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FACULDADE

CURSO DE DIREITO

NOME

RESPONSABILIDADE CIVIL POR ERRO MÉDICO

ARACAJU

2022.2

HAYANA LOBÃO PEIXOTO


RESPONSABILIDADE CIVIL POR ERRO MÉDICO

Trabalho de conclusão de curso


apresentado como requisito
parcial para obtenção de grau de
Bacharel em Direito pelo Centro
Universitário Estácio de Sergipe.

ORIENTADOR: Prof. Fernando de Alvarenga Barbosa

ARACAJU

2022.2

RESPONSABILIDADE CIVIL POR ERRO MÉDICO


HAYANA LOBÃO PEIXOTO

Trabalho de conclusão de curso


apresentado como requisito
parcial para a obtenção de grau
de Bacharel em Direito pelo
Centro Universitário Estácio de
Sergipe.

APROVADA EM / /2022

BANCA EXAMINADORA

_________________________________________________

AVALIADOR: Prof.

Centro Universitário Estácio de Sergipe

_________________________________________________

AVALIADOR: Prof.

Centro Universitário Estácio de Sergipe

__________________________________________________

ORIENTADOR: Prof Fernando de Alvarenga Barbosa

Centro Universitário Estácio de Sergipe

FICHA CATALOGRÁFICA
Dedico este trabalho
primeiramente à Deus, minha
família, orientador e amigos por
todo apoio necessário para que
eu chegasse até aqui.

AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus por ter me fortalecido com todo suporte que foi necessário para eu chegar
até aqui e por ter sempre me guiado e em especial nesses cinco anos.

Aos meus pais, Noelice e Hélio, que por amor sempre me apoiaram e me incentivaram e
dentro desta regra agem incondicionalmente. À minha irmã, que tanto amo e minhas
sobrinhas/filhas que sempre alegraram e mudaram meus dias mais difíceis e torceram por
mim. Ao meu melhor cunhado, obrigada por tudo. À minha família por todo o apoio, esforço e
carinho que me deram.

Ao meu orientador Prof. Fernando Barbosa pelo apoio e dedicação na construção e correção
da minha pesquisa. Aos colegas que fiz durante essa jornada, que estavam comigo nos
momentos felizes e tristes. A minha colega Amanda por ter me ajudado com a formatação do
trabalho. A Iasmin e Luís que me ajudaram ao longo do curso com muitas risadas e
companheirismo.

RESUMO
Esta monografia tem como objetivo discutir a responsabilidade civil, com foco na Erro
médico. Instituto de Pesquisa e sua trajetória histórica Existência na legislação
brasileira. Então, a natureza contratual dos serviços médicos, analisou a natureza
jurídica e as obrigações dos meios e resultados, e mencionou, ainda é a teoria geral
das obrigações. A seguir, ele falará sobre Responsabilidades de médicos, clínicas,
hospitais e instituições semelhantes, investigações e exclusões Responsabilidades,
culpa e seus métodos, e os direitos e obrigações dos médicos. Finalmente, com casos
e precedentes específicos, a vulnerabilidade dos profissionais de saúde será avaliada
e análises

Palavras-chave: Responsabilidade Civil; Erro Médico; Vulnerabilidade;


Hipossuficiência.

ABSTRACT
ABSTRACT This paper aims to discuss civil liability, focusing on medical error. In the
first moment, it will be studied the historical trajectory of the institute and its presence in
the Brazilian Law. Then, the contractual nature of the medical services will be
addressed, analyzing the legal nature and the obligations of means and result, also
mentioning the general theory of obligations. Next, it will specifically address the
responsability of doctors, clinics, hospitals, and the like, investigating exclusions of
liability, guilt and its modalities, and the rights and duties of the doctors. Finally, with
specific cases and jurisprudence, the vulnerability of the health professional will be
assessed and analyzed.

Keywords: Civil Liability; Medical Error; Vulnerability; Weakness

LISTA DE SIGLAS
CC – Código civil

CF – Constituição Federal

DC – Direito Civil

SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO...................................................................................................11
2. REFERENCIAL TEÓRICO................................................................................12
2.1 RESPONSABILIDADE CIVIL E PENAL...........................................................12
2.2 HISTÓRIA DA RESPONSABILIDADE CIVIL...................................................14
2.3 RESPONSABILIDADE CIVIL NO DIREITO BRASILEIRO..............................15
2.3.1 FUNÇÃO SOCIAL............................................................................................16
2.3.2 ESPÉCIES..........................................................................................................17
2.3.2.1 Contratual e extracontratual.........................................................................17
2.3.2.2 Objetiva e subjetiva.......................................................................................18
2.3.3 PRESSUPOSTOS..............................................................................................20
2.3.3.1 Conduta Humana...........................................................................................20
2.3.4 DANO.................................................................................................................21
2.3.5 NEXO DE CAUSALIDADE................................................................................22
2.4 RESPONSABILIDADE DO ESTADO...................................................................23
2.5 A NATUREZA JURÍDICA DA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS MÉDICOS............23
2.6 RESPONSABILIDADE DO MÉDICO E A CULPA PROVADA............................24
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS.............................................................................25
REFERÊNCIAS..........................................................................................................27
11

1.INTRODUÇÃO

Sob pena de se tornar incompetente e ineficaz na relação que se estabeleça


entre a administração, sujeito de determinada sociedade, a lei tem a obrigação de
acompanhar os tempos e seguir de acordo com a realidade em que está. Desde o
início da vida social, o ser humano começou a se integrar à tecnologia e com isso,
diagnosticar e curar doenças que assolaram sua vida, devido a isso, os humanos
começaram a pensar nos médicos como deuses, já que os mesmos curavam pessoas
como ninguém já fizera antes, entretanto, a imagem do médico como uma criatura
poderosa e sagrada está desatualizada.

A sociedade está começando a entender seus direitos e buscá-los


incansavelmente, mesmo que no campo judicial. Como resultado de processos
consideráveis no campo da medicina, o sucesso da ciência nas últimas décadas, a
probabilidade dos chamados "erros médicos" aumenta; por um lado, causa danos à
saúde e à vida do paciente, por outro lado, uma pessoa profissional e sujeita a erros,
mesmo que todas as medidas adequadas tenham sido tomadas no desempenho de
suas atividades.

Atividades médicas e saúde estão intimamente ligadas para tudo correr


bem, o principal bem jurídico protegido pela Carta Magna: a vida. Portanto, a análise
de responsabilidade sobre os possíveis erros que um médico pode cometer no
desempenho de suas funções profissionais é extremamente importante - erros podem
levar a fatalidades e é intransponível para a vida do paciente, portanto, a
responsabilidade de quem os produziu é irremovível. Em outras palavras, todos os
profissionais na área da saúde devem tomar os devidos cuidados durante a analise de
um paciente ou até mesmo durante algum procedimento, visto que, qualquer erro
cometido pode ser fatal, e trazer consequências irreversíveis para a vida do paciente

O presente trabalho visa analisar o problema dos erros médicos, tema


frequente e polêmico, do ponto de vista da responsabilidade civil, normalmente pouco
comentado. Não apenas os pacientes, como também os médicos estão sujeitos a
vulnerabilidade de um erro, visto que, além de lidar com uma vida, o corpo humano é
cheio de surpresas.
12

Quanto aos métodos, são utilizados métodos qualitativos, o que acontece


quando a pesquisa não pode ser descrita em formato digital e é melhor comparar o
assunto com a realidade vivida pela sociedade.

(...) Os métodos de pesquisa referem-se à seleção de


procedimentos sistemáticos para descrever e explicar
fenômenos. Dessa forma, todo trabalho de pesquisa deve ser
planejado e executado de acordo com as regras de cada método
(Richardson, 1989).

Neste estudo, algumas doutrinas e precedentes foram utilizados, bem como


o auxílio do Direito Civil, do Direito Processual Civil e da Constituição Federal, sendo
as leis estaduais comparadas às doutrinas e legislações do país como modelo a ser
seguido.

O ponto de partida para todas as pesquisas são as informações


coletadas de livros, revistas, artigos, jornais, sites da Internet e
outras fontes escritas devidamente publicados (Martins, 2004).

2. REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 RESPONSABILIDADE CIVIL E PENAL

A ideia de responsabilidade como gênero sempre leva a um escrutínio de


comportamento e obrigações legais violadas instintivamente. Sob tais preceitos, a
responsabilidade pode ser de propriedades diferentes, embora com o mesmo conceito.
A responsabilidade civil é delineada na apropriação indébita dos bens de alguém e tem
como objetivo a restauração da ordem que foi danificada - propriedade ou balanço
patrimonial.

Marco Aurélio Bezerra de Melo explica:

Os bens jurídicos tutelados na responsabilidade penal guardam relação


com os valores fundamentais para a coexistência do corpo social como
vida, liberdade, patrimônio, integridade física e moral, enquanto que na
responsabilidade civil a tutela do cidadão está vinculada principalmente
13

à garantia da reparação de um mal sofrido injustamente, seja porque


atingiu o patrimônio, seja porque vulnerou valores inerentes à
personalidade como dignidade, imagem e honra (...) durante muito
tempo tais responsabilidade – civil e penal – caminharam juntas, como,
por exemplo, na lei romana damnun iniuria datum, ou por aqui, quando
vigorou o Código Criminal do Império (1830), que estabeleceu tipos
penais, os mais variados, mas destinou um capítulo inteiro para a
reparação civil de cunho patrimonial. Nos tempos que correm há uma
autonomia relativa entre as duas responsabilidades, como se pode ver
no artigo 935 do Código Civil: “a responsabilidade civil é independente
da criminal, não se podendo questionar mais sobre a existência do fato,
ou sobre quem seja o seu autor, quando estas questões se acharem
decididas no juízo criminal”.

De acordo com o artigo 5º, XXXIX, CF, os princípios de Nula Poena Sine
Lege passarão a ser a base da responsabilidade penal, pelo que, se não houver lei
que os tenha definido anteriormente, não haverá crime ou pena. Portanto, os
legisladores colocarão em risco a paz social e isso resultará em responsabilidade
criminal para o agente. No campo cível, qualquer ato ou omissão danosa ou quaisquer
danos causados a terceiros podem dar origem a responsabilidade civil.

No Brasil, as jurisdições civil e criminal são independentes. No entanto, em


alguns casos isso trará a sentença criminal refletida na sentença civil.

Silvio de Salvo Venosa disserta que:

De início há um divisor de águas entre a responsabilidade penal e a


civil (...) Como a descrição da conduta penal é sempre uma tipificação
restrita, em princípio da responsabilidade penal ocasiona o dever de
indenizar. Por essa razão, a sentença penal condenatória faz coisa
julgada no cível quanto ao dever de indenizar o dano decorrente da
conduta criminal, na forma dos arts. 91, I, do Código Penal e 63 do
CPP.

Portanto, essa separação é relativa, pois quando a Justiça Criminal decide


por sua vez com base nos fatos e na existência do autor, esta situação será efetiva na
justiça cível. No entanto, uma pessoa absolvida em processo penal por falta de
justificação pode de acordo com o previsto na Lei de Processo Civil, ser concedida
indenização por perdas e danos.
14

Portanto, o mesmo ato pode constituir uma infração civil e uma infração
criminal. No direito privado, concentra-se na reparação de danos em nome da vítima;
no direito penal, essa é a norma de direito público, buscando a condenação e melhor
amparo social. Quando duas ações conflitam, haverá duas questões a serem
analisadas: um é a reprovação social e o outro é o direito individual em favor da vítima.

2.2 HISTÓRIA DA RESPONSABILIDADE CIVIL

Para se ter uma compreensão abrangente da instituição a ser tratada, a


análise a contribuição da sociedade antiga é muito importante. Sobre os conceitos
atuais acerca da Responsabilidade civil, sustentada por Pablo Stolze Gagliano e
Rodolfo Pamplona Filho:

Para a nossa cultura ocidental, toda reflexão, por mais breve que seja, sobre
raízes históricas de um instituto, acaba encontrando seu ponto de partida no
Direito Romano. Nas primeiras formas organizadas de sociedade, bem como
nas civilizações préromanas, a origem do instituto está calcada na concepção
de vingança privada, forma rudimentar, mas compreensível do ponto de vista
humano como lídima reação pessoal contra o mal sofrido. É dessa visão de
delito que parte o próprio Direito Romano, que toma tal manifestação natural e
espontânea como premissa para, regulando-a, intervir na sociedade para
permiti-la ou exclui-la quando sem justificativa. Trata-se da pena de Talião, da
qual se encontram traços na Lei das XII Tábuas. Ressalte-se que o Direito
Romano não manifestava uma preocupação teórica de sistematização dos
institutos, pois sua elaboração se deu muito mais pelo louvável trabalho dos
romanistas, numa construção dogmática baseada no desenvolvimento das
decisões dos juízes e dos pretores, pronunciamentos dos jurisconsultos e
constituições imperiais. Há, porém, ainda na própria lei mencionada,
perspectivas da evolução do instituto, ao conceber a possibilidade de
composição entre a vítima e o ofensor, evitando-se a aplicação da pena de
Talião. Assim, em vez de impor que o autor de um dano a um membro do
corpo sofra a mesma quebra, por força de uma solução transacional, a vítima
receberia, a seu critério e a titulo de poena, uma importância em dinheiro ou
outros bens. Um marco na evolução histórica da responsabilidade civil se dá,
porém, com a edição da Lex Aquilia, cuja importância foi tão grande que deu
nome à nova designação da responsabilidade civil delitual ou extracontratual.

Constituída de três partes, sem haver revogado totalmente a legislação


anterior, sua grande virtude é propugnar pela substituição das multas fixas por
uma pena proporcional ao dano causado. Embora sua finalidade original fosse
limitada ao proprietário da coisa lesada, a influência da jurisprudência e a
extensões concedidas pelo pretor fizeram com que se construísse uma efetiva
15

doutrina romana da responsabilidade extracontratual. Permitindo-se um salto


histórico, observe-se que a inserção da culpa como elemento básico da
responsabilidade civil aquiliana – contra o objetivismo excessivo do direito
primitivo, abstraindo a concepção de pena para substitui-la, paulatinamente,
pela ideia de reparação do dano sofrido – foi incorporada no grande
monumento legislativo da ideia moderna, a saber, o Código Civil brasileiro de
1916. Todavia, tal teoria clássica da culpa não conseguia satisfazer todas as
necessidades da vida comum, na imensa gama de casos concretos em que os
danos se perpetuavam sem reparação pela impossibilidade de comprovação
do elemento anímico. Assim, num fenômeno dialético, praticamente
autopoiético, dentro do próprio sistema se começou a vislumbrar na
jurisprudência novas soluções, com a ampliação no conceito de culpa e
mesmo o acolhimento excepcional de novas teorias dogmáticas, que
propugnavam pela reparação do dano decorrente, exclusivamente, pelo fato
ou em virtude do risco criado. Tais teorias, inclusive, passaram a ser
amparadas nas legislações mais modernas, sem desprezo total à teoria
tradicional da culpa, o que foi adotado até pelo novo Código Civil brasileiro.

Portanto, entende-se que a evolução da responsabilidade civil, surpreende e


mostra que a lei sempre busca se adequar a novas verdades e economias sociais.

2.3 RESPONSABILIDADE CIVIL NO DIREITO BRASILEIRO

Jose de Aguiar Diaz disse: "Cada manifestação da atividade humana


contém problemas de responsabilidade. Isso pode consertar o seu verdadeiro
conceito, pode abranger diversos aspectos ". A palavra "responsabilidade" originou-se
do latim e significa "responder, prometer em troca " restauração ou indenização -
responsabilizar a parte lesada por suas ações prejudiciais.

Silvio Rodrigues conceitua responsabilidade civil como "obrigação de uma


pessoa que pode ser contratada para reparar o dano causado a outra pessoa, por
causa de seus próprios fatos, ou os fatos das pessoas ou coisas que dependem disso
".

Pablo Stolze Gagliano e Rodolfo Pamplona Filho pontuam que:

Na responsabilidade civil, o agente que cometeu o ato ilícito tem a


obrigação de reparar o dano patrimonial ou moral causado, buscando
restaurar o status quo ante, obrigação esta que, se não for mais
possível, é convertida no pagamento de uma indenização (na
possibilidade de avaliação pecuniária do dano) ou de uma
16

compensação (na hipótese de não se poder estimar patrimonialmente


este dano).

O desequilíbrio social é causado por danos civis e precisa ser reparado de


volta ao normal. Levando esses fatores em consideração, a responsabilidade civil é
definida como obrigação de reparar o dano material ou mental causado à vítima, e o
agressor não faz cumprir a lei ou as obrigações legais acordadas.

Marco Aurélio Bezerra de Melo destaca que:

O ressarcimento sempre terá cunho patrimonial; (...) será necessário o


arbitramento de uma verba pecuniária de dano moral, o que nos leva a
concluir que a responsabilidade civil, conquanto tutele aspectos
fundamentais da dignidade humana, insere-se no ramo do direito civil
patrimonial.

Portanto, é correto dizer que quando a obrigação original é violada- faça


com que a vítima tenha a obrigação secundária de reparar ou compensar o dano -
haverá responsabilidade civil.

2.3.1 FUNÇÃO SOCIAL

O Tribunal de Responsabilidade Civil tem três funções sociais principais a


serem analisadas neste trabalho: a função de compensação da vítima, a função de
punição do agressor; e a dinâmica social da transgressão. A função compensação da
responsabilidade civil descrita no artigo 927 do Código Civil estipula que para garantir
que o material de reparo esteja danificado ou dê uma compensação monetária para
crimes que prejudicam a dignidade da parte lesada. Deve ser mencionado que através
da função de compensação, incluindo indenização natural: o objetivo é garantir que a
parte lesada deverá executar diretamente as coisas rejeitadas por procedimentos
injustos.

O artigo 947 do Código Civil afirma claramente que “se o devedor não
cumprir a parcela corrigida será substituída pelo seu valor atual em moeda ". A função
de punição visa reparar o lesado por negligência e descuido.

André Gustavo Correia Andrade diz:


17

A indenização punitiva, fixada em valores suficientes para desestimular


a prática de condutas lesivas ou antissociais e empregadas de forma
sistemática, pode contribuir para a redução das ofensas aos direitos
mais caros ao homem. Além disso, atende a um imperativo ético,
introduzindo um critério de justiça no âmbito da responsabilidade civil.

No entanto, alguns estudiosos acreditam que não é a principal função do


reparo civil. Wilson Melo da Silva se opôs à natureza punitiva e concluiu que existem
sanções punitivas para crimes civis apenas se houver especificações legislativas, além
de outras sanções punitivas em termos de responsabilidade criminal, leis específicas
definem tipos e penalidades.

A responsabilidade civil tenta suprimir este comportamento em seu efeito


negativo, visto que, as pessoas começam a se envolver em comportamentos
prejudiciais, demonstrando comportamentos semelhantes para a comunidade social
que causam danos e que não são permitidas. Para atender aos principais padrões
sociais, a responsabilidade civil recai em fazer cumprir a ordem legal, permitindo
equilíbrio e harmonia entre as relações sociais.

2.3.2 ESPÉCIES

2.3.2.1 Contratual e extracontratual

Empreiteiros que não cumpram suas obrigações, na relação jurídica


contratual, por causa de sua quebra de contrato, terá que compensar a outra parte - a
obrigação de compensar só aparece quando uma das partes não cumpre parte ou a
totalidade do contrato. A característica da responsabilidade contratual é a existência de
contratos existentes entre as partes - o agente e a vítima.

Sendo o contrato a fonte da obrigação, o seu descumprimento também


será: o descumprimento da obrigação anterior é uma característica da
responsabilidade contrato civil. O artigo 389 do Código Civil estipula que
“incumprimento de obrigações (...) O devedor será responsável pelos danos. "O agente
que causou a quebra de contrato será responsável por comprovar que não há violação
dos termos do contrato.

Na responsabilidade civil extracontratual, não existe relação contratual entre


o agente e a vítima, mas há um vínculo legal. O agente, por padrão, causará danos à
vítima devido à violação de obrigações legais. Artigo 186 do Código Civil, definição
18

"por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violação do direito de


causar dano a outras pessoas, mesmo que seja totalmente moral, também é ilegal. "
Responsabilidade extracontratual, a vítima ou o autor provará a exigência entre as
ações do agente e os danos sofridos.

O papel principal das duas responsabilidades será a obrigação de indenizar


a vítima, que fará a distinção de quem arcará com a responsabilidade teste. No
entanto, no caso da existência do contrato, a violação do mesmo será determinada no
pagamento parcial ou total.

Por outro lado, se não houver contratos, a negligência deve ser avaliada
nas ações do agente. Mesmo que haja um contrato, em qualquer responsabilidade
profissional, haverá um campo de conduta profissional a ser examinado, exista ou não
personalizadas. Em outras palavras, responsabilidades contratuais e extracontratuais
aparecem ao mesmo tempo.

2.3.2.2 Objetiva e subjetiva

A legislação brasileira prevê dois tipos de responsabilidade civil:


responsabilidade objetiva e subjetiva. A responsabilidade objetiva está relacionada ao
risco. Se o agente for considerado culpado haverá obrigação de indenizar, o que
significa que não há referência a culpa ou intenção.

A teoria do risco foi criada por juristas para encontrar as possibilidades de


riscos e erros em uma responsabilidade civil. Responsabilidade objetiva é saber se
uma atividade causa danos especiais durante o exercício, e se houver dano a
terceiros, o agente deve responder.

Alguns doutrinadores, como Sergio Cavaliere Filho e Silvio de Salvo


Venosa, traz alguns tipos de diferentes riscos, eles são:

a) Risco de lucro: Aqueles que tentarem se aproveitar de atividades


prejudiciais serão de acordo com o mandamento do ubi emolumentum, ibi et ônus esse
debet, - quem for o responsável por obter o bônus, deve arcar com o ônus.

b) Risco anormal: Quando o dano é o resultado de um risco fora do normal.


Ele foge das atividades diárias da vítima - a compensação deve ser feita.

c) Risco ocupacional: quando fatos prejudiciais decorrem de atividade ou


ocupação da vítima.
19

d) Criação de risco: quando o agente causa perigo devido às suas


atividades ou ocupação e os danos por ela causados devem ser reparados, a menos
que seja comprovado que está em conformidade com as medidas evite a lesão da sua
reputação.

e) Risco geral: é uma forma extrema de teoria do risco na qual, até quando
não há relação causal, e o agente se compromete a reparar o dano causado. No
sistema legal, existem três pressupostos para o risco global: danos ambientais (artigo
225.º, n.º 3 do CFRB), seguro obrigatório (Art. 5º, Lei nº 6.194 / 74) e danos nucleares
(Art. 21, Inciso XXIII, Item “d”, CFRB).

No sistema jurídico brasileiro, existe uma lei de proteção ao consumidor


como o exemplo mais recente de responsabilidade objetiva. Sergio Cavalieri Filho diz a
lei 8.078 / 90 que uma nova área de responsabilidade foi introduzida na legislação
brasileira: Responsabilidade nas relações de consumo. Os riscos mencionados nos
artigos 12 e 14 da Lei de Defesa do Consumidor, caput 13 , relaciona-se com a
obrigação legal de respeitar a integridade física, patrimonial e psicológica da vítima.

Em caso de violação das obrigações legais, a parte lesada terá direito a


uma indenização, e, o titular da atividade é obrigado a compensar a sua atividade.
Nesses casos, a culpa do agente não é questão de discussão, e a vítima é suficiente
para provar que o dano ocorreu e a causalidade que motivou a obrigação do agente de
indenizar.

É necessário esclarecer que a obrigação de indenização prevista no


diploma legal provém de pode desencadear atividades perigosas. Independentemente
da culpa do agente, a lei esforça-se para garantir que as vítimas sejam totalmente
compensadas.

Na responsabilidade subjetiva, a responsabilidade só é configurada quando


existe culpa ou dolo. Portanto, para a geração de responsabilidade por danos, é
imprescindível que prove que o agente é culpado, se não for culpado, não há
obrigação de indenizar. Essa teoria encontra-se no artigo 186 do Código Civil, que por
ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violação de direitos ou causar
danos a terceiros obrigação de reparar o dano. A responsabilidade subjetiva é
defendida, e a vítima assume o fardo de provar que o agente é culpado e que existe
uma relação causal entre as ações do agente e o dano causado e o dano sofrido.
20

Portanto, nesses casos, a responsabilidade será subjetiva e se manifestará


como uma exceção à regra do Direito do consumidor. Freelancers podem ser
entendidos como prestadores de serviços envolvidos sem afiliação com a pessoa que
o pagou ou que exerceu a profissão, ferramentas de trabalho e sobrevivência.

Portanto, além de comprovar dano e causalidade, em qualquer ação que


seja administrada por profissionais gratuitos, e seus apoiadores serão obrigados a
indenizar por negligência, imprudência ou imperícia. Então, quem pode se beneficiar
com a lei de defesa do consumidor é o próprio consumidor prejudicado ou algumas
exceção à legislação, que não se estende a pessoa jurídica que vincula ou fornece o
serviço ou seja, um profissional em próprio nome.

2.3.3 PRESSUPOSTOS

2.3.3.1 Conduta Humana

A conduta humana cria a obrigação de compensação, isto é, o agente se


exterioriza por meio de ação ou inação, produzindo efeitos nocivos e consequências
legais.

Maria Helena Diniz conceitua

O ato humano, comissivo ou omissivo, ilícito ou lícito, voluntário e


objetivamente imputável, do próprio agente ou de terceiro, ou o fato de
animal ou coisa inanimada, que cause dano a outrem, gerando o dever
de satisfazer os direitos do lesado. (...) A responsabilidade decorrente
do ato ilícito baseia-se na ideia de culpa, e a responsabilidade sem
culpa funda-se no risco.

Pablo Stolze Gagliano e Rodolfo Pamplona Filho, sobre a voluntariedade,


ensinam

A voluntariedade, que é a pedra de toque da noção de conduta humana ou


ação voluntária, primeiro elemento da responsabilidade civil, não traduz
necessariamente a intenção de causar o dano, mas sim, e tão somente, a
consciência daquilo que se está fazendo. E tal ocorre não apenas quando
estamos diante de uma situação de responsabilidade subjetiva (calcada na
noção de culpa), mas também de responsabilidade objetiva (calcada na ideia
de risco), porque em ambas as hipóteses o agente causador do dano deve agir
voluntariamente, ou seja, de acordo com a sua livre capacidade de
autodeterminação. Nessa consciência, entenda-se o conhecimento dos atos
21

materiais que se está praticando, não se exigindo, necessariamente, a


consciência subjetiva da ilicitude do ato.

2.3.4 DANO

Marco Aurélio Bezerra de Melo diz que

O dano não é apenas lesão a um direito abstratamente considerado,


mas sim um interesse que diante do caso concreto justifique a
reparação civil, seja ela patrimonial ou por ofensa a valores
existenciais, causando o chamado dano moral. Isso porque às vezes as
pessoas veem-se na contingência de suportar incômodos, restrições,
perdas de tempo e até de patrimônio em razão de um interesse
superior de natureza coletiva, como proteção à vida, aos direitos
difusos do consumidor ou ao meio ambiente.

O conceito de dano que será visto nesta obra será dano indenizável, dano
não tem relação causal com fenômenos naturais únicos. Na tradição, o dano tem uma
forma moral e patrimonial, mas outros tipos de dano também são aceitos devido à
influência direta do texto constitucional, para proteger a dignidade humana pessoas e
sociedade.

Os principais tipos de danos que existem atualmente são baseados na


teoria e a jurisprudência que são:

a) Dano material: refere-se ao prejuízo patrimonial causado ao lesado em


decorrência do ato. Dividir ainda em meio a novos danos - referentes ao prejuízo
sofrido pela vítima em decorrência da conduta - e lucro extrovertido - a parte lesada
não obteve lucro.

b) Dano moral: é uma violação do estado psicológico do indivíduo. Carlos


Roberto Gonçalves afirmou, “É o dano à propriedade que integra o direito da
personalidade, tal como honra, dignidade, intimidade, imagem, boa reputação, etc.
inferidas do art. 1ᵒ, III22 , V e X23, Constituição Federal ”. O STJ entende que a
indenização deve ser fixada por juiz cumprir as funções de remuneração e educação.

c) Dano existêncial: projetado para proteger a vida humana e a engenharia


da vida. Apesar do conceito está muito próximo do dano moral, a distinção é possível
porque está relacionado dor psicológica causada por comportamento prejudicial,
22

aspectos subjetivos e por causa de uma mudança no comportamento pessoal, ele foi
forçado a lidar com perspectiva indesejada.

d) Riscos sociais: resultantes de atitudes e comportamentos que levam ao


declínio dos padrões de viver em comunidade. Eles são diferentes da compensação
coletiva de danos mentais porque afetam os direitos das pessoas. A personalidade de
algumas pessoas, enquanto o dano social afeta toda a sociedade, isto somente
quando houver uma exigência clara na demanda, é possível condenar o dano social
coletiva . A declaração 455 reconhece a existência do instituto e aponta

A expressão “dano” no artigo 944 abrange não só os danos individuais,


materiais ou imateriais, mas também os danos sociais, difusos,
coletivos e individuais homogêneos a serem reclamados pelos
legitimados para propor ações coletivas.

2.3.5 NEXO DE CAUSALIDADE

O dano compensável só existe se houver uma relação causal entre os dois


quando a dívida é inadimplente, o credor sofre perdas. No Código Civil Brasileiro, com
a adoção da teoria do risco na legislação descentralizada, as pesquisas sobre a teoria
do risco adquirem grande relevância. De acordo com esta teoria, dano e causalidade -
isso deve ser determinado por vítimas - é um pré-requisito para a responsabilidade.

Para explicar a melhor maneira de medir a causalidade, surgiram três


teorias. Aceito por doutrina e precedente:

a) A teoria da causalidade suficiente: estipulada em seus artigos pelo


Código Civil de 2002 403 é uma teoria defendida pela maioria dos estudiosos,
incluindo Martinho Garcez Neto, Caio Mário da Silva Pereira, Roberto Senise Lisboa e
Nehemias Domingos de Melo. Nesta teoria, no que diz respeito à responsabilidade
civil, apenas a causa e condição principal o que é compatível com a ocorrência do
evento é o elemento importante - apenas o que prove que a integração de causa e
efeito é essencial para alcançar o resultado.

b) Teoria da equivalência condicional: considere todos os fatores


participantes porque a produção de resultados prejudiciais deve ser considerada a
causa. Para o propósito de atribuição de responsabilidade civil pode ser considerada
válida por qualquer motivo da ocorrência de dano. Portanto, a causa tem uma
condição necessária para verificar o resultado.
23

c) Teoria da causalidade direta: uma pessoa só tem atos que prejudicam


direta e imediatamente a vítima. Alguns autores como Carlos Roberto Gonçalves e
Agostinho Alvim acham que é o código civil atual.

2.4 RESPONSABILIDADE DO ESTADO

A Constituição Brasileira, em seu artigo 37, §6ᵒ, diz

Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos


Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios
obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: § 6º As pessoas
jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de
serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa
qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso
contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.

Com a promulgação da Carta Magna em 1946, o sistema jurídico brasileiro


adotou a teoria do risco administrativo. Esta teoria é baseada em responsabilidade
objetiva - a vítima não precisa provar a culpa do governo ou de seu agente.
Dependendo do país, a responsabilidade de provar a culpa ou o dolo é da própria
vítima, de forma a excluir ou mitigar perda. Muitas mudanças ocorreram na
responsabilidade civil do país antes de serem objetificadas, essas mudanças foram
lentas e graduais, e levaram vários séculos para atingir o estágio atual.

Existem alguns momentos em que, a responsabilidade da administração


pública é absoluta e abrangente, atingindo a fase em que um agente público pode ser
responsabilizado pelo dano. Em outra etapa, há uma responsabilidade do Estado pelas
ações provocadas por seus agentes.

Finalmente, com base nos princípios de justiça, ônus e igualdade, será


importante determinar a responsabilidade do Estado. Então é justo todos responderem
aos riscos e danos que as atividades administrativas podem causar à organização
envolvida em um conjunto de gestão.

2.5 A NATUREZA JURÍDICA DA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS MÉDICOS

A responsabilidade do médico é determinada pelo Código Civil vigente e


pelo Código de Defesa Nacional. O consumo é subjetivo e dependente da culpa. Do
diagnóstico laboratorial ou clínico o médico é responsável devido a medicamentos ou
24

identificação insuficientes e uma doença diagnosticada errada pode causar danos


irreversíveis ao paciente. Na doutrina atual, muito se discute sobre a natureza
contratual dessa responsabilidade. Procura-se evitar responsabilidades contratuais
adicionais.

Nehemias Domingues de Melo explica

A discussão doutrinária acerca da responsabilidade extracontratual dos


serviços médicos em muito foi alimentada pelo fato de o Código Civil
(...) ter regulado a responsabilidade médica no capítulo que trata da
responsabilidade civil por ato ilícito (art. 1545 do CC de 1916 e art. 951
do CC 2002), contudo isso não altera a relação estabelecida entre
médico e seu paciente, porquanto, muitas das vezes, haverá de fato um
contrato seja tácito, verbal ou mesmo escrito.

Pode haver contratos em atividades médicas, ainda que inadimplente,


principalmente relacionado à prestação de serviços. O objetivo pretendido neste tipo
de contrato não depende não só de profissionais médicos, mas também da
cooperação direta ou indireta de médicos paciente. O médico atesta que atua com
dedicação, muito trabalho e entusiasmo e que cumprirá suas funções e contrato, e se
o paciente não está curado, é impossível dizer que existe uma quebra de contrato,
porque dever é um meio, não um resultado. Logo, o contrato será bilateral, contínuo e
oneroso e, na maioria dos casos, intuitivo.

José de Aguiar Dias concluiu que a responsabilidade médica é de natureza


contratual. Mas as ações contratuais e não contratuais levam aos mesmos resultados
e confusão entre essas duas espécies, este é apenas um pequeno erro. Vale ressaltar
que no caso de assinatura de contrato com o hospital, haverá contratos de prestação
de serviços complexos, pois os pacientes podem ser atendidos por qualquer médico
de plantão e vários especialistas necessários no processo de enfermagem.

2.6 RESPONSABILIDADE DO MÉDICO E A CULPA PROVADA

Porque os médicos estão empenhados em fornecer um serviço atencioso e


consistente com a ciência e tecnologia existentes, ao invés de específico portanto, a
natureza jurídica é contratual e é uma obrigação típica de meio.

O exercício da profissão será comprovado pela culpa de três maneira:


imprudente, negligente ou imperito - de acordo com as disposições do Código de
25

Defesa Nacional Consumidores, Artigo 14, Artigo 4ᵒ e Artigo 141 do Código Civil . Em
atividades médicas, fatores externos podem afetar a realização material, porque o
resultado final não depende apenas da capacidade, aprendizagem ou esforço
profissional.

No entanto, embora os médicos tenham a obrigação de ser um meio e não


um resultado, os profissionais são obrigados a provar todas as aplicações corretas,
métodos profissionais disponíveis, e não fazer nada mais por razões impossíveis,
embora tenha sido tentado.

O juiz deve analisar claramente os tipos de faltas, e verificar a relação


causal entre a metodologia médica e os fatos lesivos, bem como as consequências daí
resultantes e a compensação pela causa do dano.

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Esta monografia tem como objetivo estudar o Instituto de Responsabilidade


Civil e analisar com atenção à responsabilidade causada por erro médico. Se
consagrado como a causa do dano, o profissional é a indenizar a ordem judicial, desde
que o pressuposto de cumprimento de responsabilidade civil esteja de acordo. A Lei de
Defesa do Consumidor fortalece essas premissas porque regulamenta as relações de
consumo.
Para os profissionais do direito, a análise da negligência médica é muito
complicada porque, mesmo que muitas pessoas não busquem seus direitos e não
exijam a devida indenização pelos danos sofridos, as evidências que eles submetem
aos arquivos, como depoimentos profissionais e a provas são conclusivas.
Diante da vulnerabilidade de inúmeras situações do cotidiano, seja pela
particularidade de cada pessoa, doença e as diferentes reações de cada paciente, ou
devido a respostas científicas no caso de tratamento e diagnóstico, mesmo para várias
emergências é importante que a unidade hospitalar conheça o médico e suas
condutas.
O objetivo desta pesquisa não é defender toda e qualquer premissa falsa.
Entende-se que o profissional deve ser severamente punido e sentir-se culpado ao
realizar sua atividade porque seu comportamento foi negligente, enfrentando o bem
jurídico mais importante.
No entanto, qualquer responsabilidade que possa recair sobre os
profissionais, traz consequências que podem afetar no cotidiano médico, visto que, em
26

muitos casos os médicos lidam com a vida e a insegurança por saber que pode ser
punido por algum erro, não contribuirá para os fatos nocivos causados ao paciente. Foi
analisado que considerações relevantes devem ser aplicadas às regras de proteção ao
consumidor tendo em conta a particularidade de cada caso específico e de acordo com
valores constitucionais.
Portanto, a conclusão é que embora os médicos sejam provedores, eles
também são humanos, sujeito a falhas imprevisíveis e métodos potencialmente
defeituosos. Eles, como seus pacientes, são vítimas de grupos desfavorecidos e de
certos incidentes, que são apenas a própria realidade.
27

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