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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 1ª

VARA DA FAMÍLIA E SUCESSÕES DA COMARCA DE CIDADE.

PROCESSO Nº 

www,rrr, já devidamente qualificada no processo em epígrafe


movido por SILVA FERREIRA , vem perante Vossa Excelência,
com o devido acato e respeito de estilo, apresentar

CONTESTAÇÃO

na presente ação de Divórcio Litigioso, pelos fatos e fundamentos


que passa expor.

DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA

Requer a concessão da justiça gratuita a requerida, pois esta não


possui no momento condições de realizar os pagamentos das
custas do processo sem grande prejuízo ao seu próprio sustento e
de sua família, com fulcro no art. 5º, LXXIV da Constituição Federal
de 1988, e art. 99 do Código de Processo Civil de 2015.

Registra-se de início que que a autora falta com a verdade quando


oculta descaradamente o imóvel onde reside! Que tão logo passo a
demonstrar.

A autora deixou de trazer à baila a data do casamento por ser


imperioso eu informo para o bem andamento do processo: que
foi celebrado no dia 05 de agosto de 2005 ás 9:35 horas regime
parcial de bens, conforme Id-120203427.

Embora o requerido concorde com a decretação de divórcio,


conforme ficou exposto em audiência de conciliação presente nas
fls. ,existe além de discrepâncias em informações contidas na
inicial, discordância em face aos pedidos presentes na inicial assim
como pedidos contrapostos, o quais serão devidamente explanados
a seguir.

Importante mencionar que por questões de prazo, alguns


documentos serão juntados posteriormente, devendo ser aberto
prazo para manifestação da parte contraria.

Impugna desde logo tal afirmação mentirosa e desonrosa e


golpista cheirando estelionato; vamos demonstrar preclaro
julgador que a autora oculta da justiças os bens conseguido
onerosamente na constância do casamento.

Diz autora com o objetivo de enganar o marido e abusar da


nossa Inteligência!

DOS BENS

A Requerente alegou que os cônjuges na constância da união


casamentária adquiriam os seguintes béns:

1- Um veículo Corsa Classic, ano 2004, avaliado em R$ 11.653;

2- Uma carretinha reboque com valor médio para venda de R$


2.000,00;

A autora narrou tudo isso registrado pelo ID 120.203.407 EM


16/06/2020.
a) Digo eu, preclaro Julgador, na constância do casamento foi
adquirido um lote na avenida (B) N 2, já convivia com o
requerido, estando o marido Sr. WCOM O NOME NO SERASA E
SPC, FIZERAM ENTÃO O CONTRATO EM NOME DA SUA
ESPOSA HOJE LITIGANTE da Silva.

b) após a compra deram início a construção da casa onde


residia até pouco tempo, e aonde mora a sra. Vânia e seus
filhos até a presente data.

Recibos juntamos alguns do material de construção onde foi


feito várias compras de alvenaria cimento, areias brita entre
outros, testemunha temos como provar. Aliás preclara julgador
prescindível se pois, a casa foi construída com esforço pessoal
do marido, sra. Vânia que ocultou esse imóvel não deveria nem
ter direito algum se fosse e vigorasse no nosso sistema a pena
de talião “sanção igual o dano causado”.

c) é bom trazer à baila preclaro Julgador, que este lote


inclusive estar em litígio nessa comarca pelo processo nº
0231.15.022229-8; comprou o imóvel da bandeirante, e a contria
,adentrou como possuidora do lote acabou perdendo, sendo
julgado favorável a compra do imóvel que se encontra hoje
com 2 andares e em fase de acabamento; o processo pode ser
acessado pelo TJMG.

d) A CASA HOJE AVALIADA EM R$ 250.000,00 (DUZENTOS E


CINQUENTA MIL REIAS. A maria DEVE MORA NAS NUVENS
ESQUECEU ONDE MORA COM OS FILHOS QUE FOI
ADQUIRIDA PELOS BRAÇOS FORTE DO SR. H.

e) Diante disso preclaro julgador sem demais delonga requer


seja acrescentado o imóvel em tela e acusado por nós como
parte integrante da partilha. Quem vergonha dona VÂNIA!
MENTIR PRA JUSTIÇA É CRIME! FALTA DE ÉTICA; SE
ALGUEM LHE ORIENTOU, CASO A SRA. DISCORDE DEVE
FALAR PRA NÓS QUEM LHE ACONHELHOU A OCULTAÇÃO!
Os bens descritos acima foram adquiridos pelo Requerente e a
Requerida. Ocorre que, estes, por sua vez, se encontram
de posse da Requerida, vez que este sempre os manteve em seu
poder e domínio, não obtendo acesso tanto aos bens quanto os
documentos a Requerida que guarda consigo o contrato de compra
e venda.

NÃO FORAM DECLARADOS NA EXORDIAL para a JUSTA


PARTILHA e verificação das pendências, pressupondo a má-fé da
ora Requerente, o que prejudicaria o requerido. Não bastasse isso a
autora usufrui do imóvel sozinha, não é justo, mais por ora e sem
provocação da autora o requerido não vai entrar com ação de
extinção de condomínio que é seu direito. Se provocado
certamente vai avocar o seu direito erga omnes. A autora alega
crédito a receber e ocultando a casa de esforça do marido onde ela
reside com seus filhos, penso que não deva abusar da nossa
inteligência. Ora, onde está o crédito da Requerida dos bens não
declarados pelo Requerente, que, com certeza, compensa o valor
de direito do Requerido no imóvel residencial?

 DOS ALIMENTOS

Segundo o ordenamento jurídico brasileiro no que tange aos


alimentos é imperioso salientar os
diplomas 1.694 a 1.696 do CC/02, estes tratam da maneira pela
qual é prestada à concessão de alimentos, as condições para tal
prestação e para quem pode ser pleiteada a concessão de
alimentos e ainda a obrigação recíproca entre os pais e filhos no
que toca a prestação de alimentos.

Neste sentido o artigo 1.694 do CC/02, in verbis:

Art. 1.694. Podem os parentes, os cônjuges ou companheiros pedir


uns aos outros alimentos de que necessitem para viver de modo
compatível com a sua condição social, inclusive para atender às
necessidades de sua educação.

§ 1º Os alimentos devem ser fixados na proporção das


necessidades do reclamante e dos recursos da pessoa
obrigada.
§ 2º os alimentos serão apenas os indispensáveis à subsistência,
quando a situação de necessidade resultar de culpa de quem os
pleiteia. (grifo nosso).

O que foi acima denotado pelo diploma, se aplica de pronto ao


caso em tela, visto que, a pensão alimentícia deve ser mensurada
pelo juízo a partir do critério ou do princípio da proporcionalidade,
ou seja, analisando as reais necessidades do reclamante e
visualizando os recursos da pessoa obrigada.

Nesta senda, considerando que o valor da pensão deve


atender ao trinômio possibilidade, necessidade e
razoabilidade para que não seja muito oneroso para o
alimentante, nem tampouco insuficiente para garantir o
mínimo indispensável ao alimentado, requer que seja fixado o
pagamento no importe de R$ 350,00 (trezentos e cinquenta
reais) a título de alimentos definitivos,ou seja 30% do salário
mínimo devendo ser pago na conta especificada pela
genitora.

pelo divórcio.

Isto posto, vez que a Requerente não mais tem interesse em


manter o vínculo conjugal com o Requerido, pleiteia pela
dissolução do casamento através do divórcio, o que desde já se
requer.

DOS BENS A PARTILHAR


No tocante aos bens, o regime vigente entre o casal é o da
“Comunhão Parcial de Bens”, sendo assim comunicam entre os
cônjuges somente os bens adquiridos na constância do casamento
de maneira onerosa.

Foram adquiridos alguns bens imóveis na vigência da sociedade


conjugal mediante esforço comum dos cônjuges, razão pela qual
deverão ser igualmente partilhados entre ambos.

Tendo como regime de bens a Comunhão Parcial, caberá a cada


um o correspondente a 50% (cinquenta por cento) da propriedade
destes, conforme bem dispõe o Código Civil em seus
artigos 1.658 e 1.660, inciso I, vejamos:

“Art. 1.658. No regime de comunhão parcial, comunicam-se os


bens que sobrevierem ao casal, na constância do casamento,
com as exceções dos artigos seguintes.”
“Art. 1.660. Entram na comunhão:

I - os bens adquiridos na constância do casamento por título


oneroso, ainda que só em nome de um dos
cônjuges;”(destaquei).

DOS PEDIDOS

Ante todo o exposto requer:

1) Sejam concedidos os benefícios da assistência judiciária


gratuita à Requerente, na forma do artigo 98 do Código de
Processo Civil e legislação referente ao tema;

2) Declarar a extinção do vínculo conjugal entre a Requerente e


o Requerido, mediante divórcio, determinando-se a
expedição do competente ofício para averbação junto ao
Cartório de Registro Civil onde fora firmado o matrimônio;

3) Seja determinada a partilha dos bens adquiridos na


constância na constância do casamento incluindo a casa que
foi construída com esforço especial do varão;

4) Requer provar o alegado por todos os meios de provas


admitidos em direito, especialmente pelo depoimento pessoal
do Requerido, oitiva de testemunhas, juntada de
documentos, perícias e demais provas pertinentes.

5) Seja acrescentado o imóvel onde peticionária vive e vivia


com o varão até pouco tempo sendo adquirido e
construído pelo varão este no importe de R$ 250.000,00
ocultado por má fé.
6) Rol de testemunhas

a) MARIA DE JANEIRO
b) ANTONIO DE FEVEREIRO

BELO HORIZONTE,

OAB/MG

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