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CONTENCIOSO TRIBUTÁRIO NA PRÁTICA

Estratégias processuais

Profa. Dra. Mary Elbe Queiroz


maryelbe@queirozadv.com.br
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FONTES ATOS LEGAIS
 Constituição Federal/1988
 Código Tributário Nacional
 Processo Administrativo Tributário Federal

 Decreto nº 70.235/72 e Decreto 7.574/11


 Lei 11.941/2009 (MP 449/2008)
 Lei 9.784/1999
 Leis dos Estados e Municípios
 Lei das Execuções Fiscais
 CPC 2015
2
FENÔMENO DA INCIDÊNCIA TRIBUTÁRIA

NORMA TRIBUTÁRIA

LINGUAGEM LANÇAMENTO
FG

DEFESA
DECLARAÇÃO
EVENTOS
JULGAMENTO
PAGAMENTO
 EXTINÇÃO
 PAGAMENTO
 EXTINÇÃO  CDA -EXECUÇÃO
 EXECUÇÃO 3
OUTRAS RELAÇÕES FISCO x CONTRIBUINTE

NORMA TRIBUTÁRIA
SOLUÇÃO
DÚVIDA CONSUTA
CONSULTA

FAVORÁVEL
PEDIDO
RESTITUIÇÃO
EVENTOS
COMPENSAÇÃO
DESFAVORÁVEL?

DEFERE
INDEFERE MEDIDA
JUDICIAL
MEDIDA ADMINISTRATIVA
MEDIDA JUDICIAL 4
Os contribuintes e o....

Foco da fiscalização

PLANO ANUAL DA FISCALIZAÇÃO


2017

https://idg.receita.fazenda.gov.br/dados/resultados/fiscalizacao/arquivos-e-
imagens/plano-anual-de-fiscalizacao-2017-e-resultados-2016.pdf
EXPECTATIVA DE AUTUAÇÕES 2017
R$ 143 BILHÕES
FOCO FISCALIZAÇÕES 2017
PRINCIPAIS OPERAÇÕES
 1. Planejamentos tributários vinculados a eventos
de reorganização societária com geração de
ativos amortizáveis
 2. Planejamento tributário envolvendo fundos de
investimentos em participações
 3. Tributação de resultados auferidos em
controladas e coligadas no exterior
 4. Sonegação envolvendo distribuição isenta de
lucros
 5. Evasão nos setores de cigarros, bebidas e
combustíveis
 6. Planejamento tributário envolvendo direitos de
imagem de profissionais
 7. Omissão no recolhimento de contribuição
previdenciária – 6 grandes operações
FOCO FISCALIZAÇÕES 2017
PRINCIPAIS OPERAÇÕES
 8. Sonegação previdenciária por registro indevido
de opção pelo Simples Nacional
 9. Sonegação de PJ com Desoneração da folha de
pagamento
 10. Compensação previdenciária com créditos
inexistentes
 11. Falta de recolhimento de carnê-leão por
profissionais liberais
 Omissão de receitas com base em NF-e (2.338 PJ
selecionadas – estimado R$ 1 bi de sonegação)
 Omissão de receitas ou rendimentos - indícios de
movimentação financeira incompatível
 Lançamento automático parâmetro Dirf x Darf
LITÍGIO TRIBUTÁRIO
9
PROCESSO TRIBUTÁRIO
 PROCESSO ADMINISTRATIVO

 PROCESSO JUDICIAL

LIDE

PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS –
ART. 5º - LIV, LV
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PROCESSO ADMINISTRATIVO

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IMPORTÂNCIA PAT - CRIME
Súmula vinculante STF nº 29 – 02.12.2009
 Não se tipifica crime material contra a ordem
tributária, previsto no artigo 1º, inciso I, da Lei
nº 8.137/90, antes do lançamento definitivo do
tributo

 HC 91725
 EMENTA: CRIME TRIBUTÁRIO. PENDÊNCIA DE
PROCESSO ADMINISTRATIVO. AUSÊNCIA DE
CONSTITUIÇÃO DEFINITIVA DO CRÉDITO
TRIBUTÁRIO. FALTA DE JUSTA CAUSA PARA A AÇÃO
PENAL. A sonegação fiscal, sendo crime material,
somente se consuma com a constituição definitiva
do crédito tributário. Demonstrada, no caso, a
existência de processo administrativo tributário
pendente de decisão definitiva, não há justa a causa
à ação penal. Ordem concedida. 12
PRINCÍPIOS INFORMADORES

CF/Art. Art. 5º, II - "Ninguém será obrigado a fazer ou


deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei” -
LEGALIDADE: (formal – material - proporcionalidade)

Art. 5º, LIV - ninguém será privado da liberdade ou de


seus bens sem o DEVIDO PROCESSO LEGAL;

Art. 5º, LV - aos litigantes, em processo judicial ou


administrativo, e aos acusados em geral são
assegurados o CONTRADITÓRIO E AMPLA
DEFESA, com os meios e recursos a ela inerentes;
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PRINCÍPIOS INFORMADORES

XXXV - a lei não excluirá da apreciação do poder judiciário


lesão ou ameaça a direito (una jurisdctio).

LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por


meios ilícitos;

LXXVIII - a todos, no âmbito judicial e administrativo,


são assegurados a razoável duração do processo e os
meios que garantam a celeridade de sua tramitação.
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

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PRINCÍPIOS INFORMADORES

CF art. 37:
A administração pública direta e indireta de
qualquer dos Poderes da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá
aos
princípios de legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência.

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PRINCÍPIOS INFORMADORES
LEI 9.784:
 EFICIÊNCIA
 MORALIDADE
FINALIDADE

MOTIVAÇÃO
RAZOABILIDADE
PROPORCIONALIDADE
INTERESSE PÚBLICO?????
VERDADE MATERIAL - MATERIALIDADE
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VERDADE MATERIAL
 CSRF/03-04.371 – Sessão: 16/05/2005
 PROCESSO ADMINISTRATIVO TRIBUTÁRIO – PROVA
MATERIAL APRESENTADA EM SEGUNDA INSTÂNCIA
DE JULGAMENTO – PRINCÍPIO DA
INSTRUMENTALIDADE PROCESSUAL E A BUSCA DA
VERDADE MATERIAL - A não apreciação de provas
trazidas aos autos depois da impugnação e já na fase
recursal, antes da decisão final administrativa, fere o
princípio da instrumentalidade processual prevista no
CPC e a busca da VERDADE MATERIAL, que norteia o
contencioso administrativo tributário.
 "No processo administrativo predomina o princípio da
VERDADE MATERIAL no sentido de que aí se busca
descobrir se realmente ocorreu ou não o fato gerador,
pois o que está em jogo é a legalidade da tributação.
O importante é saber se o fato gerador ocorreu e se a
obrigação teve seu nascimento".

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VERDADE MATERIAL
 Acórdão: 1401-001.856 – 19.05.2017
Imposto sobre a Renda de Pessoa Jurídica - IRPJ
 Ano-calendário: 2003, 2004
 PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL. BUSCA
DA VERDADE MATERIAL. LEGALIDADE.
MOMENTO DA INSTAURAÇÃO DO
CONTRADITÓRIO. Em regra, os fundamentos
de defesa, assim como o pedido de diligência e
as provas documentais, devem ser
apresentados por ocasião da impugnação,
precluindo o direito de o contribuinte fazê-lo
em outro momento
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VERDADE MATERIAL
RETROATIVIDADE BENIGNA
 Contribuições Sociais Previdenciárias - 09/2005 a 312/2006
 SUJEIÇÃO PASSIVA. PRIMAZIA DA REALIDADE.
O Fisco está autorizado a descaracterizar a relação
formal existente, com base nos arts. 142 e 149, VII, do
CTN, e considerar, para efeitos do lançamento fiscal, quem
efetivamente possui relação pessoal e direta com a
situação que constitui o fato gerador, identificando
corretamente o sujeito passivo da relação jurídica
tributária. Constatação de que os serviços foram prestados
com exclusividade pelos sócios gerentes das pessoas
jurídicas. Prevalência da verdade na relação contratual e
aplicação do art. 12, I, da Lei 8.212/91.
.

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VERDADE MATERIAL
RETROATIVIDADE BENIGNA
 . MULTA OBRIGAÇÃO PRINCIPAL. RETROATIVIDADE
BENIGNA. CRITÉRIO. FATOS GERADORES NÃO
DECLARADOS EM GFIP.
 Aos processos de lançamento fiscal dos fatos geradores
ocorridos antes da vigência da MP nº 449/2008,
convertida na Lei nº 11.941/2009, e não declarados
em GFIP, aplica-se a MULTA MAIS BENÉFICA, obtida
pela comparação do resultado entre a soma da multa
vigente à época da ocorrência dos fatos geradores
(obrigação principal) e da multa por falta de declaração em
GFIP vigente à época da materialização da infração
(obrigação acessória), com a multa de ofício (75%)
prevista no artigo 35-A, da Lei nº 8.212/1991.
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LANÇAMENTO TRIBUTÁRIO – ART. 142 CTN

INÍCIO: PROCEDIMENTO DE FISCALIZAÇÃO


 LEI 6.104/2007 (MPF)
 Portaria 1687/2014

 I – Termo de Distribuição de Procedimento Fiscal


de Fiscalização (TDPF-F) - instaura procedimento
de fiscalização;
– PERDA DA ESPONTANEIDADE – art. 138 CTN

 II – Termo de Distribuição de Procedimento


Fiscal de Diligência (TDPF-D) -realização de
diligência;

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DEVER-PODER DE LANÇAR
 CF – Art. 145, § 1: poder de aferir capacidade
contributiva – limite: direitos e garantias

CTN - Art. 142. Compete privativamente à autoridade


administrativa constituir o crédito tributário pelo
lançamento, assim entendido o procedimento
administrativo tendente a verificar a ocorrência do fato
gerador da obrigação correspondente, determinar a
matéria tributável, calcular o montante do tributo devido,
identificar o sujeito passivo e, sendo caso, propor a
aplicação da penalidade cabível.
Parágrafo único. A atividade administrativa de
lançamento é vinculada e obrigatória, sob pena de
responsabilidade funcional.

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PROCEDIMENTO FISCAL
● Atividade vinculada à lei: executoriedade
● Fiscalização/ Investigação: inquisitoriedade,
oficialidade, repressão (art 145 CF e 142 e 195 CTN)
● Aplicação lei – imediatidade - interpreta fatos/norma;
identifica infração e dá enquadramento; aplica sanção
● Discricionariedade???: Sp a fiscalizar; meios e
procedimentos; colheita de provas; liberdade de
investigação e utilização das informações colhidas;
● Faz opções: presunções legais; arbitramento;
atenuantes e agravantes sanção; descumprimento
obrigação acessória ou principal (estimativa);
postergação; compensação
● Expede norma individual concreta:
Lançamento: tributo e penalidade
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VÍCIOS NO LANÇAMENTO
DEFESA – NULIDADE AI
 Desatenção ao procedimento legal previsto que
antecede o lançamento
 Desatenção aos requisitos do art. 10 e 11 do
Decreto nº 70.235/72;
 Autoridade incompetente
 Fatos não comprovados
 Norma legal não autoriza o lançamento
 Indicação e juntada das provas
 MOTIVAÇÃO

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ALTERAÇÃO DOS MOTIVOS DO
LANÇAMENTO

 Acórdão 201-77698
Sessão :17/06/2004
 PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL.
MOTIVAÇÃO. É vedado ao julgador alterar
a motivação original do auto de infração,
em face da vinculação do ato
administrativo aos motivos expostos pelo
agente que o praticou.

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VALIDADE DOS ATOS:
lançamento e decisão
1. Obediência às normas que estabelecem regras (formas
procedimentais) para: produção, expedição
2. Observância da legalidade:
● formal – exteriorização do ato, observância dos
procedimentos
● material – conteúdo do ato - PROVA
● proporcionalidade e razoabilidade
3. Autoridade competente
4. Fundamento em norma superior
5. Ato administrativo: presunção de legitimidade RELATIVA

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A CONSTITUIÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO
DE OFÍCIO
 PROCEDIMENTO FISCAL
 Início exclui espontaneidade - 60 dias
 Investigação – colheita de provas - instrução -
 Organização e preparo
LANÇAMENTO
 Decadência/prescrição
 CIÊNCIA
 REVELIA
 IMPUGNAÇÃO (LITÍGIO)

INSTAURADO O CONTENCIOSO

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FASES DO PROCESSO
ADMINISTRATIVO-TRIBUTÁRIO
IMPUGNAÇÃO – nasce o litígio - contraditório
JULGAMENTO

● 1ª instância – DRJ – colegiado (RFB)

● 2ª instância: CARF (MF) - CONSELHO


ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS

● Instância especial – CARF - CSRF - Câmara


Superior de Recursos Fiscais

● PLENO da CSRF - Súmulas

 DEFINITIVIDADE DAS DECISÕES – arts 42 a 45 Dec


70235
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RECURSOS INSTÂNCIAS SUPERIORES
CARF – Câmaras e turmas ordinárias

 RECURSO VOLUNTÁRIO - SP
 REEXAME NECESSÁRIO (RECURSO EX OFFICIO) - DRJ

CARF – Câmara Superior de Recursos Fiscais

 RECURSO ESPECIAL – SP e PFN

CARF - PLENO

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ÔNUS DA PROVA
lançamento – autoridade fiscal
 Decreto nº 70.235/72

 Art. 9o A exigência do crédito tributário e


a aplicação de penalidade isolada serão
formalizados em autos de infração ou
notificações de lançamento, distintos para
cada tributo ou penalidade, os quais
deverão estar instruídos com todos os
termos, depoimentos, laudos e demais
elementos de prova indispensáveis à
comprovação do ilícito.

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ÔNUS DA PROVA – RIR/99
 Art. 923. A escrituração mantida com observância das
disposições legais faz prova a favor do contribuinte
dos fatos nela registrados e comprovados por
documentos hábeis, segundo sua natureza, ou assim
definidos em preceitos legais (DL 1598/77, art. 9º, §1º

 Art. 924. Cabe à autoridade administrativa a


prova da inveracidade dos fatos registrados
com observância do disposto no artigo anterior
(DL 1598/77, art. 9º, § 2º).
 Art. 925. O disposto no artigo anterior não se aplica
aos casos em que a lei, por disposição especial, atribua
ao contribuinte o ônus da prova de fatos registrados
na sua escrituração (DL 1.598, de 1977, art. 9º, § 3º).

31
ÔNUS DA PROVA – DECRETO 7.574/2011
 Art. 24. São hábeis para comprovar a verdade dos
fatos todos os meios de prova admitidos em direito
(Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973, art. 332).

 Parágrafo único. São inadmissíveis no processo


administrativo as provas obtidas por meios ilícitos
(Lei no 9.784, de 29 de janeiro de 1999, art. 30).

 Art. 25. Os autos de infração ou as notificações de


lançamento deverão estar instruídos com todos os
termos, depoimentos, laudos e demais elementos
de prova indispensáveis à comprovação do ilícito
(Decreto no 70.235, de 1972, art. 9o, com a
redação dada pela Lei no 11.941, de 2009, art. 25).
32
ÔNUS DA PROVA – DECRETO 7.574/2011
 Art. 26. A escrituração mantida com
observância das disposições legais faz prova a
favor do sujeito passivo dos fatos nela
registrados e comprovados por documentos
hábeis, segundo sua natureza, ou assim
definidos em preceitos legais (Decreto-Lei no
1.598, de 26 de dezembro de 1977, art. 9o, §
1o).

 Parágrafo único. Cabe à autoridade fiscal a


prova da inveracidade dos fatos registrados
com observância do disposto no caput
(Decreto-Lei no 1.598, de 1977)

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ÔNUS DA PROVA – CPC/15
 Art.
373. O ônus da prova
incumbe:

I- ao autor, quanto ao fato


constitutivo de seu direito;

 II- ao réu, quanto à existência de


fato impeditivo, modificativo ou
extintivo do direito do autor.
RESPONSABILIDADE ADMINISTRADORES

 REsp 1116424- 16/09/2009


 PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. RECURSO ESPECIAL.
EXECUÇÃO FISCAL. REDIRECIONAMENTO AO SÓCIO-
GERENTE. INDÍCIO DE DISSOLUÇÃO IRREGULAR.
 2. Acórdão recorrido que afastou a possibilidade de
redirecionamento da execução fiscal, aos argumentos de
que:
 (i) para que fique configurada a responsabilidade do
sócio-gerente pelos débitos fiscais da empresa, a Fazenda
deve COMPROVAR a ocorrência das hipóteses do artigo
135, III do CTN;
 (ii) o simples não pagamento do tributo não faz presumir
a responsabilidade do sócio-gerente da sociedade
executada; e
 (iii) a inclusão do nome do sócio na CDA apenas gera presunção
de veracidade se houver processo administrativo prévio, de sorte
que, não havendo tal procedimento, não há inversão do ônus da
prova para fins de redirecionamento da execução fiscal.
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CIÊNCIA REGULAR DO LANÇAMENTO

A intimação do ato de lançamento, pelo sujeito


passivo, é ato indispensável à perfectibilidade do
lançamento:
 considera-se consumado após a ciência,
 fim fluência do prazo decadencial.
 não se inicia prescrição

O lançamento tributário somente estará completo e


perfeito com a REGULAR ciência ou intimação do
sujeito passivo (contribuinte ou responsável) .

INTIMAÇÃO POR MEIO DO E-CAC


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DEFESA
 Acórdão: 9303-004.838 - 19/05/2017
Data do fato gerador: 15/03/2002
 COMPENSAÇÃO. PROVA DO DIREITO ALEGADO.
 Compete ao interessado, em manifestação de
inconformidade contra despacho decisório que
indefira compensação declarada por compatibilidade
entre a DCTF e o valor recolhido, primeiro, mostrar
que a DCTF original estava mesmo errada,
retificando-a; segundo, apontar a motivação jurídica
dessa retificação; terceiro, juntar documentos que
embasem tal alegação. Satisfeitos tais requisitos,
não se pode continuar a negar o direito pela simples
inexistência de indébito apurada entre a DCTF
original e o recolhimento.
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PRAZO PARA DECIDIR

LEI 11.457/2007 – SUPER-RECEITA:

Art. 24. É obrigatório que seja proferida decisão


administrativa no prazo máximo de 360 dias a
contar do protocolo de petições, defesas ou recursos
administrativos do contribuinte.

prazo impróprio pois não estabelece sanção?????

É OBRIGATÓRIO O CUMPRIMENTO???

LEI 9.784/1999 – 30 dias para decidir


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PRAZO PARA DECIDIR
 - AgRg no RESP 1.400.909
 CRÉDITO PRESUMIDO DE IPI. CORREÇÃO MONETÁRIA.
TERMO INICIAL.
 1. O aproveitamento de créditos escriturais só dá ensejo à
correção monetária quando obstaculizado injustamente pelo
Fisco, como na hipótese dos autos. Nesse sentido se põe o
enunciado da Súmula 411/STJ: "É devida a correção
monetária ao creditamento do IPI quando há oposição ao
seu aproveitamento decorrente de resistência ilegítima do
Fisco".
 2. Quando houver obstáculo por parte do Fisco, o crédito
será corrigido pela Taxa SELIC, que deve incidir a partir do
término do prazo de que dispõe a Administração Pública para
apreciar o pedido do contribuinte. A Lei nº 11.457/2007
estabeleceu o prazo de 360 dias para a Administração
Pública apreciar o pedido administrativo (art. 24). Nesse
sentido: REsp nº 1.138.206/RS, submetido ao rito do art.
543-C do CPC. 39
PRAZO PARA DECIDIR
 3. Embora a Lei nº 11.457/07 (com vigência a partir de
02.05.2007) não se aplique ao caso dos autos, tendo em
vista que o processo administrativo já estava
tramitando por anos antes da sua vigência, desde
05.11.1998 (data do protocolo do pedido), o critério
adotado pela nova legislação deve servir como
parâmetro, em ordem a evitar a demora na análise do
processo administrativo (princípio da eficiência).
 4. O acórdão recorrido reformou em parte a sentença
que determinava a incidência da Taxa SELIC a contar da
data do protocolo administrativo (05.11.1998), para
fixá-la a partir da data da primeira decisão no processo
administrativo referente aos créditos postulados
(11.11.1999).
40
PRAZO PARA DECIDIR

 5. O parâmetro adotado é razoável e não


merece censura por esta Corte. Considerando
que a correção monetária ao creditamento do
IPI só é devida quando caracterizada a
oposição ao seu aproveitamento decorrente de
resistência ilegítima do Fisco, tal objeção não
pode ser tida como caracterizada a partir da
data do protocolo administrativo, como
pretende a agravante, e sim a partir da primeira
resposta negativa ao pedido do contribuinte.
 6. Agravo regimental desprovido.

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NULIDADES – VÍCIOS INSANÁVEIS
Questões prejudiciais e de ordem pública –
reconhecimento ofício
Questões prévias ao julgamento:
• Competência
• Erro na identificação do sujeito passivo
(responsabilidade, redirecionamento)
• Falta ou erro de enquadramento legal (arbitramento)
• Matérias de ordem pública - ex: decadência,
intempestividade, coisa julgada, ilegitimidade etc
• Erro na apuração da base de cálculo
● Lançamento a maior – reduz benefício à defesa
● Lançamento a menor- não poderá lançar (agravar
42
SÚMULAS CARF

 SÚMULA Nº 1 do CARF: Importa renúncia


às instâncias administrativas a propositura
pelo sujeito passivo de ação judicial por
qualquer modalidade processual, antes ou depois
do lançamento de ofício, com o mesmo objeto
do processo administrativo, sendo cabível apenas
a apreciação, pelo órgão de julgamento
administrativo, de matéria distinta da constante
do processo judicial.

 SÚMULA Nº 2 do CARF: O CARF não é


competente para se pronunciar sobre a
inconstitucionalidade de lei tributária.
43
SÚMULAS CARF
 SÚMULA Nº 12 do CARF: É nula, por vício
formal, a notificação de lançamento que não
contenha a identificação da autoridade que a
expediu.
 SÚMULA Nº 16 do CARF: É nulo o ato
declaratório de exclusão do Simples que se
limite a consignar a existência de pendências
perante a Dívida Ativa da União ou do INSS,
sem a indicação dos débitos inscritos cuja
exigibilidade não esteja suspensa.
 SÚMULA Nº 25 do CARF: A simples apuração
de omissão de receita ou de rendimentos, por
si só, não autoriza a qualificação da multa de
ofício, sendo necessária a comprovação do
evidente intuito de fraude do sujeito passivo.
44
PROCESSOS JUDICIAIS

45
NOVO CPC E PROCESSO TRIBUTÁRIO
 PROCESSO ADMINISTRATIVO

 CPC - Art. 15. Na AUSÊNCIA de normas que


regulem processos eleitorais, trabalhistas ou
ADMINISTRATIVOS, as disposições deste Código
lhes serão aplicadas SUPLETIVA E
SUBSIDIARIAMENTE.

– SUPLETIVA: complementar – dúvida na lei


específica, sem omissão

– SUBSIDIÁRIA: na lacuna ou claros da lei


46
NOVO CPC E PROCESSO TRIBUTÁRIO
 EXECUÇÃO FISCAL:
– LEI 6.830/90 - Art. 1º - A execução judicial para
cobrança da Dívida Ativa da União, dos Estados, do
Distrito Federal, dos Municípios e respectivas
autarquias será regida por esta Lei e,
subsidiariamente, pelo Código de Processo Civil

 INCIDENTE DE DESCONSIDERAÇÃO = IDPJ


 Art. 133. O incidente de desconsideração da
personalidade jurídica será instaurado a pedido da
parte ou do Ministério Público, quando lhe couber
intervir no processo.
 § 1o O pedido de desconsideração da personalidade
jurídica observará os pressupostos previstos em lei.
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MEDIDAS CONTRIBUINTE CONTRA O FISCO

 MANDADO DE SEGURANÇA
– LIMINAR ou TUTELA PROVSÓRIA
 AÇÃO ANULATÓRIA DE DÉBITO
 AÇÃO DE REPETIÇÃO DE INDÉBITO
 AÇÃO PARA RECONHECIMENTO DE DIREITO
(compensação, restituição, ressarcimento)
 AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO
 AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE
 INCIDENTE DE DESCONSIDERAÇÃO – Art. 133
 GARANTIA DE JUÍZO
 Tutela
 Embargos para esclarecer - Agravos
 ÔNUS SUCUMBÊNCIA
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FAZENDA CONTRA CONTRIBUINTE

 EXECUÇÃO FISCAL
– Inscrição em Dívida Ativa – CDA
– Penhora
– DEFESA CONTRIBUINTE
 Exceção de pré-executividade
 Embargos do devedor
 MEDIDA CAUTELAR FISCAL Fiscal - Lei nº
8.397/1992
 REPRESENTAÇÃO FISCAL PARA FINS PENAIS
– CRIME TRIBUTÁRIO
49
EXECUÇÃO FISCAL

EPE - EXCEÇÃO
PRÉ-EXECUTIVIDADE
EXECUÇÃO
FISCAL
ED - EMBARGOS DO
DEVEDOR

50
EXECUÇÃO FISCAL
SENTENÇA
PROCEDÊNCIA JULGAMENTO 2º
Extingue EF

EPE
Súmula 393 STJ
Art. 803 CPC JULGAMENTO 2º

AGRAVO
IMPROCEDÊNCIA INSTRUMENTP
OU PARCIAL 1015 CPC

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EXECUÇÃO FISCAL
EXECUÇÃO
FISCAL

GARANTIA JUÍZO
Exceções Juris

EMBARGOS
EXECUÇÃO
LEI 6.830/90 Julgamento antecipado JULGAMENTO 2º

IMPUGNAÇÃO PRODUÇÃO
SENTENÇA
FN PROVAS

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OBRIGADA

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MARY ELBE QUEIROZ - maryelbe@queirozadv.com.br
www.queirozadv.com.br
 Advogada – Sócia de QUEIROZ ADVOGADOS ASSOCIADOS
 Pós–Doutoramento em Direito Tributário. Faculdade de Direito – Universidade de
Lisboa – PT
 Doutora em Direito Tributário (PUC/SP) e Mestre em Direito Público (UFPE).
 Pós-Graduação em Direito Tributário – Universidade de Salamanca - Espanha e
Universidade Austral - Argentina.
 Presidente do IPET - Recife/PE.
 Membro Titular Imortal da Academia Brasileira de Ciências Econômicas, Políticas e
Sociais - ANE.
 Membro do Conselho Superior de Assuntos Jurídicos e Legislativos da FIESP –
CONJUR.
 Membro da Comissão Permanente de Revisão e Simplificação da Legislação
Tributária do Estado de Minas Gerais.
 Membro da Comissão de Juristas criada pelo Senado para Estudos
Desburocratização.
 Coordenadora do curso de pós-graduação do IBET/SP – Recife-PE.
 Professora de cursos de pós-graduação: IBET/SP, IDP-DF..
 Autora dos livros: Planejamento tributário. Imposto sobre a Renda e Proventos de
Qualquer Natureza. Do Lançamento Tributário – Execução e Controle. Tributação das
Pessoas Jurídicas – Comentários ao Regulamento do Imposto de Renda/1994.
 Autora de artigos publicados em revistas e livros e palestrante em vários
congressos e seminários no Brasil e exterior.

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