1 - No dia 02 de setembro de 2022 Joana comprou uma geladeira usada de sua vizinha

Rafaela. Tão logo recebeu a geladeira, ainda no dia 02 de setembro, tratou de convidar
os seus familiares para um churrasco que ocorreria em sua casa no final de semana.
Joana deixou o congelador repleto de cervejas para o churrasco, mas para a sua
decepção o congelador não estava refrigerando. Analise o caso.
O caso em questão representa um vício de fácil constatação, sendo assim, o prazo
decadencial se iniciaria no dia 2 de setembro e Joana teria apenas 30 (trinta) dias para pugnar
pelo abatimento proporcional entre o vício constatado e o valor pago no bem em questão ou
para a resolução do contrato. Podendo ainda tentar alegar a má-fé da vizinha para obter a
restituição por perdas e danos, visto que o vício era de fácil de constatação.

2 - Climério alugou o carro de José em janeiro deste ano e permaneceu renovando o contrato
de locação até o mês de agosto. No dia 15 do mês de agosto de 2022 ele resolveu fazer uma
proposta de comprar o carro que estava locando. Com o negócio fechado, no dia 16 de agosto
a transferência do documento do carro foi realizada. Em 20 de setembro Climério informou a
José que o limpador de para-brisas não estava funcionando. Analise o caso.

Climério estava alugando o carro desde janeiro de 2022, entretanto apenas realizou a
proposta pelo veículo no dia 16 de agosto, sendo assim, a partir dessa data que iniciará a
contagem do prazo decadencial, acontece que, por Climério já estava na posse do bem e por
se tratar de um vício de fácil constatação, o que reduz o prazo decadencial pela metade, esse
que era de 30 (trinta) passa a ser de 15 (quinze) dias, sendo assim, ele teria o prazo máximo
até a data de 31 de agosto para informar a José sobre o referido problema.

3 - Janaína comprou de Salete um apartamento situado no Bairro Recreio. Um mês depois da

compra ela recebeu a visita de amigos que lá ficaram hospedados. Quando o casal visitante
ligou o chuveiro do banheiro de visitas, toda a energia da casa caiu. Analise a situação.

Janaína poderia pugnar pela responsabilização de Salete, visto que havia se passado
apenas 1 (um) mês da compra e se tratava de um vício de fácil constatação um bem imóvel, o
que caracteriza o prazo decadencial como de 1 ano.

4 - Depois de morar 06 meses de aluguel no apartamento de Téo, Caio (que era inquilino)
comprou o referido apartamento, no qual já morava. Já como proprietário do imóvel, Caio
resolveu cobrar de Téo que providenciasse exterminar os cupins que estavam infestando o
forro desde a época em que ele era apenas um inquilino. Analise a situação.

Analisando o caso, chega-se facilmente a conclusão de que se trata de um vício no bem

imóvel que Téo já possui conhecimento, não havendo que se falar em difícil constatação.
Deste modo se aplica redução de prazos em virtude da posse anterior na qual possuirá o prazo
de 6 meses para a reclamação. Téo tem o direito de pugnar pelo abatimento proporcional
entre o vício constatado e o valor pago no bem em questão ou para a resolução do contrato.

5 - Ronaldo comprou de Marcelo um carro. Três meses após a compra, Ronaldo fez uma
viagem na qual teve oportunidade de imprimir uma velocidade de 140 km/h. Quando o
velocímetro alcançou a velocidade, o carro apagou o motor e capotou. Ronaldo passa bem e
deseja responsabilizar Marcelo. Analise a situação.
 Tendo em vista o vício de difícil constatação, vista que é incomum o tráfego de veículos
automotores na velocidade apresentada no caso, Ronaldo estaria no seu direito de pugnar
pelo abatimento proporcional entre o vício constatado e o valor pago no bem em questão ou
para a resolução do contrato, isto pois em situações como as citadas – vício ocultos em bem
móveis- o prazo decadencial é de 180 dias (em média 6 meses).

6 - Ênio vendeu para Danilo uma casa em janeiro do ano passado. Quando a estação das
chuvas chegou em novembro do ano passado, todos os esgotos da casa não suportaram a
água e começaram a transbordar. Como já estamos novamente no mês de novembro deste
ano e se aproxima o período das chuvas, Danilo quer ver o problema resolvido. Analise a
situação.

Tratando-se de vício oculto de difícil constatação em bem imóvel, o prazo decadencial

é de 1 ano contado do momento em que o vício foi conhecido, entretanto no caso em questão
Danilo procurou Ênio no mesmo mês do ano após a descoberta, sendo assim, após ter passado
um lapso temporal superior ao determinado, Ênio não tem responsabilidade pelos vícios.