Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Acções Declarativas
3
ESPÉCIES DE ACÇÕES E FORMAS DE PROCESSO
4
ESPÉCIES DE ACÇÕES E FORMAS DE PROCESSO
FORMAS DE PROCESSO
5
PETIÇÃO INICIAL
PETIÇÃO INICIAL
7
PETIÇÃO INICIAL
Identificação do Tribunal
Arts. 552.º, n.º 1, al. a) e 558.º, al. a)
Competência territorial: arts. 70.º e seguintes CPC e LOFTJ
Forma do processo
Arts. 552.º, n.º 1, al. c) e 558.º, al. d)
Arts. 546.º, 548.º e 549.º
Meios de Prova
Art. 552.º, n.º 2
8
PETIÇÃO INICIAL
Valor da causa
Arts. 552.º, n.º 1, al. f) e 558.º, al. e)
Arts. 296.º e seguintes
Assinatura do articulado
9
CASO DA AULA
A Maria Antónia prometeu vender o seu andar por €200.000,00, tendo recebido como
sinal e princípio de pagamento €20.000,00, que entregou ao Fernando Mamede para
sinalizar a compra do andar da Foz.
A Maria Antónia planeara pagar o andar que prometeu comprar com o produto da venda
do andar de Matosinhos mais um financiamento que estava a negociar com o banco. Por
isso, ficou estabelecido que a escritura de compra e venda do andar de Matosinhos seria
celebrada até ao dia 31 de Janeiro de 2012, véspera da realização da escritura do andar
da Foz, que estava acordada ser celebrada no dia 01 de Fevereiro de 2012.
Aconteceu que, no dia 20 de Janeiro de 2012, o Manuel Jorge comunicou à Maria Antónia
que não poderia celebrar a escritura de compra e venda no projectado dia 31 de Janeiro
porque o banco havia atrasado o processo de financiamento e, como tal, não tinha
dinheiro para pagar, pelo que pedia uma prorrogação de prazo por 15 dias.
11
CASO DA AULA – EXPOSIÇÃO DOS FACTOS
12
CASO DA AULA – PETIÇÃO INICIAL
Maria Antónia Azevedo, viúva, residente na Rua Brito Capelo, 145, 3º direito
frente, Matosinhos,
13
CASO DA AULA – PETIÇÃO INICIAL
i) DOS FACTOS
1º
Por contrato celebrado em 31 de Outubro de 2011, a aqui R. prometeu vender
ao A. marido a fracção autónoma designada pela letra “E”, do prédio urbano sito na
freguesia e concelho de Matosinhos, com entrada pelo nº 145 da Rua Brito Capelo,
correspondente ao terceiro andar direito frente, com garagem e arrumos na cave do
prédio urbano descrito na Conservatória do Registo Predial de Matosinhos sob o nº 1293,
e inscrito na matriz predial urbana sob o artigo 2446-E, conforme resulta do contrato
promessa adiante junto como documento nº 1.
2º
Nos termos do referido contrato, o preço global da compra e venda era de
€200.000,00 (duzentos mil euros), a ser pago da seguinte forma:
a) €20.000,00 (vinte mil euros), na data da celebração do contrato promessa, a
título de sinal e princípio de pagamento;
b) €180.000,00 (cento e oitenta mil euros), na data da outorga da escritura
pública.
14
CASO DA AULA – PETIÇÃO INICIAL
3º
O A. procedeu ao pagamento da dita quantia de €20.000,00 (vinte mil euros)
no dia 31 de Outubro de 2011, quantia esta da qual a R. deu integral quitação – cfr.
documentos nºs 1 e 2 adiante juntos.
4º
Sucede que, como a R. bem sabia, os AA. iriam adquirir a fracção com recurso
ao crédito bancário.
5º
Não obstante os AA. terem atempadamente solicitado a concessão do crédito e
de este se encontrar aprovado desde o dia 10 de Janeiro de 2012 – cfr. documento nº
3 adiante junto,
6º
Em 19 de Janeiro de 2012 os AA. foram informados pelo Banco de que, por
motivos internos do próprio Banco, a que os AA. são totalmente alheios, a quantia
mutuada apenas seria disponibilizada a partir do dia 10 de Fevereiro de 2012 – cfr.
documento nº 4 adiante junto.
15
CASO DA AULA – PETIÇÃO INICIAL
7º
Na sequência desta comunicação, logo no dia seguinte, 20 de Janeiro de 2012,
o A. marido enviou à R. a carta registada com aviso de recepção cuja cópia adiante se
junta como documento nº 5, informando que se encontrava impossibilitado de
celebrar a escritura de compra e venda até ao dia 31 de Janeiro de 2012 e solicitando
uma prorrogação do prazo, porquanto o Banco se atrasara na disponibilização do
financiamento.
8º
Não obstante os motivos invocados que, como se referiu, foram em tudo
alheios à vontade dos aqui AA., que atempadamente tinham tratado de todo o
processo de concessão de crédito, a verdade é que a R. não aceitou a requerida
prorrogação.
9º
E, pese embora o facto de saber que era com a quantia mutuada pelo Banco
que os AA. iriam proceder ao pagamento do remanescente do preço,
10º
Em 22 de Janeiro de 2012 a R. enviou ao A. marido a carta adiante junta como
documento nº 6, convocando-o para no dia 31 de Janeiro de 2012, pelas 10 horas,
comparecer no Cartório Notarial da Boavista para outorgar a escritura de compra e
venda, sob pena de considerar definitivamente incumprido o contrato, com todas as
cominações legais.
16
CASO DA AULA – PETIÇÃO INICIAL
11º
Atentos os motivos acima expostos, no dia 31 de Janeiro de 2012, o aqui A.
marido não compareceu à escritura.
12º
Tendo recebido, em 2 de Fevereiro de 2012, a carta da R. em que esta lhe
comunicava que resolvia o contrato por incumprimento culposo.
13º
Por escritura pública de 12 de Fevereiro de 2012, a R. vendeu a fracção que
prometera vender ao A. marido, melhor identificada no artigo 1º supra, a Inês Tavares
– cfr. documento nº 7 adiante junto.
14º
Aquisição esta que, conforme melhor resulta da certidão da Conservatória do
Registo Predial de Matosinhos adiante junta sob o nº 8, já se encontra registada a
favor da dita Inês Tavares.
15º
Sucede que, entretanto, os AA. apuraram que em Novembro de 2011 a R.
celebrou um contrato promessa de compra e venda com Fernando Mamede, no qual
prometeu comprar um andar sito na Foz do Douro.
17
CASO DA AULA – PETIÇÃO INICIAL
16º
De acordo com o acordado entre as partes, ou seja, a aqui R. e o dito Sr.
Fernando Mamede, a escritura de compra e venda seria celebrada até ao dia 1 de
Fevereiro de 2012.
17º
Acresce que os AA. apuraram ainda que, na sequência da carta que em 20 de
Janeiro de 2012 o A. marido enviou à R.,
18º
Esta solicitou ao Sr. Fernando Mamede a prorrogação do prazo para a
celebração da escritura pública de compra e venda da fracção que prometera comprar,
19º
Prorrogação esta que lhe foi concedida por 15 dias,
20º
Tendo a escritura de compra e venda sido celebrada em 15 de Fevereiro de
2012 – cfr. documento nº 9 adiante junto.
21º
Note-se, por fim, que nesta data os AA., conforme a R. bem sabe, já estavam
em condições de outorgar a escritura pública.
18
CASO DA AULA – PETIÇÃO INICIAL
II) DO DIREITO
22º
Ao vender a fracção autónoma identificada no artigo 1º supra a Inês Tavares, a
aqui R. incumpriu definitivamente o contrato promessa celebrado com o A. marido,
23º
O que, nos termos e ao abrigo do disposto no artigo 801º, nº 2, do Código
Civil, lhe confere o direito a resolver o contrato,
24º
Bem como, atento o disposto na 2ª parte do nº 2 do artigo 442º daquele
diploma, o direito à restituição do sinal em dobro, acrescida dos juros vencidos desde
a citação.
25º
Na verdade, o A. marido e a R. não tinham fixado um termo no contrato
promessa celebrado, que permitisse à R. considerar o contrato definitivamente
incumprido,
26º
A menção feita na cláusula terceira – de que a escritura pública teria que ser
realizada até ao dia 31 de Janeiro de 2012 – deveu-se, exclusivamente, à necessidade
de fixar um prazo dentro do qual a escritura teria que ter lugar,
19
CASO DA AULA – PETIÇÃO INICIAL
27º
Tendo as partes convencionado o prazo de 90 dias porquanto era este que
constava da minuta apresentada pela imobiliária encarregue da transacção e porque
esse prazo era suficiente para que os trâmites do financiamento bancário solicitado
pelos AA. estivessem concluídos.
28º
Nunca entre as partes ficou convencionado que a A. apenas teria interesse na
celebração da escritura pública se esta fosse outorgada até ao dia 31 de Janeiro,
29º
O que, de resto, resulta do próprio teor da dita cláusula 3ª.
30º
Caso fosse essa a vontade das partes, da mesma constaria a menção
“impreterivelmente”, que traduz, precisamente, a ideia de que as partes quiseram
estabelecer um termo essencial para o cumprimento da promessa.
31º
O que aqui não sucedeu.
20
CASO DA AULA – PETIÇÃO INICIAL
32º
A não comparência do A. marido no dia e hora aprazados para a celebração da
escritura apenas daria lugar à sua constituição em mora e nunca ao incumprimento
definitivo,
33º
E a simples mora da parte faltosa, os aqui AA., não dá à contraparte, a aqui R.,
o direito de resolver o contrato, que apenas é possível quando há incumprimento
definitivo imputável ao faltoso.
34º
Mas, para que a mora se converta em incumprimento definitivo necessário se
torna a verificação de uma das situações previstas no artigo 808º nº 1 do CC:
a) perda do interesse do credor na prestação, apreciada objectivamente;
b) fixação ao devedor de um prazo razoável para cumprir, sob pena de se
considerar o contrato incumprido.
35º
Ora, conforme resulta do que acima se disse, nenhuma destas circunstâncias
se verifica no caso dos autos,
21
CASO DA AULA – PETIÇÃO INICIAL
36º
Motivo pelo qual nunca a mora dos AA. se transformou em incumprimento
definitivo do contrato.
37º
O incumprimento definitivo existe, sim, por parte da R.
38º
O que, nos termos acima referidos, confere aos AA. o direito a haverem da R. o
sinal em dobro, acrescido dos juros legais, estes devidos desde a data da citação –
nesse sentido, vide Ac. STJ de 30.06.98 in CJSTJ, Ano VI, T2, página 145.
22
CASO DA AULA – PETIÇÃO INICIAL
PROVA:
PROVA TESTEMUNHAL:
1. João Manuel da Silva Marques, arquitecto, residente na Rua da Alegria, n.º 32,
Porto;
2. Rosa Maria Albuquerque Ramos, economista, residente na Rua da Damião de
Góis, n.º 101, Porto;
3. Gustavo Pereira de Sousa, designer, residente na Rua do Campo Alegre, n.º 1240,
Porto;
4. Benedita Magalhães Gonçalves, empresária, residente na Rua de Gondarém, n.º
217, Porto.
O ADVOGADO,
23
GRUPOS DE TRABALHO
GRUPOS DE TRABALHO
GRUPO 1 - Autor
GRUPO 2 - Réu
25
GRUPOS DE TRABALHO
GRUPO 3 - Autor
GRUPO 4 - Réu
26
APRESENTAÇÃO DOS FACTOS PARA O CASO A
SER ACOMPANHADO PELOS ALUNOS
CASO DOS ALUNOS – EXPOSIÇÃO DOS FACTOS
Esta empresa celebrou com a sociedade “Mega e Giga – Sistemas Informáticos, S.A.”,
que se dedica à concepção, desenvolvimento e implementação de soluções informáticas,
bases de dados e outras funcionalidades de desenvolvimento informático, um contrato
com o seguinte objecto:
a. Implementação de um software que permita a gestão dos fluxos de compra de
matéria-prima e de venda de mercadoria/produto final, acabado e a gestão do stock,
ou seja, da mercadoria/existências em armazém;
28
CASO DOS ALUNOS – EXPOSIÇÃO DOS FACTOS
29
CASO DOS ALUNOS – EXPOSIÇÃO DOS FACTOS
Em 4 de Outubro de 2010, a “Confecções Mil Fios, Lda.” enviou uma carta à sociedade
“Mega e Giga – Sistemas Informáticos, S.A.” reportando vários defeitos, entre os quais:
30
CASO DOS ALUNOS – EXPOSIÇÃO DOS FACTOS
A “Confecções Mil Fios, Lda.” comunicou à “Mega e Giga – Sistemas Informáticos, S.A.”,
em 25 de Outubro de 2011, a resolução do contrato e interpelou esta última a proceder à
devolução do preço pago.
A “Mega e Giga – Sistemas Informáticos, S.A.” nunca devolveu o dinheiro, pelo que a
“Confecções Mil Fios, Lda.” pretende reagir judicialmente.
31
EXEMPLO DE NOTA DE CITAÇÃO
33
TRAMITAÇÃO ELECTRÓNICA DOS
PROCESSOS – CITIUS
Regulamenta:
a transmissão electrónica de peças processuais;
35
CITIUS
QUAIS AS FUNCIONALIDADES?
Conhecer da distribuição;
36
CITIUS
Procedimentos cautelares;
Acções executivas cíveis e todos os incidentes que corram por apenso à execução;
Não se aplica a:
processos de promoção e protecção das crianças e jovens em perigo
pedido de indemnização cível ou processos de execução de natureza cível
deduzidos no âmbito do processo penal.
37
CITIUS
COMO SE PROCESSA?
no prazo de 5 dias após o envio dos formulários e ficheiros pelo CITIUS – art.º
5.º, n.º 6.
38
CITIUS
39
CITIUS
MAS
Não prejudica o dever de exibição das peças processuais e dos originais dos
documentos sempre que o juiz assim o exigir – art.º 3.º, n.º 2.
40
CITIUS
Taxa de justiça:
Assinatura electrónica:
Certificado de entrega:
41
CITIUS
VANTAGENS:
no prazo de 5 dias após o envio dos formulários e ficheiros pelo CITIUS – art.º
5.º, n.º 6.
42
CITIUS
DISTRIBUIÇÃO:
Se houver recusa da peça, a mesma é notificada por via electrónica – art.º 15.º-
A, n.º 2;
43
CITIUS
44
CITIUS
45
CITIUS
Nos casos em que o mandatário declare, nos formulários, que vai proceder ao
envio da notificação à contraparte, esse envio deve ser feito no prazo máximo
de 1 dia útil – art. 21º-B, n.º 6.
46
CITIUS
Excepção:
Quando o acto processual a notificar contenha documentos entregues em
suporte físico, deve ser disponibilizada cópia dos mesmos à contraparte, no
prazo máximo de 5 dias, por qualquer meio legalmente admissível para a
prática de actos processuais.
47
CITIUS
48
CITIUS
49
CITIUS
50
Este documento es meramente expositivo y debe ser interpretado conjuntamente con las explicaciones y, en su
caso, con el informe elaborado por Cuatrecasas, Gonçalves Pereira sobre esta cuestión
This document is merely a presentation and must be interpreted together with any explanations and opinions
drafted by Cuatrecasas, Gonçalves Pereira on this subject
Este documento é uma mera exposição, devendo ser interpretado em conjunto com as explicações e quando seja
o caso, com o relatório/parecer elaborada pela Cuatrecasas, Gonçalves Pereira sobre esta questão