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DERIVATIVOS NO BRASIL
AUTORES:
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CAPÍTULO 1 - Introdução
1) Contextualização:
Este livro, diferente dos demais, aborda a parte prática do mercado de derivativos,
pressupondo que o leitor já disponha dos conceitos básicos. Cada capítulo procura
analisar e discutir diferentes operações em um mercado específico de derivativos.
Como se sabe, derivativos são contratos cujos valores dependem dos valores de
outras variáveis básicas. Por exemplo, um derivativo de dólar comercial tem o seu
valor derivado do comportamento do dólar comercial à vista. Já um derivativo de DI
deriva do CDI, e assim por diante.
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derivativos de taxas de juros, os prejuízos com a alta do juro teriam sido
compensados com ganhos financeiros nessas operações.
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mercado ) de opções. O capítulo 12 mostra as principais operações especulativas
com opções, como as travas, o eo . No capítulo 13, discutimos as
operações de financiamento e aplicação com opções de compra. Por fim, o capítulo
14 dedica-se ao Value at Risk, que é uma das mais importantes medidas de risco no
gerenciamento de carteiras.
Outro detalhe importante refere-se ao fato de que, embora ainda seja comum falar
em “mercado futuro da BM&F”, o certo seria mencionar “mercado futuro da BM&F
Bovespa”, pois desde 2008 as duas bolsas se fundiram.
F – Janeiro
G – Fevereiro
H – Março
J – Abril
K – Maio
M – Junho
N – Julho
Q – Agosto
U – Setembro
V – Outubro
X – Novembro
Z – Dezembro
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Assim, na BM&F o contrato tem a seguinte nomenclatura: Código de Referência +
letra + ano com dois dígitos. Por exemplo:
Diga qual é:
2) 500 contratos de DI Fut Jan 10 à taxa de 10,80, sabendo-se que restam 599
dias úteis até o vencimento;
3) 600 contratos de DDI Jan 09 à taxa de 5,66, sabendo-se que restam 349 dias
úteis (506 dias corridos) até o vencimento e a PTAX do dia anterior foi de R$
1,8945;
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4) 1.200 contratos de Ind Fut Out 07, sabendo que o Índice Futuro estava cotado
a 59.230 pontos.
RESPOSTAS:
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4) Valor unitário: R$ 1,00 * Cotação do Índice Futuro
Volume = 1.200 * 1 * 59.230 = R$ 71.076.000,00
Ajustes diários: taxa média do Ind Fut Out 07 dos últimos 15 minutos
Último dia de negociação: quarta-feira mais próxima de 15/10 ou primeiro
dia útil após esta data. No caso, será o dia 17/10/2007
Cotação de liquidação: taxa média dos últimos 15 minutos do último dia de
negociação
Data de liquidação: quarta-feira mais próxima de 15/10 ou primeiro dia útil
após esta data. No caso, será o dia 17/10/2007
1) ARBITRAGEM
RESPOSTA:
Para não haver arbitragem, o dólar futuro deve estar cotado à taxa à vista,
capitalizada pelos juros internos equivalentes (aplicação), descontada a taxa externa
(empréstimo). Desta forma:
Fator de taxa interna para 03/09/07 (venc. DI) = (1 + 11,36 / 100) 13/252 = 1,005566
Fator de taxa externa (linha): taxa nominal = 1 + (5,50/100 * 19/360) = 1,002903
2) HEDGE PERFEITO
Suponha que um exportador tenha US$ 100 milhões a receber em 03/09 e queira se
precaver contra oscilações do dólar. Nesta situação, elabore uma operação de
perfeito e apure o seu resultado, considerando as cotações de 1,8958 para o dólar
e 1.900,84 para o Dol Fut Set 07 no momento da operação, que ocorreu por
volta das 11:00 h. A média dos últimos 15 minutos de negociação do Dol Fut Set 07
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no dia anterior ao que o exportador fechou a operação foi de 1.902,478. Suponha
uma PTAX de 1,8684 em 03/09.
RESPOSTA:
Como o exportador tem divisas a receber, ele quer se proteger contra uma eventual
queda do dólar, então deverá vender Dol Fut Set 07. A quantidade de contratos será
a seguinte:
O exportador vende 2.000 contratos de dólar futuro à taxa de 1.900,84. Ele deverá
depositar uma margem de garantia na BM&F de R$ 8.000 * 2.000 = R$
16.000.000,00, a qual reaverá no dia da liquidação.
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Ajuste final + taxas = 3.244.000,00 - 198.157,71 - 194.613,60 = R$ 2.851.228,69
Note que a receita do exportador equivale a uma venda de dólar á taxa de R$ 1,8969
= 189.691.228,69 / 100.000.000,00.
3) HEDGE PARCIAL
Suponha que um importador tenha US$ 150 milhões a pagar em 21/09/07 e queira
se proteger contra oscilações do dólar. Nesta situação, elabore uma operação de
e apure o seu resultado, considerando as cotações de 1,8870 para o dólar ,
de 1892,01 para o Dol Fut Set 07 e de 1899,32 para o Dol Fut Out 07 no momento
da operação, em 15/08 às 12:00 h.
A média dos últimos 15 minutos de negociação do Dol Fut Set 07 no dia em que o
importador fechou a operação foi de 1.891,174 e do Dol Fut Out 07, de 1.898,268.
Suponha uma PTAX de 1,8612 em 03/09 e de 1,8488 em 01/10. Considere, também,
que em 21/09 às 14:40 h, data e horário em que foram pagas as importações, o dólar
valia 1,8520, o Dol Fut Out 07 estava cotado a 1853,92 e a média dos últimos
15 minutos de negociação do Dol Fut Out 07 tenha sido de 1.852,255.
Como o importador tem divisas a pagar, ele quer se proteger contra uma eventual
alta do dólar, então deverá comprar Dol Fut Out 07. A quantidade de contratos será
a seguinte:
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O importador compra 3.000 contratos de Dol Fut Out 07 à taxa de 1899,32. Como a
operação foi feita antes dos últimos 15 minutos do pregão (que ocorre entre 15:45 h
e 16:00 h), a taxa média não será utilizada para o preço de abertura da posição, mas
apenas para os ajustes diários e a cobrança de taxas e emolumentos.
Como a posição será fechada em 21/09 às 14:40 h (portanto, antes de 15:45 h),
também será utilizado a taxa vigente do Dol Fut Out 07 naquele horário, que era de
1853,92.
Ajuste final = [(P Dol Fut Out 07 em 21/09 - P contrato compra) / 1.000] * 3.000 * 50.000
= (1,85392 – 1,89932) * 3.000 * 50.000 = R$ (6.810.000,00).
No entanto, note que o importador saiu ganhando, pois ele conseguiu desembolsar
menos do que a cotação desejada, que era de R$ 1,89932, equivalente à taxa do dia
em que ele abriu posição na BM&F. Se a operação fosse de exportação, aconteceria
o oposto: haveria uma receita menor.
1,8870 (taxa inicial) < 1,8974 < 1,89932 (taxa futura inicial)
4) ESPECULAÇÃO
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contrato, e o investidor deseja operar alavancado com o montante de capital que ele
tem à sua disposição, que é de US$ 100 milhões, calcule o resultado financeiro da
operação (lucro ou prejuízo), em dólares, considerando os seguintes dados:
RESPOSTA:
O valor em reais dos dólares trazidos para o país será de 100 milhões * 1,8680 = R$
186.800.000,00. O volume de papéis possíveis de serem comprados será de
186.800.000,00 / 876,822762 = 213.041,91. Assim, ele comprará 213.041 papéis
para depositar na BM&F e deixará 0,91 * 876,822762 = R$ 797,91 depositados em
dinheiro.
Em 03/10, a operação de dólar futuro será liquidada pela PTAX de 28/09, e o ajuste
sofrido será o seguinte:
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Ajuste = 23.350 * 50.000 * (1,87139 – 1,8687) = R$ 3.140.575,00
(-) IR (628.115,00)
Resultado Líquido = R$ 2.512.460,00
= US$ 1.728.413,20
5) DÓLAR CASADO
Mede o diferencial entre o dólar futuro e o (à vista vezes 1.000). É usado para hedge
cambial, operações de arbitragem ou rolagem de contratos de dólar futuro. 1 ponto
de dólar casado = R$ 1 / US$ 1.000.
Por exemplo, se o dólar casado está cotado a 10,80 pontos e a taxa spot é de R$
2,1750, então o dólar futuro vale R$ 2,1750 * 1.000 + 10,80 = R$ 2.185,80 / US$
1.000.
Exemplo de Hedge:
Resposta:
Na data inicial, o exportador vende dólares no mercado futuro. A taxa de venda será
de 2,15 * 1.000 + 18,90 = R$ 2.168,90 / US$ 1.000 = R$ 2,1689 / US$. N° de
contratos = 10.000.000 / 50.000 = 200.
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No vencimento, o ajuste será de: (2,1689 – 2,1772) * 50.000 * 200 = - R$
83.000,00. O exportador recebe R$ 2,1772 * 10.000.000 = 21.772.000 e paga 83.000
à BM&F = R$ 21.689.000 / 10.000.000 = R$ 2,1689 / US$.
Exemplo de Arbitragem:
Um investidor verifica que o dólar casado está sendo negociado, na última hora do
pregão, a 13,50 pontos. Se em um determinado e curto instante o dólar spot vale R$
2,1570 e o futuro R$ 2.171,50, qual a estratégia adotada e o resultado, supondo que
a operação é feita no mercado intradiário? Considere um investimento de US$ 10
milhões.
Resposta:
Se o casado vem sendo negociado a 13,50 ao longo do dia e não houve nenhum
acontecimento relevante, a tendência é as cotações se ajustarem, ou seja:
Exemplo de Rolagem:
Resposta:
Como o dólar futuro no último dia de negociação equivale à PTAX, então temos
que:
Assim, o investidor que está vendido a 2.166,30 em DOLFN09 colocará sua ordem
de rolagem (N9Q9) na BM&F como vendedor no pregão eletrônico, que confrontará
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a ordem com um ou mais investidores que estejam comprados e também desejem
rolar sua posição.
Na ponta oposta, podem ter dois investidores que desejem rolar 500 contratos
comprados, por exemplo. Havendo a compatibilidade, a operação é fechada e o
investidor automaticamente terá rolado sua posição, depositando ajustes e margem
adicional na BM&F e pagando os devidos emolumentos e taxas.
CAPÍTULO 4 – DI Futuro
1) CÁLCULO DO DI FUTURO
Suponha que, em 03/09/07, a perspectiva do CDI médio para setembro (19 dias
úteis) seja de 11,15% ao ano e, para outubro (22 dias úteis), de 10,89%. Considere
que o mercado estabelece um prêmio de risco de 10 pontos-base sobre o cenário
traçado. Neste contexto, calcule qual deverá ser a cotação do DI Fut Nov 07.
RESPOSTA:
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O DI Fut Nov 07 será o resultado da taxa do CDI acumulada no período e
anualizada, acrescida do prêmio de risco de cenário. Então:
2) ESPECULAÇÃO
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RESPOSTA:
Tendo em vista que o investidor estrangeiro aposta em redução da taxa SELIC, ele
venderá contratos de DI Fut Jan 10. Convertendo o capital disponível em reais,
resulta em um valor financeiro de: 60 milhões * 1,8450 = R$ 110.700.000,00.
Ao mesmo tempo, ele comprará LTNs para depositar como garantia na BM&F. Para
saber a quantidade de títulos, devemos primeiramente calcular o P.U. do papel. A
sua taxa será de 10,66 + 0,08 ( ) = 10,74, com 599 d.u. para o vencimento.
Em D0:
· Taxa de venda: 10,66 à P.U. de venda = 100.000 / (1 + 10,66 / 100) 599/252 =
78.602,233262
· P.U. de ajuste = 100.000 / (1 + 10,638 / 100) 599/252 = 78.639,390120
· Crédito do ajuste: 22.140 * (78.639,390120 - 78.602,233262) = R$
822.652,84
Em D1:
· P.U. de ajuste de D0 corrigido = 78.639,390120 * (1 + 11,36 / 100) 1/252 =
78.672,974440
· P.U. de ajuste = 100.000 / (1 + 10,595 / 100) 598/252 = 78.743,548328
· Crédito do ajuste: 22.140 * (78.743,548328 - 78.672,974440) = R$
1.562.505,87
Em D2:
· P.U. de ajuste de D1 corrigido = 78.743,548328 * (1 + 11,37 / 100) 1/252 =
78.777,205201
· P.U. de encerramento = 100.000 / (1 + 10,37 / 100) 597/252 = 79.155,999971
· Crédito do ajuste: 22.140 * (79.155,999971 - 78.777,205201) = R$
8.386.516,20
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Ajuste total creditado = 822.652,84 + 1.562.505,87 + 8.386.516,20 = R$
10.771.674,92
3) HEDGE
RESPOSTA:
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O investidor comprou papéis pré-fixados, o que significa que ele perderá dinheiro se
a taxa subir. Então, para fazer o , ele deverá comprar taxa (vender P.U.) do DI
Fut Jul 09, no montante correspondente ao valor financeiro dos títulos.
Hedge da Operação:
Em 28/08/07:
· P.U. de compra = 82.934,581902
· P.U. de ajuste = 100.000 / (1 + 10,768 / 100) 461/252 = 82.937,321299
· Débito do ajuste: 100 * (82.934,581902 - 82.937,321299) = R$ (273,94)
Em 29/08/07:
· P.U. de ajuste de 28/08/07 corrigido = 82.937,321299 * (1 + 11,38 / 100) 1/252
= 82.972,800253
· P.U. de ajuste = 100.000 / (1 + 10,811 / 100) 460/252 = 82.912,223709
· Crédito do ajuste: 100 * (82.972, 800253 - 82.912,223709) = R$ 6.057,65
Em 30/08/07:
· P.U. de ajuste de 29/08/07 corrigido = 82.912,223709 * (1 + 11,37 / 100) 1/252
= 82.947,662373
· P.U. de encerramento = 100.000 / (1 + 10,92 / 100) 459/252 = 82.797,600952
Crédito do ajuste: 100 * (82.947,662373 - 82.797,600952) = R$ 15.006,14
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Resultado financeiro = prejuízo da operação + ajuste do = - 13.637,95 +
20.789,86 = R$ 7.151,90.
A taxa casada é o diferencial entre a LTN (que embute um prêmio sobre o DI) e a
taxa do DI futuro, ou seja:
Exemplo:
Um investidor adquire 10.000 LTNs Jan/10 (126 d.u.) à taxa de 9,90% a.a. (P.U. de
953,896277) e decide fazer a trava no mercado futuro de DI. Sabendo que a casada
de LTN está sendo negociada a 7,5 pontos, elabore a operação.
Resposta:
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Novo P.U. = 953,983086
5) NTN-F Casada
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simultaneamente à compra de um número equivalente de contratos de DI com a
mesma . Contudo, na prática, por questões de liquidez, a operação é feita
com o DI de mesmo vencimento, desconsiderando a .
Assim, a taxa casada é o diferencial entre a NTN-F (que embute um prêmio sobre o
DI) e a taxa do DI futuro, ou seja:
Exemplo:
Um investidor adquire 10.000 NTN-Fs Jan/11 (378 d.u.) à taxa de 10,45% a.a. (P.U.
de 994,174199) e decide fazer a trava no mercado futuro de DI. Sabendo que a
casada de NTN-F está sendo negociada a 20 pontos, elabore a operação.
Resposta:
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Financeiro do DI = 115 * 86.501,42 = 9.947.663,55 (4)
CAPÍTULO 5 – DDI
1) CÁLCULO DO DDI:
Suponha que, em 03/09/07, o DI Fut Jan 08 (81 dias úteis) esteja cotado a 11,02 e o
Dol Fut Jan 08 valha R$ 1.914,03. Sabendo-se que a PTAX do dia útil anterior foi
de R$ 1,8743, calcule qual deverá ser a taxa do DDI Jan 08.
RESPOSTA:
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DDI Jan 08 = (1 + DI Fut Jan 08 / 100)…… . –1 * 100
252/81
[(Dol Fut Jan 08 / 1.000) / PTAX D-1]
2) ESPECULAÇÃO
Obs.: A venda de taxa de DDI (compra de P.U.) equivale a uma posição ativa em
título cambial, onde o investidor recebe cupom fixo + variação cambial e se financia
pelo CDI. Neste caso, quando o cupom cai ou o dólar sobe, o P.U. aumenta. Por sua
vez, a compra de taxa de DDI equivale a uma posição passiva em câmbio, na qual o
investidor recebe o CDI e paga cupom fixo + variação cambial.
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· PTAX do dia anterior: 1,8448;
· Média dos últimos 15 min do DDI Jan 08 em D1: 5,828;
· CDI em D1: 11,37;
· PTAX em D1: 1,8438;
· DI Fut Jan 08 em D2 (pela manhã, após decisão do COPOM): 10,62;
· para LTN 02/01/08: 2,5 pontos-base;
· DDI Jan 08 em D2 (pela manhã): 5,41;
· Dólar em D2 (pela manhã): R$ 1,8490.
RESPOSTA:
Tendo em vista que o investidor estrangeiro aposta em redução da taxa SELIC, ele
venderá contratos de DDI Jan 08 — já que se o DI cair, o cupom tenderá a fechar
taxa. Note que, em uma operação de venda de DDI, o investidor está ativo em P.U.,
ou seja, é como se ele possuísse um título cambial, que rende variação cambial mais
um cupom. Se o cupom fechar, o P.U. sobe, e o investidor ganha. Da mesma forma,
se o dólar subir, o valor nominal do título também aumenta. Assim, o investidor
aposta em dólar estável ou em alta. Na pior das hipóteses, especula que, se o dólar
cair, será marginalmente, e o declínio do cupom mais do que compensará a
respectiva queda.
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Em D0:
· Taxa de venda: 5,83, com 121 dias corridos à P.U. de venda = 100.000 / (1
+ 5,83 /100 * 121 / 360) = 98.078,131764
· P.U. de ajuste = 100.000 / (1 + 5,844 / 100 * 121 / 360) = 98.073,605549
· Débito do ajuste: (98.073,605549 - 98.078,131764) * 0,5 * 1,8448 * 10.360
= R$ (43.252,80)
Obs.: a multiplicação por 0,5 serve para transformar o contrato, de P.U. inicial
100.000, em US$ 50.000, o que, multiplicado pela PTAX do dia anterior,
mostrará o ajuste em reais por cada contrato.
Em D1:
· P.U. de ajuste de D0 corrigido = 98.073,605549 * (1 + 11,36 / 100) 1/252
(1,8545 / 1,8448)
= 97.602,294523
· P.U. de ajuste = 100.000 / (1 + 5,828 / 100 * 120 / 360) = 98.094,353689
· Crédito do ajuste: (98.094,353689 - 97.602,294523) * 0,5 * 1,8545 * 10.360
= R$ 4.726.872,89
Em D2:
· P.U. de ajuste de D1 corrigido = 98.094,353689 * (1 + 11,37 / 100) 1/252
(1,8438 / 1,8545)
= 98.705,789212
· P.U. encerramento = 100.000 / (1 + 5,41 / 100 * 119 / 360) = 98.243,112953
· Débito do ajuste: (98.243,112953 - 98.705,789212) * 0,5 * 1,8438 * 10.360
= R$ (4.418.967,28)
Note que a PTAX do último dia de ajuste (1,8438) foi menor que a PTAX inicial
(1,8448), porém o forte declínio do cupom cambial mais do que compensou essa
queda, fazendo com que o resultado final fosse credor. Em uma tendência de
apreciação do real, o especulador fez uma aposta bastante arriscada, baseando-se no
fato de que uma redução maior dos juros reduziria a atratividade pelo real. Contudo,
o juro real do Brasil ainda é um dos maiores do mundo, o que pode não trazer esse
efeito sobre o real. Talvez no curtíssimo prazo pudesse realmente ter um ajuste para
cima, conforme o especulador apostou.
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3) HEDGE
Um banco faz uma operação de cambial no valor de US$ 100 milhões com
vencimento em 02/01/09 (335 dias úteis e 487 dias corridos) com outra instituição,
na qual se propõe a pagar 100% do CDI e receber variação cambial + 6,50% ao ano.
Ao mesmo tempo, trava sua posição no mercado de DDI a uma taxa de 6,20. O
banco deposita títulos públicos de sua carteira como margem de garantia na BM&F.
Considere as seguintes informações:
RESPOSTA:
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Ajuste do swap:
Banco paga 100% do CDI = [(1 + 10,477 /100) 335/252 – 1] * 100 = 14,16%
Ajuste do :
Conforme se pôde observar, o lucro da operação foi possível graças à trava que o
banco fez, onde ele pagou um cupom anual de 6,20% e recebeu 6,50% ao ano, ou
seja, uma receita líquida de aproximadamente 0,30% ao ano.
CAPÍTULO 6 - FRA
Uma operação de FRA consiste em duas de DDI: uma longa e outra curta. Quando
compramos FRA, a operação consiste em comprar um DDI longo de mesmo
vencimento do FRA e vender um DDI curto, de vencimento no primeiro futuro.
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Já quando vendemos FRA, a operação é a inversa: consiste em vender um DDI
longo de mesmo vencimento do FRA e comprar um DDI curto, de vencimento no
primeiro futuro.
Observe que, ao comprar e vender DDI, tanto a variação cambial quanto o CDI de
ajuste se anularão, e o investidor apenas ganhará ou perderá a magnitude de variação
das taxas de cupom.
Note, também, que ao negociar a parte longa e fazer uma operação inversa na mais
curta do DDI, o investidor estará obtendo a variação de taxas do primeiro dia útil do
mês seguinte até o vencimento. Como o contrato do mês seguinte liquida apenas no
segundo mês, pode-se verificar que não existem contratos de FRA para o primeiro
vencimento, mas somente a partir do segundo. Assim, se estamos em agosto, só
existe FRA com vencimento em outubro, que captura a variação do primeiro dia útil
de setembro até o primeiro dia útil de outubro.
1) REGISTRO DO FRA
Um investidor vendeu 1.000 contratos de FRA Jan 09 à taxa de 5,85% ao ano no dia
13/08/2007. Sabendo-se que o DDI Set 07 estava cotado a 6,12% ao ano, determine
qual será a taxa do DDI Jan 09 no momento da operação e como será feito o registro
na BM&F. As informações adiante são conhecidas:
Obs.: Como a BM&F negocia os contratos de FRA e DDI nos mesmos moldes
daqueles de DI — ou seja, em taxa —, quando nos referirmos à compra ou venda de
contratos, estaremos sempre falando em compra ou venda de taxa.
RESPOSTA:
· Venda de DDI Jan 09, cujo P.U. calcularemos a partir da taxa implícita
no FRA e no DDI mais curto;
· Compra de DDI Set 07.
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O FRA Jan 09, cuja taxa é de 5,85% ao ano, é obtido dividindo-se o fator de taxa do
DDI mais longo por aquele do mais curto. Por meio desta fórmula, descobriremos o
valor do DDI Jan 09, como demonstrado abaixo:
Sabendo que:
Fator do FRA Jan 09 = Fator do DDI Jan 09 / Fator do DDI Set 07
Obs.: O registro do número de contratos do DDI mais curto será sempre feito a
partir da fórmula adiante:
N° de contratos DDI mais curto = nº de contratos FRA * P.U. do DDI mais longo
P.U. do DDI mais curto
2) ESPECULAÇÃO
- 29 -
· CDI em 13/08: 11,09;
· Taxa do FRA Jan 09 em 14/08 (encerramento de posição): 5,71;
· Taxa do DDI Set 07 em 14/08 (encerramento de posição): 6,10.
RESPOSTA:
Ajustes diários:
Em D0:
· Ultima taxa do FRA Jan 09 à 5,80 (487 d.c.)
· Última taxa do DDI Set 07 à 6,11 (21 d.c.)
Assim:
· 1,078461 = Fator do DDI Jan 09 / 1,003564 à Fator DDI Jan 09 = 1,082305
· P.U. ajuste DDI Jan 09 = 100.000 / 1,082305 = 92.395,403157
· P.U. ajuste DDI Set 07 = 100.000 / 1,003564 = 99.644,849150
Ajustes:
· DDI Jan 09 = (92.395,403157 - 92.336,954240) * 0,5 * 1,8155 * 1.000 = R$
53.057,00
· DDI Set 07 = (99.644,269956 - 99.644,849150) * 0,5 * 1,8155 * 927 = R$
(487,38)
· Crédito do ajuste total em D0 = 53.057,00 - 487,38 = R$ 52.569,62
Em D1:
P.U. de ajuste de D0 corrigido:
- 30 -
· DDI Set 07 = 99.644,849150 * (1 + 11,09 / 100) 1/252 = 100.477,869732
(1,8012 / 1,8155)
Assim:
· 1,077244 = Fator do DDI Jan 09 / 1,003389 à Fator DDI Jan 09 = 1,080894
· P.U. ajuste DDI Jan 09 = 100.000 / 1,080894 = 92.515,986784
· P.U. ajuste DDI Set 07 = 100.000 / 1,003389 = 99.662,255689
Ajustes:
· DDI Jan 09 = (92.515,986784 - 93.167,819124) * 0,5 * 1,8012 * 1.000 = R$
(587.040,21)
· DDI Set 07 = (100.477,869732 - 99.662,255689) * 0,5 * 1,8012 * 927 = R$
680.920,44
· Crédito do ajuste total em D1 = - 587.040,21 + 680.920,44 = R$ 93.880,23
Verifica-se, daí, que o especulador obteve lucro com a queda do FRA Jan 09, que
passou de 5,85 para 5,71 entre os dias 13/08 e 14/08.
3) HEDGE
RESPOSTA:
- 31 -
Cabe ressaltar que, ao fazer este , o banco estará se protegendo apenas da
variação do cupom limpo, e não da cambial. Para se proteger desta última, ele
deveria fazer também uma operação com dólar futuro, por exemplo.
O banco tem um passivo, o que significa que, se a taxa de cupom cair, a dívida
torna-se maior. Então, o banco deseja se proteger de uma eventual queda do cupom
limpo. Assim, ele venderá FRA Jan 09, fazendo a seguinte operação na BM&F:
O banco irá vender contratos de DDI Jan 09 e comprar contratos de DDI Set 07,
cujo valor calculamos abaixo:
O cupom variou de 5,85 para 5,71, porém o banco fechou o empréstimo a uma taxa
fixa de 5,85, o que significa que ele estará pagando um custo anual de 0,14 p.p.
superior à taxa vigente no dia, por um período de 487 dias corridos. Assim, o
impacto sobre a dívida será de:
- 32 -
Resultado do :
Note que, pelo fato de o via FRA envolver duas operações de DDI na BM&F,
além de o número de contratos registrados sofrer arredondamento, dependendo do
valor financeiro a ser protegido, haverá sempre a possibilidade de haver um valor
residual nestas operações de .
O índice Bovespa estava cotado a 56.251 pontos em 03/09/2007. Sabe-se que o Ind
Fut Out 07 vence em 17/10/2007 (30 d.u.), e que as seguintes taxas são conhecidas:
Nestas circunstâncias, qual deveria ser a cotação justa do Ind Fut Out 07, de forma a
não permitir arbitragem?
RESPOSTA:
Assim, devemos encontrar qual é a taxa de juros equivalente para 30 dias úteis.
Sabemos que:
- 33 -
(ii) Fator de taxa para 41 d.u. = (1 + 11,07 / 100) 41/252 = 1,017229.
Se dividirmos (ii) por (i) acharemos o fator de taxa futura para o período entre 19 e
41 d.u. (que engloba 41 – 19 = 22 d.u.):
(iii) Fator de taxa entre 19 e 30 d.u. (11 d.u.) = 1,009147 11/22 = 1,004563.
2) ESPECULAÇÃO
- 34 -
· Vale5 em 03/10/2007 (início da operação): R$ 81,80;
· Vale5 em 05/10/2007 (encerramento da posição): R$ 83,20.
RESPOSTA:
3) HEDGE
Um banco possui uma carteira de ações no valor total de R$ 150 milhões, cuja
variação histórica equivale a 120% do Ibovespa. Ele deseja se proteger contra uma
queda do preço de suas ações. No dia 17/09, o Ibovespa estava cotado a 57.800
pontos e o Ind Fut Out 07 valia 58.310 pontos. Na data de vencimento, o Ibovespa
fechou o pregão negociado a 57.000 pontos. Com base nestas informações, calcule o
rendimento da carteira, da operação de e o resultado financeiro líquido total.
RESPOSTA:
- 35 -
Tendo em vista que o investidor quer se proteger contra uma desvalorização de suas
ações, ele irá vender índice futuro. O montante de contratos vendidos será de:
Rendimento da carteira:
Resultado do :
Observe que, como o diferencial entre o índice à vista e o futuro equivale ao CDI
acumulado no período, e a carteira do investidor rende 20% a mais que o índice, ele
irá ganhar aproximadamente 120% do CDI, ou seja:
Então, a taxa do CDI será de 1,0351% / 1,2 = 0,8626%, para o período de 21 d.u.
(um mês), correspondente ao período entre 17/09 (data da operação) e 17/10 (data de
vencimento do índice futuro). Ou seja, a taxa anual do CDI será de (1,008626 12 -1)
* 100 = 10,86%.
4) ARBITRAGEM
- 36 -
fechou o pregão negociado a 57.000 pontos. Com base nestas informações, calcule o
resultado financeiro da operação de arbitragem.
RESPOSTA:
A taxa do CDI é de 10,86% ao ano, o que equivale a um fator mensal (21 d.u.) de
1,1086 1/12 = 1,008629.
Assim, o Ind Fut Out 07 deveria, na teoria, estar cotado a 57.800 * 1,008629 =
58.298,7 pontos. Contudo, a cotação atual é de 58.480 pontos, o que permite a
realização da operação de arbitragem.
Note que o ganho em pontos de índice com a arbitragem foi exatamente igual à
diferença entre a cotação do Ind Fut Out 07 no momento da operação (58.480) e seu
valor teórico (58.298,7), ou seja, 181,3 pontos, conforme podemos constatar adiante:
- 37 -
Ganho total = 1.480 – 800 – 498,7 = 181,3 pontos.
CAPÍTULO 8 – Swap
· CDI x Pré;
· CDI x Dólar;
· Pré x Dólar
As partes trocam entre si uma taxa pré-fixada por uma pós (normalmente, 100% da
variação do CDI). A taxa pré é estabelecida com base na taxa do DI equivalente para
o período. Quando o negócio é feito entre bancos, a taxa utilizada equivale àquela do
DI futuro vigente no momento. Já no caso de ser entre um banco e um cliente,
coloca-se um de compra e de venda, que representa o lucro do banco, como
no exemplo abaixo:
A data final do swap não precisa coincidir com o vencimento do DI. Neste caso, o
DI equivalente é calculado pelo processo de interpolação de taxas. Por exemplo,
conhecendo-se o DI de julho e o de outubro, pode-se obter a taxa para qualquer DI
entre estas duas datas.
- 38 -
Supondo que em 30/12/2008 o CDI acumulado foi de 15,6085%, monte a operação
de swap e apure seu resultado.
RESPOSTA:
Como a firma quer trocar o passivo pós por pré, ela receberá do banco a variação
acumulada de 100% do CDI no período, e pagará a ele (banco recebe) uma taxa pré
de 11,60% ao ano. O valor do swap será de R$ 200 mi, e será estruturado da
seguinte forma:
- 39 -
· 0,01 * (1 + 15,6085 / 100) * 200.000.000,00 = R$ 2.312.170,00
· [(1 + 11,60 / 100) 329/252] * 200.000.000,00 = R$ 230.811.928,53
Neste caso, troca-se a variação do CDI no período pela variação cambial acrescida
do cupom. Apesar de as partes estarem negociando o cupom limpo, o registro na
CETIP ou BM&F ocorre pelo sujo, calculado com base na PTAX do dia anterior.
Um dos motivos deste procedimento é a padronização da taxa de câmbio inicial para
os diversos contratos fechados em um determinado dia.
Cálculo do cupom sujo: para transformar o cupom limpo em sujo basta multiplicar
o fator de cupom limpo equivalente ao prazo de vigência do contrato pelo fator de
(PTAX D-1 / dólar spot), ou seja:
(1 + cupom sujo / 100 * n / 360) = (1 + cupom limpo / 100 * n / 360) * (PTAX D-1 /
dólar spot)
Suponha um cupom limpo de 6,40 para 60 dias, e que o dólar esteja cotado a
R$ 1,9550 e a PTAX do dia anterior tenha sido de R$ 1,9380. O cupom sujo a ser
registrado para a operação será de:
Observe que a variação cambial será calculada a partir da PTAX do dia anterior, que
era menor que a cotação do dólar no momento da operação. Assim, o ganho
com a variação cambial será maior, o que será compensado pelo cupom sujo, que
será menor.
- 40 -
E para o segundo vencimento em diante (vencimento “n”), a fórmula é a seguinte:
Onde “t” é o número de dias corridos entre a data de hoje e o primeiro vencimento
do cupom sujo.
Por exemplo, suponha que a data atual seja 12/09/2007. A partir dos seguintes
dados, calcule o cupom sujo para 02/01/2009:
Na prática, o cupom sujo para 02/01/2009 é o DDI. Contudo, como o DDI não
possui liquidez, é necessário fazer este cálculo.
Quando o negócio é feito entre bancos, a taxa utilizada equivale àquela do cupom
sujo vigente no momento. Já no caso de ser entre um banco e um cliente, coloca-se
um de compra e de venda, que representa o lucro do banco, como
exemplificado abaixo:
- 41 -
EXERCÍCIO: Uma empresa possui uma dívida cambial de US$ 100 milhões com
vencimento em 02/01/2009 (478 d.c.), ao custo anual de 6,30%. Prevendo uma alta
do dólar, a firma decide trocar sua dívida para CDI. Para isso, realiza uma operação
de swap com um banco, nas seguintes condições:
Sabe-se que a PTAX do dia anterior foi de R$ 1,9716. Supondo que em 30/12/2008
a PTAX fechou em R$ 2,1912 e o CDI acumulado foi de 14,3675%, monte a
operação de swap e apure seu resultado.
RESPOSTA:
Como a firma tem passivo em dólar, ela receberá do banco (banco paga) variação
cambial mais um cupom de 5,90% ao ano, e pagará ao banco a variação acumulada
do CDI no período. O valor do swap será de US$ 100 mi * 1,9716 = R$
197.160.000,00, e será estruturado da seguinte forma:
- 42 -
· (0,40 / 100 * 478 / 360) * Fator variação US$ * R$ 197.160.000,00
· R$ 197.160.000,00 + 100% CDI
A diferença deste contrato para o swap CDI x Dólar é que a taxa será pré-fixada no
momento da negociação pela taxa vigente no mercado de DI Futuro. Na prática,
haverá a troca de uma taxa pré por variação cambial mais cupom. Entretanto, note
que a taxa pré e o cupom são fixos. No momento do contrato, pode-se dizer que a
seguinte igualdade é válida, pois se refere às condições vigentes em mercado:
1 + (taxa pré /100) n/252 = (1 + variação cambial /100) * (1 + cupom / 100 * n /360)
(1 + [taxa pré / 100] n/252) / (1 + cupom / 100 * n /360) = 1 + variação cambial /100
Suponha que dois bancos desejem trocar a variação cambial por uma taxa pré,
fazendo um contrato com vencimento em 02/01/2009, e as seguintes condições de
mercado sejam conhecidas:
- 43 -
329/252
Sabemos que: (1 + 11,58 /100) / (1 + 6,01 /100 * 478 / 360) = 1 + variação
cambial /100
Desta forma, os bancos irão trocar a variação cambial por uma taxa pré de 6,85%
para um período de 329 d.u. ou 478 d.c.. Observe que a taxa pré é determinada por
uma taxa de DI (juros compostos) e uma de cupom sujo (juros simples). Assim, qual
regime de juros será adotado? Para solucionar este problema, ficou convencionado
que a taxa anual equivalente, neste tipo de swap, seria obtida por uma taxa composta
(ou efetiva) base 360 dias. Ou seja:
Quando o negócio é feito entre bancos, a taxa utilizada equivale àquela calculada de
acordo com as condições vigentes de mercado no momento. Já no caso de ser entre
um banco e um cliente, costuma-se colocar um de compra e de venda, que
representa o lucro do banco, como mostrado abaixo:
Sabe-se que a PTAX do dia anterior foi de R$ 1,9716. Supondo que em 30/12/2008
a PTAX fechou em R$ 1,8912, monte a operação de swap e apure seu resultado.
RESPOSTA:
- 44 -
O exportador tem receitas em dólar e dívida em taxa pré em reais. Se ocorrer uma
queda mais acentuada do dólar, as suas receitas vão se reduzir, ao passo que as suas
despesas permanecerão constantes, causando um desequilíbrio financeiro na
empresa. Para evitar que isto ocorra, a companhia deve contratar um banco e trocar
o indexador de sua dívida, que passará de taxa pré para variação cambial.
Como a firma tem passivo pré, ela receberá do banco (banco paga) uma taxa pré de
5,00% ao ano, e pagará ao banco a variação cambial do período. O valor do swap
será de R$ 100 milhões, e será estruturado da seguinte forma:
R$ 100 mi * 5% a.a.
R$ 100 mi * 12% a.a.
EMPRESA BANCO
R$ 100 mi * Var. Cambial
Como o dólar caiu, a empresa obteve, na prática, dois ajustes positivos. A queda do
dólar reduziu as receitas de exportação, mas, por outro lado, os encargos financeiros
também foram menores, como se vê abaixo:
Encargos sem swap = [(1 + 12 /100) 329/252 -1] * 100 milhões = R$ 15.946.291,63
(-) Receita do swap: R$ 10.770.600,07
(=) Encargos financeiros líquidos: R$ 5.175.691,56
CAPÍTULO 9 - Opções
- 45 -
Em datas de vencimento de opções (3ª segunda-feira de cada mês), uma
tendência importante pode ser observada a partir da relação Titular/Lançador.
(T/L). Se T/L > 1,5, significa que há concentração de lançadores, que tentarão
puxar “S’ para baixo, a fim de evitar o exercício, que ocorre sempre às 13 hs
do dia de vencimento. Já se T/L < 0,7, ocorre o oposto. Por isso, em dias de
vencimento de opções, o pregão da manhã (ou mesmo o de alguns dias
anteriores) — especialmente relacionado ás principais ações em jogo, que são
VALE5, PETR4 e TNLP4 —, pode fugir aos fundamentos econômicos.
· Se “S” > “E”, o titular exerce o direito de comprar a ação. Neste caso, se
“S”-“E” < “P”, a operação ainda resulta em prejuízo para o titular e lucro
para o lançador. Já se “S”-“E” > “P”, o titular tem lucro e o lançador,
prejuízo. Como, teoricamente, “S” pode tender a infinito, o prejuízo para o
lançador é ilimitado. Já para o titular, está limitado ao prêmio pago.
OBS.: O crédito ou débito destas operações ocorre em D+3. A posição pode ser
fechada por qualquer parte em mercado antes do vencimento (opção americana).
Neste caso, o resultado financeiro ocorrerá por diferenças de prêmios.
- 46 -
O investidor aplicou em um lote de 2 milhões de opções, alocando 50% para cada
série. Após 5 dias úteis, ele se desfez da posição, com as seguintes condições de
mercado:
RESPOSTA:
O prêmio considerado razoável seria: “S” – VP “E”, isto é, a diferença entre o preço
da ação e o valor presente do preço de exercício da opção — na prática, o lucro
trazido a valor presente, que nada mais é do que o “prêmio justo” a ser pago para ter
o direito de exercer este lucro. Então, os seguintes prêmios seriam razoáveis:
- 47 -
opções praticamente “viram pó” antes do exercício e ele ganha o prêmio quase que
integral. Ele se desfaz da posição realizando uma operação inversa e pagando um
pequeno prêmio para isto.
Pode-se ver que, neste caso, o lançador estará concentrado em um grande investidor
e os titulares provavelmente serão pequenos investidores, que ficarão à mercê do
especulador. A relação T/L será bastante alta.
Qual será, agora, o resultado financeiro para o investidor? O prêmio das opções está
compatível com a realidade?
RESPOSTA:
- 48 -
O resultado financeiro para o investidor (lançador) será o seguinte:
Despesas no vencimento:
Note que, neste caso, as receitas com o prêmio ainda foram superiores às despesas
com o exercício das opções, o que trouxe um lucro, embora menor, ao investidor.
Uma forma de o investidor “travar” o seu ganho seria vender a opção de compra e,
ao mesmo tempo, comprar a ação-objeto. Ou esperar a ação cair um pouco e adquiri-
la a um preço mais baixo, aumentando o seu lucro.
- 49 -
2) Opções de Venda (% )
· Se “S” < “E”, o titular exerce o direito de vender o ativo. Neste caso, se “E”-
“S” < “P”, a operação ainda resulta em prejuízo para o titular e lucro para o
lançador. Já se “E”-“S” > “P”, o titular tem lucro e o lançador, prejuízo.
Como, teoricamente, “S” pode tender a zero, o prejuízo para o lançador está
limitado a “E” – “P”, o que não deixa de ser uma quantia substancialmente
elevada, dado o possível prêmio recebido e a quantidade de opções em jogo.
Já para o titular, o prejuízo está limitado ao prêmio pago.
- 50 -
Em resumo: Titular Perda máxima = prêmio
Ganho máximo = “E” – “P”
· Dólar : R$ 1,85
· Juros futuros para 22 d.u.: 11,05;
· Linha de câmbio: 5,00;
· Prêmio para NO 17: R$ 20,90 / US$ 1.000
· Preço de exercício para NO 17: R$ 1.880,00 / US$ 1.000
· Dólar : R$ 1,815
· Juros futuros para 17 d.u.: 11,02;
· Linha de câmbio: 5,00;
· Prêmio para NO 17: R$ 58,00 / US$ 1.000
OBSERVAÇÕES:
- 51 -
ii) No caso de opções de ações e de índice, a negociação ocorre na Bovespa e,
assim, não é necessário o depósito de margens de garantia. Para as demais
opções, como as de dólar, as operações são efetuadas na BM&F, sendo,
assim, necessário o depósito das respectivas margens;
iii) O valor unitário das opções de dólar, da mesma forma que no dólar futuro,
são sempre referentes a US$ 1.000,00.
RESPOSTA:
a) Como já foi mencionado anteriormente, o prêmio justo, pela teoria de Black &
Scholes, depende de 5 variáveis-chave: preço do ativo-objeto, preço de exercício,
taxa de juros (neste caso, o diferencial entre juros doméstico e internacional),
volatilidade e prazo até o vencimento. Por ora, conhecendo o preço de exercício, a
taxa de juros futura e o custo da linha, podemos descontar “E” pelo diferencial entre
juros interno e externo, achando qual seria seu valor presente. Ou seja:
O prêmio considerado razoável seria: VP “E” - “S”, isto é, a diferença entre o valor
presente do preço de exercício da opção e a cotação á vista do dólar — na prática, o
lucro trazido a valor presente, que nada mais é do que o “prêmio justo” a ser pago
para ter o direito de exercer este lucro. Então, os seguintes prêmios seriam
razoáveis:
b) Como o investidor está apostando em queda do dólar, ele acha que o prêmio das
opções vai subir com o tempo – pois quanto mais o dólar cair, mais caro ele poderá
ser vendido no futuro em relação ao preço à vista. Desse modo, ele está apenas
interessado em receber o diferencial de prêmios. Observe que nesta transação o
investidor está adquirindo a opção (direito) de vender dólar no futuro e, assim, ele
será o titular das opções.
Se o preço subir muito, as opções praticamente “viram pó” antes do exercício e ele
perde apenas o prêmio. Já se o preço cair muito, ele pode se desfazer da posição
- 52 -
antes do vencimento, realizando uma operação inversa e recebendo um prêmio
bastante superior ao inicialmente pago.
EXERCÍCIO 2: Suponha que o dólar, em vez de apresentar uma forte queda nos
primeiros dias, tenha oscilado pouco, fazendo com que o investidor carregasse sua
posição até o vencimento, com as seguintes condições sendo válidas naquela data:
· Dólar : R$ 1,863;
· PTAX (divulgada no dia seguinte): R$ 1,8644
· Prêmio para NO 17: R$ 15,60 / US$ 1.000
Qual será, agora, o resultado financeiro para o investidor? O prêmio das opções está
compatível com a realidade? Note que na data de vencimento as opções de dólar,
assim como o dólar futuro, são liquidadas pela PTAX do dia anterior.
RESPOSTA:
Receita no vencimento:
- 53 -
· 1.000.000 * (1.880,00 – 1.864,40) = R$ 15.600.000,00
Note que, neste caso, as receitas no exercício das opções não compensaram
integralmente as despesas com o pagamento do prêmio, o que trouxe um prejuízo,
embora menor, ao investidor. Uma forma de o investidor “travar” o seu ganho seria
comprar a opção de venda e, ao mesmo tempo, comprar dólar . Neste caso, ele
deveria adquirir US$ 1 bilhão a R$ 1,85, tendo um custo elevado de desembolso,
que talvez não compensasse a estratégia. O resultado no mercado à vista, no dia do
vencimento, seria:
Outra alternativa seria esperar o dólar cair um pouco (se este cenário se confirmasse,
é claro) e comprar dólar futuro mais barato — por exemplo, se após uma semana o
dólar à vista caísse para R$ 1,84, o futuro equivaleria a R$ 1.846,87.
A vantagem, neste caso, é que o investidor não precisa desembolsar US$ 1 bilhão, e
sim apenas a margem exigida pela BM&F.
- 54 -
3) Variáveis que afetam o Prêmio
RESPOSTA:
b) Em uma opção de compra, quando o preço de exercício sobe, mais caro ficará
adquiri-la à prêmio cai.
Já em uma opção de venda, se o preço de exercício subir, ela poderá ser vendida
por um preço maior à prêmio sobe.
d) Quanto mais tempo restar até o vencimento da opção, maior será a possibilidade
de o preço à vista superar o de exercício (opção de compra) ou de cair abaixo
(opção de venda) à prêmio sobe.
e) Quanto mais volátil for o preço do ativo, maior será a possibilidade deste superar
o preço de exercício (opção de compra) ou de cair abaixo (opção de venda) à
prêmio sobe.
4) Classificação de Opções
Suponha que estejamos no mês de outubro e falte um mês (21 dias úteis) para o
exercício de opções de compra da Vale5, cotada, naquele momento, a R$ 51,55. Se
- 55 -
o DI Fut Nov 07 está com taxa de 11,05, classifique as seguintes opções em & &
', & & ' ou & (& & ':
· VALE k50;
· VALE k52
· VALE k54
RESPOSTA:
- 56 -
CAPÍTULO 10 – Black & Scholes
1) Opções de Compra:
EXERCÍCIO
Suponha que a opção VALE k54 tenha vencimento em 19/11/2007 (22 dias úteis) e
a VALE5 esteja cotada a R$ 53,75. Sabe-se que o DI futuro para 01/11/2007 (12
d.u.) é de 11,02 e para 03/12/2007 (32 d.u.) é de 10,97. Ademais, a cotação histórica
dos últimos 21 dias úteis da VALE5 está indicada na tabela abaixo:
- 57 -
Com base nesses dados, qual deveria ser o prêmio justo para a opção?
RESPOSTA:
- 58 -
Fator de DI Futuro entre 12 e 32 d.u. (20 d.u.) = B / A = 1,008274
Fator de DI Futuro entre 12 e 22 d.u. (10 d.u.) = 1,008274 10/20 = 1,004128
OBS.: Pela tabela, Z (0,10) = 0,0398 e Z (0,11) = 0,0438. Para obter Z (0,1019),
fizemos a seguinte aproximação: Z (0,1019) = Z(0,10) + 0,19 * [(Z(0,11) – Z(0,10)]
= 0,0398 + 0,19 * (0,0438 – 0,0398) = 0,0406.
Pela tabela, Z (0,03) = 0,0120 e Z (0,04) = 0,0160. Para obter Z (0,0383), fizemos a
seguinte aproximação: Z (0,0383) = Z(0,03) + 0,83 * [(Z(0,04) – Z(0,03)] = 0,0120
+ 0,83 * (0,0160 – 0,0120) = 0,0153.
- 59 -
2) Opções de Venda:
EXERCÍCIO
Supondo os mesmos dados do problema anterior, calcule qual seria o prêmio justo
para a opção VALE w54.
RESPOSTA:
Como podemos notar, o prêmio da opção de compra (R$ 3,12) é maior do que
aquele da opção de venda (R$ 2,88). Isto decorre do fato de que a opção de compra
está & ', enquanto a de venda está & (& & ':
Daí:
3) Delta ) Neutro
- 60 -
Considerando os dados dos exercícios anteriores, e supondo que o investidor tenha
comprado 500 mil ações VALE5 e queira se proteger contra uma queda do ativo,
monte uma estratégia Delta neutro, utilizando:
i) Opções de compra;
ii) Opções de venda
RESPOSTA:
Assumindo que apenas o preço da ação (S) mudou, calcularemos o novo prêmio da
opção VALE k54:
OBS.: Pela tabela, Z (0,02) = 0,0080 e Z (0,03) = 0,0120. Para obter Z (0,0285),
fizemos a seguinte aproximação: Z (0,0285) = Z(0,02) + 0,85 * [(Z(0,03) – Z(0,02)]
= 0,0080 + 0,85 * (0,0120 – 0,0080) = 0,0114.
Pela tabela, Z (0,11) = 0,0438 e Z (0,12) = 0,0478. Para obter Z (0,1117), fizemos a
seguinte aproximação: Z (0,1117) = Z(0,11) + 0,17 * [(Z(0,12) – Z(0,11)] = 0,0438
+ 0,17* (0,0478– 0,0438) = 0,0445.
- 61 -
A partir daí, obtém-se o novo prêmio da opção de compra VALE k54:
Resultado Final:
Γ = N’ (d1) / (S * σ * t1/2)
ii) Opções de venda: se o preço do ativo cair, o prêmio subirá. Então, o investidor
deve ficar comprado em Q / │∆│= Q / N (-d1), onde Q representa a quantidade do
ativo.
Assumindo que apenas o preço da ação (S) mudou, calcularemos o novo prêmio da
opção VALE w54:
- 62 -
A partir daí, obtém-se o novo prêmio da opção de venda VALE w54:
Resultado Final:
Suponha o mesmo exemplo inicial, onde a ação VALE5 está cotada a R$ 53,75 e os
DIs futuros possuem as mesmas taxas. A data inicial é 16/10/2007. Faltam 22 dias
úteis para o vencimento de opções, em 19/11/2007, e 20 dias úteis para o
vencimento do Índice Futuro Nov 07, em 14/11/2007. O beta histórico da VALE5,
considerando um período de 5 anos, é de 1,44.
OBS.: Na BM&F, os índices futuros de maior liquidez referem-se aos meses de Fev,
Abr, Jun, Ago, Out e Dez. Neste exemplo, usamos o mês de novembro para haver o
casamento entre opções e índice.
- 63 -
Qual seria a possibilidade de arbitragem do investidor? Admitindo que no dia
seguinte o Índice Futuro e as opções convirjam para os seus preços justos, apure
qual será o resultado financeiro da operação. O valor inicial aplicado é de R$
6.000.000,00. Considere, para o dia seguinte, a mesma volatilidade histórica e que
os DIs Fut Nov 07 e Dez 07 tenham subido 3 b.p. cada, além dos seguintes dados:
17/10/2007
RESPOSTA:
No exercício, sabe-se que, na data inicial, o DI futuro para 01/11/2007 (12 d.u.) é de
11,02 e para 03/12/2007 (32 d.u.) é de 10,97. Daí:
· Como o índice futuro vale 63.100, ele está caro à investidor deve vender;
· Prêmio de VALE k54 = 3,00 < prêmio justo (3,12) à prêmio está barato,
então investidor deve comprar.
- 64 -
No dia seguinte, o investidor se desfaz da posição com os preços adiante, referentes
aos valores justos para a opção VALE k54 e o Ind Fut Nov 07:
DI futuro para 01/11/2007 (11 d.u.) é de 11,05 e para 03/12/2007 (31 d.u.) é de
11,00 — taxas subiram 3 b.p.. Daí:
· σ anual = 0,4744147
- 65 -
d1 = ln (53,88 / 54,00) + [0,104478 + (0,4744147 2 / 2)] * 0,083333 = 0,1298
0,4744147 * 0,083333 1/2
OBS.: Pela tabela, Z (0,12) = 0,0478 e Z (0,13) = 0,0517. Para obter Z (0,1298),
fizemos a seguinte aproximação: Z (0,1298) = Z(0,12) + 0,98 * [(Z(0,13) – Z(0,12)]
= 0,0478 + 0,98 * (0,0517 – 0,0478) = 0,0516.
Pela tabela, Z (0,00) = 0,0000 e Z (0,01) = 0,0040. Para obter Z (0,0071), fizemos a
seguinte aproximação: Z (0,0071) = Z(0,00) + 0,71 * [(Z(0,01) – Z(0,00)] = 0,0000
+ 0,71 * (0,0040 – 0,0000) = 0,0028
Resultado financeiro:
Note que a operação de arbitragem possibilitou ao investidor ganhar nas duas pontas
(opções e índice futuro). O índice futuro caiu, convergindo para seu valor teórico, ao
passo que o preço da opção subiu, também convergindo para seu valor justo.
- 66 -
CAPÍTULO 11 – Modelo Binomial
Apesar de, na prática, o modelo de Black & Scholes ser majoritariamente utilizado
pelo mercado para precificar opções européias, isto não significa que o modelo
binomial não possa ser aplicado para este caso.
Deve-se ficar atento, contudo, ao fato de que o modelo binomial trabalha com
expectativas (coeficientes) de altas e baixas dos preços dos ativos para determinar o
prêmio justo, enquanto o modelo de Black & Scholes usa as variáveis de mercado
vigentes em um determinado momento. Ou seja, Black & Scholes expressa melhor a
realidade, sendo, por este motivo, mais utilizado pelo mercado para a precificação
de opções européias.
- 67 -
Cabe ressaltar que, ao usar o modelo binomial em opções americanas, é preciso
apurar, em cada nó ou espaço de tempo, se a opção deve ou não ser exercida. Se
puder ser exercida, seu valor, neste ponto, será o máximo entre o preço de exercício
(E) e aquele teórico, isto é: + ,- % . .
f = e –r∆t [ p * fu + (1-p) * fd ]
1/2 1/2
σ (∆t) σ (∆t)
p = e r∆t – d u=e d=e- = 1.
u–d u
/ :
Suponha que a PETR L66, a vencer em exatos dois meses, esteja cotada a R$ 65,15.
O DI Futuro para dois meses é de 11,13 e o histórico de 21 dias úteis da PETR4 é
apresentado abaixo:
- 68 -
Com base nessas informações, calcule o preço justo da opção, no caso desta ser (i)
americana; e (ii) européia. Compare os resultados.
RESPOSTA:
i) Opção Americana
- 69 -
Para montarmos os nós da distribuição binomial, devemos, inicialmente, calcular os
coeficientes multiplicativos de alta (u) e de baixa (d), conforme a fórmula abaixo:
1/2 1/2
· u = e σ (∆t) = 2,718282 0,1817077 * (0,0833) = 1,0538;
· d = 1/u = 1 / 1,0538 = 0,9489
· P0 = 65,15
72,35
68,66
65,15 65,15
61,82
58,66
- 70 -
A nova árvore binomial de prêmios terá a forma abaixo:
6,35
3,60
(a)
2,04 0,00
(c)
0,00
(b)
0,00
= 0,5713
A única diferença da opção européia para a americana é que ela não poderá ser
exercida em (a) ao preço de R$ 2,66. Porém, tendo em vista que a opção americana
provavelmente também não será exercida, já que seu preço justo é superior ao ganho
que seria obtido com o exercício, o valor esperado em (a) é o mesmo.
- 71 -
O valor esperado em (b) é idêntico (opções não dão exercício), o que leva a um
mesmo valor em (c) para ambas as opções. Assim, teoricamente, o preço justo seria
igual para as duas opções (R$ 2,04). No entanto, como a opção americana é mais
flexível, possivelmente seu prêmio corrente, negociado em mercado, será superior
ao de uma opção européia com as mesmas características.
Considere os mesmos dados do exemplo anterior para a opção PETR x66 e calcule o
preço justo da opção, no caso desta ser (i) americana; e (ii) européia. Compare os
resultados.
RESPOSTA:
i) Opção Americana
1/2 1/2
σ (∆t)
· u=e = 2,718282 0,1817077 * (0,0833) = 1,0538;
· d = 1/u = 1 / 1,0538 = 0,9489
Evolução de preços:
· P0 = 65,15
- 72 -
Arvore binomial:
72,35
68,66
65,15 65,15
61,82
58,66
0,00
0,36
(a)
1,98 0,85
(c)
4,18
(b)
7,34
- 73 -
(a) f = e –r∆t [ p * fu + (1-p) * fd ] = 2,718282 -0,1055 * 0,0833 [ 0,5713 * 0,00 + 0,4287
* 0,85 ] = R$ 0,36;
(b) f = 2,718282 -0,1055 * 0,0833 [ 0,5713 * 0,85 + 0,4287 * 7,34 ] = R$ 3,60. Como a
opção é americana, ela pode ser exercida pelo preço de 66,00 - 61,82 = R$
4,18. Assim, seu valor em (b) será: máx (3,60; 4,18) = R$ 4,18;
A opção européia não poderá ser exercida em (b), então seu prêmio permanecerá em
R$ 3,60. Conseqüentemente, a árvore binomial terá a seguinte distribuição:
0,00
0,36
1,73 0,85
(d)
3,60
7,34
A opção americana terá um prêmio superior à européia, haja vista que ela pode ser
exercida a qualquer momento.
- 74 -
Considerando os mesmos dados dos exercícios anteriores para uma opção de venda
com vencimento em três meses (PETR m66), e preço de barreira de R$ 67,00, diga
qual será o seu prêmio justo.
RESPOSTA:
76,24
72,35
68,66 68,66
65,15 65,15
(a) (c)
61,82 61,82
(b) (e)
58,66
(d)
55,66
(f)
- 75 -
Os possíveis prêmios relacionados a essas trajetórias, na data 3, serão:
Cada trajetória terá um prêmio implícito. O prêmio final da opção será a soma dos
três prêmios individuais. Para cada trajetória até a data 3, se o preço cair,
multiplicar-se-á o prêmio final por & ; e se o preço subir, multiplicar-se-á por .
Posto isso, calcularemos, a seguir, os prêmios individuais de cada trajetória:
Observe que o prêmio final de R$ 1,692 será aquele vigente na data 3, ou seja, no
momento de vencimento da opção (data futura). Se o investidor quisesse comprar ou
vender essa opção na data inicial (hoje), deveria trazer o prêmio da data 3 para valor
presente, considerando um intervalo de tempo de 3 meses, onde:
Neste tipo de opção, o preço da ação deve cair abaixo daquele de barreira ( )e
depois voltar a superá-lo ( ) para que valham os direitos e obrigações.
Considerando os mesmos dados dos exercícios anteriores para uma opção de compra
com vencimento em três meses (PETR a66), e preço de barreira de R$ 63,00, diga
qual será o seu prêmio justo.
- 76 -
RESPOSTA:
72,35
68,66 68,66
(d)
65,15 65,15
(a) (c)
61,82 61,82
(b)
58,66
55,66
Tendo em vista o preço de barreira estipulado acima, existe apenas uma única
trajetória possível para a opção:
Para cada caminho percorrido até a data 3, se o preço cair, multiplicar-se-á o prêmio
final por & ; e se o preço subir, multiplicar-se-á por . O prêmio implícito nessa
trajetória será de:
- 77 -
CAPÍTULO 12 – Estratégias com Opções
1) TRAVA DE ALTA
· VALE5: R$ 53,35.
· VALE L54: R$ 0,38
· VALE L56: R$ 0,16
RESPOSTA:
Em uma trava de alta, aposta-se que o preço da ação suba e ultrapasse o segundo
preço de exercício. Tendo em vista que o especulador deseja lucrar com a alta do
ativo, ele comprará uma opção de preço de exercício mais baixo (VALE L54) e
venderá uma opção de preço de exercício mais alto (VALE L56). A sua perda estará
limitada à diferença de prêmios e o seu ganho, à diferença de preços de exercício.
Dado que o prêmio da VALE L54 é maior que o da VALE L56, essa estratégia
exigirá um investimento inicial.
Neste contexto, a trava de alta é utilizada quando o investidor acredita que a ação
poderá subir, mas tem um grau de incerteza maior acerca de sua expectativa. Assim,
se o cenário não se concretizar e as opções virarem pó, a perda máxima será igual à
diferença entre os prêmios pago e recebido.
Investimento inicial:
- 78 -
Para visualizar essa estratégia, suponha as seguintes possibilidades para a cotação da
VALE5 na data de vencimento das opções:
i) R$ 51,00
ii) R$ 53,00
iii) R$ 55,00
iv) R$ 57,00
v) R$ 59,00
- 79 -
Note que o investidor terá um gasto inicial de R$ 0,22 e poderá lucrar até R$ 1,78
com essa operação, o que equivale a uma rentabilidade de:
OBS.: Essa operação também poderia ser feita com opções de venda, porém no
Brasil isso raramente ocorre, devido à pouca liquidez destas opções.
A perda e ganho máximos podem ser representados pela tabela e gráfico abaixo:
2) TRAVA DE BAIXA
Um investidor, apostando em queda das ações da Vale, decidiu realizar uma trava de
baixa com as opções VALE L54 e VALE L56.
- 80 -
RESPOSTA:
Em uma trava de baixa, a aposta é que o preço da ação caia abaixo do primeiro
preço de exercício. Tendo em vista que o especulador deseja lucrar com a baixa do
ativo, ele venderá uma opção de preço de exercício menor (VALE L54) e comprará
uma opção de preço de exercício maior (VALE L56). O seu ganho será igual à
diferença de prêmios e a sua perda estará limitada à diferença de preços de
exercício.
Dado que o prêmio da VALE L54 é maior que o da VALE L56, essa estratégia já
implica obtenção de receita na data inicial da operação. Em termos financeiros, só
haverá algum desembolso se o preço da ação ultrapassar R$ 54,00.
Neste contexto, a trava de baixa é utilizada quando o investidor acredita que a ação
poderá cair, mas não tem uma convicção clara acerca de sua expectativa. Assim, se
o cenário não se concretizar e as opções forem exercidas, a perda máxima será igual
à diferença entre os preços de exercício.
Receita inicial:
i) R$ 51,00
ii) R$ 53,00
iii) R$ 55,00
- 81 -
· Exercício de VALE L54 (lançador): E – S = R$ (1,00)
· Exercício de VALE L56 (titular): R$ 0,00
Despesa R$ (1,00)
iv) R$ 57,00
v) R$ 59,00
- 82 -
3) BUTTERFLY
3.1) Normal
RESPOSTA:
- 83 -
exercício intermediário, onde ele obterá lucro. Se a ação fechar abaixo do menor
preço de exercício ou acima do maior, o seu prejuízo estará limitado ao prêmio
líquido desembolsado.
Despesa inicial:
i) R$ 68,00
ii) R$ 70,00
iii) R$ 72,00
iv) R$ 74,00
v) R$ 76,00
- 84 -
· Exercício de PETR L74 (titular): R$ 2,00
Receita R$ 0,00
Note que o investidor terá um gasto inicial de R$ 0,28 e poderá lucrar até R$ 1,72
com essa operação, o que equivale a uma rentabilidade de:
- 85 -
Pelo gráfico, fica claro que lucro é maximizado quando a ação atinge o valor da
intermediária. Já quando a ação fecha abaixo da inferior ou acima da
superior, maximiza-se a perda.
3.2) Invertido
RESPOSTA:
Receita inicial:
- 86 -
i) R$ 68,00
ii) R$ 70,00
iii) R$ 72,00
iv) R$ 74,00
v) R$ 76,00
- 87 -
A perda e ganho máximos estão representados pela tabela e gráfico adiante:
Pelo gráfico, percebe-se claramente que o lucro é maximizado quando a ação fecha
abaixo da inferior ou acima da superior. Já quando a ação atinge o valor da
intermediária, maximiza-se a perda.
4) CONDOR
- 88 -
Com base nesses dados, monte uma estratégia e calcule o ganho e perda
máximos para o investidor por unidade de opção negociada.
RESPOSTA:
Os prêmios das opções vendidas serão menores que os prêmios das opções
compradas, daí essa estratégia exige um investimento inicial.
Despesa inicial:
i) R$ 68,00
ii) R$ 70,00
- 89 -
iii) R$ 72,00
iv) R$ 74,00
v) R$ 76,00
v) R$ 78,00
- 90 -
Ganho máximo = Receita máxima – desembolso = 2,00 – 0,50 = R$ 1,50
Perda máxima = Receita mínima – desembolso = 0,00 – 0,50 = R$ (0,50)
5) STRADDLE
- 91 -
RESPOSTA:
Despesa inicial:
i) R$ 58,00
ii) R$ 65,00
iii) R$ 72,00
- 92 -
iv) R$ 79,00
Ou seja:
- 93 -
5.2) Com Venda de Opções
RESPOSTA:
Assim, enquanto seu lucro está limitado às receitas de prêmios, seu prejuízo tende a
infinito. Este fato, aliado à necessidade de se ter uma opção de venda (que tem
pouca liquidez no Brasil) para a elaboração da estratégia, torna essa operação pouco
atrativa no mercado doméstico.
Receita inicial:
- 94 -
i) R$ 58,00
ii) R$ 65,00
iii) R$ 72,00
iv) R$ 79,00
v) R$ 86,00
Ou seja:
- 95 -
A perda e ganho máximos estão representados pela tabela e gráfico adiante:
1) OPERAÇÕES DE FINANCIAMENTO
- 96 -
· PETR L68: = R$ 5,14
· PETR L70: = R$ 3,47
· PETR L72: = R$ 2,12
· PETR L74: = R$ 1,55
· PETR L76: = R$ 1,10
Suponha que falte um mês para o vencimento das opções e que o DI futuro para o
mesmo prazo seja de 11,13. Se a PETR4 estiver cotada a R$ 76,40 na data de
vencimento das opções, qual será o ganho do investidor em cada um dos casos?
Compare a rentabilidade como percentual do DI.
RESPOSTA:
O investidor pagará, na data inicial, a diferença entre o preço das ações que ele
comprou e das opções que ele vendeu. Para a estratégia ser bem sucedida, as opções
devem ser exercidas na data de vencimento. Se as ações caírem e seu preço ficar
abaixo do prêmio recebido, o investidor terá prejuízo.
Haja vista que existe o risco de a opção não ser exercida e de a bolsa cair em uma
intensidade que resulte em prejuízo para o investidor, essas operações pagam sempre
uma taxa acima daquela do DI Futuro equivalente. Ou seja, em caso de exercício da
opção, o percentual auferido pelo investidor será superior a 100% do DI.
Quanto maior for o preço de exercício da opção escolhida, maior deverá ser a
rentabilidade da operação, pois maior será o risco de a opção não ser exercida.
Observe que nessa estratégia o investidor estará em uma posição “coberta”, pois ele
vende a opção e ao mesmo tempo compra a ação. Por este motivo a operação
transforma-se em renda fixa: se a opção for exercida o lucro é constante e não
haverá chances de prejuízo.
- 97 -
i) Financiamento com PETR L68:
· Receita: 68,00
· Receita: 70,00
· Receita: 72,00
- 98 -
iv) Financiamento com PETR L74:
· Receita: 74,00
· Receita: 76,00
O BOX de duas pontas nada mais é do que uma estratégia envolvendo duas opções
flexíveis com barreira. As barreiras já são pré-determinadas, transformando a
operação em uma captação ou aplicação de renda fixa.
2.1) CAPTAÇÃO
- 99 -
O valor recebido com a venda das opções — que é o somatório dos prêmios da
e da — representa o valor de captação da operação. O total a ser pago no
vencimento (“devolução do empréstimo”) é dado pelo diferencial entre os preços de
exercício.
RESPOSTA:
O valor captado com a venda das opções será igual à soma dos prêmios da e da
, isto é, R$ 1,983.
Captação:
i) R$ 48,00
- 100 -
· Exercício de VALE x54 (lançador): S barreira – E = R$ (2,00)
Despesa R$ (2,00)
ii) R$ 50,00
iii) R$ 52,00
iv) R$ 53,00
v) R$ 54,00
vi) R$ 56,00
vii) R$ 58,00
- 101 -
· Exercício de VALE x54 (lançador): R$ 0,00
Despesa R$ (2,00)
A vantagem para o banco captar por meio de uma operação de BOX duas pontas em
vez de poupança ou fundos refere-se à isenção de alguns custos que recairiam sobre
os clientes e/ou o banco, com destaque para o IOF e o Fundo Garantidor de Crédito.
A estratégia de captação por BOX duas pontas está representada pela tabela e
gráfico adiante:
- 102 -
2.2) APLICAÇÃO
RESPOSTA:
O investidor irá aplicar, na data inicial, um valor igual à soma dos prêmios das
opções. Após um mês, ele resgatará R$ 2,00 por opção (diferença entre os preços de
exercício), independente de qual for o preço da ação no momento.
- 103 -
Aplicação:
i) R$ 48,00
iii) R$ 52,00
iv) R$ 53,00
v) R$ 54,00
- 104 -
vi) R$ 56,00
vii) R$ 58,00
A vantagem de fazer uma aplicação usando o BOX duas pontas refere-se à isenção
de alguns custos, como o IOF e o Fundo Garantidor de Crédito. A estratégia está
representada pela tabela e gráfico adiante:
- 105 -
3) BOX QUATRO PONTAS
Esta estratégia permite ao investidor realizar uma captação ou aplicação sem o risco
da renda variável, pois as opções são travadas, tornando-se uma operação de renda
fixa. A estratégia chama-se “Box de quatro pontas”, pois envolve duas opções de
compra e duas de venda.
A diferença entre esta operação e o Box de duas pontas está no fato de não ser
necessário utilizar opções flexíveis, isto é, a negociação não precisa ser feita,
obrigatoriamente, em balcão, podendo ser realizada diretamente na Bolsa. Contudo,
a desvantagem refere-se à possibilidade de maiores custos de corretagem e
emolumentos, pois estará sendo usado um maior número de séries de opções.
- 106 -
3.1) CAPTAÇÃO
O investidor deseja fazer uma captação via Box quatro pontas. Tomando por base
esses dados, calcule o valor captado e devolvido por unidade de opção ao final do
período. Calcule, também, qual será o custo do empréstimo e seu percentual sobre o
DI, considerando que o DI Futuro para um mês esteja em 11,12.
RESPOSTA:
i) R$ 68,00
- 107 -
ii) R$ 69,00
iii) R$ 70,00
iv) R$ 71,00
v) R$ 72,00
vi) R$ 73,00
- 108 -
vii) R$ 74,00
As vantagens de se fazer uma captação usando o Box quatro pontas são as mesmas
do Box duas pontas: isenção de alguns custos, como o IOF e o Fundo Garantidor de
Crédito. Entretanto, a operação é mais complexa que o Box duas pontas, pois
envolve um maior número de opções, sendo, na prática, pouco usual. A estratégia
está representada pela tabela e gráfico adiante:
- 109 -
3.2) APLICAÇÃO
- 110 -
RESPOSTA:
i) R$ 68,00
ii) R$ 69,00
iii) R$ 70,00
iv) R$ 71,00
- 111 -
· Exercício de PETR L72 (lançador): R$ 0,00
· Exercício de PETR x70 (lançador): R$ 0,00
· Exercício de PETR x72 (titular): E – S = R$ 1,00
Receita R$ 2,00
v) R$ 72,00
vi) R$ 73,00
vii) R$ 74,00
- 112 -
A taxa anual da operação será de: [ (2,00 / 1,98) 12 – 1] * 100 = 12,82%
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CAPÍTULO 14 – VAR
(ii) Nas condições vigentes de mercado, qual a perda máxima possível da carteira
em um dia (prazo mais comum)? A diferença, nessa abordagem, é que não se
estabelece uma possível variação para o ativo, mas essa variação já é
implicitamente determinada pelos cálculos estatísticos, que capturam a
volatilidade de curto prazo do mercado. Neste contexto, em épocas em que o
mercado torna-se mais volátil, o VAR automaticamente é maior, aumentando
a potencial perda da carteira. Essa visão é mais usada em instituições
financeiras nas operações cotidianas, por refletir a realidade de curto prazo.
Os principais métodos para seu cálculo são expostos adiante.
1) COVARIÂNCIA
Esse método supõe que os ativos que compõem a carteira possuem uma distribuição
normal de retornos. O risco da carteira será calculado a partir dos riscos individuais
(desvio-padrão) de cada ativo, da correlação (ou covariância) entre seus retornos e
do peso (participação) de cada ativo na carteira, obtido pela fórmula abaixo:
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O valor de 1,65 refere-se à estatística Z da distribuição normal-padrão e significa
que 95% dos retornos estarão compreendidos entre -1,65 e +1,65 desvios-padrão.
Em outras palavras, indica que existe apenas 5% de probabilidade de que a
Instituição Financeira perca mais do que esse valor em um intervalo de um dia.
Por sua vez, o valor de 2,33 significa que 99% dos retornos estarão compreendidos
entre -2,33 e +2,33 desvios-padrão. Em outras palavras, indica que há apenas 1% de
probabilidade de que a Instituição Financeira perca mais do que esse valor em um
intervalo de um dia.
Note que “um dia” é o período normalmente convencionado pelos bancos para a
análise de suas carteiras. Contudo, nada impede que seja utilizado um intervalo de
uma semana. Nesse caso, basta multiplicar as fórmulas acima por 51/2, ou seja:
O método da covariância tem como principal vantagem o fato de ser uma solução
estatisticamente simples. Porém, sua desvantagem está ligada à hipótese de que os
ativos têm retornos normais, o que não necessariamente é verdade, especialmente
em momentos de maior volatilidade.
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· σ VALE5 TNLP4 = 0,3875
Com base nessas informações, calcule o VAR diário com intervalo de confiança de
95% e 99%, assim como o semanal, interpretando seus resultados.
RESPOSTA:
Este valor significa que, dadas as atuais condições de mercado, existe uma
probabilidade de 5% de que a carteira tenha um prejuízo superior a R$
13.686.954,21 em um único dia. Em outras palavras, esse valor é o máximo que os
gestores da carteira estão dispostos a perder em um dia, o que equivale a
13.686.954,21 / 178.455.000,00 = 7,67% de seu valor.
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· VAR 95% = R$ 13.686.954,21 * 5 1/2 = R$ 34.217.385,53
· VAR 99% = R$ 19.327.638,37 * 5 1/2 = R$ 48.319.095,93
Esses resultados indicam que existe uma chance de 5% de que a carteira tenha
perdas superiores a R$ 34.217.385,53 (ou 19,17%) em uma semana e de 1% da
carteira apresentar prejuízo superior a R$ 48.319.095,93 (ou 27,08%) em uma
semana. Novamente, a segunda estimativa é menos conservadora, pois permite que a
carteira perca mais de 1/4 de seu valor antes de os gestores estoparem a posição.
2) SIMULAÇÃO HISTÓRICA
Para calcular o VAR por esse método, deve-se considerar a carteira do dia em que se
está apurando o VAR, aplicando o percentual de variação, em um período passado,
dos preços dos ativos que a compõem.
Esse procedimento vai produzir uma distribuição de lucros e perdas passadas. Neste
contexto, o VAR 95% será o valor desta distribuição que separa as 5% piores perdas
das demais 95% variações de preços. Já o VAR 99% será o valor que aparta as 1%
maiores perdas das demais 99% variações de preços.
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Com base nessas informações, calcule as estimativas, por simulação histórica, para o
VAR 95% e 99%, explicando seus resultados.
RESPOSTA:
Os valores de ganhos e perdas em R$ dos últimos 100 dias úteis, tomando por base a
carteira atual e o percentual de variação de cada ativo que a compõe, foram:
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Os valores em reais de cada ativo foram obtidos pela simples multiplicação de sua
variação diária passada pela sua posição atual na carteira. Por exemplo, a variação
em reais da PETR4 em D-100 foi calculada por meio da seguinte conta: -2,12% *
R$ 85,250 MI = - R$ 1,807 MI. A soma da variação em reais de cada ativo em uma
determinada data passada resultará na variação em reais da carteira naquela data.
É importante notar que o VAR por simulação histórica tende a mostrar uma perda
potencial superior ao método da Covariância, devido à existência de caudas largas,
típicas em uma distribuição de retornos de carteiras de ativos (caráter mais
randômico). Isto ocorre porque é comum as séries de retornos de ativos possuírem
muitos , isto é, variações de preços de magnitudes de vários desvios-padrão,
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bastantes superiores ao que seria encontrado em uma distribuição normal —
especialmente em períodos de maior volatilidade dos mercados.
Por um lado, isso é vantajoso, pois permite “aprender com o passado”, no sentido de
ter a noção de qual será a perda máxima, em uma situação menos comum de
mercado, caracterizada por forte aumento de volatilidade.
Entretanto, por outro lado, quem garante que essa situação se repetirá? Pode ter sido
um totalmente atípico, como a crise de 1929 nos EUA, que dificilmente se
repetirá, ou mesmo os atentados às Torres Gêmeas de 11 de setembro, cuja
probabilidade de nova ocorrência é bastante remota. Se o gestor da carteira esperar o
prejuízo chegar a esse ponto, evitando estopar sua posição, pode ser que esta decisão
comprometa todo o resultado da instituição.
Neste programa, o VAR 95% será a diferença entre o valor da distribuição que
separa as 5% maiores perdas das demais 95% variações de preços. Por sua vez, o
VAR 99% será a diferença entre o valor da distribuição que aparta as 1% piores
perdas das demais 99% variações de preços. O próprio sistema montará a curva
normal para apurar esses resultados.
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