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AO JUÍZO DA VARA CÍVEL DA COMARCA DE ________

________ , inscrito no CPF ________ , ________ , residente e domiciliado


na ________ , nº ________ , na cidade de ________ , ________ , ________
vem à presença de Vossa Excelência, por seu procurador, propor

AÇÃO INDENIZATÓRIA

________ , inscrito no ________ , com endereço na ________ , nº


________ , na cidade de ________ , ________ , pelas razões de fato e de
direito que passa a expor:

DOS FATOS

Em ________ , o Autor firmou contrato de promessa de compra e venda


com a mobiliária Ré, para a aquisição de imóvel com a seguinte descrição: ________ ,
conforme docs em anexo.

Nos termos do contrato, a forma de pagamento ficou acertada da seguinte


forma: ________

Deste acordo ________ foi efetivamente pago, conforme provas em


anexo.

Ocorre que em ________ , o Autor teve conhecimento de que o imóvel

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________

Ao solicitar o reembolso do valor pago à Ré, o Autor teve a indigesta


surpresa na resposta: ________ , obrigando a busca por intervenção judiciária.

DO ENQUADRAMENTO NO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR

A norma que rege a proteção dos direitos do consumidor, define, de


forma cristalina, que o consumidor de produtos e serviços deve ser abrigado das
condutas abusivas de todo e qualquer fornecedor, nos termos do art 3º do referido
Código.

DA INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA

Diante da inquestionável relação de consumo, resta consubstanciada a


configuração da necessária inversão do ônus da prova, pelo que reza o inciso VIII do
artigo 6º do Código de Defesa do Consumidor, tendo em vista que a narrativa dos fatos
encontra respaldo nos documentos anexos, que demonstram a verossimilhança do
pedido, nos termos do art. 6º do CDC:

AGRAVO DE INSTRUMENTO. RESCISÃO CONTRATO.


EMPREENDIMENTO IMOBILIÁRIO. CÓDIGO DE DEFESA
DO CONSUMIDOR. INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA.
HIPOSSUFIÊNCIA. CABIMENTO. - Preenchidos os
requisitos do artigo 6º, inciso VII do Código de Defesa do
Consumidor, o ônus da prova deve ser invertido. (TJ-MG -
AI: 10000170101323001 MG, Relator: Luiz Carlos Gomes da
Mata, Data de Julgamento: 27/06/0017, Câmaras Cíveis / 13ª
CÂMARA CÍVEL, Data de Publicação: 30/06/2017, #218510)
#3018510

Com esse postulado, a Ré não pode eximir-se das responsabilidades


inerentes à sua atividade, dentre as quais cumprir suas atribuições com diligência.

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DA RESPONSABILIDADE DA IMOBILIÁRIA

Pelo que fica evidenciado nos fatos e documentos acostados em anexo, a


Imobiliária não tomou os cuidados necessários na intermediação dos serviços, pois
competia a ela a averiguação dos documentos apresentados pelo estelionatário, que se
passou pelo proprietário do bem.

Tal imprudência fica evidenciada pela dispensa do reconhecimento de


firma do falso proprietário do imóvel, o que seria suficiente para constatação da fraude.

Dispõe de forma clara o Código Civil que:

Art. 723. O corretor é obrigado a executar a mediação com


diligência e prudência, e a prestar ao cliente, espontaneamente,
todas as informações sobre o andamento do negócio.
Parágrafo único. Sob pena de responder por perdas e danos, o
corretor prestará ao cliente todos os esclarecimentos acerca da
segurança ou do risco do negócio, das alterações de valores e de
outros fatores que possam influir nos resultados da incumbência.

E no presente caso, além da demonstração inequívoca da falta de


diligência e prudência na intermediação do negócio, o corretor não evidenciou nem
alertou sobre o risco da transação, caracterizando negligência em sua atuação.

Evidentemente que a intermediação por uma empresa experiente no


ramo, deveria conferir maior segurança na negociação, o que legitimaria o pagamento
da corretagem.

Mas contrariamente ao esperado, houve falha na análise documental do


pretenso proprietário, uma vez que bastaria uma consulta às certidões negativas de
débito ou mesmo solicitar o reconhecimento de firma em cartório, o que não foi feito,
permitindo o ato fraudulento.

Configurando-se, portanto, falha no serviço prestado pela Ré, gera o


dever de indenizar, conforme precedentes sobre o tema:

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INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E MORAIS -
Compra e venda intermediada pela imobiliária-ré -
Estelionatário que se fez passar pelo proprietário do imóvel -
Entrega de parte de pagamento à corretora - Recusa na
restituição dos valores - Improcedência do pedido -
Inconformismo - Acolhimento - Responsabilidade da
corretora ante a necessidade de conferência das informações
e documentos apresentados - Dever de indenizar
configurado - Devolução integral da importância paga pelo
autor - Danos morais configurados - Transtorno que
ultrapassa o mero dissabor - Quantum fixado em R$
10.000,00 - Inteligência do parágrafo único do art. 723 do
Código Civil - Precedente deste Egrégio Tribunal sobre o golpe
aplicado pelo mesmo falsário - Sentença reformada - Recurso
provido. (TJ-SP - APL: 00176401720128260577 SP 0017640-
17.2012.8.26.0577, Relator: J.L. Mônaco da Silva, Data de
Julgamento: 08/03/2017, 5ª Câmara de Direito Privado, Data de
Publicação: 13/03/2017, #518510)

DECISÃO: ACORDAM os senhores julgadores da Décima


Primeira Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado do
Paraná, à unanimidade de votos, em não conhecer do agravo
retido interposto por Vivaldino da Silva Leite e negar
provimento ao recurso de apelação interposto pela Imobiliária
Favaro, nos termos do voto do Relator. EMENTA: APELAÇÃO
CÍVEL. AÇÃO DE RESOLUÇÃO CONTRATUAL C/C COM
INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E
MORAIS.SENTENÇA QUE JULGOU PROCEDENTES OS
PEDIDOS DA AÇÃO PRINCIPAL E DA LIDE
SECUNDÁRIA. AGRAVO RETIDO NÃO CONHECIDO,
ANTE A AUSÊNCIA DE REQUERIMENTO EXPRESSO.
REQUERIMENTO DE NÃO CONHECIMENTO DA
APELAÇÃO DEDUZIDO EM CONTRARRAZÕES -
DESNECESSIDADE DE RATIFICAÇÃO DO RECURSO
QUANDO INALTERADA A CONCLUSÃO PELO

#3018510 Thu Sep 22 20:37:45 2022


JULGAMENTO DOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO.
DENUNCIAÇÃO DA LIDE DEFERIDA EM 1º GRAU E NÃO
RECORRIDA - PRECLUSÃO.COMPROMISSO DE
COMPRA E VENDA - PROMITENTES VENDEDORES QUE
NÃO ERAM PROPRIETÁRIOS DO IMÓVEL - FALTA DE
DILIGÊNCIA DA IMOBILIÁRIA QUE INTERMEDIOU O
NEGÓCIO DEMONSTRADA - FATO AFERÍVEL POR
SIMPLES LEITURA DA MATRÍCULA DO IMÓVEL -
DEVER DE REPARAÇÃO DE DANOS CONFIGURADO.
QUANTUM ARBITRADO A TÍTULO DE DANO MORAL
DE ACORDO COM A EXTENSÃO DO DANO,
CAPACIDADE ECONÔMICA DAS PARTES E CARÁTER
PUNITIVO E PEDAGÓGICO DA REPRIMENDA. RECURSO
NÃO PROVIDO. (TJPR - 11ª C.Cível - AC - 1594152-3 -
Região Metropolitana de Londrina - Foro Central de Londrina -
Rel.: Mario Nini Azzolini - Unânime - - J. 12.04.2017, #518510)

Conforme lição de José Miguel Garcia Medina e Fábio Caldas de Araújo:

"Embora o corretor seja contratado pelo vendedor para executar


a liquidação de seus ativos, não poderá alterar a realidade dos
fatos que compõem a negociação. Sua tarefa de
esclarecimento é fundamental para evitar qualquer tipo de
erro ou dolo em relação ao negócio que será entabulado .
Trata-se da observância da bo -fé como fator de transparência e
lealdade durante a negociação. A responsabilidade por perdas
e danos do corretor é corolário de sua atividade, pois deverá
ele sempre orientar as partes sem visar unicamente ao
recebimento da comissão. A comprovação sobre fato que foi
omitido e que inviabilizaria o negócio gerará a
responsabilização do corretor ." (MEDINA, José Miguel
Garcia; ARAÚJO, Fábio Caldas de. Código civil comentado.
São Paulo: Revista dos Tribunais. 2014. p. 511.)

Conforme exposto, trata-se de dever legal não cumprido, gerando o dever

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de devolução de todo valor pago, devidamente corrigido, com a devida indenização das
despesas que recaíram indevidamente sobre o Autor, conforme demonstrativos em
anexo.

DAS PERDAS E DANOS

Conforme demonstrado pelos fatos narrados e prova testemunhal que que


será produzida no presente processo, o nexo causal entre o dano e a conduta da Ré fica
perfeitamente caracterizado pelo ________ , gerando o dever de indenizar, conforme
preconiza o Código Civil:

Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária,


negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a
outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.

Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito


que, ao exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos
pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons
costumes.

Nesse mesmo sentido, é a redação do art. 402 do Código Civil que


determina: "salvo as exceções expressamente previstas em lei, as perdas e danos
devidas ao credor abrangem, além do que efetivamente perdeu, o que razoavelmente
deixou de lucrar".

No presente caso, toda perda deve ser devidamente indenizada,


especialmente por que a negligência do Réu causou ________ , assim especificado:

________ - R$ ________

________ - R$ ________

A reparação é plenamente devida, em face da responsabilidade civil


inerente ao presente caso.

#3018510 Thu Sep 22 20:37:45 2022


DA RESPONSABILIDADE CIVIL

Toda e qualquer reparação civil esta intimamente ligada à


responsabilidade do causador do dano em face do nexo causal presente no caso
concreto, o que ficou perfeitamente demonstrado nos fatos narrados. Sendo devido,
portanto, a recuperação do patrimônio lesado por meio da indenização, conforme
leciona a doutrina sobre o tema:

"Reparação de dano. A prática do ato ilícito coloca o que


sofreu o dano em posição de recuperar, da forma mais completa
possível, a satisfação de seu direito, recompondo o patrimônio
perdido ou avariado do titular prejudicado. Para esse fim, o
devedor responde com seu patrimônio, sujeitando-se, nos limites
da lei, à penhora de seus bens." (NERY JUNIOR, Nelson.
NERY, Rosa Maria de Andrade. Código Civil Comentado. 12
ed. Editora RT, 2017. Versão ebook, Art. 1.196)

Trata-se do dever de reparação ao lesado, com o objetivo de viabilizar o


retorno ao status quo ante à lesão, como pacificamente doutrinado:

"A rigor, a reparação do dano deveria consistir na


reconstituição específica do bem jurídico lesado, ou seja, na
recomposição in integrum, para que a vítima venha a
encontrarse numa situação tal como se o fato danoso não
tivesse acontecido." (PEREIRA, Caio Mário da Silva.
Instituições de Direito Civil. Vol II - Contratos. 21ª ed. Editora
Forense, 2017. Versão ebook, cap. 283)

Motivos pelos quais devem conduzir à indenização ao danos materiais


sofridos, bem como aos lucros cessantes.

DO DANO MORAL

Conforme demonstrado pelos fatos narrados e prova testemunhal que que


será produzida no presente processo, o dano moral fica perfeitamente caracterizado pelo

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dano sofrido pelo Autor ao ________ , expondo o Autor a um constrangimento
ilegítimo, gerando o dever de indenizar, conforme preconiza o Código Civil em seu Art.
186.

Trata-se de proteção constitucional, nos termos que dispõe a Carta


Magna de 1988 que, em seu artigo 5º:

Art. 5º - (...) X - são invioláveis a intimidade, (...) a honra,


assegurado o direito a indenização pelo dano material ou
moral decorrente de sua violação;

E nesse sentido, a indenização por dano moral deve representar para


a vítima uma satisfação capaz de amenizar de alguma forma o abalo sofrido e de
infligir ao causador sanção e alerta para que não volte a repetir o ato, uma vez que
fica evidenciado completo descaso aos transtornos causados.

Portanto, considerando que o Réu ultrapassou os limites razoáveis do


exercício de seu direito, afetando seriamente a dignidade do Autor o expondo ao
ridículo, devida indenização por danos morais.

A narrativa demonstra claramente o grave abalo moral sofrido pelo Autor


em manifesto constrangimento ilegítimo. A doutrina ao lecionar sobre a matéria
destaca:

"O interesse jurídico que a lei protege na espécie refere-se ao


bem imaterial da honra, entendida esta quer como o sentimento
da nossa dignidade própria (honra interna, honra subjetiva),
quer como o apreço e respeito de que somos objeto ou nos
tornamos mercadores perante os nossos concidadãos (honra
externa, honra objetiva, reputação, boa fama). Assim como o
homem tem direito à integridade de seu corpo e de seu
patrimônio econômico, tem-no igualmente à indenidade do seu
amor-próprio (consciência do próprio valor moral e social, ou
da própria dignidade ou decoro) e do seu patrimônio moral."
(CAHALI, Yussef Said. Dano Moral. 2ª ed. São Paulo: Revista

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dos Tribunais, 1998, p. 288).

Assim, diante da evidência dos danos morais em que o Autor fora


acometido, resta inequívoco o direito à indenização.

E nesse sentido, a indenização por dano moral deve representar para a


vítima uma satisfação capaz de amenizar de alguma forma o abalo sofrido e de infligir
ao causador sanção e alerta para que não volte a repetir o ato, uma vez que fica
evidenciado completo descaso aos transtornos causados.

DA JUSTIÇA GRATUITA

Atualmente o autor é ________ , tendo sob sua responsabilidade a


manutenção de sua família, razão pela qual não poderia arcar com as despesas
processuais.

Para tal benefício o autor junta declaração de hipossuficiência e


comprovante de renda, os quais demonstram a inviabilidade de pagamento das custas
judicias sem comprometer sua subsistência, conforme clara redação do Art. 99 Código
de Processo Civil de 2015.

Art. 99. O pedido de gratuidade da justiça pode ser formulado na


petição inicial, na contestação, na petição para ingresso de
terceiro no processo ou em recurso.

§ 1º Se superveniente à primeira manifestação da parte na


instância, o pedido poderá ser formulado por petição simples,
nos autos do próprio processo, e não suspenderá seu curso.

§ 2º O juiz somente poderá indeferir o pedido se houver nos


autos elementos que evidenciem a falta dos pressupostos legais
para a concessão de gratuidade, devendo, antes de indeferir o
pedido, determinar à parte a comprovação do preenchimento dos
referidos pressupostos.

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§ 3º Presume-se verdadeira a alegação de insuficiência
deduzida exclusivamente por pessoa natural.

Assim, por simples petição, sem outras provas exigíveis por lei, faz jus o
Requerente ao benefício da gratuidade de justiça:

AGRAVO DE INSTRUMENTO - MANDADO DE


SEGURANÇA - JUSTIÇA GRATUITA - Assistência Judiciária
indeferida - Inexistência de elementos nos autos a indicar que
o impetrante tem condições de suportar o pagamento das
custas e despesas processuais sem comprometer o sustento
próprio e familiar, presumindo-se como verdadeira a
afirmação de hipossuficiência formulada nos autos
principais - Decisão reformada - Recurso provido. (TJSP;
Agravo de Instrumento 2083920-71.2019.8.26.0000; Relator (a):
Maria Laura Tavares; Órgão Julgador: 5ª Câmara de Direito
Público; Foro Central - Fazenda Pública/Acidentes - 6ª Vara de
Fazenda Pública; Data do Julgamento: 23/05/2019; Data de
Registro: 23/05/2019

Cabe destacar que o a lei não exige atestada miserabilidade do


requerente, sendo suficiente a "insuficiência de recursos para pagar as custas, despesas
processuais e honorários advocatícios"(Art. 98, CPC/15), conforme destaca a doutrina:

"Não se exige miserabilidade, nem estado de necessidade, nem


tampouco se fala em renda familiar ou faturamento máximos. É
possível que uma pessoa natural, mesmo com bom renda
mensal, seja merecedora do benefício, e que também o seja
aquela sujeito que é proprietário de bens imóveis, mas não
dispõe de liquidez. A gratuidade judiciária é um dos
mecanismos de viabilização do acesso à justiça; não se pode
exigir que, para ter acesso à justiça, o sujeito tenha que
comprometer significativamente sua renda, ou tenha que se
desfazer de seus bens, liquidando-os para angariar recursos e
custear o processo." (DIDIER JR. Fredie. OLIVEIRA, Rafael

#3018510 Thu Sep 22 20:37:45 2022


Alexandria de. Benefício da Justiça Gratuita. 6ª ed. Editora
JusPodivm, 2016. p. 60)

"Requisitos da Gratuidade da Justiça. Não é necessário que a


parte seja pobre ou necessitada para que possa beneficiar-se
da gratuidade da justiça. Basta que não tenha recursos
suficientes para pagar as custas, as despesas e os honorários do
processo. Mesmo que a pessoa tenha patrimônio suficiente, se
estes bens não têm liquidez para adimplir com essas despesas,
há direito à gratuidade." (MARINONI, Luiz Guilherme.
ARENHART, Sérgio Cruz. MITIDIERO, Daniel. Novo Código
de Processo Civil comentado. 3ª ed. Revista dos Tribunais,
2017. Vers. ebook. Art. 98)

Por tais razões, com fulcro no artigo 5º, LXXIV da Constituição Federal
e pelo artigo 98 do CPC, requer seja deferida a gratuidade de justiça ao requerente.

A existência de patrimônio imobilizado, no qual vive a sua família não


pode ser parâmetro ao indeferimento do pedido:

AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE


RECONHECIMENTO E/OU DISSOLUÇÃO DE UNIÃO
ESTÁVEL OU CONCUBINATO. REVOGAÇÃO DA
GRATUIDADE DE JUSTIÇA. (...) Argumento da
titularidade do Agravante sobre imóvel, que não autoriza o
indeferimento do benefício da gratuidade de justiça, pois se
trata de patrimônio imobilizado, não podendo ser indicativo
de possibilidade e suficiência financeira para arcar com as
despesas do processo, sobretudo, quando refere-se a pessoa
idosa a indicar os pressupostos à isenção do pagamento de
custas nos termos do art. 17, inciso X da Lei n.º 3.350/1999.
Direito à isenção para o pagamento das custas bem como a
gratuidade de justiça no que se refere a taxa judiciária. Decisão
merece reforma, restabelecendo-se a gratuidade de justiça ao réu
agravante. CONHECIMENTO DO RECURSO E

#3018510 Thu Sep 22 20:37:45 2022


PROVIMENTO DO AGRAVO DE INSTRUMENTO. (TJRJ,
AGRAVO DE INSTRUMENTO 0059253-21.2017.8.19.0000,
Relator(a): CONCEIÇÃO APARECIDA MOUSNIER
TEIXEIRA DE GUIMARÃES PENA, VIGÉSIMA CÂMARA
CÍVEL, Julgado em: 28/02/2018, Publicado em: 02/03/2018,
#318510)

AGRAVO DE INSTRUMENTO. DECISÃO


MONOCRÁTICA. AÇÃO DE USUCAPIÃO. BENEFÍCIO DA
GRATUIDADE DA JUSTIÇA. COMPROVAÇÃO DA
NECESSIDADE. DEFERIMENTO DO BENEFÍCIO. - Defere-
se o benefício da gratuidade da justiça sem outras perquirições,
se o requerente, pessoa natural, comprovar renda mensal bruta
abaixo de Cinco Salários Mínimos Nacionais, conforme novo
entendimento firmado pelo Centro de Estudos do Tribunal de
Justiçado Rio Grande do Sul, que passo a adotar (enunciado nº
49). - A condição do agravante possuir estabelecimento
comercial não impossibilita que seja agraciado com a
gratuidade de justiça, especialmente diante da demonstração
da baixa movimentação financeira da microempresa de sua
propriedade. AGRAVO DE INSTRUMENTO PROVIDO.
(Agravo de Instrumento Nº 70076365923, Décima Sétima
Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Gelson Rolim
Stocker, Julgado em 10/01/2018).

Afinal, o Requerente possui inúmeros compromissos financeiros que


inviabilizam o pagamento das custas sem comprometer sua subsistência, veja:

 ________ - R$ ________ ;

 ________ - R$ ________ ;

 ________ - R$ ________ ...

Ou seja, apesar do patrimônio e renda elevada, todo valor auferido

#3018510 Thu Sep 22 20:37:45 2022


mensalmente esta comprometido, inviabilizando suprir a custas processuais.

DO PEDIDO

Ante o exposto, requer:

1. A concessão do benefício da Justiça Gratuita, nos termos do art. 98 do Código


de Processo Civil;

2. A citação do réu, na pessoa de seu representante legal, para, querendo responder


a presente demanda;

3. Seja o requerido condenado a pagar ao requerente a título de danos materiais o


valor de R$ ________ , e um quantum a título de danos morais, em valor não
inferior a R$ ________ , considerando as condições das partes, principalmente o
potencial econômico-social da lesante, a gravidade da lesão, sua repercussão e as
circunstâncias fáticas;

4. A condenação do requerido em custas judiciais e honorários advocatícios,

5. Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidas e


cabíveis à espécie, especialmente pelos documentos acostados;

6. Manifesta o interesse na realização de audiência conciliatória;

7. Dá-se à causa o valor de R$ ________

Termos em que, pede deferimento.

________ , ________ .

________

ANEXOS

#3018510 Thu Sep 22 20:37:45 2022


1. Comprovante de renda

2. Declaração de hipossuficiência

3. Documentos de identidade do Autor

4. RG

5. CPF

6. Comprovante de Residência

7. Procuração

8. Declaração de Pobreza

9. Contrato de promessa de compra e venda

10. Prova dos valores pagos

11. Demais documentos

#3018510 Thu Sep 22 20:37:45 2022

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