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Universidade Municipal de São Caetano do Sul

Curso de Direito

Universidade Municipal de São Caetano do Sul

Curso de Direito - 10AN

DIREITO TRIBUTÁRIO III

Profº Cássio Vieira Pereira dos Santos

QUESTIONÁRIO 4

DADOS DO GRUPO Matrícula


Ana Carolina Briante Eiler 712723-6
Fernanda Bello dos Santos 712975-2
Isabela Torina Rocha 712744-2
Lindamar do N Pellizzon 712581-8
Mariliza de Souza Rocha 712489-4
Nicoly Rodrigues Romero 713613-8

São Caetano do Sul, SP


2023
Questões

1. Qual fundamento e realidade da lei que institui o


ICMS, no Estado de São Paulo?

Resposta: Nos termos da Constituição Federal de 1988, no


Artigo 155, II, a Competência para instituir impostos sobre ICMS –
Imposto sobre Circulação de Mercadoria e Serviços é dos Estados e do
DF.
No Estado de São Paulo, a lei que institui o ICMS é a Lei
Estadual 6.374/89, que dispõe sobre a instituição do Imposto sobre
Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestação de
Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de
Comunicação – ICMS, a qual, teve alterações posteriores pelas Leis
10.619/2000, 12.790/2007 e 17.470/2021.
Em 22/11/2022, foi publicado o Decreto nº 67.286/2022 pelo
Governo do Estado de São Paulo, que introduziu alterações ao
Regulamento do ICMS de São Paulo (RICMS/SP) e ampliou o
diferimento do ICMS às operações internas com biogás e biometano,
quando consumidos em processo de industrialização em usina geradora
de energia.
Ademais, a Lei Complementar nº87, de 13 de setembro de
1996, dispõe sobre o imposto dos Estados e do Distrito Federal sobre
operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de
serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação,
e dá outras providências. (LEI KANDIR), endo alterada posteriormente
pelas Leis Complementares nº 92/1997, 99/1999, 102/2000 e
114/2002.

2. Aspecto Material do ICMS, sob a perspectiva da Lei


87/96?

O aspecto material é classificado como o mais importante


aspecto, do ponto de vista funcional e operativo do conceito, pois revela
a essência, permitindo a caracterização e individualização, em função
de todas as demais hipóteses de incidência. É o aspecto decisivo que
enseja fixar a espécie tributária a que o tributo pertence.

O imposto em pauta é instituído em cada Estado por lei


Estadual, sendo assim um imposto fiscal, cuja arrecadação tem como
principal objetivo o abastecimento dos cofres públicos e de competência
Estadual como estabelece o Art. 155, II, da Constituição Federal. A Lei
Complementar nº 87/96 apresenta as regras gerais de ICMS e dispõe
sobre os aspectos materiais deste em seus artigos 1º e 2º sobre o
seguinte foco:

Art. 1º Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir o


imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre
prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de
comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no
exterior.

Art. 2° O imposto incide sobre:

I - operações relativas à circulação de mercadorias,


inclusive o fornecimento de alimentação e bebidas em bares,
restaurantes e estabelecimentos similares;

II - prestações de serviços de transporte interestadual e


intermunicipal, por qualquer via, de pessoas, bens, mercadorias ou
valores;

III - prestações onerosas de serviços de comunicação, por


qualquer meio, inclusive a geração, a emissão, a recepção, a
transmissão, a retransmissão, a repetição e a ampliação de comunicação
de qualquer natureza;

IV - fornecimento de mercadorias com prestação de serviços


não compreendidos na competência tributária dos Municípios;

V - fornecimento de mercadorias com prestação de serviços


sujeitos ao imposto sobre serviços, de competência dos Municípios,
quando a lei complementar aplicável expressamente o sujeitar à
incidência do imposto estadual.

§ 1º O imposto incide também:

I - sobre a entrada de mercadoria importada do exterior, por


pessoa física ou jurídica, ainda quando se tratar de bem destinado a
consumo ou ativo permanente do estabelecimento;

I – sobre a entrada de mercadoria ou bem importados do


exterior, por pessoa física ou jurídica, ainda que não seja contribuinte
habitual do imposto, qualquer que seja a sua finalidade; (Redação
dada pela Lcp 114, de 16.12.2002)

II - sobre o serviço prestado no exterior ou cuja prestação se


tenha iniciado no exterior;
III - sobre a entrada, no território do Estado destinatário, de
petróleo, inclusive lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos dele
derivados, e de energia elétrica, quando não destinados à
comercialização ou à industrialização, decorrentes de operações
interestaduais, cabendo o imposto ao Estado onde estiver localizado o
adquirente.

3- Qual dos comandos da lei complementar 87/1996 sobre


a incidência do ICMS na importação?

R: A Lei Complementar n° 87, de 13 de setembro de 1996,


conhecida como Lei Kandir, trata da isenção do pagamento do Imposto
Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre as exportações
de produtos primários, como itens agrícolas, semielaborados, serviços
exportados, é relacionada aos impostos dos estados e do distrito federal.
O seu objetivo ao criar a lei foi dar maior competitividade aos produtos
do Brasil no mercado internacional e um melhor resultado das
exportações líquidas.
ao reduzir a carga de tributos para a exportação, o governo
tentou tornar os produtos brasileiros mais competitivos no mercado
internacional.
No entanto, um grande problema gerado foi que o ICMS é um
tributo de âmbito estadual, que, com a sua isenção, consequentemente
há uma redução de receita tributária para o estado.
Por isso, foi oferecido para os estados um “seguro-receita” como
uma forma de ressarcimento para possíveis perdas de receitas
tributárias.
Porém, para compensar a arrecadação, a Lei Kandir obrigou a
União a incluir na Lei Orçamentária Anual, até 2002, recursos
específicos para ressarcir os cofres estaduais, conhecidos como seguro
receita.
4) Empresa X sediada no Estado de Pernambuco, importou
pelo Porto de Santos, mercadoria proveniente da China. Em tal
situação informe se deveria ser cobrado o tributo ICMS. Discorra.

A empresa X destina-se a pagar a alíquota do imposto de


importação ICMS que corresponde a 60% sobre o valor do produto,
acrescido de frete e seguro, conforme dispõe a Portaria MF 156/99 em
seu artigo 1º. O valor da tributação não pode ser maior que 60% do
valor, nem ultrapassar US$ 3.000,00 ou o equivalente em outra moeda.
E também será responsável pela Alíquota interestadual visto que a
empresa é sediada no Estado de Pernambuco como disposto no Artigo
155, § 2º, inciso IV da Constituição Federal, e Artigo 1º, Parágrafo Único
da Lei 10.176. Dispondo que a alíquota do Imposto sobre Operações
Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestação de Serviços de
Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS),
nas operações interestaduais com bens e mercadorias importados do
exterior, será de 4% (quatro por cento).
TRIBUTÁRIO. AGRAVO INTERNO NOS EMBARGOS DE
DECLARAÇÃO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. ICMS.
IMPORTAÇÃO INDIRETA. NECESSIDADE DE ANÁLISE DO CONTEXTO
FÁTICO-PROBATÓRIO. SÚMULA 7/STJ. 1. O Tribunal de origem
afirmou que a sociedade recorrente importou mercadorias da China e
que as operações realizadas pela empresa importadora são apenas
expedientes de desembaraço. 2. Para afastar o entendimento a que
chegou a Corte a quo, de modo a albergar as peculiaridades do caso e
verificar se a recorrente era a destinatária final da mercadoria
importada é necessário o revolvimento do acervo fático-probatório dos
autos, o que se mostra inviável em recurso especial, por óbice da
Súmula 7/STJ: "A pretensão de simples reexame de prova não enseja
recurso especial." 3. Agravo interno a que se nega provimento. (STJ -
AgInt nos EDcl no AREsp: 1064355 SP 2017/0046352-2, Relator:
Ministro OG FERNANDES, Data de Julgamento: 17/04/2018, T2 -
SEGUNDA TURMA, Data de Publicação: DJe 23/04/2018)
5) Suponha que a empresa importadora revenda as
mercadorias importadas para terceiros assim que liberadas do
Porto de Santos, em tal situação mudaria a incidencia de tributo
ICMS (comprou para revender em SP).
O ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços),
incide sim, que pode chegar a 27%, no caso de cervejarias que fabricam
mais de 200.000 litros de cerveja e chopp artesanal por mês, ou 12%,
caso a produção mensal fique abaixo dessa média.

E quando falamos sobre cerveja, os impostos são:

 Imposto sobre Produto Industrializado (IPI);


 Imposto sobre circulação de Mercadorias e Serviços
(ICMS);
 Substituição Tributária do ICMS (ICMS ST);
 Programa de Integração Social (PIS);
 Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social
(COFINS);
 Fundo de Combate à Pobreza (FCP);
 Contribuição Patronal Previdenciária (CPP);
 Imposto de Renda (IR);
 Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL).

Com relação as notas fiscais, se estas acobertarem saídas


subsequentes aquelas com substituição serão emitidas sem destaque
do ICMS, sendo indicado que foi pago na origem. Se as notas
acobertarem operações de entrada e saída de produtos cujo imposto
tenha sido retido serão escrituradas nas colunas outras nos livros
(registro de entrada e de saída).

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