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Processo nº 1007728-24.2021.8.26.0266
CONTESTAÇÃO A INICIAL
I- DAS PUBLICAÇÕES
Inicialmente, requer que todas as publicações e/ou intimações referentes ao presente feito
sejam efetuadas exclusivamente em nome da patrona LÚCIA DA SILVA, OAB-SP 365.772, com
escritório na Rua Expedicionário Poitena, nº 41, sala 1, Centro, Itanhaém, SP, requerendo, para
tanto, a anotação de seu nome nos autos.
Requer preliminarmente o réu, com fulcro no artigo 5º, incisos XXXV e LXXIV, da CF,
combinados com os artigos 1º e seguintes da lei 1.060/50, que seja apreciado e acolhido o
presente pedido do direito constitucional à Justiça Gratuita, isentando a parte ré do pagamento
e/ou adiantamento de custas processuais, tendo em vista os seus baixos rendimentos e o fato de
que ATUALMENTE PASSA POR MUITAS DIFICULDADES FINANCEIRAS POIS ESTÁ
DESEMPREGADO E POSSUI MAIS UMA FILHA PARA SUSTENTAR, SENDO QUE O
PAGAMENTO DE DESPESAS PROCESSUAIS PREJUDICARÁ O SEU SUSTENTO E O DE
SUA FAMÍLIA.
Diante também do Novo Código de Processo Civil, o inteligente artigo 99 assim deixou a
sua previsão:
Desta forma, fica evidente que se trata de uma pessoa com poucos recursos financeiros.
III-SÍNTESE DA INICIAL:
É sabido que o mesmo vinha ajudando as criança e, inclusive, pegava o mesmo para
passar finais de semana, tendo uma convivência “pacífica”.
Quanto a alegação da representante dos menores, que alega ter conhecimento que o
Requerido possui três onibus, trabalhando com os veiculos de forma autonoma, auferindo,
segunda ela, uma renda de R$6.000,00 (seis mil reais).
Alega ainda que em decorrência do seu trabalho, gasta R$400,00 (quatrocentos reais)
com babá durante sua ausência. Afirma ainda que a filha menor, Livia, necessita de aulas de
reforço em decorrencia da pandemia.
Posto isso requer a majoração dos alimentos hoje em R$800,00 (oitocentos reais),
para um salário minímo vigente, sendo R$1.100,00 (mil e cem reais).
Quanto as visitas, requereu ainda que seja, um fim de semana alternado com cada
genitor, bem como feriados.
(...)“Em razão da prova de parentesco, mas observando que a inicial não está acompanhada
de provas concretas quanto à necessidade dos alimentados e a possibilidadedo alimentante,
DEFIRO em termos a tutela provisória, para o efeito de arbitrar osalimentos provisórios no
valor equivalente a um salário mínimo nacional, na medida em que se tratam de dois
autores.O valor será devido todo dia 10 de cada mês, a partir do primeiro dia 10 posterior à
citação. (...)”
É certo afirmar que o requerido tem o dever de alimentar, não é esse o foco da
presente narrativa, mas sim o valor arbitrado, fugindo totalmente da realidade em que vivem
pessoas desempregadas.
Neste sentido, Conforme dispõe o artigo 1.695 do Código Civil, os alimentos devem
ser prestados "quando quem os pretende não tem bens suficientes, nem pode prover, pelo
seu trabalho, à própria mantença, e aquele, de quem se reclamam, pode fornecê-los, sem
desfalque do necessário ao seu sustento".
Desta forma, sugere o requerido que seja estipulado, em caso de não vínculo
empregatício, um valor acessível de 50% sobre um salário mínimo em caso não vínculo
empregatício, mantendo as disposições em caso de vínculo empregatícios, qual seja 70% do
salário minimo, o que já o faz hoje, para que o mesmo efetue o pagamento, não
prejudicando seu sustento e piorando o sustento de sua família.
V- DO MÉRITO
Com fulcro no art. 1.695, do Código Civil Brasileiro, os alimentos quando fixados
deverão sempre obedecer ao binômio necessidade – possibilidade, não devendo
desfalcar o necessário ao sustento do Devedor, devendo ser, como amplo
entendimento jurisprudencial e doutrinário, fixados de acordo com percentual dos
rendimentos do Requerido, neste sentido:
LÚCIA SILVA
OAB/SP 365.772
1
Rua Expedicionário Poitena, 41– Sala 01 - Centro –
Itanhaém – SP Tel. (13) 997960-340