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CT – 7.

INDICADORES

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Sumário
7.1 Indicadores: o que são, por que usar e qual sua importância? 2
7.2 Médias Móveis (indicador atrasado) 4
A) Média Móvel Simples (MMS) 4
Sinal de compra e sinal de venda com MM 6
B) Média Móvel Exponencial (MME) 7
I. Utilizando a MM e identificando tendências: 8
II. Como identificar os sinais de compra e venda pela MM? 9
7.3 Volume 11
A) Volume de quantidade de ações 11
B) Volume de negócios realizados no dia 13
C) Média Móvel ajustada pelo volume (MMVOL) 13
D) On Balance Volume (OBV) 13
E) Bandas de Bollinger (BB) 15
7.4 Conceitos 18
A) Momentum 18
B) Sobrecompra e sobrevenda 19
C) Divergência 19
7.5 Osciladores 22
a) Taxa de mudança – Rate of change (ROC) 22
b) Estocástico 23
c) Índice de Força Relativa (IFR) 25
d) Moving Average Convergence-Divergence (MACD) 28
e) Fibonacci 31
Retração de Fibonacci 32
Extensão de Fibonacci 33
Extensão alternada de Fibonacci 34
Referências Bibliográficas 35

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7.1 Indicadores: o que são, por que usar e qual sua
importância?

A análise técnica não está pautada apenas nos gráficos e padrões avaliados. Muitas vezes, o
investidor ou analista utiliza-se de fatores como tendência, volume, volatilidade, força dos
compradores/vendedores e níveis de sobrecompra ou sobrevenda. Indicadores gráficos nos auxiliam
na análise de cada um desses fatores, podendo ser utilizados como ferramentas auxiliares ou,
simplesmente, operando seus sinais de compra e venda isolados ou combinados.

Muitos autores elencam definições formais sobre indicadores técnicos. Pego aqui o conceito
elencado por Flávio Lemos, autor da bibliografia oficial elencada pela Apimec:

“Um indicador técnico é uma série de dados que são derivados pela aplicação de uma
fórmula para os dados dos preços de um título, os quais incluem qualquer combinação da
abertura, máxima, mínima ou fechamento de um período. Alguns indicadores podem utilizar
apenas os preços de fechamento, enquanto outros incorporam volume e contratos em
aberto em suas fórmulas. Os dados de preços são introduzidos na fórmula e um ponto com
estes dados é produzido”.

O principal benefício da utilização de um indicador técnico é o fornecimento de uma perspectiva


única sobre a força e a direção do preço do ativo analisado. Nesse sentido, existem inúmeros
indicadores técnicos à disposição dos agentes, porém, conforme orientam especialistas e autores, é
necessário que se priorize um conjunto de indicadores selecionados que contribuam efetivamente
na análise, e não gerem confusão.

Basicamente, temos dois indicadores principais:

▪ Indicadores antecedentes; e
▪ Indicadores atrasados.

O primeiro precede os movimentos de preços, conferindo caráter de previsão, sendo utilizado


quando não houver uma tendência definida. Já o segundo, é um instrumento de confirmação, uma
vez que segue o movimento dos preços, sendo utilizado durante os períodos de tendência. São
projetados para fornecer aos investidores pontos de entrada em operações e mantê-los dentro da
operação pelo tempo em que a tendência permanecer intacta. Naturalmente, esses indicadores não
são eficientes em mercados laterais ou sem uma tendência definida.

Complementarmente, existem dois tipos de construção de indicadores:

▪ Os que caem em uma variação limitada, chamados osciladores;


▪ Os que não o fazem – ditos indicadores não limitados.

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Os primeiros constituem o tipo mais comum de indicadores. Os osciladores podem ter, por exemplo,
variação entre zero e 100, e sinalizam períodos em que o ativo está sobrecomprado (próximo de 100)
ou sobrevendido (próximo de zero). Já os indicadores não limitados formam sinais de compra e de
venda juntamente com a exibição de força ou fraqueza.

Em sua essência, o indicador técnico possui três funções principais, conforme Flávio Lemos:

a. Para alertar ao investidor ou analista a estudar a ação dos preços mais de perto;
b. Para confirmar outras ferramentas de análise técnica, como os padrões gráficos;
c. Para prever a direção futura dos preços.

Como exemplo do ponto ‘a’, se o momentum é de queda, pode ser um sinal para prestar atenção
em uma quebra de suporte. Se há grande divergência positiva estabelecendo-se, o indicador pode
servir como um alerta para assistir a um rompimento de resistência.

Um alerta que se faz é quanto à utilização isolada de um indicador técnico. Quando indicadores
geram sinais de compra e venda, estes devem ser considerados no contexto de outras ferramentas
de análise. Em outras palavras, busque contrastar o que os indicadores lhes dizem e o que os demais
fatores, como os padrões gráficos, por exemplo, lhe revelam.

Outro desafio que se coloca, é a adaptação de um indicador ao ativo em questão. O mesmo indicador
pode apresentar comportamentos diferentes quando aplicado a distintos ativos.

Como veremos, indicadores e osciladores nos fornecem sinais de compra e de venda de três
maneiras:

▪ Por meio de cruzamentos das linhas com médias móveis ou com a linha de centro;
▪ Por meio da divergência, indicando que a direção da tendência dos preços está
enfraquecendo-se;
▪ Por meio de níveis extremos de sobrecompra e sobrevenda.

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7.2 Médias Móveis (indicador atrasado)

As médias móveis (MM) são linhas plotadas sobre o gráfico de preços, suavizando os dados para
formar um indicador que segue a tendência. Não preveem a direção dos preços, mas definem a
direção atual com atraso, pois são baseadas em preços passados. Ainda assim, auxiliam no filtro de
ruídos.

Basicamente, as médias móveis consistem em um indicador que demonstra o valor médio dos preços
para determinado período de tempo. Desta forma, a média móvel de 21 dias, por exemplo, revela o
preço médio dos últimos 21 dias. Esse indicador faz parte da família de indicadores rastreadores de
tendência, aqueles que apontam para uma tendência de mercado, sendo sua indicação dada por
inclinação: uma inclinação ascendente da média móvel é uma indicação de tendência de alta,
enquanto uma inclinação descendente aponta para uma tendência de baixa; e uma tendência
horizontal, com preços flutuando acima e abaixo da média, é indicação de tendência lateral.

Temos 2 tipos de médias móveis: a simples e a exponencial.

A) Média Móvel Simples (MMS)

Dá igual importância a todos os dados utilizados em seu cálculo. Basicamente, é uma média
aritmética dos preços contidos em certo período, ou seja, considerando o período em dias, é a soma
dos preços de um dado número de dias, dividido pelo mesmo número de dias. Cabe destacar que a
maior parte das MMS é baseada em preços de fechamento.

No caso de um ativo apresentar um preço bastante volátil, a MMS ajudar a suavizar os dados. Além
de reduzir ruídos aleatórios, a MMS auxilia na identificação de tendências.

Para calcular a MMS, basta, conforme destacado, somar os preços de fechamento dos últimos n
períodos e dividi-los por n. Vale destacar que a MM considera preços pelo período destacado e todos
valores possuem mesmo peso. Matematicamente:

𝑋1 + 𝑋2 + 𝑋3 + ⋯ + 𝑋𝑛
𝑛
𝑋𝑖 = 𝑝𝑟𝑒ç𝑜 𝑑𝑜 𝑓𝑒𝑐ℎ𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 − 𝑐𝑙𝑜𝑠𝑒; 𝑖 = 1, 2, … , 𝑛
𝑛 = 𝑞𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝑑𝑖𝑎𝑠 𝑑𝑎 𝑚é𝑑𝑖𝑎 𝑚ó𝑣𝑒𝑙
Vamos exemplificar um caso de MMS, o de 5 dias:

− A média móvel simples é a soma de 5 dias dos preços de fechamento, dividido por 5 dias.
Fica entendido, naturalmente, que esta média móvel, se move ao longo da escala de tempo!

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Em outras palavras, os dados antigos vão sendo retirados assim que novos se tornam
disponíveis.

Suponha que os preços diários de fechamento de um dado ativo sejam 20, 22, 24, 26, 28, 30, 32.
Logo, teremos:

(𝟐𝟎 + 𝟐𝟐 + 𝟐𝟒 + 𝟐𝟔 + 𝟐𝟖)
𝟓
Primeiro dia de 5 dias MMS = 𝟐𝟒

22 + 24 + 26 + 28 + 30
Segundo dia de 5 dias MMS = 26
5

24 + 26 + 28 + 30 + 32
Terceiro dia de 5 dias MMS = 28
5

O primeiro dia da MMS contempla os últimos 5 dias. O segundo dia da MMS retira o primeiro preço
(20) e adiciona um novo (30). O terceiro dia da MMS retira o ‘novo’ primeiro preço (22) e adiciona
um novo (32). Veja que os preços aumentam gradativamente de 20 para 32, assim como a MMS, que
se eleva de 24 para 28.

Perceba que a MM acompanha o mercado a uma dada distância, podendo ser maior ou menor
conforme a quantidade de períodos utilizados para calculá-la. A MM de 20 períodos, por exemplo,
estará muito mais perto do preço do ativo que uma de 100 períodos. As médias móveis curtas são
mais sensíveis ao preço do que as longas, mas isso não torna uma mais eficaz que a outra. Em certos
tipos de mercado, as médias curtas mostram-se mais eficazes que as longas, e o contrário pode
ocorrer em outros mercados.

Vejamos um exemplo de MMS para a Apple (AAPL):

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No gráfico, temos plotadas três MMS, sendo a linha azul determinando a MMS de 5 dias, a linha
vermelha designando a MMS de 30 dias e a MMS de 100 dias designada pela linha verde. Dessa
forma, evidenciado pela proximidade, a MMS mais curta sempre reagirá mais rapidamente à
mudança dos preços, pois em uma MMS todos os pontos têm o mesmo peso.

Tente fazer no Tradingview! Eu fiz e, obtive o resultado abaixo até a data de 22/06/2020:

Sinal de compra e sinal de venda com MM

Conforme muitos autores destacam, entre eles Flávio Lemos e Marcos Abe, é possível gerar sinais de
compra e venda utilizando apenas a MM. Para isso, basta plotar a mesma sobre o gráfico.

Um sinal de compra surge quando o preço de fechamento cruza a MM de baixo para cima. Um sinal
de venda, por sua vez, surge quando o preço de fechamento cruza a MM de cima para baixo.

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Como forma de confirmar o sinal e aumentar o grau de certeza, podemos avaliar se a MM vira para
o lado em que a tendência está apontando.

Como você deve ter percebido nos gráficos apresentados e em seus testes ou experiências, a MM
fica mais próxima do preço quanto mais curto for o período de cálculo e, consequentemente, cruzará
com o preço mais vezes, apresentando mais quantidade de sinais de compra e venda. Porém, o uso
de MM mais curtas originam também sinais falsos, pois qualquer ruído poderá gerar um ponto de
entrada falso. Em contrapartida, uma média móvel mais curta, ainda que gerando uma grande
quantidade de sinais falsos, encurta a distância com o preço e pode sinalizar uma entrada de
tendência mais cedo. Em geral, a MM curta funciona melhor quando os preços estão sem uma
tendência definida, ou seja, em um período de acumulação.

B) Média Móvel Exponencial (MME)

A MME dá maior peso aos preços mais recentes em seu cálculo, deixando seu traçado mais sinuoso,
refletindo com maior intensidade a volatilidade de um ativo e reduzindo o atraso em relação aos
preços. Essa ponderação vai depender do número de períodos avaliado na MM.

Podemos calcular a MME por meio de alguns procedimentos:

 Calcular a MMS  a MMS é usada como MME do período anterior no primeiro cálculo;
 Calcular o fator de ponderação;
 Calcular a MME.

Aplicando para o caso de uma MME 10 dias podemos seguir as etapas anterior:

∑ 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟𝑒𝑠 𝑑𝑜𝑠 10 𝑝𝑒𝑟í𝑜𝑑𝑜𝑠


𝑀𝑀𝑆 =
10
2 2
𝐹𝑎𝑡𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝑝𝑜𝑛𝑑𝑒𝑟𝑎çã𝑜 = ( )=( ) = 0,1818 = 18,18%
𝑝𝑒𝑟í𝑜𝑑𝑜𝑠 𝑑𝑒 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜 + 1 10 + 1
𝑀𝑀𝐸 = {𝐹𝑒𝑐ℎ𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 − 𝑀𝑀𝑆(𝑑𝑖𝑎 𝑎𝑛𝑡𝑒𝑟𝑖𝑜𝑟)} × 𝑓𝑎𝑡𝑜𝑟 + 𝑀𝑀𝐸 (𝑑𝑖𝑎 𝑎𝑛𝑡𝑒𝑟𝑖𝑜𝑟)

Com simulações, você pode notar que, quanto mais curto o período de tempo, maior o fator de
ponderação da MME. Nota-se que o fator de ponderação diminui pela metade sempre que o período
da média móvel dobra.

A respeito dessa periodicidade, quanto mais longa a média, maior o atraso em relação ao preço. É
preciso um movimento de preços maior e mais longo para uma MM de 200 dias mudar seu rumo,
por exemplo.

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Vamos dar uma revisitada no gráfico da Apple:

A linha azul delimita a MMS 50 dias, enquanto a vermelha define a MME 50 dias. Perceba que a MME
responde mais rapidamente às mudanças dos preços do que as MMS. Isso pode ser evidenciado pela
velocidade com a qual a curva muda sua inclinação.

Apesar das diferenças destacadas, uma MM não é necessariamente melhor que outra. As MME, por
possuírem menos atrasos, são mais sensíveis aos preços recentes. As MMS, por sua vez, representam
um valor médio real de preços para o período de tempo inteiro, podendo ser mais adequada para
identificar os níveis de suporte ou de resistência.

I. Utilizando a MM e identificando tendências:

A utilização da MM nos auxilia a visualizar tendências elencadas na Teoria de Dow. A tendência


primária, pode ser visualizada com um número de MM mais longos, como a MM 200 dias, por
exemplo. A secundária pode ser revelada por uma MM 50 dias; e a terciária por uma de 21 dias, por
exemplo. Como vimos no início do curso, a duração das tendências não é determinada com exatidão,
por isso, o número utilizado para as MM pode variar.

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Aqui, temos as MMS de 21 dias (linha verde), de 50 dias (linha azul) e de 200 dias (linha vermelha),
indicando as tendências terciária, secundária e primária, respectivamente.

Naturalmente, a MM21 tem um “poder” de ancorar com mais intensidade os preços, como podemos
perceber no gráfico. Quando estes se afastam, os preços realizam uma correção do movimento em
andamento até próximo à MM de 21 dias. Por representar esse equilíbrio, a MM21 acaba
desempenhando o papel de zona de suporte ou resistência.

É sempre preferível montar operações sempre à favor da tendência indicada pela MM de 21 dias,
porém, nada impede que façamos operações contra a tendência, mas estas se configuram mais
arriscadas.

II. Como identificar os sinais de compra e venda pela MM?

Analistas técnicos utilizam diversos métodos para identificar sinais de compra e venda com a
utilização da média móvel. Basicamente, o preço cortando de baixo para cima, a MMS nos fornece
um sinal de compra, e o preço cortando de cima para baixo a MMS, o sinal é dado para venda.

Vamos dar uma olhada no gráfico do BBAS3, utilizando a MME 100 dias:

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Sinal de
venda

Sinal de
compra

Observando o gráfico, vemos que surge um sinal de venda ocorrendo no início de abril. No período
lateral sem uma tendência definida, o preço chega a se movimentar em cima da média e
posteriormente um sinal de compra próximo a 1º de novembro de 2018 surge.

Podemos avaliar uma estratégia proveniente da utilização das médias móveis que é o cruzamento.
Este cruzamento pode ser de alta ou de baixa. O cruzamento de alta pode ocorrer quando a MM
mais curta cruza acima da MM mais longa – dito cruzamento de ouro. Já o cruzamento de baixa
acontece quando a MM mais curta cruza abaixo da MM mais longa – cruzamento da morte. Como o
insumo para esse tipo de análise, o cruzamento, é um indicador atrasado, cruzamentos de MM
produzem sinais relativamente tardios. Nesse sentido, quanto maior o tempo da MM, maior o atraso
nos sinais, que funcionam bem quando há, de forma notável, uma boa tendência em vigor. Porém,
caso não haja uma tendência forte, esses cruzamentos podem produzir sinais falsos.

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7.3 Volume

Acho que você já está cansado de ler isso, mas o volume é usado para confirmação de tendências
e/ou padrões. Temos, basicamente, dois tipos de volumes a saber:

▪ Quantidade de ações;
▪ Número de negócios diários realizados.

A) Volume de quantidade de ações

Usado para avaliar comprometimento dos investidores com os movimentos. Uma tendência de alta
é confiável ocorrendo uma relação direta: preços sobre e volume aumenta junto; preços caem e
volume diminui. Tal padrão pode indicar que investidores estão acreditando na tendência de alta e,
quando os preços sobem, o movimento vem acompanhado de grandes quantidades de compras
realizadas pelos investidores.

Por outro lado, a reversão da tendência de alta pode ocorrer quando os preços sobem e o volume
diminui; e os preços caem e o volume aumentam. Caso os preços subam com o volume decrescente,
isso pode revelar que os investidores que aceitam pagar mais caro pelo ativo estão diminuindo. Isso
é quando fica evidente que investidores profissionais já avaliam que aquele ativo está sendo
negociado a um preço bastante elevado, configurando um mercado sobrecomprado, e estão
vendendo suas posições compradas lentamente para não assustar os demais.

Já os preços caindo com o acréscimo de volume em uma tendência de alta podem significar
fechamento em massa das posições compradas, devido a algum fato relevante negativo que os
investidores descobriram. A tendência de baixa que pode se originar é confirmada com alguns
pontos: preços caem com acréscimo de volume; preços sobem com diminuição de volume. Tal
padrão pode revelar que investidores estão confiantes na tendência de baixa.

Em uma tendência de baixa não é necessário confirmação por parte do volume. Quando os
preços caem com baixo volume, não há nada de mais.
Porém, quando encontramos um movimento de alta acompanhado de um aumento de
volume, temos que atentar para uma possível reversão da tendência de baixa.

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Podemos, adicionalmente, avaliar o comportamento do volume contrastando-o com os candles.
Caso o gráfico forme um candle de reversão e este coincida com o aumento do volume, frente aos
dias anteriores, termos um reforço no indicativo do padrão. Veja:

Aqui, temos um corpo pequeno e uma extensa sombra inferior. Veja o salto no volume. Nos dias
posteriores, vimos uma confirmação na reversão do movimento.

Existem algumas particularidades sobre os volumes:

 Rompimento de suportes não precisam ser confirmados por aumentos do volume no dia do
rompimento;
 Candles de força são reforçados com aumento de volume;
 Rompimento de resistências são mais confiáveis quando a barra de rompimento formar-se
com aumento de volume;
 Alto volume em candles de exaustão reforça ideia de movimento em massa por trás de sua
formação;
 Os gaps de fuga são reforçados com aumento de volume;
 Candles de reversão tem sua indicação reforçada com alto volume no dia de sua formação.

E qual o papel do volume nas consolidações?

A consolidação pode representar uma zona em que grandes investidores estão adquirindo ações sem
deixar que os preços oscilem muito, dito movimento de acumulação. Além disso, a consolidação
pode também representar uma zona em que grandes investidores estão vendendo, para realizar
lucros ou por terem tomado conhecimento de algum fato negativo que sobre a cia, mas sem deixar
os preços caírem muito, dito movimento de distribuição. O rompimento de tais consolidações pode
iniciar um novo movimento direcional [para cima, no caso da acumulação; para baixo, no caso da

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distribuição – e geralmente, só sabemos se uma consolidação está acumulando ou distribuindo,
quando esse rompimento ocorre!].

No que tange à amplitude, se esta for grande, pode-se operar comprando e vendendo nos extremos,
ação esta que se torna inviável quando a amplitude é pequena. Nesse último caso, podemos
acompanhar o comportamento do volume: um aumento em relação à média pode indicar
possibilidade de rompimento.

B) Volume de negócios realizados no dia

O volume de negócios realizados no dia é o indicador mais fiel da liquidez de um determinado ativo.
Papéis pouco negociados geralmente apresentam spread elevado (diferença entre oferta de compra
e de venda), o que pode eliminar boa parte dos ganhos.

Poucos softwares de análise técnica possuem a função de analisar número de negócios realizados no
dia.

C) Média Móvel ajustada pelo volume (MMVOL)

A MMVOL é aquela na qual o peso de cada preço corresponde ao volume de ações negociadas no
dia. Dessa forma, a quantidade de recursos movimentados inclui certo grau de importância ao preço
de fechamento.

D) On Balance Volume (OBV)

O OBV tem a função de medir a pressão de compra e de venda como um indicador cumulativo, que
acrescenta o volume no dia de alta e subtrai o volume em dias de baixa. Desenvolvido por Joe
Granville, o OBV é traçado como uma linha para facilitar a interpretação. O volume do balanço é
usado principalmente para confirmar ou identificar tendências de preços globais ou para antecipar
os movimentos de preços após divergências.

Basicamente, temos:

 Se o Preço de fechamento atual for maior que o Preço de fechamento anterior, então:

𝑂𝐵𝑉 𝑎𝑛𝑡𝑒𝑟𝑖𝑜𝑟 + 𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑎𝑡𝑢𝑎𝑙 = 𝑂𝐵𝑉 𝑎𝑡𝑢𝑎𝑙


 Se o Preço de fechamento atual for menor que o Preço de fechamento anterior, então:

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𝑂𝐵𝑉 𝑎𝑛𝑡𝑒𝑟𝑖𝑜𝑟 − 𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑎𝑡𝑢𝑎𝑙 = 𝑂𝐵𝑉 𝑎𝑡𝑢𝑎𝑙
 Se o Preço de fechamento atual for igual ao Preço de fechamento anterior, então:

𝑂𝐵𝑉 𝑎𝑛𝑡𝑒𝑟𝑖𝑜𝑟 = 𝑂𝐵𝑉 𝑎𝑡𝑢𝑎𝑙


Se observarmos uma tendência de alta dos preços, um movimento ascendente do OBV – topos e
preços ascendentes – estaria indicando que os investidores continuam a comprar e acreditando na
tendência. O caso contrário, é válido. Cabe destacar que as ideias de suporte e resistência também
são aplicáveis ao OBV, caso o analista queira utilizar. O rompimento do suporte ou resistência em
um OBV antecede o rompimento de suporte ou resistência dos preços. Isso acaba alertando o
investidor/analista quanto a possíveis rompimentos e, em alguns casos, serve como confirmação.

Da mesma forma, em um OBV, podemos plotar MM para melhor visualizar o movimento. A MME de
10 dias, por exemplo, pode auxiliar na visualização de uma tendência de alta ou de baixa a curto
prazo no OBV. Nesse caso, o OBV acima da MME10 em movimentos de alta dos preços pode indicar
que investidores estão comprometidos com a alta, já abaixo da MME10 em movimentos de baixa
dos preços indica que investidores estão acreditando na baixa.

O indicador OBV é, então, importante para auxiliar na determinação de uma consolidação e se esta
tem chance maior de ser uma acumulação ou uma distribuição: consolidação com tendência
ascendente do OBV revela alta probabilidade de que seja uma acumulação; uma tendência
descendente, por sua vez, indica eu é provável que seja uma distribuição.

Veja o caso do BBDC4:

Repare o repique do OBV antes mesmo da indicação dos preços. Isso sinaliza o rompimento. A partir
daí ao operar um rompimento de alta, o sinal é reforçado com o OBV acima da MME10.

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E) Bandas de Bollinger (BB)

A BB funciona, basicamente, como um indicador de volatilidade de um determinado ativo. Elas


informam se há um cenário favorável para compra ou venda de um papel. Bastante utilizado para
prever se um ativo está sobrecomprado, estável ou sobrevendido, sendo formado por duas médias
móveis, uma superior e outra inferior que indicam tal informação.

São alguns atributos desse indicador:

 Antever os níveis de preço de um ativo


 Antecipar topos e fundos de preço no gráfico
 Mostrar a intensidade de valorização ou desvalorização de um ativo

Logo, esse indicador tenta mostrar se uma ação está barata ou cara, em um determinado período de
tempo.

A técnica de John Bollinger começou a ser desenvolvida na década de 1980 e tornou-se largamente
conhecida com o lançamento de um livro em 2001. Basicamente, as bandas são derivadas das médias
móveis e mostram que, independentemente de qualquer movimento que o preço faça, ele tende a
voltar a um equilíbrio. Aqui, temos um “estreitamento das bandas” no gráfico de candlestick.

O mais importante nas Bandas são os movimentos de expansão e retração das bandas, uma vez que
estas indica a volatilidade de um ativo. O estreitamento irá indicar que o ativo está com baixa
volatilidade. Tal ocorrência costuma antecipar uma explosão de volatilidade, explosão esta que inicia
um movimento direcional, que resulta na expansão das bandas, que demonstra o aumento da
volatilidade.

Vamos dar uma olhada na PETR4. Veja a consolidação de baixa amplitude delimitadas pelas linhas
de suporte e resistência. As BB20 se estreitaram ainda mais em janeiro e fevereiro de 2020, indicando
uma diminuição da volatilidade nesse período. O rompimento do suporte e o fechamento do candle
abaixo da banda inferior iniciaram o aumento de volatilidade refletido pela expansão das bandas.

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Banda superior

Rompimento Linha central


Banda inferior

O cálculo das BB possui uma formulação matemática:

 Centro: média móvel simples de 20 períodos (se período = dias, então: 20 dias);
 Banda superior: média móvel simples (20 períodos) + (2x desvio padrão de 20 dias);
 Banda inferior: média móvel simples (20 períodos) – (2x desvio padrão de 20 dias)

O valor de cálculo das médias móveis costuma ser de 20 períodos. Entretanto, isso pode ser alterado
de acordo com o desvio padrão desejável. Contudo, utilizar esse número de períodos para o cálculo
é uma recomendação do próprio Bollinger, criador do indicador.

Quando o preço do ativo ultrapassa a banda superior, observamos uma tendência de alta do ativo.
Por outro lado, se o preço fica abaixo da banda inferior, há então uma tendência de baixa. Entretanto,
deve-se ficar atento aos sinais de força dos ativos ao ultrapassar as bandas. Contudo, os mesmos
tendem a perder força e inverter a tendência ao passo que rompem as bandas superior e inferior.

Conforme desta Marcos Abe, os preços avaliados com a BB20 dificilmente conseguem se manter
fechando fora das bandas superior ou inferior por muito tempo. É normal que ocorram correções
antes dos preços seguirem em direção à tendência vigente. Dessa forma, quando os preços fecham
fora das bandas, devemos nos atentar para a formação de um candle de reversão. Alguns critérios
como fechamento do candle de reversão fora das bandas, candles com grande sombra superior após
expansões de alta, candles com grande sombra inferior após expansões de baixa, fechamento do
candle com, pelo menos, 10% de afastamento da MMS21 e alto volume no dia da formação do candle
de reversão, fortalecem o padrão.

Quando os preços fazer um movimento direcional e as bandas vão se afastando sem que os preços
fechem fora dela indica um movimento forte, mas cadenciado, ao contrário de quando os preços vão
fechando fora das bandas. Além disso, topos ou fundos feitos fora das bandas, seguidos por topos

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ou fundos feitos dentro delas, são evidências de que a tendência está enfraquecendo e podemos ter
uma reversão pela frente, ou pelo menos uma correção.

Por fim, o analista que preferir, pode usar duas medidas de BB para captar melhor momentos de
aumento ou diminuição de volatilidade. Por exemplo, pode-se utilizar BB8 e BB20 em um mesmo
gráfico, para avaliarmos tais aspectos.

Abaixo temos um exemplo para a VVAR3. As BB internas formam a BB8, enquanto as externas, a
BB20.

Com a BB8 podemos visualizar melhor a volatilidade de curto prazo dos ativos e abrir posição a partir
das expansões de suas bandas.

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7.4 Conceitos

A) Momentum

O momentum, é um indicador que mensura o quanto o preço de uma ação mudou durante um certo
período de tempo. Em outras palavras, pode ser definido como a diferença entre a preço de
fechamento de hoje e o preço de fechamento de n dias atrás.

𝑀𝑜𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 = 𝑃𝑟𝑒ç𝑜 𝑑𝑒 𝐹𝑒𝑐ℎ𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 ℎ𝑜𝑗𝑒 − 𝑃𝑟𝑒ç𝑜 𝑑𝑒 𝐹𝑒𝑐ℎ𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑛 𝑑𝑖𝑎𝑠 𝑎𝑡𝑟á𝑠

O momento age como um indicador da velocidade do mercado e, de certa forma, também pode ser
útil na identificação de possíveis pontos de reversão. Quando um oscilador mostra que determinada
tendência está perdendo momentum, então um sinal de que a tendência pode estabilizar-se é dado.
Isso significa que os preços podem permanecer de lado ou até reverter.

Conforme Lemos destaca:

“Muitos dos principais indicadores vêm na forma de osciladores de impulsão. De modo geral,
esta mede a taxa de variação dos preços de um título. Quando o preço de um título aumenta,
eleva a dinâmica de preços. Quanto mais rápido o ativo sobe, maior a variação de preços e
maior será o crescimento no impulso. Uma vez que esse aumento começa a desacelerar, a
impulsão também vai abrandar. Quando a subida passa a diminuir, o momentum também o
faz. Quando o ativo inicia a negociação lateralmente, o momentum começa a diminuir a
partir de níveis anteriores mais elevados. No entanto, o momentum em declínio diante de
uma negociação lateral nem sempre é um sinal de baixa. Significa simplesmente que o
momentum está retornando a um nível mais mediano”.

Quando o preço de dado ativo começa a subir, o oscilador cortará o eixo zero de baixo para cima,
indicando compra (long). Ao contrário, quando o preço do ativo começa a cair, então o oscilador
cortará o eixo zero de cima para baixo, sinalizando venda (short):

𝐶𝑜𝑚𝑝𝑟𝑎: 𝑚𝑜𝑚𝑒𝑛𝑡𝑢𝑚 > 0


𝑉𝑒𝑛𝑑𝑎: 𝑚𝑜𝑚𝑒𝑛𝑡𝑢𝑚 < 0
Veja o caso da PETR4 durante o início da pandemia e da crise entre os países produtores de petróleo:

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Veja que entre meados de fevereiro, até o fim de março, o momentum da PETR4 ficou no campo
negativo.

B) Sobrecompra e sobrevenda

A sobrecompra, de forma geral, indica que um ativo passou por um movimento de valorização
intenso ou prolongado e está próximo de reverter, ou seja, iniciar um movimento de baixa. Esse
movimento, naturalmente, reflete um risco maior para as operações de compra, bem como um
cenário mais favorável para as operações de venda.

Já a sobrecompra é o inverso da sobrecompra, e indica que um ativo passou por um movimento de


desvalorização intenso ou prolongado e está próximo de reverter, ou seja, iniciar um movimento de
alta. Este fato proporciona um risco para as operações de venda, bem como um cenário mais
favorável para as operações de compra.

Existem diversos indicadores técnicos que nos auxiliam a identificar quando uma ação está
sobrecomprada ou sobrevendida. Aqui, focaremos naqueles elencado no programa CNPI-T, da
Apimec.

C) Divergência

Entrando em nosso último conceito, temos a divergência. Em diversas ocasiões, os indicadores


acabam não acompanhando o movimento dos preços, formando divergências. Tais padrões
sinalizam enfraquecimento da tendência e possíveis reversões. Podemos ter:

 Divergência de alta
 Divergência de baixa

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Sendo que estas ainda podem ser divididas em:

 Divergência forte
 Divergência média
 Divergência fraca

Uma divergência de baixa forte pode ocorrer quando os preços formam um novo topo superior ao
anterior, e o indicador forma um novo topo inferior ao anterior. Veja abaixo, o primeiro quadro é
sempre do preço e, o segundo, do indicador.

A divergência de alta forte ocorre quando os preços formam um novo fundo inferior ao anterior, e o
indicador forma um novo fundo superior ao anterior.

Se compararmos os padrões de divergência, este será o aviso mais forte de reversão. A divergência
de alta indica que o mercado está perdendo força vendedora e é possível que os compradores
comecem a intensificar posições.

Nas divergências de alta e baixa médias, os preços formam topos ou fundos duplos, e os indicadores
formam topos inferiores ao anterior ou fundos superiores ao anterior, respectivamente.

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Divergência de baixa média

Divergência de alta média

Já as divergências de alta e baixa fracas, são sinais representados por preços formando um topo
maior que o anterior ou fundo menor que o anterior, com os indicadores formando topo ou fundo
duplo, respectivamente.

Divergência de baixa fraca

Divergência de alta fraca

Naturalmente, os padrões apresentados são apenas avisos sobre a possibilidade de reversões. A


reversão de tendência ocorre, certamente, após o rompimento da cabeça do pivô.

21 | Página
7.5 Osciladores

a) Taxa de mudança – Rate of change (ROC)

O ROC é um indicador da família dos osciladores, destinado a avaliar a taxa de variação dos preços
de um determinado ativo. Basicamente, é utilizado para comparar a variação de preços de um ativo
comparando hoje com n períodos atrás.

O oscilador centrado, flutua acima e abaixo de zero, indicando zonas de sobrecompra e sobrevendas:

▪ ROC > 0 tendência de alta ou perda de força de uma tendência de baixa (bullish);
▪ ROC < 0 tendência de baixa ou perda de força de uma tendência de alta (bearish).

Para ilustrar, um ROC de 7 dias mede a variação percentual de preços ao longo dos últimos 7 dias.
Quanto maior a diferença entre o preço atual e o de 7 dias atrás, maior o valor do oscilador ROC.

Como dito, o ROC mede a diferença do preço atual em relação ao anterior. Desta forma, temos:

𝐶 − 𝐶𝑛
𝑅𝑂𝐶 = × 100%
𝐶𝑛
Onde C = preço de fechamento na data de hora; 𝐶𝑛 = preço de fechamento de n períodos atrás.

Temos 3 movimentos de preços: para cima, baixo e lateral. Osciladores de momentum são ideais
para a ação do preço de lado, com algumas flutuações regulares. O preço do ativo pode flutuar
também quando em tendência. Ilustrativamente, uma tendência de alta é constituída por uma série
de preços altos e baixos. Retornos muitas vezes ocorrem em intervalos regulares, baseados na
mudança percentual ou no tempo decorrido ou em ambos. A taxa de variação pode ser utilizada para
identificar os períodos em que a variação percentual se aproxima de um nível que antecipa um ponto
de virada no passado.

Vamos ver um exemplo, também utilizado por Lemos, da Microsoft:

22 | Página
Área sobrecomprada

Quando o ROC cruza o eixo (0) de baixo pra cima, temos um sinal de compra. Quando ela corta o
eixo (0) de cima para baixo, temos um sinal de venda.

b) Estocástico

Esse oscilador surge da relação do preço de fechamento com os máximos e mínimos mais recentes.
Seu princípio é o conceito de que, em movimentos de alta, o preço de fechamento se aproxima mais
da máxima do dia e, nos de baixa, o preço de fechamento se aproxima mais da mínima.

O Estocástico é tido como um bom indicador de sobrecompra e sobrevenda de curto prazo em


mercado de baixa volatilidade. Desenvolvido por George C. Lane (1950), os níveis de fechamento
consistentemente próximos à amplitude máxima indicam pressão compradora (acumulação), e
aqueles no fim da amplitude pressão vendedora (distribuição). Esse oscilador segue, então, a
velocidade ou a dinâmica de preços.

As divergências de alta e de baixa que surgem no oscilador podem ser utilizadas em previsões de
reversões, além de ser útil para identificar níveis de sobrecompra e sobrevenda.

O Estocástico é formado pelas linhas %K e %D, sendo %D uma MMS de 3 períodos de %K. Quando
analisamos esse indicador de forma isolada, temos um sinal de compra quando %K cruza de baixo
para cima o %D. A venda, por sua vez, ocorre quando %K cruza de cima para baixo a linha %D.

Podemos elencar 3 tipos de Estocástico:

▪ Rápido
▪ Lento

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▪ Pleno

O Estocástico oscila entre os valores 0 e 100 e implementa áreas de sobrecompra e sobrevenda. A


área da sobrevenda situa-se de 0 a 30 (muitos traders adaptaram para o intervalo entre 0 a 20 para
o estocástico lento), já a de sobrecompra fica entre 70 e 100 (igualmente adaptado para 80 e 100).
A interpretação que se faz quando o estocástico estiver acima de 80 é que o mercado está
sobrecomprado, ou seja, os investidores estão acumulando na compra. Quando cai abaixo de 20 é
pelo fato de o mercado ter acumulado na venda.

Na prática e na teoria, vemos que os melhores “sinais do Estocástico são identificados quando ele se
encontra na área de sobrecompra ou na sobrevenda. Quando o indicador sai da área de sobrevenda,
é sinal de que o mercado está zerando suas posições vendidas e, portanto, é um bom ponto de
compra. Já quando o indicador sai da área de sobrecompra apontando para baixo, significa que o
mercado está zerando posições compradas e se tornando um bom ponto de venda” [Flávio Lemos].

Matematicamente, é expresso:

𝐶 − 𝐿𝑙(𝑛)
%𝐾 =
𝐻ℎ − 𝐿𝑙(𝑛)
Onde 𝐶 = 𝑝𝑟𝑒ç𝑜 𝑑𝑒 𝑓𝑒𝑐ℎ𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜; 𝐿𝑙(𝑛) = 𝑚í𝑛𝑖𝑚𝑜 𝑑𝑜𝑠 𝑚í𝑛𝑖𝑚𝑜𝑠 𝑑𝑜𝑠 ú𝑙𝑡𝑖𝑚𝑜𝑠 𝑛 𝑝𝑒𝑟í𝑜𝑑𝑜𝑠;

𝐻ℎ(𝑛) = 𝑚á𝑥𝑖𝑚𝑜 𝑑𝑜𝑠 𝑚á𝑥𝑖𝑚𝑜𝑠 𝑑𝑜𝑠 ú𝑙𝑡𝑖𝑚𝑜𝑠 𝑛 𝑝𝑒𝑟í𝑜𝑑𝑜𝑠;


𝑛 = 𝑝𝑒𝑟í𝑜𝑑𝑜 𝑛𝑜 𝑞𝑢𝑎𝑙 𝑠𝑒𝑟ã𝑜 𝑑𝑒𝑓𝑖𝑛𝑖𝑑𝑜𝑠 𝑜𝑠 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟𝑒𝑠 𝑑𝑒 𝐿𝑙 𝑒 𝐻𝑛
Vejamos um exemplo utilizando PETR4

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c) Índice de Força Relativa (IFR)

O Relative Strength Index (RSI) ou Índice de Força Relativa (IFR), é um oscilador de impulsão que
mede a velocidade e a mudança dos movimentos de preços. Ele mede a força de compradores e
vendedores monitorando as variações nos preços de fechamento.

Graficamente, é representado por uma linha que oscila entre 0 e 100. Conforme destacado por Flávio
Lemos, Constance Brown, em seu livro Technical analysis for the trading professional, identifica uma
área de oscilação de mercado de touro e uma área de mercado de urso para o IFR. Segundo o autor,
o IFR tende a flutuar entre 40 e 90, em uma tendência de alta com zonas entre 40 e 50 atuando como
suporte. Esses intervalos, naturalmente, podem variar de acordo com os parâmetros do IFR, a força
da tendência e a volatilidade do ativo subjacente. Por outro lado, o IFR tende a flutuar entre 10 e 60
em uma tendência de baixa, com a zona entre 50 e 60 atuando como resistência.

Já Marcos Abe elenca outros parâmetros, mas que refletem a mesma ideia. O movimento oscilatório
do IFR ajuda a identificar zonas de sobrecompra e sobrevenda. Conforme os preços vão subindo, o
IFR se aproxima do nível de 100 e, conforme vão caindo, de 0. Inicialmente, foi considerado que se
o IFR atingir o nível de 70, os preços estariam sobrecomprados, e se o IFR atingir o nível de 30, os
preços estariam sobrevendidos.

Mas devemos considerar, em diversas situações, a depender da força da tendência do ativo


analisado, o IFR ajustado. Níveis diferentes aos elencados devem ser considerados. Basicamente,
ajusta-se o nível de sobrecompra do indicador ao traçar uma linha de resistência em uma região na
qual o IFR vem formando topos na tendência vigente do ativo. Nesse sentido, são necessários, pelo
menos, dois topos no mesmo nível para traçar essa linha. O nível de sobrevenda é ajustado traçando-
se uma linha de suporte em uma região na qual o IFR vem formando fundos da tendência vigente
(desta vez, são necessários pelo menos dois fundos no mesmo nível para traçar a linha).

O formulador do oscilador recomenda o uso de 14 períodos e, se o mercado estiver em tendência,


ele se inclina a ficar em uma das duas áreas delimitadas. Os melhores sinais que ele pode fornecer
são para verificar se há divergências do indicador com os preços.

Matematicamente:

100
𝐼𝐹𝑅 = 100 − [ ]
1 + 𝑅𝑆
Onde RS = média (n) fechamentos de alta (A) / média (n) fechamentos de baixa (B) = A / B

n = período a ser analisado (conforme recomendação, 14)

Se substituirmos RS por A/B:

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100 100 100 100𝐵
𝐼𝐹𝑅 = 100 − [ ] = 100 − ( ) = 100 − = 100 − +𝐵
1 + 𝑅𝑆 𝐴 𝐵+𝐴 𝐴
1+𝐵 𝐵
100𝐵
𝐼𝐹𝑅 = 100𝐴 + 100𝐵 − +𝐵
𝐴
𝐴
𝐼𝐹𝑅 = [ ] × 100%
𝐴+𝐵
Essa formulação reflete que, quando o IFR se aproxima de 100%, significa que a média das baixas é
próxima de zero e que, nos últimos n dias, o fechamento tem sido positivo seguidamente, mostrando
que a ação está sendo fortemente comprada e o indicador, entrando na área de sobrecompra. Da
mesma forma, quando o IFR se aproxima dos 0%, significa que a média das altas está perto de zero
e que, nos últimos n dias, o fechamento tem sido seguidamente negativo, mostrando que a ação
está sendo fortemente vendida e o indicador, entrando em uma zona de sobrevenda. Vamos ver
alguns exemplo, tanto no R, quanto no Tradingview.

Sobrecompra

Sobrevenda

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O case da Magazine Luiza:

Outra utilizada do IFR é mensurar a força dos movimentos por meio dos padrões de divergência com
os preços. Veja o caso abaixo em que o IFR faz uma divergência de baixa média com o Ibovespa. Em
seguida, o topo duplo perdeu o suporte e iniciou uma tendência de baixa.

Topo duplo

Topos descendentes

O IFR pode ser utilizado aplicando-se as linhas de suporte e resistência. Da mesma forma, as linhas
de tendência também são aplicáveis ao IFR. Em diversas ocasiões, o rompimento de suportes,

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resistências e linhas de tendência do IFR antecede o rompimento das respectivas linhas dos preços.
O IFR acaba servindo de alerta para o que está para ocorrer com os preços. Em outras situações, o
rompimento do IFR coincide com o rompimento dos preços, podendo ser interpretado como
confirmação.

No caso abaixo temos um triângulo simétrico. Ainda que não seja idêntico ao dos preços, o IFR
também formou um triângulo simétrico. Veja que o IFR rompeu seu triângulo para baixo antes dos
preços. Tal rompimento alertou os investidores de que o triângulo seria rompido para baixo muito
em breve. O IFR fez um recuo até a LTA rompida e a sentiu como resistência por 2 vezes. Somente
quando o IFR voltou a cair, tivemos os preços rompendo a LTA. Tal padrão é comum.

Resumindo, o IFR deve ser utilizado para identificar níveis de sobrecompra e sobrevenda
intermediários, a força dos movimentos pelos padrões de divergência com preços e como
ferramenta de auxílio para antecipar ou confirmar rompimentos de suportes, resistências e linhas de
tendências. Caso prefira analisar níveis de sobrecompra e sobrevenda no curto prazo, mude seu
parâmetro para 9 ou 7 períodos.

d) Moving Average Convergence-Divergence (MACD)

O MACD é um indicador de impulsão. Basicamente, o MACD é um rastreador de tendências formado


por duas linhas. A primeira linha é obtida subtraindo-se os valores de uma MME de 12 períodos pelos
valores de uma MME de 26 períodos (preços de fechamento são utilizados para as MM). A diferença

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encontrada deve ser plotada como linha em uma janela própria do gráfico. Já a segunda linha é
encontrada calculando-se uma MME de 9 períodos da primeira linha e plotando-a na mesma janela
com uma cor ou estilo diferente da primeira. Enquanto a primeira linha representa a MACD, a
segunda é a MME9, ou linha de sinal.

Em tese, o MACD vai transformar dois indicadores seguidores de tendência, duas MM, em um
oscilador de momentum, subtraindo a MM maior da menor MM. Como resultado, o MACD oferece
o melhor de 2 mundos, pois segue a tendência e a impulsão.

O indicador flutua acima e abaixo da linha de zero quando as médias móveis convergem, atravessam
e divergem. Pelo fato de o MACD não ser limitado, não é particularmente útil para identificar níveis
de sobrecompra e sobrevenda. Objetivamente, o MACD sinaliza compra quando a linha MACD cruza
de baixo pra cima a linha de sinal, a venda, por sua vez, é indicada quando a linha MACD cruza de
cima para baixo a linha de sinal.

Conforme elencado, os valores de 12, 26 e 9 são os ajustes típicos usados com o MACD, no entanto,
outros valores podem ser substituídos, dependendo do estilo de negociação do analista e de seus
objetivos.

Enquanto Abe não elenca a formulação para o MACD, Lemos destaca:

𝐿𝑖𝑛ℎ𝑎 𝑑𝑜 𝑀𝐴𝐶𝐷 = 𝑀𝑀𝐸(𝐶, 12) − 𝑀𝑀𝐸(𝐶, 26)


𝐿𝑖𝑛ℎ𝑎 𝑑𝑒 𝑆𝑖𝑛𝑎𝑙 = 𝑀𝑀𝐸(𝐶, 9)𝑑𝑎 𝑙𝑖𝑛ℎ𝑎 𝑑𝑜 𝑀𝐴𝐶𝐷
𝐻𝑖𝑠𝑡𝑜𝑔𝑟𝑎𝑚𝑎 𝑑𝑜 𝑀𝐴𝐶𝐷 = 𝐿𝑖𝑛ℎ𝑎 𝑑𝑜 𝑀𝐴𝐶𝐷 − 𝐿𝑖𝑛ℎ𝑎 𝑑𝑜 𝑠𝑖𝑛𝑎𝑙
Onde C = preço do fechamento.

Outro modo de fazer a interpretação da MACD é pelo histograma. Quando o valor passa de negativo
para positivo, tem-se o sinal de compra; quando passa de positivo para negativo, temos o sinal de
venda.

Conforme Lemos destaca, “MACD é um indicador único que tem elementos atrasados, bem como
elementos que lideram. As médias móveis são indicadores atrasados e são classificadas como de
acompanhamento de tendências. No entanto, ao tomar as diferenças entre as médias móveis, o
MACD incorpora aspectos de impulso ou elementos líderes. A diferença entre as médias móveis
representa a taxa de variação. Ao medi-la, o MACD torna-se um indicador importante, mas ainda
com um pouco de atraso. Com a integração de ambas as médias móveis e da taxa de variação, o
MACD forjou um lugar único entre os osciladores por ser um indicador com formação peculiar com
elementos de atraso e de liderança no mesmo indicador”.

Vejamos um exemplo utilizando o ativo CSNA3:

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Na imagem acima, o MACD fica em campo positivo durante toda a tendência de alta, já que a
MME(12) (linha vermelha) está acima de MME(26) (linha azul). Quando a tendência perde força, o
MACD cruza a linha 0 algumas vezes e por fim entra na zona negativa, quando a MME(26) é maior
do que a MME(12).

O histograma de MACD também é um oscilador que alterna acima e abaixo da linha de zero. O MACD
Histograma foi criado justamente para antecipar cruzamentos da linha de sinal com o MACD. Isso
porque ele utiliza médias móveis, que ficam atrasadas em relação ao preço, os cruzamentos de linha
de sinal podem vir tarde e afetar a relação Retorno/Risco de uma operação. No tocante às
divergências de alta ou de baixa, estas, no Histograma de MACD, podem alertar analistas para um
cruzamento iminente da linha de sinal com o MACD. As divergências acontecem quando o
movimento do MACD vai contrário ao movimento do preço do ativo em questão. Uma divergência
de alta ocorre quando o preço do ativo registra uma nova mínima, enquanto que o MACD forma
apenas uma baixa (que não é uma nova mínima). Isso porque a não confirmação da mínima pela
MACD mostra uma pressão de alta e um menor momento na tendência atual.

O histograma do MACD representa a diferença entre este e sua linha de sinal. O histograma é positivo
quando a linha do MACD está acima de sua linha de sinal e negativo quando ela está abaixo de sua
linha de sinal, conforme vimos no gráfico da CSNA3.

O Histograma de MACD antecipa cruzamentos da linha de sinal com ele formando divergências de
alta e de baixa, as quais nos dizem que o MACD está convergindo para sua linha de sinal e pode estar
próximo de um cruzamento. Para identificar uma divergência, é necessário comparar os topos do
indicador, alinhando-os aos topos do gráfico de preço, ou fundos do indicador com fundos do gráfico
de preço. A divergência de baixa ocorreu conforme mostrado no caso abaixo da BRFS3, porque os

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topos do indicador estavam descendentes, enquanto os topos do gráfico de preço estavam
ascendentes.

e) Fibonacci

Fibonacci leva o nome, ou pelo menos como era conhecido, de seu criador, o matemático Leonardo
Pisano Bigollo. A sequência numérica encontrada em diversos fenômenos da natureza é conhecida
justamente como Sequência de Fibonacci.

Tal sequência pode ser encontrada com o seguinte procedimento:

▪ Inicia a partir do # 1 e soma-se mais 1;


▪ O resultado, naturalmente, é 2, logo, os primeiros números da sequência são 1, 1 e 2;
▪ Para encontrar os demais números da sequência, basta somar ao último número, o número
anterior, formando a sequência completa: 1 + 1 = 2; 1 + 2 = 3; 2 + 3 = 5; 3 + 5 = 8; 5 + 8 = 13;
8 + 13 = 21; 13 + 21 = 34; 21 + 34 = 55; 34 + 55 = 89; 55 + 89 = 144; 89 + 144 = 233; 144 + 233
= 377; ...
▪ Desta forma, temos que a sequência de Fibonacci é dada pelos números: 1, 2, 3, 5, 8, 13, 21,
34, 55, 89, 144, 233, 377, ...
▪ Dentro dessa sequência, temos que um número dividido pelo posterior, gera uma razão ≈
21 34 55 89 144
0,618: ≈ 0,618; ≈ 0,618; ≈ 0,618; ≈ 0,618; ≈ 0,618; …
34 55 89 144 233

▪ Se fizermos a divisão, do posterior pelo anterior, encontraremos uma proximidade com


34 55 89 144 233
1,618: 21 ≈ 1,618; 34 ≈ 1,618; 55 ≈ 1,618; 89
≈ 1,618; 144 ≈ 1,618; …

31 | Página
21
▪ A divisão de um número pelo segundo posterior, gera um número próximo de 0,382: ≈
55
34 55 89 144
0,382; 89 ≈ 0,382; 144 ≈ 0,382; 233 ≈ 0,382; 377 ≈ 0,382; …

▪ A divisão de um número pelo segundo anterior produz uma razão próxima de 2,618;
▪ A divisão de um número pelo terceiro anterior retorna algo próximo de 4,236;
▪ A divisão de um número por ele mesmo, evidentemente, é 1.

Todas essas relações são encontradas em diversas áreas do conhecimento, passando por música a
astronomia. Ralph Elliot, por meio de seus estudos, aplicou as razões de Fibonacci no mercado
acionário, hoje bastante conhecidas em suas aplicações de retrações, extensões e extensões
alternadas.

Retração de Fibonacci

A retração de Fibonacci é utilizada em movimentos de correção de preços, sendo indicativa de


possível suporte em correções de tendências de alta e possível resistência em correções de
tendências de baixa. As razões para avaliação da intensidade das correções, são:

▪ 0,382 (38,2%)
▪ 0,5 (50%)
▪ 0,618 (61,8%)
▪ 1 (100%)

Em que:

▪ 23,6%, retração leve: geralmente apresentam uma curta duração, o que exige agilidade para
aproveitar caso isso represente um negócio na sua estratégia de investimento;
▪ 38,2%, retração moderada: a correção chega a 38,2% e em seguida perde força;
▪ 61,8%, retração ouro: é a retração mais forte, menos frequente e mais fácil de ser
aproveitada.

Veja no caso abaixo, do BBDC4. Os preços caíram bastante desde o início da pandemia em janeiro de
2020. Após diversos pregões em queda, o ativo recuperou quase 38%, apesentando uma reversão
ao se aproximar desse limite.

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Logo, esses pontos são tidos como zonas de alerta, em que é provável a ocorrência de uma reversão
de tendência. Após um movimento de alta ou baixa, os investidores podem utilizar a retração de
Fibonacci para identificar patamares de possíveis repiques ou reversões e ficarem alertas para estes
pontos. Em função de sua característica de definir zonas, muitos investidores usam os valores
apontados pelo Fibonacci para colocar seus “stops”. De modo que quando preço ultrapassa tal valor,
o investidor sai de sua posição para realizar seu lucro ou limitar sua perda.

Naturalmente, pode ocorrer que um ativo tenha uma recuperação sem parar nas zonas elencadas,
impulsionado por uma tendência ainda mais forte.

Marcos Abe, além de ser autor da bibliografia oficial do CNPI-T, tem opiniões bem consolidadas
acerca de alguns tópicos dentro da análise técnica, que merecem ser avaliadas. Segundo Lemos,
alguns traders consideram mais confiável abrir posição em correções a partir das que ultrapassam a
retração de 50%. Ele não concorda muito com isso. Em correções de alta, busca comprar em suporte
e, em correções de movimentos de baixa, busca vender nas proximidades de resistências.
Naturalmente, cada um escolhe o critério que prefere seguir.

Extensão de Fibonacci

A extensão de Fibonacci é utilizada para projetar a amplitude que uma tendência pode atingir,
servindo de alvo ao longo do movimento da tendência. Em outras palavras, é utilizada para
determinar as áreas em que se deseja obter lucros na próxima execução de uma tendência de alta
ou tendência de baixa. Os níveis de extensão percentual são plotados por linhas horizontais acima

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ou abaixo do movimento anterior da tendência. Os níveis de extensão mais comuns são 61,8%,
100,0%, 138,2%, 161,8% e 261,8%.

Nesse sentido, a extensão da tendência depende da amplitude do pivô que a iniciou. Cada alvo ou
extensão representa uma zona onde pode ocorrer uma correção dentro da tendência ou uma
reversão da mesma. A extensão Fibonacci é útil ao determinar a amplitude que uma nova tendência
pode atingir a partir da amplitude entre o ponto inicial da tendência e a cabeça do pivô. A extensão
dessa tendência irá depender da amplitude do pivô que a iniciou e, cada alvo ou extensão representa
uma zona onde pode ocorrer uma correção dentro da tendência ou uma reversão da mesma.

Extensão alternada de Fibonacci

A extensão alternada de Fibonacci compreende, basicamente, em uma releitura da extensão de


Fibonacci apresentada anteriormente, em que são projetadas as extensões que indicarão o quanto
do movimento anterior pode ser expandido na mesma direção. Aqui, projeta-se o quanto uma
expansão poderá se estender a partir do fim da correção.

Da mesma forma que apresentado anteriormente, as extensões alternadas são 61,8%, 100,0%,
138,2%, 161,8% e 261,8%, podendo se estender até 423,6%. Nos movimentos de expansão regulares,
espera-se que os preços atinjam a extensão de 100% antes da correção. Em expansões mais fracas,
espera-se, pelo menos, 61,8%, ao passo que as mais fortes se estendem a cerca de 161,8% da perna
de expansão anterior.

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Referências Bibliográficas

▪ Flávio Lemos. Análise Técnica dos Mercados Financeiros;


▪ Marcos Abe. Manual de Análise Técnica;
▪ Steven Achelis. Technical Analysis from A to Z;
▪ L.Stevens. Essential Technical Analysis. Tools and Techniques to Spot Market Trends;
▪ Chris Lewis. The Day Trader's Guide to Technical Analysis.
▪ Tradingview. Visualizações gráficas. https://br.tradingview.com/
▪ R. Software open source. https://www.r-project.org/

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