Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
## INICIAL
Tem por objeto as cláusulas 1ª, 2ª, 3ª, 6ª e 9ª, do Convênio ICMS 93/2015 – CONFAZ.
Convênio seria ato normativo inadequado para tratar do fato gerador específico
qual seja das “operações e prestações que destinem bens e serviços a consumidor
final não contribuinte do ICMS, localizado em outra unidade federada.
A lei complementar que “estampa” o ICMS é a LC 87/96. Esta lei não trata de
base de cálculo aplicável a consumidor final da forma descrita no Convênio 93,
não há nenhuma previsão neste sentido, esta hipótese simplesmente não existe
nesta lei. No Convênio 93 foi criada a figura das 4 (quatro) bases de cálculos
para estas operações, uma para aplicação da alíquota interestadual, outra
diferencial de alíquota partilha para o Estado de origem, a terceira diferencial de
alíquota partilha para o Estado de destino, além da que será destinado ao fundo
de amparo à pobreza (FECOP), nada estando previsto na LC 87 não podem ser
impostas ao contribuinte.
## VOTO RELATOR
Note-se que não se infere dessa lei complementar, por exemplo: (i) quem é o
contribuinte dessa exação, isto é, se é o remetente ou o destinatário; (ii) se há
ou não substituição tributária na hipótese; (iii) quem deve ser considerado o
destinatário final, se, v.g., o destinatário físico ou se o destinatário jurídico dos
bens; (iv) quando ocorre o fato gerador da nova obrigação, se, por exemplo, na
saída da mercadoria do estabelecimento, na entrada dela no estado de destino
ou, ainda, em sua entrada no estabelecimento ou no domicílio do consumidor
final; (v) onde ocorre o fato gerador, para efeito de cobrança da exação.
Modulação de efeitos
Estado do PR: (...) Ainda que a unidade federada de origem tenha concedido
redução da base de cálculo do imposto ou isenção na operação interestadual,
será devido ao Estado do Paraná o ICMS correspondente à diferença entre a
alíquota interna do Estado do Paraná e alíquota interestadual estabelecida pelo
Senado Federal para a respectiva operação 2.
Da leitura dos textos acima, verifica-se que, enquanto (i) o Estado de SP aduz
que o benefício fiscal concedido pelo Estado de origem à alíquota interestadual
deverá ser considerado para fins de cálculo do DIFAL, o (ii) Estado do PR
dispõe que o referido cálculo será feito com base na alíquota interestadual
nominal (12% ou 7%) fixada pelo Senado Federal, sem considerar o efeito de
qualquer benefício fiscal dado pelo Estado de origem.
1
http://www.fazenda.sp.gov.br/download/ec87_2015/Perguntas_e_Respostas_EC87-
versao_14012016.pdf
2
http://www.fazenda.pr.gov.br/arquivos/File/PerguntasRespostasEC872015.pdf
PRECEDENTES CITADOS – PESQUISAR