Você está na página 1de 53

Legislação Tributária 2019

Profª Cristiane Pires


Principais pontos:
➢ DIFAL – diferencial de alíquota;

➢ Programa “Nos Conformes”;

➢ Substituição Tributária ICMS – Alterações do Convênio 142/2018;

➢ Declaração Única de Importação - DUIMP;

➢ Auxílio – Alimentação (contribuição previdenciária);

➢ Novo RIR – Decreto n. 9.850/2018;


Sobre o DIFAL
➢ O ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços de competência dos Estados e do Distrito Federal é um
dos principais tributos cobrados no país;

➢ O valor da alíquota, que é usado para se calcular o ICMS, varia de estado para estado. E, até 2015, nas vendas
interestaduais o ICMS adotava-se alíquota interestadual quando o destinatário final do bem era contribuinte do imposto
e a alíquota interna, quando o destinatário não o fosse. Por isso, muitas empresas preferiam comprar de um estado que
oferecia uma alíquota menor.

➢ Com o crescimento das vendas virtuais, o desequilíbrio regional aumentou, pois grande parte das empresas que operam
nesse mercado, tem sede na região sul e sudeste e realizam vendas para a região norte e nordeste;

➢ Foi com a intenção de balancear essa situação e evitar a concentração do imposto em determinadas regiões, que foi
editada a Emenda Constitucional 87/2015, prevendo o DIFAL – Diferencial de Alíquotas do ICMS, que é a diferença
entre os impostos pagos entre os estados (apelido: emenda do e–commerce, apesar de não atingir apenas o comércio
eletrônico).
Sobre o DIFAL
➢ A EC 87/2015 em vigor em 1º de janeiro de 2016. O DIFAL passou a ser aplicado nas operações interestaduais
destinadas a consumidor final, contribuinte ou não do ICMS;

➢ As diferenças entre as alíquotas do ICMS deveriam ser divididas entre os estados de origem e os de destino;

➢ A porcentagem do valor que pertencia a cada estado (origem e destino) veio acompanhada por regra de transição:

• Em 2016: 40% para o Estado de destino e 60% para o Estado de origem;


• Em 2017: 60% para o Estado de destino e 40% para o Estado de origem;
• Em 2018: 80% para o Estado de destino e 20% para o Estado de origem;
• A partir do ano de 2019: 100% para o Estado de destino.

➢ A partir de 1º de janeiro de 2019 a partilha do DIFAL acabou: 100% do valor fica para o estado de destino!

➢ Ao estado de origem das mercadorias, caberá a alíquota interestadual.


Dever Instrumental
➢ Conforme prevê a EC 87/2015, a responsabilidade pelo recolhimento do imposto
correspondente à diferença entre a alíquota interna e a interestadual de que trata o inciso VII
será atribuída:

a) ao destinatário, quando este for contribuinte do imposto;


b) ao remetente, quando o destinatário não for contribuinte do imposto;

➢ A partir de 2019, 100% do ICMS devido a título de DIFAL deverá ser recolhido antes da saída da
mercadoria do estabelecimento, exceto se o contribuinte remetente tiver Inscrição de
Substituto no Estado de destino:

Se a empresa possuir essa inscrição poderá escolher uma data fixa para o pagamento de todas as
movimentações realizadas no Estado. Exemplo: realizar o recolhimento dia 15 de cada mês.
Empresas optantes pelo SIMPLES NACIONAL
➢ Em razão da suspensão pelo Supremo Tribunal Federal – STF da Cláusula NONA do Convênio ICMS 93/2015, o DIFAL
não se aplica aos contribuintes do ICMS optantes pelo Simples Nacional.

Cláusula nona Aplicam-se as disposições deste convênio aos contribuintes optantes pelo Regime Especial Unificado de Arrecadação
de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte - Simples Nacional, instituído pela Lei
Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, em relação ao imposto devido à unidade federada de destino.

➢ No Estado de São Paulo a questão encontra-se esclarecida no Comunicado CAT 08/16.

➢ Indica-se que ao emitir uma nota fiscal, o campo dos Dados Adicionais contenha a informação da suspensão, como
no exemplo: “O recolhimento do ICMS DIFAL suspenso, conforme medida cautelar na ADI 5.464/DF”.
Substituição Tributária ICMS – Alterações do Convênio 142/2018
➢ Com a publicação do Convênio ICMS 142/2018 novas regras foram definidas para o regime da
substituição tributária, com efeitos a partir de 1º de janeiro de 2019.
➢ As operações interestaduais continuam dependendo de acordo entre os estados, os quais podem
trazer regras diferentes do previsto no Convênio 142/18. Por isso devem ser minuciosamente
analisados no momento da aplicação da ST.
“Cláusula segunda A adoção do regime de substituição tributária nas operações interestaduais dependerá de acordo específico celebrado
pelas unidades federadas interessadas.
§ 1º A critério da unidade federada de destino, a instituição do regime de substituição tributária dependerá, ainda, de ato do Poder Executivo
para internalizar o acordo específico celebrado pelas unidades federadas interessadas.
§ 2º Os acordos específicos de que trata o caput desta cláusula poderão ser denunciados, em conjunto ou isoladamente, pelos acordantes,
devendo ser comunicado com antecedência mínima de 30 (trinta) dias.
§ 3º Compete à unidade federada que instituir o regime de substituição tributária, nas operações interestaduais a ela destinadas instituir
também, em relação às operações internas, aplicando-se, no que couber, o disposto neste convênio.
§ 4º Os acordos firmados entre as unidades federadas poderão estabelecer normas específicas ou complementares às estabelecidas neste
convênio.”
Substituição Tributária ICMS – Alterações do Convênio 142/2018
➢ Mudanças principais: cláusulas do Convênio 52/2017 (revogado), que tiveram impacto
com a ADI 5.866:
PRESIDÊNCIA

"(...) defiro parcialmente a medida cautelar (art. 10 da Lei n. 9.868/1999), para suspender os efeitos das cláusulas 8ª, 9ª,
10ª, 11ª, 12ª, 13ª, 14ª, 16ª, 24ª e 26ª do Convênio ICMS n. 52/2017, celebrado pelo Conselho Nacional de Política
Fazendária CONFAZ (...)“

➢ Cláusula 8ª - Responsabilidade
➢ Cláusula 9ª - Hipóteses de Inaplicabilidade
➢ Cláusula 10ª à 14ª - Cálculo do Imposto Retido
➢ Cláusula 16ª - Ressarcimento
➢ Cláusula 24ª e 26ª - Pesquisas de Preço e fixação da margem de valor agregado (MVA) e do preço médio
ponderado a consumidor final (PMPF)
Substituição Tributária ICMS – Alterações do Convênio 142/2018
➢ Retirada das previsão de responsabilidade subsidiária do substituído quando o sujeito
passivo por substituição (substituto) não efetuar ou efetuar o recolhimento do tributo em
valor menor do que o devido.
Convênio 52/2017 Convênio 142/2018
Cláusula oitava O contribuinte remetente que promover operações
Cláusula oitava O contribuinte remetente que promover operações interestaduais com bens e
mercadorias especificadas em convênio ou protocolo que disponha sobre o regime de interestaduais com bens e mercadorias especificadas em convênio ou
substituição tributária será o responsável, na condição de sujeito passivo por substituição, pela protocolo que disponha sobre o regime de substituição tributária poderá ser
retenção e recolhimento do ICMS relativo às operações subsequentes devido à unidade federada o responsável, na condição de sujeito passivo por substituição, pela retenção
de destino, mesmo que o imposto tenha sido retido anteriormente. e recolhimento do ICMS relativo às operações subsequentes devido à
§ 1º A responsabilidade prevista no caput desta cláusula aplica-se também ao imposto
correspondente à diferença entre a alíquota interna da unidade federada de destino e a alíquota
unidade federada de destino, mesmo que o imposto tenha sido retido
interestadual incidente sobre as operações interestaduais com bens e mercadorias anteriormente.
especificadas em convênio ou protocolo que disponha sobre o regime de substituição tributária Parágrafo único. A responsabilidade prevista no caput desta cláusula aplica-se
e destinadas ao uso, consumo ou ativo imobilizado do destinatário. também ao imposto correspondente à diferença entre a alíquota interna da
§ 2º O destinatário de bens e mercadorias submetidas ao regime de substituição tributária,
inclusive o varejista, é responsável pelo imposto devido à unidade federada de destino por
unidade federada de destino e a alíquota interestadual incidente sobre as
substituição tributária, quando o remetente, sujeito passivo por substituição, não efetuar a operações interestaduais com bens e mercadorias especificadas em convênio
retenção ou efetuar retenção a menor do imposto, salvo disposição em contrário prevista na ou protocolo que disponha sobre o regime de substituição tributária e
legislação da unidade destinatária. destinadas ao uso, consumo ou ativo imobilizado do destinatário.
Substituição Tributária ICMS – Alterações do Convênio 142/2018
Cláusula suspensa por determinava em que hipóteses não se aplicaria a ST, tema que seria de interesse de cada Estado. A
nova redação mantém os incisos I a V, vigentes desde o Convênio ICMS 81/93, deixando evidente (na nova redação) a
possibilidade de exceções (a critério dos Estados de destino) ao utilizar a expressão “Salvo disposição em contrário”.

Convênio 52/2017 Convênio 142/2018


Cláusula nona O regime de substituição tributária não se aplica: Cláusula nona Salvo disposição em contrário, o regime de substituição
I - às operações interestaduais que destinem bens e mercadorias submetidas ao regime de tributária não se aplica:
substituição tributária a estabelecimento industrial fabricante do mesmo bem e mercadoria, I - às operações interestaduais que destinem bens e mercadorias submetidas ao
assim entendido aquele classificado no mesmo CEST; regime de substituição tributária a estabelecimento industrial fabricante do mesmo
II - às transferências interestaduais promovidas entre estabelecimentos do remetente, exceto bem e mercadoria;
quando o destinatário for estabelecimento varejista; II - às transferências interestaduais promovidas entre estabelecimentos do
III - às operações interestaduais que destinem bens e mercadorias a estabelecimento remetente, exceto quando o destinatário for estabelecimento varejista;
industrial para emprego em processo de industrialização como matéria-prima, produto III - às operações interestaduais que destinem bens e mercadorias a
intermediário ou material de embalagem, desde que este estabelecimento não comercialize o estabelecimento industrial para emprego em processo de industrialização como
mesmo bem ou mercadoria; matéria-prima, produto intermediário ou material de embalagem, desde que este
IV - às operações interestaduais que destinem bens e mercadorias a estabelecimento estabelecimento não comercialize o mesmo bem ou mercadoria;
localizado em unidade federada que lhe atribua a condição de substituto tributário em IV - às operações interestaduais que destinem bens e mercadorias a
relação ao ICMS devido na operação interna; V - às operações interestaduais com bens e estabelecimento localizado em unidade federada que lhe atribua a condição de
mercadorias produzidas em escala industrial não relevante, nos termos deste convênio substituto tributário em relação ao ICMS devido na operação interna;
Substituição Tributária ICMS – Alterações do Convênio 142/2018
A redação do parágrafo primeiro foi adaptada e foram excluídos os parágrafos 2º a 5º antiga redação (renumerando-se os
demais e realocando o antigo § 8º para a cláusula vigésima primeira, em seu parágrafo segundo), justamente porque tal
decisão é de interesse e competência de cada Estados.

Convênio 52/2017 Convênio 142/2018

V - às operações interestaduais com bens e mercadorias produzidas em escala industrial não


V - às operações interestaduais com bens e mercadorias produzidas em
relevante, nos termos deste convênio. escala industrial não relevante, nos termos deste convênio.
§ 1º Ficam as unidades federadas de destino autorizadas a não aplicar o regime de que trata o § 1º Ficam as unidades federadas de destino autorizadas a não aplicar o
caput nas operações entre estabelecimentos de empresas interdependentes, exceto se o regime de que trata o caput nas operações entre estabelecimentos de
destinatário for varejista, observado o disposto no § 6º da cláusula décima primeira. empresas interdependentes, exceto se o destinatário for varejista.
§ 2º Em substituição ao inciso I do caput, não se aplica o regime de substituição tributária nas § 2º Para os efeitos desta cláusula, não se considera industrialização a
operações interestaduais destinadas a estabelecimento industrial localizado no Estado de São
Paulo que seja fabricante de bem e mercadoria pertencentes ao mesmo segmento.
modificação efetuada no bem ou na mercadoria pelo estabelecimento
§ 3º Em substituição ao disposto no inciso II do caput, nas transferências interestaduais comercial para atender à especificação individual do consumidor final.
destinadas aos Estados do Acre, Alagoas, Bahia, Minas Gerais, Paraíba, Piauí, Rio de Janeiro e § 3º Na hipótese desta cláusula, exceto em relação ao inciso V do caput,
Rio Grande do Norte e ao Distrito Federal, o regime de que trata o caput não se aplica quando a sujeição passiva por substituição tributária caberá ao estabelecimento
promovidas entre estabelecimentos do industrial fabricante, exceto quando destinada a destinatário, salvo disposição em contrário na legislação da unidade
estabelecimento varejista. federada de destino.
Substituição Tributária ICMS – Alterações do Convênio 142/2018
A redação do parágrafo primeiro foi adaptada e foram excluídos os parágrafos 2º a 5º antiga redação (renumerando-se os
demais e realocando o antigo § 8º para a cláusula vigésima primeira, em seu parágrafo 2º), justamente porque tal
decisão é de interesse e competência de cada Estados.

Convênio 52/2017 Convênio 142/2018


§ 4º Para aplicação do disposto no § 3º, em se tratando de transferência para estabelecimento distribuidor, atacadista,
V - às operações interestaduais com bens e mercadorias produzidas em escala industrial não relevante,
depósito ou centro de distribuição, estes deverão operar exclusivamente com produtos fabricados por estabelecimento
nos termos deste convênio.
industrial de mesma titularidade.
§ 5º O regime de que trata o caput não se aplica, também, às operações interestaduais promovidas por contribuintes
§ 1º Ficam as unidades federadas de destino autorizadas a não aplicar o regime de que trata o caput nas
varejistas com destino a estabelecimento de contribuinte não varejista localizado no Estado de São Paulo. operações entre estabelecimentos de empresas interdependentes, exceto se o destinatário for varejista.
§ 6º Para os efeitos desta cláusula, não se considera industrialização a modificação efetuada no bem ou na mercadoria pelo § 2º Para os efeitos desta cláusula, não se considera industrialização a modificação efetuada no bem ou na
estabelecimento comercial para atender à especificação individual do consumidor final. mercadoria pelo estabelecimento comercial para atender à especificação individual do consumidor final.
§ 7º Na hipótese desta cláusula, exceto em relação ao inciso V do caput, a sujeição passiva por substituição tributária caberá § 3º Na hipótese desta cláusula, exceto em relação ao inciso V do caput, a sujeição passiva por substituição
ao estabelecimento destinatário, salvo disposição em contrário na legislação da unidade federada de destino. tributária caberá ao estabelecimento destinatário, salvo disposição em contrário na legislação da unidade
§ 8º Nas hipóteses de inaplicabilidade do regime de substituição tributária tratadas nesta cláusula, o sujeito passivo indicará, federada de destino.
no campo “Informações Complementares” da Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) que acobertar a operação, o dispositivo em que § 4º O disposto no inciso IV do caput somente se aplica a partir do primeiro dia do primeiro mês
se fundamenta a referida inaplicabilidade. subsequente ao da disponibilização, pelas unidades federadas, em seus respectivos sítios na internet, do
§ 9º O disposto no inciso IV do caput somente se aplica a partir do primeiro dia do primeiro mês subsequente ao da rol dos contribuintes e respectivos segmentos de bens, mercadorias ou itens, detentores de regimes
disponibilização, pelas unidades federadas, em seus respectivos sítios na internet, do rol dos contribuintes e respectivos especiais de tributação que lhes atribuam a responsabilidade, na condição de substituto tributário, pela
segmentos de bens, mercadorias ou itens, detentores de regimes especiais de tributação que lhes atribuam a retenção e recolhimento do ICMS devido pelas operações subsequentes.
responsabilidade, na condição de substituto tributário, pela retenção e recolhimento do ICMS devido pelas operações § 5º O rol dos contribuintes e respectivos segmentos de bens, mercadorias ou itens, de que trata o § 4º
subsequentes. desta cláusula, deve ser encaminhado à Secretaria Executiva do CONFAZ, para disponibilização em seu
§ 10. O rol dos contribuintes e respectivos segmentos de bens, mercadorias ou itens, de que trata o §9º desta cláusula, deve sítio eletrônico na internet.
ser encaminhado à Secretaria Executiva do CONFAZ, para disponibilização em seu sítio na internet.
Substituição Tributária ICMS – Alterações do Convênio 142/2018
Embora a cláusula sexta não tenha sido suspensa na ADI 5866, a questiona-se a invasão de competência do convênio ao
estabelecer conceitos de interdependência e de ter excedido a regra de substituição tributária estabelecida pela CF/88
em seus artigos 150, § 7º e 155,§ 2º, XII, “b” e “g” e ferido a legalidade.

Convênio 52/2017 Convênio 142/2018

V - que as empresas são interdependentes quando:


a) uma delas, por si, seus sócios ou acionistas, e respectivos cônjuges e filhos menores, for titular de mais de 50% (cinquenta por cento) do capital da
outra;
b) uma delas tiver participação na outra de 15% (quinze por cento) ou mais do capital social, por si, seus sócios ou acionistas, bem assim por
intermédio de parentes destes até o segundo grau e respectivos cônjuges, se a participação societária for de pessoa física;
c) uma mesma pessoa fizer parte de ambas, na qualidade de diretor, ou sócio com funções de gerência, ainda que exercidas sob outra denominação;
d) consideradas apenas as operações com destino a determinada unidade federada, uma tiver vendido ou consignado à outra, no ano anterior, mais de Vide nova redação da cláusula nona, inciso V,
20% (vinte por cento), no caso de distribuição com exclusividade em determinada área do território da unidade federada de destino, e mais de 50%
(cinquenta por cento), nos demais casos, do seu volume de vendas para a unidade federada de destino; que estabelece competência da Estado dispor
e) consideradas apenas as operações com destino a determinada unidade federada, uma delas, por qualquer forma ou título, for a única adquirente,
de um ou de mais de um dos produtos da outra, ainda quando a exclusividade se refira à padronagem, marca ou tipo do produto;
sobre o assunto.
f) uma vender à outra, mediante contrato de participação ou ajuste semelhante, produto que tenha fabricado ou importado;
g) uma delas promover transporte de mercadoria utilizando veículos da outra, sendo ambas contribuintes do mesmo segmento;
h) uma tiver adquirido ou recebido em consignação da outra, no ano anterior mais de 50% (cinquenta por cento) do seu volume total de aquisições.
1º A coluna correspondente à identificação do CEST nos Anexos II a XXVI conterá o código CEST com 7 (sete) dígitos.
§ 2º Os documentos fiscais relativos às operações com bens e mercadorias fabricados em escala industrial não relevante deverão indicar o CNPJ do
respectivo fabricante.
Substituição Tributária ICMS – Alterações do Convênio 142/2018
Respeito do ressarcimento do ICMS/ST em operações interestaduais, correspondente ao fato gerador presumido que não
se realizar, possibilidade de ser pleiteado pelo contribuinte. A novidade é a previsão expressa do prazo de 90 dias para
Administração Tributária se manifestar sobre o pedido daquele.

Convênio 52/2017 Convênio 142/2018


Cláusula décima quinta Nas operações interestaduais com bens e mercadorias já alcançados pelo
Cláusula décima sexta Nas operações interestaduais com bens e mercadorias já alcançadas pelo regime de regime de substituição tributária, o ressarcimento do imposto retido na operação anterior poderá, a
substituição tributária, o ressarcimento do imposto retido na operação anterior deverá ser efetuado pelo critério da unidade federada de destino, ser efetuado pelo contribuinte mediante emissão de NF-e
contribuinte, mediante emissão de NFe exclusiva para esse fim, em nome de qualquer estabelecimento exclusiva para esse fim, em nome de qualquer estabelecimento fornecedor, inscrito como substituto
fornecedor, inscrito como substituto tributário. tributário.
§ 1º O ressarcimento de que trata esta cláusula deverá ser previamente autorizado pelo órgão fazendário em § 1º O ressarcimento de que trata esta cláusula deverá ser previamente autorizado pela
cuja circunscrição se localizar o contribuinte. administração tributária em cuja circunscrição se localizar o contribuinte, observado o prazo de 90
§ 2º O estabelecimento fornecedor, de posse da NF-e relativa ao ressarcimento de que trata o caput desta (noventa) dias, nos termos do § 1º do art. 10 da Lei Complementar nº 87/96.
cláusula, poderá deduzir o valor a ser ressarcido do próximo recolhimento do imposto retido, a ser feito à § 2º O estabelecimento fornecedor, de posse da NF-e relativa ao ressarcimento de que trata o caput
unidade federada do contribuinte que tiver direito ao ressarcimento. desta cláusula, poderá deduzir o valor a ser ressarcido do próximo recolhimento do imposto retido, a
§ 3º Quando for impossível determinar a correspondência do ICMS retido à aquisição do respectivo produto, ser feito à unidade federada do contribuinte que tiver direito ao ressarcimento.
tomar-se-á o valor do imposto retido quando das últimas aquisições dos bens e mercadorias pelo § 3º Quando for impossível determinar a correspondência do ICMS retido à aquisição do respectivo
estabelecimento, proporcionalmente à quantidade saída. produto, tomar-se-á o valor do imposto retido quando das últimas aquisições dos bens e mercadorias
§ 4º O valor do ICMS retido por substituição tributária a ser ressarcido não poderá ser superior ao valor retido pelo estabelecimento, proporcionalmente à quantidade saída.
quando da aquisição dos respectivos bens e mercadorias pelo estabelecimento. § 4º O valor do ICMS retido por substituição tributária a ser ressarcido não poderá ser superior ao
§ 5º Em substituição à sistemática prevista nesta cláusula, ficam as unidades federadas autorizadas a valor retido quando da aquisição dos respectivos bens e mercadorias pelo estabelecimento. § 5º Em
estabelecer forma diversa de ressarcimento, ainda que sob outra denominação substituição à sistemática prevista nesta cláusula, ficam as unidades federadas autorizadas a
estabelecer forma diversa de ressarcimento, ainda que sob outra denominação.
Substituição Tributária ICMS – Alterações do Convênio 142/2018
➢ Cláusulas 10ª à 14ª - As cláusulas foram suspensas pois a ADI 5866 destacou haver limites legais e constitucionais à
substituição tributária e, conquanto admita a inclusão do ICMS sobre sua própria base de cálculo (p. 40). Tal situação
não se aplicaria ao ICMS ST (p. 41).

Convênio 52/2017 Convênio 142/2018


Cláusula décima A base de cálculo do imposto para fins de substituição tributária em relação
às operações subsequentes será o valor correspondente ao preço final a consumidor, único
Cláusula décima A base de cálculo do imposto para fins de substituição tributária em relação às
ou máximo, fixado por órgão público competente. operações subsequentes será o valor correspondente ao preço final a consumidor, único ou máximo,
fixado por órgão público competente, nos termos do § 2º do art. 8º da Lei Complementar nº 87, de
Cláusula décima primeira Inexistindo o valor de que trata a cláusula décima, a base de cálculo 13 de setembro de 1996.
do imposto para fins de substituição tributária em relação às operações subsequentes Cláusula décima primeira Inexistindo o valor de que trata a cláusula décima, a base de cálculo do
imposto para fins de substituição tributária em relação às operações subsequentes, nos termos do
corresponderá, conforme definido pela legislação da unidade federada de destino, ao: I -
art. 8º da Lei Complementar nº 87/96, corresponderá, conforme definido pela legislação da unidade
Preço Médio Ponderado a Consumidor Final (PMPF); II - preço final a consumidor sugerido federada de destino, ao: I - Preço Médio Ponderado a Consumidor Final (PMPF); II - preço final a
pelo fabricante ou importador; consumidor sugerido pelo fabricante ou importador;
III - preço praticado pelo remetente acrescido dos valores correspondentes a frete, seguro, III - preço praticado pelo remetente acrescido dos valores correspondentes a frete, seguro, impostos,
impostos, contribuições e outros encargos transferíveis ou cobrados do destinatário, ainda contribuições e outros encargos transferíveis ou cobrados do destinatário, adicionado da parcela
resultante da aplicação sobre o referido montante do percentual de Margem de Valor Agregado
que por terceiros, adicionado da parcela resultante da aplicação sobre o referido montante
(MVA) estabelecido na unidade federada de destino ou prevista em convênio e protocolo, para a
do percentual de Margem de Valor Agregado (MVA) estabelecido na unidade federada de mercadoria submetida ao regime de substituição tributária, observado o disposto no §§ 1º a 3º .
destino ou prevista em convênio e protocolo, para a mercadoria submetida ao regime de
substituição tributária, observado o disposto nos §§ 1º e 2º.
Substituição Tributária ICMS – Alterações do Convênio 142/2018
➢ Cláusulas 10ª à 14ª - As cláusulas foram suspensas pois a ADI 5866 destacou haver limites legais e constitucionais à
substituição tributária e, conquanto admita a inclusão do ICMS sobre sua própria base de cálculo (p. 40). Tal situação
não se aplicaria ao ICMS ST (p. 41).

Convênio 52/2017 Convênio 142/2018


§ 1º Nas operações interestaduais com as mercadorias submetidas ao regime de substituição III - preço praticado pelo remetente acrescido dos valores correspondentes a frete, seguro,
tributária, quando o coeficiente a que se refere o inciso IV deste parágrafo for maior que o impostos, contribuições e outros encargos transferíveis ou cobrados do destinatário,
coeficiente correspondente à alíquota interestadual, para efeitos de apuração da base de adicionado da parcela resultante da aplicação sobre o referido montante do percentual de
cálculo com utilização de MVA, esta será ajustada à alíquota interestadual aplicável, Margem de Valor Agregado (MVA) estabelecido na unidade federada de destino ou prevista
observada a fórmula “MVA ajustada = {[(1+ MVA-ST original) x (1 - ALQ inter) / (1 - ALQ intra)] em convênio e protocolo, para a mercadoria submetida ao regime de substituição
tributária, observado o disposto no §§ 1º a 3º .
-1} x 100”, onde: I - “MVA ajustada” é o percentual correspondente à margem de valor
§ 1º Nas hipóteses em que o contribuinte remetente seja optante pelo Simples Nacional,
agregado a ser utilizada para apuração da base de cálculo relativa à substituição tributária na
será aplicada a MVA prevista para as operações internas na legislação da unidade federada
operação interestadual; II - “MVA-ST original” é o coeficiente correspondente à margem de de destino ou em convênio e protocolo.
valor agregado estabelecida na legislação da unidade federada de destino ou previsto nos § 2º Na impossibilidade de inclusão do valor do frete, seguro ou outro encargo na
respectivos convênios e protocolos; III - “ALQ inter” é o coeficiente correspondente à alíquota composição da base de cálculo, o recolhimento do imposto correspondente a essas parcelas
interestadual aplicável à operação; IV - “ALQ intra” é o coeficiente correspondente à alíquota será efetuado pelo estabelecimento destinatário, acrescido dos percentuais de MVA,
interna ou percentual de carga tributária efetiva, quando este for inferior à alíquota interna, observado o inciso III do caput desta cláusula.
praticada pelo contribuinte substituto da unidade federada de destino. § 3º Não se aplica o disposto no § 2º desta cláusula, quando a unidade federada de destino
§ 2º O disposto no § 1º não se aplica à operação que tenha como remetente contribuinte estabelecer MVA específica, na hipótese dos valores de frete, seguro e outros encargos
optante pelo Simples Nacional. Revogado o § 3º da cláusula décima serem desconhecidos pelo substituto tributário.
Substituição Tributária ICMS – Alterações do Convênio 142/2018
➢ Cláusulas 10ª à 14ª - As cláusulas foram suspensas pois a ADI 5866 destacou haver limites legais e constitucionais à
substituição tributária e, conquanto admita a inclusão do ICMS sobre sua própria base de cálculo (p. 40). Tal situação
não se aplicaria ao ICMS ST (p. 41).

Convênio 52/2017 Convênio 142/2018


§ 4º Nas operações internas e interestaduais, as unidades federadas ficam autorizadas a estabelecer
como base de § 3º REVOGADO § 4º Nas operações internas e interestaduais, as unidades federadas
ficam autorizadas a estabelecer como base de cálculo a prevista no inciso III do caput desta cláusula
quando o valor da operação própria praticado pelo remetente for igual ou superior a percentual
estabelecido pela legislação interna da unidade federada de destino do valor do PMPF ou preço
sugerido para o bem e a mercadoria. § 5º Na hipótese do inciso II do caput e dos §§ 3º e 4º, todos da
cláusula nona, a base de cálculo poderá ser definida conforme critérios estabelecidos pela unidade
federada de destino. § 6º Nas operações de que trata o § 1º da cláusula nona destinadas ao Rio de
Janeiro, o valor inicial para a determinação da base de cálculo do imposto devido por substituição
tributária será o preço praticado pelo adquirente nas operações com o comércio varejista, adotando-
se a MVA-ST original. § 7º As MVA-ST originais estabelecidas na legislação da unidade federada de
destino serão divulgadas pela Secretaria Executiva do CONFAZ, na forma prevista em Ato COTEPE. § 8º
A MVA-ST original prevista em convênio ou protocolo produzirá efeito em relação às operações
destinadas à unidade federada de destino, a partir da data estabelecida em sua legislação interna.
Substituição Tributária ICMS – Alterações do Convênio 142/2018
➢ Cláusulas 10ª à 14ª - As cláusulas foram suspensas pois a ADI 5866 destacou haver limites legais e constitucionais à
substituição tributária e, conquanto admita a inclusão do ICMS sobre sua própria base de cálculo (p. 40). Tal situação
não se aplicaria ao ICMS ST (p. 41).

Convênio 52/2017 Convênio 142/2018


§ 9º Na impossibilidade de inclusão do valor do frete, seguro ou outro encargo na composição da
base de cálculo, o recolhimento do imposto correspondente a essas parcelas será efetuado pelo
estabelecimento destinatário, acrescido dos percentuais de MVA, observado o inciso III desta
cláusula. § 10. Não se aplica o disposto no § 9º desta cláusula, quando a unidade federada de
destino estabelecer MVA específica, na hipótese dos valores de frete, seguro e outros encargos
Cláusula décima segunda Tratando-se de operação interestadual com bens e
serem desconhecidos pelo substituto tributário mercadorias submetidos ao regime de substituição tributária, destinados a
Cláusula décima segunda Tratando-se de operação interestadual com bens e mercadorias uso, consumo ou ativo imobilizado do adquirente, a base de cálculo do
submetidas ao regime de substituição tributária, destinados a uso, consumo ou ativo imobilizado imposto devido será o valor da operação interestadual adicionado do
do adquirente, a base de cálculo do imposto devido será o valor da operação interestadual imposto correspondente à diferença entre a alíquota interna a consumidor
adicionado do imposto correspondente à diferença entre a alíquota interna a consumidor final final estabelecida na unidade federada de destino para o bem ou a
estabelecida na unidade federada de destino para o bem ou a mercadoria e a alíquota mercadoria e a alíquota interestadual.
interestadual.
Cláusula décima terceira O imposto devido por substituição tributária integra a correspondente
base de cálculo, inclusive na hipótese de recolhimento do imposto correspondente à diferença
entre a alíquota interna da unidade federada de destino e a alíquota interestadual
Substituição Tributária ICMS – Alterações do Convênio 142/2018
➢ Cláusulas 10ª à 14ª - As cláusulas foram suspensas pois a ADI 5866 destacou haver limites legais e constitucionais à
substituição tributária e, conquanto admita a inclusão do ICMS sobre sua própria base de cálculo (p. 40). Tal situação
não se aplicaria ao ICMS ST (p. 41).

Convênio 52/2017 Convênio 142/2018


Cláusula décima quarta O imposto a recolher por substituição tributária será: I - em relação às operações
subsequentes, o valor da diferença entre o imposto calculado mediante aplicação da alíquota estabelecida para
as operações internas na unidade federada de destino sobre a base de cálculo definida para a substituição e o
Cláusula décima terceira O imposto a recolher por substituição
devido pela operação própria do contribuinte remetente; II - em relação aos bens e mercadorias submetidas ao tributária será, em relação às operações subsequentes, o valor da
regime de substituição tributária destinados a uso, consumo ou ativo imobilizado do adquirente, o valor diferença entre o imposto calculado mediante aplicação da alíquota
calculado conforme a fórmula "ICMS ST DIFAL = [(V oper - ICMS origem) / (1 - ALQ interna)] x ALQ interna - (V
oper x ALQ interestadual)", onde: a) “ICMS ST DIFAL” é o valor do imposto correspondente à diferença entre a estabelecida para as operações internas na unidade federada de destino
alíquota interna a consumidor final estabelecida na unidade federada de destino para o bem ou a mercadoria e sobre a base de cálculo definida para a substituição e o devido pela
a alíquota interestadual; b) “V oper” é o valor da operação interestadual, acrescido dos valores correspondentes
a frete, seguro, impostos, contribuições e outros encargos transferíveis ou cobrados do destinatário, ainda que
operação própria do contribuinte remetente. Parágrafo único. Para
por terceiros; c) “ICMS origem” é o valor do imposto correspondente à operação interestadual, destacado no efeitos do disposto nesta cláusula, na hipótese em que o remetente for
documento fiscal de aquisição; d) “ALQ interna” é a alíquota interna estabelecida na unidade federada de optante pelo Simples Nacional, deverá ser deduzido, a título de ICMS da
destino para as operações com o bem e a mercadoria a consumidor final; e) “ALQ interestadual” é a alíquota
estabelecida pelo Senado Federal para a operação. § 1º Para efeitos do disposto nesta cláusula, na hipótese em operação própria, o resultado da aplicação da alíquota interestadual
que o remetente for optante pelo Simples Nacional, deverá ser deduzido, a título de ICMS da operação própria, estabelecida pelo Senado Federal, nos termos do § 5º do art. 13 da Lei
o resultado da aplicação da alíquota interestadual estabelecida pelo Senado Federal. § 2º É vedada a
compensação de débito relativo à substituição tributária com qualquer crédito do imposto da operação própria
Complementar nº 123/06.
decorrente de entrada de mercadoria ou de utilização de serviço.
Substituição Tributária ICMS – Alterações do Convênio 142/2018

➢ Cláusulas 24ª - diferentemente da possibilidade de se aceitar pesquisas da entidade representativa


(a critério do Fisco) na antiga redação, estabeleceu a garantia de que as referidas entidades sejam
ouvidas, não sendo mais uma faculdade oficial, mas um direito da classe representativa,
prevalecendo o raciocínio de preços anteriormente adotado.

➢ Cláusula 26ª - admite os preços de promoção e de comercialização privilegiada para pesquisa do


MVA ou do PMPF de que tratam as duas cláusulas antecedentes, revogando-se, na nova redação a
autonomia que os Estados tinham para estabelecer outros critérios de fixação tanto do MVA quanto
do PMPF.
Programa “Nos Conformes”

➢ Lei Complementar n. 1.320, de 06 de abril de 2018: Institui o Programa de Estímulo à


Conformidade Tributária - "Nos Conformes", define princípios para o relacionamento entre os
contribuintes e o Estado de São Paulo e estabelece regras de conformidade tributária

➢ A LC dispõe que Programa “Nos Conformes” compreende diretrizes e ações para: (i) facilitar e
incentivar a autorregularização e a conformidade fiscal; (ii) reduzir os custos de conformidade
para os contribuintes; (iii) aperfeiçoar a comunicação entre os contribuintes e a Administração
Tributária; (iv) simplificar a legislação tributária e melhorar a qualidade da tributação
promovendo.
Segmentação dos Contribuintes do ICMS por Perfil de Risco
Artigo 5º - Para implementação do Programa “Nos Conformes”, com base nos princípios, diretrizes e
ações previstos nesta lei complementar, os contribuintes do Imposto sobre Operações Relativas à
Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e
de Comunicação - ICMS serão classificados de ofício, pela Secretaria da Fazenda, nas categorias “A+”, “A”,
“B”, “C”, “D”, “E” e “NC” (Não Classificado), sendo esta classificação competência privativa e indelegável
dos Agentes Fiscais de Rendas, com base nos seguintes critérios:

I - obrigações pecuniárias tributárias vencidas e não pagas relativas ao ICMS;


II - aderência entre escrituração ou declaração e os documentos fiscais emitidos ou recebidos pelo
contribuinte; e
III - perfil dos fornecedores do contribuinte, conforme enquadramento nas mesmas categorias e pelos
mesmos critérios de classificação previstos nesta lei complementar.
Critério de obrigações pecuniárias tributárias vencidas e não pagas
Artigo 7º - A classificação pelo critério de obrigações pecuniárias tributárias vencidas e não pagas relativas
ao ICMS ocorrerá em função do tempo de atraso no pagamento.
§ 1º - Não serão considerados os créditos tributários com exigibilidade suspensa ou objeto de garantia integral
prestada em juízo, ou de pequeno valor fixado em regulamento.
§ 2º - Caso determinado débito, anteriormente suspenso, venha a perder a tutela judicial da suspensão da
exigibilidade, caberá ao contribuinte comprovar o reestabelecimento da suspensão da exigibilidade a qualquer
tempo, mediante reprocessamento administrativo perante a Secretaria da Fazenda, cujo resultado.
§ 3º - Não poderá ser classificado na categoria “A+” o contribuinte com obrigação pecuniária tributo deverá
restar refletido no “rating” do contribuinte, a qualquer tempo, nos termos desta lei complementaria vencida e
não paga há mais de 2 (dois) meses.
§ 4º - Será classificado na categoria “D” o contribuinte com obrigação pecuniária tributária vencida e não paga
há mais de 6 (seis) meses.
§ 5º - A classificação nas demais categorias ocorrerá no intervalo entre as categorias “A+” e “D”.
Critério de Aderência
Artigo 8º - A classificação pelo critério de aderência considerará os valores indicados nos documentos fiscais
emitidos e recebidos pelo contribuinte e aqueles regularmente lançados em sua escrituração fiscal ou
declarados.
§ 1º - Será classificado na categoria “A+” o contribuinte com 98% (noventa e oito por cento) de aderência.
§ 2º - Será classificado na categoria “D” o contribuinte com menos de 90% (noventa por cento) de aderência.
§ 3º - A classificação nas demais categorias ocorrerá no intervalo entre as categorias “A+” e “D”.
§ 4º - O contribuinte que concordar com a divergência apontada pela Administração Tributária poderá solicitar
prazo adicional para correção de seus sistemas e procedimentos, observando-se que, no caso de deferimento
da solicitação, e desde que a correção tenha sido realizada no prazo assinalado pela Administração Tributária,
a divergência não prejudicará a classificação do contribuinte.
§ 5º - A Administração Tributária poderá reduzir ou suspender as contrapartidas previstas no Capítulo IV desta
lei complementar, dependendo do impacto da divergência na situação geral de conformidade do contribuinte,
na forma e condições estabelecidas em regulamento.
Critério de perfil de fornecedores do contribuinte
Artigo 9º - A classificação pelo critério de perfil de fornecedores do contribuinte considerará o percentual de
entradas de mercadorias e serviços tributados pelo ICMS, nos estabelecimentos do contribuinte,
provenientes de fornecedores classificados nas categorias “A+”, “A”, “B”, “C” e “D”.
§ 1º - Será classificado na categoria “A+” o contribuinte com no mínimo 70% (setenta por cento) do valor total
de suas entradas provenientes de fornecedores classificados nas categorias “A+” ou “A”, e no máximo 5%
(cinco por cento) na categoria “D”.
§ 2º - Será classificado na categoria “D” o contribuinte com menos de 40% (quarenta por cento) do valor total
de suas entradas provenientes de fornecedores classificados nas categorias “A+”, “A” ou “B”, ou mais de 30%
(trinta por cento) na categoria “D”.
§ 3º - A classificação nas demais categorias ocorrerá no intervalo entre as categorias “A+” e “D”.
§ 4º - O fornecedor enquadrado na categoria “NC” (Não Classificado) não será considerado para efeito da
classificação prevista no “caput” deste artigo, salvo se houver concentração relevante de fornecedores nessa
categoria em relação ao mesmo contribuinte, na forma e condições estabelecidas em regulamento.
.
Segmentação dos Contribuintes do ICMS por Perfil de Risco
Artigo 6º - O contribuinte será previamente informado sobre a classificação que lhe foi
atribuída, que ficará disponível para consulta pública no portal eletrônico da Secretaria da
Fazenda na internet.
§ 1º - O contribuinte poderá se opor à divulgação de sua classificação no portal eletrônico,
hipótese em que a classificação do contribuinte:
1 - não será prejudicada pela referida oposição;
2 - será considerada para fins de aplicação do disposto no inciso III do artigo 5º, para os
contribuintes com quem mantenha relação comercial;
3 - poderá ser informada pontualmente aos contribuintes mencionados no item 2.
§ 2º - O contribuinte poderá requerer justificadamente a correção de erro material na aplicação
dos critérios de classificação pela Administração Tributária, conforme dispuser o regulamento.
Incentivo à Autorregularização
Artigo 14 - A Secretaria da Fazenda incentivará os contribuintes do ICMS a se
autorregularizarem por meio dos seguintes procedimentos, sem prejuízo de outras formas
previstas na legislação:
I - Análise Informatizada de Dados - AID, consistente no cruzamento eletrônico de informações
fiscais realizado pela Administração Tributária;
II - Análise Fiscal Prévia - AFP, consistente na realização de trabalhos analíticos ou de campo por
Agente Fiscal de Rendas, sem objetivo de lavratura de auto de infração e imposição de multa.
§ 1º - A critério da Secretaria da Fazenda, o contribuinte poderá ser notificado sobre a
constatação de indício de irregularidade, hipótese em que ficará a salvo das penalidades
previstas no artigo 85 da Lei nº 6.374, de 1º de março de 1989, desde que sane a irregularidade
no prazo indicado na notificação.
Incentivo à Autorregularização
[...]
§ 2º - Os procedimentos previstos neste artigo não configuram início de ação fiscal e não afastam os
efeitos da espontaneidade de que trata o artigo 88 da Lei nº 6.374, de 1º de março de 1989.
§ 3º - Decorrido o prazo indicado na notificação prevista no § 1º deste artigo sem a devida regularização,
o contribuinte estará sujeito ao início de ação fiscal e às penalidades previstas na legislação.
§ 4º - Fica excluída a utilização dos procedimentos previstos no “caput” deste artigo nos casos de ação
fiscal decorrente de ordem judicial ou fraude devidamente caracterizada.
§ 5º - A autorregularização não exclui a possibilidade de parcelamento dos débitos tributários, nos
termos da legislação aplicável.
§ 6º - A autorregularização do contribuinte em recuperação judicial ou falido será objeto de tratamento
diferenciado, conforme dispuser o regulamento.
§ 7º - Os contribuintes classificados nos grupos “A+” e “A” poderão pleitear a Análise Fiscal Prévia,
cabendo ao regulamento definir condições, alcance e prazos para a realização dos trabalhos.
Das Contrapartidas ao Contribuinte
Artigo 16 - De acordo com a classificação atribuída nos termos do artigo 5º desta lei complementar, o
contribuinte fará jus às seguintes contrapartidas, na forma e condições estabelecidas em regulamento:
I - categoria “A+”:
a) acesso ao procedimento de Análise Fiscal Prévia, referido no artigo 14 desta lei complementar;
b) autorização para apropriação de crédito acumulado, observando-se procedimentos simplificados, na
forma e condições estabelecidas em regulamento;
c) efetivação da restituição de que trata o artigo 66-B da Lei nº 6.374, de 1º de março de 1989,
observando-se procedimentos simplificados, na forma e condições estabelecidas em regulamento;
d) autorização para pagamento do ICMS relativo à substituição tributária de mercadoria oriunda de outra
unidade federada, cujo valor do imposto não tenha sido anteriormente retido, mediante compensação
em conta gráfica, ou recolhimento por guia especial até o dia 15 do mês subsequente;
[...]
Dos Devedores Contumazes
Artigo 19 - Ficará sujeito a regime especial para cumprimento das obrigações tributárias, na forma e
condições previstas em regulamento, o devedor contumaz, assim considerado o sujeito passivo que
se enquadrar em pelo menos uma das situações:

I - possuir débito de ICMS declarado e não pago, inscrito ou não em dívida ativa, relativamente a 6
(seis) períodos de apuração, consecutivos ou não, nos 12 (doze) meses anteriores;

II - possuir débitos de ICMS inscritos em dívida ativa, que totalizem valor superior a 40.000 (quarenta
mil) Unidades Fiscais do Estado de São Paulo - UFESPs e correspondam a mais de 30% (trinta por
cento) de seu patrimônio líquido, ou a mais de 25% (vinte e cinco por cento) do valor total das
operações de saídas e prestações de serviços realizadas nos 12 (doze) meses anteriores.
Novo processo de importação
INSTRUÇÃO NORMATIVA RFB Nº 1833, DE 25 DE SETEMBRO DE 2018: Art. 1º A mercadoria que ingressar no País,
importada a título definitivo ou não, ficará sujeita ao despacho aduaneiro de importação, salvo as exceções previstas nesta
Instrução Normativa ou em normas específicas. ...
§ 2º-A O despacho aduaneiro de importação referido no caput será processado com base na: I - Declaração de
Importação (DI) registrada no Sistema Integrado de Comércio Exterior (Siscomex); ou II - Declaração Única de Importação
(Duimp) registrada no Portal Único de Comércio Exterior.
➢ Em outubro do ano passado entrou em vigor a primeira entrega do Novo Processo de Importação (fase-piloto: apenas
empresas certificadas no programa Operador Econômico Autorizado – OEA, tipo C2, no modal marítimo com
recolhimento integral dos tributos, ou seja, aquelas que não utilizam benefícios fiscais ou licenças).
➢ Expectativa que todas as empresas importadoras deem início ao processo com o uso da DUIMP em 2019, mas ainda
sem data definida.
➢ As diversas alterações da DUIMP (Declaração Única de Importação) incluem uma completa reformulação sistêmica,
normativa e procedimental que visam tornar todos os órgãos governamentais envolvidos nas operações de importação
mais eficientes, integrados e harmonizados.
DUIMP - principais mudanças (Siscomex – relatório do novo processo de
importação)
➢ Mesma Licença de Importação para mais de uma embarque:
Na DUIMP, será possível embarcar em mais de uma embarque e descontando o saldo autorizado conforme for utilizado,
desde que sejam embarques regulares e com mercadorias de mesmas características

➢ Armazenagem de carga:
O controle das cargas será realizado pelo depositário no módulo CTT do Portal Único Siscomex.
Art. 11. Após a chegada da embarcação, o depositário deverá recepcionar em seu estoque a carga submetida a despacho
por meio de Duimp, no módulo de Controle de Carga e Trânsito (CCT) do Portal Siscomex.

➢ Catálogo dos produtos:


Novo módulo integrado na DUIMP para o importador cadastrar os produtos. Essa padronização auxiliará a RFB e órgãos
anuentes a realizar a gestão de risco, para que seu sistema detecte onde é realmente necessária a ação humana intervir.
Também será possível anexar documentos, manuais e imagens (complexidade de descrição dos produtos).
DUIMP - principais mudanças
➢ Integração com o C.E. Mercante:
Independentemente do modo de embarque, os dados lançados pelos agentes de carga, armadores, companhias aéreas e
demais, alimentarão automaticamente sua DUIMP.

Art. 8º Após o registro, a Duimp será submetida a análise fiscal e selecionada para um dos seguintes canais de conferência
aduaneira:
I - verde, pelo qual o sistema registrará o desembaraço automático da mercadoria, dispensados o exame documental e a
verificação da mercadoria;
II - amarelo, pelo qual será realizado o exame documental, e, não sendo constatada irregularidade, efetuado o
desembaraço aduaneiro, dispensada a verificação da mercadoria;
III - vermelho, pelo qual a mercadoria somente será desembaraçada após a realização do exame documental e da
verificação da mercadoria; e
IV - cinza, pelo qual será realizado o exame documental, a verificação da mercadoria e a aplicação de procedimento
especial de controle aduaneiro, para verificar elementos indiciários de fraude, inclusive no que se refere ao preço
declarado da mercadoria, conforme estabelecido em norma específica.
DUIMP
➢ cabe à COANA dispor sobre o cronograma de implementação e estabelecer as operações e os procedimentos que
deverão ser observados no registro da Duimp.

➢ Portaria COANA 77/2018

➢ Recolhimento integral de tributos:


Art. 3º A Duimp somente poderá ser utilizada como documento base no despacho para consumo de mercadorias
provenientes do exterior, as quais tenham o tratamento de recolhimento integral de tributos.
Parágrafo único. Não será aceita a utilização de Duimp referente a importação:
I - com incidência de Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide), Ex-tarifário, medida de defesa comercial
ou com recolhimento diferenciado de tributos em virtude de acordo comercial; ou
II - que esteja sujeita a Registro de Operação Financeira (ROF), conforme exigência do Banco Central do Brasil.
DUIMP
➢ Momento do pagamento dos tributos:
Art. 6º O pagamento dos tributos e contribuições federais devidos na importação de mercadorias, bem como os demais
valores exigidos em decorrência da aplicação de direitos antidumping, compensatórios ou de salvaguarda, será efetuado no
ato do registro da respectiva Duimp por meio de Documento de Arrecadação de Receitas Federais (Darf) eletrônico, mediante
débito automático em conta corrente de banco integrante da rede arrecadadora de receitas federais.
§ 1º Deverá ser cadastrado, no módulo Pagamento Centralizado, do Portal Siscomex, o código do banco e da agência e o
número da conta corrente autorizada para efetivação do débito automático mencionado no caput, bem como a ordem de
prioridade para utilização, caso sejam cadastradas mais de uma conta.
§ 2º Cada conta corrente somente poderá ser utilizada pelos representantes legais autorizados a operá-la.
§ 3º Para o registro da Duimp, o módulo Pagamento Centralizado promoverá o débito em uma das contas-correntes
cadastradas e ativas, seguindo a ordem de priorização de contas referida no § 1º conforme apresentem saldo suficiente para a
totalidade do débito.

➢ Chegada:
➢ Art. 11. Após a chegada da embarcação, o depositário deverá recepcionar em seu estoque a carga submetida a despacho
por meio de Duimp, no módulo de Controle de Carga e Trânsito (CCT) do Portal Siscomex.
SOLUÇÃO DE CONSULTA COSIT Nº 4, DE 03 DE JANEIRO DE 2019
➢ ASSUNTO: CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS PREVIDENCIÁRIAS
EMENTA: AUXÍLIO-ALIMENTAÇÃO. VALOR DESCONTADO DO TRABALHADOR. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA.
INCIDÊNCIA.
O valor descontado do trabalhador referente ao auxílio-alimentação fez parte de sua remuneração e não pode ser
excluído da base de cálculo das contribuições previdenciárias, independentemente do tratamento dado à parcela
suportada pela empresa.
➢ “[...] Quando há coparticipação do empregado, a parcela por ele paga é descontada de seu salário, e portanto não pode
ser excluído da base de cálculo das contribuições previdenciárias. Por outro lado, a parcela que é arcada pela empresa
pode ou não ter natureza salarial, de acordo com a legislação de regência. O valor efetivamente suportado pela
empresa não é o total do auxílio-alimentação, mas este valor deduzido da parcela descontada do trabalhador”

➢ Os valores que são descontados da remuneração do empregado, a título de auxílio-alimentação, devem ser
incluídos no cálculo das contribuições previdenciárias. A afirmação foi feita pela Coordenação-Geral de
Tributação (Cosit) da Receita Federal, por meio da Solução de Consulta nº 4. A norma tem efeito vinculante para
os fiscais do país.
NOVO REGULAMENTO DO IMPOSTO SOBRE A RENDA (RIR) – Decreto n. 9.850/2018
NOVO REGULAMENTO DO IMPOSTO SOBRE A RENDA - RIR (Decreto n. 9.850/2018)

➢ RIR – regulamenta e consolida, num único documento, as normas de tributação,


fiscalização, arrecadação e administração do Imposto sobre a Renda e Proventos de
Qualquer Natureza;

➢ Decreto-regulamentar - Competência do Presidente da República (art. 84 da CF);

➢ CTN - Art. 212. Os Poderes Executivos federal, estaduais e municipais expedirão, por
decreto, dentro de 90 (noventa) dias da entrada em vigor desta Lei, a consolidação, em
texto único, da legislação vigente, relativa a cada um dos tributos, repetindo-se esta
providência até o dia 31 de janeiro de cada ano.
NOVO REGULAMENTO DO IMPOSTO SOBRE A RENDA - RIR (Decreto n. 9.850/2018)

➢ NOVO RIR – 16ª edição do Regulamento cuja história se iniciou em 1924;

➢ NOVO RIR - resultado da revisão completa do texto do Decreto nº 3.000, de 1999, ao qual foram
incorporadas as alterações legais ocorridas até 31 de dezembro de 2016;

➢ NOVO RIR - compila dispositivos contidos em mais de quatrocentas leis e decretos-lei referentes ao
Imposto sobre a Renda, incluindo o Imposto sobre a Renda da Pessoa Física, o Imposto sobre a
Renda da Pessoa Jurídica e Imposto de Renda Retido na Fonte, sendo o mais antigo datado do ano
de 1937.

➢ 1.050 artigos – 46 a mais do que sua última edição (Decreto n. 3.000/1999 - RIR/99).

➢ Amparou vários aspectos previstos na Lei 12.973 de 2014.


NOVO RIR – Principais alterações: CONCEITO DE RECEITA BRUTA
Art. 208: O dispositivo abrangeu
RIR/99 NOVO RIR no conceito de Receita Bruta o
Art. 186 Para os fins do Art. 208. A receita bruta compreende (Decreto-Lei nº texto do art. 2° da Lei 12.973 de
1.598, de 1977, art. 12, caput ): I - o produto da venda de
disposto no artigo anterior,
bens nas operações de conta própria; II - o preço da
2014 que modificou o artigo 12
considera-se receita bruta o prestação de serviços em geral; III - o resultado auferido do Decreto-Lei nº 1.598, de
produto da venda de bens e nas operações de conta alheia; e IV - as receitas da 1977. Esta definição deixa claro
serviços nas operações de atividade ou do objeto principal da pessoa jurídica não
compreendidas no inciso I ao inciso III do caput . [...] § 2º que os tributos incidentes sobre
conta própria, o preço dos Na receita bruta não se incluem os tributos não a receita que são repassados
serviços prestados e o cumulativos cobrados, destacadamente, do comprador
resultado nas operações em ou do contratante pelo vendedor dos bens ou pelo aos clientes na nota fiscal, não
conta alheia, não incluídas as prestador dos serviços na condição de mero depositário devem ser reconhecidos como
(Decreto-Lei nº 1.598, de 1977, art. 12, § 4º). § 3º Na
vendas canceladas e os receita bruta incluem-se os tributos sobre ela incidentes
receita bruta, sim deduzidos
descontos incondicionais e os valores decorrentes do ajuste a valor presente, de desta, como também abrange
concedidos. que trata o inciso VIII do caput do art. 183 da Lei nº aspectos relacionados ao
6.404, de 1976, das operações previstas no caput ,
observado o disposto no § 2º (Decreto-Lei nº 1.598, de tratamento do Ajuste a Valor
1977, art. 12, § 5º). Presente.
NOVO RIR – Principais alterações: DETERMINAÇÕES CONSTÁBEIS LEI 12.973/2014

RIR/99 NOVO RIR Art. 211: O dispositivo inseriu as


Art. 211. A partir de 1º de janeiro de 2015, os métodos e os determinações contábeis
Sem correspondente.
critérios contábeis introduzidos pela Lei nº 11.638, de 28 de introduzidas pela Lei n° 11.638
dezembro de 2007, e pelos art. 37 e art. 38 da Lei nº 11.941,
de 2009, submetem-se ao tratamento tributário conferido de 2007 e Lei n° 11.941 de
pelos art. 1º, art. 2º e art. 4º ao art. 71 da Lei nº 12.973, de 2009, abrangendo os artigos 1°,
2014 (Lei nº 12.973, de 2014, art. 1º, art. 2º e art. 4º ao art.
71). § 1º A pessoa jurídica pode optar, de forma irretratável, 2°, 4° até 71° da Lei
pela aplicação das disposições contidas nos art. 1º, art. 2º e no 12.973/2014, esses tratamentos
art. 4º ao art. 71 da Lei nº 12.973, de 2014, a partir de 1º de
janeiro de 2014 (Lei nº 12.973, de 2014, art. 75 e art. 119). § dizem respeito a escrituração
2º A forma, o prazo e as condições da opção de que trata o § contábil e apuração do Imposto
1º são definidos pela Secretaria da Receita Federal do Brasil do
Ministério da Fazenda (Lei nº 12.973, de 2014, art. 75, § 2º). § de Renda deve ser feito em livro
3º Para as operações ocorridas até a data a que se refere o
caput ou o § 1º permanece a neutralidade tributária
próprio para esse fim e
estabelecida nos art. 213 e art. 214 e a pessoa jurídica deverá encaminhado a Receita Federal
proceder, nos períodos de apuração a partir dessa data, aos
ajustes na base de cálculo do imposto sobre a renda,
através do Sistema Público de
observado o disposto no Capítulo V do Título XI deste Livro (Lei Escrituração Digital – SPED.
nº 12.973, de 2014, art. 64).
NOVO RIR – Principais alterações: INCORPORAÇÕES, FUSÕES E CISÕES

RIR/99 NOVO RIR


Art. 235. A pessoa jurídica que tiver parte ou todo o seu patrimônio Art. 232. A pessoa jurídica que tiver parte ou todo o seu
absorvido em virtude de incorporação, fusão ou cisão deverá levantar
balanço específico na data desse evento (Lei nº 9.249, de 1995, art. 21,
patrimônio absorvido em decorrência de incorporação, fusão Art. 232 e segs: inserção das
ou cisão deverá levantar balanço específico para esse fim,
e Lei nº 9.430, de 1996, art. 1º, § 1º). § 1º Considera-se data do evento
a data da deliberação que aprovar a incorporação, fusão ou cisão. § 2º observada a legislação comercial (Lei nº 9.249, de 1995, art. modificações feitas no decreto-
21). § 1º O balanço específico a que se refere o caput deverá
No balanço específico de que trata o caput deste artigo, a pessoa
jurídica que tiver parte ou todo o seu patrimônio absorvido em virtude ser levantado na data do evento (Lei nº 9.430, de 1996, art. lei 1.598 de 1977, através da lei
de incorporação, fusão ou cisão, poderá avaliar os bens e direitos pelo 1º, § 1º). § 2º Considera-se data do evento a data da
valor contábil ou de mercado (Lei nº 9.249, de 1995, art. 21). § 3º O deliberação que aprovar a incorporação, a fusão ou a cisão. §
12.973 de 2014 que
balanço a que se refere este artigo deverá ser levantado até trinta dias
antes do evento (Lei nº 9.249, de 1995, art. 21, § 1º, e Lei nº 9.430, de
3º O imposto sobre a renda devido deverá ser pago no prazo
estabelecido no art. 924 (Lei nº 9.430, de 1996, art. 5º, § 4º).
determinam regras bastante
1996, arts. 1º, § 1º, e 2º, § 3º). § 4º No caso de pessoa jurídica tributada
com base no lucro presumido ou arbitrado, que optar pela avaliação a § 4º A pessoa jurídica incorporada, incorporadora, fusionada específicas para as operações
valor de mercado, a diferença entre este e o custo de aquisição, ou cindida deverá apresentar declaração de rendimentos
diminuído dos encargos de depreciação, amortização ou exaustão, será correspondente ao período transcorrido durante o ano- de incorporações, fusões e
considerada ganho de capital, que deverá ser adicionado à base de calendário, em seu próprio nome, na forma, no prazo e nas
cálculo do imposto devido e da contribuição social sobre o lucro líquido
(Lei nº 9.249, de 1995, art. 21, § 2º). § 5º Para efeito do disposto no
condições estabelecidos pela Secretaria da Receita Federal do cisões.
parágrafo anterior, os encargos serão considerados incorridos, ainda
Brasil do Ministério da Fazenda (Lei nº 9.249, de 1995, art.
que não tenham sido registrados contabilmente (Lei nº 9.249, de 1995, 21, § 4º; Lei nº 9.430, de 1996, art. 1º, § 1º; Lei nº 9.779, de
art. 21, § 3º). § 6º O imposto deverá ser pago no prazo estabelecido no 1999, art. 16; e Lei nº 9.959, de 27 de janeiro de 2000, art.
art. 861 (Lei nº 9.430, de 1996, art. 5º, § 4º). § 7º A pessoa jurídica 5º). § 5º O disposto no § 4º não se aplica à pessoa jurídica
incorporada, fusionada ou cindida deverá apresentar declaração de incorporadora, nas hipóteses em que as pessoas jurídicas,
rendimentos correspondente ao período transcorrido durante o ano- incorporadora e incorporada, estivessem sob o mesmo
calendário, em seu próprio nome, até o último dia útil do mês
subseqüente ao do evento, com observância do disposto no art. 810
controle societário desde o ano-calendário anterior ao do
(Lei nº 9.249, de 1995, art. 21, § 4º) evento (Lei nº 9.959, de 2000, art. 5º).
NOVO RIR – Principais alterações: ÁGIO E DESÁGIO

RIR/99 NOVO RIR


Art. 385. O contribuinte que avaliar investimento em Art. 421. O contribuinte que avaliar investimento pelo valor de patrimônio líquido
sociedade coligada ou controlada pelo valor de
patrimônio líquido deverá, por ocasião da aquisição da
deverá, por ocasião da aquisição da participação, desdobrar o custo de aquisição em
(Decreto-Lei nº 1.598, de 1977, art. 20, caput, incisos I ao III): I - valor de patrimônio
Art. 421 e segs: inserção das
participação, desdobrar o custo de aquisição em (Decreto-
Lei nº 1.598, de 1977, art. 20): I - valor de patrimônio
líquido na época da aquisição, observado o disposto no art. 423; II - mais ou menos-
valia, que corresponde à diferença entre o valor justo dos ativos líquidos da investida,
modificações feitas no decreto-
líquido na época da aquisição, determinado de acordo
com o disposto no artigo seguinte; e II - ágio ou deságio
na proporção da porcentagem da participação adquirida, e o valor de que trata o inciso
I do caput; e III - ágio por rentabilidade futura (goodwill), que corresponde à diferença lei 1.598 de 1977, através da lei
entre o custo de aquisição do investimento e o somatório dos valores de que tratam os
na aquisição, que será a diferença entre o custo de
aquisição do investimento e o valor de que trata o inciso
incisos I e II do caput. § 1º Os valores de que tratam o inciso I ao inciso III do caput 12.973 de 2014 que
serão registrados em subcontas distintas (Decreto-Lei nº 1.598, de 1977, art. 20, § 1º).
anterior. § 1º O valor de patrimônio líquido e o ágio ou
deságio serão registrados em subcontas distintas do custo
§ 2º O valor de que trata o inciso II do caput terá como base laudo elaborado por determinam regras bastante
perito independente, que será protocolado na Secretaria da Receita Federal do Brasil
de aquisição do investimento (Decreto-Lei nº 1.598, de
1977, art. 20, § 1º). § 2º O lançamento do ágio ou deságio
do Ministério da Fazenda ou cujo sumário será registrado em Cartório de Registro de específicas para formações de
Títulos e Documentos até o último dia útil do décimo terceiro mês subsequente ao da
deverá indicar, dentre os seguintes, seu fundamento
econômico (Decreto-Lei nº 1.598, de 1977, art. 20, § 2º): I
aquisição da participação (Decreto-Lei nº 1.598, de 1977, art. 20, § 3º). § 3º A ágio e deságio.
aquisição de participação societária sujeita à avaliação pelo valor do patrimônio líquido
- valor de mercado de bens do ativo da coligada ou exige o reconhecimento e a mensuração (Decreto-Lei nº 1.598, de 1977, art. 20, § 5º):
controlada superior ou inferior ao custo registrado na sua I - primeiramente, dos ativos identificáveis adquiridos e dos passivos assumidos a valor
contabilidade; II - valor de rentabilidade da coligada ou justo; e II - posteriormente, do ágio por rentabilidade futura (goodwill) ou do ganho
controlada, com base em previsão dos resultados nos proveniente de compra vantajosa. § 4º O ganho proveniente de compra vantajosa de
exercícios futuros; III - fundo de comércio, intangíveis e que trata o § 3º, que corresponde ao excesso do valor justo dos ativos líquidos da
outras razões econômicas. § 3º O lançamento com os investida, na proporção da participação adquirida em relação ao custo de aquisição do
fundamentos de que tratam os incisos I e II do parágrafo investimento, será computado para fins de determinação do lucro real no período de
anterior deverá ser baseado em demonstração que o apuração da alienação ou da baixa do investimento (Decreto-Lei nº 1.598, de 1977, art.
contribuinte arquivará como comprovante da 20, § 6º). § 5º A Secretaria da Receita Federal do Brasil do Ministério da Fazenda
escrituração (Decreto-Lei nº 1.598, de 1977, art. 20, § 3º). disciplinará o disposto neste artigo e poderá estabelecer alternativas de registro e de
apresentação do laudo previsto no § 2º (Decreto-Lei nº 1.598, de 1977, art. 20, § 7º).
NOVO RIR – Principais alterações: RETENÇÃO NA FONTE FACTORING

RIR/99 NOVO RIR


Sem correspondente. Art. 723. Ficam sujeitos ao desconto do Art. 723: O dispositivo inseriu a
imposto sobre a renda, à alíquota de um e
retenção na fonte do imposto
meio por cento, deduzido do apurado no
encerramento do período de apuração, as de renda que foi implementada
importâncias pagas ou creditadas por através do artigo 29 da lei
pessoas jurídicas a título de prestação de 10.833 de 2003 para as
serviços a outras pessoas jurídicas que Factoring.
explorem as atividades de prestação de Para as outras retenções, cada
serviços de assessoria creditícia, qual está determinada e
mercadológica, gestão de crédito, seleção e apresentada de forma
riscos, administração de contas a pagar e a organizada através de seções
receber (Lei nº 10.833, de 2003, art. 29).
dentro do capítulo.
NOVO RIR – Principais alterações: PRECATÓRIOS

RIR/99 NOVO RIR


Sem correspondente. Da utilização de precatório federal Art. 939: O dispositivo trata da
para amortizar dívida consolidada
possibilidade de o contribuinte
Art. 939. O precatório federal de usar precatórios para pagar o
titularidade do devedor, inclusive Imposto de Renda. Não havia tal
aquele expedido anteriormente previsão no regulamento
à Emenda Constitucional nº 62, de 9 anterior. Os contribuintes só
de dezembro de 2009, poderá ser conseguiam fazer essa
utilizado, nos termos estabelecidos compensação por meio de um
no art. 7º da Lei no 11.941, de 2009, processo judicial.
para amortizar a dívida
consolidada (Lei nº 12.431, de 2011,
art. 43, caput).
NOVO RIR – Principais alterações: CONTAGEM PRAZO DECADENCIAL

RIR/99 NOVO RIR


Art. 898. O direito de proceder ao lançamento do Art. 946. O direito de constituir o crédito tributário
crédito tributário extingue-se após cinco anos, contados extingue-se após decorrido o prazo de cinco anos, Art. 946, I: o novo inciso trata
(Lei nº 5.172, de 1966, art. 173): contado (Lei nº 5.172, de 1966 - Código Tributário
I - do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o Nacional, art. 150, § 4º, e art. 173): da contagem conforme disposto
lançamento poderia ter sido efetuado;
II - da data em que se tornar definitiva a decisão que
I - da data da ocorrência do fato gerador, no art. 150, § 4º do CTN, tema
quando o sujeito passivo antecipar o
houver anulado, por vício formal, o lançamento
pagamento do imposto sobre a renda, exceto
já amplamente corroborado
anteriormente efetuado.
§ 1º O direito a que se refere este artigo extingue-se se tiver ocorrido dolo, fraude ou simulação; pela jurisprudência.
II - do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que
definitivamente com o decurso do prazo nele previsto,
contado da data em que tenha sido iniciada a o lançamento poderia ter sido efetuado; ou O regulamento anterior tratava
constituição do crédito tributário pela notificação, ao III - da data em que se tornar definitiva a decisão que apenas da contagem sob a
sujeito passivo, de qualquer medida preparatória, houver anulado, por vício formal, o lançamento
indispensável ao lançamento (Lei nº 5.172, de 1966, art. anteriormente efetuado. forma do artigo 173 do código.
Parágrafo único. Na hipótese prevista nos incisos I e II
173, parágrafo único).
§ 2º A faculdade de proceder a novo lançamento ou a do caput, o direito extingue-se definitivamente com o Agora, o artigo 946 trata da
lançamento suplementar, à revisão do lançamento e ao decurso do prazo neles previstos, contado da data em contagem sob as duas
exame nos livros e documentos dos contribuintes, para que tenha sido iniciada a constituição do crédito
os fins deste artigo, decai no prazo de cinco anos, tributário pela notificação, ao sujeito passivo, de perspectivas previstas no CTN.
contados da notificação do lançamento primitivo (Lei nº qualquer medida preparatória indispensável ao
2.862, de 1956, art. 29). lançamento.
Obrigada!
Instagram: @prof.cristianepires

Você também pode gostar