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1 O DIREITO COMO FENOMENO NORMATIVO

A necessidade e o fato social fizeram surgir a natureza imputativa da normatividade


social: um conjunto de estruturas de dever se que orientam o comportamento
humano. Do ângulo da normatividade social, a conduta humana pode figurar como
objeto de duas considerações: ténicas e éticas. As técnicas buscam disciplinar o
comportamento humano priorizando a realização de certos fins em detrimento dos
meios que são empregados pelo agente social, tendo em vista a otimização dos
resultados. Por sua vez, as éticas regulam a conduta humana de modo a preservar do
valor do justo, priorizando meios legitimos para realização de algo com uma proposta
finalidade. Normas de etiqueta são pautas que disciplinam apenas hábitos de polidez,
como normas para uso dos talheres no jantar, que ao seu descumprimento, configura
uma descortesia gerando uma sanção social de índule difusa. As normas morais são
valores regulados pela própia moral disciplinando aspectos éticos afim de assegurar o
equilíbrio e a coesão da sociedade. A falta de cumprimento configura imoralidade.
Normas jurídicas são chamadas de: Mínimo éico. Estabelecem padrões de conduta e os
valores indispensáveis para a sobrevivência de um dado grupo social. O
descumprimento de uma norma jurídica gera uma ilicitude, a mais grave forma de
infração social, quando comparada com a descortesia e a imoralidade. A moral
manifesta se como instância normativamente ética de natureza autônoma, interior,
unilateral e menos coercitiva do que o direito, tutelada por um conjunto de punições
aplicadas pela opinião pública. O direito se manifesta como instância naturalmente
ética de natureza heteronôma, exterior, bilateral e mais coercitiva do que os padrões
de moralidade social, protegida por um complexo institucional de sanções organizadas
e aplicadas pelo estado. O dever jurídico pode ser exigido institucionalmente, por meio
da instauração de um processo administrativo ou jurisdicional, quando se propõe ação,
o que ocorre, por exemplo quando o credor promove execução judicial de uma dívida
assumida pelo devedor. As sanções impostas pelas normais morais são difusas,
enquanto as jurídicas são organizadas. A validade normativa é verificada por meio da
correspondência vertical de uma norma jurídica inferior com uma superior. A título
exemplificativo, pode se dizer que não seria válida uma legislação produzida pela
Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo que previsse a adoção de pena de morte
no Brasil, pois o conteúdo da norma inferior violaria a da superior. A vigência expressa
o tempo de validade da norma sendo determinada quando o término da validade da
norma jurídica é vista antecipadamente, como em leis orçamentarias anuais. A
incidência se entende pelo nexo entre publicação e início da vigência da norma, sendo
incidência mediata cujo início de vigência ocorre em sua publicação, e mediata, que
ocorre após a data de publicação, prevendo um lapso temporal de vacancia normativa
que é conhecida por vacatio legis. O vigor se traduz na impossibilidade de os sujeitos
de direito subtraírem se ao imperio dos seus efeitos jurídicos. Quanto a classificação
das normas jurídicas que pertencem: Sistema jurídico; fonte de produção; âmbitos de
validade; hierarquia; sanção; vontade dos sujeitos de direito; grau de sistematização
legal; relação das normas entre si; eficácia técnico jurídica ou aplicabilidade; e
estrutura deôntica. Ao sistema, pode ser diferenciada entre nacional e estrangeira, que
é fora do ordenamento jurídico de determinado Estado sobernao, no âmbito da
comunidade internacional. A fontde de produção se divide em legislativa que são as
leis, costumeira que são as praticas que se repetem e judicial que é a jurisprudência.
Nos âmbitos de validade temos espaço, tempo, alcance de destinatário e conteúdo. Na
validade temporal convém examinar as diferenças entre normas determinadas e
indeterminadas, imediatas e mediatas e irretroativas e retroativas. Na validade pessoal
cumpre diferenciar normas genéricas de individuais, na material tange ser
diferenciadas normas de direito público das de norma de direito privado.

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