenção de materiais compatíveis com • A questão do impacto ambiental.


o meio a ser recuperado. • A segurança no trabalho.
• Equipamentos mais eficazes e viáveis. • A qualificação do pessoal do repairbusi-
• Cooperação entre as empresas. ness.
• Pesquisas independentes e divulgação. • A qualificação dos for-
Equipamentos de corte do concreto cada vez mais • Prática profissional. necedores.
portentosos nas grandes obras.
• Verificação das metodologias para pro-
os clientes, são alguns deles. jetos.
Nas palestras proferidas nos Workshops,
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E as metas? execução, de modo a garantir uniformi- 6º Desenvolver meios para prever o com-
dade elevando a qualidade dos servi- portamento do sistema de recuperação
O CDE, ao final dos Workshops, estabe- ços e dos materiais empregados, esta- a ser empregado, de modo a permitir
leceu 13 metas-chave que deverão ser al- belecendo responsabilidades claras ao projetista planejar o método de ins-
cançadas, as quais apresentamos a seguir: para todos os envolvidos e, claro, mei- talação e os detalhes pertinentes, com
os que possibilitem sua fiscalização. base em práticas experimentais inde-
1º Em 2010, o repairbusiness 4º Desenvolver especificações baseadas pendentes. Na prática, a estratégia de
mundial estará mais interligado, no comportamento dos materiais para tratamento aplicada em obras novas
através de mecanismos promovi- atender obras de um modo geral nada mais são do que duplicações de
dos por instituições do setor, ocorren- e aquelas bem específicas, de- tratamentos antigos. Com isto, teremos
do uma inevitável cooperação entre talhando as necessidades e as acesso ao que deu certo e ao que deu
as empresas, na busca da melhor téc- condições durante e, principalmente, errado no sistema empregado, elimi-
nica, do melhor material e equipamen- após a execução dos serviços. Um dos nando, praticamente, todas as possi-
to. Pretende-se criar um conselho, a critérios principais a ser abordado nes- bilidades de insucesso.
nível mundial, constituído por mem- ta especificação será os limites de retra- 7º Aumento do número de profissionais
bros de diversas instituições e asso- ção dos materiais de recuperação. Isto especialistas em repairbusiness, de
ciações do repairbusiness, com o ob- porque, até hoje, as especificações exis- modo a dar suporte de nível às neces-
jetivo de gerenciá-lo e monitorá-lo. tentes nada mais são do que “guias téc- sidades crescentes do setor, particu-
Está sendo criado o Manual da Recu- nicos” elaborados pelos próprios fabri- larmente na área de avaliação, proje-
peração, edição brasileira, que deverá cantes. Muitos dos materiais pertinen- tos e novos materiais. Mais e mais uni-
estar pronto até dezembro de 2007. tes somam tantas qualidades que po- versidades, em todo o mundo, estão
Subseqüentemente, 5 meses após a dem ser taxados como milagrosos. No inserindo a cadeira de Patologia das
elaboração do Manual de Recupera- entanto, uma ou outra característica Construções, de modo a atender a de-
ção estará no mercado o Manual de apenas é adequada para o material. As manda natural do mercado. O Instituto
Práticas de Recuperação e de Prote- demais, ao contrário do que se propõe, de Patologias da Construção, há dez
ção. Paralelamente, serão elaborados criam incompatibilidade no local da re- anos, já pratica o esporte de instigar e
documentos sobre técnicas específi- cuperação. Proposta para 2015. persuadir faculdades e universidades
cas, com o intuito de manter todos os 5º Desenvolver métodos de recuperação com este objetivo. Paralelamente, o
interessados a par de sua conseqüen- com materiais e equipamentos que fa- Instituto tem promovido palestras e
te evolução. voreçam a técnica e sejam ambiental- programas de treinamento para capa-
2º Manter todas as instituições do repair- mente seguros, reduzindo ou eliminan- citar e qualificar técnicos e engenhei-
business atualizadas com normativos do os efeitos adversos, principalmen- ros para o setor.
específicos que, no momento, estão te para o ecosistema. A maioria dos tra- 8º Desenvolver meios para educar pro-
sendo elaborados. Serão criados por- balhos, no repairbusiness, produz po- prietários, administradores e gerentes
tais para o público ter livre acesso. eira e a sílica cristalina inalada produz de edificações residenciais, comerciais
Proposto para 2008 doenças respiratórias. Alguns materi- e industriais, de modo a conscientizá-
3º Em 2015 será criado o “Código para ais contém em sua composição croma- los dos efeitos da deterioração natu-
Recuperar” com o objetivo de estabe- tos e outros nitratos que são reconhe- ral, imposta pelo tempo de uso e pelo
lecer práticas normativas de avaliação, cidamente prejudiciais ao homem. Pro- próprio ambiente particular que envol-
elaboração de projetos específicos e posta para 2010. ve a construção.
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Um público cada vez mais interessado em saber o porquê dos métodos e dos materiais empregados é a razão do impulso que ocorreu nestes 10 anos no
Repairbusiness.

Estas pessoas, na maioria dos casos, base apenas no quadro de efeitos, ig-
GLOSSÁRIO
desconhecem os mecanismos básicos norando-se as causas, é tão cômoda
de deterioração do concreto armado e, como ineficaz. O exame dos potenciais Temperatura de transição vítrea (Tg) –
corresponde ao início do movimento da molécula.
claro, os resultados previsíveis são de corrosão, durante a investigação, e Pode ser obtida por calorimetria de varredura dife-
comprometimentos estruturais e sinis- dos potenciais de proteção após a re- rencial ASTM D-3418.
tros muitas vezes trágicos. Um dos ob- cuperação é um belo exemplo.
jetivos é produzir “Guias de Inspeção 10º Desenvolver sistemas de recupera- fax consulta nº 08
e Manutenção para Edificações”, es- ção/reforço que possam dar mais am-
pecificamente para o setor residencial, plitude a serviços específicos. É o
comercial e industrial, em parceria com caso do desenvolvimento de epóxis
Para ter mais
autoridades municipais, estaduais e fe- estruturantes para reforços com fibra
informações sobre
derais. de carbono com temperatura de tran- Análise.
9º Desenvolver métodos padronizados, sição vítrea bem mais elevada, de
porém de simples execução, para uma modo a atender as exigências contra
investigação precisa das condições em a ação do fogo.
que se encontra a construção, tanto
antes como após a recuperação. Como resposta ao CDE, o American Con- REFERÊNCIAS
Uma situação ainda pouco compreen- crete Institute formou o comitê 562 cuja • Joaquim Rodrigues é engenheiro civil, mes-
dida por muitos técnicos e engenhei- tarefa é desenvolver, pela primeira vez, o tre em corrosão, membro de diversos institutos
nos EUA, em assuntos de patologias da constru-
ros é que o sucesso de toda obra de normativo “Avaliação e recuperação de ção, É editor e diretor da RECUPERAR, além de
recuperação depende de conhecimen- edificações”, cuja nobre missão é estabe- consultor de diversas empresas.
tos específicos, discernimento e lógi- lecer um complexo código para as tarefas
ca na investigação do problema. Por de avaliação e recuperação de edificações.
outro lado, a solução imposta com Já não era sem tempo.

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FUNDAMENTOS VI
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Figura 1 - O reforço estrutural com fibra de carbono tornou-se mania no Repairbusiness.

O
principal problema a ser observa- jes a ser empregado no reforço de vigas e recuperação de peças que trabalhem à fle-
do em um reforço estrutural, feito lajes, respectivamente, sejam no máximo xão, recomenda-se que o maior valor da
em peças de concreto armado-pro- igual a um terço da espessura do concreto tensão de aderência seja, no máximo, igual
tendido, é obter-se compatibilidade e con- original. Uma outra dica super importante, e a um quarto da suposta tensão de tração
tinuidade estrutural entre o binômio mate- pouco observada, para o caso de grandes do concreto antigo. Torna-se obrigatório
rial/estrutura do reforço com o concreto jaquetas e sobrelajes de reforço, que tenham também, em todos os casos, um número
original. adequado processo de cura, é que o maior mínimo de conectores, pinos ou chumba-
valor da tensão de aderência entre elas e o dores que façam a ligação entre o novo e o
Jaquetas em vigas e concreto original deverá ser menor do que antigo. Para o caso em que se conheça a
sobrelajes de reforço dois terços da suposta resistência de tração carga dinâmica ou a inversão no flexura-
do concreto antigo. mento, recomenda-se que toda a força ci-
Recomenda-se que a espessura da camada No caso das jaquetas feitas com concreto salhante na interface seja transferida pe-
do concreto armado de jaquetas e sobre la- projetado, tanto para reforço como para los conectores de ligação, e que a tensão
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RECUPERAÇÃO ESTRUTURAL
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cisalhante máxima seja menor do que dois


terços da suposta resistência do antigo
concreto.

Jaquetas em pilares

A capacidade de carga de pilares é facilmen-


te aumentada com o uso de jaquetas de con-
creto armado ou com fibra de carbono. Em
ambos os casos, dever-se-á bolear os can-

Jaqueta de concreto
armado fixada com
grampos no concreto
original

min 50mm
Seção existente
Figura 3 - Viga que sustenta laje de um pavimento industrial. O alto nível de contaminação no concreto
afetou profundamente suas armaduras.

tos (quinas) dos pilares, de modo a evitar a de retração bem superior ao do concreto
concentração de tensões, tanto no novo original, havendo sempre o risco de fissu-
Furos da fixação
com epóxi
concreto (retração) quanto no compósito. ramento.
O fato é que mesmo a melhor jaqueta feita
com concreto armado, otimizando-se da me- As vigas
lhor maneira a adesão entre o novo e o an-
tigo, o pilar reforçado não se comportará A capacidade de flexão de uma viga pode
Seção existente como uma peça estrutural com concreto ho- estar combalida, tanto pelo excesso de ten-
mogêneo com a mesma seção transversal. sões (ruína) em sua região de compressão
Figura 2 - O reforço de um pilar à moda antiga. O concreto da jaqueta sofrerá um processo (viga super armada) como pelo excessivo
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TELA GALVÂNICA
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esforço de tração em suas armaduras (viga


sub armada). Em ambos os casos, poder-
se-á aumentar sua capacidade de flexão,
incrementando-se sua altura efetiva, ou
seja, aumentando-se sua zona de compres-
são. Para o caso de uma viga sub armada, a
melhor maneira de reforçá-la é adicionar ar-
maduras de tração. Melhor ainda se isto sig-
nificar aumentar sua altura efetiva. Por ou-
tro lado, para se reforçar uma viga super
armada basta aumentar sua zona de com-
pressão.
As vigas contínuas precisam ser reforça-
das apenas dentro dos vãos. Para tanto,
Solda

Os furos
e o epóxi

Estribos
adicionais
Concreto projetado
ou grout

min 50mm

Viga

Manta de Estribo
fibra de carbono
para reforço Ferragem
de cizalhamento positiva

Reforços para cizalhamento de uma viga.

deverão ter capacidade rotacional suficiente


nos apoios, de modo a permitir a necessá-
ria redistribuição dos momentos. Geralmen-
te esta condição é atendida. Mas para o
caso de vigas com grande porcentagem de
armaduras nos apoios, dever-se-á checar.
O reforço para os esforços de cisalhamen-
to é obtido instalando-se novos estribos
verticais e inclinados, devendo-se tomar
todo o cuidado com a maneira de fixá-los.
Poderá haver necessidade de adicionar al-
gumas barras junto à ferragem principal.
Para tanto, dever-se-á expor as armaduras
existentes e proceder à ancoragem da pon-
ta das barras.
Poderemos supor que todo o concreto de
reforço, adicionado à viga original, interaja

Figura 4 - Aplicação de concreto projetado em


uma viga travessa após restituição da armadura
necessária e a aplicação de PROTEÇÃO
CATÓDICA.

RECUPERAR • Novembro / Dezembro 2006 17


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ou funcione como uma peça só. Neste caso, concreto projetado em sua parte compri- das armaduras deverá ser menor, próxi-
as forças cisalhantes deverão ser transferi- mida ou na tracionada e até em ambas. mo aos apoios da viga. Na zona de com-
das através da interface de ligação. A outra Evidentemente, todo o concreto de re- pressão da viga, todo e qualquer con-
opção é supor que o novo concreto funci- forço imposto na zona tracionada deve- creto de reforço a ser aplicado sofrerá
one de maneira independente. Com este rá estar bem acompanhado de estribos os efeitos da chantagem da retração con-
perfil, as deformações estarão num mesmo envolvendo a viga ou apenas chumba- sentida, mesmo molhando-se abundan-
patamar, tanto na nova região quanto na dos nela. Vigas, geralmente, apresentam temente a superfície do concreto origi-
antiga. Se a interação entre as partes for a elevadas tensões cisalhantes, razão pela nal. Quando processos de corrosão es-
opção, certamente teremos um serviço de qual todo e qualquer concreto incorpo- tiverem presentes ou se o ambiente for
reforço relativamente barato e a viga refor- rado deverá ser bem ancorado com estri- corrosivo, dever-se-á instalar proteção
çada terá um volume bem reduzido. bos bem dimensionados e posicionados, catódica com telas galvânicas tipo TELA
O concreto de reforço a ser adicionado sempre à luz do diagrama de cortantes. G ao longo das armaduras, de modo a
em uma viga geralmente é aplicado com O que significa dizer que o espaçamento interromper a corrosão.
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talar proteção catódica com tela galvânica,


tipo TELA G, de modo a impedir a corrosão
futura na nova armadura que, geralmente,
fica afastada da superfície antiga do con-
creto.
Reforçar lajes para aumentar sua capacida-
de cisalhante não é usual. Para este caso
sugere-se atravessar a laje com barras ver-
ticais e chapas de aço fixadas em sua su-
perfície.
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Para ter mais


informações sobre
Fundamentos.
Esta laje que apresentava 150mm de deformação, com 10m x 20m, teve que ser reforçada para momento
fletor positivo com fibra de cabono e aumentada sua zona de compressão com uma camada de concreto
armado de 15cm fixada com pinos. Após os serviços foi feita prova de carga com tanques d’água. Na foto
menor o controle com extensômetros.
Reforçando lajes com sobrelajes quenas por sinal, entre o concreto novo e o REFERÊNCIAS
antigo. De qualquer modo é sempre inte- • Carlos Carvalho Rocha é Engenheiro Ci-
Autópsias técnicas em uma laje poderão ressante fixar pinos, ferros u, grampos etc, vil, especialista em serviços de recuperação.
apontar para uma deficiência de momento na superfície da laje original. A aplicação • Fédération Internationale de la Précontrain-
fletor ou de esforços cortantes. A deficiên- de toda e qualquer capa ou overlay de con- te. Inspection and maintenance of reinfor-
ced and prestressed concrete structures. Tho-
cia do primeiro será sempre decisiva. Contu- creto para aumentar a zona de compressão mas Telford, London.
do, para o caso de lajes espessas, tremenda- da laje antiga também sofrerá os efeitos da • Rabe D. Die Unterhaltung von Stahlbeton-
mente carregadas e apoiadas diretamente em retração chantagista, acompanhada de trin- und Spannbetonbrücken. Bauingenieur.
pilares, poderá ocorrer puncionametos sinis- cas e fissuras. Estes sintomas não costu- • Standfuß F. Schäden an Straßenbrücken - Ur-
tros. O fato é que lajes, via de regra, são sub- mam afetar, de forma significativa, a capaci- sachen und Folgerungen. Str. Autobahn.
• Voss W. Bauwerkssschäden und ihre Ursachen.
armadas e, nesta condição, toda e qualquer dade de carga da peça reforçada. No entan- Betonwerk Fertigteiltechnik.
armadura aumentará sua capacidade fletora. to, sua rigidez será menor do que uma laje • Organisation de Coopération et de Dévelop-
Em casos raros de lajes super armadas, de- idêntica monolítica. ment Economique. Remise en état et renfor-
ver-se-á aumentar sua espessura efetiva. Por outro lado, quando reforçamos a zona cement des ouvrages d’art. OCDE.
• Teyssandier J.P. Lessons from observation of
O reforço de lajes com sobrelajes ou over- de tração de uma laje mediante colagem de existing bridges. Bull. Inf. Com. Eur. Béton,
lays (moderninho, não?) poderão trabalhar manta de fibra de carbono em tiras cruza- No. 163, 45-143.
de duas maneiras: interação total da laje das ou, tradicionalmente, instalando arma- • Matousek M. and Schneider J. Untersuchun-
antiga com o overlay e a opção de trabalha- duras em sua região inferior, dever-se-á fin- gen zur Strukturdes Sicherheitsproblems bei
Bauwerken. Institut für Baustatik und Kons-
rem de forma independente. Para o caso de car pinos, grampos etc, previamente. Não
truktion, ETH Zürich, Birkhäuser Verlag, Ba-
ocorrer a primeira opção, dever-se-á trans- se pode esquecer, caso haja corrosão pre- sel and Stuttgart.
ferir as tensões cisalhantes, que são pe- sente ou o ambiente for corrosivo, de ins-
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Fazer fog aumenta a umidade do ar acima


do piso concretado e diminui a velocidade
de evaporação na superfície do concreto.

P
ara prevenir ou mesmo impedir o de secagem do concreto. À medida que o Podemos associar este fenômeno a uma
tráfego desconjuntado do fissura- concreto cura e endurece há um movimen- corrida entre dois cavalos. Se as ten-
mento causado pela retração, tor- to orquestrado baseado em três importan- sões de retração disparam na frente da
na-se necessário agir duro sobre o período tes mecanismos: resistência à tração, um abraço, o con-
creto começa a trincar. Se a resistência
• A hidratação do cimento troca figurinhas com a perda d’água, devido a secagem, e o concreto à tração toma a dianteira das tensões
começa a sofrer retração. Se limitarmos a perda d’água, o concreto literalmente começa a ser de retração, o concreto ainda retrai, mas
esticado ou alongado. não trinca.
• Paralelamente, o concreto vai se tornando mais inflexível, duro e rijo. Peri- Parece uma corrida simples entre dois ca-
gosamente começam a se acumular tensões de tração em cada centímetro valos poderosos, mas é bem complicada
cúbico de concreto esticado ou alongado (retração). e possui uma série de características típi-
• Ao mesmo tempo, sua resistência ao fissuramento também cresce. cas de cada cavalo. Como:
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A molhagem do piso após seu endurecimento deverá ser intensa, diária e de acordo com as condições do tempo. O uso de agentes de cura ajuda. A cobertura
do piso com tecidos é mais garantida.

• Ingredientes do concreto. Portanto, é muita incerteza junta, razão tração, ao mesmo tempo em que ajuda-
• Dosagem do concreto. pela qual fica difícil prognosticar porque mos o concreto a ganhar resistência. Esta
• Temperatura do ar. um piso trinca e outro não, quando sub- bula, na verdade, diz que devemos fazer
• Temperatura do concreto. metidos às mesmas condições. Contudo, uma cura responsável e um controle da
• Umidade relativa do ar. sobressaem duas boas estratégias que temperatura consciente. A segunda, tem
• Velocidade do vento. ajudam enormemente a pressagiar, com a fenomenal estratégia de aceitar que as
• Grau de insolação.
grandes chances de acerto, quem poderá trincas (tensão de retração) irão vencer a
• Tipo de acabamento.
ganhar, se a tensão de retração ou a re- corrida. Só que elas aparecerão nos luga-
sistência de tração. A primeira delas é atra- res que nós indicarmos, através de cor-
sar a secagem do concreto e, claro, a re- tes planejados. Fantástico!
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22 RECUPERAR • Novembro / Dezembro 2006


Survey fPractice

Onde cortar o piso?

Cortar um piso significa enfraquecer deter-


minada região do concreto. O objetivo é
forçar as trincas de retração a ocorrerem
numa região específica. Ao final dos cortes
se estabelece uma verdadeira rede de linhas
direcionadas que agradam a todos. Esta si-
tuação, claro, é melhor do que as fissuras e
trincas que ocorrem a esmo e irritam qual-
quer mortal.

O corte da placa na hora certa e no local certo é fundamental para o piso. A hora de cortar
o piso deverá ocorrer tão logo se possa andar sobre o piso, podendo ter resistências de 0,2
a 0,3MPa. Em condições normais, com dia quente, cerca de 3 horas após o lançaento já é
possível cortar o piso. O corte acima é feito a seco, o que facilita sua entrada.

RECUPERAR • Novembro / Dezembro 2006 23


Junta serrada (ou de
controle) já com a
ocorrência de trinca
induzida.

as tensões de retração, literalmente, ex-


plodam.
Sabemos que, para cortar vidro e cerâmica
basta dar um risco em suas superfícies para
que quebrem. São materiais frágeis. O con-
creto, na idade em questão, não é frágil.
Além do mais, sua resistência à tração não
é uniforme. Abaixo, finalizando, apresenta-
mos seis dicas importantes para proceder a
à execução das juntas serradas, também co-
nhecidas como juntas de controle.
• O espaçamento máximo da junta, medi-
Para cortar o pavio da bomba, quer dizer profundidade calculada e tão logo se da em pés, é duas vezes a espessura do
do piso de concreto, dever-se-á ter em possa andar sobre o piso. Em outras pa- piso medido em polegadas, tanto na
mente sua espessura e o tempo de endu- lavras, dever-se-á enfraquecer o concre- direção transversal quanto longitudi-
recimento. Os cortes deverão ocorrer em to nas regiões programadas, antes que nal. Por exemplo, um piso de 4 polega-
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espessura do piso na direção transver-


sal e de 1/3 na direção longitudinal.
• O material de preenchimento da junta
de controle deverá ser, obrigatoriamen-
te, para pisos industriais, o epóxi semi-
rígido (EPÓXI 36). O preenchimento
deverá ser completo, ou seja, o epóxi
deverá ocupar 1/3 ou 1/4 da junta.

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Para ter mais


informações sobre
Pisos de Concreto.

REFERÊNCIAS
• Filomena Martins Viriato é engenheira ci-
vil, especialista em serviços de recuperação.
• Kelley, E.F. “applications of the results of re-
O surgimento de fissuras e até trincas deve ter como tratamento a aplicação de adesivos de ultra baixa search to the structural design of concrete pa-
viscosidade por gravidade, tipo METACRILATO ou PP50. vements”.
• Kanare, H.M. “Understanding concrete floors
das de espessura (10cm) deverá ter uma quer que seja o caso, o comprimento and moisture issues”. Portland cement associ-
junta de controle a cada 8 pés (2,4m). não poderá ser maior do que 25% da ation.
• Os panos formados não poderão ter largura. • Gilbert, R.I. “Shrinkage cracking in fully res-
trained concrete members”. ACI Structural
mais do que 4,5m para qualquer dire- • A junta deverá ter ângulo igual ou mai- Journal.
ção, independente da espessura do or que 90º. • Garber, G. “Design and construction of con-
piso. • A profundidade do corte da inserção crete floors”.
• Procure fazer panos o mais próximo • Butt, Thomas K. “Avoiding and repairing
da tira plástica ou da formação do sul-
moisture problems in slabs or grade”.
possível do formato quadrado. Qual- co deverá ser de, pelo menos, 1/4 da
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Subleito e sub-base integrados e super resistentes. Quando a


carga é pesada, todo cuidado em sua preparação é pouco.

N
a edição anterior apresentamos in-
formações sobre a resistência de-
sejada para os subleitos. Finalizan-
do esta matéria, apresentaremos todas
as dicas para a execução de uma boa
sub-base.
Sub-base é uma camada de material granu-
lar usualmente areia, pedrisco ou combina-
ções, lançado sobre o subleito para servir pesadas, antes da execução do piso. A gra- seguinte: (veja quadro acima)
de base estável à passagem de máquinas nulometria ideal para uma boa sub-base é a Uma outra utilidade da sub-base e,
Continua na pág. 32
30 RECUPERAR
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135

108
Pa/m
81M
81

K no topo da sub-base (MPa/m)


Pa/m
54M
54

Pa/m
27M

27
Pa/m
14M
o=
ubleit
bre s
K so

0
10 12,5 15 18 20 23 25 28 30
Espessura da sub-base (cm)

Efeito da espessura da sub-base granular sobre o


módulo K.

dição de carregamento, considerando um


Toda informação do solo que possa ser coletada servirá para identificá-lo. subleito resistente, apenas aumentando a
talvez a mais importante, é que, uma vez breque à ação capilar, podendo zerar aquela sub-base. Aliás, trata-se de uma prática an-
bem feita, absorverá pequenas imperfeições indesejável migração d’água para o interior tieconômica e perigosa.
existentes no subleito, formando uma base do piso e que tem conseqüências amargas. Para o futuro piso de concreto e para situa-
mais nivelada para o futuro piso. Seu efeito O gráfico da figura acima é uma excelente ções onde não haja presença de camadas
amortecedor e a conseqüente uniformida- contribuição para o cálculo do módulo de de solo mole na sondagem do local, a uni-
de causada pela sub-base é particularmen- reação do subleito (K), também chamado formidade do conjunto subleito-sub-base
te importante para solos argilosos ou coe- de módulo K ou coeficiente de recalque, é mais interessante do que propriamente
sivos, principalmente para aqueles factíveis quando se considera pisos com 10 ou mais sua capacidade suporte. Esta asserção,
de ficarem moles (perda da capacidade su- centímetros de espessura. Nesta figura, além de ser eficiente, poderá acarretar mais
porte) com o aumento da umidade ou com a nota-se que, de nada adianta tentarmos di- economia para a obra, principalmente pelo
flutuação do nível freático. Outra importan- mensionar um piso de concreto, com pou- fato de se calcular um piso de concreto com
te vantagem da sub-base é que serve de ca espessura e para uma determinada con- grande resistência.
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32 RECUPERAR • Novembro / Dezembro 2006


Survey fPractice

espessura, todo e qualquer teste de densi-


dade feito na obra é, e sempre será, absolu-
tamente impreciso. Para evitar este equívo-
co, retire amostras do material e faça os tes-
tes para a obtenção do teor de umidade do
material. É a única maneira de assegurar sua
(melhor) compactação na umidade ótima.
Terminados os serviços, ou seja, subleito e
subbase prontos, não poderão faltar testes
para verificar se realmente poderão receber
as cargas prometidas. A norma do Ameri-
can Concrete Institute, ACI 302 1997, “Guia
para construção de pisos de concreto” dá
todas as dicas para a realização dos testes
e também para a correção do sistema, caso
apareçam borrachudos ou sulcos.

A umidade e o solo
Os teores de umidade, correspondentes às
mudanças de estado, são definidos como
limite de liquidez (LL) e limite de plasticidade
(LP) do solo. A diferença entre os dois, indi-
ca a faixa de valores que o solo fica plástico
Nesta situação procedeu-se a investigação do subsolo (existência de solo mole), a preparação e
compactação do subleito e,finalmente, a colocação de, aproximadamente, 18cm de sub-base granular. e é chamado de índice de plasticidade (IP)
do solo.
É preciso planejar e executar bem a sub- Para tanto, dever-se-á executar, em labora-
base, de modo a impedir que, após a execu- tório de solos o teste de compactação proc-
ção do piso de concreto, ela venha a sofrer tor padrão, determinando-se o teor de umi-
uma costumeira densificação, causando dade ótima do material a ser empregado na
problemas para as placas de concreto. A subbase, considerando-se sua densidade
maneira mais correta de evitar esse mico é máxima. É preciso entender que, como a
compactar a sub-base com alta densidade. subbase, usualmente, tem apenas 10cm de
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Para ter mais


informações sobre
Solos.

REFERÊNCIAS
• Jorge L. F. de Almeida é professor e enge-
nheiro de fundações.
• Kanare, H.M., Understanding Concrete Flo-
ors and Moisture Issues, CD014, Portland
Cement Association, Skokie, Illinois.
• Kelley, E.F., “Applications of the Results of
Research to the Structural Design of Concre-
te Pavements”, Public Roads, Vol. 20, No. 5.
• Kosmatka, S.H., “Floor-Covering Materials
and Moisture in Concrete”, Concrete Tech-
nology Today, PL853, Portland Cement As-
sociation, Skokie, Illinois.
• Kunt, M.M., and McCullgh, B.F., “Evaluati-
on of the Subbase Drag Formula by Conside-
ring Realistic Subbase Friction Values”, Trans-
portation Research Record 1286, Transpor-
A ocorrência de fraturas no piso é, infelizmente, comum devido a ausência de cavidades na preparação tation Research Board National Research
do subleito/sub-base. Council.
• Lytton, R.L., and Meyer, K.T., “Stiffened
Sub-bases especiais cessário melhorá-lo com uma super sub- Mats on Expansive Clay”, Journal, Soil Me-
base. Sem mistério, sub-bases especiais po- chanics and Foundations Division, American
Quando apenas o subleito, aquela capa de dem ser feitas com pedra britada, solo ci- Society of Civil Engineers.
solo original do terreno com profundidade mento, concreto reciclado, material asfálti- • Marais, L.R., and Pierre, B.D., Concrete In-
máxima aproximada de 50 centímetros, não co e até com concreto magro, com espes- dustrial Floors on the Ground, Portland Ce-
ajudar muito, ou seja, for formada por mate- suras que variam de 10 a 15 centímetros. É ment Institute, Midrand, South Africa.
rial pobre que adquiriu pouca resistência freqüente utilizar-se valores de K, variando • Nicholson, L.P., “How to Minimize Cracking
and Increase Strength of Slabs on Grade”,
após a compactação, se as tensões futuras de 110 a 150MPa/m, para calcular a espes-
Concrete Construction, Hanley-Wood, LLC,
a serem aplicadas forem razoáveis e houver sura do piso de concreto assentado sobre Addison, Illinois.
necessidade de acelerar a obra, torna-se ne- super sub-bases.
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