Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1
INTROITO
21
Desse modo, a Promovida encontra-se inadimplente com a
Autora, uma vez que na data do ajuizamento da presente ação, ainda não
recebera as chaves do imóvel adquirido.
HOC
IPSUM EST.
(2) – NO MÉRITO
§ 1° (...)
21
“Aos sujeitos que pertencerem à categoria de
prestadores de serviço, que não sejam pessoas físicas,
imputa-se uma responsabilidade objetiva por defeitos
de segurança do serviço prestado, sendo intuitivo que
tal responsabilidade é fundada no risco criado e no
lucro que é extraído da atividade. “(PODESTÁ, Fábio;
MORAIS, Ezequiel; CARAZAI, Marcos Marins.
Código de Defesa do Consumidor Comentado.
Comentado. São
Paulo: RT, 2010. Pág. 147)
Nesse sentido:
[ Causa de pedir ]
21
É inquestionável que a Ré não cumprira sua obrigação legal
e contratual de entregar o imóvel que lhe prometera à venda. (Cláusula 17) Não
há qualquer fundamento jurídico em embasar a entrega do imóvel fora do prazo
avençado.
21
A construtora demandada é parte legítima para figurar no pólo passivo da ação,
considerando que durante todo o período de negociação agiu como responsável pelo
empreendimento adquirido pela parte autora, inviável, portanto, o acolhimento da
preliminar de ilegitimidade passiva. A ausência de previsão contratual da indenização pelo
descumprimento de prazo de entrega não afasta o direito do comprador ao ressarcimento
pelas perdas e danos. Trata-se de responsabilidade contratual que dispensa cláusula
expressa, encontrando amparo nas regras gerais que disciplinam os atos jurídicos,
especificamente no artigo 475 do Código Civil. Inexiste abusividade na cláusula contratual
que difere a entrega da obra para 180 dias após o prazo avençado. Isso porque não só se
trata de prática comum no ramo da construção civil, como também, no caso em espécie, a
disposição contratual foi redigida de forma clara, a permitir a compreensão do leitor, não
se enquadrando nas situações elencadas nos artigos 51 e 54, ambos do Código de Defesa do
Consumidor. Danos materiais relacionados aos valores pagos a título de aluguéis em razão
do atraso na entrega da obra devidos, pois devidamente comprovados nos autos. O atraso
demasiado e injustificado na entrega de obra gera dano moral passível de indenização.
Período que extrapolaram os limites do mero descumprimento contratual caracterizando,
portanto, o dano moral indenizável. Rejeitaram a preliminar e negaram provimento aos
apelos. (TJRS; AC 0466052-15.2014.8.21.7000; Porto Alegre; Décima Sétima Câmara
Cível; Rel. Des. Giovanni Conti; Julg. 26/02/2015; DJERS 09/03/2015)
09/03/2015)
APELAÇÃO CÍVEL.
(3) – P E D I D O S e R E Q U E R I M E N T O S
21
POSTO ISSO, como últimos requerimentos desta Ação
Cominatória c/c Indenizatória, a Autora requer que Vossa Excelência se digne
de tomar as seguintes providências:
3.1. Requerimentos
3.2. Pedidos
1.- A obrigação de indenizar é corolário natural daquele que pratica ato lesivo
ao interesse ou direito de outrem. Se a cláusula penal compensatória funciona
como r
pé-fixação das perdas e danos, o mesmo não ocorre com a cláusula penal
moratória, que não compensa nem substitui o inadimplemento, apenas pune a
mora. 2.- Assim, a cominação contratual de uma multa para o caso de mora não
interfere na responsabilidade civil decorrente do retardo no cumprimento da
obrigação que já deflui naturalmente do próprio sistema. 3.- O promitente
comprador, em caso de atraso na entrega do imóvel adquirido pode pleitear,
por isso, além da multa moratória expressamente estabelecida no contrato,
também o cumprimento, mesmo que tardio da obrigação e ainda a indenização
correspondente aos lucros cessantes pela não fruição do imóvel durante o
período da mora da promitente vendedora. 4.- Recurso Especial a que se nega
provimento. (STJ - REsp 1.355.554; Proc. 2012/0098185-2; RJ; Terceira
Turma; Rel. Min. Sidnei Beneti; Julg. 06/12/2012; DJE 04/02/2013)
21
d) condenar a Promovida pagar indenização por lucros cessantes no importe de
R$ 890,00(oitocentos e noventa reais) por mês de atraso na entrega do imóvel,
valor esse obtido por avaliação de Corretor de Imóveis devidamente registrado
no Creci. (doc. 31) Subsidiariamente (CPC, art. 326), requer que o valor seja
apurado em liquidação de sentença. O termo inicial será o da data prevista
contratualmente para entrega do imóvel, ou seja, dia 00 de março de 0000. Não
acolhido o pleito de anular-se a cláusula de tolerância (item ‘a’), ainda
subsidiariamente pede-se o termo inicial seja ao final do prazo previsto como
tolerância (180 dias);
21
Com a inversão do ônus da prova, protesta prova o alegado
por todos os meios admissíveis em direito, assegurados pela Lei Fundamental
(art. 5º, inciso LV, da C.Fed.), em especial pelo depoimento do representante
legal da Ré, perícia, oitiva de testemunhas a serem arroladas oportunamente,
tudo de logo requerido.
THIAGO RODRIGUES
OAB/SC 33.655
21