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Ações e Recursos em Matéria Tributária
Revisão Técnica:
Prof. Dr. Reinaldo Zychan
Revisão Textual:
Prof.ª Dr.ª Selma Aparecida Cesarin
Ações e Recursos
em Matéria Tributária
OBJETIVOS DE APRENDIZADO
• Conhecer os principais requisitos e a estrutura das peças tributárias;
• Desenvolver o raciocínio lógico jurídico do momento processual para identificação da peça e
solução do problema apresentado;
• Reconhecer no processo tributário as ações e recursos de outras áreas a fim de identificar a
sua utilização conforme o problema apresentado.
UNIDADE Ações e Recursos em Matéria Tributária
Figura 1
Fonte: Getty Images
Uma vez não recolhido o tributo, esse crédito tributário se torna exigível por meio
de um processo de execução.
Impugnação Administrativa
Considerada a principal espécie de defesa do contribuinte na seara administrativa,
a impugnação consiste no acesso primeiro às garantias do contraditório e da ampla
defesa ao contribuinte.
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Importante!
Instaurado o procedimento de impugnação, a exigibilidade do crédito referente àquele
tributo discutido ficará suspensa, não sendo possível ao fisco iniciar o processo de exe-
cução na esfera do poder judiciário.
Importante!
O edital do Exame da Ordem dos Advogados não permite a criação de dados na elaboração
das peças prático-profissionais, a fim de que não haja identificação do examinando. Dessa
forma, o examinando deve observar e utilizar apenas as informações disponíveis na situ-
ação problema apresentada e, para completar a qualificação da parte quando não forem
fornecidos todos os dados, deverá apenas indicar de forma genérica conforme a seguir:
• Nome, nacionalidade, profissão, estado civil, portador do Registro Geral, Inscrito
no CPF/MF, endereço, por seu advogado, procuração anexa, vem respeitosamente
à presença do Ilustre Julgador Administrativo, com fundamento nos arts. 14, 15 e
16 do Decreto n. 70.235/72 e Art. 151, III do Código Tributário Nacional, apresentar
IMPUGNAÇÃO ADMINISTRATIVA.
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UNIDADE Ações e Recursos em Matéria Tributária
Questões Preliminares
Depois de fazer o endereçamento, a identificação do contribuinte e a indicação
da peça, o examinado deve ater-se a questões preliminares antes de iniciar o breve
resumo dos fatos.
Identificação da Peça
O problema apresentado no exame, em geral, traz informações de modo a dialogar
com o examinando. É, pois, necessário estar atento a essas informações, sendo reco-
mendável ao examinando, ao ler o problema, procurar e grifar elementos chaves para
identificar a peça adequada, como, por exemplo:
• Considerando que você foi contratado para realizar defesa administrativamente
em favor do contribuinte;
• Redija a peça processual na defesa de direitos na esfera administrativa;
• Realiza a primeira defesa administrativa em favor do contribuinte;
• Tendo em vista ter o contribuinte recebido notificação de lançamento em menos
de 30 dias, apresente a defesa cabível.
Outras informações ao longo do texto irão indicar a peça adequada e deverão ser
observadas e devidamente grifadas.
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Importante sempre destacar, pois dentro do problema pode haver a informação
de que o contribuinte apresentou defesa administrativa (sem falar especificamente em
impugnação) e, nesse caso, o examinando poderá estar diante de um recurso adminis-
trativo ou peças de defesa judicial como Ação Anulatória ou Mandado de Segurança.
Dessa forma, nunca identifique seu nome na peça, e muito menos coloque qual-
quer número para indicar a OAB. Use reticências após os termos, conforme item 7
da estrutura da peça.
1. Endereçamento – Ilustríssimo Senhor [...];
2. Qualificação do requerente, indicação do advogado e procuração, indi-
cação do Artigo que fundamenta o requerimento e indicação em letras
maiúscula do nome da peça;
3. Preliminarmente;
3. 1. Tempestividade e suspensão da exigibilidade do crédito;
3. 2. Desnecessidade de depósito preliminar;
4. Dos fatos/do breve relato dos fatos;
5. Do direito;
6. Dos pedidos;
7. Local, data, Advogado, OAB.
Recurso Administrativo
A utilização do Recurso Administrativo também denominado Recurso Voluntá-
rio, será possível quando o contribuinte discorda da decisão proferida na impugna-
ção apresentada.
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UNIDADE Ações e Recursos em Matéria Tributária
Endereçamento
O recurso administrativo, diferentemente dos recursos judiciais, dispensa análise
de admissibilidade, vez que não será apreciado na 1ª instância.
Identificando a Peça
Para identificar a peça como Recurso Administrativo, o examinando deverá se
ater a informações que indiquem a existência de decisão administrativa anterior que
tenha negado a impugnação, ou que tenha julgado improcedente a primeira defesa
administrativa apresentada. Novamente o candidato deverá fazer a leitura pormeno-
rizada do texto, destacando as informações mais relevantes.
O candidato deverá observar apenas o endereçamento, que não mais será para
a primeira instância, mas sim diretamente no Conselho Administrativo de Recursos
Fiscais – CARF, segunda instância da esfera administrativa federal.
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O Processo Judicial Tributário
Aspectos Gerais
Uma vez efetuado o lançamento do tributo, o contribuinte possui o prazo de 30
dias para efetuar o pagamento e, dessa forma, extinguir o crédito tributário.
Figura 2
Fonte: Getty Images
Entretanto, caso o contribuinte não pague o tributo e não apresente defesa ad-
ministrativa ou, até mesmo, após apresentada a defesa administrativa, tiver o seu
pedido negado, poderá o Fisco promover a execução do referido tributo na esfera
judicial, após a inscrição do débito na dívida ativa fazendária.
Inscrito o crédito, expedir-se-á a Certidão de Dívida Ativa – CDA que, contendo todos
os elementos identificadores da relação jurídico tributária (Art. 202 do CTN), consistirá
em título executivo que goza da presunção de certeza e liquidez, tendo assim, o efeito de
prova pré-constituída a embasar a Ação de Execução Fiscal (Art. 204 do CTN).
Caso o fisco não proceda a inscrição na dívida ativa ou, mesmo procedendo, não
promova a execução do título no prazo de cinco anos, estará prescrito seu direito de
ação de execução (Art. 174, CTN)
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UNIDADE Ações e Recursos em Matéria Tributária
Temos, então, como ações de defesa do contribuinte, que já foram objeto de se-
gunda fase em exames da OAB, as seguintes ações:
• Ação Declaratória de inexistência de Relação jurídico-tributária;
• Ação Anulatória de Débito Fiscal;
• Ação de Repetição do Indébito;
• Embargos à Execução;
• Exceção de Pré-Executividade;
• Recursos;
• Mandado de Segurança.
Figura 3
Fonte: Getty Images
Para que se possa identificar com mais clareza qual a peça cabível no problema,
algumas situações informadas no texto poderão auxiliar na identificação correta da
peça, por exemplo, preste atenção às seguintes informações:
• O texto demonstra que ainda não houve lançamento tributário ou auto de infra-
ção efetivado: ação declaratória de inexistência de relação jurídico-tributá-
ria ou Mandado de Segurança (em sua modalidade preventiva);
• O problema traz a informação de que houve lançamento tributário ou foi efetiva-
do auto de infração, mas não houve, ainda, a propositura da ação de execução
fiscal: Ação Anulatória de débito fiscal ou Mandado de Segurança (em sua
modalidade repressiva);
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• O problema informa que o crédito se encontra em Processo Judicial de Execu-
ção Fiscal, ou que o Fisco já deu início à medida judicial para expropriação de
bens ou satisfação do crédito tributário: embargos à execução fiscal ou exce-
ção de pré-executividade;
• O problema informa que houve pagamento indevido do tributo: ação de repe-
tição do indébito;
• O texto traz a informação de que determinada medida judicial proposta pelo
contribuinte foi negada ou então que a sentença ou decisão terminativa foi de
improcedência: recursos (Apelação, agravo ou recurso ordinário).
Importante!
Em alguns casos, o texto do problema poderá comportar mais de uma peça como cor-
reta, caso em que serão aprovados os examinandos que optem por uma ou por outra.
Um exemplo são os exames IV e IX em que a FGV aprovou aqueles que manejaram o
Mandado de Segurança ou a Ação Anulatória.
O examinando precisa sempre tomar o cuidado de verificar o cabimento do Mandado de
Segurança apenas quando ficar evidente a violação do direito líquido e certo por ilega-
lidade ou abuso de poder, devendo expressar qual o direito efetivamente foi ou poderá
ser violado. Do contrário, precisa encontrar as informações que indiquem outra peça,
pois nem todas as situações previstas no item anterior, por exemplo, comportam Man-
dado de Segurança em substituição a outra medida judicial.
Requisitos da Petição
Os requisitos da petição inicial deverão ser observados tanto na Legislação pro-
cessual, quanto na Legislação especial, de modo que o examinando deverá se ater
ao Artigo 319 e seguintes do Código de Processo Civil, assim como à Legislação es-
pecífica, como a Lei 12.016/2009, que disciplina o Mandado de Segurança e possui
regras processuais específicas para a ação mandamental.
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UNIDADE Ações e Recursos em Matéria Tributária
Endereçamento
O endereçamento é o início da peça. Sem ele não há como dar continuidade no pe-
dido, de forma que o examinando deverá observar as regras de competência da Cons-
tituição Federal, do Código de Processo Civil e da Legislação especial, quando houver.
O STF editou três súmulas que regram a competência para julgamento das causas que
envolvam as Sociedades de Economia Mista. São elas as de número 508, 517 e 556.
Quando o texto informar nome, cidade, endereço etc., o examinando poderá uti-
lizar tais informações no que couber, mas, na ausência de dados pessoais das partes,
o estudante deverá fazer uso de reticências [...].
Assim, para todas as peças, a qualificação será sempre a mesma, devendo conter
as seguintes informações:
• Nome (...), nacionalidade (...), estado civil (...), profissão (...), número de inscrição
no Cadastro de Pessoas Físicas – CPF (...), ou, número de inscrição no Cadastro
Nacional da Pessoa Jurídica – CNPJ (...), endereço eletrônico – e-mail (...), domi-
cílio e residência.
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Após a qualificação da parte, o examinando deve sempre indicar que a parte está
representada por advogado (...), por seu advogado, procuração anexa.
Nome da Peça
Questão de fundamental importância, vez que, ao errar o nome da peça, o exa-
minando receberá nota zero na prova.
Conforme estudado no Item 2.2, é importante que o examinando leia o texto com
atenção e identifique com destaques as informações que possam conduzir à peça
correta. Também é importante uma leitura cuidadosa e a realização de um “esque-
leto” da peça, antes de iniciar efetivamente a escrita do texto mesmo no rascunho.
Basta uma leitura cuidadosa e prévia, e uma segunda leitura com destaques nas
informações-chave que o texto irá apresentar.
Dos Fatos
Na escrita dos fatos, o examinando terá oportunidade de explicar a razão de o juízo
dar provimento ao seu pedido, ou seja, demonstrará pelos fatos que houve uma violação
de determinado direito (direito esse que será identificado nos fundamentos jurídicos).
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Importante!
O examinando deve, ao destacar as informações do texto, observar os Artigos 5º e 7º, § 2º
e § 5º da Lei n. 12016/09 que disciplina o Mandado de Segurança, que estabelecem situa-
ções em que não serão concedidas liminares no Mandado de Segurança e, ainda, na tutela
antecipada prevista nos Artigos 300 a 310 do CPC.
Dos Pedidos
O pedido ou os pedidos são de suma importância na petição, vez que resumem,
consequentemente, a correlação entre fatos e direito, devendo ser divididos em vários
elementos com base na necessidade de concessão de tutela antecipada ou liminar em
Mandado de Segurança, efeito suspensivo, citação/intimação do réu, procedência da
ação e confirmação da liminar quando houver pedido de antecipação de tutela ou
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Mandado de Segurança, reforma da decisão e efeito suspensivo no caso de recursos,
assim como tutela recursal, produção de provas, condenação nas custas e honorá-
rios advocatícios, entre outros, a depender da espécie processual a ser manejada.
Encerramento da Petição
O momento final da petição consiste na indicação do valor da ação quando for
pedido inicial. No pedido genérico de deferimento, indicação do local e data, assim
como indicação do advogado e, em seguida, o número da OAB, lembrando-se sem-
pre que não se deve identificar qualquer nome ou número de OAB, e também, nome
da localidade e informação específica da data quando o problema não trouxer essas
informações, devendo, no fechamento, utilizar o exemplo a seguir:
As Ações em Espécie
Ação Declaratória de Inexistência de Relação Jurídico-tributária
Noções Gerais e Cabimento
A Ação Declaratória tem como objetivo principal a obtenção de certeza jurídica,
a ser declarada pelo julgador, acerca da inexistência de determinada relação jurídico
tributária entre o autor e o Fisco, ou ainda, em relação à falsidade ou autenticidade
de documento (Art. 19, I e II do CPC).
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Ação de Repetição do Indébito
Noções Gerais e Cabimento
Consiste em ação que visa à devolução de valor indevidamente pago ao fisco, ante
uma das situações previstas no Artigo 165 do CTN, caso em que exista cobrança
ou pagamento espontâneo de tributo indevido ou maior que o devido em face da
Legislação Tributária aplicável, ou da natureza ou circunstâncias materiais do fato ge-
rador efetivamente ocorrido, erro na edificação do sujeito passivo, na determinação
da alíquota aplicável, no cálculo do montante do débito ou na elaboração ou confe-
rência de qualquer documento relativo ao pagamento ou, ainda, reforma, anulação,
revogação ou rescisão de decisão condenatória.
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7. Da tempestividade;
8. Da legitimidade ativa;
9. Da legitimidade passiva;
10. Do direito;
11. Da tutela provisória (Urgência ou Evidência), quando for o caso;
12. Dos pedidos (Ante todo exposto, requer: a procedência da ação, ou julgue
procedente a ação para...);
13. Fechamento da peça.
Embargos à Execução
Noções Gerais e Cabimento
Os Embargos à Execução consistem na forma inaugural de defesa do contribuinte
quando já iniciado o Processo de Execução, ou seja, é a primeira possibilidade de
defesa do executado.
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4. Nome da peça;
5. Qualificação da parte em face da qual se propõe a medida;
6. Dos fatos;
7. Do cabimento da medida;
8. Da garantia e tempestividade;
9. Do direito;
10. Da concessão do efeito suspensivo;
11. Dos pedidos (Ante todo exposto, requer: a procedência da ação, ou, jul-
gue procedente a ação para...);
12. Fechamento da peça.
Exceção de Pré-Executividade
Noções Gerais e Cabimento
Conforme visto no item anterior, os Embargos à Execução são a primeira forma
de defesa do executado.
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UNIDADE Ações e Recursos em Matéria Tributária
Mandado de Segurança
Noções Gerais e Cabimento
O Mandado de Segurança, por consistir Ação Constitucional, foi devidamente
estudado na Unidade anterior.
Assim, nesta Unidade, estudaremos apenas o seu cabimento e situações que indi-
cam a impetração da Ação Mandamental.
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Há, também, de se destacar informações que indiquem haver provas do direito
violado, contudo, não havendo esse tipo de informação, mas sendo clara a violação
de direito líquido e certo por ato praticado com ilegalidade ou abuso de poder e, ain-
da, a informação de que não transcorreu o prazo decadencial de 120 dias, a necessi-
dade de pedido de liminar, observados sempre os casos em que não serão deferidas
liminares previsto nos Artigo 5º e 7º, § 2º da Lei 12016/2009.
Recursos
Noções Gerais e Cabimento
Os recursos se fundamentam nas garantias constitucionais do contraditório, da
ampla defesa e do duplo grau de jurisdição.
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UNIDADE Ações e Recursos em Matéria Tributária
Destaca-se, ainda, que, nas razões recursais, o pedido do recurso, além dos possí-
veis requerimentos conforme as informações expressas no texto do problema, deverá
conter respectivamente os pedidos de conhecimento e provimento para reformar a
decisão combatida.
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9. Do nome e endereço completo do advogado (devendo fazer uso de reti-
cências (...) para evitar identificação;
10. Das peças obrigatórias (indicação de que junta as peças obrigatórias e
facultativas previstas no Art. 1017 do CPC);
11. Fechamento da interposição;
12. Abertura da peça das razões informando respectivamente: Razões de
agravo, Agravante: Nome...; Agravado: Nome...; Processo nº...; Saudação
ao tribunal (Egrégio tribunal, Colenda Turma etc.);
13. Dos fatos;
14. Do direito;
15. Dos pedidos (requer o conhecimento e provimento do presente recurso
para...; ou, seja reconhecido e provido o presente recurso, para reformar
a decisão agravada e ...);
16. Fechamento da peça.
Recurso de Apelação
Noções Gerais e Cabimento
O recurso de Apelação, diferente do Agravo de Instrumento, deverá ser manejado
ante a informação de decisão terminativa do processo ou de sentença prolatada.
Importante!
Em caso de indeferimento da petição inicial do Mandado de Segurança é cabível o re-
curso de Apelação, conforme estabelece Art. 10, § 1º da Lei 12016/09, e, em caso de
sentença denegando ou concedendo o mandado, cabe Apelação (Art. 14, Lei 12/016/09).
Identificação da Peça
A identificação do recurso de Apelação será possível, também, observando-se as
seguintes situações no problema:
• Informação de que houve o regular trânsito judicial e a prolação da sentença
indeferindo o pedido ou que o juiz sentenciou às folhas...;
• Informação de não concordância com a sentença exarada pelo magistrado/juiz;
• Informação de que na sentença não existe qualquer omissão, contrariedade
ou obscuridade;
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• Informação de que houve decurso de prazo menor que 15 dias e de que o advo-
gado deverá apresentar recurso contra a sentença proferida;
• Informação de que houve indeferimento de petição inicial de Mandado de Segurança;
• Informação de sentença denegando a segurança requerida ou, ainda, sentença
denegando o mandado.
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Recurso Ordinário
Noções Gerais e Cabimento
O Recurso Ordinário atua como uma espécie de Apelação para a Instância Superior
ao órgão prolator da decisão nos casos em que a competência originária pertence aos
Tribunais (Art. 102, II e 105, II da CF/88).
O Recurso Ordinário será cabível apenas quando a decisão for colegiada (Acórdão).
Identificação da Peça
As situações que indicarão ao examinando a necessidade de interposição de Re-
curso Ordinário a serem observadas são:
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UNIDADE Ações e Recursos em Matéria Tributária
Em Síntese
Finalizamos esta Unidade com o estudo das principais peças que podem ser cobradas do
examinando na Segunda Fase do Exame da OAB.
Trabalhamos, respectivamente, as peças cabíveis no Processo Administrativo e no Pro-
cesso Judicial, bem como os possíveis recursos que poderão ser manejados conforme as
informações trazidas no texto problema da peça.
Reiteramos a importância de que o aluno, como já recomendado, faça uma leitura cui-
dadosa no primeiro contato com a prova e, posteriormente, faça uma segunda leitura
cuidadosa, destacando todas as informações relevantes que levarão à identificação da
peça e do direito a ser protegido.
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Livros
Passe na OAB – 2ª fase – FGV – Prática Tributária
QUINTANILHA, G.; NOVAIS, R. Passe na OAB – 2ª fase – FGV – Prática
Tributária. 4.ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2020.
Leitura
O Mandado de Segurança e a restituição do pagamento indevido no tema da exclusão do ICMS das bases de
cálculo da contribuição ao PIS e da COFINS
DE SOUZA, F. D. C. O Mandado de Segurança e a restituição do pagamento
indevido no tema da exclusão do ICMS das bases de cálculo da contribuição ao
PIS e da COFINS. Revista de Direito Internacional Econômico e Tributário,
Brasília, v. 14, n. 2, jul./dez., p. 644-676, 2020.
https://bit.ly/2GWXkSU
Repetição de indébito no desvio de finalidade nas contribuições: entre a praça e o jardim
PINHEIRO, H. Repetição de indébito no desvio de finalidade nas contribuições:
entre a praça e o jardim. Revista Jurídica da Presidência, Brasília, v. 21, n. 125,
p. 590-614, 2020.
https://bit.ly/35RdYOv
A suspensão da cobrança dos juros de mora no processo administrativo fiscal após o transcurso do prazo
disposto no Art. 24 Da lei n º 11.457/2007
SILVEIRA, C.; DE OLIVEIRA FILHO, J. G. A suspensão da cobrança dos juros
de mora no processo administrativo fiscal após o transcurso do prazo disposto no
Art. 24 Da lei n º 11.457/2007. Revista Eletrônica de Direito Processual, Rio de
Janeiro, v. 21, n. 2, 2020.
https://bit.ly/3hA17Cr
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Referências
AMARO, L. Direito Tributário Brasileiro. 22.ed. São Paulo: Saraiva, 2017. (e-book)
________. Direito Processual Tributário 2. São Paulo: Editora Revista dos Tribu-
nais, 2015.
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