Você está na página 1de 16

AO JUÍZO DO 1º JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA CIRCUNSCRIÇÃO JUDICIÁRIA

DE BRASÍLIA /DF

Processo nº 0763136-41.2022.8.07.0016

VINICIUS LUIS WEBBER, já devidamente qualificado nos autos do processo em


epígrafe, neste ato representado por suas advogadas que ao final subscrevem,
vem, perante Vossa Excelência, apresentar RESPOSTA, pelos fatos novos
alegados:

1- DA TEMPESTIVIDADE

A réplica é tempestiva, haja vista que o prazo para sua apresentação foi de 5
(cinco) dias úteis, tendo sido publicado no dia 25/07/2023, com início do prazo no
dia 26/07/2023 e fim no dia 01/08/2023.

2- DOS FATOS

Os réus foram citados para apresentarem comprovação do vídeo que eles


arrolaram na contestação e alegaram fatos novos que até o momento não haviam
sido apresentados, que serão impugnados a seguir:
3- DO DIREITO

O réu alega com um vídeo que o autor já tinha uma conta aberta, porém,
como já foi explicado, o autor nega que recebeu cartão ou teve sua conta ativada por
ele, ele nunca negou que tentou abrir uma conta, mas quando tentou foi negado a ele.
O autor desde 2021 está tentando, sem sucesso, resolver a lide, isso está comprovado
em trocas de emails que colocaremos ao final da petição.

Sobre o vídeo que foi colocado, o autor em nenhum momento diz que a conta
está aberta, no vídeo ele fala :``MEU NOME É VINICIUS WEBBER E EU QUERO
ABRIR UMA CONTA NO NEXT``. Excelência, isso não prova que ele tinha
conhecimento que a conta foi aberta, apenas mostra a intenção em abrir a conta, e o
que o autor entende é que se foi aberta, ele não tomou conhecimento disso, inclusive o
réu alega isso hoje, mas nunca antes nas tentativas do autor em resolver a lide fora da
justiça, comunicou isso a ele ou comprovou que ele tinha essa conta, sem ser por esse
vídeo que foi arrolado agora, que não prova nenhuma conta aberta.

Questiono, qual seria o número da conta? agência? número do cartão? e o


AR que ele recebeu um cartão? O vídeo apenas mostra a vontade do autor em ter a
conta. E para ativar esse pacote que o réu alega que ele aderiu, no mínimo o autor
deveria ter acesso a conta, como por exemplo colocar os números do cartão que
supostamente chegou na residência dele, para ativar a conta e aceitar esse pacote, o
que reafirmo, não ocorreu.

O autor nunca foi devidamente informado sobre a abertura ou ativação de


uma conta junto ao Banco Next, pertencente ao Banco Bradesco, em seu nome. A
falta de comunicação por parte do banco o deixou completamente desamparado e
vulnerável a cobranças indevidas.

Em suas tentativas de resolver o problema, foi negligenciado pelo banco, que


demonstrou total desalinhamento em lidar com a situação. A ausência de informações
sobre a conta inativa foi uma clara falha por parte da instituição financeira, que tem a
obrigação de zelar pelo relacionamento transparente e ético com seus clientes.
O Banco Bradesco não apenas descumpriu o protocolo estabelecido pelo
PROCON, que prevê o encerramento de contas inativas por mais de seis meses e a
proibição da cobrança de taxas sobre tais contas, como também se mostrou
indiferente à situação, alegando que o problema dos documentos é de
responsabilidade do cliente.

Além disso, é importante ressaltar que a própria instituição bancária


concordou com a versão inicial dos fatos, solicitando uma carta a próprio punho e
cópia de documentos como forma de comprovação (no email ao final da petição). No
entanto, para surpresa do autor, o banco posteriormente mudou de decisão, afirmando
que o acesso aos documentos de identidade é de minha responsabilidade, lavando as
mãos completamente da questão.

Em 16 de setembro de 2021, ele enviou ao banco os dados solicitados para o


encerramento da conta, acreditando que a situação seria devidamente resolvida. No
entanto, apenas em 07 de outubro de 2022 recebeu uma resposta, e para surpresa, foi
com uma posição completamente diferente, afirmando que o problema dos
documentos era da responsabilidade dele e que a utilização indevida de
documentação não era de sua alçada. Durante todo esse período, a dívida continuou
acumulando juros e encargos, enquanto o autor acreditava que o problema estava
sendo solucionado.

O autor não é um caso isolado. Pesquisas realizadas em sites de


reclamações, como o Reclame Aqui, revelam que diversos clientes do Banco Bradesco
já enfrentaram problemas com taxas não autorizadas ou nunca informadas,
demonstrando um padrão de conduta questionável por parte da instituição.

Além disso, a instituição financeira infringiu a Resolução nº 2.025 do BACEN,


que proíbe a cobrança de tarifas sobre contas inativas. Essa prática, conforme
sedimentado na jurisprudência brasileira, é indevida e pode gerar a condenação por
danos morais, independentemente de prova.

Diante de todos esses fatos, reforçamos a importância do cumprimento dos


direitos do consumidor e do respeito aos princípios que regem as relações de
consumo. É fundamental que os órgãos de proteção ao consumidor, como o
PROCON, garantam que os bancos sejam responsáveis por suas práticas e que os
clientes sejam devidamente amparados quando lesados.

Logo, não é cabível a alegação do réu, além de deixar entendido de forma


subjetiva que o autor está mentindo nos autos da ação, o que já foi deixado claro que
não está ocorrendo.

4- DO MÉRITO

Inicialmente cumpre esclarecer que conforme narrado nos fatos em 2021


ocorreu pelo autor a tentativa de abertura da conta no Banco Next, contudo, foi
informado que os seus dados já estavam sendo utilizados. Dessa forma, o vídeo de
aceite apresentado pela parte ré apenas mostra uma tentativa do autor em ter uma
conta next, uma vez que não consta entrega de cartão em sua residência. O que por
si só não é capaz de comprovar a contratação, pois não há provas do envio do
contrato, cartão ou ainda informações quanto ao número da conta supostamente
aberta.
Nesse sentido:

RECURSO INOMINADO – RELAÇÃO DE CONSUMO – INSCRIÇÃO


NOS ÓRGÃOS DE PROTEÇÃO – ALEGAÇÃO DE INEXISTÊNCIA DE
RELAÇÃO JURÍDICA – SENTENÇA DE IMPROCEDÊNCIA E
CONDENAÇÃO POR LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ – INSURGÊNCIA DA
PARTE PROMOVENTE – PLEITO DE PROCEDÊNCIA DA
PRETENSÃO INICIAL – INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA –
ALEGAÇÃO DE ACEITE DIGITAL – JUNTADA DE CONTRATO SEM
ASSINATURA – ATO ILÍCITO CARACTERIZADO – DANO MORAL
CONFIGURADO – DANO IN RE IPSA – FIXAÇÃO EM VALOR
RAZOÁVEL – SENTENÇA REFORMADA – RECURSO PROVIDO.
Havendo alegação de inexistência de relação jurídica pelo
consumidor, incumbe ao fornecedor de produtos e serviços que
requereu a negativação comprovar que houve a contratação, a
contraprestação do serviço e o respectivo inadimplemento.
O contrato sem assinatura e as telas juntados não são
suficientes para demonstrar a contratação e a origem do débito,
posto que são provas unilaterais que devem ser admitidas apenas
quando corroboradas por meio de outros elementos de prova.
A contratação, quando negada, se prova mediante a juntada
do contrato escrito ou do áudio oriundo de “call center”.
A inscrição indevida do nome do consumidor nos órgãos de
proteção ao crédito é causa que enseja o recebimento de indenização
por dano moral, uma vez que se trata de dano moral “in re ipsa”.
(N.U 1014160-95.2021.8.11.0001, TURMA RECURSAL CÍVEL,
LUCIA PERUFFO, Turma Recursal Única, Julgado em 09/11/2021,
Publicado no DJE 11/11/2021)”.

RECURSO INOMINADO – RELAÇÃO DE CONSUMO – INSCRIÇÃO


NOS ÓRGÃOS DE PROTEÇÃO AO CRÉDITO – DÉBITOS
REFERENTE A SUPOSTA CONTRATAÇÃO DE DISCIPLINAS QUE
EXTRAPOLAM A CARGA HORÁRIA PREVISTA – NEGATIVA DE
CONTRATAÇÃO PELA PROMOVENTE – PRELIMINAR DE
VIOLAÇÃO AO PRINCÍPIO DA DIALETICIDADE REJEITADA –
SENTENÇA DE IMPROCEDÊNCIA DA PRETENSÃO INICIAL E
PROCEDÊNCIA DO PEDIDO CONTRAPOSTO – INSURGÊNCIA DA
PARTE PROMOVENTE – INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA –
JUNTADA DE CONTRATO SEM ASSINATURA – ALEGAÇÃO DE
ACEITE DIGITAL – AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO DA
LEGITIMIDADE DOS DÉBITOS – INSCRIÇÃO INDEVIDA – ATO
ILÍCITO CARACTERIZADO – DANO MORAL CONFIGURADO –
FIXAÇÃO EM VALOR RAZOÁVEL – SENTENÇA REFORMADA –
RECURSO PROVIDO.
Rejeita-se a preliminar de ausência de dialeticidade das razões
recursais se a parte promovente aponta com clareza as razões da
pretensão de reforma da sentença, conforme disposto no artigo 42, da
Lei nº 9.099/95.
Diante da negativa de contratação, incumbia ao fornecedor de
produtos e serviços realizar a comprovação, nos termos do artigo 373,
II, do Código de Processo Civil, o que não ocorreu no caso dos autos.
O contrato com aceite digital, não serve como meio de
prova por se tratar de documento unilateral, na medida em que
traz somente dados preenchidos virtualmente, não possuindo
qualquer assinatura digital e nem chave de validação para
confirmar sua autenticidade.
A inscrição indevida do nome do consumidor nos órgãos de
proteção ao crédito é causa que enseja o recebimento de indenização
por dano moral, uma vez que se trata de dano moral “in re ipsa”, sendo
de rigor a declaração de inexistência do débito e a condenação da
promovida ao pagamento de indenização por dano moral.
O valor da indenização por dano moral deve ser fixado de
acordo com os critérios de razoabilidade e proporcionalidade.
(N.U 1045854-19.2020.8.11.0001, TURMA RECURSAL CÍVEL,
LUCIA PERUFFO, Turma Recursal Única, Julgado em 10/08/2021,
Publicado no DJE 12/08/2021)”.

Em relação às supostas conversas apresentadas, estas não deverão ser


utilizadas como prova no presente caso, haja vista que pela jurisprudência firmada, é
necessário meio formal de comprovar as conversas, assim, o mero printscreen não
preenche tal requisito.

Conforme a seguir:

TRANSPORTE AÉREO INTERNACIONAL DE PASSAGEIRO. AÇÃO


DE REPARAÇÃO DE DANOS. ATRASO NO VOO INICIAL, COM
DECOLAGEM NA COLÔMBIA, OCASIONANDO PERDA DE
CONEXÕES E DEMORA DE DEZESSETE HORAS NO HORÁRIO
PREVISTO PARA A CHEGADA AO BRASIL. AUTORA QUE, ALÉM
DISSO, TEVE DE AGUARDAR DURANTE OITO HORAS A
DECOLAGEM DO VOO PARA BRASÍLIA, SEM QUALQUER
ASSISTÊNCIA PRESTADA PELA RÉ. DANO MORAL
CONFIGURADO. MONTANTE DA REPARAÇÃO QUE NÃO
COMPORTA ALTERAÇÃO. Cumpria à ré demonstrar a existência das
propaladas condições climáticas adversas. No entanto, não se
desincumbiu desse ônus, porquanto a simples captura da imagem
reproduzida na tela do computador (printscreen) não é suficiente
à comprovação de que a decolagem era impossível na data e horário
previamente agendados. A autora somente conseguiu realizar sua
viagem de retorno ao Brasil dezessete horas após o horário previsto.
Ao acomodar a passageira em hotel com direito a alimentação, a ré
cumpriu com seu dever de assistência adequada à consumidora, mas
isso não repara o dano moral causado apenas o atenua. Não bastasse
isso, a autora chegou ao aeroporto de Guarulhos e teve de aguardar
por aproximadamente oito horas a decolagem do voo a Brasília. Nesse
período, não lhe foi prestada qualquer assistência. Asucessão de
falhas na prestação do serviço, a toda evidência, teve aptidão de
causar abalo psíquico à autora. O montante da reparação arbitrado na
sentença (R$9.000,00) revela-se adequado, dentro de um critério de
prudência e razoabilidade”.

PROCESSO CIVIL. AGRAVO INTERNO NOS EMBARGOS DE


DECLARAÇÃO NO AGRAVO EMRECURSO ESPECIAL. DECISÃO
DA PRESIDÊNCIA DO STJ. PROTOCOLO ILEGÍVEL.
INTEMPESTIVIDADE RECURSAL. DECISÃO MANTIDA.
1. O recurso não foi conhecido diante da constatação de
que o protocolo do especial está ilegível. A alegação da parte de
que o protocolo estaria legível antes da digitalização do processo
deveria ter sido acompanhada de certidão expedida pelo Tribunal
de origem, conforme asseverado pelas duas decisões
antecedentes, da Presidência do STJ. Entretanto, no agravo interno,
a parte somente inseriu no texto "print screen" (captura de tela) de
aparelho eletrônico em consulta de andamento processual na petição.
2. Conforme o entendimento desta Corte Superior, "print"
de tela ou imagem de página extraída da "internet" não servem
para comprovar tempestividade recursal.
3. Agravo interno a que se nega provimento.” (AgInt nos EDcl
no AREsp 1761613 / SP
AGRAVO INTERNO NOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL
2020/0242425-2)”.

“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO RECURSO ORDINÁRIO EM


HABEAS CORPUS. PENAL E PROCESSO PENAL. TRÁFICO DE
DROGAS E ASSOCIAÇÃO AO TRÁFICO. AUTORIZAÇÃO JUDICIAL
DE ESPELHAMENTO, VIA WHATSAPP WEB, DAS CONVERSAS
REALIZADAS PELO INVESTIGADO COM TERCEIROS.
PRETENSÃO DE REDISCUTIR A MATÉRIA E DE PREQUESTIONAR
DISPOSITIVOS CONSTITUCIONAIS. VIA INADEQUADA.
EMBARGOS REJEITADOS. 1. Nos termos do art. 619 do Código de
Processo Penal, os embargos de declaração destinam-se a suprir
omissão, afastar ambiguidade, esclarecer obscuridade ou eliminar
contradição existentes no julgado, não sendo cabível para rediscutir
matéria já suficientemente decidida. 2. Ao insistir na validade da
prova obtida por meio de espelhamento do WhatsApp via QR
CODE, o Ministério Público Federal pretende rediscutir questões
já suficientemente decididas, o que não se coaduna com a via
eleita, salvo em casos excepcionais de atribuição de efeitos
infringentes em razão de erro material ou equívoco manifesto. 3. Não
incumbe ao Superior Tribunal de Justiça, nem mesmo para fins de
prequestionamento, examinar supostas ofensas a dispositivos
constitucionais, sob pena de usurpação da competência atribuída pela
Constituição Federal ao Supremo Tribunal Federal. 4. Embargos de
declaração rejeitados. (EDcl no RECURSO EM HABEAS CORPUS Nº
99.735 - SC (2018/0153349-8)”.

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EM HABEAS CORPUS.


CORRUPÇÃO ATIVA EPASSIVA. NOTÍCIA ANÔNIMA DO CRIME
APRESENTADA JUNTO COM A CAPTURA DATELA DAS
CONVERSAS DO WHATSAPP. INTERLOCUTOR INTEGRANTE DO
GRUPO DECONVERSAS DO APLICATIVO. POSSIBILIDADE DE
PROMOÇÃO DE DILIGÊNCIASPELO PODER PÚBLICO.
ESPELHAMENTO, VIA WHATSAPP WEB, DAS CONVERSAS
REALIZADAS PELO INVESTIGADO COM TERCEIROS. NULIDADE
VERIFICADA.DEMAIS PROVAS VÁLIDAS. AGRAVO REGIMENTAL
PARCIALMENTE PROVIDO.1. Não há ilegalidade no inquérito policial,
pois, após a notícia anônima do crime, foi adotado um procedimento
preliminar para apurar indícios de conduta delitiva, antes de serem
adotadas medidas mais drásticas, como a quebra do sigilo telefônico,
sendo que as delações anônimas não foram os únicos elementos
utilizados para a instauração do procedimento investigatório, conforme
a transcrição do RelatórioTécnico, datado de 30/12/2015, no acórdão
proferido no RHC 79.848.Ademais, de acordo com as informações
prestadas pelo Juízo deDireito da Vara Criminal da Comarca de
Ipojuca/PE nos autos do RHC79.848, "No IPL há a denúncia por
escrito e assinada com a qualificação dos denunciantes, assim não há
que se falar em que somente houve denúncia anônima para a
instauração de um IPL" (fl.736 do RHC 79.848).2. Consta dos autos
que os prints das conversas do WhatsApp teriam sido efetivados por
um dos integrantes do grupo de conversas do aplicativo, isto é, seria
um dos próprios interlocutores, haja vista que ainda consta no acórdão
do Tribunal de origem que, "como bem pontuado pela douta
Procuradoria de Justiça que '(...) a tese da defesa de que a prova é
ilícita se contrapõe a tese da acusação de que as conversas foram
vazadas por um dos próprios interlocutor esdevendo ser objeto de
prova no decorrer da instrução processual'".3. Esta Sexta Turma
entende que é invalida a prova obtida pelo WhatsApp Web, pois "é
possível, com total liberdade, o envio de novas mensagens e a
exclusão de mensagens antigas (registradas antes do
emparelhamento) ou recentes (registradas após), tenham elas
sido enviadas pelo usuário, tenham elas sido recebidas de algum
contato.Eventual exclusão de mensagem enviada (na opção "Apagar
somente para Mim") ou de mensagem recebida (em qualquer caso)
não deixa absolutamente nenhum vestígio, seja no aplicativo, seja no
computador emparelhado, e, por conseguinte, não pode jamais ser
recuperada para efeitos de prova em processo penal, tendo em vista
que a própria empresa disponibilizadora do serviço, em razão da
tecnologia de encriptação ponta-a-ponta, não armazena em nenhum
servidor o conteúdo das conversas dos usuários" (RHC 99.735/SC,
Rel.Ministra LAURITA VAZ, SEXTA TURMA, julgado em 27/11/2018,
DJe12/12/2018).4. Agravo regimental parcialmente provido, para
declarar nulas as mensagens obtidas por meio do print screen da tela
da ferramenta WhatsApp Web, determinando-se o desentranhamento
delas dos autos,mantendo-se as demais provas produzidas após as
diligências prévias da polícia realizadas em razão da notícia anônima
dos crimes. (STJ - AGRG NO RHC 133430 / PE 2020/0217582-8).

Entretanto, destaca-se mais uma vez em conformidade com os fatos


narrados relacionados às tentativas de contato com a parte ré.
Ademais, salienta-se que as provas arguidas pela parte ré não comprovam
movimentações bancárias da suposta conta aberta ou até mesmo utilização do
pacote contratado. Deste modo, seguindo a linha de raciocínio, faz se referência a
inscrição de em cadastro de inadimplentes, oriunda de conta bancária
manifestamente inativa, confira-se:

E M E N T A CÍVEL. PROCESSUAL CIVIL. APELAÇÃO. CONTRATO DE


ABERTURA DE CONTA BANCÁRIA. INATIVIDADE COMPROVADA.
COBRANÇA DE TARIFAS E DE ENCARGOS. INDEVIDA. DECLARAÇÃO
DE INEXISTÊNCIA DE DÍVIDA. CONDENAÇÃO AO PAGAMENTO DE
DANOS MORAIS AO OFENDIDO. A conduta da instituição financeira em
manter ativa conta bancária sem que fossem atendidos os requisitos que ela
própria prevê no contrato se constitui, em verdade, em nítido "venire contra
factum proprium", na medida em que preconiza determinada exigência, mas,
ao mesmo tempo, não a cumpre com o propósito de se beneficiar. "Mesmo
ausente a prova formal do pedido de encerramento da conta por parte do
correntista, não é cabível a cobrança de qualquer taxa ou encargo, em razão
da necessidade de observância do dever de lealdade derivado do princípio
da boa-fé objetiva." (REsp 1337002/RS, Rel. Ministro Paulo de Tarso
Sanseverino, 3ª Turma, j. em 16/12/2014, DJe 3/2/2015) A conduta da
instituição financeira de inserir o nome da parte em cadastro de
inadimplentes não é apta, por si só, para causar determinado dano/prejuízo
a direito inerente à personalidade da parte, se e somente se a dívida se
mostrar regular e exigível. Por outro lado, a ação danosa provocada pela
instituição financeira consubstanciada na inserção do nome da parte
em cadastro de inadimplentes, com base em dívida inexistente, oriunda
de conta bancária manifestamente inativa, merece censura por parte do
ordenamento jurídico, pelo que sua condenação ao pagamento de
danos morais à contraparte é medida que se impõe. Recursos
conhecidos. Apelação da instituição financeira desprovida. Recurso do
autor-apelante provido. (Acórdão 1146613, 07016161620188070018,
Relator: GILBERTO PEREIRA DE OLIVEIRA, 3ª Turma Cível, data de
julgamento: 23/1/2019, publicado no DJE: 4/2/2019. Pág.: Sem Página
Cadastrada.)

Por fim, seguiremos aos pedidos.

5- DOS PEDIDOS

Com base no exposto, mantém os pedidos da exordial requerendo:

a) Declarar inexistentes quaisquer débitos vinculados aos fatos narrados na


exordial. Caso sejam pagos quaisquer valores indevidos no transcorrer da
demanda, que a parte requerida seja condenada a ressarci-los em dobro;
b) Condenar a parte requerida a baixar a restrição de crédito em nome da parte
requerente perante quaisquer cadastros de inadimplência, no prazo que
Vossa Excelência assinalar, sob pena de multa diária.

c) Condenar a parte requerida a indenizar à parte requerente, a título de danos


morais, o valor de R$ 8.000,00 (oito mil reais), devidamente corrigido desde a
citação.

Brasília/DF, 31 de julho de 2023.

----------------------------------------------------------------------------------------
MELYSSA CIBELY CABRAL DE SOUZA
OAB/DF Nº 68.990

----------------------------------------------------------------------------------------
KEYSIANE MARQUES XAVIER
OAB/DF Nº 67.507
Vinicius Webber <vlwebber@gmail.com>

SAC - NEXT
2 mensagens

falanext@next.b.br <falanext@next.b.br> sex., 7 de out. de 2022, 11:07


Para: vlwebber@gmail.com <vlwebber@gmail.com>

Olá, Vinicius. Boa tarde!

Esperamos que você e sua família estejam bem!

Esse é um retorno de sua manifestação registrada pelo SAC next, protocolo


325958699.

Tentamos contato com você no telefone final 3669, sem sucesso.

Em resposta à sua manifestação, salientamos que todos os seus


apontamentos foram acolhidos e tratados com a devida atenção.

Informamos, inicialmente, que esta Instituição preza pela qualidade de seu


atendimento e pela satisfação dos nossos clientes, por isso, busca
constantemente implantar medidas que aprimorem os serviços prestados.

Esclarecemos que o banco next é um segmento de negócio financeiro


pertencente ao Banco Bradesco, que permite aos clientes abrirem uma conta
corrente de forma 100% digital, através de um smartphone.

Relembramos que o nosso processo de Adesão está totalmente


regulamentado e de acordo com as normas e regras estabelecidas pelo
Banco Central do Brasil.

Submetemos a análise documental e a conta foi aberta de forma segura. Não


identificamos irregularidades na documentação e na foto apresentada no
momento da abertura da conta.

Informamos que o acesso aos documentos de identidade é de


responsabilidade do cliente, sendo assim, a utilização indevida de sua
documentação trata-se de segurança pública, onde não cabe o segmento
financeiro atuar.

Se não se recorda da senha de acesso, entra no aplicativo e clica em


“esqueci minha senha”, lá na tela de login. Vamos disparar um código de
segurança para o seu e-mail, feito isso basta você copiar e colar ele no
aplicativo e fazer o procedimento para cadastrar uma senha nova.

Caso não tenha acesso ao e-mail de cadastro, é necessário que nos


encaminhe os dados a seguir para o e-mail: resposta@next.b.br com o
assunto " aos cuidados de Mariana"

Assunto: Alteração de e-mail


•Nome Completo
•CPF
•Novo e-mail
•Telefone (DDD + NÚMERO)
•Foto do RG OU CNH em anexo

O arquivo enviado por e-mail precisa ser inferior à 2MB e nos formatos PDF,
JPEG, PNG ou JPG.

Assim que efetivarmos a alteração, basta realizar o processo de recuperação


de senha para retomar o acesso à conta.

Ademais, identificamos que nesta conta há de fato pendências vinculadas ao


seu nome, dessa forma, assim que conseguir reestabelecer o acesso a conta,
solicitamos que entre em contato conosco via chat para verificar o processo
de renegociação. Informamos que o horário de funcionamento para esse
setor é das 08h às 16h em dias úteis, e neste caso basta digitar
"renegociação" na BIA para ser atendido.

Você sempre pode contar com a nossa equipe, qualquer dúvida contate um
de nossos canais de atendimento:

CHAT: Opção “AJUDA” dentro do ambiente logado do aplicativo, atendimento


24h, 7 dias por semana.
Central de relacionamento: 0800 275 6398 Atendimento 24 horas, 7 dias por
semana.
E-MAIL: falanext@next.b.br

Cordialmente,
Equipe next.

AVISO LEGAL
...Esta mensagem é destinada exclusivamente para a(s) pessoa(s) a quem é dirigida,
podendo conter informação confidencial e/ou legalmente privilegiada. Se você não for
destinatário desta mensagem, desde já fica notificado de abster-se a divulgar, copiar,
distribuir, examinar ou, de qualquer forma, utilizar a informação contida nesta
mensagem, por ser ilegal. Caso você tenha recebido esta mensagem por engano,
pedimos que nos retorne este E-Mail, promovendo, desde logo, a eliminação do seu
conteúdo em sua base de dados, registros ou sistema de controle. Fica desprovida de
eficácia e validade a mensagem que contiver vínculos obrigacionais, expedida por
quem não detenha poderes de representação.

LEGAL ADVICE
...This message is exclusively destined for the people to whom it is directed, and it can
bear private and/or legally exceptional information. If you are not addressee of this
message, since now you are advised to not release, copy, distribute, check or,
otherwise, use the information contained in this message, because it is illegal. If you
received this message by mistake, we ask you to return this email, making possible,
as soon as possible, the elimination of its contents of your database, registrations or
controls system. The message that bears any mandatory links, issued by someone
who has no representation powers, shall be null or void.

Vinicius Webber <vlwebber@gmail.com> qua., 12 de out. de 2022, 11:49


Para: <falanext@next.b.br>
Vinicius Webber <vlwebber@gmail.com>

Re: next

falanext@next.b.br <falanext@next.b.br> qui., 16 de set. de 2021, 18:38


Para: vlwebber@gmail.com <vlwebber@gmail.com>

Boa noite, tudo bem?


É uma pena que isso tenha acontecido com você.

Fique tranquilo que vamos fazer de tudo para te ajudar. Precisamos que você envie um
e-mail informando seu e-mail e um telefone para contato com a documentação abaixo:
• Uma carta a próprio punho (nesta carta, você deve declarar que não solicitou a
abertura da conta e informar seus dados pessoais: nome completo, RG e CPF); • Cópia
do documento pessoal (RG e/ou CNH); • Boletim de ocorrência. Lembrando que: O
arquivo enviado por e-mail precisa ser inferior à 5MB e nos formatos PDF, JPEG,
PNG ou JPG. E-mails enviados com arquivos superiores à 5MB não chegam na caixa
do next, então sugerimos que você utilize algum app de scanner para captura da
imagem. Ficamos no aguardo da documentação.

Valeu, Equipe Next

On 16/09/2021 18:14, Vinicius Luis Webber wrote:

CPF: 047.147.781-88
Vinicius Luis Webber
(65)98468-3669

Em qui., 16 de set. de 2021 às 08:28, falanext@next.b.br <falanext@next.b.br> escreveu:

Bom dia Vinícius, tudo bem?


É uma pena que isso tenha acontecido com você.

Fique tranquilo que vamos fazer de tudo para te ajudar.

Por gentileza, responda esse e-mail informando:

CPF
Nome completo
Telefone

Valeu,
Equipe next

On 16/09/2021 09:10, Vinicius Webber wrote:

Bom dia, Mas eu não tenho conta na next e nem cartão. Essa é a irregularidade. Mas
obrigado pelo e-mail. Vou anexa-lo junto ao processo pelo procon, a total falta de
consideração e responsabilidade é tremenda. Só pelo fato de existir uma conta no meu
nome, que eu não fiz e que não tenho acesso e nem cartão emitido, já deveria estar bem
clara qual é a irregularidade aqui.

Em qua., 15 de set. de 2021 às 15:56, falanext@next.b.br <falanext@next.b.br> escreveu:

Vinicius, boa tarde!

Este é o retorno da sua manifestação.

Após análise, não identificamos qualquer irregularidade com a abertura da sua conta
next.

Abraço, equipe next.

Você também pode gostar