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RECIFE – PE
2022
Módulo Incidência e Crédito Tributário
Leitura básica
• CONRADO, Paulo Cesar. Processo Tributário. 3 ed. São Paulo: Quartier Latin, 2012,
Capítulo 3, itens 3.1 e 3.2, e Capítulo 9, itens 9.3.1.1; 9.3.2.2.1 e 9.3.2.3.3.
• CONRADO, Paulo Cesar. Execução Fiscal. 4 ed. São Paulo: Noeses, 2020, Item 7.6.
• DALLA PRIA, Rodrigo. Direito Processual Tributário. São Paulo: Noeses, 2020.
Título I, Capítulo II, itens 2.1.3 a 2.1.4.2; e Título II, Capítulo I, itens 1.1 a
1.3.3.2.3.
Leitura complementar
• CANTANHEDE, Luís Cláudio Ferreira. Exceção de pré-executividade e seu julgamento:
impacto em outros processos (administrativo, declaratório e anulatório). In: CONRADO,
Paulo Cesar. Processo tributário analítico, volume II. São Paulo: Noeses, 2016.
CONRADO, Paulo Cesar. Transação antiexacional (contencioso) e sua possível
incidência sobre a tese jurídica de fundo. In: CONRADO, Paulo Cesar; ARAUJO, Juliana
Furtado Costa. Transação Tributária na prática da lei nº 13.988/2020. São Paulo: Revista
dos Tribunais, 2020.
• GONÇALVES, Carla de Lourdes. A suspensão da “exigibilidade” nas ações preventivas.
In: : CONRADO, Paulo Cesar. Processo tributário analítico, volume II. São Paulo: Noeses,
2016.
• OLIVEIRA, Julio M. Ação anulatória de débito fiscal. In: CONRADO, Paulo Cesar.
Processo tributário analítico, volume I. São Paulo: Noeses, 2015.
• DALLA PRIA, Rodrigo. A constituição e a cobrança das contribuições previdenciárias pela
Justiça do Trabalho: aspectos processuais relevantes. In: CONRADO, Paulo Cesar.
Processo Tributário Analítico. 2.ed. v. 2. São Paulo: Noeses, 2017.
• DALLA PRIA, Rodrigo. O processo de positivação da norma jurídica tributária e a fixação
da tutela jurisdicional apta a dirimir os conflitos havidos entre contribuinte e fisco. In:
CONRADO, Paulo Cesar. Processo tributário analítico. 3.ed. v. 1. São Paulo: Noeses,
2015.
• VERGUEIRO, Camila Campos. A ação de consignação em pagamento e a extinção do
crédito tributário. In: CONRADO, Paulo Cesar. Processo tributário analítico. 3.ed. v. 1.
São Paulo: Noeses, 2015.
• CONRADO, Paulo Cesar. Processo Tributário e Instrumentalidade.
https://www.conjur.com.br/2021-mar-02/paulo-conrado-processo-tributario-
instrumentalidade
• CONRADO, Paulo Cesar. Medidas exacionais e antiexacionais: muito além das
conveniências classificatórias. https://www.conjur.com.br/2021-mai-04/paulo-
conrado-medidas-exacionais-antiexacionais
• DALLA PRIA, Rodrigo. Processo de positivação, ações e conflitos tributários.
https://www.conjur.com.br/2021-mar-09/opiniao-processo-positivacao-acoes-
conflitos-tributarios
• DALLA PRIA, Rodrigo. Ações antiexacionais preventivas.
https://www.conjur.com.br/2021-mai-16/processo-tributario-acoes-tributarias-
antiexacionais-preventivas
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Questões
O questionamento de lei em tese ocorre quando se ingressa com ação judicial com
o fito de se questionar, por exemplo, que a edição da respectiva norma fere
preceitos constitucionais.
Em alguns casos específicos é possível sim ingressar com a Ação Anulatória após
a propositura da Executiva Fiscal, desde que não tenha ocorrido a garantia do juízo,
já tenha transcorrido o prazo para apresentação dos embargos à execução, sem
utilizar do respetivo instrumento, ou que tenha sido proferido sentença meramente
terminativa, nestes casos deverá ser observado ainda o prazo prescricional.
O depósito do montante integral, todavia, pode ser realizado por mera faculdade do
devedor com o intuito de haver a suspensão da exigibilidade do crédito, não sendo,
todavia, o único meio de suspendê-lo, conforme rol de suspensão da exigibilidade
do crédito tributário que consta no artigo 151, CTN.
Assim, para haver a conexão são necessários que a competência seja relativa e
que nenhuma das ações tenham sido sentenciadas, conforme artigo 55, parágrafo
primeiro e artigo 54, CPC. Estando cumprido os respectivos requisitos, os
processos devem ser reunidos no juízo prevento.
Quando, todavia, a Anulatória for proposta após a Execução Fiscal, então deverá
haver a reunião dos processos na vara especializada, em conformidade com o
artigo 61, CPC, que dispõe que a ação acessória deve ser distribuída em
dependência a ação principal, uma vez que a Anulatória neste caso produzirá
efeitos análogos aos Embargos do Devedor.
Apenas em raras exceções, em que o objeto dos embargos do devedor seja mais
amplo que o alegado na Anulatória, segundo o art. 57, CPC, haverá uma relação de
continência entre eles, motivo pelo qual devem ser reunidos e julgados em
conjunto.
5. Você é procurado pela empresa AZT Foods do Brasil Ltda que lhe apresenta o
seguinte:
CASO CONCRETO – Em função de sua atividade a empresa AZT Foods do
Brasil Ltda. está sujeita ao pagamento de determinado tributo pela venda de
seu produto. Nos últimos 3 anos, em função de algumas dificuldades
financeiras, ela não pagou o tributo devido (e sequer informou seus débitos
ao Fisco), pretendendo fazê-lo agora por se encontrar em melhores condições
financeiras. Contudo, em função do inadimplemento, a confissão do débito
para fins “denúncia espontânea” está sujeita a multa de 45% do valor da
operação (venda de seu produto), cuja instituição se deu por ato normativo
infralegal.
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Com a respectiva ação, portanto, se buscará que seja declarado que o ente
tributante não poderá lançar e cobrar a penalidade tributária, por ser esta
indevida.
Quanto ao pagamento do tributo que o cliente entende devido, mas que está
vinculado ao pagamento da multa que será discutida na Ação Declaratória,
deverá ingressar com Ação de Consignação em Pagamento, conforme
artigo164, inciso I, do CTN, uma vez que é ilegal a negativa de recebimento do
tributo, sob o pressuposto que obrigatoriamente precisa também ser paga a
multa que o devedor entende indevida.
Para isso, portanto, deverá realizar o depósito do montante integral o qual terá a
eficácia de extinção do crédito tributário somente após o trânsito em julgado da
decisão judicial que julgar procedente a consignatória, sendo este o efeito
pretendido na consignatória.
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A extinção do crédito tributário, todavia, terá sua eficácia suspensa até que transite
em julgado a decisão que julgar procedente a consignação em pagamento, com o
intuito de evitar que seja reconhecido a extinção de crédito tributário de forma
diversa do débito fiscal devido e garantindo ao Fisco o direito constitucional ao
contraditório e ampla defesa.
Por fim, deve-se atentar se o ente tributante não já ingressou com a Execução
Fiscal, pois, em caso positivo, passará a ser competente para julgar a Ação
Anulatória exclusivamente a vara especializada em que estiver tramitando a
executiva, conforme entendimento majoritário da jurisprudência.
• Livro I, Capítulo VIII, “A (des) construção das normas tributárias nas ações (reações)
antiexacionais”, de Júlio M. de Oliveira, in Curso de Especialização em direito tributário –
homenagem a Paulo de Barros Carvalho, coord. Eurico Marcos Diniz de Santi. São Paulo:
Forense.
SOUZA, Fernanda Donnabella Camano de. Os requisitos e os efeitos da transação por
adesão no contencioso tributário de relevante e disseminada controvérsia jurídica. In:
CONRADO, Paulo Cesar; ARAUJO, Juliana Furtado Costa. Transação Tributária na
prática da lei nº 13.988/2020. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2020.
Anexo I
REsp 862.230/DF
Dje 11/09/2008
Anexo II
AgRg no AgRg no REsp 1.025.893/RJ
DJe 24/03/2009
AGRAVO REGIMENTAL. PROCESSUAL CIVIL. IPTU. PRETENSÃO DE
ANULAÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO. PRESCRIÇÃO QUINQUENAL A PARTIR
DA NOTIFICAÇÃO. ART. 1º DO DECRETO N. 20.910/32.
1. “Considerando que na ação anulatória de débito fiscal ocorre o efeito
constitutivo, são diferentes os reflexos provocados pela ação declaratória negativa e
pela ação anulatória de débito fiscal. Como já foi assinalado, a ação anulatória
demanda um lançamento contra o qual é voltada, enquanto a ação declaratória pode
ser proposta, entre outros casos, visando declarar a inexistência de obrigação
tributária; declarar a não incidência de determinado tributo;
declarar a imunidade tributária; declarar isenção fiscal; declarar ocorrência de
prescrição etc. Quando outorga a feição de declaratória negativa ao seu pedido, o
autor não está pretendendo desconstituir o crédito tributário, mas, antecipando-se à
sua constituição, requer uma sentença que afirme não ser devido determinado tributo.
Como afirma Carreira Alvim, a ‘distinção que se há de fazer entre ação anulatória e
declaratória é que a anulatória pressupõe um lançamento, que se pretende
desconstituir ou anular; a declaratória não o pressupõe. Através desta pretende-se
declarar uma relação jurídica como inexistente, pura e simplesmente.’ (in O Processo
Tributário, Ed. Revista dos Tribunais, 4ª ed., p. 495/496).
Conseqüentemente, afasta-se a tese do acórdão recorrido acerca da
imprescritibilidade da presente demanda, posto que, conforme evidenciado, trata-se de
hipótese cuja sentença é constitutiva negativa. Assim, na ausência de norma
específica a regular a matéria, o prazo prescricional a ser observado é qüinqüenal, nos
moldes do art. 1º do Decreto 20.910/32.” (EDcl no REsp 894.981/RJ, Rel. Min. Luiz
Fux, Primeira Turma, julgado em 6.11.2008, DJe 27.11.2008).
2. O termo a quo para se questionar a constitucionalidade e legalidade do IPTU, e
das taxas a ele vinculadas, é a notificação fiscal do lançamento, que, no presente caso,
deu-se em período anterior a cinco anos, contados do ajuizamento da ação.
Agravo regimental provido. (AgRg no AgRg no REsp 1025893/RJ, Rel. Ministro
HUMBERTO MARTINS, SEGUNDA TURMA, julgado em 17/02/2009, DJe 24/03/2009)
Anexo III
Conflito de Competência n. 105.358/SP
Julgamento: 13/10/2010
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Anexo IV
Conflito de Competência n. 106.041/SP
Julgamento: 28/10/2009
CONFLITO DE COMPETÊNCIA. EXECUÇÃO FISCAL. AÇÃO ANULATÓRIA
AJUIZADA ANTERIORMENTE. CONEXÃO. NORMA DE ORGANIZAÇÃO
JUDICIÁRIA. EXISTÊNCIA DE VARA ESPECIALIZADA PARA JULGAR EXECUÇÕES
FISCAIS. REUNIÃO DOS PROCESSOS. IMPOSSIBILIDADE. SUSPENSÃO DA
EXECUÇÃO. GARANTIA DO JUÍZO. NECESSIDADE.
1. Cuida-se de conflito negativo de competência instaurado entre o juízo da 4ª
Vara Federal de Santos/SP, suscitante, e o juízo da 1ª Vara Federal e Juizado
Especial Cível de Foz do Iguaçu/PR, suscitado, nos autos de execução fiscal movida
pela União Federal. Discute-se a possibilidade de serem reunidas execução fiscal e
ação anulatória de débito precedentemente ajuizada, quando o juízo em que tramita
esta última não é vara especializada em execução fiscal, nos termos consignados em
norma de organização judiciária.
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