Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
DIREITO - MATUTINO
Professor: DYOGO HENRIQUE BARNABE TINOCO
Turma: 1001 - ARA0578
Aluno(a): Bruna Maria Trindade Marques
Unidade: Estação
Horário das aulas: Quarta: 07h30 - 08h20 / 08h40 - 09h30 / 09h30 - 10h20
Trabalho Avaliativo
Conforme solicitado, em sala de aula, abordarei um relance que versa sobre matéria aplicada
em sala de aula, usando fundamentos e fontes reais com análise de um julgado, que é real caso
concreto do tema supracitado.
Veremos a seguir, um AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL do Supremo Tribunal de
Justiça – STJ:
EMENTA
O art. 5º, inciso II, da Constituição Federal, estabelece que ninguém será obrigado a fazer ou
deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei, expressão jurídica do princípio da legalidade. A
história mostra que o Princípio da Legalidade surge da necessidade de consentimento do povo para a
imposição de obrigações, sendo que a reserva de lei nessa matéria é exigida, de forma universal, nos
Estados Constitucionais de Direito. Conforme também nos relata o Autor Eduardo Sabbag, este,
apontado para Bibliografia da nossa matéria, escreveu que; os entes tributantes (União, Estados,
Municípios e Distrito Federal) só poderão criar ou aumentar tributo por meio de lei. Tal princípio deve
ser assimilado conjuntamente com o princípio da legalidade genérica, previsto no art. 5.º , II, da CF.
Por regra, a lei adequada para instituir tributo é a lei ordinária. Nessa medida, quem cria tributos é o
Poder Legislativo, não cabendo ao Poder Executivo o mister legiferante. Mas, também existem tributos
federais, que mesmo obedecendo ao princípio da legalidade, devem ser criador por lei complementar.
Mais uma vez voltando a matéria de direito que escolhemos analisar, cabe ser analisada como
Exceções ao princípio da legalidade tributária Conforme preceitua o art. 153, § 1.º , da CF, existem
quatro impostos federais que poderão ter suas alíquotas majoradas, ou reduzidas, por ato do Poder
Executivo, o que se dá por decreto presidencial ou portaria do Ministro da Fazenda: Imposto de
Importação (II); Imposto de Exportação (IE); IPI; e IOF. São eles considerados “exceções” ao
princípio da legalidade tributária. Como eles dependem de lei, talvez fosse mais rigoroso afirmar que
eles apenas “mitigam” o princípio, sendo exemplos de “atenuações” ao princípio, e não de “exceções”.
Tais impostos têm caráter extrafiscal, possuindo função regulatória, o que justifica a flexibilidade de
alíquotas. A extrafiscalidade é característica a) b) dos tributos reguladores de mercado. A fiscalidade,
por seu turno, é característica dos tributos de finalidade eminentemente arrecadatória, ou seja, da
maioria dos gravames. Destaque-se, em tempo, que “quem pode o mais pode o menos”, cabendo ao
Poder Executivo Federal a redução de alíquotas de tais impostos regulatórios.
A história mostra que o Princípio da Legalidade surge da necessidade de consentimento do povo
para a imposição de obrigações, sendo que a reserva de lei nessa matéria é exigida, de forma universal,
nos Estados Constitucionais de Direito. Tratando de Direito Tributário, o princípio da legalidade vem
reforçado no que tange à sua aplicação, já que não se satisfez o legislador constitucional com a
disposição genérica do art. 5º, II, indo além dos detalhes característico dos temas constitucionais
tributários e formulando, na especificidade do art. 150, I, a exigência de lei para a instituição ou
majoração de exações tributárias.
Invoca-se o princípio da legalidade, com muito mais razão, em matéria tributária, haja vista que o
constituinte reservou nessa seara do Direito um dispositivo especial dentro do Texto - art. 150, inciso I
- para ressaltar a sua importância, quando se tratar de criação ou aumento de tributo.
A Constituição Federal de 1946 tornou expressos os princípios da legalidade e da estrita
legalidade em seu art. 141, §§ 2º e 34. No Texto Constitucional de 1967, os princípios em tela foram
registrados expressamente no art. 153, § 2º, e no art. 19, inciso I.
O princípio da estrita legalidade ou princípio da reserva absoluta da lei formal foi enfatizado pelo
legislador constituinte de 1988, que fez questão de reforçar a obrigatoriedade desse princípio em
matéria tributária ao fazer constar, no art. 150, inciso I, da atual Constituição, em dispositivo integrante
do capítulo reservado ao Sistema Tributário Nacional, vedação à União, aos Estados, ao Distrito
Federal e aos Municípios, para exigir ou aumentar tributos sem lei que o estabeleça.
Então, observamos que, o embasamento do nosso regimento, chegamos à conclusão de que no
ordenamento jurídico brasileiro, que a tributação e a relação entre as partes devem sim, seguir um
critério de Lei, discorridos nas alíneas acima.