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CURSO DE DIREITO
Presidente Prudente/SP
2018
CENTRO UNIVERSITÁRIO
ANTÔNIO EUFRÁSIO DE TOLEDO
DE PRESIDENTE PRUDENTE
CURSO DE DIREITO
Presidente Prudente/SP
2018
RESPONSABILIDADE CIVIL OBJETIVA NA DOENÇA OCUPACIONAL
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Orientador
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Examinador
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Examinador
The present study deals with rules governing the restitution resulting of occupational
diseases. It Will be discussed the definition, it´s legal forecast and serve to justice.
The following content is inserted mainly in the Civil Law and Labor Law, directed to
the area of the Objective Civil Responsibility. The Brazilian Law brings many
interesting matters to the issue. As to the brought by the 1988´s Federal Constitution,
the Accident Law (8.212/91) and the Civil Code.Bringing as sources bibliography,
doctrine, news and jurisprudence. The research aimed to delimitate the civil
responsibility on the Brazilian juridical planning, portraying the failures and gaps as to
the right of compensation, what ends in the establishment of conflicts in the judiciary.
There are many tries of evolution, looking forward to improving the topic addressed,
knowing that are many doctrinaire disagreements, as to the jurisprudential
understanding about the refunding of this right. Aims, also, at the occupational
disease case, the observation of moral and material damage. Lastly, it is verified that
the repair of the occupational disease is important for the social life, as to the
economy and politics of the country, reason why workers need to be aware to make
their rights count, as they are foreseen by Law, always existing moderation. The
methods to be used in the work Will be historic, as also deductive, once that there
Will be created relevant aspects on civil responsibility due to occupational diseases
existing in the juridical planning. Therefore, the comparative method will also be used
where it will be observed many positioning.
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 7
5 CONCLUSÃO ........................................................................................................ 68
1 INTRODUÇÃO
2 RESPONSABILIDADE CIVIL
[...] a aplicação de medidas que obriguem uma pessoa a reparar dano moral
ou patrimonial causado a terceiros, em razão de ato por ela mesma
praticado, por pessoa por quem ela responde, por alguma coisa a ela
pertencente ou de simples imposição legal.
Assim sendo, o Código Civil no artigo 186, ordena: “Aquele que, por
ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar e causar dano a
outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito“.
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Vale lembrar que nem sempre o ato ilícito cometido é com intenção do
agente, algumas vezes ele pode atuar até contra sua intenção. Como também é
importante ressaltar que há a responsabilidade direta, por fato ocorrido da própria
pessoa e responsabilidade indireta, por fato de outro, como por exemplo, ser fiador,
pais de filhos menores, etc.
Muito embora o juiz possa analisar o que seria risco de dano do direito
de outrem, nosso ordenamento como forma de nortear e ponderar o julgamento, já
regulamentou diversas atividades consideradas de risco.
Por exemplo, algumas das Leis Especiais que foram editadas, como a
Lei das Estradas de Ferro, Acidente de Trabalho e sobre questões ambientais,
vestiram-se de importância basilar em meio ao código de 1916, que apenas trazia
por legal os termos de responsabilidade subjetiva.
a culpa, uma vez que esta ultima éfacultativa para a espécie de responsabilidade
objetiva.
2.3.2 Dano
pessoal, atingindo sua honra, sua dignidade, trazendo-lhe lesão que transcende o
palpável, o material.
Cavalieri (2014, p.61) cita Caio Mário “é o mais delicado dos elementos
da responsabilidade civil e o mais difícil de ser determinado” (Responsabilidade Civil,
Forense, 9ª ed. 2000, p.76). Isto porque deve existir uma ligação entre o ato ilícito, o
agente, a vítima e o dano, este elemento conecta os outros elementos. Mais
importante ainda se faz, pois, com base nele, é que se determina quem foi o agente
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que deu causa aquele dano, não se estendendo o nexo de causalidade para o que
está fora daquela relação.
Insta salientar que o nexo causal não pode se confundir com a culpa,
vez que, há a responsabilidade objetiva, podendo assim, somente analisar, se o
agente estava naquela relação causal que ensejou o dano de forma objetiva. Mas,
há também os casos em que as condutas do agente que ensejaram no dano, devem
ser analisadas conjuntamente com a culpabilidade, de forma subjetiva.
2.3.4 Culpa
consciência de que praticar aquele ato é ilícito, da violação, isso faz com que não
externe a conduta danosa.
Até então, no Código Civil de 1916 a culpa era elemento essencial para
obtenção do direito de indenização.
3 DOENÇA OCUPACIONAL
Art. 7º°. São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros
que visem à melhoria de sua condição social:
[...]
Inciso XXII – redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas
de saúde, higiene e segurança;
[...]
Inciso XVIII - Seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do
empregador, sem excluir a indenização a que este está obrigado, quando
ocorrer em dolo ou culpa.
A NR 01, por sua vez, trata das disposições gerais e Ordem de Serviço
de Segurança e Saúde do Trabalho, e, em seu item 1.7, determina os deveres do
empregador, que deve ser analisado em conjunto com o artigo 157 da CLT. Segue a
redação do referido item:
Em 1977 editou-se a Lei 6.514, que renovou a redação dos artigos 154
e 201 da CLT, passando a tratar da “segurança e medicina do trabalho”, em
detrimento da anterior “higiene e segurança do trabalho”.
“a) acidente-tipo;
b) doenças ocupacionais, que compreendem
- doenças profissionais;
- doenças do trabalho;
- doenças provenientes da contaminação acidental;
c) acidentes por equiparação, ocorridos no ambientee no horário de
trabalho:
- doenças provocadas por concausas;
- lesões provocadas por terceiros;
-danos provocados por agressão injusta, sabotagem ou terrorismo;
- ofensas físicas intencionais, por causa ligada aotrabalho;
- acidentes causados por culpa de terceiro;
- lesões provenientes de pessoa privada do uso da razão;
- acidentes provocados por força maior;
d) acidentes por equiparação, ocorridos fora do ambiente e do horário de
trabalho:
- na execução de ordem ou na realização de serviço sob autoridade do
empregador;
- na prestação de serviço para evitar prejuízo ou proporcionar proveito;
- em viagem de serviço;
- acidente no percurso;
- nos períodos de refeição e descanso;
- nos períodos em que estiver satisfazendo as necessidades biológicas.”
Desta forma, para evitar maiores duvidas, a maioria das doenças são
elencadas e comprovadas pela Previdência Social, assim sendo, caso o empregado
se acometa de doença profissional, é presumida.
Art. 7°. São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que
visem à melhoria de sua condição social:
(... ) XXVIII — seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador,
sem excluir a indenização a que este está obrigado, quando incorrer em
dolo ou culpa.
Possível afirmar, sem maiores dúvidas, que o risco é um dos fatores mais
importantes da responsabilidade civil na contemporaneidade. Como outrora
se demonstrou, foi o fator risco que gerou o surgimento da res-
ponsabilidade objetiva ou sem culpa, como evolução natural da matéria, a
partir da doutrina de Saleilles e Josserand, para citar apenas alguns. Entre
os clássicos nacionais, Alvino Lima expõe que a teoria objetiva, aquela “que
funda a responsabilidade no risco criado pelas múltiplas atividades
humanas, foi, sem dúvida, a que fixou as bases da nova concepçãoda
responsabilidade sem culpa.
Atividade de risco, portanto, consiste na situação em que há probabilidades mais oumenos previsíveis
de perigo; envolve toda a atividade humana que exponha alguéma perigo, ainda que exercida
normalmente. A CLT convive com esse referencial etambém pode servir de fundamento, quando, ao
estabelecer o conceito deempregador, o vincula ao exercício de atividade de natureza econômica e
remete,mais uma vez, à noção de prática de atos empresariais executados de formacontinuada e
com o objetivo de possibilitar a produção ou circulação de bens eserviços.
Além das perdas efetivas dos danos emergentes, a vítima poderá também
ficar privada dos ganhos futuros, ainda que temporariamente. Para que a
reparação do prejuízo seja completa, o art. 402 do Código Civil determina o
computo dos lucros cessantes, considerando-se como tais aquelas parcelas
cujo recebimento, dentro da razoabilidade, seria correto esperar. Em
decorrência desse comando, não deve ser considerada a mera
probabilidade de alguma renda, nem se exige, por outro lado, certeza
absoluta dos ganhos. O critério de razoabilidade expresso na Lei indica que
a apuração deverá ser norteada pelo bom senso e pela expectativa daquilo
que ordinariamente acontece.
5 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CAHALI, Yussef Said. Dano moral. 3 ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2005.
MARTINS, Sérgio Pinto. Direito da Seguridade Social. 25 ed. São Paulo: Atlas,
2009.
OLIVEIRA, José de. Acidentes do Trabalho. 2 ed. São Paulo: Saraiva, 1994.
SILVA, Clóvis Veríssimo do Couto e. Dever de Indenizar. In: FRADERA, Vera Maria
Jacob de (Org.). O Direito Privado brasileiro na visão de Clóvis do Couto e
Silva. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 1997.
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em:<https://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/redacao/2017/11/29/supremo-
tribunal-federal-proibe-uso-do-amianto-em-todo-o-pais.htm>Acesso em: fev. 2018
Disponivel em:<https://tst.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/559891182/recurso-de-
revista-rr-13267720145120023?ref=juris-tabs>
VENOSA, Silvio de Salvo. Direito civil: responsabilidade civil. 13 ed. São Paulo:
Atlas, 2013