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Morada Nova/CE
2021
Francisco Lúcio Sátiro Maia Pinheiro
Morada Nova/CE
2021
Francisco Lúcio Sátiro Maia Pinheiro
BANCA EXAMINADORA
__________________________________________________________
Prof. Nome Orientador
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Prof. Nome Professor
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Prof. Nome Professor
Dedico este trabalho à Deus, a minha
família e a todos os professores da Verbo
Jurídico que me auxiliaram no decorrer do
curso de especialização.
RESUMO
Doctors and other health professionals have gained wide prominence in society since
the dawn of civilization. However, with the COVID-19 pandemic, society as a whole
noticed the broad importance of the role of doctors, nurses and other health
professionals. In this regard, the discussion about the relationship between doctor
and patient and the aspects that impact this issue is valuable. Thus, the general
objective of this work is to analyze the variables and considerable aspects that exist
in the relationship between doctor and patient and the existing challenges. The
research methodology used was qualitative research. Thus, data collection was
carried out with bibliographic research in national databases. This work concludes
with the premise that there are several challenges in the relationship between doctor
and patient, including difficult patients and family members, long hours and
precarious working conditions, disregard for the humanity of the doctor and his
consideration as a kind of machine and not like a professional who is, above all, a
human being.
1 INTRODUÇÃO ……………………………………………………………………. 7
REFERÊNCIAS ......…………………………………………………………………. 37
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1 INTRODUÇÃO
Por essa mesma razão, não poderia ou não seria desejável que falhasse em
seu múnus de curar, de sanar o sofrimento, de aliviar as dores e agruras daqueles
que à ele recorressem. Caso falhasse, especialmente na Primavera da Medicina que
ocorreu nas sociedades antigas, correria o risco não apenas de manchar sua
reputação, mas de perder a própria vida. De fato, os antigos códigos legais
abandonavam o médico à mercê da família do paciente, no casso de um prejuízo
causado a este pelo médico, numa espécie de vingança privada que tanto
caracterizou os códigos civis antigos.
O Iluminismo lançou novas luzes e perspectivas sobre todos os aspectos do
conhecimento humano, rejeitando a ideia de uma influência transcendente sobre a
vida, para se basear numa suposta razão, numa análise fria e racional das cosias e
dos seres e, ao passo que a Revolução Industrial dotava a Humanidade de novos
meios pelos quais investigar a natureza, a Medicina foi evoluindo tecnicamente com
mais velocidade do que a figura paternalista do médico foi sendo mudada.
A rapidez com que o conhecimento se multiplicou e foi disseminado,
proporcionando com que a Técnica evoluísse ponto de o corpo humano fosse visto
como algo a ser investigado com maiores pormenores não foi capaz de dar ao
médico um papel mais humanizado e igualmente dotado de humanidade, senão que
reforçou a figura do sujeito detentor do conhecimento absoluto, contra a qual o
paciente leigo não tinha sequer o direito de duvidar.
Tudo isso só veio a mudar recentemente, de meados do século XX para cá,
na primeira onda de reconfiguração da figura e da função do médico, bem como a
da liberdade e da maior autonomia da até então quase invisível figura do paciente.
Essa mudança seguiu o rastro dos questionamentos sobre o papel da Medicina e da
influência das doenças no cotidiano, do surgimento da discussão sobre Bioética que
marcaram a segunda metade do século XX.
A mudança na forma de ver a função do médico e a crescente autonomia do
paciente aumentou com o surgimento da internet em fins do século XX e
especialmente no início do século XXI, e continua acontecendo nos dias atuais, em
que a rápida transição entre uma descoberta e outra e a massificação da informação
continua elevando o paciente a um patamar decisivo na relação com o médico que,
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por sua vez, é obrigado a se adequar a esse novo tipo de paciente, cada vez mais
informado.
A relação ficou mais complexa e dinâmica, na medida em que o paciente
muitas vezes não quer apenas um primeiro diagnóstico, mas vai atrás de uma
segunda e até uma terceira opinião, o que acaba por vezes, abalando o médico em
sua autoconfiança ou presumida autossuficiência entrando em cenas aspectos um
tanto negligenciados, como as emoções. Com isso torna-se necessário abordar a
relação entre os dois com novos olhos, tentando entender como aperfeiçoá-la em
benefício de ambos os atores, deixando de lado certas tendências maniqueístas e
até simplistas outrora abordadas.
Não é suficiente traçar os limites ou objetivos da atuação do profissional de
saúde na sua lida com o paciente, sem antes, considerar o próprio profissional em si
e no seu ambiente de trabalho. É preciso ir além e enfocar nos múltiplos fatores que
influenciam médicos, enfermeiros, dentistas, técnicos de enfermagem em seu
cotidiano, considerando as dificuldades, as emoções, o estresse, os limites físicos
dos profissionais diante de um sistema de saúde cada vez mais saturado,
especialmente se considerarmos o heroísmo com que se portaram esses
profissionais em tempos de Pandemia, diante de tanto sofrimento que ameaçava
não apenas a dignidade, mas a vida de milhões de pacientes.
Devido à incumbência de tratar com o bem jurídico vida, além de conforto e
bem-estar de pessoas, os profissionais de saúde, mormente os médicos, tem sido
exigidos cada vez mais, sem contar o fator concorrência que é natural em todos os
campos profissionais. Essa exigência, tanto na rede pública como na rede privada,
somada a aspectos comuns nesta última que é a superpopulação de pacientes a
serem atendidos, muitas vezes em condições de trabalho sofríveis tem gerado na
população médica de todo o mundo uma alta carga de estresse, doenças diversas e
desestímulo e isso precisa ser melhor abordado nos trabalhos científicos.
As pesquisas publicadas por diversos periódicos dão conta de que é cada vez
maior o impacto sobre a vida dos médicos dos diversos fatores da prática clínica
moderna, tais como novas tecnologias diagnósticas e terapêuticas, a pressão da
indústria farmacêutica, a mercantilização dos serviços médicos, assim como a perda
da autonomia, a diminuição da remuneração, a precariedade das condições de
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trabalho, prejuízos para a saúde do médico, fora os casos de hiper exploração pela
mídia moderna dos casos de erro médico. Tudo isso contribui para um desgaste
cada vez maior dos profissionais, especialmente cobrados durante a Pandemia de
Sars-Covid.
Esses aspectos são muitas vezes negligenciados quando se quer falar da
relação médico-paciente, ao colocar o médico na posição de hiperssuficiente e o
paciente na condição inversa de hipossuficiente, cobrando-se um atendimento mais
humanizado do paciente, o que é legítimo, entretanto deixando de considerar com a
atenção necessária a própria humanidade do médico, condição essencial para que
se busque melhorar essa relação dando a ambos a satisfação buscada.
Os inúmeros estudos revisados sobre a situação psicológica e emocional dos
profissionais médicos diante das atuais condições de trabalho são suficientemente
robustos para elencar toda uma série de situações com as quais eles se defrontam e
atingem o desempenho de seu trabalho, desde a Síndrome de Burnout até a
violência contra os profissionais, o que causa desmotivação, esgotamento
psicológico e emocional e em muitos casos, pensamentos suicidas. O sentimento de
frustração pela quebra das expectativas diante das condições reais de trabalho, a
alta demanda pelos serviços em situação de pouca infraestrutura, a jornada de
trabalho excessiva também pode impactar fortemente os médicos e impedir um
melhor relacionamento com o paciente.
Com relação a cada um desses fatores, vários números importantes foram
obtidos nas pesquisas que mostram as principais patologias relacionadas ao
exercício da Medicina e cujo estudo contribuirá para que se chegue à compreensão
do que deve ser feito para que a relação entre o médico e seu paciente possa ser a
melhor possível, evitando desgaste para ambos além de buscar evitar ocorrência de
judicialização.
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2 CONDIÇÕES DE TRABALHO
Sindicato dos Médicos do Distrito Federal- Sindmed, que tratava a respeito do tema,
em 2019 o Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul- Cremers anulou
judicialmente um concurso público realizado pela prefeitura de Bagé, cujo edital
estabelecia o irrisório valor de R$ 1,3 mil para uma carga horária de 20 horas
semanais e em 2020 , conseguiu anular outro concurso, dessa vez o do município
de Santa Maria, que estabelecia um valor de R$ 1.453,06 para as mesmas 20 horas
semanais.
As distorções criadas pela falta do aludido Piso criam situações de falta ou
escassez de médicos em muitos lugares, pois enfrentar uma grande e cansativa
demanda de pacientes em municípios que, além de não possuírem uma adequada
estrutura de atendimento que dê aos médicos condições dignas de trabalho e aos
pacientes condições dignas de atendimento, também pagam um salário que é
totalmente incompatível para a função exercida pelo médico. A ação desses
profissionais no enfrentamento da Pandemia de Covid-19 mostrou que ao contrário
da prática de muitos municípios e estados, que se permitem pagar um salário
indigno da função de lidar com vidas humanas mas também abaixo dos índices de
inflação que provocam perda de poder de compra por parte do profissional, é
necessário que se tenha um Piso unificado. e não apenas eles, como os demais
profissionais que o auxiliam no front de batalha pela saúde.
Embora a medicina seja uma ocupação de alto status e alta qualificação, que
tradicionalmente oferece acesso a empregos de boa qualidade e salários
relativamente altos, continuar a fornecer esses benefícios no contexto de uma
recessão econômica e período de austeridade é um desafio. Os sistemas de saúde
e os empregadores de saúde devem se adaptar às expectativas de hoje sobre o que
constitui um trabalho médico de boa qualidade, e fazê-lo dentro das restrições de
financiamento, relacionadas a austeridade e/ou, aquelas resultantes de
subfinanciamento histórico de longo prazo (HUMPHRIES et al., 2018).
A qualidade do trabalho é a medida em que um trabalho tem fatores
relacionados ao trabalho e relacionados ao emprego que promovem resultados
benéficos para o empregado, particularmente bem-estar psicológico, bem-estar
físico e atitudes positivas. Os empregos de boa qualidade também beneficiam os
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De fato, esse é um tema por demais urgente que vem alarmando pelos dados
que estão sendo levantados em estudos iniciais sobre o delicado tema. O portal
Medscape por exemplo, ainda no ano de 2018 publicava notícia dando conta de que
dentre todas as categorias profissionais nos Estados Unidos, os médicos eram os
que detinham a maior taxa de suicídio, com cerca de uma ocorrência por dia, mais
do que o dobro da taxa entre a população em geral. Já o portal Hospitais Brasil em
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O NHS nos últimos anos têm colocado muita ênfase no cuidado compassivo
em várias diretrizes e recomendações. Essas recomendações destacam a
importância da empatia e da compaixão como requisitos fundamentais do
profissionalismo em saúde, ao afirmar: “O mais importante de tudo, o NHS poderia
empregar centenas de milhares de funcionários com as habilidades tecnológicas
certas, mas sem a compaixão de cuidar, então nós terá falhado em atender às
necessidades dos pacientes” (CASTELHANO; WHABA, 2020).
No entanto, na prática, é difícil para os médicos encontrarem o equilíbrio certo
entre ser o profissional tecnicamente qualificado e o profissional objetivo, ao mesmo
tempo que estão emocionalmente engajados, mas não se identificam
excessivamente com o sofrimento do paciente.
Mesmo quando os médicos tentam conscientemente se abster de se envolver
emocionalmente com seus pacientes, poucos permanecerão não afetados pela
exposição regular ao sofrimento, doença e morte dos pacientes. Negligenciar tais
emoções pode impactar seriamente a saúde e o bem-estar psicológico desses
profissionais. Os médicos podem sofrer de exaustão emocional, esgotamento,
depressão ou mesmo tentativa de suicídio.
Um estudo recente que incluiu 14.000 médicos na Austrália descobriu que os
profissionais médicos são mais propensos a sofrer de transtornos mentais e
depressão do que a população em geral; uma das principais razões é que “médicos
e estudantes de medicina estão sob imensa pressão e lidam regularmente com a dor
e a morte” (CASTELHANO; WHABA, 2020).
Outro estudo examinando como o sofrimento e o bem-estar se relacionam
com a empatia mostrou que o aumento do sofrimento pessoal e profissional e a
exaustão emocional estão correlacionados com pontuações mais baixas de empatia
emocional. Sugere-se que os esforços para promover a empatia devem considerar
essas correlações (EICHBAUM, 2014).
O não envolvimento com as emoções – as próprias emoções, mas também o
envolvimento emocional com o outro – tem dois efeitos adversos; Em primeiro lugar,
afeta negativamente os médicos como pessoas, ao aumentar o seu stress e
ansiedade, tornando-os mais sujeitos ao sofrimento mental e ao esgotamento
emocional.
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De acordo com estudo de revisão feito por Mariana Evangelista et al. (2016) o
impacto que a rotina de trabalho tem sobre as condições psicológicas do médico
vem sendo estudado e cada vez mais vem se constatando os resultados prejudiciais
dessa pressão intensa em diversas partes do mundo, sendo que em algumas
especialidades da Medicina esse impacto é naturalmente maior que em outras.
Pouca remuneração percebida em muitos casos, o que impulsiona o profissional a
procurar mais de um vínculo empregatício para complementar a renda, as horas
excessivas de trabalho que provocam estresse, o isolamento social e a falta de mais
horas para lazer e vida social são fatores imediatamente ligados ao desenvolvimento
de transtornos.
Tratando-se da atuação na esfera pública, os profissionais médicos se
deparam além de poucas condições de trabalho, com acentuada burocracia, intensa
demanda de pacientes com filas superlotadas, escassez de recursos e insumos para
atendimento de urgência e emergência, pacientes irritadiços e por vezes, violentos,
os quais transferem para o médico as frustrações de não terem sido atendidos com
a presteza que consideram adequada à gravidade de seus casos além de, com
frequência cada vez maior, questões judiciais e processos éticos nos Conselhos
Regionais.
Tudo isso é um sistema de elementos conectados que montam aos poucos, o
quadro propício ao surgimento de problemas de ordem psicológica nos profissionais,
tendo uma natureza de duplo prejuízo, pois um profissional motivado e descansado
tem um rendimento e uma qualidade no atendimento muito maior do que um médico
submetido à estressante rotina principalmente em uma unidade básica de saúde ou
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4.2.2 Despersonalização/irrealização
até maio e no Brasil, até o dia 15 de agosto já haviam sido confirmados nada menos
que 257.156 infectados.
Embora as duas categorias profissionais tenham sido bastante afetadas por
seu contato direto com o problema, os enfermeiros foram ainda mais impactados
que os médicos. Segundo o estudo mencionado, as categorias profissionais mais
atingidas eram as seguintes: técnicos ou auxiliares de enfermagem em 88.358
pessoas, representando 34,4%; foram contabilizados 37.366 enfermeiros, o que
representa 14,5% e 27.423 médicos, ou 10,7% dos profissionais infectados pelo
Coronavírus. Os enfermeiros, portanto, são a categoria mais afetada e junto com os
médicos, enfrentaram outros problemas como falta de equipamentos de proteção
individual, jornada excessiva de trabalho, estresse psicológico, negligência em
proteger adequadamente a saúde desses profissionais.
Todos os dados coletados, seja em relação a médicos, seja em relação a
enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem sugerem a necessidade de uma
mudança de postura e a elaboração de políticas de cuidados com a saúde desses
profissionais que, pela natureza de seu trabalho, acabam comprometendo sua
própria saúde no enfrentamento das doenças de seus pacientes, o que é bastante
potencializado em situações como a da Pandemia. Por ser, especialmente a Saúde
Pública, estruturada em um sistema, os muitos elementos que compõem essa
engrenagem precisam funcionar bem e em estreita sintonia uns com os outros, o
que significa dizer que se um dos elementos funciona mal, todo o sistema tem seu
desempenho comprometido.
É por isso que, se do lado dos profissionais de saúde não houver um cuidado
maior com a sua saúde, condições de trabalho digno, salários coerentes e efetivo
descanso, não há como esperar na outra ponta, que o paciente, especialmente o
paciente mais vulnerável, tenha acesso à excelência que o sistema de saúde tem o
potencial para oferecer, se for administrado de forma correta e inteligente.
Caso contrário, se mesmo com o arrefecimento da Pandemia, não forem
tomadas medidas concretas, ver-se-á os casos de transtornos evoluírem cada vez
mais para casos mais graves, não se limitando à Síndrome de Burnout e
Despersonalização, mas casos de depressão e as tendências ao suicídio. Esse é
um dado ainda pouco estudado no Brasil e sobre o qual pouco se debruçam os
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debates. Mas como se pode ver a seguir, os casos de depressão e suicídio entre
profissionais de saúde são uma realidade concreta, crescente e preocupante.
O estudo de Katarina dos Santos et al. (2020) feito com 490 enfermeiros
relativo à incidência de depressão nesses profissionais constatou que 86,7% são do
sexo feminino, e tinham renda entre três e quatro salários, o que indica uma baixa
remuneração e pouca visibilidade profissional da classe. Do total de enfermeiros
analisados, 30,4% deles relatou teve diagnóstico de algum transtorno mental nos
últimos 12 meses e 39,6% sofreram com ansiedade em níveis moderados ou
severos e 38% informaram terem tido sintomas de depressão em nível moderado ou
severo.
Os elementos importantes associados com a ansiedade são os mais variados,
incluindo a cor parda, o trabalho em vínculo empregatício privado, ou mesmo ter
vínculo tanto público como privado-aumentando a jornada de trabalho-, sintomas de
síndrome de Burnout, desenvolver seu trabalho sem condições dignas para
enfrentar a Pandemia, embora esses fatores tenham sido atenuados com práticas
corpo-mente e conversas com familiares e amigos. Curiosamente, trabalhar não
apenas na esfera pública, como no serviço privado e que onde não houve estrutura
adequada para o enfrentamento de Covid teve papel notável no desenvolvimento de
quadro depressivo.
Como auxiliares diretos dos médicos, os profissionais de enfermagem estão
direta e igualmente expostos a agentes biológicos e contaminação, bem como ao
desenvolvimento a Síndrome de burnout e depressão, enfrentando ainda mais do
que os médicos, o sofrimento mental decorrente não só da atividade que praticam,
mas também a falta de reconhecimento profissional. Enquanto médicos não tem um
Piso unificado no país, o que gera desigualdades na distribuição dos profissionais
por região do país, também os enfermeiros lutam por reconhecimento e pelo Piso da
classe. Todos esses fatores ligam-se para o desenvolvimento de quadros
sintomáticos de depressão.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
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502, 2013.
SANCHEZ-REILLY, S. et al. Caring for oneself to care for others: physicians and
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STREET, R. L.; HAIDET, P. How well do doctors know their patients? Factors
affecting physician understanding of patients’ health beliefs. Journal of General
Internal Medicine, v. 26, n. 1, p. 21-27, 2011.