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Sinopse Tributária

2018-2019

29/11/2018
Temas e Decisões de Interesse no Âmbito da Receita
Federal e do Processo Administrativo Fiscal - 2018

João Marcos Colussi


Ana Paula Lui
Medidas de
constrição e a
última barreira fiscal
2015 - O ano da virada

No Sinopse tributária de 2015 elencamos várias medidas de constrição que estavam


surgindo, como prenúncio de um período de forte pressão fiscal.

• Inclusão de pessoas físicas como responsáveis tributários solidários pelo crédito


tributário;
• Processos de arrolamento de bens, propositura de Medidas Cautelares Fiscais;
• A instituição das cobranças administrativas especiais (exigências superiores a 10
milhões);
• A criação de equipes para monitoramento de patrimônio, inclusive em âmbito
internacional
• A inclusão de terceiros (Bancos e Escritórios de Advocacia)

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2017 - Da intuição à constatação !

• A comparação entre a curva representando o resultado primário das contas públicas –


diferença entre as receitas primárias e as despesas primárias – e o resultado dos
julgamentos no CARF, em especial na CSRF, que, em última instância, define o destino
de grande parte dos R$ 600 bilhões objeto do contencioso administrativo tributário em
âmbito federal.

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Ainda 2017 - A Representação fiscal para fins Penais

Sempre que, no exercício de suas atribuições, o auditor-fiscal da Receita Federal do


Brasil (RFB) identificar atos e fatos que, em tese, podem configurar crime
contra a ordem tributária ou contra a Previdência Social, deve formalizar
representação fiscal para fins penais perante o delegado ou inspetor-chefe da RFB
responsável pelo controle do processo administrativo fiscal.

Após proferida decisão final, na esfera administrativa, sobre a exigência fiscal do


crédito tributário correspondente, a representação fiscal para fins penais é
encaminhada ao Ministério Público, que poderá então, caso assim entenda,
oferecer denúncia e dar início à ação penal.

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Ordem de grandeza – 25% das fiscalizações encerradas em 2007

No ano de 2017, foram lavradas cerca de 2.500 representações fiscais para fins
penais, número que equivale a 25% de todos os processos de fiscalização federal
encerrados naquele ano.

A constatação de que praticamente um quarto de todos os autos de infração


cuja lavratura se encerrou em 2017 resultou em representações fiscais para
fins penais é certamente um reflexo do aumento do número de autuações com a
imposição de multa agravada e um relevante elemento sinalizador da politica
adotada pela SRF.

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Projeto de Lei do Senado n.º 423

A novidade é que, não mais satisfeita com as constrições na esfera patrimonial dos
contribuintes, a União tem lançado mão de outros instrumentos de pressão
arrecadatória, como a constrição do direito de ir e vir, sem que haja a devida
preocupação com os limites e as garantias constitucionais.

Nesse contexto é que se insere o Projeto de Lei do Senado (PLS) n. 423, de 2017, que
visa à alteração da Lei n. 8.137/1990 e do Código Penal (Decreto-Lei n. 2.848/1940), a
fim de aumentar penas e eliminar, no caso de pagamento de tributo, a possibilidade de
extinção da punibilidade dos crimes contra a ordem tributária.

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Linhas Gerais do Referido PLS n.º 423/2017

1. Prevê a completa eliminação da possibilidade de extinção da punibilidade dos


crimes cometidos contra a ordem tributária, mediante pagamento do tributo devido.

2. Aumento das respectivas penas

3. Prevê a possibilidade de redução das penas como forma de estímulo à arrecadação


(ou, como consta na justificação, “como incentivo para que os criminosos realizem o
pagamento dos valores devidos”), a depender do momento em que ocorra o
pagamento, nos seguintes termos:

• pela metade, na hipótese de pagamento integral do credito tributário


antes do recebimento da denúncia;
• em um terço, se o pagamento integral ocorrer após o recebimento
da denúncia e antes da prolação de sentença condenatória de
primeira instância; e
• em um quarto, se o pagamento ocorrer após a sentença condenatória
de primeira instância e antes do trânsito em julgado.

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A Conversa é Séria ! - Portaria nº 1.750 de novembro de 2018

• Reforça o dever (já havia a obrigação desde 2001 – Portaria n.º 2752/2001) de
comunicação por parte da Autoridade Fiscal da pratica de atos, bem como a coleta de
dados relativos a estas práticas, referentes a supostos ilícitos penais que, em tese possam
configurar crimes contra a ordem tributária ou contra a Previdência social,
contrabando ou descaminho; prática de crimes contra a Administração Pública – Nacional e
Estrangeira – falsidade de títulos, documentos públicos e “lavagem de dinheiro”.

• Vale destacar, entretanto, que esta portaria tem uma convergência com o Projeto de
Lei do Senado Federal n.º 423/2017, em trâmite pelo Senado Federal, que tem por
objetivo a alteração do Código Penal para eliminar a possibilidade de extinção da
punibilidade, via pagamento do tributo devido, dos crimes contra a ordem tributária e contra
a Previdência Social (note que é exatamente o mesmo objeto da Portaria
1.750/2018).

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Portaria RFB nº 1.750/2018 –
Representação Fiscal para
Fins Penais
Portaria RFB nº 1.750/2018 – Representação Fiscal para Fins Penais
Art. 2º A representação fiscal para fins penais deverá ser feita por Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil sempre que, no
exercício de suas atribuições, identificar fatos que configuram, em tese:

I - crime contra a ordem tributária ou contra a Previdência Social; ou

II - crime de contrabando ou de descaminho.

• Momento do encaminhamento da representação ao MPF (art. 15): 10 dias, contados:

I - do encerramento do prazo legal para cobrança amigável, depois de proferida a decisão final, na esfera
administrativa, sobre a exigência fiscal do crédito tributário relacionado ao ilícito penal, sem que tenha havido o
correspondente pagamento;

II - da decisão administrativa definitiva referente a auto de infração do qual não tenha resultado exigência
de crédito tributário;

III - da decisão definitiva do chefe da unidade que aplicou a pena de perdimento, na hipótese prevista no art. 12
[fatos que configurem, em tese, contrabando ou descaminho];

IV - de formalização da representação fiscal, na hipótese prevista no § 2º do art. 12 [mercadoria não localizada ou


consumida]; ou

V - de exclusão da pessoa física ou jurídica do parcelamento do crédito tributário.

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Portaria RFB nº 1.750/2018 – Representação Fiscal para Fins Penais
• Receita Federal divulgará no seu site as seguintes informações, após o encaminhamento ao MPF
(art. 16):

I - número do processo referente à representação;

II - nome e número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) ou no Cadastro Nacional da


Pessoa Jurídica (CNPJ) dos responsáveis pelos fatos que configuram o ilícito objeto da representação fiscal
para fins penais ;

III - nome e número de inscrição no CNPJ das pessoas jurídicas relacionadas ao ato ou fato que ensejou
a representação fiscal para fins penais;

IV - tipificação legal do ilícito penal objeto da representação fiscal para fins penais; e

V - data de envio ao MPF.

§ 1º As informações a que se refere o caput serão apuradas mensalmente e incluídas em lista a ser
divulgada até o dia 10 (dez) do mês posterior ao de sua extração.

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Portaria RFB nº 1.750/2018 – Representação Fiscal para Fins Penais
 Violação ao Princípio da Presunção de Inocência;

 Sanção política – a relação entre o Fisco e o contribuinte não é de poder;

 Óbices à atividade econômica e danos à imagem dos contribuintes;

 Presunção de inocência, direito à imagem e livre iniciativa são direitos constitucionais, que não
podem ser violados por meio de Portaria;

 Coação para o pagamento e parcelamento.

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Portaria RFB nº 1.750/2018 – Representação Fiscal para Fins Penais
• Hipóteses de exclusão das informações do site:

I - quando o crédito tributário a que se refere o processo de representação for extinto, inclusive
mediante quitação de parcelamento;
Obs. Neste caso, o responsável deverá solicitar a exclusão.

II - quando, por decisão administrativa ou judicial, a pessoa deixar de ser considerada


responsável ou corresponsável pelo fato que, em tese, configura o ilícito penal objeto da
representação; ou

III - por determinação judicial.

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Consulta Pública RFB nº
07/2018 – Responsabilidade
Tributária
Consulta Pública RFB nº 07/2018 – Responsabilidade Tributária
• Hipóteses de imputação: Defesa via PAF (CARF)

I. no lançamento de ofício, cujo procedimento segue, regra geral, o atualmente adotado pela já
mencionada Portaria RFB nº 2.284, de 2010;

II. no despacho decisório que não homologou Declaração de Compensação (Dcomp) / lançamento de
ofício referente ao débito compensado em Dcomp não declarada;

III. durante o processo administrativo fiscal (PAF), desde que seja antes do julgamento em primeira
instância;

IV. após a decisão definitiva de PAF e antes do encaminhamento para inscrição em dívida ativa; e

V. por crédito tributário confessado em declaração constitutiva / débito confessado constante de


Dcomp não declarada.

Defesa analisada
internamente pela RFB
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Consulta Pública RFB nº 07/2018 – Responsabilidade Tributária
• Imputação no despacho decisório em declaração de compensação não homologada:

 Possibilidade de imputação no despacho decisório (declaração de compensação não


homologada) e no lançamento de ofício (multa isolada);

 Defesa via Manifestação de Inconformidade.

• Imputação na hipótese de a declaração de compensação ser considerada não declarada:

 Via Termo de Imputação de Responsabilidade Solidária quando o sujeito passivo confessa o


débito – Recurso interno à RFB.

 Via Lançamento de Ofício quando o sujeito passivo não confessa o débito – Defesa via PAF.

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Consulta Pública RFB nº 07/2018 – Responsabilidade Tributária
• Imputação antes do julgamento de 1ª instância:

 Via Termo de Devolução do Processo para Imputação de Responsabilidade, que será anexado ao
processo;

 O sujeito passivo responsabilizado poderá impugnar o crédito tributário e a


responsabilidade;

 Os demais sujeitos passivos poderão se manifestar quanto à imputação de responsabilidade.

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Consulta Pública RFB nº 07/2018 – Responsabilidade Tributária
• Imputação pelo pagamento do crédito tributário definitivamente constituído (esfera
administrativa encerrada):

 Possibilidade de apresentação de recurso ao Auditor-Fiscal da RFB no prazo de 10 dias;

 Caso a decisão não seja reconsiderada, o recurso será encaminhado ao diretor da unidade da
RFB;

 Os recursos serão decididos, em última instância e de forma definitiva, pelo Superintendente


Regional da RFB;

 Os recursos terão efeito suspensivo apenas quanto à responsabilidade.

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Consulta Pública RFB nº 07/2018 – Responsabilidade Tributária
 Art. 142 do CTN – A identificação do sujeito passivo deve ser feita pela autoridade administrativa no
lançamento;

 Art. 146 do CTN impede a modificação do critério jurídico do lançamento / lançamento complementar:

“Art. 146. A modificação introduzida, de ofício ou em conseqüência de decisão administrativa ou judicial, nos critérios jurídicos
adotados pela autoridade administrativa no exercício do lançamento somente pode ser efetivada, em relação a um mesmo
sujeito passivo, quanto a fato gerador ocorrido posteriormente à sua introdução”

 O art. 149 do CTN admite apenas a revisão do lançamento quando há erro de fato, e não de
direito;

 A imputação de responsabilidade é matéria de lei, como fez o CTN, não podendo ser alterada por
Instrução Normativa;

 Violação ao contraditório e a ampla defesa e tratamento desigual aos contribuintes – CARF é


órgão técnico e paritário – Rito e prazos diferentes (Decreto 70.235/72); e

 Câmara Superior reconheceu neste ano (março) a impossibilidade de imputação da


solidariedade após o lançamento: ac. 9101-003.446;

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Acórdãos CSRF - Ágio
Acórdãos CSRF
# Data da Sessão Acórdão Contribuinte Matéria Analisada Entendimento Multa Qualificada

1 20/01/2016 9101-002.188 BIOSINTÉTICA FARMACÊUTICOS LTDA. Transferência de Ágio Desfavorável Não foi Objeto do AC

COMPANHIA ENERGÉTICA DE PERNAMBUCO


2 20/01/2016 9101-002.186 Privatização Desfavorável Não foi Objeto do AC
CELPE
COMPANHIA ENERGÉTICA DE PERNAMBUCO
3 20/01/2016 9101-002.187 Privatização Desfavorável Não foi Objeto do AC
CELPE
GEOPLAN ASSESSORIA, PLANEJAMENTO E
4 20/01/2016 9101-002.185 Incorporação Reversa Favorável Não foi Objeto do AC
PERFURAÇÕES S.A.

5 20/01/2016 9101-002.184 DIAGNÓSTICO DA AMÉRICA S.A. Incorporação Reversa Favorável Não foi Objeto do AC

6 03/02/2016 9101-002.213 COLUMBIAN CHEMICALS BRASIL LTDA. Sociedade-Veículo Desfavorável Não foi Objeto do AC

Manutenção da Multa
7 06/04/2016 9101-002.301 CENTER AUTOMÓVEIS Ágio Interno Desfavorável
Qualificada
COMPANHIA ENERGETICA DO RIO GRANDE
8 06/04/2016 9101-002.304 Privatização Desfavorável Não foi Objeto do AC
DO NORTE COSERN
COMPANHIA ENERGETICA DO RIO GRANDE
9 06/04/2016 9101-002.303 Privatização Desfavorável Não foi Objeto do AC
DO NORTE COSERN
Manutenção da Multa
10 07/04/2016 9101-002.300 BARIGUI VEÍCULOS LTDA. Ágio Interno Desfavorável
Qualificada
ALLIANCE ONE BRASIL EXP DE TABACOS Manutenção da Multa
11 03/05/2016 9101-002.311 Ágio Interno Desfavorável
LTDA Qualificada

12 03/05/2016 9101-002.312 TERMOPERNAMBUCO S/A Transferência de Ágio Desfavorável Não foi Objeto do AC

Amortização - Base de
13 03/05/2016 9101-002.310 VALEPAR S/A Favorável Não foi Objeto do AC
Cálculo da CSLL

14 13/07/2016 9101-002.387 METALSIDER LTDA Ágio Interno Desfavorável Não foi Objeto do AC

15 13/07/2016 9101-002.391 GERDAU AÇOS LONGOS S.A Ágio Interno Desfavorável Não foi Objeto do AC

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Acórdãos CSRF
16 13/07/2016 9101-002.390 GERDAU COMERCIAL DE AÇOS S.A. Ágio Interno Desfavorável Não foi Objeto do AC

17 13/07/2016 9101-002.389 GERDAU AÇOS ESPECIAIS S.A Ágio Interno Desfavorável Não foi Objeto do AC

18 13/07/2016 9101-002.388 GERDAU ACOMINAS S/A Ágio Interno Desfavorável Não foi Objeto do AC

19 13/07/2016 9101-002.392 VONPAR REFRESCOS S A Ágio Interno Desfavorável Não foi Objeto do AC

20 17/08/2016 9101-002.422 AGROFEL AGRO COMERCIAL LTDA Ágio Interno Desfavorável Não foi Objeto do AC
PLANOVA PLANEJAMENTO E CONSTRUÇÕES Manutenção da Multa
21 17/08/2016 9101-002.427 Ágio Interno Desfavorável
S/A Qualificada
SUL AMERICA COMPANHIA NACIONAL DE
22 17/08/2016 9101-002.419 Sociedade-Veículo Desfavorável Não foi Objeto do AC
SEGUROS
23 18/08/2016 9101-002.428 EDITORA ÁTICA S/A Transferência de Ágio Desfavorável Não foi Objeto do AC

24 22/09/2016 9101-002.449 KINROSS BRASIL MINERAÇÃO S/A Ágio Interno Desfavorável Não foi Objeto do AC

25 21/11/2016 9101-002.468 MANN+HUMMEL BRASIL LTDA Ágio Interno Desfavorável Não foi Objeto do AC

26 21/11/2016 9101-002.469 MANN+HUMMEL BRASIL LTDA Ágio Interno Desfavorável Não foi Objeto do AC
FÁBRICA DE PEÇAS ELÉTRICAS DELMAR
27 21/11/2016 9101-002.470 Sociedade-Veículo Desfavorável Não foi Objeto do AC
LTDA.
28 22/11/2016 9101-002.480 TOKYO MARINE SEGURADORA S/A Sociedade-Veículo Desfavorável Não foi Objeto do AC
Manutenção da Multa
29 23/11/2016 9101-002.487 MAGIUS METALÚRGICA INDUSTRIAL S/A. Ágio Interno Desfavorável
Qualificada
Manutenção da Multa
30 12/12/2016 9101-002.503 AGRENCO DO BRASIL S.A. Ágio Interno Desfavorável
Qualificada
Amortização Contábil (10
31 20/01/2017 9101-002.539 VIVO S/A anos) x Amortização Fiscal Desfavorável Não foi Objeto do AC
(05 anos)

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Acórdãos CSRF
32 07/02/2017 9101-002.550 CVI REFRIGERANTES LTDA Ágio Interno Desfavorável Não foi Objeto do AC
Amortização - Base de
33 07/02/2017 9101-002.549 LITELA PARTICIPAÇÕES SA Desfavorável Não foi Objeto do AC
Cálculo da CSLL
34 04/03/2017 9101-002.753 ITIQUIRA ENERGÉTICA S.A. Ágio no Resgate de Ações Desfavorável Não foi Objeto do AC

35 14/03/2017 9101-002.592 NACIONAL MINÉRIOS S/A Sociedade-Veículo Desfavorável Não foi Objeto do AC

36 15/03/2017 9101-002.607 MINERADORA SANTO EXPEDITO LTDA Ágio Interno Desfavorável Não foi Objeto do AC
Manutenção da Multa
37 05/04/2017 9101-002.759 VOTORANTIM CIMENTOS S/A Ágio Interno Desfavorável
Qualificada
BM&F BOVESPA S.A. BOLSA
38 05/04/2017 9101-002.758 DE VALORES, MERCADORIAS E Ágio Indireto e Laudo Desfavorável Não foi Objeto do AC
FUTUROS
O. V. D. IMPORTADORA E DISTRIBUIDORA Manutenção da Multa
39 06/04/2017 9101-002.780 Ágio Interno Desfavorável
LTDA. Qualificada
40 10/05/2017 9101-002.805 BANCO GMAC S.A. Ágio Interno Desfavorável Não foi Objeto do AC

41 10/05/2017 9101-002.804 TUPER S/A Ágio Interno Desfavorável Não foi Objeto do AC
Manutenção da Multa
42 10/05/2017 9101-002.803 VRG LINHAS AÉREAS S/A Sociedade-Veículo Desfavorável
Qualificada
Manutenção da Multa
43 10/05/2017 9101-002.802 CCL LABEL DO BRASIL S/A Sociedade-Veículo Desfavorável
Qualificada
44 11/05/2017 9101-002.814 BANCO SANTANDER (BRASIL) S/A Privatização Desfavorável Não foi Objeto do AC

45 07/06/2017 9101-002.891 BANCO ITAUCARD S.A. Transferência de Ágio Desfavorável Não foi Objeto do AC

46 07/06/2017 9101-002.892 TICKET SERVIÇOS S/A Transferência de Ágio Desfavorável Não foi Objeto do AC

47 08/06/2017 9101-002.946 EXPRESSO PRINCESA DOS CAMPOS S/A Ágio Interno Desfavorável Não foi Objeto do AC

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Acórdãos CSRF
48 04/07/2017 9101-002.960 AES TIETE S/A Sociedade-Veículo Desfavorável Não foi Objeto do AC

49 04/07/2017 9101-002.962 ATACADÃO S/A Sociedade-Veículo (LBO) Desfavorável Não foi Objeto do AC

50 04/07/2017 9101-002.960 AES TIETE S/A Transferência de Ágio Desfavorável Não foi Objeto do AC

51 04/07/2017 9101-002.963 BANCO SANTANDER (BRASIL) S/A Privatização Desfavorável Não foi Objeto do AC
BB BANCO Amortização - Base de
52 08/08/2017 9101-003.005 Desfavorável Não foi Objeto do AC
DE INVESTIMENTO S.A. Cálculo da CSLL
Amortização - Base de
53 08/08/2017 9101-003.002 CEMIG GERACAO E TRANSMISSAO S.A Desfavorável Não foi Objeto do AC
Cálculo da CSLL
54 08/08/2017 9101-003.008 SOTREQ S/A Laudo Desfavorável Não foi Objeto do AC
CAIMI & LIAISON INDÚSTRIA E COMÉRCIO
Manutenção da Multa
55 09/08/2017 9101-003.011 DE COURO E Ágio Interno Desfavorável
Qualificada
SINTÉTICOS LTDA.
56 12/09/2017 9101-003.077 EMS S/A Ágio Interno Desfavorável Não foi Objeto do AC

57 12/09/2017 9101-003.075 RAIZEN TARUMA LTDA. Ágio Interno Desfavorável Não foi Objeto do AC

58 12/09/2017 9101-003.076 TERLOGS TERMINAL MARÍTIMO LTDA Ágio Interno Desfavorável Não foi Objeto do AC

59 12/09/2017 9101-003.078 PROCTER & GAMBLE DO BRASIL S.A. Ágio Interno Desfavorável Não foi Objeto do AC
Cancelamento da Multa
60 12/09/2017 9101-003.074 TILIBRA PRODUTOS DE PAPELARIA LTDA. Sociedade-Veículo Desfavorável
Qualificada
ARCELORMITTAL GONVARRI BRASIL
61 12/09/2017 9101-003.060 PRODUTOS SIDERURGICOS Sociedade-Veículo Desfavorável Não foi Objeto do AC
S/A
62 03/10/2017 9101-003.131 CIA INDUSTRIAL H. CARLOS SCHNEIDER Ágio Interno Desfavorável Não foi Objeto do AC

63 03/10/2017 9101-003.130 TRÊS CORAÇÕES ALIMENTOS S.A. Sociedade-Veículo Desfavorável Não foi Objeto do AC

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Acórdãos CSRF
64 03/10/2017 9101-003.132 HOLCIM BRASIL S/A Sociedade-Veículo Desfavorável Não foi Objeto do AC
Amortização - Base de
65 03/10/2017 9101-003.133 TELEMAR NORTE LESTE S/A Desfavorável Não foi Objeto do AC
Cálculo da CSLL
Manutenção da Multa
66 04/10/2017 9101-003.161 NATURA COSMÉTICOS S/A Ágio Interno Desfavorável
Qualificada
CENTRAL ENERGETICA VALE DO SAPUCAI
67 04/10/2017 9101-003.145 Sociedade-Veículo Desfavorável Não foi Objeto do AC
LTDA
68 08/10/2017 9101-003.006 ECISA PARTICIPAÇÕES LTDA Sociedade-Veículo Desfavorável Não foi Objeto do AC

69 07/11/2017 9101-003.199 MINERAÇÃO BELOCAL LTDA. Sociedade-Veículo e Laudo Desfavorável Não foi Objeto do AC
Sociedade-Veículo e Manutenção da Multa
70 08/11/2017 9101-003.208 BUNGE FERTILIZANTES S/A Desfavorável
Transferência de Ágio Qualificada
71 08/11/2017 9101-003.210 BANCO SANTANDER (BRASIL) S/A Privatização Desfavorável Não foi Objeto do AC
Sociedade-Veículo e Ágio
72 09/11/2017 9101-003.222 CREMER S.A. Desfavorável Não foi Objeto do AC
Interno
73 05/12/2017 9101-003.254 KLABIN S.A. Ágio Interno Desfavorável Não foi Objeto do AC

74 05/12/2017 9101-003.255 REPSOL SINOPEC BRASIL S/A Ágio Indireto Desfavorável Não foi Objeto do AC
HAZTEC TECNOLOGIA E PLANEJAMENTO
75 06/12/2017 9101-003.274 Ágio Interno Desfavorável Não foi Objeto do AC
AMBIENTAL S/A
MAN LATIN AMÉRICA INDÚSTRIA E
Manutenção da Multa
76 06/12/2017 9101-003.275 COMÉRCIO DE VEÍCULOS Sociedade-Veículo Desfavorável
Qualificada
LTDA
Privatização e Ágio Já
77 17/01/2018 9101-003.344 TIM CELULAR S.A. Desfavorável Não foi Objeto do AC
Amortizado na Contabilidade

78 17/01/2018 9101-003.345 AB BRASIL COMÉRCIO DE ALIMENTOS LTDA Laudo Desfavorável Não foi Objeto do AC
JOHNSON & JOHNSON DO BRASIL INDUSTRIA
Cancelamento da Multa
79 18/01/2018 9101-003.365 E COMERCIO DE PRODUTOS PARA SAUDE Ágio Interno Desfavorável
Qualificada
LTDA.

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Acórdãos CSRF
BARCELONA COMÉRCIO VAREJISTA E
80 18/01/2018 9101-003.366 Sociedade-Veículo Desfavorável Não foi Objeto do AC
ATACADISTA S.A.
KIMBERLYCLARK BRASIL INDÚSTRIA E
81 18/01/2018 9101-003.363 Sociedade-Veículo Desfavorável Não foi Objeto do AC
COMÉRCIO DE PRODUTOS
Manutenção da Multa
Sociedade-Veículo, Ágio
82 18/01/2018 9101-003.364 RAIZEN ENERGIA S/A Desfavorável Qualificada - Apenas
Interno e Laudo
Ágio Interno
CTEEP COMPANHIA DE TRANSMISSÃO DE
83 18/01/2018 9101-003.362 ENERGIA ELETRICA Privatização Desfavorável Não foi Objeto do AC
PAULISTA
Sociedade-Veículo e Ágio Cancelamento da Multa
84 19/01/2018 9101-003.371 TELEFÔNICA BRASIL S/A Desfavorável
Interno Qualificada
Cancelamento da Multa
85 19/01/2018 9101-003.374 TELEFÔNICA BRASIL S.A. Ágio Indireto Desfavorável
Qualificada

86 05/02/2018 9101-003.399 CONSERVAS ODERICH S/A Ágio Interno Desfavorável Não foi Objeto do AC

87 05/02/2018 9101-003.395 TILIBRA PRODUTOS DE PAPELARIA LTDA Sociedade-Veículo Desfavorável Não foi Objeto do AC

88 05/02/2018 9101-003.397 INTERCEMENT BRASIL S/A. Transferência de Ágio Desfavorável Não foi Objeto do AC

Manutenção da Multa
89 05/02/2018 9101-003.396 TEMPO SERVIÇOS LTDA Transferência de Ágio Desfavorável
Qualificada
Amortização - Base de
90 05/02/2018 9101-003.398 ITAÚ UNIBANCO S.A. Desfavorável Não foi Objeto do AC
Cálculo da CSLL
CÁLAMO DISTRIBUIDORA DE PRODUTOS DE
91 06/02/2018 9101-003.446 Ágio Interno Desfavorável Não foi Objeto do AC
BELEZA S.A.
ALLIANCE ONE BRASIL EXPORTADORA DE Manutenção da Multa
92 06/03/2018 9101-003.442 Ágio Interno Desfavorável
TABACOS LTDA Qualificada
CA PROGRAMAS DE COMPUTADOR,
93 07/03/2018 9101-003.469 Ágio Interno Desfavorável Não foi Objeto do AC
PARTICIPAÇÕES E SERVIÇOS LTDA.
CARVAJAL INFORMACAO LTDA. EM
94 07/03/2018 9101-003.465 Sociedade-Veículo Desfavorável Não foi Objeto do AC
RECUPERACAO JUDICIAL.

28
Acórdãos CSRF
95 07/03/2018 9101-003.466 BANCO ITAU BBA S.A. Transferência de Ágio Desfavorável Não foi Objeto do AC

96 07/03/2018 9101-003.468 INDIANA SEGUROS S.A. Transferência de Ágio Desfavorável Não foi Objeto do AC
COMPANHIA DE ELETRICIDADE DO ESTADO
97 07/03/2018 9101-003.467 Privatização Desfavorável Não foi Objeto do AC
DA BAHIA COELBA
98 03/04/2018 9101-003.495 COMPANHIA LUZ E FORÇA SANTA CRUZ Sociedade-Veículo Desfavorável Não foi Objeto do AC
Manutenção da Multa
99 04/04/2018 9101-003.538 RAIZEN MIME COMBUSTÍVEIS S.A. Ágio Interno Desfavorável
Qualificada
SOLAE DO BRASIL INDÚSTRIA E COMÉRCIO
100 04/04/2018 9101-003.534 Ágio Interno Desfavorável Não foi Objeto do AC
DE ALIMENTOS LTDA.
101 04/04/2018 9101-003.543 HALLIBURTON SERVIÇOS LTDA. Ágio Interno Desfavorável Não foi Objeto do AC
RENOSA INDUSTRIA BRASILEIRA DE BEBIDAS Manutenção da Multa
102 04/04/2018 9101-003.533 Sociedade-Veículo Desfavorável
S/A Qualificada
103 04/04/2018 9101-003.532 CCB CIMPOR CIMENTOS DO BRASIL LTDA Transferência de Ágio Desfavorável Não foi Objeto do AC

104 05/04/2018 9101-003.561 NUMERAL 80 PARTICIPAÇÕES S.A Sociedade-Veículo Desfavorável Não foi Objeto do AC
NUFARM INDÚSTRIA QUÍMICA E
105 08/05/2018 9101-003.571 Sociedade-Veículo Desfavorável Não foi Objeto do AC
FARMACÊUTICA S.A.
KOERICH ENGENHARIA E Manutenção da Multa
106 09/05/2018 9101-003.584 Ágio Interno Desfavorável
TELECOMUNICAÇÕES S/A Qualificada
107 05/06/2018 9101-003.611 VIAÇÃO JOANA D'ARC S/A Ágio Interno Desfavorável Não foi Objeto do AC

108 05/06/2018 9101-003.612 PIMACO AUTOADESIVOS LTDA. Sociedade-Veículo Desfavorável Não foi Objeto do AC

109 05/06/2018 9101-003.608 RIO GRANDE ENERGIA S/A Privatização Desfavorável Não foi Objeto do AC
CTEEP COMPANHIA
110 05/06/2018 9101-003.610 DE TRANSMISSÃO DE ENERGIA ELÉTRICA Privatização Favorável Não foi Objeto do AC
PAULISTA

29
Acórdãos CSRF
CTEEP COMPANHIA
111 05/06/2018 9101-003.609 DE TRANSMISSÃO DE ENERGIA ELÉTRICA Privatização Favorável Não foi Objeto do AC
PAULISTA
Falta de Comprovação do
112 05/06/2018 9101-003.607 CAMIL ALIMENTOS S/A Desfavorável Não foi Objeto do AC
Fundamento Econômico
AGRICOPEL COMÉRCIO DE DERIVADOS DE Manutenção da Multa
113 06/06/2018 9101-003.620 Ágio Interno Desfavorável
PETRÓLEO LTDA Qualificada

114 06/07/2018 9101-003.618 HIPERCARD BANCO MÚLTIPLO S.A. Transferência de Ágio Desfavorável Não foi Objeto do AC

Amortização - Base de
115 07/08/2018 9101-003.685 BANCO BRADESCO BBI S.A. Desfavorável Não foi Objeto do AC
Cálculo da CSLL

30
Redução de Capital Seguida
de Alienação pela Pessoa
Física – Acórdãos 2018 –
Art. 22 da Lei 9.249/95
Redução de Capital Seguida de Alienação pela Pessoa Física – Acórdãos
2018
# Data da Sessão Acórdão Caso Entendimento

1 19/02/2018 1301-002.761 Caso FMA Participações Favorável

2 15/03/2018 1201-002.082 Caso Cerradinho Favorável

3 15/03/2018 1401-002.307 Caso Bexma Favorável

4 16/05/2018 1301-003.023 Caso Coveg Favorável

5 15/05/2018 1201-002.149 Caso SSTowers Favorável

6 21/02/2018 1401-002.196 Caso Arainvest Desfavorável

7 13/03/2018 1402-002.959 Caso TUC Participações Desfavorável


Pendente de Favorável (recurso
8 01/11/2018 formalização – Decisão Caso Terrativa Minerais especial da Fazenda
CSRF não conhecido)
9 21/09/2018 1201-002.584 Caso Eyedo Favorável

10 10/09/2018 1301-003.370 Caso Green Capital Favorável

32
Redução de Capital Seguida de Alienação pela Pessoa Física – Acórdãos
2018
• Caso Arainvest

Votorantim Família Safra


Oferta Inicial
Devolução do Capital
Arainvest
Grupo Lorentzen Exercício do Tag Along
Participações

Aracruz

33
Redução de Capital Seguida de Alienação pela Pessoa Física – Acórdãos
2018
• Caso Arainvest

 A Turma Julgadora defende que, como a Arainvest manifestara interesse em exercer o Tag Along, não
poderiam as pessoas físicas usufruir das condições previstas nessa cláusula;

 A Turma Julgadora não invalida a operação de redução de capital para posterior venda na física –
inclusive, ela reconhece de forma expressa sua validade:

“4 – Não existe nulidade jurídica no ato de redução de capital e devolução das ações ordinárias aos sócios da
Arainvest”

 Cancelamento da multa qualificada: inexistência de simulação.

34
Redução de Capital Seguida de Alienação pela Pessoa Física – Acórdãos
2018
• Caso TUC Participações

 A Turma Julgadora concluiu que quem participou da negociação da alienação das ações foi a pessoa
jurídica, e não seus sócios, os quais passaram a figurar como detentores da participação vendida no
mesmo dia em que foi celebrada a alienação.

“Ou seja, só neste dia 21/12/2010, os Srs. José Maria e João Achilles passaram a figurar como acionistas diretos da
TCP03. E neste mesmo dia, é assinada a venda das ações da TCP03.

Há comprovação vasta nos autos, e que em nenhum momento houve contestação da recorrente, que a negociação
se iniciou em 09/07/2010, quando a recorrente era detentora das ações da TCP03, e assim continuou negociando
até o dia 21/12/2010, quando resolve, no mesmo dia, mudar a propriedade destas ações, e os novos
detentores resolvem vender suas ações.

Tudo isso demonstra que estes eventos foram executados sem propósito negocial, ou seja, sem o devido substrato
material

 Multa qualificada mantida: conduta dolosa com o intuito de modificar o fato gerador do tributo.

35
www.mattosfilho.com.br

SÃO PAULO – PAULISTA SÃO PAULO – FARIA LIMA BRASÍLIA RIO DE JANEIRO NEW YORK
Al. Joaquim Eugênio de Lima 447 Rua Campo Verde 61 3º andar SHS Q6 Bloco C Cj. A sala 1901 Praia do Flamengo 200 11º andar 712 Fifth Avenue – 26th floor
01403 001 São Paulo SP Brasil 01456 000 São Paulo SP Brasil 70322 915 Brasília DF Brasil 22210 901 Rio de Janeiro RJ Brasil New York NY USA 10019
T 55 11 3147 7600 T 55 11 3035 4050 T 55 61 3218 6000 T 55 21 3231 8200 T 1 646 695 1100


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Favorável Desfavorável Sem Garantia Com Garantia




Favorável Desfavorável Sem Garantia Com Garantia





Favorável Desfavorável Sem Garantia Com Garantia




Favorável Desfavorável Sem Garantia Com Garantia


Favorável Desfavorável Sem Garantia Com Garantia




Favorável Desfavorável Sem Garantia Com Garantia


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°
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Sinopse Tributária
2018-2019

29/11/2018
Guerras Fiscais
Estaduais e Municipais
Guerra Fiscal – LC nº
160/17 e Convênio
ICMS 190/17
Etapas e Requisitos Etapa 2. Publicação nos Diários Oficiais todos os atos
Etapa 1. Publicação nos Diários Oficiais todos os atos normativos relativos aos benefícios fiscais não vigentes em 8 de
normativos relativos aos benefícios fiscais vigentes em 8 agosto de 2017 – Prazo 28 de dezembro de 2018 – Possibilidade
de agosto de 2017: de prorrogação para 31 de julho de 2019.
Estado Ato Normativo
Minas Gerais Decreto nº 47.394/2018 Etapa 3. Registro e depósito, na Secretaria Executiva do
Paraná Resolução nº 297/18
Pernambuco Decreto nº 45.801/18
CONFAZ, da documentação comprobatória correspondente aos
Rio de Janeiro Portarias nº 148/18 (Retificada em 28/03), 158/18 e 150/18
atos concessivos benefícios fiscais, inclusive dos
Rio Grande do Norte Portaria nº 22/18
correspondentes atos normativos.
Mato Grosso Decreto nº 1.420/18
Mato Grosso do Sul Resolução nº 2.921/18 Prazo:
Pará Decreto nº 2.014/18
Espírito Santo Portaria nº 09-R/18
• 31 de agosto de 2018, para os atos vigentes na data do
Maranhão Portaria nº 84/18 registro e do depósito:
Goiás Decreto nº 9.193/18
Bahia Decreto nº 18.270/18 Estados que já atenderam
Rio Grande do Sul Decretos nº 53.898/18, 53.912/18 e 53.972/18 AC DF MS PE RO TO
Sergipe Decreto nº 30.992/18
Ceará Decreto nº 32.563/18
AL ES MG PI RR
Paraíba Decreto nº 38.179/18 AP GO PA RJ SC
Alagoas Instrução Normativa nº 14/18 BA MA PB RN SP
Tocantins Decreto nº 5.793/18 CE MT PR RS SE
Acre Decreto nº 8.701/18
Rondônia Decreto nº 22.699/18
• 31 de julho de 2019, para os atos não vigentes em 8 de
São Paulo Decreto nº 63.320/18
Santa Catarina Decreto nº 1.555/18 agosto de 2017. Possibilidade de prorrogação para 27 de
Piauí Decreto nº 17.691/18 dezembro de 2019.
Distrito Federal Portarias SEF nº 71/18 e 76/18

Amazonas Decreto nº 38.551/17 - Rejeita o Convênio ICMS 190 Etapa 4. Publicação dos atos convalidados no Portal Nacional
Roraima Portaria nº 254/18 da Transparência Tributária, disponibilizado no sítio eletrônico
Amapá Decreto nº 839/18
do CONFAZ.
Sinopse Tributária – 2018-2019 92
Consequências

CUMPRIDOS OS REQUISITOS
DESCUMPRIDOS OS REQUISITOS
• Convalidação dos benefícios que foram
publicados no D.O. e registrados e • Revogação dos atos concessivos dos
depositados na Secretaria do CONFAZ benefícios em que descumpridas as
no prazo previsto; condições de publicação, registro e
• Afastamento das restrições relativas à depósito.
renúncia fiscal (artigo 14, LC 101/00);
• Afastamento das penalidades do art. 8º
da LC 24/75: BENEFÍCIOS NÃO CONVALIDADOS
• A remissão ou não constituição dos
• Benefícios decorrentes de atos vigentes
créditos não será objeto das
em 8 de agosto de 2017 que não foram
seguintes sanções:
objeto de publicação no Diário Oficial;
- nulidade do ato, • Não aplicação das normas da LC 160 e
- ineficácia do crédito fiscal atribuído do Convênio ICMS 190.
ao recebedor da mercadoria,
- exigibilidade do imposto não pago.

Sinopse Tributária – 2018-2019 93


Prazo máximo para a fruição dos benefícios depositados

A concessão de novos incentivos e a prorrogação dos existentes está limitada,


a depender do setor de negócios beneficiados, pelo prazo de:

Termo Setor

Até 31 de Dezembro de 2032 Agropecuária, indústria, infraestrutura rodoviária, aquaviária, ferroviária,


portuária, aeroportuária e transporte urbano

Até 31 de Dezembro de 2025 Atividade portuária e aeroportuária vinculadas ao comércio exterior,


incluindo operação praticada pelo contribuinte importador

Até 31 de Dezembro de 2022 Manutenção e incremento de atividades comerciais, desde que o


benefício seja para o real remetente da mercadoria

Até 31 de Dezembro de 2020 Operação e prestações interestaduais com produtos agropecuários e


extravios vegetais in natura

Até 31 de Dezembro de 2018 Demais setores.

Sinopse Tributária – 2018-2019 94


Adesão, Extensão ou Alteração dos benefícios

EXTENSÃO

• Concessão dos benefícios a outros


REVOGAÇÃO OU ALTERAÇÃO
contribuintes estabelecidos em seu
território, desde que mantidas as mesmas
• Possibilidade de revogar,
condições e observados os prazos
modificar ou reduzir o alcance ou
máximos de fruição.
o montante dos benefícios antes
do termo final de fruição;

• Impossibilidade de alteração
ADESÃO
para concessão de benefício em
valor superior ao que o
• Adesão aos benefícios concedidos ou
beneficiário usufruía antes da
prorrogados por outra unidade federada da
modificação do ato concessivo.
mesma região, desde que mantidas as
mesmas condições e observados os prazos
máximos de fruição.

Sinopse Tributária – 2018-2019 95


Penalidades
A Unidade Federada que descumprir as disposições do Convênio:
• Não poderá receber transferências voluntárias;
• Obter garantia, direta ou indireta, de outro ente;
• Contratar operações de crédito, exceto as destinadas ao refinanciamento de dívida imobiliária e as
que visem à redução das despesas com pessoal.

A aplicação das penalidades depende de Processo de apuração de penalidades com


respectivo acolhimento da representação:

Arquivamento em
caso de não
Admissão constatação de
Representação Oitiva da Ministro de
pelo infração
apresentada unidade Estado da
Ministro de
pelo federada Fazenda
Estado da Edição de
Governador interessada determinará
Fazenda portaria TCU verificará a
declarando aplicação, pela
existência de União, da sanção
infração

Sinopse Tributária – 2018-2019 96


Substituição tributária – Convênio 52/2017

• A presidente do STF suspendeu os efeitos das cláusulas 8ª a 14ª,


16ª, 24ª e 26ª do Convênio ICMS nº 52/2017.

• “manifesta dificuldade de reversão dos efeitos decorrentes das


medidas impugnadas, se tanto vier a ser o resultado”.

97
ISS - LC 157/2016
LC 157 – Principais alterações

Improbidade
Administrativa:
Novas regras
caso de
quanto ao local Alteração da
concessão de
de recolhimento lista de serviços
benefício em
desacordo com
a legislação

Os Municípios devem internalizar tais alterações em suas legislações locais:


• Há Municípios que já internalizaram, como: São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Fortaleza,
entre outros.
• Há Município que internalizou e, posteriormente, revogou os dispositivos: caso de Barueri.

Sinopse Tributária – 2018-2019 99


LC 157 – Principais alterações: Improbidade administrativa
• Apesar de sempre haver a limitação para efetiva carga tributária de ISS, a LC 157 vinculou o seu
descumprimento a ato de improbidade administrativa:
• Qualquer ação ou omissão para conceder, aplicar ou manter benefícios que resultem em carga tributária de ISS
inferior a 2%.

• Municípios e o DF devem revogar, no prazo de um ano da publicação da LC, os dispositivos que


concedem benefícios e incentivos fiscais que resultem em carga tributária inferior a 2%;

• Competência ao Município em que situado o tomador dos serviços para arrecadação do ISS, na
hipótese de o Município do prestador instituir alíquota inferior a 2%.

• Permissão para que os Municípios e o DF ajuízem ação judicial por improbidade


administrativa contra o agente público que conceder, aplicar ou mantiver benefício
financeiro ou tributário relativo ao ISS, em desconformidade com a lei;

• Penalidades: perda da função pública, suspensão dos direitos políticos por cinco a
oito anos e multa civil de até três vezes o valor do benefício concedido.

Sinopse Tributária – 2018-2019 100


LC 157 – Principais alterações: Local de recolhimento do ISS

• Inclusão de novas exceções à regra geral de recolhimento do ISS, de


modo que será devido no município onde localizados os seus
A LC 157/2016 tomadores:
alterou em vários
pontos o texto da – Planos de saúde e veterinários (4.22, 4.23 e 5.09);
LC 116/2003, – Administradoras de cartão de crédito ou débito (15.01); e,
introduzindo novas – Arrendamento mercantil, franquias e faturização (10.04 e
normas gerais 15.09).
sobre a instituição
e a cobrança do • A partir da data da republicação da LC 157/2016, são ilegais os
ISS dispositivos das leis municipais que não estiverem em consonância
com as novas regras. Nos casos de continuidade de cobrança pelo
município com base na regra anterior, há possibilidade de
questionamento de eventual cobrança indevida.

Sinopse Tributária – 2018-2019 101


LC 157 – Principais alterações: Local de recolhimento do ISS

LC 157/2016 - Controvérsias

Desvirtuamento da
• Capacidade Colaborativa Regra-Matriz do ISS
frente ao novo critério
• Praticabilidade Tributária espacial

• Livre Iniciativa

• Razoabilidade
Matéria tributária é
• Proporcionalidade Violação à Separação privativa do
de Poderes - Veto nº Presidente da
52/2016 República

Sinopse Tributária – 2018-2019 102


LC 157 – Principais alterações: Local de recolhimento do ISS
ADI 499
• Ajuizada pela CNS em face da inconstitucionalidade da previsão de recolhimento do ISS no Município do tomador
dos serviços de planos de saúde suplementar.
• Ainda pendente de julgamento.

ADI 5835
• Ajuizada pela CONSIF e CNSEG questionando os dispositivos da LC 157/16 que determinam que o ISS será devido
no município do tomador do serviço em relação a: planos de saúde, administração de fundos e carteira de
clientes, de consórcios, de cartão de crédito ou débito e de arrendamento mercantil (leasing).
• Concedida medida cautelar - Suspendeu a eficácia dos dispositivos questionados da LC 157/16; bem
como, por arrastamento, suspendeu a eficácia de toda legislação local editada para sua direta
complementação.
– Exige-se clareza quanto ao conceito de “tomador de serviços” – insegurança jurídica e possibilidade
de dupla tributação ou mesmo inocorrência de incidência tributária;
– A ausência de definição e diversas normas municipais antagônicas: dificuldade na aplicação da LC 157
e conflitos de competência entre unidades federadas.

Sinopse Tributária – 2018-2019 103


LC 157 – Principais alterações: Local de recolhimento do ISS
Cenário de insegurança jurídica: Barueri
1. LC 399/2017 – Não internalizou a alteração do local de recolhimento do ISS, somente a inclusão dos
novos serviços;

2. LC 419/2017 – Internalizou a regra de alteração do local de recolhimento dos serviços elencados na


LC 157 para o domicílio do tomador;

3. LC 423/2018 - Revogou o texto da LC municipal 419/17 de modo a exigir o ISS sobre os referidos
serviços no Município do prestador.

4. Comunicado no site da Prefeitura de Barueri:


• Em razão da liminar conferida na ADI 5835.

Sinopse Tributária – 2018-2019 104


LC 157 – Principais alterações: Local de recolhimento do ISS
Projeto de sistema unificado de obrigações acessórias de ISS (PLP 461/17)
• Mudança de competência trazida na LC 157/16: Proposta de Lei Complementar para instituir um padrão nacional unificado nacional de
obrigação acessória do ISSQN para os seguintes serviços:
o Planos de saúde;
o Planos de veterinária;
o Leasing;
o Franchising;
o Factoring;
o Administração de fundos, de consórcio, de cartão de crédito ou débito e congêneres, de carteira de clientes, de cheques pré-datados e
congêneres.
• Status: Em 23/05/18 foi aprovado requerimento para tramitação do PLP em regime de urgência.

Sistema
• “Leiautes” e padrões definidos pelo Comitê Gestor das Obrigações Pagamento
Acessórias do ISSQN (CGOA);
• Pagamento até o 15º dia do mês subsequente ao de
• Os Municípios e o DF devem fornecer (i) as alíquotas, (ii) os arquivos ocorrência dos fatos geradores, exclusivamente por meio de
da legislação vigente que versem sobre os serviços objeto do PLP e transferência bancária;
(iii) os dados do domicílio bancário para recebimento do ISSQN pelo
• Responsabilidade exclusiva do contribuinte – vedação de
sistema eletrônico;
atribuição de responsabilidade a terceira pessoa relativa aos
• Prazo ao contribuinte até o 25º dia do mês seguinte ao de ocorrência serviços referidos no PLP;
dos fatos geradores;
• Atualização do débito pela SELIC a partir do primeiro dia do
• Vedação à imposição de qualquer outra obrigação acessória a
mês subsequente ao do seu vencimento normal.
contribuintes não estabelecidos em seu território (quanto aos
serviços elencados no PLP);

Sinopse Tributária – 2018-2019 105


LC 157 – Principais alterações: lista de serviços da LC nº 116/03
• Principais alterações na Lista de Serviços:
Lei
Complementar 1.03 - Processamento, armazenamento ou hospedagem de dados, textos,
imagens, vídeos, páginas eletrônicas, aplicativos e sistemas de informação,
157/2016 entre outros formatos, e congêneres.
1.04 - Elaboração de programas de computadores, inclusive de jogos
eletrônicos, independentemente da arquitetura construtiva da máquina em
que o programa será executado, incluindo tablets, smartphones e
congêneres.

1.09 - Disponibilização, sem cessão definitiva, de conteúdos de áudio, vídeo,


imagem e texto por meio da internet, respeitada a imunidade de livros,
jornais e periódicos (exceto a distribuição de conteúdos pelas prestadoras de
Serviço de Acesso Condicionado, de que trata a Lei no 12.485, de 12 de
setembro de 2011, sujeita ao ICMS).
17.25 - Inserção de textos, desenhos e outros materiais de propaganda e
publicidade, em qualquer meio (exceto em livros, jornais, periódicos e nas
modalidades de serviços de radiodifusão sonora e de sons e imagens de
recepção livre e gratuita).

Sinopse Tributária – 2018-2019 106


ICMS – Bens Digitais
Convênio ICMS nº 106/2017
Economia Digital
Modelo de negócios
Dinamismo
e rápida
evolução do
modelo de
negócio

Constantes CLOUD SOFTWARE PUBLICIDADE


ONLINE
conflitos
tributários

Legislação e PROCESSAMENTO APPS STREAMING


conceitos
ultrapassados

Desafio: adaptar, criar e interpretar


a legislação tributária com base na
nova realidade digital.

Sinopse Tributária – 2018-2019 108


Convênio ICMS nº 106/2017

Responsabilidade: pode ser atribuída:


Bens digitais:  àquele que realizar a oferta, venda ou entrega do bem ou mercadoria digital
softwares, programas, ao consumidor, por meio de transferência eletrônica de dados, em razão de
contrato firmado com o comercializador;
jogos eletrônicos,
 ao intermediador financeiro, inclusive a administradora de cartão de
aplicativos, arquivos crédito ou de outro meio de pagamento;
eletrônicos e congêneres,  ao adquirente do bem ou mercadoria digital, na hipótese de o
que sejam padronizados, contribuinte ou os responsáveis descritos nos incisos anteriores não serem
inscritos na unidade federada de que trata a cláusula quarta;
ainda que tenham sido ou
 à administradora de cartão de crédito ou débito ou à intermediadora
possam ser adaptados, financeira responsável pelo câmbio, nas operações de importação.
comercializadas por meio
de transferência Demais disposições:
eletrônica de dados  Operações anteriores à saída para consumidor final são isentas;
observarão as disposições  Imposto devido nas saídas internas e importações;
contidas neste convênio.  Inscrição nas unidades federadas em que praticar
saída interna ou importação destinada a consumidor final.

Sinopse Tributária – 2018-2019 109


Convênio ICMS nº 106/2017
Críticas ao Convênio

• Entraves para empresas de tecnologia


• Imposição de novas obrigações acessórias: inscrição em diversas unidades;
• Dificuldade quanto ao controle do domicílio dos usuários.

• Possíveis impactos para o consumidor final


• Aumento do custo;
• Nos casos de importação, deverá afetar o acesso ao bem;

• Discussões quanto à constitucionalidade


• Imunidade tributária: possível violação da imunidade constitucional prevista no art. 150, inciso VI,
alínea “e”, da CF no que se refere à música e filmes, via download ou streaming;
• Possibilidade de bitributação, entre estados e municípios, frente à violação aos limites
constitucionais do ICMS (materialidade) e contrariedade à LC 116/2003.

Sinopse Tributária – 2018-2019 110


Portaria CAT 24/2018 – São Paulo
Objetivo: Esclarecer conceitos aplicáveis a operações com mercadorias digitais.
 Bens digitais: todos aqueles não personificados, inseridos em cadeia de
massificação. Exemplos:

 Softwares, programas, jogos eletrônicos, aplicativos, arquivos eletrônicos e


congêneres, que sejam padronizados (de prateleira), ainda que tenham sido ou
possam ser adaptados, independentemente de serem utilizados pelo adquirente
mediante “download” ou em nuvem;

 Conteúdos de áudio, vídeo, imagem e texto, com cessão definitiva (“download”),


respeitada a imunidade de livros, jornais e periódicos.

 Obrigações acessórias:
• Emissão de Notas Fiscais.
• Dispensada emissão de Notas Fiscais nas operações
realizadas com bens e mercadorias digitais anteriores à
saída destinada ao consumidor final;
• Sites e plataformas devem ter inscrições estaduais
próprias quando realizado download em SP,
independente de ter estabelecimento físico no estado.

Sinopse Tributária – 2018-2019 111


Conflito de competência –
ISS X ICMS – discussões atuais
Histórico
Convênio ICMS n°
Personalizado 181/2015: redução na BC do
(ISS) X STF - Repercussão
ICMS de, no mínimo, 5% do
Padronizado Geral (RE 688.223
valor da operação
(ICMS) RG/PR) – incidência do
ICMS incidente sobre ISS – licenciamento ou
ICMS incide sobre software em
software com suporte cessão de direito –
qualquer meio (via download,
físico (dobro do valor) programas de
streaming ou com suporte físico)
Decreto 51.619/2007 computador.
- Decreto Nº 61.522/2015

2007 2012 2015


1998 2010 2014
Bem corpóreo (ICMS)
X Negada medida cautelar da ADI Instrução Normativa
Bem incorpóreo 1945, ajuizada em face da Lei SF/SUREM nº
Estadual nº 7.098/98 - MG, na parte 21/2014
(ISS);
em que determinava a incidência do ISS incidente sobre
STF. RE 176.626/SP/ ICMS sobre “as operações com quaisquer
1ª Turma. Rel. Min. programa de computador – software modalidades de
Sepúlveda Pertence -, ainda que realizadas por licenciamento de
transferência eletrônica de dados”. software (Município
Aguarda julgamento do mérito de São Paulo)
quanto à incidência ou não do ICMS.
No mérito, à época, Marco Aurélio,
sinalizou que a redação da LC nº
87/96 impossibilitaria a
classificação de software
comercializado via download
como mercadoria propriamente
dita.

Sinopse Tributária – 2018-2019 113


Histórico

2016 2017 2018


ICMS – suspensa cobrança nas O Convênio ICMS 106/2017 regulamentou a tributação pelo ICMS A Portaria CAT 24/2018
operações com softwares, quando de bens e mercadorias digitais, comercializados via transferência estabelece os conceitos de
disponibilizados via download ou eletrônica de dados. No mesmo sentido, o Estado de São Paulo mercadoria digital para fins de
streaming, por falta de definição do publicou o Decreto nº 63.099/17 que estabelece, inclusive, a tributação do ICMS no Estado de
local da ocorrência do fato equiparação de sites e plataformas à estabelecimentos para fins de São Paulo, bem como determina
gerador. inscrição estadual. procedimentos para cumprimento
SP: Decreto 61.791/2016 de obrigação acessória.
SEFAZ/SP
ISS – Inclusão de serviços na Lista de - Resposta à consulta 15.093/2017: ICMS incide independente da ADI 6.034
Serviços tributáveis ISS por meio da forma (física ou eletrônica) - Ajuizada pelo Governador do
Lei Complementar nº 157, incluindo - Resposta à consulta 15.319/2017: ICMS incide sobre todos os custos Estado do Rio de Janeiro
serviços de streaming, (software, mídia, licença/cessão de uso) - Inconstitucionalidade do item
desenvolvimento de programas e Decisão Normativa CAT nº 4, de 20 de setembro de 2017 17.25 por invasão de competência
jogos sem cessão definitiva estadual
Município de SP
- Parecer Normativo 01/2017: ISS incide independentemente se
personalizado ou não

Sinopse Tributária – 2018-2019 114


Conflito de competência: ICMS e ISS – mercadoria x serviço

1998 2007 Atual

Convênio 106/17
Bem corpóreo
(ICMS) Personalizado – bens digitais
(ISS) (ICMS)
X X x
Bem Padronizado LC 157/16 –
incorpóreo (ICMS) novos serviços
(ISS) (ISS)

STF - Repercussão
Geral (RE 688.223),
“discute-se, na espécie,
se programas de
computação cedidos sob
o ângulo do uso estão
sujeitos ao ISS”.

Sinopse Tributária – 2018-2019 115


Conflito de Competência

Atividade
Padronizado? Econômica Personalizado?

Circulação de Prestação de
Mercadoria Serviço

Produtos Software as a Independente


de
Físicos Service customização?

Streaming/
download
Cessão de
Produtos
Direito de
Digitais
Uso
ICMS ISS

Sinopse Tributária – 2018-2019 116


Download e Streaming

Legislação Jurisprudência
ICMS - proprietários de site e
ICMS – Convênio plataformas eletrônicas que “Diante do exposto, JULGO PROCEDENTE a
106/17 CONFAZ e comercializam softwares, programas, ação, nos termos do art. 487, I do CPC,
Decreto nº 63.099/17 jogos eletrônicos, aplicativos, arquivos confirmo a liminar, para garantir as
eletrônicos por meio de associadas da impetrante o direito de
Mandado de
transferência eletrônica de dados não se sujeitarem às normas do
Segurança Coletivo
Decreto Estadual no. 63.099/17 e
(Brasscom)
Convênio Confaz no. 106/17, conforme
ICMS - conteúdo de áudio, vídeo, postulado”. – Publicado em 05/09/2018 -
imagem e texto, com cessão definitiva Processo nº 1010278-54.2018.8.26.0053.
Portaria CAT 24/2018 TJSP. 15/03/2018
(“download”) (streaming estaria
(SP)
excluído...)

Ajuizada em 11/06/2018 -
Inconstitucionalidade do Convênio 106/17 -
ISS: 1.09 - disponibilização, sem O setor afirma que: (i) o pagamento de
ADI 5958 com ICMS gerará bitributação irregular, visto
cessão definitiva, de conteúdos de
ISS – LC nº 157/16 pedido liminar que as empresas já são cobradas na seara
áudio, vídeo, imagem e texto por
(Brasscom) do ISS; e (ii) não há comercialização de
meio da internet
um produto comum, mas sim uma
cessão de direito de uso, que deve ser
considerada como um serviço.

Sinopse Tributária – 2018-2019 117


Nuvens e Data Centers
• Receita Federal (Solução de Divergência nº 6/14 – COSIT):
– Prestação de serviço integrada (utilização dos equipamentos e os serviços de apoio);
– IRRF, CIDE/Royalties, PIS-importação e Cofins-importação, nas remessas feitas para pagamento
pelo serviço prestado no exterior.

• Município de São Paulo:


Incide ISS:
• Solução de Consulta SF/DEJUG nº 40/2013:
– Plataforma em nuvem: 1.03 da Lista de Serviços relativo a processamento de dados e congêneres (inclusão pela LC 157);
– Disponibilização de softwares em ambiente de nuvem: 1.05 da Lista de Serviços relativo a licenciamento ou cessão de direito
de uso de programas de computação, inclusive distribuição.
• Parecer Normativo SF nº 01 de 2017:
– Reafirmação do licenciamento ou cessão de direito de uso de programas de computação por transferência eletrônica de dados
ou quando instalados em servidor externo se enquadram no Item 1.05 da Lista de Serviços.

• Estado de São Paulo:


Incide ICMS:
– Portaria CAT 24/2018: operações com nuvem são tributadas pelo ICMS.
– Autuações empresas para exigir ICMS sobre serviços de hosting e outsourcing.
– Resposta à Consulta 16.728/2017: incide ICMS em programas baixados por meio de software de nuvem.

Sinopse Tributária – 2018-2019 118


Enquadramento das atividades - Pontos controvertidos

Atualmente, a legislação leva à discussão do enquadramento dos serviços nas seguintes


frentes:

Conceito de comunicação e sua


ICMS Serviço de comunicação extensão frente às novas
tecnologias

Hosting, storage,
ISS processamento de dados x
Nova legislação e autonomia
cessão de direito de uso/
dos serviços
licenciamento /veiculação
de publicidade

Conflito de competência
ICMS Venda de bens digitais Conceito de “bem digital”

Sinopse Tributária – 2018-2019 119


Item 17.25 – Inserção de
publicidade na Internet
Publicidade na internet – Jurisprudência após LC 157

Irretroatividade
da LC 157 x
DESFAVORÁVEL Inaplicabilidade
da LC 157

Fim do conflito de FAVORÁVEL


competência entre o
ICMS e o ISS

Sinopse Tributária – 2018-2019 121


Publicidade na internet – Jurisprudência após LC 157
Precedentes buscando o afastamento da LC 157
• Recentemente, os julgamentos indicam novo cenário de interpretação da LC 157:
17.25 - Inserção de textos, desenhos e outros materiais de propaganda e publicidade,
em qualquer meio (exceto em livros, jornais, periódicos e nas modalidades de serviços
de radiodifusão sonora e de sons e imagens de recepção livre e gratuita).

INSERÇÃO? VEICULAÇÃO?

Sinopse Tributária – 2018-2019 122


Publicidade na internet – Jurisprudência após LC 157
Precedentes buscando o afastamento da LC 157

Fisco sustenta:

Veiculação = Inserção =
comunicação serviço

ICMS ISS

Sinopse Tributária – 2018-2019 123


Publicidade na internet – Jurisprudência após LC 157

FISCO Contribuinte

• Veto anterior no item 17.07: • Motivação do Veto: ofensa à imunidade tributária - corroborado pela
“Veiculação e divulgação de textos, atual redação do item 17.25
desenhos e outros materiais de • Não validou a incidência de ICMS - corroborado pela Comissão de
propaganda e publicidade, por Assuntos Econômicos com relação ao Projeto de Lei do Senado nº
386/2012
qualquer meio.“
• Emenda proposta pelo Senador Francisco Dornelles:
• Motivação do Veto: Competência o Conferir maior precisão aos serviços de publicidade via
internet; e
Estadual - ISS não incide em
atividade de comunicação, qual o Evitar confusão com a publicidade dos meios de comunicação
social (rádio, televisão, livros, jornais e revistas).
seja, a VEICULAÇÃO.
• Verbo “inserir” pretendeu conferir maior precisão semântica às
atividades desenvolvidas com relação à publicidade pela internet;
• Verbo “veicular” se restringe aos meios de comunicação social –
que não os veículos que se utilizam da internet.

Sinopse Tributária – 2018-2019 124


Publicidade na internet – Panorama Estadual (TIT-SP)

Inserção X Veiculação Veto “Retroatividade”

“Como consta no Relatório Circunstanciado, é “Ademais, cumpre mencionar que no tocante ao “REAFIRMAÇÃO DA AUSÊNCIA DE
necessário se fazer uma DISTINÇÃO entre: (i) os conflito de competência ISS x ICMS que o COMPETÊNCIA ESTADUAL A PARTIR DA LEI
serviços realizados pelas agências de referido serviço de veiculação constava do COMPLEMENTAR N.º 157/2016, QUE INCLUIU
publicidade, os quais são predominantemente de Projeto de Lei Complementar nº 01/1991 (que O ITEM 17.25 NA LISTA DE SERVIÇOS (ISS).
natureza intelectual na criação e desenvolvimento de originou a Lei Complementar nº 116/2003) com RECURSO ORDINÁRIO CONHECIDO E PROVIDO
campanhas publicitárias, sujeitos à incidência do a seguinte redação: “17.07 Veiculação e (...) confirmou a interpretação de que, na
ISS (Item 17.06 da lista de serviços anexa à Lei divulgação de textos, desenhos e outros verdade, a veiculação de publicidade e
Complementar nº 116/20032); e (ii) os serviços de materiais de propaganda e publicidade, por propaganda pela internet NUNCA esteve no
mera disponibilização do meio para veiculação qualquer meio”, foi objeto de veto presidencial campo de incidência do ICMS-Comunicação”.
da mensagem publicitária, serviço de (Mensagem nº 362, de 31/07/2003), e uma (TIT, 2ª Câmara Julgadora, AIIM nº 4.086.771, Rel.
comunicação tributado pelo ICMS (Artigo 155, II, das razões para o veto é a de que o referido Flávio Takano, Julgamento em 23/10/2018)
da Constituição Federal de 1988), pois ambos não se item trataria da incidência do ISS sobre
confundem”. (TIT, 13ª Câmara Julgadora, AIIM nº serviços de comunicação (serviços que em “Em outras palavras, o legislador federal resolveu o
4.064.293, Rel. Cacilda Peixoto, Julgamento em geral perpassam as fronteira de um único conflito de competência entre Estados e Municípios
28/04/2017) município, surgindo competência da União)”. a favor destes, relativamente à “inserção de
(TIT, 13ª Câmara Julgadora, AIIM nº 4.064.293, propaganda e publicidade por qualquer meio”, ou
Rel. Cacilda Peixoto, Julgamento em 28/04/2017) seja, após a eficácia Lei Complementar Federal
“Item 17.25 da Lei Complementar Federal nº
116/2003, na redação dada pela Lei Complementar nº 157/2016, tais serviços são de
Federal nº 157/2016 refere-se a “inserção de competência dos Municípios”. (TIT, 16ª Câmara
textos, desenhos e outros materiais de Julgadora, AIIM nº 4.090.703, Rel. Fabiane
propaganda e publicidade”, enquanto a presente Botechia, Julgamento em 06/06/2018)
autuação refere-se a “veiculação de publicidade
via internet”, serviços distintos”. (TIT, 16ª No mesmo sentido, já decidiram a 4ª, 6ª, 10ª e
Câmara Julgadora, AIIM nº 4.090.703, Rel. Fabiane 12ª Câmaras Julgadoras do TIT.
Botechia, Julgamento em 06/06/2018)

Sinopse Tributária – 2018-2019 125


Publicidade na internet – Panorama Estadual (TJ-SP)
Incidência de ISS

“(...) a mera comunicação de conteúdo, considerada em sua amplitude, não caracteriza o serviço de comunicação tal como previsto
no artigo 2º, III, da Lei Complementar nº 87/1996.
Orientação reafirmada com a edição da Lei Complementar nº 157/2016, que alterou a Lei Complementar nº 116, de 31 de julho de 2003,
sobre o Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza, de modo a incluir a hipótese como fato gerador do ISS, item 17.25 da
correspondente lista de serviços”.
(TJSP, Apelação e Reexame Necessário no processo nº 1049846-82.2015.8.26.0053, 12ª Câmara de Direito Público, Desembargador Relator
Edson Ferreira, j. 18/04/2018)

“Inserção de publicidade na internet. Hipótese de não incidência do ICMS, mas de ISS. Publicidade inserida de forma gratuita.
Precedente jurisprudencial. Superveniência da LC nº 157/2016, com inclusão do item 17.25 na Lei Complementar nº 116/2003,
que regulamentou a cobrança de ISS sobre publicidade na internet”. (TJSP, Apelação e Reexame Necessário no processo nº
1024278-93.2017.8.26.0053, 12ª Câmara de Direito Público, Desembargadora Relatora Isabel Cogan, j. 07/02/2018)

“(...) Divulgação de publicidade em páginas da internet - Fato gerador de ICMS não caracterizado - Prestação de serviço de
comunicação – Inocorrência - Operação que possui natureza distinta - Inexigibilidade do tributo verificada - Nulidade do auto de infração -
Superveniência, aliás, da LC nº 157/2016, que alterou a LC nº. 116/2003, a indicar a incidência de ISS sobre tais
operações”. (TJSP, Apelação e Reexame Necessário no processo nº. 1021230-97.2015.8.26.0053, 6ª Câmara de Direito Público,
Desembargadora Relatora Maria Olívia Alves, j. 08/11/2017).

Sinopse Tributária – 2018-2019 126


Publicidade na internet – Panorama Municipal (São Paulo)
Parecer Normativo SF nº 01/16 – Município de São Paulo:“Art. 1º Os serviços de
divulgação, disponibilização e inserção de propaganda e publicidade enquadram-se no
item 17.06 da lista de serviços prevista no art. 1º da Lei Municipal nº 13.701, de 24
de dezembro de 2003 e alterações posteriores, sujeitando-se à incidência do Imposto
sobre Serviços de Qualquer Natureza – ISS”.
Veto Caráter vinculante e retroatividade do PN nº 01/16

“(...) considerado o caráter vinculante do Parecer


“Quanto à vinculação deste Conselho ao Parecer Normativo SF nº 01/2016 aos órgãos da
“Nem se diga, é bom dizer, que o veto presidencial
Normativo, entendo que nos termos dos artigos administração municipal, da qual este E. Conselho
realizado em relação ao item 17.07 possa alterar a
96 e 100, inciso I do CTN, os atos expedidos Municipal de Tributos - CMT faz parte, além do fato de
interpretação do já referido item 17.06. O veto não
pelas autoridades administrativas são tratar-se de norma interpretativa, ou seja,
é lei. O veto não é norma jurídica. Pelo
“legislação tributária” e, portanto, passível de aplicação retroativa a fatos
contrário, é veículo que retira do mundo
vinculante, uma vez que o Conselho não tem pretéritos, julgo correto o enquadramento tributário
jurídico (antes mesmo de sua entrada)
competência para afastar a aplicação da adotado pela fiscalização na ocasião das lavraturas
determinado trecho de legislação regularmente
legislação tributária por inconstitucionalidade ou para os serviços ora tratados”. (CMT, 3ª Câmara
aprovada pelo Poder Legislativo”. (CMT, 2ª Câmara Julgadora, CCM nº 4.788.904-7, Rel. Cecilia Priscila de Souza,
Julgadora, CCM nº 4.131.2694, Rel. Caio Augusto Takano, ilegalidade, em atenção ao disposto no art. 53 Julgamento em 26/06/2018)
Julgamento em 22/09/2017) da Lei nº 14.107/2005. Ademais, dado seu
caráter interpretativo, produz efeitos
retroativos e atinge fatos pretéritos”. (CMT, “(...) é certo que foi editado o Parecer Normativo n.°
3ª Câmara Julgadora, CCM nº 8.087.143-7, Rel. Sarina 01/2016, vinculante ao CMT, que explicitou
Sasaki Manata, Julgamento em 19/01/2018) exatamente a hipótese ora tributada, a qual foi
chancelada pela edição da LC 157/2016”. (CMT,
2ª Câmara Julgadora, CCM nº 4.131.2694, Rel. Caio Augusto
Takano, Julgamento em 22/09/2017)

Sinopse Tributária – 2018-2019 127


ADI 6.034 e o item 17.25 da lista
de serviços
ADI 6.034
Ajuizada pelo Estado do Rio de Janeiro
Inconstitucionalidade do item 17.25 por invasão de competência estadual

Veiculação de
Objetivo não é a Inserção designa
publicidade está
mera inserção de que a empresa
Inserção é contida no
ISS tem texto, mas a veiculadora não
conexa e conceito de
competência publicidade ao produz o
indissociável à serviço de
residual ao ICMS público-alvo por conteúdo, mas o
veiculação comunicação e,
meio da recebe pronto do
por isso, sujeita-
veiculação anunciante
se ao ICMS

Contrariedade ao alegado pelo Fisco Paulista:


veiculação (ICMS) ≠ inserção (ISS)

Sinopse Tributária – 2018-2019 129


Reforma Tributária
Reforma Tributária - Principais premissas

Simplificação do atual sistema tributário – Unificação do ICMS, ISS, IPI, PIS e COFINS para
a criação do IBS (Imposto sobre Bens e Serviços);

Redução da burocratização e custos de conformidade – Criação de um sistema único para


compliance de obrigações acessórias;

Fim à Guerra Fiscal – Aplicação de alíquota única para todos os bens e serviços;
impedimento à concessão de incentivos fiscais;

Redução da elisão e evasão fiscal;

Combate à bitributação;

Redução da insegurança jurídica e do contencioso tributário.

Sinopse Tributária – 2018-2019 131


PEC 293/2004 | Deputado Luiz Carlos Hauly
• Manutenção (i) da carga tributária; e (ii) da partilha

• Criação do Superfisco Nacional

• Transição gradual: Período de 15 anos

o Primeiros 5 anos: cada ente federado manterá o quinhão de sua arrecadação nos mesmos moldes dos anos anteriores;

o Implementação dividida em 3 etapas:

Criação de contribuição Início da substituição do O novo sistema já terá


1ª etapa - 1º ano

6º ano
3ª etapa – a partir do
2ª etapa - 2º ao 5º ano
temporária, semelhante ao sistema antigo pelo novo. A substituído integralmente o
IBS, com alíquota máxima cada ano, as alíquotas de antigo, havendo a
de 1% e possibilidade de IPI, IOF, ICMS, ISS, CIDE- incorporação da CSLL no
compensação com a combustíveis, PIS/PASEP, IRPJ. Haverá migração da
COFINS COFINS, PIS/COFINS- partilha e vinculações do
importação e salário IBS e IS com base na
educação serão reduzidas proporção relativa à
em 20% dos seus valores arrecadação para as novas
atuais enquanto as regras em 10% ao ano.
alíquotas do IBS e IS são Além disso, haverá o
implementadas a frações aumento do repasse da
de 20% do valor previsto arrecadação do ITCMD e
na etapa anterior IPVA para os municípios,
cujo ônus financeiro será
dividido ao meio entre a
União e Estados

Sinopse Tributária – 2018-2019 132


PEC 293/2004 | Deputado Luiz Carlos Hauly
União Estados e DF Municípios

Imposto de importação e exportação IPVA (haverá repasse a IPTU


IR (incorporando CSLL) municípios) ITBI
ITR / CIDE Contribuições para custeio Contribuições para custeio da
IGF – Imposto sobre grandes fortunas da previdência de seus previdência de seus servidores e
IS - Imposto Seletivo servidores iluminação pública
ITCMD (haverá repasse a municípios) Taxas e contribuições de Taxas e contribuições de melhoria
Contribuições previdenciárias e sociais (CREA, CRM, CRC, etc.) melhoria
Taxas, contribuições de melhoria e empréstimos compulsórios IBS

Competência: União FG: Transmissão de propriedade de bens e prestação de serviços onerosos


Arrecadação: Compartilhada com os Estados Não-cumulativo e concessão de crédito financeiro
Lei Complementar definirá incidência. Sobre os Arrecadação No destino
demais, incidirá o IBS. Alíquota idêntica para quase a totalidade dos produtos e serviços:
Incidência sobre o consumo de produtos específicos: o Tributação mais baixa para: alimentos, medicamentos, transporte
Petróleo e seus derivados; Combustíveis e público, bens do ativo imobilizado, saneamento básico e educação;
lubrificantes de qualquer origem; Gás natural; o Vedação de concessão de benefício fiscal para qualquer outro
Cigarros e outros produtos do fumo; Energia elétrica;
Serviços de telecomunicações; Bebidas alcoólicas e produto ou serviço.
não alcoólicas; Veículos automotores novos, • Cobrado “por fora” (sem incidência do imposto sobre imposto);
terrestres, aquáticos e aéreos. • Não onerará bens do ativo fixo nem produtos exportados;

Sinopse Tributária – 2018-2019 133


Emenda CCIF – APPY à PEC 293/2004
Transição progressiva de sistema: 10 anos: (i) 2 de teste, com alíquota de 1% (compensada na
Cofins); (ii) 8 anos de transição de modelo, com a elevação progressiva da alíquota do IBS e redução
progressiva das alíquotas dos tributos atuais (mantendo a mesma carga tributária)

Transição de partilha: 50 anos


Primeiros 20 anos:
oRepor o valor correspondente à redução de ICMS e ISS;
oApenas o crescimento real da receita seria distribuído pelo novo critério de destino.
30 anos seguintes:
oParcela que repõe a perda de receita proporcionalmente reduzida – 1/30 por ano;
oConvergência para os novos critérios de distribuição de receita.
Após a transição, a distribuição da receita seria proporcional ao consumo (princípio do destino);
Alteração de alíquota - Variação da receita integralmente apropriada pelo ente que a alterou.

Hauly apresentou proposta incorporando a ideia da Emenda, mas propondo


prazos distintos para o período de transição. Além disso, incorpora a criação de
contribuição provisória e concomitância entre sistemas

Sinopse Tributária – 2018-2019 134


Atual tramitação da PEC 293/2004

Apresentação
da Emenda
Instituição da CCiF 7/2018 -
Comissão Relator: Dep. Luiz Appy
Especial Carlos Hauly

29/05/18 12/06/18 13/06/18 26/06/18 09/08/18 14/08/18 27/11/18

Criação da Prazo para Apresentação


Prazo para
Comissão Emendas à do projeto
Emendas à
Especial Proposta: 10 pelo Hauly na
Proposta
sessões a partir Comissão de
prorrogado até
de 14/06/18 Finanças e
14/08/18
Tributação da
Câmara

Sinopse Tributária – 2018-2019 135


OUTRAS FRENTES DE REFORMA em Discussão
 Reforma Processual
• Novo modelo para tribunais administrativos;
• Métodos alternativos para resolução de conflitos;
• Limites do mercado e garantias;
• Justiça Tributária especializada?

 Unificação de Obrigações acessórias municipais – ISS (PLP 461/2017)

 Maior transparência aos incentivos fiscais – PLS 118/2014

 Micro-Reforma – Unificação PIS/COFINS – IVA Federal

 Tributação Economia Digital – Reflexão sobre a captação de riqueza gerada por esse mercado

Sinopse Tributária – 2018-2019 136


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Sinopse Tributária

Novembro/2018
Exportação de
Serviços
PN 01 – Exportação: a que se aplica?
• IOF (Decreto 6.306)

Art. 15-B. A alíquota do IOF fica reduzida para trinta e oito centésimos por cento, observadas as seguintes
exceções:

I - nas operações de câmbio relativas ao ingresso no País de receitas de exportação de bens e serviços:
zero; (...)

• IRRF (RIR/18)

Art. 755. A alíquota do imposto sobre a renda incidente na fonte sobre os rendimentos auferidos no País, por
residentes ou domiciliados no exterior, fica reduzida a zero nas seguintes hipóteses (Lei nº 9.481, de 1997, art.
1º, caput; e Lei nº 9.959, de 2000, art. 1º): (...)

VI - juros e comissões relativos a créditos obtidos no exterior e destinados ao financiamento de exportações


(Lei nº 9.481, de 1997, art. 1º, caput, inciso XI); (...)

§ 4º Os juros e as comissões correspondentes à parcela dos créditos de que trata o inciso VI do caput não
aplicada no financiamento de exportações ficam sujeitos à incidência do imposto sobre a renda na fonte à
alíquota de vinte e cinco por cento (Lei nº 9.779, de 1999, art. 9º, caput).
PN 01 – Exportação: a que se aplica?
• PIS/COFINS (Constituição Federal)

Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e
de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas,
observado o disposto nos arts. 146, III, e 150, I e III, e sem prejuízo do previsto no art. 195, § 6º, relativamente
às contribuições a que alude o dispositivo. (...)

§ 2º As contribuições sociais e de intervenção no domínio econômico de que trata o caput deste artigo: (Incluído
pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001) (...)

I - não incidirão sobre as receitas decorrentes de exportação; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 33,
de 2001) (...)

• PIS/COFINS (Leis 10.637 e 10.833)

Art. 5º. A contribuição para o PIS/Pasep não incidirá sobre as receitas decorrentes das operações de: (...)

II – prestação de serviços para pessoa física ou jurídica residente ou domiciliada no exterior, cujo
pagamento represente ingresso de divisas; ...”
PN 01 – Exportação: a que se aplica?
• ICMS (Constituição Federal)

Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 3, de 1993) (...)

X - não incidirá:

a) sobre operações que destinem mercadorias para o exterior, nem sobre serviços prestados a destinatários
no exterior, assegurada a manutenção e o aproveitamento do montante do imposto cobrado nas operações e
prestações anteriores; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) (...)

XII - cabe à lei complementar: (...)

d) fixar, para efeito de sua cobrança e definição do estabelecimento responsável, o local das operações relativas à
circulação de mercadorias e das prestações de serviços; (...)

f) prever casos de manutenção de crédito, relativamente à remessa para outro Estado e exportação para o
exterior, de serviços e de mercadorias; (...)
PN 01 – Exportação: a que se aplica?
• ISS (Constituição Federal)

Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre: (...)

III - serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155, II, definidos em lei complementar. (Redação
dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993) (...)

§ 3º Em relação ao imposto previsto no inciso III do caput deste artigo, cabe à lei complementar: (Redação dada
pela Emenda Constitucional nº 37, de 2002) (...)

II - excluir da sua incidência exportações de serviços para o exterior. (Incluído pela Emenda Constitucional nº
3, de 1993) (...)

• ISS (LC 116)

Art. 2o O imposto não incide sobre:

I – as exportações de serviços para o exterior do País;

Parágrafo único. Não se enquadram no disposto no inciso I os serviços desenvolvidos no Brasil, cujo resultado
aqui se verifique, ainda que o pagamento seja feito por residente no exterior.
PN 01 – Críticas ao GATS

• Exportação: levar para fora, operar entre fronteiras

• GATS: Acordo Geral sobre o Comércio de Serviços, firmado no âmbito da Organização Mundial do Comércio (OMC)
ao final da Rodada do Uruguai do GATT/1994

• Objetivo: liberalização do comércio entre países membros

• Não há conceito de exportação


• Parâmetros podem ou não representar exportação de serviços

• Crítica: elemento territorial como parâmetro

• Prestador no Brasil, tomador no exterior – apenas serviço transpõe fronteiras

• Prestador no Brasil, tomador se movimenta – apenas tomador transpõe fronteiras

• Prestador no exterior, tomador no exterior – apenas prestador (filial) transpõe fronteiras

• Prestador no exterior, tomador no exterior – apenas prestador (pessoa física) transpõe fronteiras
PN 01 – Críticas aos conceitos atuais: municípios

• PN SF nº 02/16: resultado corresponderia à realização das atividades descritas na lista de serviços tributáveis

• Irrelevante que eventuais benefícios ou decorrências oriundas dessa atividade sejam fruídos ou verificados no
exterior ou por residente no exterior

• PN SF nº 04/16:

• Serviço exportado quando a pessoa, o elemento material, imaterial ou o interesse econômico sobre o qual recaia
a prestação estiver localizado no exterior

• Exceção: prestações referentes a serviços de “informática e congêneres” (prestados a residente ou domiciliado


no Brasil), de “pesquisas e desenvolvimento de qualquer natureza” (se a base pesquisada se encontrar no
território nacional).

• Problema 1: subjetividade permanece


• Problema 2: restrição do conceito pelo tomador
PN 01 – Críticas aos conceitos atuais: STJ

• 1ª Turma do STJ: não há exportação se serviço produzir resultados em território nacional

• GE Celma: motores e turbinas para reparos, retífica e revisão. Inicia, desenvolve e conclui a prestação do serviço
no Brasil e, depois de testados, envia-os de volta aos clientes para instalação em aeronaves.

• Conclusão e teste no Brasil


• Resultado: conserto do equipamento no Brasil

• Voto vencido:

• Conclusão e resultado são diversos


• Conclusão: Brasil
• Resultado: exterior (após a instalação)
PN 01 – A busca de um conceito definitivo

• Ausência de jurisprudência e doutrina definitivos

• Sugestão:

• fim buscado pelo constituinte e pelo legislador infraconstitucional: transposição de serviços a outros territórios

• relevância dos componentes subjetivos

– fatores inerentes ao prestador e ao tomador (localização em particular)


– fatores relacionados com a localização do serviço, tais como local da prestação e local do resultado
PN 01 – Critério de localização das partes

Estud
Prestador o Prestador Filial

Tomador Tomador

PIS/COFINS: perda de PIS/COFINS: simulação


oportunidade

Argentina Uruguai
PN 01 – Critério de localização dos serviços
• 1º fator: início das atividades no Brasil, com ações necessárias anteriores à realização material do serviço

• Planejamento, preparação ou organização dos recursos materiais ou intelectuais necessários

• 2º fator: circunstância – atendimento da demanda do tomador no outro território

• STJ: resultado imediato

• Exemplo turbina: resultado é a nova condição da máquina, agora disponível para o tomador do serviço em
condições de uso.
PN 01 – Exportação: qual o conceito na visão da RFB?

Localização
Localização do final do serviço:
tomador: exterior
atuação do prestador
Prestador Tomador no mercado externo

Tomador

Exterior
PN 01 – Exportação: qual o conceito na visão da RFB?

Localização
Serviços final em
executados do bens
serviço: território
imóveis ou em
Prestador Tomador bens
onde móveis
se situaincorporados
o imóvel a bens imóveis

Tomador

Exterior
PN 01 – Exportação: qual o conceito na visão da RFB?

Localização
Serviços final em
executados do bens
serviço: dependerá
móveis não
Prestador Tomador incorporados
de verificação acircunstancial
bens imóveissecuja utilização se
dará apenas no exterior
(a) Tomador de serviços atuar no mercado
externo;

(b) serviços executados em bem móvel não


Tomador incorporado a imóvel e

(c) demonstrado que o bem será utilizado


apenas no exterior

Verificação circunstancial: checagem de


documentação que demonstre onde se dá
o uso daquele bem ou onde houver
intenção real de utilizá-lo).
Exterior
PN 01 – Exportação: qual o conceito na visão da RFB?
Localização
Serviços final em
executados do serviço: casosem
bens móveis a
conexão com determinado
caso, levando-se em conta oterritório oua
local onde
Prestador Tomador executados
atividade desem referimento
prestação seráa um bem físico
obrigatoriamente realizada, com atenção às
Ex. consultoria
seguintes de investimentos ou
variáveis:
desenvolvimento de softwares
(a) Se uma parte relevante da prestação
dever se realizar em determinado local com
Tomador a presença física do prestador: atendida a
demanda naquele local;

(b) Se dispensada a presença física do


prestador mas necessária presença indireta
(por subcontratação) ou virtual (pelo
acesso compulsório a serviços eletrônicos
locais sem os quais se tornaria obrigatória
sua presença física direta ou indireta):
atendida a demanda onde presença
Exterior indispensável

(c) Não havendo qualquer elemento de


conexão territorial relacionado com o
resultado da prestação: atendida a
demanda no local onde o tomador tem sua
residência ou domicílio.
Beneficiário Final
BENEFICIÁRIO FINAL | MARCO INICIAL DA DISCUSSÃO

Maio/2016

• Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) publicou a Instrução Normativa nº 1.634,


que previu novos requisitos relativos à inscrição de pessoas jurídicas no Cadastro Nacional
da Pessoa Jurídica (CNPJ)

CNPJ obrigatório Divulgação de informações sobre a cadeia


para as entidades de participação societária até alcançar
nacionais e pessoa natural caracterizada como
estrangeiras que BENEFICIÁRIO FINAL ou entidades
investem no Brasil dispensadas

155
CONCEITO | BENEFICIÁRIO FINAL
Instrução Normativa nº 1.634

Pessoa natural que, em última instância, de forma direta ou


BENEFICIÁRIO indireta, possui, controla ou influencia significativamente a
entidade ou a pessoa natural em nome da qual uma transação é
FINAL conduzida

É verificada quando a pessoa natural possui mais de 25% do


capital da entidade, direta ou indiretamente; ou direta ou
INFLUÊNCIA indiretamente, detém ou exerce a preponderância nas
SIGNIFICATIVA deliberações sociais e o poder de eleger a maioria dos
administradores da entidade, ainda que sem controlá-la

156
PRAZOS | BENEFICIÁRIO FINAL
Prazos

Entidades já inscritas no CNPJ antes de 1º de julho de 2017:


Obrigação de informar o beneficiário final deve ser cumprida até 31 de dezembro de 2018

Entidades inscritas no CNPJ após 1º de julho de 2017:


Devem cumprir a exigência de informar o beneficiário final no prazo de 90 dias a partir da
data de sua inscrição

PENALIDADES
O não cumprimento da obrigação de informar o beneficiário final implica na
suspensão do CNPJ da referida entidade, fato que impossibilita a realização de
transações com estabelecimentos bancários
• Permite-se apenas a realização das operações necessárias para o retorno
do investimento ao país de origem e para o cumprimento de eventuais
obrigações assumidas antes da aplicação da penalidade

157
TRATAMENTO FISCAL DO INVESTIDOR ESTRANGEIRO VS.
CONCEITO DE INVESTIDOR ESTRANGEIRO
Tratamento Fiscal do Investidor Estrangeiro

Tratamento fiscal do investimento estrangeiro no Brasil regulado, dentre outras regras, pela Lei nº 8.981/95 e MP nº
2.189-49/01 (mercado financeiro e de capitais) e Lei nº 11.312/06 (FIPs)

Art. 16. O regime de tributação previsto no art. 81 da Lei nº 8.981, de 20 de janeiro de 1995, com a alteração
introduzida pelo art. 11 da Lei nº 9.249, de 26 de dezembro de 1995, aplica-se a investidor residente ou
domiciliado no exterior, individual ou coletivo, que realizar operações financeiras nos mercados de renda
fixa ou de renda variável no País, de acordo com as normas e condições estabelecidas pelo Conselho
Monetário Nacional.

Art. 3o Fica reduzida a zero a alíquota do imposto de renda incidente sobre os rendimentos auferidos nas aplicações
em fundos de investimento de que trata o art. 2o desta Lei quando pagos, creditados, entregues ou remetidos a
beneficiário residente ou domiciliado no exterior, individual ou coletivo, que realizar operações
financeiras no País de acordo com as normas e condições estabelecidas pelo Conselho Monetário
Nacional.

Incentivos fiscais em alguns casos:


• para residente ou domiciliado no exterior
• não se aplica aos residentes ou domiciliados em Jurisdição de Tributação Favorecida
• em operações financeiras no País de acordo com as normas e condições estabelecidas pelo CMN
• dependente do atendimento de outros requisitos específicos
158
TRATAMENTO FISCAL DO INVESTIDOR ESTRANGEIRO VS.
CONCEITO DE INVESTIDOR ESTRANGEIRO
Conselho Monetário Nacional (CMN)

“Investidor não residente, individual ou coletivo, as pessoas físicas


INVESTIDOR ou jurídicas, os fundos ou outras entidades de investimento coletivo,
ESTRANGEIRO com residência, sede ou domicílio no exterior” - Art. 5º da
Resolução nº 4.373, de 29 de setembro de 2014

159
IDENTIFICAÇÃO DO BENEFICIÁRIO FINAL | CENÁRIO ATUAL
Principais Conclusões Preliminares

• Normas do CMN definem como investidor estrangeiro a pessoa física, jurídica, fundos ou
outras entidades de investimento coletivo e não seus beneficiários finais

• Regras fiscais não definem conceito de beneficiário final, tampouco exigem sua
identificação para fins do tratamento tributário que veiculam

• A Instrução Normativa nº 1.634 institui regra de natureza cadastral, de modo que não
deveria repercutir efeitos na fruição de regimes tributários incentivados (e.g. investimento
em fundos incentivados, investimento em bolsa, etc.)

Autuações Fiscais – IRRF 35% ???

160
Perspectivas para os
próximos anos

161
Agenda tributária atual
Reformulação da Reformulação da tributação
tributação dos fundos de corporativa e tributação
investimento sobre dividendos

Aumento da carga Tributação da


tributária do ITCMD Economia Digital
Ações
Ações
Ações de
de
Reforma curto prazo
de longo Harmonização com
médio prazo
prazo regras internacionais
Tributária
Unificação do
PIS/COFINS

162
(i) Novo sistema para tributação dos fundos fechados:
PL 336 (Senado) • “Come-cotas”: tributação compulsória regressiva (22,5% a 15%, fundos de
Encerrado prazo para proposição longo prazo, ou de 22,5% a 20%, fundos de curto prazo), em maio e
de emendas. Desde 11.10.2018 novembro ou na amortização ou resgate
sob a relatoria da “Comissão de • Tributação do estoque: tributação em 31/05/2019 sobre a diferença entre o
Assuntos Econômicos” para custo de aquisição e o valor patrimonial da cota (ganhos acumulados)
posteriormente ser remetido à (ii) Novas regras para o FIP:
apreciação da Câmara dos
• Equiparação a PJ: FIPs classificados como patrimoniais (e não entidades de
Deputados
investimento) passam a ser tributados como pessoas jurídicas
• Tributação do estoque: tributação na fonte em 02/01/2019 sobre a diferença
entre o custo de aquisição e o valor patrimonial da cota

PL 10.638 (Câmara) Necessidade de conversão do PL até o final do ano para que


Encaminhado pelo Poder possa produzir efeitos em 1º de janeiro de 2019
Executivo à Câmara dos
Deputados. Encontra-se sob
análise da “Comissão de Finanças Reajuste STF Expectativa de
e Tributação” e encerrado prazo Impacto Arrecadação
para emendas em 30.10.2018
R$ 7,2 Bi R$ 10,72 Bi
2019 2019

163
Outubro/2018 • Projeto “Simplificação tributária: Reforma do
PIS/COFINS” encaminhado pela RFB ao executivo
Unificação • Potencial aumento da carga tributária
PIS/COFINS • Fenacon: aumento médio de 104%; impacto no setor de
serviços de até 136% em média
O ministro Eduardo Guardia, • 2ª maior fonte de arrecadação da União (20,71% em
da Fazenda, vai apresentar 2017 / 21,42% 2018 – até set )
em breve uma proposta de
projeto de lei para reduzir o • Brasil tem um dos menores impostos sobre
Imposto de Renda de ITCMD herança (Jp 10%-55% / Fr 45% / EUA 40%
pessoas jurídicas.
• Tendência de aumento de alíquota
“Temos de convergir para o resto do mundo, • Grupo de estudo OCDE + RFB com prazo de 18
mas não podemos perder arrecadação” Preços de
meses para apresentação de proposta
Transferência
uniformizadora
• Implementação de medidas como autorização da
Compensação de arrecadação: Economia
incidência de ISS sobre streaming
• Extinção do JCP Digital
• Tributação sobre dividendos
• CNI estuda proposição de medidas como
• Corte de benefícios fiscais TBU extensão do benefício da consolidação e do
 2019: economia deve ultrapassar R$ 300 bi crédito presumido atualmente previsto até 2022
 Maior dispêndio com o Simples, seguido da • Ações irrelevantes
Zona Franca de Manaus BEPS

164
Reforma Tributária
 Em tramitação – reapresentação do parecer em
ISS, ICMS, IPI, PIS/ 11/2018 aos membros da Comissão Especial da
IBS Reforma Tributária da Câmara. Pedido de vista coletivo
Projeto Cofins, Cide, salário- + Se aprovada, a proposta ainda precisa ser analisada no
educação, IOF e Pasep IS
Hauly Plenário da Câmara (necessidade de interrupção da
intervenção no RJ)
Fusão IR + CSLL  Transição em 6 anos: redução e aumento anual em
20%

 Foco na tributação sobre consumo


Projeto PIS/Cofins, IPI, ICMS e IBS  Transição em 10 anos: tributos atuais progressivamente
Ccif ISS + reduzidos e o novo imposto progressivamente elevado
IS mantendo a carga tributária.

PIS/Cofins IVA Federal  Foco na tributação sobre consumo


 Transição por módulos que podem ser ajustados de
Projeto acordo com as dificuldades encontradas,
IPI e CIDE
Ipea IS principalmente as políticas.
 Harmonização futura dos IVAs para cobrança sobre
ICMS e ISS IVA Estadual bases iguais

165
A nível de comparação, a média da
América Latina é de 342,6
horas/ano e da OCDE
Cenário atual da economia Brasileira
(organização internacional com os
35 países mais desenvolvidos do
mundo) 163,4 horas/ano.

166
Principais propostas de governo

Corte de
Controle das
gastos sem
Privatizações Estado menor contas aumento de
públicas arrecadação

diminuir para Reforma da


Reforma Inexistência zerar deficit
25% a carga previdência
tributária de propostas fiscal do (+ 50% do
tributária em
10 anos
concretas, Brasil em um orçamento
porém... ano federal)

Reforma IVA Tornar parque Prioridade


Necessidade de
Simplificação Fortalecer “comercializar comprometimento
+ redução de industrial
Tributária
tributos sobre competitivo atuação com todo com política fiscal
capital internacional mundo” Guedes internacional

167
O que esperar
 Adoção de um dos projetos de reforma tributária (indefinição sobre qual)
diminuir para  Modernizar tributação indireta
25% a carga  Marcos Cintra (Finep): substituição de 5 a 11 tributos por alíquota única de
tributária em movimentação financeira
10 anos
 Adoção de medidas favoráveis às privatizações como questão do ágio
zerar deficit  Reforma da previdência
fiscal do  Arrecadação com políticas fiscais de curto / médio prazos (tributação dividendos /
Brasil em um fundos de investimento)
ano
 Possível negociação de tratado com EUA
Fortalecer
 Modernização da política fiscal
atuação
 Fortalecer compromisso com a OCDE
internacional  Convergência às regras de preços de transferência aos padrões internacionais

168
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T 55 11 3147 7600 T 55 11 3035 4050 T 55 61 3218 6000 T 55 21 3231 8200 T 1 646 695 1100
Sinopse Tributária

Novembro/2018
Exportação de
Serviços
PN 01 – Exportação: a que se aplica?
• IOF (Decreto 6.306)

Art. 15-B. A alíquota do IOF fica reduzida para trinta e oito centésimos por cento, observadas as seguintes
exceções:

I - nas operações de câmbio relativas ao ingresso no País de receitas de exportação de bens e serviços:
zero; (...)

• IRRF (RIR/18)

Art. 755. A alíquota do imposto sobre a renda incidente na fonte sobre os rendimentos auferidos no País, por
residentes ou domiciliados no exterior, fica reduzida a zero nas seguintes hipóteses (Lei nº 9.481, de 1997, art.
1º, caput; e Lei nº 9.959, de 2000, art. 1º): (...)

VI - juros e comissões relativos a créditos obtidos no exterior e destinados ao financiamento de exportações


(Lei nº 9.481, de 1997, art. 1º, caput, inciso XI); (...)

§ 4º Os juros e as comissões correspondentes à parcela dos créditos de que trata o inciso VI do caput não
aplicada no financiamento de exportações ficam sujeitos à incidência do imposto sobre a renda na fonte à
alíquota de vinte e cinco por cento (Lei nº 9.779, de 1999, art. 9º, caput).
PN 01 – Exportação: a que se aplica?
• PIS/COFINS (Constituição Federal)

Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e
de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas,
observado o disposto nos arts. 146, III, e 150, I e III, e sem prejuízo do previsto no art. 195, § 6º, relativamente
às contribuições a que alude o dispositivo. (...)

§ 2º As contribuições sociais e de intervenção no domínio econômico de que trata o caput deste artigo: (Incluído
pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001) (...)

I - não incidirão sobre as receitas decorrentes de exportação; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 33,
de 2001) (...)

• PIS/COFINS (Leis 10.637 e 10.833)

Art. 5º. A contribuição para o PIS/Pasep não incidirá sobre as receitas decorrentes das operações de: (...)

II – prestação de serviços para pessoa física ou jurídica residente ou domiciliada no exterior, cujo
pagamento represente ingresso de divisas; ...”
PN 01 – Exportação: a que se aplica?
• ICMS (Constituição Federal)

Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 3, de 1993) (...)

X - não incidirá:

a) sobre operações que destinem mercadorias para o exterior, nem sobre serviços prestados a destinatários
no exterior, assegurada a manutenção e o aproveitamento do montante do imposto cobrado nas operações e
prestações anteriores; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) (...)

XII - cabe à lei complementar: (...)

d) fixar, para efeito de sua cobrança e definição do estabelecimento responsável, o local das operações relativas à
circulação de mercadorias e das prestações de serviços; (...)

f) prever casos de manutenção de crédito, relativamente à remessa para outro Estado e exportação para o
exterior, de serviços e de mercadorias; (...)
PN 01 – Exportação: a que se aplica?
• ISS (Constituição Federal)

Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre: (...)

III - serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155, II, definidos em lei complementar. (Redação
dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993) (...)

§ 3º Em relação ao imposto previsto no inciso III do caput deste artigo, cabe à lei complementar: (Redação dada
pela Emenda Constitucional nº 37, de 2002) (...)

II - excluir da sua incidência exportações de serviços para o exterior. (Incluído pela Emenda Constitucional nº
3, de 1993) (...)

• ISS (LC 116)

Art. 2o O imposto não incide sobre:

I – as exportações de serviços para o exterior do País;

Parágrafo único. Não se enquadram no disposto no inciso I os serviços desenvolvidos no Brasil, cujo resultado
aqui se verifique, ainda que o pagamento seja feito por residente no exterior.
PN 01 – Críticas ao GATS

• Exportação: levar para fora, operar entre fronteiras

• GATS: Acordo Geral sobre o Comércio de Serviços, firmado no âmbito da Organização Mundial do Comércio (OMC)
ao final da Rodada do Uruguai do GATT/1994

• Objetivo: liberalização do comércio entre países membros

• Não há conceito de exportação


• Parâmetros podem ou não representar exportação de serviços

• Crítica: elemento territorial como parâmetro

• Prestador no Brasil, tomador no exterior – apenas serviço transpõe fronteiras

• Prestador no Brasil, tomador se movimenta – apenas tomador transpõe fronteiras

• Prestador no exterior, tomador no exterior – apenas prestador (filial) transpõe fronteiras

• Prestador no exterior, tomador no exterior – apenas prestador (pessoa física) transpõe fronteiras
PN 01 – Críticas aos conceitos atuais: municípios

• PN SF nº 02/16: resultado corresponderia à realização das atividades descritas na lista de serviços tributáveis

• Irrelevante que eventuais benefícios ou decorrências oriundas dessa atividade sejam fruídos ou verificados no
exterior ou por residente no exterior

• PN SF nº 04/16:

• Serviço exportado quando a pessoa, o elemento material, imaterial ou o interesse econômico sobre o qual recaia
a prestação estiver localizado no exterior

• Exceção: prestações referentes a serviços de “informática e congêneres” (prestados a residente ou domiciliado


no Brasil), de “pesquisas e desenvolvimento de qualquer natureza” (se a base pesquisada se encontrar no
território nacional).

• Problema 1: subjetividade permanece


• Problema 2: restrição do conceito pelo tomador
PN 01 – Críticas aos conceitos atuais: STJ

• 1ª Turma do STJ: não há exportação se serviço produzir resultados em território nacional

• GE Celma: motores e turbinas para reparos, retífica e revisão. Inicia, desenvolve e conclui a prestação do serviço
no Brasil e, depois de testados, envia-os de volta aos clientes para instalação em aeronaves.

• Conclusão e teste no Brasil


• Resultado: conserto do equipamento no Brasil

• Voto vencido:

• Conclusão e resultado são diversos


• Conclusão: Brasil
• Resultado: exterior (após a instalação)
PN 01 – A busca de um conceito definitivo

• Ausência de jurisprudência e doutrina definitivos

• Sugestão:

• fim buscado pelo constituinte e pelo legislador infraconstitucional: transposição de serviços a outros territórios

• relevância dos componentes subjetivos

– fatores inerentes ao prestador e ao tomador (localização em particular)


– fatores relacionados com a localização do serviço, tais como local da prestação e local do resultado
PN 01 – Critério de localização das partes

Estud
Prestador o Prestador Filial

Tomador Tomador

PIS/COFINS: perda de PIS/COFINS: simulação


oportunidade

Argentina Uruguai
PN 01 – Critério de localização dos serviços
• 1º fator: início das atividades no Brasil, com ações necessárias anteriores à realização material do serviço

• Planejamento, preparação ou organização dos recursos materiais ou intelectuais necessários

• 2º fator: circunstância – atendimento da demanda do tomador no outro território

• STJ: resultado imediato

• Exemplo turbina: resultado é a nova condição da máquina, agora disponível para o tomador do serviço em
condições de uso.
PN 01 – Exportação: qual o conceito na visão da RFB?

Localização
Localização do final do serviço:
tomador: exterior
atuação do prestador
Prestador Tomador no mercado externo

Tomador

Exterior
PN 01 – Exportação: qual o conceito na visão da RFB?

Localização
Serviços final em
executados do bens
serviço: território
imóveis ou em
Prestador Tomador bens
onde móveis
se situaincorporados
o imóvel a bens imóveis

Tomador

Exterior
PN 01 – Exportação: qual o conceito na visão da RFB?

Localização
Serviços final em
executados do bens
serviço: dependerá
móveis não
Prestador Tomador incorporados
de verificação acircunstancial
bens imóveissecuja utilização se
dará apenas no exterior
(a) Tomador de serviços atuar no mercado
externo;

(b) serviços executados em bem móvel não


Tomador incorporado a imóvel e

(c) demonstrado que o bem será utilizado


apenas no exterior

Verificação circunstancial: checagem de


documentação que demonstre onde se dá
o uso daquele bem ou onde houver
intenção real de utilizá-lo).
Exterior
PN 01 – Exportação: qual o conceito na visão da RFB?
Localização
Serviços final em
executados do serviço: casosem
bens móveis a
conexão com determinado
caso, levando-se em conta oterritório oua
local onde
Prestador Tomador executados
atividade desem referimento
prestação seráa um bem físico
obrigatoriamente realizada, com atenção às
Ex. consultoria
seguintes de investimentos ou
variáveis:
desenvolvimento de softwares
(a) Se uma parte relevante da prestação
dever se realizar em determinado local com
Tomador a presença física do prestador: atendida a
demanda naquele local;

(b) Se dispensada a presença física do


prestador mas necessária presença indireta
(por subcontratação) ou virtual (pelo
acesso compulsório a serviços eletrônicos
locais sem os quais se tornaria obrigatória
sua presença física direta ou indireta):
atendida a demanda onde presença
Exterior indispensável

(c) Não havendo qualquer elemento de


conexão territorial relacionado com o
resultado da prestação: atendida a
demanda no local onde o tomador tem sua
residência ou domicílio.
Beneficiário Final
BENEFICIÁRIO FINAL | MARCO INICIAL DA DISCUSSÃO

Maio/2016

• Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) publicou a Instrução Normativa nº 1.634,


que previu novos requisitos relativos à inscrição de pessoas jurídicas no Cadastro Nacional
da Pessoa Jurídica (CNPJ)

CNPJ obrigatório Divulgação de informações sobre a cadeia


para as entidades de participação societária até alcançar
nacionais e pessoa natural caracterizada como
estrangeiras que BENEFICIÁRIO FINAL ou entidades
investem no Brasil dispensadas

187
CONCEITO | BENEFICIÁRIO FINAL
Instrução Normativa nº 1.634

Pessoa natural que, em última instância, de forma direta ou


BENEFICIÁRIO indireta, possui, controla ou influencia significativamente a
entidade ou a pessoa natural em nome da qual uma transação é
FINAL conduzida

É verificada quando a pessoa natural possui mais de 25% do


capital da entidade, direta ou indiretamente; ou direta ou
INFLUÊNCIA indiretamente, detém ou exerce a preponderância nas
SIGNIFICATIVA deliberações sociais e o poder de eleger a maioria dos
administradores da entidade, ainda que sem controlá-la

188
PRAZOS | BENEFICIÁRIO FINAL
Prazos

Entidades já inscritas no CNPJ antes de 1º de julho de 2017:


Obrigação de informar o beneficiário final deve ser cumprida até 31 de dezembro de 2018

Entidades inscritas no CNPJ após 1º de julho de 2017:


Devem cumprir a exigência de informar o beneficiário final no prazo de 90 dias a partir da
data de sua inscrição

PENALIDADES
O não cumprimento da obrigação de informar o beneficiário final implica na
suspensão do CNPJ da referida entidade, fato que impossibilita a realização de
transações com estabelecimentos bancários
• Permite-se apenas a realização das operações necessárias para o retorno
do investimento ao país de origem e para o cumprimento de eventuais
obrigações assumidas antes da aplicação da penalidade

189
TRATAMENTO FISCAL DO INVESTIDOR ESTRANGEIRO VS.
CONCEITO DE INVESTIDOR ESTRANGEIRO
Tratamento Fiscal do Investidor Estrangeiro

Tratamento fiscal do investimento estrangeiro no Brasil regulado, dentre outras regras, pela Lei nº 8.981/95 e MP nº
2.189-49/01 (mercado financeiro e de capitais) e Lei nº 11.312/06 (FIPs)

Art. 16. O regime de tributação previsto no art. 81 da Lei nº 8.981, de 20 de janeiro de 1995, com a alteração
introduzida pelo art. 11 da Lei nº 9.249, de 26 de dezembro de 1995, aplica-se a investidor residente ou
domiciliado no exterior, individual ou coletivo, que realizar operações financeiras nos mercados de renda
fixa ou de renda variável no País, de acordo com as normas e condições estabelecidas pelo Conselho
Monetário Nacional.

Art. 3o Fica reduzida a zero a alíquota do imposto de renda incidente sobre os rendimentos auferidos nas aplicações
em fundos de investimento de que trata o art. 2o desta Lei quando pagos, creditados, entregues ou remetidos a
beneficiário residente ou domiciliado no exterior, individual ou coletivo, que realizar operações
financeiras no País de acordo com as normas e condições estabelecidas pelo Conselho Monetário
Nacional.

Incentivos fiscais em alguns casos:


• para residente ou domiciliado no exterior
• não se aplica aos residentes ou domiciliados em Jurisdição de Tributação Favorecida
• em operações financeiras no País de acordo com as normas e condições estabelecidas pelo CMN
• dependente do atendimento de outros requisitos específicos
190
TRATAMENTO FISCAL DO INVESTIDOR ESTRANGEIRO VS.
CONCEITO DE INVESTIDOR ESTRANGEIRO
Conselho Monetário Nacional (CMN)

“Investidor não residente, individual ou coletivo, as pessoas físicas


INVESTIDOR ou jurídicas, os fundos ou outras entidades de investimento coletivo,
ESTRANGEIRO com residência, sede ou domicílio no exterior” - Art. 5º da
Resolução nº 4.373, de 29 de setembro de 2014

191
IDENTIFICAÇÃO DO BENEFICIÁRIO FINAL | CENÁRIO ATUAL
Principais Conclusões Preliminares

• Normas do CMN definem como investidor estrangeiro a pessoa física, jurídica, fundos ou
outras entidades de investimento coletivo e não seus beneficiários finais

• Regras fiscais não definem conceito de beneficiário final, tampouco exigem sua
identificação para fins do tratamento tributário que veiculam

• A Instrução Normativa nº 1.634 institui regra de natureza cadastral, de modo que não
deveria repercutir efeitos na fruição de regimes tributários incentivados (e.g. investimento
em fundos incentivados, investimento em bolsa, etc.)

Autuações Fiscais – IRRF 35% ???

192
Perspectivas para os
próximos anos

193
Agenda tributária atual
Reformulação da Reformulação da tributação
tributação dos fundos de corporativa e tributação
investimento sobre dividendos

Aumento da carga Tributação da


tributária do ITCMD Economia Digital
Ações
Ações
Ações de
de
Reforma curto prazo
de longo Harmonização com
médio prazo
prazo regras internacionais
Tributária
Unificação do
PIS/COFINS

194
(i) Novo sistema para tributação dos fundos fechados:
PL 336 (Senado) • “Come-cotas”: tributação compulsória regressiva (22,5% a 15%, fundos de
Encerrado prazo para proposição longo prazo, ou de 22,5% a 20%, fundos de curto prazo), em maio e
de emendas. Desde 11.10.2018 novembro ou na amortização ou resgate
sob a relatoria da “Comissão de • Tributação do estoque: tributação em 31/05/2019 sobre a diferença entre o
Assuntos Econômicos” para custo de aquisição e o valor patrimonial da cota (ganhos acumulados)
posteriormente ser remetido à (ii) Novas regras para o FIP:
apreciação da Câmara dos
• Equiparação a PJ: FIPs classificados como patrimoniais (e não entidades de
Deputados
investimento) passam a ser tributados como pessoas jurídicas
• Tributação do estoque: tributação na fonte em 02/01/2019 sobre a diferença
entre o custo de aquisição e o valor patrimonial da cota

PL 10.638 (Câmara) Necessidade de conversão do PL até o final do ano para que


Encaminhado pelo Poder possa produzir efeitos em 1º de janeiro de 2019
Executivo à Câmara dos
Deputados. Encontra-se sob
análise da “Comissão de Finanças Reajuste STF Expectativa de
e Tributação” e encerrado prazo Impacto Arrecadação
para emendas em 30.10.2018
R$ 7,2 Bi R$ 10,72 Bi
2019 2019

195
Outubro/2018 • Projeto “Simplificação tributária: Reforma do
PIS/COFINS” encaminhado pela RFB ao executivo
Unificação • Potencial aumento da carga tributária
PIS/COFINS • Fenacon: aumento médio de 104%; impacto no setor de
serviços de até 136% em média
O ministro Eduardo Guardia, • 2ª maior fonte de arrecadação da União (20,71% em
da Fazenda, vai apresentar 2017 / 21,42% 2018 – até set )
em breve uma proposta de
projeto de lei para reduzir o • Brasil tem um dos menores impostos sobre
Imposto de Renda de ITCMD herança (Jp 10%-55% / Fr 45% / EUA 40%
pessoas jurídicas.
• Tendência de aumento de alíquota
“Temos de convergir para o resto do mundo, • Grupo de estudo OCDE + RFB com prazo de 18
mas não podemos perder arrecadação” Preços de
meses para apresentação de proposta
Transferência
uniformizadora
• Implementação de medidas como autorização da
Compensação de arrecadação: Economia
incidência de ISS sobre streaming
• Extinção do JCP Digital
• Tributação sobre dividendos
• CNI estuda proposição de medidas como
• Corte de benefícios fiscais TBU extensão do benefício da consolidação e do
 2019: economia deve ultrapassar R$ 300 bi crédito presumido atualmente previsto até 2022
 Maior dispêndio com o Simples, seguido da • Ações irrelevantes
Zona Franca de Manaus BEPS

196
Reforma Tributária
 Em tramitação – reapresentação do parecer em
ISS, ICMS, IPI, PIS/ 11/2018 aos membros da Comissão Especial da
IBS Reforma Tributária da Câmara. Pedido de vista coletivo
Projeto Cofins, Cide, salário- + Se aprovada, a proposta ainda precisa ser analisada no
educação, IOF e Pasep IS
Hauly Plenário da Câmara (necessidade de interrupção da
intervenção no RJ)
Fusão IR + CSLL  Transição em 6 anos: redução e aumento anual em
20%

 Foco na tributação sobre consumo


Projeto PIS/Cofins, IPI, ICMS e IBS  Transição em 10 anos: tributos atuais progressivamente
Ccif ISS + reduzidos e o novo imposto progressivamente elevado
IS mantendo a carga tributária.

PIS/Cofins IVA Federal  Foco na tributação sobre consumo


 Transição por módulos que podem ser ajustados de
Projeto acordo com as dificuldades encontradas,
IPI e CIDE
Ipea IS principalmente as políticas.
 Harmonização futura dos IVAs para cobrança sobre
ICMS e ISS IVA Estadual bases iguais

197
A nível de comparação, a média da
América Latina é de 342,6
horas/ano e da OCDE
Cenário atual da economia Brasileira
(organização internacional com os
35 países mais desenvolvidos do
mundo) 163,4 horas/ano.

198
Principais propostas de governo

Corte de
Controle das
gastos sem
Privatizações Estado menor contas aumento de
públicas arrecadação

diminuir para Reforma da


Reforma Inexistência zerar deficit
25% a carga previdência
tributária de propostas fiscal do (+ 50% do
tributária em
10 anos
concretas, Brasil em um orçamento
porém... ano federal)

Reforma IVA Tornar parque Prioridade


Necessidade de
Simplificação Fortalecer “comercializar comprometimento
+ redução de industrial
Tributária
tributos sobre competitivo atuação com todo com política fiscal
capital internacional mundo” Guedes internacional

199
O que esperar
 Adoção de um dos projetos de reforma tributária (indefinição sobre qual)
diminuir para  Modernizar tributação indireta
25% a carga  Marcos Cintra (Finep): substituição de 5 a 11 tributos por alíquota única de
tributária em movimentação financeira
10 anos
 Adoção de medidas favoráveis às privatizações como questão do ágio
zerar deficit  Reforma da previdência
fiscal do  Arrecadação com políticas fiscais de curto / médio prazos (tributação dividendos /
Brasil em um fundos de investimento)
ano
 Possível negociação de tratado com EUA
Fortalecer
 Modernização da política fiscal
atuação
 Fortalecer compromisso com a OCDE
internacional  Convergência às regras de preços de transferência aos padrões internacionais

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