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HO ME
Analisando
a sociedadet
moderna, Weber constata
que o quarto
tipo de ação se
torna o mais importante. Cada vez mais pessoas agem de modo intencional-
racional; mais e mais setores da sociedade são dominados por esse tipo de ação,
como a política, a economia, a cultura. O cálculo dos meios mais eficientes de
conduta para se atingirem os fins torna-se a regra da modernidade.
▾
As pessoas que compõem o Estado, a fim de que ele se torne limitado pelas leis,
transformam-se em burocratas. Não há qualquer juízo de valor negativo na
afirmação, t
talvez o contrário: a burocraciaé indispensável para
a dominação legal-
racional. Sua finalidade é adotar uma conduta intencional-racional dentro do Estado,
buscando os meios administrativos mais eficientes para o funcionamento estatal e a
implementação de políticas públicas.
1. Sujeição dos órgãos e dos funcionários a princípios gerais que delimitam esferas
de competência dentro das quais podem atuar;
2. Estrutura hierárquica dentro de cada órgão e entre os órgãos, respeitadas as
esferas de competência;
3. Gerenciamento do trabalho a partir de regras gerais que podem ser aprendidas
pelos subalternos e direcionam suas atuações;
4. Treinamento especializado dos funcionários conforme as regras gerais que
norteiam suas atividades;
5. Rotina full-time baseada na produção de documentos escritos que deixa um rastro
comprobatório da atividade desempenhada com eficiência e respeito aos limites da
competência.
Profecias atuais.
t
M di it d ã li it j t d l i Há id d d
Mas o direito moderno não se limita a um conjunto de leis. Há a necessidade de
órgãos e funcionários que interpretem e apliquem essas leis sem gerar instabilidade
ao sistema. De nada adiantaria a coerência e a completude das leis se os juízes as
interpretassem sem quaisquer critérios e decidissem os casos de modo aleatório e
arbitrário.
Assim, as decisões do Poder Judiciário devem seguir regras estritas não apenas
quanto a procedimentos, mas também quanto ao seu conteúdo. Em termos lógicos,
para a fidelidade ao sistema ser total, gerando um grau máximo de certeza e
segurança, a decisão deve ser fruto de um raciocínio dedutivo silogístico que
simplesmente opere a conversão da norma geral e abstrata que está na lei em uma
norma individual e concreta que estará na sentença.
O juiz torna-se a “boca da lei”, proferindo decisões sem colocar nelas suas
preferências pessoais, sem levar em conta as características pessoais dos
envolvidos, nem tratar o conflito de modo parcial. As leis são aplicadas a todos de
modo imparcial e impessoal, quase mecanicamente.
Adriano Ferreira
Possui graduação em Direito pela Universidade de São Paulo (1999), mestrado em Direito Político e
Econômico pela Universidade Presbiteriana Mackenzie (2004), mestrado em Letras (Teoria Literária
e Literatura Comparada) pela Universidade de São Paulo (2004), doutorado em Ciências Sociais
pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2012), doutorado em Literatura Brasileira pela Faculdade de
Filosofia, Letras e Ciências Humanas – USP (2010) e doutorado em direito pela Faculdade de Direito da USP
(2015). Atualmente é coordenador do núcleo temático de Teoria Geral do Direito da Escola Superior de
Advocacia da OAB - Seção SP, sócio fundador da empresa Conteúdo Legal e professor associado da
Universidade São Judas Tadeu. Estuda, na área de Ciência Política, a crise da democracia, o neoliberalismo e o
populismo. Realiza, também, estudos em Teoria Geral do Direito e em Sociologia das Profissões, com ênfase na
Advocacia Brasileira.
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Mikael Matos
abril 15, 2021 at 2:29 pm
Não sei t
o que mais me impressionou um estudante entusiasta
nesse artigo, como de primeiro período
na
f ld d d d b d d d f õ d
faculdade de direito, a objetividade das informações, sem os rodeios prosaicos que os juristas costumam
fazer em seus artigos, o que prejudica, algumas vezes, o entendimento das crianças (literalmente, só tenho
17 anos rsrs) que ingressam nesse campo, ou essa estupefata carreira acadêmica que o professor Adriano
tem, o que muito me motivou a continuar trilhando esse caminho. Agradeço aos envolvidos por compartilhar
tanto conhecimento.
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Adriano Ferreira
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