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Métodos Quantitativos
• Juros Simples

Cálculo dos juros Cálculo do montante


J=Cxixt M = C x (1 + i x t)

• Juros compostos

Cálculo dos Juros Cálculo do Montante

J=M–C M = C x (1 + i) t

• Taxa proporcional: Calculada em regime de capitalização simples: é resolvida


apenas multiplicando ou dividindo a taxa de juros.

• Taxa equivalente

Cálculo de taxa equivalente

(1 + ia) = (1 + ip) n

• Taxa nominal: Uma taxa de juro é definida como nominal quando o prazo difere
da capitalização. Dessa forma, é possível notar que se trata de um valor aparente.

• Taxa efetiva: Em situações em que a taxa de juro é calculada sobre o valor


efetivamente emprestado ou aplicado, define-se a taxa como efetiva.

• Taxa real: taxa de juros reais são os juros já com a inflação descontada.

1
Cálculo de Taxa Real
r = (1 + i) / (1 + ?) – 1

A fórmula para a capitalização simples é a seguinte:

Capitalização simples
FV = PV * i * n

Em que FV é o valor futuro; PV é o valor presente; i é a taxa de juros; e n é o prazo da


aplicação.

• Regime de capitalização composta:

Capitalização composta
FV = PV(1 + i)n

• Equivalência de taxas: Em regime de capitalização composta, como a


capitalização ocorre em todos os períodos, as taxas não são iguais. Para determinar a
taxa anual de uma aplicação mensal.

• Para determinar a taxa mensal de uma aplicação anual:

2
Valor presente

Valor futuro

• Valor Presente com Desconto Simples:O valor presente de um desconto


comercial pode ser obtido conforme a seguir:

Fórmula de Fisher

• Série uniforme de pagamentos


Aplicação mensal

3
Uniformes postecipadas

4
• Sequência uniforme de termos antecipados

Perpetuidade

• O payback simples é encontrado através da divisão do valor do investimento


inicial (exemplo: R$ 100,000) pelos fluxos de caixa (exemplo: R$ 35,000 a.a.), da
seguinte forma:

• O Valor do Retorno é obtido através da seguinte fórmula

5
• Considerando Valor Futuro igual a VF e Valor Presente igual a VP:

Portanto,

• O Valor Presente Líquido do fluxo de caixa pode ser representado para este caso
da seguinte maneira:

• Se a TIR > TMA, o investimento é viável economicamente, pois o


. retorno gerado é maior que a taxa mínima de atratividade;
• Se a TIR<_ TMA, o investimento não é viável economicamente, posto
seu retorno é menor que o mínimo desejado;
• Se a TIR = TMA, o investimento está em uma zona de indiferença de
retorno, mas ainda é viável, pois gera o mínimo desejado, que é a taxa
mínima de atratividade
6
• Definição de média: a média da amostra de uma variável. Quando estamos em
ambientes nos quais os fenômenos observados podem ser ligados a um dado conjunto
de resultados possíveis, utilizamos esta nomenclatura: variável.

• Variável: pode ser entendida como qualquer quantidade, qualidade ou


característica que pode possuir vários valores numéricos.

• Média aritmética: é a soma dos valores observados em um dado dividido pelo


número de observações. Essa medida é obtida através da soma de todos os elementos
de um conjunto e posterior divisão pelo número de elementos que o compõem. Pode
ser calculada através da seguinte fórmula: (x1 + x2 + x3 + x4 +x5) / n.

• Média aritmética ponderada: trata-se de um tipo de média aritmética em que


cada número que fará parte da média terá um peso. Estes pesos serão multiplicados
pelos números, que depois serão somados e divididos pela soma dos pesos.

EXEMPLO
Considerando que uma ação apresentou as seguintes oscilações nos primeiros 4
dias de um determinado mês:
• 1º→ + 6%
• 2º→ + 4%
• 3º → − 2%
• 4º → − 4%
Assim, podemos calcular o “retorno médio” desse ativo, calculando a média
desses valores.
X = 6 + 4 – 2 – 4 / 4 = 1%

7
EXEMPLO

Número Peso

2 3

4 2

6 1
3 2

• Média ponderada = (2 x 3) + (4 x 2) + (6 x 1) + (3 x 2) / 3 + 2 + 1 +2 = 26 / 8 = 3,25


• Média geométrica: entre n valores, é a raiz de índice n do produto desses
valores. Como exemplo, a média geométrica entre 1, 2 e 4:
𝟑 𝟑
√𝟏. 𝟐. 𝟒. = √𝟖 = 2.

• Mediana: trata-se do valor da variável em um conjunto de dados que divide o


conjunto de valores observados ao meio, de modo que os valores observados em uma
metade são menores ou iguais ao valor médio, e os valores observados na outra metade
sejam maiores ou iguais ao valor médio.

Medidas de dispersão: Desvio-padrão e variância

• A variabilidade pode ser definida em termos de quão perto os valores da amostra


estão do meio da distribuição. Usando a média como a medida do meio da distribuição, a
variância é definida como a diferença quadrática entre os valores da média.

Por exemplo, se em uma avaliação escolar, a média de uma turma com cinco alunos foi 6, e
as notas individuais foram 4, 5, 7, 9, e 5.

8
Nota Desvio da Média Desvio ao Quadrado
4 -2 4
5 -1 1
7 1 1
9 3 9
5 -1 1
Média = 6 0 3,2

• A variância e o desvio-padrão voltam-se para a dispersão dos dados em torno da


média, informando o modo como eles estão distribuídos.

• Variância: mede o grau de dispersão de um conjunto de dados, que é representada


pelos desvios em relação à média desse conjunto.

EXEMPLO
Considerando que uma ação teve as seguintes oscilações nos primeiros 5 dias
de um determinado mês:
• 1º → + 3%
• 2º → + 5%
• 3º → + 7%
• 4º → −2%
• 5º → + 2%
Primeiro, efetua-se o cálculo da média:

Agora calcula-se a variância:

9
• Desvio-padrão: trata-se da raiz quadrada da variância. O desvio padrão é uma medida
especialmente útil de variabilidade quando a distribuição é normal ou aproximadamente
normal, pois a proporção da distribuição dentro de um determinado número de desvios-
padrões da média pode ser calculada.

Cálculo da Correlação e Covariância

• Covariância é uma medida da variação entre duas variáveis aleatórias. Sendo assim,
considere que:
✓ se valores maiores de uma variável correspondem principalmente aos valores maiores
de outra variável, e se o mesmo ocorrer com os valores menores, as variáveis tendem a
mostrar comportamento semelhante. Isso significa que a covariância será positiva.
✓ se os valores maiores de uma variável correspondem principalmente aos valores
menores da outra amostra, as variáveis tendem a mostrar comportamento oposto, e a
covariância será negativa.
✓ o sinal da covariância mostrará a tendência na relação linear entre as variáveis.
✓ a magnitude da covariância é de difícil interpretação porque não é normalizada,
dependendo assim das magnitudes das variáveis.

EXEMPLO

O conjunto A = 2,1, 2,5, 3,6, 4,0 e o conjunto B = 8, 10, 12, 14 possuem covariância
de 2,27, pois, ao aplicar a equação que vimos acima, teremos:

Cov (A,B) = (2.1-3.1)(8-11)+(2.5-3.1)(10-11)+(3.6-3.1)(12-11)+(4.0-3.1)(14-11) /(4-1)


= (-1)(-3) + (-0.6)(-1)+(.5)(1)+(0.9)(3) / 3 = 3 + 0.6 + .5 + 2.7 / 3
= 6.8/3
= 2,27

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Correlação

• A covariância busca mostrar se há um comportamento de interdependência linear


entre duas variáveis. É representada pela seguinte equação:

• O coeficiente de correlação mostra se há relação linear entre duas séries de dados X e


Y. Se o coeficiente de correlação for igual a 1, significa que existe relação linear perfeita entre
X e Y, de tal forma que se X aumenta, Y aumenta na mesma proporção também.

• Sendo assim, quando r é igual a 1, tem-se uma relação linear perfeita e positiva;
quando r é igual a 0, inexiste a relação linear; se r é igual a -1, existe uma relação linear
perfeita e negativa. Logo, quando r for maior que 0, existe uma relação linear positiva; e
quando r for menor do que 0, existe uma relação linear negativa.

Distribuição normal

• A função de distribuição normal também é conhecida como distribuição gaussiana;


quando possui média zero e variância 1 é chamada de distribuição normal padrão.
• A distribuição normal está representada na Figura abaixo. A área abaixo da linha
mostra a probabilidade de ocorrência de cada valor do eixo X. Assim, a soma da área total é
igual a 1.

11
Fonte: Elaborada pelo autor.

• A distribuição normal possui algumas propriedades: ela é simétrica em relação à


origem. Ademais, média é igual à moda, que é igual à mediana. Ou seja, exatamente metade
das observações se encontram à direita (são menores) e metade se encontram à esquerda
(são maiores) da média. Além disso, o valor que mais se repete entre as observações é a
média.

• Eficiência fraca: os preços atuais refletem todas as informações históricas disponíveis.

• Eficiência semiforte: os preços incorporam todas as informações históricas e públicas


disponíveis.

• Eficiência forte: os preços incorporam todas as informações históricas, públicas e


privadas.

• A análise fundamentalista é indicada para investimentos em ações com horizontes de


tempo maiores que os adotados pela análise técnica, pois a escola fundamentalista observa a
estrutura da empresa (fundamentos) e é mais adotada por bancos e demais interessados no
desempenho da empresa nos próximos semestres ou anos.

• A análise técnica observa o histórico de preços, portanto, não é necessariamente


adotada apenas para ações (como é o caso da fundamentalista). Assim, essa técnica pode ser

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aplicada aos demais ativos. Todavia, aplica-se a horizontes de curto prazo, como dias e
semanas.
• Quatro gráficos principais:
✓ Linha;
✓ Barras;
✓ Candlestick
✓ Ponto e figura.

• OHLC (Open, High, Low, Close): uma variante muito utilizada do gráfico de barras é o
OHLC. Nele cada barra é um período (dia, semana etc.), que indica abertura, fechamento,
máximas e mínimas do ativo, tal qual ilustrado no exemplo abaixo:

Fonte: Elaborado pelo autor.

• O gráfico de linhas apenas marca o ponto que indica o valor analisado e liga-os através
de linha; logo, é o menos informacional dos gráficos aqui demonstrados, pois não consegue
representar os movimentos dentro de cada momento do tempo.Abaixo estão alguns gráficos
e escalas comuns na análise financeira:

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CANDLESTICK DE ALTA

GRÁFICO DE PONTO E
FIGURA

14
• A mais comum das escalas é a aritmética (ou escala linear):

ESCALA LINEAR

ESCALA LOGARÍTMICA

• Os gráficos que utilizam o tempo como um dos eixos podem utilizar diferentes
intervalos. São alguns deles:
✓ Intraday (“intradia” – intervalos de tempo dentro do próprio dia);
✓ Diário
✓ Semanal
✓ Mensal.

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• Os topos são as “cristas” ou “picos” do gráfico e são o máximo de figuras semelhantes
a montanhas, tal como expostas no Gráfico 1. Já os fundos se assemelham ao decaimento
máximo de “vales”, tal como o exibido no Gráfico 2

GRÁFICO 2

Fonte: Elaborado pelo autor.

• Os fundos se assemelham ao decaimento máximo de “vales”

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REPRESENTAÇÃO DE FUNDOS

• Observe um exemplo de resistência (em azul), exposta no Gráfico 3, e os fundos


demarcados em vermelho para o mesmo ativo (apresentado anteriormente) no Gráfico 4:

GRÁFICO 3

17
• Observe os fundos demarcados em vermelho para o mesmo ativo apresentado
anteriormente:

GRÁFICO 4

• Tendência de alta: para traçar uma linha de tendência de alta é preciso identificar pelo
menos dois topos, com o segundo maior que o primeiro, com dois fundos, de modo que o
segundo fundo seja mais alto que o primeiro.

• Tendência de queda: para traçar uma linha de tendência de queda é preciso identificar
com clareza a sequência em que há dois fundos seguidos, sendo o segundo fundo mais baixo
que o primeiro, e dois topos seguidos, sendo o segundo topo mais baixo que o primeiro.

• Canais: os canais são as linhas traçadas paralelamente às linhas de tendência. Por


exemplo, no caso da tendência de alta, será a linha que liga os topos da tendência. Será
considerado um canal de alta quando a estrutura se assemelhar à seguinte figura:

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TENDÊNCIAS E CANAIS

• As correções, que são os movimentos secundários, tendem a ser proporcionais ao


movimento que as antecedeu. Quanto mais brusco é o movimento, mais brusca é sua
correção.

• Considerando um ativo em específico, é preciso ter em mente que quanto maior é a


amplitude da área de resistência/suporte, mais forte ela é, e, portanto, mais claro é o
rompimento identificado. Nesse caso, o impulso gerado é tão forte que não se volta à
tendência em seguida; portanto, gera movimentos prolongados que “quebram” a tendência.

Em que:
• M é a média móvel;
• x é a série temporal (ativo observado);
• τ período utilizado para o cálculo da média móvel;
• t instante observado;
• ∑ é a somatória.

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• Se estendermos a média móvel para todos os dias teremos:

Dia Preço Média


Segunda R$ 10,00
Terça R$ 11,50
Quarta R$ 12,00 R$ 11,17
Quinta R$ 11,00 R$ 11,50
Sexta R$ 13,00 R$ 12,00
Segunda R$ 11,50 R$ 11,83
Terça R$ 12,00 R$ 12,17
Quarta R$ 13,00 R$ 12,17
Quinta R$ 11,00 R$ 12,00
Sexta R$ 10,00 R$ 11,33

Fonte: Elaborado pelo autor.

• Observe um ponto de compra na Figura de Ponto de Compra. Na Figura de Ponto de


Venda, observe a média móvel de curto prazo cruza para baixo a de longo prazo:

PONTO DE COMPRA

20
•Já para a venda a média móvel de curto prazo cruza para baixo a de longo prazo:

PONTO DE VENDA

Bandas de Bollinger

• Anteriormente, foram apresentados indicadores que utilizam a média como principal


informação. Porém, o analista também pode utilizar a volatilidade (variações nos preços do
ativo) como fundamento informacional. Na prática, se um título varia muito de preço em um
período curto, ele pode ser considerado volátil.

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• Considere a seguinte equação a fim de determinar a fórmula para a banda superior:

• Considere a seguinte equação para determinar a fórmula para a banda inferior:

• Linha central LC (geralmente M, que é a média móvel);


• Bs: banda superior;
• Bi: banda inferior;
• τ: período utilizado para o cálculo da média móvel;
• t: instante observado;
• Σ é o somatório; e
• n: quantidade de desvios padrões utilizados.

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• O momentum é, simultaneamente, um oscilador e
um seguidor de tendência e pode ser representado
pela seguinte expressão:

• O momentum é a diferença entre o preço de fechamento no instante atual em relação


aos preços de fechamentos dos períodos anteriores. Geralmente são adotados 5 ou 10
períodos anteriores.

Rate of Change (ROC)

• Rate of Change (ROC) ou Taxa de Variação é um dos principais indicadores de


oscilação e mede a proporção de variação do preço do ativo. O ROC pode ser determinado na
equação a seguir:

• O ROC é a razão entre o preço de fechamento no instante atual em relação aos preços
de fechamentos dos períodos anteriores.

• ROC > 0: há uma tendência de alta ou perda de força de uma tendência de


baixa.
• ROC < 0: há uma tendência de baixa ou perda de força de uma tendência
de alta.

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• On Balance Volume (OBV) é um indicador de momentum que se utiliza das variações
do volume para identificar se ele está entrando ou saindo em momentos de pico ou declínio
do volume. Esse indicador é representado pela seguinte fórmula:

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Economia
• Órgão normativos: determinam regras gerais para o bom funcionamento do SFN. São
eles: Conselho Monetário Nacional (CMN), Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) e
Conselho Nacional de Previdência Complementar (CNPC).

• Entidades supervisoras: estão subordinadas aos órgãos normativos e atuam de modo


que os cidadãos e os integrantes do sistema financeiro sigam as regras definidas pelos órgãos
normativos. São elas: Banco Central do Brasil (BACEN), Comissão de Valores Mobiliários
(CVM), Superintendência de Seguros Privados (SUSEP) e Superintendência de Previdência
Complementar (Previc).

• Operadores: estão subordinados às entidades supervisoras e lidam com o público sob


o papel de intermediário financeiro. São eles: bancos e caixas econômicas, cooperativas de
crédito, instituições de pagamento, administradoras de consórcios, corretoras e
distribuidoras, bolsa de valores, bolsa de mercadorias e futuros, seguradoras e
resseguradoras, entidades abertas de previdência, sociedades de capitalização e entidades
fechadas de previdência complementar (fundos de pensão).

• O agente superavitário é aquele cuja renda excede suas despesas, isto é, ele possui
dinheiro para suprir todas as suas necessidades, e o capital ainda sobra.

• O agente deficitário é aquele cuja renda não cobre suas despesas, de modo que ele
possui necessidades que não permitem que sobre dinheiro. Por isso, é necessário buscar
recursos junto a uma instituição financeira.

• CMN: formula a política de controle da moeda no SFN e estimula (ou não) mecanismos
de incentivo ao consumo de bens e serviços, prática também conhecida como política de
crédito ou financiamento. Objetiva gerar um ambiente de estabilidade monetária que
permita o desenvolvimento do país

25
• CNSP: acompanha a evolução do mercado segurador nacional, não só estabelecendo
as normas, mas também observando a evolução dos indicadores de risco e a ocorrência de
incidentes cobertos pelos contratos de seguros, permitindo a modernização desse serviço.

• CNPC: além de ser um órgão normativo, atenta-se na influência dos reflexos


econômicos e movimentos da gestão dos planos de previdência complementar no montante
de recursos acumulados pelos clientes, a fim de modernizar a legislação e resguardar os
planos futuros de aposentadoria.

• Os bancos múltiplos são instituições privadas ou públicas que captam recursos e


repassam-nos para empresas, famílias e governos, além de prestar serviços. Podem operar as
seguintes carteiras: comerciais, de investimento, de desenvolvimento, de crédito imobiliário,
de arrendamento mercantil, financiamento e investimentos.

• Os bancos comerciais, que também podem ser privados ou públicos, oferecem


recursos para financiar, em curto e médio prazo, a indústria, o comércio, serviços e pessoas
físicas. Podem captar depósitos à vista e a prazo.

• Os bancos de investimento, que são instituições privadas especializadas em operações


de participação societária, financiamento de atividade produtiva para suprimento de capital
fixo e de giro e administração de recursos de terceiros.

• Os bancos de desenvolvimento são controlados pelos governos estaduais e têm o


objetivo de proporcionar recursos necessários para financiamento de programas e projetos
que promovam o desenvolvimento econômico e social dos estados.

• As cooperativas de crédito são um tipo de instituição que pode surgir a partir da


associação de funcionários de uma empresa, de profissionais de um segmento, de
empresários ou da admissão livre e espontânea de outros tipos de associados. Os lucros das
operações de empréstimos são repartidos entre os associados.

26
• Seguros, previdência e capitalização são considerados parte do sistema financeiro
porque promovem a formação de poupança por parte dos agentes econômicos. Os recursos
captados por esses intermediadores são aplicados em investimentos específicos, dado que
muitas vezes é necessário fazer frente ao compromisso de seus clientes.

• As bolsas de valores, mercadorias e futuros atuam como intermediárias de recursos


do mercado de capitais (ações, opções, direitos, títulos, debêntures, notas promissórias) e
contratos de derivativos.

• As Sociedades Corretoras de Títulos e Valores Mobiliários são instituições autorizadas


a negociar valores mobiliários e derivativos no mercado de negociações (pregão).

• Em 2009, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e o Banco Central permitiram que


as Sociedades Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários atuassem no mercado de
negociações (pregão).

• O BACEN (Banco Central do Brasil) é a entidade supervisora do SFN e obedece às


diretrizes estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional, sendo responsável pela
supervisão das entidades financeiras, bancos de câmbio e outras instituições financeiras
intermediárias.

• O BACEN é uma autarquia vinculada ao Ministério da Economia. É o principal órgão


executivo do Sistema Financeiro Nacional. Sua diretoria colegiada é composta por um
presidente e oito Diretores (nove membros), todos nomeados pelo presidente da República e
aprovados pelo Senado.

• Compete ao BACEN cumprir e fazer cumprir as disposições que lhe são atribuídas pela
legislação em vigor e as normas expedidas pelo Conselho Monetário Nacional.

27
• Dentre as principais atribuições do BACEN, estão: autorizar o funcionamento e
fiscalizar as instituições financeiras, punindo-as se for o caso; emitir moeda-papel e moeda
metálica; controlar o crédito e o fluxo de capitais estrangeiros; executar a política monetária
e cambial.

• A SUSEP é o órgão responsável pelo controle e fiscalização dos mercados de seguro,


previdência privada aberta, capitalização e resseguro. Trata-se de uma autarquia federal
vinculada ao Ministério da Economia.

• A SUSEP também é uma entidade supervisora, a qual sempre deve respeitar as


diretrizes do órgão normativo CNSP (Conselho Nacional de Seguros Privados).

• A Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc) é uma entidade


governamental autônoma estabelecida como uma autarquia especial ligada ao Ministério da
Economia. Possui como objetivo fiscalizar as entidades fechadas de previdência
complementar e realizar políticas para o regime de previdência complementar.

• Os bancos comerciais (BCs) são sociedades anônimas que buscam promover o


encontro entre os agentes superavitários e deficitários, além de realizar operações
financeiras de curto prazo e criar moeda através de débitos e empréstimos.

• Entre as atividades realizadas pelos BCs, destacam-se as concessões de empréstimos,


operações de crédito, pagamento de cheques, transferência de recursos e ordens de
pagamento, aluguel de cofres e custódia de valores, pagamento de tarifas públicas, entre
outros.

• Os bancos comerciais são constituídos como sociedade anônima e sua principal fonte
de recursos são os depósitos à vista, utilizados para conceder crédito para consumidores e
empresas.

28
• Os BCs são intermediários financeiros que captam recursos de credores e os
distribuem através de crédito para devedores. O principal objetivo é proporcionar
suprimento de recursos necessários para financiar, a curto e a médio prazos, o comércio, a
indústria, as empresas prestadoras de serviços, as pessoas físicas e terceiros em geral;

• Os bancos múltiplos são IF privadas ou públicas que realizam as operações ativas,


passivas e assessórias das diversas IF, por intermédio das seguintes carteiras: comercial, de
investimento e/ou de desenvolvimento, de crédito imobiliário, de arrendamento mercantil e
de crédito, financiamento e investimento.

• As operações realizadas pelos bancos múltiplos estão sujeitas às mesmas normas


legais e regulamentares aplicáveis às instituições singulares correspondentes as suas
carteiras. A carteira de desenvolvimento poderá ser operada somente por banco público.

• O banco múltiplo deve ser constituído por, no mínimo, duas carteiras, de modo que
uma delas seja, obrigatoriamente, comercial ou de investimento, além de ser organizado sob
a forma de S.A. As instituições com carteira comercial podem captar depósitos à vista.

• Os bancos múltiplos são instituições financeiras privadas ou públicas que realizam as


operações ativas, passivas e acessórias das diversas instituições financeiras.

• As operações dos bancos múltiplos incluem as seguintes carteiras: comercial, de


investimento e/ou de desenvolvimento, crédito imobiliário, arrendamento mercantil e de
crédito (leasing), financiamento e investimento (financeiras).

• Os bancos de investimentos são IF privadas especializadas em operações de


participação societária de caráter temporário, de financiamento da atividade produtiva para
suprimento de capital fixo e de giro e de administração de recursos de terceiros.

• Os bancos de investimentos devem ser constituídos sob a forma de S.A. Não possuem
contas-correntes e captam recursos via depósitos a prazo, repasses de recursos externos,
internos e venda de cotas de fundos de investimento por eles administrados.

29
• As principais operações ativas são financiamento de capital de giro e capital fixo,
subscrição ou aquisição de títulos e valores mobiliários, depósitos interfinanceiros e repasses
de empréstimos externos. Isso ocorre porque os bancos de investimentos são instituições
criadas com a finalidade de conceder créditos de médio e longo prazo para as empresas.

• Os bancos de desenvolvimento são instituições financeiras controladas pelos governos


estaduais e têm como objetivo precípuo proporcionar o suprimento de recursos necessários
ao financiamento de médio e longo prazos, atendendo projetos que visem a promover o
desenvolvimento econômico e social do respectivo Estado.
O BNDES é o principal instrumento de execução da política de investimento do
Governo Federal e tem como objetivo primordial apoiar programas, projetos, obras e
serviços que se relacionem com o desenvolvimento econômico e social do País.

• O BNDES está sujeito à supervisão do ministro de Estado do Desenvolvimento,


Indústria e Comércio Exterior e exercita suas atividades, visando a estimular a iniciativa
privada, sem prejuízo de apoio a empreendimento de interesse nacional a cargo do setor
público.

• A bolsa de valores é o local em que títulos e valores mobiliários são negociados, como,
por exemplo, ações, que é a menor parcela do capital de uma empresa. A BM&FBovespa/B3
opera um elenco completo de negócios com ações, derivativos, commodities, balcão e
operações estruturadas.

• As negociações ocorrem em pregão eletrônico e via internet, com as facilidades do


Home Broker (sistema oferecido por diversas companhias para conectar seus usuários ao
pregão eletrônico no mercado de capitais).

• A BM&FBovespa– Câmara de Ações possui o objetivo de compensar, liquidar e


controlar o risco das obrigações decorrentes de operações à vista e de liquidação futura com
qualquer espécie de valores mobiliários, títulos, direitos e ativos realizadas na Bolsa de
Valores de São Paulo S.A. (BM&FBovespa), em outras bolsas ou outros mercados. É uma
clearinghouse.

30
• Na BM&FBovespa, são negociados: ações, derivativos (opções, futuro e termo), CRI,
CRA, debêntures, letras financeiras, fundo imobiliário, fundo de participações, fundo de
direitos creditórios, ETF.

• Originada a partir da fusão entre a BM&FBovespa e a Cetip, a B3 é a companhia de


infraestrutura do mercado financeiro. Antes dessa fusão, a B3 era a bolsa de valores
responsável pela provisão de sistemas para a negociação de ações, derivativos de ações,
títulos de renda fixa, títulos públicos federais, derivativos financeiros, moedas à vista e
commodities agropecuárias.

• As Corretoras de Títulos e Valores Mobiliários (CTVM) e as Distribuidoras de Títulos e


Valores Mobiliários (DTVM) atuam nos mercados financeiros e de capitais, assim como no
mercado cambial, intermediando a negociação de títulos e valores mobiliários entre
investidores e tomadores de recursos.

• As corretoras e as distribuidoras devem ser constituídas sob a forma de sociedade


anônima ou por quotas de responsabilidade limitada. Possuem como objetivo dar maior
liquidez e segurança ao mercado acionário.

• As Sociedades Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários são constituídas sob a


forma de S.A. ou por quotas de responsabilidade limitada e são supervisionadas pelo Banco
Central do Brasil.

• As CTVM oferecem os serviços de consultoria financeira, financiamento para compra


de ações (conta margem), plataformas de investimento pela internet (Home Broker), clubes
de investimentos, administração e custódia de títulos e valores mobiliários dos clientes,
intermediação de operações de câmbio, administração de fundos e clubes de investimento.

• No Brasil, a CBLC é responsável pela guarda, compensação e liquidação das operações


que ocorrem na BM&FBovespa, seja no mercado à vista, seja nos mercados de derivativos. A
CBLC executa o controle de risco dos negociantes, evitando possíveis desequilíbrios no
mercado.

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• A função básica de um sistema de pagamentos é transferir recursos, bem como
processar e liquidar pagamentos para pessoas, empresas, governo, Banco Central e
instituições financeiras.

• O Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB) é o conjunto de procedimentos, regras,


instrumentos e operações integradas que, por meio eletrônico, dão suporte à movimentação
financeira entre os diversos agentes econômicos do mercado brasileiro, tanto em moeda
local quanto estrangeira, tendo em vista a maior proteção contra rombos ou quebra em
cadeia de instituições financeiras.

• Clearing House ou câmara de compensação: identifica a parte de uma bolsa de valores


na qual as transações dos clientes são processadas e registradas. Ela é responsável por
assegurar que todas as transações sejam realizadas, eliminando o risco de crédito.

• Uma Clearing House é uma prestadora de serviços de compensação e liquidação de


ordens eletrônicas, de transferências de fundos e de outros ativos financeiros,
principalmente de compensação e de liquidação de operações realizadas em bolsas de
mercadorias e de futuros, assim como de compensação que envolve operações com
derivativos.

• O Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic), do Banco Central do Brasil, é


um sistema informatizado que se destina à custódia de títulos escriturais de emissão do
Tesouro Nacional, bem como ao registro e à liquidação de operações com esses títulos.

•O Produto Interno Bruto (PIB) é a soma, em valores monetários, dos bens e serviços finais
produzidos numa determinada região, durante um determinado período de tempo. Esse
indicador mensura a atividade econômica de uma região. O PIB pode ser obtido por três
óticas diferentes:

• Ótica da despesa

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C = consumo das famílias;
I = investimento das empresas;
G = gasto do governo;
X = exportações; e
M = importações.

• Ótica da oferta

VAB = valor adicionado bruto;


I= impostos; e
S= subsídios.

• Ótica do rendimento

Nessa ótica o PIB é calculado com base nos rendimentos dos fatores produtivos utilizados
pelas empresas.

“A Política fiscal reflete o conjunto de medidas pelas quais o Governo arrecada


receitas e realiza despesas de modo a cumprir três funções: a estabilização
macroeconômica, a redistribuição da renda e a alocação de recursos”

✓ A função estabilizadora consiste na promoção do crescimento econômico sustentado,


com baixo desemprego e estabilidade de preços;
✓ A função redistributiva visa a assegurar a distribuição equitativa da renda;
✓ A função alocativa consiste no fornecimento eficiente de bens e serviços públicos,
compensando as falhas de mercado.

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• Política fiscal expansionista: aumento dos gastos do governo ou redução dos
impostos. Possui como objetivo estimular a demanda privada e promover o crescimento
econômico;

• Política fiscal contracionista: redução dos gastos do governo ou aumento dos


impostos. Objetiva desestimular a produção e reduz a renda e os preços.

• A política fiscal é definida formalmente como: Dg = T – G. Onde Dg é o déficit público;


T é a tributação e G é o gasto do governo.

• A política monetária reflete o conjunto de medidas de atuação do governo sobre os


meios de pagamento, oferta de títulos públicos federais e das taxas de juros o que afetam
tanto o custo como a oferta de crédito com objetivo de atingir e incentivar o emprego,
distribuição de riquezas, estabilidade de preços e crescimento econômico (ASSAF NETO,
2008).
• Instrumentos de política monetária: o Banco Central conduz a política monetária
através de instrumentos que visam basicamente aumento ou redução da circulação de
moeda na economia. Vejamos os principais instrumentos:

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✓ Recolhimentos compulsórios: representa o valor que deverá ficar retido no
BACEN sobre os depósitos captados pelos bancos. Quanto maior o valor desse
recolhimento, menor a disponibilidade dos bancos para realizar empréstimos.
Se o compulsório reduzir, os bancos terão maior disponibilidade de recursos
para realizar empréstimos estimulando o crédito e o consumo.
✓ Operações de Mercado Aberto: O governo interfere no dia-a-dia do mercado
financeiro com objetivo de influenciar a liquidez, ou seja, o volume de recursos
disponíveis.
✓ Operações de redesconto: trata-se da atuação do Banco Central no sistema
financeiro emprestando recursos aos bancos redescontando títulos de crédito
com o objetivo de socorrer os bancos em dificuldades de equilibrar seu saldo
em situações onde saques versus depósitos realizados pelos clientes apresente
saldo negativo.
✓ Controle Seletivo de crédito: São intervenções diretas do Banco Central no
controle monetário através do mercado de crédito, “constituindo um
instrumento que impõe restrições ao livre funcionamento das forças do
mercado, pois estabelece controles diretos sobre o volume e o preço do
crédito” FORTUNA (2015).

• Política Monetária Restritiva: representa os mecanismos que o governo utiliza para


retirar dinheiro de circulação, de modo que haja uma queda da demanda agregada, fazendo
com que se diminua o poder de compra e consumo. Exemplo: venda de títulos públicos pelo
BACEN.

• Política Monetária Expansiva: são medidas de aumentam de estoque de moeda ou


poder de compra, implicando em aumento da demanda agregada, as pessoas tendo maior
poder de compra tendem a aumentar o seu consumo. Exemplo: uma redução de impostos
também é uma política monetária expansiva.

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• O dinheiro é a soma de papel-moeda em circulação e a soma dos depósitos à vista.
Todo o dinheiro que temos a nossa disposição, no bolso, carteira, etc. e o dinheiro que temos
disponível para saque nos bancos.

• Segundo CARVALHO (2015), as relações fundamentais são: O papel moeda emitido


menos caixa do BACEN é igual a papel moeda em circulação; o papel moeda em circulação
menos caixa dos bancos igual a papel moeda em poder do público.

• Os agregados monetários são as medidas quantitativas da oferta de moeda. Cada país


classifica seus agregados monetários, geralmente por ordem de liquidez. No Brasil e em
Portugal consideram-se cinco agregados monetários: M0, M1, M2, M3 e M4:

• M0 = Base Monetária Restrita = moeda emitida (papel-moeda e moeda


metálica) + reservas bancárias (moeda em poder das entidades financeiras e
seus depósitos no Banco Central);
• M1 = moeda em poder do público (papel-moeda e moeda metálica) +
depósitos à vista nos bancos comerciais. M1 é o total de moeda que não
rende juros e é de liquidez imediata, sendo que Moeda em poder do público
é a quantidade de moeda emitida pela autoridade monetária menos as
reservas bancárias
• M2 = M1 + depósitos a prazo (depósitos para investimentos, depósitos de
poupança, fundos de aplicação financeira e de renda fixa de curto prazo) +
títulos do governo em poder do público.
• M3 = M2 + depósitos de poupança
• M4 = M3 + títulos privados (depósitos a prazo e letras de câmbio).

• Os novos conceitos de meios de pagamento ampliados representam mudança de


critério de ordenamento de seus componentes, que deixaram de seguir o grau de liquidez,
passando a definir os agregados por seus sistemas emissores.

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• Meios de Pagamento Restritos:
M1 = papel moeda em poder do público + depósitos à vista. O M1 é gerado pelas instituições
emissoras de haveres estritamente monetários.

• Meios de Pagamento Ampliados:


M2 = M1 + depósitos especiais remunerados + depósitos de poupança + títulos emitidos por
instituições depositárias. O M2 corresponde ao M1 e às demais emissões de alta liquidez
realizadas primariamente no mercado interno por instituições depositárias, as que realizam
multiplicação de crédito.
M3 = M2 + quotas de fundos de renda fixa + operações compromissadas registradas no Selic.
O M3 é composto pelo M2 e as captações internas dos fundos de renda fixa e das carteiras
de títulos registrados no Sistema Especial de Liquidação e Custódia.

• Poupança financeira:
M4 = M3 + títulos públicos de alta liquidez

• Metas de Inflação: é uma política econômica onde principal objetivo dos países que
adotam é diminuir e manter a inflação em níveis baixos. Para isto eles fazem um anúncio
prévio de uma meta numérica para a inflação em prazo predeterminado e se comprometem
explicitamente de que o Banco Central irá buscar o cumprimento desta meta fixada.

• O COPOM determina a Meta da taxa de Juros e a CMN determina a Meta de inflação.

• Os principais títulos públicos federais são:


✓ Letras do Tesouro Nacional (LTN) – juros pré-fixados;
✓ Letras Financeiras do Tesouro (LFT) – juros pós-fixados;
✓ Nota do Tesouro Nacional – Série B (NTN-B) – variação IPCA (índice de preços ao
consumidor amplo) + juros;
✓ Nota do Tesouro Nacional – Série C (NTN-C) – variação IGPM (índice geral de preços
do mercado) + juros;
✓ Nota do Tesouro Nacional – Série F (NTN-F) – rentabilidade pré-fixada + juros;
✓ Nota do Tesouro Nacional – Série D (NTN-D) – variação cambial (dólar) + juros.

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• Os títulos privados se destinam à captação de recursos, em especial pelas empresas
privadas e pelos bancos. Os principais são:

✓ Certificado de depósito bancário (CDB) – juros pré ou pós-fixados (emissão pelas


instituições financeiras para captação de recursos dos clientes);
✓ Certificado de depósito interfinanceiro (CDI) – juros pré ou pós-fixados (emissão
pelas instituições financeiras para captação de recursos de outros bancos);
✓ Letras Financeiras (LF) – juros pré ou-pós-fixados (recursos aplicados
direcionados para financiamento das instituições financeiras);
✓ Letra de Crédito Imobiliário (LCI) – juros pré ou pós-fixados (recursos aplicados
direcionados para financiamento habitacionais);
✓ Letra de Crédito do Agronegócio (LCA) – juros pré ou pós-fixados (recursos
aplicados vinculados a direitos creditórios dos produtores rurais);
✓ Debêntures – juros pré-fixados (recursos aplicados, representativos de dívida de
médio e longo prazos de uma empresa);
✓ CommercialPaper ou Nota Comercial – juros pré-fixados (recursos aplicados,
representativos a dívidas de curto prazo, utilizado por empresas que buscam
recursos para financiar capital de giro).

• A operação compromissada é aquela em que o vendedor assume o compromisso de


recomprar os títulos que alienou em data futura pré-definida e com o pagamento de
remuneração pré-estabelecida.

• IPCA: Índice de Preços ao Consumidor Amplo é calculado pelo IBGE desde 1980, esse
índice leva em conta o custo de vida para famílias de 1 a 40 salários mínimos em regiões
metropolitanas brasileiras a partir de uma cesta com diversos itens – tais como alimentação,
bebidas, habitação, transporte, etc. É o índice utilizado pelo Banco Central para definir a
meta de inflação.

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• INPC: Índice Nacional de Preços ao Consumidor é muito semelhante ao IPCA, porém
tem como população-objetivo famílias de 1 a 5 salários mínimos, isto é, ele é mais sensível
aos produtos consumidos pela população com menor renda. Também é calculado pelo IBGE.

• IPC-FGV: Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Getúlio Vargas, ele considera as


despesas habituais de famílias com nível de renda entre 1 e 33 salários mínimos em 7 das
principais capitais do país.

• INCC: Índice Nacional de Custos da Construção é calculado desde 1944, atualmente


publicado pela Fundação Getúlio Vargas, o índice acompanha a evolução dos custos no setor
da construção que incluem preços de materiais, equipamentos, serviços e mão de obra.

• IPA: Índice de Preços por Atacado, também chamado de “Índice de Preços ao Produtor
Amplo”, mede a variação dos preços no mercado atacadista, principalmente nos produtos
agropecuários e industriais antes do consumo final. É publicado pela FGV.

• IGP: Índice Geral de Preços é um dos índices mais utilizados, ele não possui uma cesta
de produtos, e sim formado por uma composição de outros índices, sendo: 60% IPA (Índice
de Preços por Atacado) + 30% IPC (Índice de Preços ao Consumidor) + 10% INCC (Índice
Nacional do Custo da Construção).

• Em Economia, balanço de pagamentos é um instrumento da contabilidade nacional


referente à descrição das relações comerciais de um país com o resto do mundo.

• O objetivo do balanço de pagamentos é registrar o total de recursos que entra e sai


de um país, na forma de importações e exportações de produtos, serviços, capital financeiro,
bem como transferências comerciais.
A seguir as contas que formam o balanço de pagamentos de um país:

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1. Conta Corrente: engloba os registros de três outras contas: a balança comercial,
a conta de serviços e rendas e as transferências unilaterais.
2. Balança comercial: Registra o comércio de bens, na forma de exportações e
importações. Quando as exportações são maiores que as importações temos um
superávit na Balança Comercial. Um déficit ocorre quando as importações são
maiores que as exportações.
3. Conta de Serviços e Rendas: inclui os pagamentos/recebimentos relacionados
com o comércio de bens, como fretes e seguros, as receitas/despesas com
viagens internacionais, o aluguel de equipamentos, os serviços governamentais,
a exportação e importação de serviços e o pagamento/recebimento de juros e
de lucros e dividendos.
4. Transferências Unilaterais: contabilizam o saldo líquido das remessas de
recursos ou doações feitos entre residentes no Brasil e residentes em outros
países.
5. Conta de Capitais: registra o saldo líquido entre as compras de ativos
estrangeiros por residentes no Brasil e a venda de ativos brasileiros a
estrangeiros.
6. Conta Financeira: representa o somatório dos valores líquidos dos investimentos
diretos, investimentos em carteira, derivativos e outros investimentos.

• O lucro dos bancos vem das tarifas de prestação de serviços e do spread bancário que
é justamente a diferença entre os juros que cobra quando empresta um recurso a um
tomador e o juros que remunera os investidores.

• O papel das taxas de juros é não só o de equilibrar o mercado financeiro monetário,


mas também personalizar cada oferta de crédito ou investimento a situação e as
características da operação realizada, ou seja, temos dois papéis atrelados à taxa de juros:
✓ O governo estabelece a taxa de juros Selic, que serve de parâmetro para os agentes
financeiros definirem suas taxas de captação e empréstimo.

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✓ As Instituições Financeiras utilizam a taxa Selic como parâmetro, porém existem
outros critérios para estabelecer as taxas de juros para o consumidor final, sendo as
principais: riscos envolvidos nos empréstimos, spread praticado, custos
administrativos crescentes, incidência de depósitos compulsórios ao BACEN, etc.

• A taxa Selic é uma taxa de juros determinada pelo Copom (Comitê de política
monetária, vinculado ao BACEN). O BACEN, por excelência, é o Órgão responsável pelo
controle da inflação no País. A taxa de juros e a base monetária tem papel preponderante no
controle da inflação.

• Uma das principais funções do Copom é definir as diretrizes da política monetária e a


taxa Selic, em reuniões que ocorrem a cada 45 dias para decidir sobre a manutenção,
elevação ou redução da taxa.

• As medidas do Copom consistem em um elemento de política monetária e levam em


consideração aspectos como: o processo inflacionário; o desempenho econômico do país; as
taxas de câmbio; as decisões em relação as taxas de juros de outros países.

• A taxa DI, ou CDI, é a média das taxas de juros praticadas nos depósitos interbancários
com período de um dia. Ou seja, é a remuneração média paga pelas instituições financeiras
para captar recursos via empréstimos de outras instituições financeiras.
• A função dos CDI (Certificado de Depósito Interbancário) são títulos emitidos por
instituições financeiras com o objetivo de transferir recursos entre elas, isto, trata-se de uma
negociação restrita ao mercado interbancário. Na prática, uma instituição financeira com
dinheiro sobrando usa o CDI para emprestar para outra instituição financeira que não tem.

• Segundo definição apresentada pelo próprio Banco Central do Brasil: “Define-se Taxa
Selic como a taxa média ajustada dos financiamentos diários apurados no Sistema Especial
de Liquidação e de Custódia (Selic) para títulos federais.”

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• A taxa Selic Over é a taxa apurada no Selic, obtida mediante o cálculo da taxa média
ponderada e ajustada das operações de financiamento por um dia, lastreadas em títulos
públicos federais e cursadas no referido Sistema na forma de operações compromissadas.

• A taxa Selic Meta é Definida pelo Copom, com base na Meta de Inflação. É a Selic –
Meta que regula a taxa Selic Over assim como todas as outras taxas do Brasil.
• A base de dados para a formação da Taxa Básica Financeira (TBF) é composta das taxas
de juros das Letras do Tesouro Nacional (LTN) praticada nas operações definitivas no âmbito
do mercado secundário e registrada no Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic).

• A taxa referencial é obtida através do parâmetro R, definida como: R = a + b x TBF.


Sendo R o redutor possui valor fixo, 1,005, e b depende do valor da TBF, sendo divulgado
pelo BACEN.

• A TJLP significa Taxa de Juros de Longo Prazo e é calculada com base em dois
parâmetros: uma meta de inflação calculada pro rata para os doze meses seguintes ao
primeiro mês de vigência da taxa, inclusive, baseada nas metas anuais fixadas pelo Conselho
Monetário Nacional; e um prêmio de risco.

• A Taxa de câmbio é o preço de uma unidade monetária de uma moeda em unidades


monetárias de outra moeda. PTAX é a taxa que expressa à média das taxas de câmbio prática
no mercado interbancário e é divulgada pelo BACEN. Por Dólar Spot entende-se taxa à vista e
Dólar Foward é a taxa negociada no mercado futuro.

• Ressalta-se que TODAS as operações devem ter registro OBRIGATÓRIO no SISBACEN


pelas instituições autorizadas por ele a atuar.

• Efeitos de uma desvalorização cambial: a renda nacional diminui em termos


internacionais; o preço dos bens domésticos no exterior diminui – exportações aumentam; o
preço dos bens importados aumenta – importações recuam.

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• Efeitos de uma valorização cambial: a renda nacional aumenta em termos
internacionais; o preço dos bens domésticos no exterior aumenta – exportações diminuem; o
preço dos bens importados diminui – importações aumentam.

Câmbio fixo

• O câmbio fixo é aquele em que o valor da moeda estrangeira (geralmente o dólar) é


fixado pelo governo. Desta forma, a moeda nacional passa a ter um valor fixo em relação a
essa moeda-lastro.

• Dentre as vantagens: possibilita um melhor controle sobre a inflação.

• Desvantagem: pode ocasionar a valorização excessiva da moeda nacional, provocando


a diminuição das exportações e aumento de importações (no caso da moeda estrangeira
mantida desvalorizada).

Câmbio flutuante

• O sistema de câmbio flutuante é aquele em que o mercado estabelece os valores das


taxas de câmbio. Este processo ocorre através da lei de oferta e procura. Neste sistema
podem ocorrer grande variações das taxas de câmbio em intervalos curtos de tempo.
• Vantagens deste sistema: o próprio mercado regula as taxas de câmbio, não
ocasionando distorções cambiais na economia.

• Desvantagens deste sistema: a valorização excessiva de moedas estrangeiras pode


ocasionar inflação, enquanto a desvalorização destas moedas pode ocasionar diminuição das
exportações.

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Banda cambial

• Neste sistema cambial, a autoridade monetária do país (no Brasil é o Banco Central)
permite a variação das taxas de câmbio dentro de um determinado limite (valor máximo e
valor mínimo). Esse intervalo é chamado de banda cambial.

• Quando as taxas de câmbio saem do intervalo estabelecido, ocorre a intervenção do


Banco Central, que atua comprando ou vendendo moeda estrangeira. Com isso, ele consegue
fazer com que a taxa passe a operar dentro daquele intervalo estabelecido.

• A vantagem deste sistema é que possibilita uma variação cambial, porém sem grandes
valorizações ou desvalorizações, permitindo maior previsibilidade ao mercado financeiro.

• Outra vantagem é que a banda pode ser mudada de tempos em tempos, de acordo
com a situação econômica interna ou externa, acompanhando assim as necessidades do
mercado cambial.

• A desvantagem é que em muitos casos este sistema pode gerar certo artificialismo
cambial, prejudicando os agentes econômicos nacionais.

• A Dívida interna é a parte da dívida pública que representa o somatório dos débitos,
resultantes de empréstimos e financiamentos contraídos por um governo, com entidades
financeiras e indivíduos (no Brasil, por exemplo, através do Tesouro Direto) de seu próprio
país.

• A Dívida externa é o somatório dos débitos de um país, resultantes de empréstimos e


financiamentos contraídos no exterior pelo próprio governo, por empresas estatais ou
privadas. Esses recursos podem ser provenientes de governos, entidades financeiras
internacionais (FMI, Banco Mundial, etc.), bancos ou empresas privadas.

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• Superávits primário: é o resultado da subtração da receita (valor ganho) com a
despesa, sendo que essa conta não inclui os juros de dívidas públicas. Essa receita não se
configura apenas como dinheiro, mas também patrimônios de posse governamental e outros
valores. Sendo positivo o valor do balanço, os lucros são usados para aplicar no pagamento
das dívidas internas.

• Superávits nominal: caso o valor obtido no superávit seja mais que o suficiente para o
pagamento dos juros, ele será empregado no valor total da dívida, quitando-a, assim, e
diminuindo a dívida pública. Ou seja, o superávit nominal é aquele usado para a quitação de
dívidas públicas.

• Dólar comercial: é a cotação que acompanhamos nos meios de comunicação e mídias


em geral. Esse dólar representa a cotação que está disponível apenas para as empresas que
têm compromissos e negócios no exterior.

• Dólar turismo: é o valor que os viajantes pagam quando precisam de recursos para
uma viagem ao exterior.

• Na relação entre preço e quantidade demandada, dois elementos definem


conjuntamente as mudanças nas quantidades demandadas graças às mudanças de preço.
São eles: efeito substituição, que retrata o fato de que bens caros sempre serão trocados por
bens mais baratos; e o efeito renda, que reflete como as mudanças nos preços alteram o
poder de compra dos consumidores.

• Considere a equação da elasticidade-preço da demanda

• Assuma a seguinte equação para a variação na quantidade demandada:

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• Considere a seguinte equação para a variação no percentual do preço:

• Dizemos que a demanda por um bem é elástica se a variação de 1% nos preços causar
uma variação percentual maior do que 1% na quantidade demandada (ed> 1).

• Por outro lado, uma demanda é inelástica quando, diante de uma variação de 1% no
preço (ed< 1), a variação da quantidade é menor que 1%.

• A demanda possui uma elasticidade-preço igual à unidade (elasticidade unitária)


quando as variações percentuais no preço e na quantidade ocorrem na mesma proporção.

• Com base em experiências, é possível relacionar algumas regras relativas aos fatores
que a influenciam:

• Necessidades versus supérfluos: os bens necessários tendem a ser menos elásticos ao


preço. A demanda por um remédio de uso contínuo tende a ser menos elástica ao preço do
que a demanda por sorvetes;

• Disponibilidade de substitutos próximos: bens que dispõem de substitutos próximos


tendem a apresentar uma demanda mais elástica;

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• Horizonte temporal: em geral, a demanda é mais elástica ao preço quanto maior o
horizonte temporal considerado. Isso ocorre porque, ao longo do tempo, nosso consumo
pode ser adaptado ou pode surgir um maior número de substitutos aos bens, de modo que a
demanda tenderá a ser mais sensível às elevações de preço.

• A elasticidade-renda da demanda é definida pela relação entre a variação percentual


da quantidade demandada e a variação percentual da renda.

• Gasto fixo: trata-se do custo ou despesa que permanece inalterado em função do


comportamento das vendas/produção em uma certa unidade de tempo (um mês, por
exemplo). Portanto, o comportamento do gasto fixo não é ditado diretamente pelas vendas.

• Gasto semivariável: todo custo ou despesa que, em uma unidade de tempo (mês, por
exemplo), se altera em função das vendas/produção, mas não na mesma proporção. O gasto
semivariável possui uma parcela fixa e outra variável. Exemplos: energia, mão de obra etc.

• Margem de contribuição: a margem de contribuição de um produto é seu preço de


venda menos os gastos variáveis. Exemplo: se o preço de uma refeição é de R$ 4,50 e o custo
variável com gêneros alimentícios é de R$ 3,00, a margem de contribuição desta refeição é
de R$ 1,50, valor que a refeição “contribui” para absorção dos gastos fixos.

• Custo marginal: é definido como o acréscimo dos custos totais de produção quando se
aumenta a quantidade produzida em uma unidade, isto é, trata-se do o custo de se adquirir
uma unidade adicional desse item. Por exemplo, o custo marginal da mão de obra é o custo
de se acrescentar um outro trabalhador.

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• Concorrência perfeita: em um mercado competitivo, quem determina o preço de
equilíbrio são as condições de oferta e demanda. Todos os vendedores recebem o mesmo
preço pela venda do produto (denominado preço de mercado). Os compradores não irão
adquirir um produto mais caro ao saber que podem adquiri-lo a um preço menor.

• Monopólio: estrutura de mercado que se apresenta no mercado vendedor quando


estão presentes as seguintes circunstâncias: presença de uma única empresa atuando;
inexistência de substitutos próximos para os bens que o monopolista produz; e existência de
elevadas barreiras à entrada de novas empresas, decorrentes dos seguintes fatores: controle
de um insumo ou recurso escasso; domínio tecnológico; e economias de escala.

• Oligopólios: representam uma estrutura de mercado intermediária entre a


concorrência perfeita e o monopólio. É formado por poucos vendedores que competem
entre si e que detêm algum poder de mercado, ou seja, capacidade de afetar o preço por
meio de ações individuais. Trata-se da única estrutura de mercado em que as firmas levam
em conta as ações dos concorrentes na tomada de decisões.

• Coalizão: trata-se de um acordo entre produtores de uma mercadoria, com o objetivo


de restringir a concorrência e elevar os preços dos bens ou serviços.

• Subsídios às empresas privadas por parte do governo: um subsídio é caracterizado


quando o governo paga para uma empresa diretamente ou reduz seus impostos caso esta
desenvolva certas ações. No contexto da empresa, impostos ou regulamentações são custos
adicionais na produção, os quais deslocam a oferta para a esquerda, levando-a a produzir
uma menor quantidade a qualquer preço dado. Já os subsídios governamentais reduzem o
custo de produção e aumentam a oferta a qualquer preço dado, deslocando esta para a
direita.

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Análise de Relatórios Financeiros
• Balanço Patrimonial é a demonstração contábil destinada a evidenciar, qualitativa e
quantitativamente, em uma determinada data, a posição patrimonial e financeira
(DepositaryReceipts) da entidade.

• No balanço patrimonial, as contas deverão ser classificadas segundo os elementos do


patrimônio cujos quais elas registram e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a
análise da situação financeira da empresa.

• As empresas listadas emitem, de forma separada, o Balanço Patrimonial – Ativo e o


Balanço Patrimonial – Passivo, porém estes devem ser entendidos como um só, um espelho,
em que a quantidade de ativos totais sempre será igual à quantidade de passivos somados ao
patrimônio líquido. Ou seja: Ativos = Passivos (obrigações) + Patrimônio Líquido (capital
social).

• Na prática, os grupos de contas se organizam da seguinte forma:

✓ Ativo (bens e direitos)> ativo circulante: bens e direitos que podem ser convertidos em
dinheiro em curto prazo (12 meses). Ativo não circulante: bens e direitos que só podem
ser convertidos em dinheiro no longo prazo (acima de 12 meses).
✓ Passivo (obrigações)> passivo circulante: obrigações que devem ser pagas no curto
prazo (até 12 meses). Passivo não circulante: obrigações que podem ser pagas no
longo prazo (mais de 12 meses). Por fim, patrimônio líquido: valor que os sócios ou
acionistas têm na empresa.

• Curto prazo – todos os bens e direitos realizáveis em moeda ou passíveis de conversão


e as obrigações com vencimento até o término do exercício social (ano).

• Longo prazo – todos os bens e direitos realizáveis em moeda ou passíveis de conversão


e as obrigações com vencimento após o término do exercício social (ano).

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• Grau de liquidez – é o tempo no qual os bens e os direitos podem ser convertidos em
dinheiro. Ex.: a conta Caixa é a de maior liquidez, por já ser dinheiro. Já a conta Veículos é de
menor liquidez que a Caixa, pois demora mais para se transformar em dinheiro (pois primeiro
é preciso vender o veículo para depois obter o dinheiro).

• Nível de exigibilidade – é o tempo existente para que as obrigações sejam pagas. As


contas que deverão ser pagas mais rapidamente (curto prazo) têm um maior nível de
exigibilidade do que as contas que serão liquidadas (pagas) em um prazo maior (longo prazo).

• Realizável – representa tudo o que se pode mudar, converter, transformar em


disponibilidade (dinheiro), sendo uma expressão usada no ativo. Exemplo: uma duplicata de
cliente é um direito realizável e, em determinado momento, ela se transformará em
dinheiro.

Ativos = Passivo + Patrimônio Líquido

ATIVO (bens e direitos) PASSIVO (obrigações)


Ativo circulante: bens e direitos que podem ser Passivo circulante: obrigações que devem
convertidos em dinheiro em curto prazo (12 meses). ser pagas no curto prazo (até 12 meses).
Ativo não circulante: bens e direitos que só podem Passivo não circulante: obrigações que
ser convertidos em dinheiro no longo prazo (acima podem ser pagas no longo prazo (mais de
de 12 meses). 12 meses).
PATRIMÔNIO LÍQUIDO: valor que os sócios
ou acionistas têm na empresa.
. Fonte: Elaborada pelo autor

Uma típica DRE contém:

50
RECEITA OPERACIONAL BRUTA
Vendas de Produtos
Vendas de Mercadorias
Prestação de Serviços
(-) DEDUÇÕES DA RECEITA BRUTA
Devoluções de Vendas
Abatimentos
Impostos e Contribuições Incidentes sobre Vendas
= RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA
(-) CUSTOS DAS VENDAS
Custo dos Produtos Vendidos
Custo das Mercadorias
Custo dos Serviços Prestados
= RESULTADO OPERACIONAL BRUTO
(-) DESPESAS OPERACIONAIS
Despesas Com Vendas
Despesas Administrativas
(-) DESPESAS FINANCEIRAS LÍQUIDAS
Despesas Financeiras
(-) Receitas Financeiras
Variações Monetárias e Cambiais Passivas
(-) Variações Monetárias e Cambiais Ativas
OUTRAS RECEITAS E DESPESAS
Resultado da Equivalência Patrimonial
Venda de Bens e Direitos do Ativo Não Circulante
(-) Custo da Venda de Bens e Direitos do Ativo Não Circulante
= RESULTADO OPERACIONAL ANTES DO IMPOSTO DE RENDA E DA CONTRIBUIÇÃO
SOCIAL E SOBRE O LUCRO
(-) Provisão para Imposto de Renda e Contribuição Social Sobre o Lucro
= LUCRO LÍQUIDO ANTES DAS PARTICIPAÇÕES
(-) Debêntures, Empregados, Participações de Administradores, Partes
Beneficiárias, Fundos de Assistência e Previdência para Empregados
(=) RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO

51
Para encontrar o valor do EBITDA, a depreciação e a amortização devem ser acrescentadas
ao LO, não sendo consideradas despesas de caixa, que se encontram na DRE somadas nas
contas custo das mercadorias vendidas e despesas operacionais.

• O lucro operacional é obtido através da seguinte equação: LO = receita liquida – custos


– despesas operacionais – despesas financeiras.

• Sendo assim, EBITDA pode ser obtida através da seguinte equação: EBITDA = LO +
Depreciação + amortização.

Estrutura do EBITDA:
(+) Receita Líquida
(-) Custo dos Produtos Vendidos
(-) Despesas da Atividade (c/ vendas, administrativas e outras diretamente
ligadas às operações)
(=) Lucro Operacional (ou EBIT)
(+) Depreciação e Amortização (valor correspondente ao período sob análise)
(=) EBITDA

• Gastos Líquidos de Capital (CAPEX): são os desembolsos líquidos com os ativos


permanentes da empresa

• As variações do capital de giro líquido são dadas pela pelo Capital de Giro liquido
(CGL), que nada mais é que o resultado da divergência entre os ativos e os passivos
circulantes:

Estrutura do Fluxo de Caixa Livre


(+) Fluxo de Caixa Operacional
(-) Gasto Líquido de Capital
(-) Variações no Capital de Giro Líquido
(=) Fluxo de Caixa Livre

52
• Fluxo de Caixa Livre = Fluxo de Caixa Operacional – Gasto Líquido de Capital –
Variações no Capital de Giro Líquido.

• Indicador de Preço/Lucro (P/L): é uma relação entre o preço do título e o lucro total
da empresa dividido por ação. Conforme esse indicador, quanto menor a relação, melhor,
pois indica que o título está com cotação baixa em relação à lucratividade da companhia.

• Relação Cash/Yield(C/Y): análoga ao indicador P/L, é a correlação entre o preço do


título e os dividendos distribuídos por ação. Quanto maior a quantidade de dividendos por
ação, mais o investidor estará ganhando.

• Relação cotação/valor patrimonial: é a proporção do preço da ação em relação ao


valor do patrimônio líquido total da empresa por ação. Quanto menor o índice, melhor, pois
indica a distorção da cotação em relação ao real valor da empresa. Se a cotação está muito
maior que o valor patrimonial, espera-se que a cotação diminua; já se estiver muito abaixo
do valor patrimonial, é esperado que aumente.

• Indicador de margem líquida: é a divisão do lucro líquido pelo faturamento líquido.


Reflete a importância dada pela empresa por meio da distribuição de lucro para os
acionistas. Quanto maior for, melhor é o investimento de longo prazo nessa empresa, pois é
esperado que se distribua mais resultados no futuro.

• Indicador de liquidez corrente: é a proporção entre o ativo e passivo circulantes. Essa


relação demonstra a capacidade da empresa de honrar os pagamentos a curto prazo.

• Indicador de rentabilidade do patrimônio: mede o pagamento de lucro líquido em


relação ao patrimônio líquido. Representa o retorno das aplicações dos acionistas e o tempo
necessário para o retorno do capital.

• Indicador de endividamento: semelhante ao indicador de liquidez corrente,


demonstra a relação entre o passivo circulante e o exigível de longo prazo. Essa relação

53
permite ao investidor a mensuração da necessidade de capital de terceiros para o
financiamento dos pagamentos.

• Considere a seguinte equação para o índice de cobertura de juros:

• Assuma a seguinte equação para a margem bruta:

• Considere a seguinte equação para a margem operacional:

• Observe a seguinte fórmula para o Retorno do Patrimônio Líquido (RPL):

• Assuma a seguinte equação para a liquidez geral:

54
• Considere a seguinte equação para o índice de composição do endividamento:

• Passivo Operacional (PO): compreende todos os financiamentos (recursos) oferecidos


pela própria operação. Capital de terceiros e capital próprio são os recursos obtidos fora da
operação.

• Ativo Operacional Líquido (AOL): compreende a soma do capital de giro líquido com o
capital fixo.

AOL = Capital de Giro Líquido + Capital Fixo

• Capital de Terceiros (CT): as despesas financeiras de financiamentos estruturais


representam o chamado custo do capital de terceiros. Deficits temporários geram
financiamentos de curtíssimo prazo, nitidamente associados ao capital de giro e que podem
ser assumidos como passivo operacional. As despesas financeiras desses financiamentos
emergenciais deverão ser tratadas como despesas operacionais.

• Custo do Capital de Terceiros (CCT): o CCT costumeiramente está representado na


figura do que chamamos juros ou despesas financeiras. Logo, é explícito e formal
(documentado). A amortização do principal faz parte do serviço da dívida, mas não é
considerado parte do custo do financiamento. Comumente, os juros do CT são devidos
independentemente da capacidade financeira do tomador, estando, na maioria dos casos,
protegidos por garantias. Portanto, quanto maior é o endividamento com terceiros, mais
arriscada a dívida para a empresa.

55
• Custo do Capital Próprio (CCP): é a expectativa de retorno desejada pelos acionistas
em cima do seu capital investido no negócio (Patrimônio Líquido). Sendo assim, é implícito e,
em geral, não documentado. É representado pelo desejo dos acionistas de receberem
dividendos (dinheiro) mais a obtenção de crescimento no valor de suas ações (ganho de
capital associado a lucros obtidos, mas não distribuídos, que ficam retidos para financiar
projetos que contribuirão para elevar dividendos futuros).

• Retorno do Capital (ROC) é pago quando um fundo faz uma distribuição que veio de
uma fonte que não seja a de juros ou dividendos que foram ganhados pelo fundo.

• O Custo Médio Ponderado de Capital (CMPC), também conhecido como WACC, é


definido pela seguinte fórmula:

• Ke = Custo de Capital dos Acionistas;


• Kd = Custo da Dívida;
• E = Total do Patrimônio Líquido (equity);
• D = Total do Endividamento com Terceiros (debt).

56
• Considere:

• O Market ValueAdded (MVA)objetiva elevar o valor da empresa para seus acionistas,


isto é, deixá-los mais ricos. O MVA é o impacto do EVA no valor da empresa, mostrando o
quanto o investidor ficou mais rico. Ou seja, o MVA é o EVA futuro trazido a valor presente
pela taxa de retorno mínima esperada pelos acionistas. Tanto o EVA quanto o MVA são
medidas de avaliação de desempenho de um negócio.

CFROI = FCOB / Capital Empregado

• Fórmula em que FCOB é o fluxo de caixa operacional bruto, isto é, o fluxo de caixa
antes de juros e impostos. Já o capital empregado compreende os ativos operacionais menos
o capital sem juros.

• Uma perpetuidade é uma série constante e infinita de fluxo de caixa. Em se tratando


do modelo de dividendo descontado, seria:

57
• Passivo operacional, passivo espontâneo ou passivo de funcionamento são exemplos
de capitais que se originam dentro da operação e são fornecidos pela própria dinâmica
operacional. Os exemplos mais comuns são salários e encargos a pagar recolhidos entre o
final e início do mês seguinte etc.

• Capital de bancos, operações assemelhadas e capitais do acionista são exemplos de


capitais que se originam fora da operação e representam todos os financiamentos associados
aos investimentos de curto e longo prazos. Trata-se de financiamentos contratados junto ao
BNDES e outros bancos ou instituições de fomento ao desenvolvimento.

• A análise horizontal é uma técnica que parte da comparação do valor de cada item do
demonstrativo, em cada período, com o valor correspondente em um determinado período
anterior, que é considerado como base. Essa análise tem como objetivo mostrar a evolução
de cada conta (ou grupo de contas) quando considerada de forma isolada.

• A análise vertical, definida como um dos principais instrumentos de análise de


estrutura patrimonial, consiste na determinação dos percentuais de cada conta ou cada
grupo de contas do balanço patrimonial, em relação ao valor total do ativo ou do passivo.

• Ademais, a análise vertical determina a proporcionalidade das contas do


demonstrativo de resultado em relação à Receita Líquida de Vendas, considerada como sua
base. Em relação ao balanço patrimonial, ela procura sempre mostrar, de um lado, a
proporção de cada uma das fontes de recursos e, de outro, a expressão percentual de cada
uma das várias aplicações de recursos efetuadas pela empresa.

• Considere as seguintes equações possivelmente úteis: giro de estoque, PME, PMR, giro
de duplicatas a receber, giro do pagamento aos fornecedores, PMP, ciclo operacional; ciclo
financeiro, GE e PCT.

58
• Assuma a seguinte equação para Retorno sobre Investimento (ROI), na qual ROI é o
Retorno sobre Investimento, LL representa o Lucro Líquido, AC representa o Ativo Circulante
e ANC é o Ativo Não Circulante.

Em síntese:

59
• ROI = Retorno sobre Investimento;
• LL = Lucro Líquido;
• AC = Ativo Circulante; e
• ANC = Ativo Não Circulante.

• O Ciclo Operacional (CO) pode ser representado através da seguinte fórmula CO =


PME+PMR. A seguir, está exposta sua representação gráfica:

•O Ciclo financeiro (CF) pode ser representado pela seguinte equação CF = CO — PMP. A
seguir, está exposta a representação gráfica do CF

60
• Os ativos são os bens e direitos que a empresa possui em um determinado momento,
tais como:
✓ Caixa: valores monetários existentes, como, por exemplo, dinheiro, cheques, ticket,
saldo em conta corrente bancária ou aplicação financeira;
✓ Duplicatas a receber: duplicatas que a empresa tem a receber, decorrentes de suas
vendas a prazo. Trata-se de quanto um determinado cliente compra e obtém o produto
ainda sem ter pagado o valor total deste (compra a crédito com cartão ou com cheque
pré-datado, compra parcelada a curto prazo);
✓ Estoques: mercadorias/produtos destinados à venda pelo custo de aquisição;
✓ Imobilizado: ativos fixos que a empresa utiliza para a realização de suas atividades
menos o valor da depreciação.

• Ao passo que os passivos ou exigíveis são as dívidas que a empresa possui em


determinado momento, tais como:
✓ Empréstimos: valores que a empresa deve para as instituições financeiras, como
empréstimos ou financiamentos;
✓ Duplicatas a pagar: valores das duplicatas que a empresa deve, decorrentes da
aquisição de mercadorias/produtos a prazo;
✓ Contas a pagar: valores que a empresa deve, que podem ser impostos sobre as vendas,
salários/encargos etc.

61
• Passivo contingente é uma obrigação possível que resulta de eventos passados e cuja
existência será confirmada apenas pela ocorrência ou não de um ou mais eventos futuros
incertos não totalmente sob controle da entidade.

• Aliás, passivo contingente pode ser uma obrigação presente que resulta de eventos
passados, mas que não é reconhecida porque não é provável que uma saída de recursos que
incorporam benefícios econômicos seja exigida para liquidar a obrigação ou o valor da
obrigação não pode ser mensurado com suficiente confiabilidade.

• Ativo contingente é um ativo possível que provém de eventos passados, cuja


existência será confirmada apenas pela ocorrência ou não de um ou mais eventos futuros
incertos não totalmente sob controle da entidade.

• Contrato oneroso é um contrato em que os custos inevitáveis para satisfazer as


próprias obrigações excedem os benefícios econômicos que se espera que sejam recebidos
ao longo do mesmo contrato.

• Reestruturação é um programa planejado e controlado pela administração que altera


materialmente o âmbito de um negócio empreendido por uma entidade ou a maneira como
o negócio é conduzido.

• Mercado ativo é um mercado no qual se verificam as seguintes condições: os itens


transacionados no mercado são homogêneos; os compradores e vendedores dispostos a
negociar podem ser encontrados a qualquer momento; os preços estão disponíveis para o
público.

• Combinação de negócios é o resultado de transações ou outros eventos em que um


adquirente obtém o controle de uma ou mais atividades empresariais diferentes. Essa
obtenção pode ser alcançada por meio de diversas formas.

62
• Data de aquisição de uma combinação de negócios é a data em que a adquirente
obtém efetivamente o controle sobre a adquirida.

• Amortização é a alocação sistemática do valor amortizável de ativo intangível ao longo


da sua vida útil.

• Valor amortizável é o custo de um ativo (ou outro valor que substitua o custo) menos
o seu valor residual.

• Valor específico para a entidade é o valor presente dos fluxos de caixa que uma
entidade espera: (i) obter com o uso contínuo de um ativo e com a alienação ao final de sua
vida útil; ou (ii) incorrer para a liquidação de um passivo.

• Valor justo de um ativo é o valor pelo qual um ativo pode ser negociado entre partes
interessadas, conhecedoras do negócio e independentes entre si, com ausência de fatores
que pressionem para a liquidação da transação ou que caracterizem uma transação
compulsória.

• Perda por desvalorização é quando o valor contábil de um ativo ou de uma unidade


geradora de caixa excede seu valor recuperável (Pronunciamento Técnico CPC 01 – Redução
ao Valor Recuperável de Ativos).

• Ativo intangível é um ativo não monetário identificável sem substância física.

• Ativo monetário é aquele representado por dinheiro ou por direitos a serem recebidos
em dinheiro.

• Valor residual de um ativo intangível é o valor estimado que uma entidade obteria
com a venda do ativo, após deduzir as despesas estimadas de venda, caso o ativo já tivesse a
idade e a condição esperadas para o fim de sua vida útil.

63
• Vida útil é o período em que a entidade espera utilizar um ativo, ou o número de
unidades de produção que a entidade espera obter pela utilização do ativo.

• Classe de ativo imobilizado é um agrupamento de ativos de natureza e uso


semelhantes nas operações da entidade. São exemplos de classes individuais: terrenos,
edifícios, máquinas, navios, aviões, veículos a motor, móveis e utensílios, entre outros.

• Um ativo satisfaz o critério de identificação, em termos de definição de um ativo


intangível, quando:

✓ for separável, ou seja, puder ser separado da entidade e vendido, transferido,


licenciado, alugado ou trocado, individualmente ou junto com um contrato, ativo ou
passivo relacionado, independentemente da intenção de uso pela entidade; ou
✓ resultar de direitos contratuais ou outros direitos legais, independentemente de tais
direitos serem transferíveis ou separáveis da entidade ou de outros direitos e
obrigações.

• Um ativo intangível deve ser reconhecido apenas se for provável que os benefícios
econômicos futuros esperados atribuíveis a ele serão gerados em favor da entidade e
quando o seu custo possa ser mensurado com segurança.

• A propriedade para investimento deve ser reconhecida como ativo apenas quando for
provável que os benefícios econômicos futuros associados à propriedade para investimento
fluirão para a entidade e o seu custo possa ser mensurado confiavelmente.

• Demonstrações consolidadas são as demonstrações contábeis de um grupo


econômico em que ativos, passivos, patrimônio líquido, receitas, despesas e fluxos de caixa
da controladora e de suas controladas são apresentados como se fossem uma única entidade
econômica.

64
• Método da equivalência patrimonial é o método de contabilização em que o
investimento é inicialmente reconhecido pelo custo e, a partir daí, é ajustado para refletir a
alteração pós-aquisição na participação do investidor sobre os ativos líquidos da investida.

• Negócio em conjunto: é um negócio sobre o qual duas ou mais partes têm controle
conjunto.

• Controle conjunto é o compartilhamento, contratualmente convencionado, do


controle de negócio, que existe somente quando decisões sobre as atividades relevantes
exigem o consentimento unânime das partes que compartilham o controle.

• Empreendimento controlado em conjunto (joint venture) é um acordo conjunto por


meio do qual as partes, que detêm o controle em conjunto do acordo contratual, têm
direitos sobre os ativos líquidos desse acordo.

• Investidor conjunto (joint venture) é uma parceria entre duas ou mais empresas para
a realização de um investimento em conjunto.

• Influência significativa é o poder de participar das decisões sobre políticas financeiras


e operacionais de uma investida, mas sem que haja o controle individual ou conjunto dessas
políticas.

• Os estoques compreendem bens adquiridos e destinados à venda, produtos acabados


e produtos em processo de produção. Além disso, os estoques devem ser mensurados pelo
valor de custo ou pelo valor realizável líquido:
✓ Custos de estoque: o valor de custo do estoque deve incluir todos os custos de
aquisição e de transformação, bem como outros custos incorridos para trazer os
estoques a sua condição e localização atuais;
✓ Valor realizável líquido: o custo dos estoques pode não ser recuperável se esses
estoques estiverem danificados, se se tornarem total ou parcialmente obsoletos ou se
os seus preços de venda tiverem diminuído. A prática de reduzir o valor de custo dos
estoques (writedown) para o valor realizável líquido é consistente, dado que os ativos

65
não devem ser escriturados por quantias superiores àquelas que se espera que sejam
realizadas com a sua venda ou uso.

• O ativo/passivo financeiro mensurado pelo valor justo por meio do resultado é um


ativo/passivo financeiro que satisfaz qualquer das seguintes condições:

É classificado como mantido para negociação. Para ser classificado assim, ele
deve:
ser adquirido ou incorrido principalmente para a finalidade de venda
ou de recompra em prazo muito curto;
no reconhecimento inicial, ser parte da carteira de instrumentos
financeiros identificados que são gerenciados em conjunto e para os
quais existe evidência de modelo real recente de tomada de lucros a
curto prazo;
ser um derivativo (exceto no caso de derivativo que seja contrato de
garantia financeira ou um instrumento de hedge designado e eficaz);
no momento do reconhecimento inicial, ele é designado pela entidade
pelo valor justo por meio do resultado.

• Os investimentos mantidos até o vencimento são ativos financeiros não derivativos


com pagamentos fixos ou determináveis com vencimentos definidos para os quais a entidade
tem a intenção positiva e a capacidade de mantê-los até o vencimento.

• Empréstimos e recebíveis são ativos financeiros não derivativos com pagamentos fixos
ou determináveis que não estão cotados em mercado ativo.

• Ativos financeiros disponíveis para venda são aqueles ativos financeiros não
derivativos que são designados como disponíveis para venda.

66
• Unidade geradora de caixa é o menor grupo identificável de ativos que gera entradas
de caixa. Por exemplo, quando eu tenho uma máquina ou mais que seja para fabricação de
um produto específico, é uma unidade geradora de caixa.

• Valor em uso é o valor presente de fluxos de caixa futuros estimados, que devem
resultar do uso de um ativo ou de uma unidade geradora de caixa.

• Valor líquido de venda é o valor a ser obtido pela venda de um ativo ou de uma
unidade geradora de caixa em transações em bases comutativas, entre partes conhecedoras
e interessadas, menos as despesas estimadas de venda.

• Valor depreciável, amortizável e exaurível é o custo de um ativo (ou outra base que
substitua o custo nas demonstrações contábeis) menos seu valor residual.

• Ativos corporativos são ativos (exceto o ágio por expectativa de rentabilidade futura
— goodwill) que contribuem, mesmo que indiretamente, para os fluxos de caixa futuros,
tanto da unidade geradora de caixa sob revisão quanto de outras unidades geradoras de
caixa.

• Despesas de venda ou de baixa são despesas incrementais diretamente atribuíveis à


venda ou à baixa de um ativo ou de uma unidade geradora de caixa, excluindo as despesas
financeiras e de impostos sobre o resultado gerado.

• Perda por desvalorização é o valor pelo qual o valor contábil de um ativo ou de uma
unidade geradora de caixa excede seu valor recuperável.

• Valor contábil é o valor pelo qual um ativo é reconhecido no balanço depois da


dedução da respectiva depreciação, amortização ou exaustão acumulada e provisão para
perdas.

• Depreciação, amortização e exaustão é a alocação sistemática do valor depreciável,


amortizável e exaurível de ativos durante sua vida útil.

67
• Ajustes de avaliação patrimonial: possuem a função de receber os valores que
pertencem ao patrimônio da entidade e que tiveram de ser revistos.

• Reservas de lucros: as reservas de lucros são constituídas pelos lucros obtidos pela
empresa, retidos com finalidade específica.

• Ações em tesouraria: as ações em tesouraria são aquelas adquiridas pela própria


companhia.

• Prejuízos acumulados: os lucros ou prejuízos representam resultados acumulados


obtidos, que foram retidos sem finalidade específica (quando lucros) ou estão à espera de
absorção futura (quando prejuízos).

68
Finanças Corporativas
• Os fluxos de caixa são as entradas e saídas de uma empresa em um determinado
período. O objetivo da análise do fluxo é visualizar a capacidade de pagamento das dívidas da
empresa, remunerar sócios e credores, responder a imprevistos, dentre outros fatores.

• A análise de fluxo de caixa permite perceber quais empresas são mais rentáveis ou
improdutivas, o que pode ser utilizado como critério de investimento.

• O demonstrativo de fluxo de caixa é o transporte das receitas e despesas da empresa


para sua posição correta no tempo. Sendo assim, o fluxo de caixa é composto pelos seguintes
itens:

Item Descrição
Receitas de Valor recebido de clientes reconhecido no período em que efetivamente entrou
vendas na conta da empresa.
Custos e Valores pagos a fornecedores, empregados, reconhecidos no período em que
despesas efetivamente saíram da conta da empresa.
Investimentos Valores de aquisição de equipamentos ou investimentos em projetos, também
reconhecidos no momento em que saíram da conta da empresa.
Financiamentos Ingresso e saída de recursos oriundos de bancos.
Dividendos Retorno do capital ao investidor.
Fonte: Elaborada pelo autor.

• No processo de análise do balanço de pagamento, há a necessidade de avaliar o capital


circulante líquido, que se trata da diferença entre ativos circulantes e passivos circulantes de
uma empresa.

69
• O ciclo operacional (CO) corresponde ao tempo entre o recebimento da matéria-prima
e o momento do recebimento pela venda, ou seja, é o tempo médio que a empresa necessita
para realizar a sua atividade.

• No ciclo operacional (CO) estão incluídos o prazo médio de estoque (PME) e o prazo
médio de recebimento (PMR). Logo, a soma desses dois períodos, PME e PMR, formam o
ciclo operacional da empresa.

• O ciclo de caixa (CC) representa o tempo entre o pagamento dos fornecedores e o


recebimento pelas vendas, isto é, o período em que os recursos da empresa ficam
comprometidos.

• O ciclo de caixa (CC), além disso, é calculado ao subtrair do ciclo operacional o prazo
médio de pagamento ou prazo médio de fornecedores (PMP ou PMF).

• O processo de análise do capital circulante líquido exige o gerenciamento das contas


correntes, como dinheiro em caixa, recebíveis e estoques.

• Dentre os diversos tipos de fluxo de caixa, é possível destacar:


✓ Fluxo de caixa incremental: é entendido como o fluxo de caixa adicional ao fluxo de
caixa inicial;
✓ Fluxo de caixa livre (FCL): representa a quantidade de dinheiro que entrou e saiu de
uma empresa em um determinado período. Os fluxos de caixa livre podem ser divididos
em fluxos de caixa operacional, gastos líquidos de capital e variações do capital de giro
líquido;
✓ Fluxo de caixa operacional: trata-se dos fluxos obtidos pela rotina de entrada e saída
de recursos da empresa como resultado de operações corriqueiras. A forma de análise
de fluxo de caixa operacional mais comum é o EBITDA (Earnings Before Interest, Taxes,
DepreciationandAmortization);
✓ O EBITDA (que nada mais é que o lucro operacional mais a depreciação), entre outras
funções, serve para a comparação entre empresas, independentemente das regras de
depreciação e de imposto de renda dos países.

70
Variações do Capital de Giro Líquido

• Administração do capital de giro (capital circulante): trata-se da análise da gestão dos


recebimentos e pagamentos da empresa em uma perspectiva de curto prazo. São as ações
diárias que garantem à empresa os recursos suficientes para a manutenção de suas
operações e prevenção de interrupções a custos elevados.

• É importante ressaltar que o capital de giro está ligado às entradas e saídas de dinheiro
no caixa da empresa, e seu conceito está relacionado ao ativo circulante (AC), que é
composto por caixa, contas bancárias, valores a receber dos clientes e estoques.

• As variações do capital de giro líquido são dadas pelo Capital de Giro Líquido (CGL),
que se refere ao resultado da divergência entre os ativos e os passivos circulantes. Logo,
considere a seguinte equação.

O CGL demonstrado é resultado da divergência entre os ativos e os passivos circulantes.

Indicadores de Liquidez

• Cobertura de juros com caixa: trata-se do FCL dividido pelos juros. Esse indicador
demonstra o período necessário para que os juros sejam cobertos pelo fluxo de caixa
operacional.

• Cobertura de dívidas com caixa: trata-se do (FCO – dividendos) dividido pelo exigível.
Demonstra o período necessário para que o fluxo de caixa operacional quite o exigível.

• Cobertura de dividendos com caixa: trata-se do FCO dividido pelos dividendos totais,
que demonstra a capacidade de remuneração dos dividendos com base nos fluxos de caixa
operacional conhecidos.

71
Indicadores de Qualidade do Resultado

• Qualidade das vendas: trata-se do caixa das vendas dividido pelas vendas, o que
demonstra a qualidade destas, ou seja, a proporção das receitas advindas das vendas.

• Qualidade do resultado: trata-se do FCO dividido pelo resultado operacional, que


mostra a proporção do resultado operacional explicado pelo fluxo de caixa operacional.

Indicadores de Quocientes de Dispêndios de Capital

• Aquisições de capital: trata-se do (FCO – dividendo total) dividido pelo caixa pago por
investimentos de capital. Demonstra a capacidade do fluxo de caixa de atender à
necessidade de recursos para aquisição.

• Relação investimento x financiamento: trata-se do fluxo de caixa líquido para


investimentos dividido pelo fluxo de caixa líquido de financiamentos. Demonstra a
relação de fluxos de caixa de financiamento necessários para cobrir os fluxos de caixa
de investimento.

Retornos do Fluxo de Caixa

• Fluxo de caixa por ação: trata-se do (FCO – dividendos) dividido pela quantidade de
ações ordinárias. Permite perceber os fluxos de caixa gerados para cada ação ordinária.

• Retorno do caixa sobre os ativos: trata-se do FCL dividido pelos ativos totais, que é,
basicamente, o retorno sobre o investimento total.

• Retorno sobre passivo e patrimônio líquido: trata-se do FCO dividido pelo patrimônio
líquido mais o exigível de longo prazo. Demonstra a capacidade de recuperar o investimento
total feito por sócios e terceiros.

72
Exemplo de Demonstrativo de Fluxo de Caixa
Conta Operacional
Recebimento de Vendas
(-) Pagamentos de Fornecedores
(-) Pagamentos de Custos e Despesas
(-) Pagamentos de Impostos
(+/-) Pagamentos e Recebimentos Diversos
(+) Resultado Financeiro (Receitas – Despesas Financeiras)
Conta de Investimentos
Venda de Ativo Imobilizado
(-) Aquisição de Imobilizado
(-) Aplicações em Diferido
(-) Aplicações em Realizável a Longo Prazo
Conta Financeira
Resgate de Títulos
(-) Aplicação em Títulos
(+/-) Recursos/Empréstimos de Longo Prazo
(-) Amortização de Empréstimos
(-) Pagamento de Dividendos
Fonte: Elaborada pelo autor.

• Considere:
FCO = lucro líquido + depreciação e outras despesas não desembolsáveis;
LAJIR = Lucro Antes de Juros e Imposto de Renda; e
T = Taxa de Imposto de Renda.

• Temos que:
NOPAT = LAJIR x (1 – T);
FCO = NOPAT + depreciação;
FCO = [LAJIR x (1 – T)] + depreciação;

73
FCO = [LAJIR x (1 – T)] + depreciação.

Tem-se que: FCL = FCO – IAFL – IACL

✓ Antes de entender a aplicação do FCL, é necessário saber como chegar ao IAFL. Para
isso, há o seguinte cálculo: IAFL = variação do ativo imobilizado líquido + depreciação.

• Considere a seguinte equação para definir o valor patrimonial por ação:

• Considere a seguinte equação para definir o índice de P/VPA:

• Suponha a seguinte equação para definir a geração de caixa por ação (CFS):

• Considere a seguinte equação para definir dividendo por ação:

• O Custo Médio Ponderado de Capital (CMPC), conhecido também como WACC, pode
ser expresso através da fórmula:

74
Na qual:
Ke = custo de capital dos acionistas;
Kd = custo da dívida;
E = total do patrimônio líquido (total de recursos advindos de capital próprio — equity);
D = total da dívida (total de recursos advindos de capital de terceiros — debt).

• Risco Político: em geral, ocorre devido a questões legais que podem ser
premeditadamente restritivas, com o intuito de proteger a economia local ou não
premeditados, decorrentes de entraves devido a uma legislação ultrapassada ou mal
formada.

• Risco Extraordinário: são os de maior dificuldade de previsão, e estão, geralmente,


ligados a eventos naturais: terremotos, excesso de chuvas, vulcões, furacões, epidemias,
tsunamis entre outros. Eles também estão ligados a acidentes de grandes proporções como
vazamentos de usinas termonucleares, rompimento de uma barragem, entre outros.

• Risco Comercial: se refere ao risco de perdas geradas por escolhas comerciais erradas
decorrentes da falta de conhecimento e pode ser resultado do fracasso da empresa
resultante de estratégias mal formuladas e processos mal desenvolvidos ou falha moral.

• Risco Econômico e Financeiro: se refere a possibilidade de que fatores de mercado


impactem os investimentos realizados. Também conhecido como risco mercadológico,
envolve agregados macroeconômicos como a taxa de câmbio, taxas de juros do mercado,
balança comercial, etc.

• Risco-País: é a junção de todos os riscos que envolvem o país em específico, logo,


como o risco país envolve uma série de riscos e especificidades dos mesmos, é um risco de
difícil mensuração, mas envolve o mercado como um todo e, portanto, são riscos sistêmicos.

75
• Risco de Variação das Taxas de juros: o comportamento da taxa de juros influencia no
valor dos ativos em renda fixa. Quando a taxa de juros sobe a instituição observa prejuízo se
possuir um ativo e um ganho se ela possuir um passivo.

• Os instrumentos utilizados para fazer a gestão do risco de taxa de juros são


derivativos: contratos futuros, swaps, opções.

• Risco de crédito: Esse risco é observado quando a instituição financeira não recebe os
pagamentos prometidos por suas aplicações.

• Risco de mercado: esse risco decorre da variação observada no preço dos ativos e
pode ser formalmente definido como a probabilidade de uma instituição financeira observar
prejuízo em determinada transação, provocado por comportamento inesperado da bolsa de
valores, preço de commodities, inflação, etc.

• Risco operacional: esse risco mostra a probabilidade da instituição financeira registrar


perdas oriundas de erros humanos, falhas em sistemas de informação, computadores,
eventos externos, fraudes, etc. Ele decorre de uma gestão inadequada dos riscos.

• Risco de variação cambial: se encontra presente principalmente em países que


possuem moeda mais volátil, esse risco ocorre quando uma instituição financeira realiza
transações no exterior, converte os seus recursos para outra moeda, e ocorrem variações
cambiais adversas que reduzem os ganhos obtidos ou que a fazem ter prejuízos.

• Risco soberano: esse risco também é observado quando as instituições financeiras


trabalham com ativos internacionais, que envolvem a transação com diferentes moedas. Os
países estrangeiros podem limitar, ou até dar o calote, o fluxo de pagamentos externos,
fazendo com que a instituição não consiga trazer o dinheiro de volta.

• Risco de liquidez: esse risco evidencia a disponibilidade imediata de caixa das


entidades financeiras. Quando um banco mantém uma quantidade limitada de recursos em

76
caixa existe o risco de muitos investidores sacarem ao mesmo tempo, fazendo com que esses
recursos não consigam cobrir todos os saques.

• Risco legal: esse risco é observado quando a legislação vigente não regulamenta as
transações financeiras de modo eficiente. Ele também é observado na presença de
desconhecimento sobre todos os aspectos e dispositivos jurídicos que envolvem a transação.

• Risco de Compliance: o risco de Compliance representa as sanções legais ou


regulatórias que podem ser aplicadas a uma instituição quando ela não segue as leis,
regulamentos e códigos de conduta.

77
Mercados e Instrumentos Financeiros
• O clube de investimento deve ser administrado por sociedade corretora, sociedade
distribuidora, banco de investimento ou banco múltiplo com carteira de investimento, que é
responsável pelo conjunto de atividades e de serviços relacionados direta e indiretamente ao
seu funcionamento e manutenção.

CUSTOS DE AGÊNCIA

Fonte: Elaborado pelo autor.

• Quando uma empresa usa capital de terceiros, surgem conflitos de interesse entre os
acionistas e os credores, os quais impõem o custo de agência quando em tempos de
dificuldades financeiras, que são acarretadas por três estratégias “egoístas” dos acionistas:
✓ incentivo a assumir riscos;

78
✓ incentivo ao subinvestimento, de modo que o acionista que descobre um investimento
com valor presente líquido positivo não usaria o capital próprio para beneficiar os
credores;
✓ esvaziamento da propriedade, que inclui pagar dividendos extraordinários ou outras
distribuições para deixar menos ativos para os credores.

• O Índice de Mercado ANBIMA (IMA) corresponde a uma família de índices de renda


fixa que representam a dívida pública através dos preços a mercado de uma carteira de
títulos públicos federais. A carteira teórica do IMA-Geral, é constituída por todos os títulos
públicos federais, mostrando o modo como evolui a rentabilidade do mercado como um
todo.

• A governança corporativa é resultado da combinação do direito e práticas voluntárias


apropriadas do setor privado que habilitam a companhia a: atrair capital financeiro e
humano, desempenhar suas metas de modo eficaz, perpetuar sua capacidade de gerar valor
a Longo Prazo e respeitar o interesse de todos os acionistas e da sociedade como um todo.

Notas Promissórias (CommercialPaper)

• Notas promissórias podem ser emitidas por S.A Aberta e S.A Fechada. Ademais, são
vedadas as ofertas públicas de notas promissórias por instituições financeiras, sociedades
corretoras e distribuidoras de títulos e valores mobiliários e sociedades de arrendamento
mercantil.

• A nota promissória comercial não possui garantia real, por isso é um instrumento para
empresas com bom conceito de crédito.

• Sobre os prazos: o prazo mínimo é de 30 dias; o prazo máximo é de 180 dias para S.A.
de capital fechado e 360 dias para S.A. de capital aberto; possui uma data certa de
vencimento. A Rentabilidade pode ser Prefixada ou Pós-Fixada.

79
• Agente Fiduciário: A função do agente fiduciário é proteger o interesse dos
debenturistas exercendo uma fiscalização permanente e atenta, verificando se as condições
estabelecidas na escritura da debênture estão sendo cumpridas.

• Os títulos públicos federais são instrumentos financeiros de renda fixa emitidos pelo
Governo Federal para obtenção de recursos junto à sociedade, com o objetivo primordial de:
Financiar o déficit orçamentário, nele incluído o refinanciamento da dívida pública e realizar
operações para fins específicos, definidos na Lei Orçamentária, ou em seus créditos
adicionais.

Nome Atual Nome Anterior Rentabilidade CUPOM


Tesouro Prefixado LTN Juros Prefixado Não

Tesouro Prefixado com Juros NTN-F Juros Prefixado Sim


Semestrais
Tesouro Selic LFT Selic Não
Tesouro IPCA + Juros Semestrais NTN-B Juros + IPCA Sim
Tesouro IPCA NTN-B Principal Juros + IPCA Não

Fonte: Elaborada pelo autor.

• Sem Cupom: são títulos em que os juros são pagos apenas no vencimento do título,
junto com o seu principal.

• Com Cupom: são títulos que possuem pagamentos semestrais de juros.


Incidência de Imposto de Renda (IR):

• Ativos financeiros isentos de IR (não incide IR): LCA, LCI, LH, RCA, CRI, CDA, WA, CRA,
CPR e debêntures incentivadas.

• Ativos financeiros sem isenção de IR (incide IR): LC, CDB, DPGE, debêntures e notas
promissórias.

80
Tesouro Direto

• O Tesouro Direto é um Programa do Tesouro Nacional desenvolvido em parceria com a


BMF&FBovespa para venda de títulos públicos federais para pessoas físicas, por meio da
internet. O objetivo é democratizar o acesso aos títulos públicos, ao permitir aplicações com
apenas R$ 30,00.

• O mercado primário é onde há a primeira negociação do título. Quando esse título é


revendido a um terceiro, esse título passa a ser negociado no mercado secundário.

• O mercado secundário é onde as ações são negociadas entre terceiros, ou seja, a


empresa não participa do processo de venda da ação. É nesse mercado onde o primeiro
comprador revende a ação para outro investidor e assim por diante.

• Taxa de custódia: cobrada pela BM&FBOVESPA, equivalente a 0,30% ao ano sobre o


valor do título. Esta taxa é cobrada para a manutenção dos serviços de guarda dos títulos,
fornecimento de informações e movimentação do saldo.

• Taxa cobrada pela instituição financeira: Essa taxa varia de instituição para instituição
e pode ser cobrada anualmente ou por operação. Quando o valor das taxas de toda a carteira
ultrapassar R$ 10,00.

• Os impostos que incidem sobre as aplicações em tesouro direto são o IOF e o imposto
de renda. A alíquota do Imposto de renda depende do prazo de aplicação:
✓ 22,5% para aplicações com prazo de até 180 dias;
✓ 20% para aplicações com prazo de 181 dias até 360 dias;
✓ 17,5% para aplicações com prazo de 361 dias até 720 dias;
✓ 15% para aplicações com prazo acima de 720 dias.

• O ágio é definido como um valor adicional cobrado nas operações financeiras, pela
instituição financeira para realizar as operações relacionadas a compra e venda de títulos.

81
Por outro lado, o deságio é observado quando um título é vendido por valor inferior ao seu
valor nominal

• Cálculo do PU de um título Prefixado: o Preço Unitário (PU) é o resultado da


multiplicação da cotação vezes o Valor de Face. Na maioria dos títulos públicos federais, o
Valor de Face (Valor Nominal) é igual a R$ 1.000,00.

• Cotação: é o valor presente do fluxo do título, descontado pela taxa de juros


informada ou pelo prêmio de deságio. Para títulos sem cupom (zero cupom) como LTN e LFT,
basta trazer a valor presente o valor do vencimento.

EXEMPLO
Qual é o P.U de uma Tesouro Prefixado (LTN) (010107) que tem seu Valor de
Face igual a R$ 1.000,00 que foi resgatada antecipadamente em 31-03-05 a LTN
há 440 dias úteis do vencimento e com 19,00% de taxa de juros ao ano?

Pressionar Objetivo Visor


F REG Limpar memória 0,00
1000 FV Introduz o valor futuro 1.000,00
440 Enter Introduz o prazo de 1.746
252 Divide liquidação
Tecla “N”
19 I Introduz a taxa 19,00
PV Solicita o valor do -738,06
montante
Resultado Negativo representa saída de
caixa

82
Caderneta de Poupança

• É a aplicação mais popular e possui altíssima liquidez, porém com perda de


rentabilidade. Remunera sobre o menor saldo do período. Rentabilidade: 6% ao ano + TR:
✓ Mensal (pessoas físicas): TR + 0,5%;
✓ Trimestral (pessoas jurídicas): TR + 1,5%.
✓ A poupança passa a render 70% da Selic mais a TR, sempre que essa taxa básica de
juros estiver em 8,5% ao ano ou menos.
✓ Aplicações realizadas nos dias 29, 30 e 31 de cada mês, terão como data de aniversário
o dia 01 do mês subsequente.
✓ Aplicações são realizadas através de depósito em cheque, tem como data de
aniversário o dia do depósito e não o dia da compensação do mesmo.
✓ Possuem cobertura do FGC até o limite vigente, atualmente de R$ 250.000,00.
Aplicações realizadas nos dias 29, 30 e 31 de cada mês, terão como data de aniversário
o dia 01 do mês subsequente.

• Existem dois tipos de sociedades anônimas: a companhia aberta e a fechada.


✓ Nas Abertas há: negociação em bolsas de valores; divisão do capital entre muitos
sócios (pulverização); cumprimento de várias normas exigidas pelo agente regulador
(Bolsas de Valores e CVM).
✓ Nas Fechadas há: negociação no balcão das empresas, sem garantia; concentração do
capital na mão de poucos acionistas.

• As formas mais comuns de classificar as ações segundo a sua forma de circulação são:
✓ Ações nominativas: são ações que têm o nome do acionista registrado no Livro de
Registro das Ações Nominativas. As transferências desse tipo de ação ocorrem através
da averbação do nome referenciado no registro deste livro;
✓ Ações nominativas endossáveis: são ações em que apenas o nome do primeiro
endossante é registrado, sendo as transferências processadas por endosso na própria
cautela;
✓ Ações escriturais: são ações sem emissão física, e o controle é realizado por uma
instituição depositária de títulos.

83
✓ Segundo a forma de participação societária, podem ser destacadas as seguintes formas
de circulação:
✓ Ações ordinárias (também conhecidas como Ação ON): são ações que permitem o
direito ao voto em assembleias gerais da companhia, além disso, o acionista tem
participação nos resultados da companhia. Os acionistas ON geralmente têm
prioridade na aquisição de novas ações emitidas pela empresa;
✓ Ações preferenciais (também conhecidas como Ação PN): são ações que garantem
prioridade na participação no resultado da empresa, como na distribuição de dividendo
e no reembolso de capital, no entanto, essa ação não garante direito a voto.

• É importante destacar que a empresa pode alterar a estrutura do capital social através
de diferentes operações, sem impactar nos direitos dos acionistas. São exemplos:
✓ Agrupamentos: é uma operação na qual a empresa transforma um determinado grupo
de ações em uma única ação, não alterando o patrimônio total dos acionistas;
✓ Bonificações: é uma operação na qual as reservas e resultados da companhia são
transformados em novas ações. Essa alteração não representa um ganho aos
acionistas.
✓ Desdobramentos: é uma operação que consiste na transformação de uma ação em
uma quantidade de outra, ou seja, dividir a ação em ações menores. Esse
procedimento não altera o patrimônio total dos acionistas.
✓ Subscrições: é uma operação na qual a empresa aumenta a sua capital através da
emissão de novas ações no mercado de ações.

• O valor de uma ação varia conforme a perspectiva de análise. As formas mais comuns
de atribuir um valor as ações são:
✓ Valor Contábil (também conhecido como valor nominal): é o valor da ação registrado
no Estatuto Social da companhia. Já o
✓ Valor Intrínseco: é o valor da ação conforme a análise dos fundamentos contábeis,
financeiros e econômicos da empresa.
✓ Valor de Liquidação: é o valor da ação em caso de encerramento das atividades da
companhia.

84
✓ Valor de Mercado: é o valor da ação transacionado no mercado de ações, valor
formado pela dinâmica de oferta e procura pela ação nesse mercado.
✓ Valor Patrimonial: é o valor da ação conforme o patrimônio líquido da empresa no
exercício observado. Para achar esse valor basta dividir o patrimônio líquido pela
quantidade de ações distribuídas.
✓ Valor de Subscrição: é o valor da ação conforme o preço fixado no momento de
emissão de novas ações no mercado.

• Acionista Controlador: Pessoa natural ou jurídica, ou grupo de pessoas vinculadas por


acordo de acionistas, que possui a maioria dos votos (Ações Ordinárias) nas deliberações da
assembleia geral e usa efetivamente seu poder para dirigir as atividades sociais e orientar o
funcionamento da companhia.

• O tagalongé um mecanismo que visa dar mais garantia aos acionistas minoritários, nos
casos de mudança no controle da companhia.

Custo da Operação

• Corretagem: Custo pago para corretoras pelas operações executada.

• Emolumentos: Os emolumentos são cobrados pelas Bolsas por pregão em que tenham
ocorrido negócios por ordem do investidor. A taxa cobrada pela Bolsa é de 0,035% do valor
financeiro da operação.

• Custódia: Uma espécie de tarifa de manutenção de conta, cobrada por algumas


corretoras.

• Margem e Garantias

• Ações: não há necessidade de margem, pois a compra e a venda sãorealizadas de


forma efetiva no momento da negociação. A garantia é pela BM&FBovespa.

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Opções

• Para o titular de Opções: O titular no Mercado de Opções está isento de prestar


garantias, pois o risco máximo que pode correr é ele não exercer sua posição e perder o
prêmio pago.
• Para o Lançador de Opções: Somente das posições lançadoras é exigida a prestação de
garantias, e a finalidade da garantia é assegurar o cumprimento da obrigação assumida.
• Lançador Coberto: Deposita os títulos relativos à opção;

• Lançador Descoberto: Deposita margem em dinheiro ou os mesmos ativos aceitos no


mercado a termo, conforme cálculo efetuado pela Clearing. A margem depositada é o
resultado da soma dos seguintes componentes: margem de prêmio (prêmio de fechamento
do dia) e margem de risco (maior prejuízo potencial projetado para o dia seguinte).

Mercado a termo

• São exigidas de ambos os participantes:


• Vendedor: Cobertura, que é o depósito da totalidade dos títulos objeto da operação;
• Comprador: Margem, que é o depósito de numerário e/ou ativos autorizados, em um
valor estabelecido pela Bovespa e BM&FBovespa – Câmara de Ações. A liquidação de uma
operação a termo, no vencimento do contrato ou antecipadamente, se assim o comprador o
desejar, implica a entrega dos títulos pelo vendedor e o pagamento do preço estipulado no
contrato pelo comprador.

Mercado Futuro

• Exige uma “Margem de Garantia” por parte do comprador e há a Possibilidade de


liquidação antes do prazo de vencimento;

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Mercado Tipo de Operação Dia de Liquidação
Título de renda fixa privada À vista D+0***
D+1
Ações À vista D+2
A termo D+n, o dia do vencimento
Futuro D+2 do dia do vencimento
Opções* e futuros** D+1
Fonte: Elaborado pelo autor.

• Day trade: combinação de operação de compra e de venda realizadas por um


investidor com o mesmo título em um mesmo dia.

• Circuitbreaker: sempre que acionado, interrompe o pregão. Na Bovespa é acionado


sempre que o Índice Ibovespa atinge uma queda de 10% (30 minutos de paralisação) e
persistindo a queda, 15% (1 hora de paralisação).

• Blue chip: em geral, ações de empresas tradicionais e de grande porte, com grande
liquidez e procura no mercado de ações.

• Home broker: é um moderno canal de relacionamento entre os investidores e as


sociedades corretoras, que torna ainda mais ágil e simples as negociações no mercado
acionário, permitindo o envio de ordens de compra e venda de ações pela Internet, e
possibilitando o acesso às cotações, o acompanhamento de carteiras de ações, entre vários
outros recursos.

• Lote-padrão: lote de títulos de características idênticas e em quantidade prefixada


pelas bolsas de valores.

• After Market: permite a negociação de ações no período noturno, após o horário


regular, de forma eletrônica. A totalidade de ordens enviadas tem um limite de R$
100.000,00 por investidor para o período After-Market e os preços das ordens enviadas
nesse período não poderão exceder à variação máxima positiva ou negativa de 2% em
relação ao preço de fechamento do pregão diurno. Funciona das 17h às 18h:15min.

87
• Pregão: o ambiente reservado para negociações de compra e venda de ações.
Atualmente quase as totalidades das transações ocorrem no pregão eletrônico, ampliando o
antigo conceito de espaço físico.

• O consiste na compra e venda, ou venda e recompra de um mesmo ativo financeiro


(que pode se tratar de ações, derivativos, commodities ou moedas) no mesmo dia, pelo
mesmo especulador ou por meio de uma mesma sociedade corretora.

• Ao se utilizar da alavancagem financeira, através de recursos como margin trading ou


marginbuying (uma forma de financiar as transações diárias), para minimizar o peso dos
custos de transação (como taxa de corretagem, emolumentos, impostosetc) envolvidos,
odaytrader também maximiza os riscos.

• Dividendos: distribuição de parte do lucro aos seus acionistas. Por lei, as empresas
devem definir o dividendo pago aos acionistas em seu estatuto. Caso a empresa opte por
distribuir dividendos sobre o lucro líquido, o investidor que receber esses dividendos estará
livre da incidência de IR na fonte.

• Juros sobre o Capital Próprio: são proventos pagos em dinheiro como os dividendos, a
diferença que este não está livre de IR.

• Bonificações: correspondem à distribuição de novas ações para os atuais acionistas,


em função do aumento do capital. Excepcionalmente pode ocorrer a distribuição de
bonificação em dinheiro.

• Subscrição: direito aos acionistas de aquisição de ações por aumento de capital, com
preço e prazos determinados. Garante a possibilidade de o acionista manter a mesma
participação no capital total.

• Grupamento (Inplit): reduz a quantidade de ações aumentando o valor de cada ação.

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• Desdobramento (Split): Aumenta a quantidade de ações reduzindo o valor da ação;
(Objetivo: Maior liquidez).

Ibovespa

• Mais utilizado e mais importante índice brasileiro;

• Composto pelas ações de maior liquidez da bolsa de valores dos últimos 12 meses;

• A carteira é revista ao final de cada quadrimestre; (jan – abril; maio – ago; set – dez);

• As ações para participarem do Ibovespa devem obrigatoriamente:


✓ Apresentar, em termos de volume, participação superior a 0,1% do total;
✓ Ter sido negociada em mais de 80% do total de pregões do período.

• IBrX: assim como o Ibovespa, é composto pelas 100 empresas com o maior número de
operações e volume negociado na Bovespa nos últimos 12 meses.
O que o diferencia do Ibovespa é o fato do IBrX considerar apenas as ações disponíveis no
mercado, desconsiderando as ações em posse dos controladores.

• IBrX – 50: adota os mesmos critérios do Índice IBrX, mas é composto apenas pelas 50
ações de maior liquidez.

• FGV-100: Índice composto pelas 100 ações mais negociadas, excluindo as estatais e
bancos, ou seja, a carteira teórica é composta apenas por ações de empresas privadas,
levando se em consideração os critérios de qualidade da empresa e de liquidez ou volume
financeiro negociados em Bolsas de Valores.

• Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE): ferramenta para análise comparativa de


performance das empresas listadas na BM&FBovespa sob o aspecto da sustentabilidade
corporativa, baseada na eficiência econômica, no equilíbrio ambiental, na justiça social e na
governança corporativa.

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• Índice de Ações com Governança Corporativa (IGC): Índice que mede o desempenho
de uma carteira teórica composta por ações de empresas comprometidas com programas de
governança corporativa. Calculado pela Bolsa de Valores de São Paulo.

• Índice Mid-Large Cap – MLCX e Índice Small Cap – SMLL: têm por objetivo medir o
comportamento das empresas listadas na Bolsa de modo segmentado. O Índice MidLarge
medirá o retorno de uma carteira composta pelas empresas listadas de maior capitalização, e
o Índice Small Cap medirá o retorno de uma carteira composta por empresas de menor
capitalização.

• Índice de Energia Elétrica (IEE): primeiro índice setorial da BM&FBOVESPA, o Índice de


Energia Elétrica (IEE) foi lançado em agosto de 1996 com o objetivo de medir o desempenho
do setor de energia elétrica. Dessa forma, constitui-se em um instrumento que permite a
avaliação da performance de carteiras especializadas nesse setor.

• Agentes Underwriter: bancos de Investimento, Bancos Múltiplos com carteira de


Investimento, Sociedade Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários (SDTVM) e Sociedade
Corretora de Títulos e Valores Mobiliários.

• Operação de Underwriting: A: decide captar recurso via emissão de ações> Agentes


Underwriter: emite as ações no mercado primário > Mercado Primário: acionistas compram
ações no IPO > Bolsa de Valores: Ações passam a ser negociadas no mercado secundário.

• Uma oferta pública de distribuição de ações, cotas de fundos de investimento e outros


valores mobiliários é uma colocação, junto ao público, de determinado número de ações de
uma companhia, cotas de um fundo de investimento ou qualquer outro valor mobiliário
previsto na regulamentação do mercado de capitais.

• Oferta pública primária (InitialPublicOffering – IPO): acontece quando é realizada a


emissão de novas ações/cotas de fundos de investimento que serão ofertadas ao mercado,
com ingresso de recursos no próprio emissor da oferta. Ou seja, nesse caso a companhia está
captando recursos.

90
• Oferta pública primária (InitialPublicOffering – IPO) =Oferta pública inicial ou Oferta
pública primária

• No mercado primário as transações acontecem entre a companhia e o investidor. Já no


mercado secundário as transações ocorrem entre dois investidores.

• Oferta pública secundária: acontece quando são ofertadas ações/cotas de fundos de


investimento já existentes, de modo que os recursos não serão aportados na empresa/fundo,
mas serão direcionados aos acionistas/cotistas vendedores.

• Papel do coordenador da oferta e demais instituições envolvidas: obrigações, análise,


tratamento das informações e responsabilidades.

• Underwriting Garantia Firme (Straight): subscrição em que a instituição financeira


subscreve integralmente a emissão para revendê-la posteriormente ao público. Selecionando
esta opção a empresa assegura a entrada de recursos. O risco de mercado é do intermediário
financeiro.

• Underwritingde Melhores Esforços (Best Efforts): Subscrição em que a instituição


financeira se compromete a realizar os melhores esforços para a colocação junto ao mercado
das sobras do lançamento.

• Bookbuilding: é a operação na qual o coordenador da oferta avalia, junto aos


investidores, a demanda pelos papéis que estão sendo ofertados. Baseado na avaliação da
empresa e das condições de mercado, o coordenador da oferta determina um intervalo
inicial para o preço de lançamento desses papéis.

• Balanço Patrimonial é a demonstração contábil destinada a evidenciar, qualitativa e


quantitativamente, numa determinada data, a posição patrimonial e financeira
DepositaryReceipts da Entidade.

91
• No balanço patrimonial, as contas deverão ser classificadas segundo os elementos do
patrimônio que registrem e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a análise da
situação financeira da empresa.

• As empresas listadas emitem de forma separada o Balanço Patrimonial – Ativo e o


Balanço Patrimonial – Passivo, porém estes devem ser entendidos como um só, um espelho,
em que a quantidade de Ativos Totais sempre será igual a quantidade de Passivos somado ao
Patrimônio Líquido. Ou seja: Ativos = Passivo (obrigações) + Patrimônio Líquido (capital
social). Ou seja:

ATIVOS PASSIVOS
Bens e Direitos Obrigações
PATRIMÔNIO LÍQUIDO

Na prática, os grupos de contas se organizam da seguinte forma:

ATIVO (bens e direitos) PASSIVO (obrigações)


Ativo circulante: Bens e direitos que Passivo circulante: Obrigações que
podem ser convertidos em dinheiro em devem ser pagas no curto prazo (até 12
curto prazo (12 meses). meses).

Ativo não circulante: Bens e direitos que só Passivo não circulante: Obrigações que
podem ser convertidos em dinheiro no podem ser pagas no longo prazo (mais
longo prazo (acima de 12 meses). de 12 meses).

PATRIMÔNIO LÍQUIDO: Valor que os


sócios ou acionistas têm na empresa.

Fonte: Elaborado pelo autor.

• Grau de liquidez – é o tempo no qual os Bens e os Direitos podem ser convertidos em


dinheiro. Ex.: conta Caixa é a de maior liquidez, por já ser dinheiro.

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Já a conta Veículos é de menor liquidez que a conta Caixa, pois demora mais para se
transformar em dinheiro (primeiro precisa-se vender o veículo para depois ter o dinheiro em
mãos).

• Nível de exigibilidade – é tempo existente para que as Obrigações sejam pagas. As


contas que deverão ser pagas mais rapidamente (curto prazo) têm um maior nível de
exigibilidade do que as contas que serão liquidadas (pagas) em um prazo maior (longo prazo).

• Realizável – representa tudo o que se pode mudar, converter, transformar em


disponibilidade (dinheiro), sendo uma expressão usada no Ativo. Exemplo: uma duplicata de
cliente é um direito realizável e em um determinado momento ela se transformará em
dinheiro.

A fórmula para encontrar WACC é dada por:

Na qual:
Ke = Custo de Capital dos Acionistas;
Kd = Custo da Dívida;
E = Total do Patrimônio Líquido (total de recursos advindos de capital próprio – equity); e
D = Total da dívida (total de recursos advindos de capital de terceiros – debt).

• A análise fundamentalista é indicada para investimentos em ações com horizontes de


tempo maiores que os adotados pela análise técnica, pois a escola fundamentalista observa a
estrutura da empresa (fundamentos) e é mais adotada por bancos e demais interessados no
desempenho da empresa nos próximos semestres ou anos.

• A análise técnica observa o histórico de preços, portanto, não é necessariamente


adotada apenas para ações (como é o caso da fundamentalista). Assim, essa técnica pode ser
aplicada aos demais ativos. Todavia, aplica-se a horizontes de curto prazo: dias e semanas.

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• DepositaryReceipts (DR’s): são títulos negociados em um país que têm como lastro
ações de uma empresa que está instalada fora deste país.

• American DepositaryReceipts (ADR’s): são recibos de ações emitidos nos Estados


Unidos para negociar as ações de empresas de fora do país na Bolsa de Valores de Nova York.

• BrazilianDepositaryReceipts (BDR’s): a exemplo dos ADRs, os BDRs são títulos


negociados no Brasil que têm como lastro ações de uma empresa que está instalada fora do
Brasil.

• Um rating é uma nota que as agências internacionais de classificação de risco de


crédito atribuem a um emissor (país, empresa, banco) de acordo com sua capacidade de
pagar uma dívida. Serve para que investidores saibam o grau de risco dos títulos de dívida
que estão adquirindo.

Em geral, são três grandes níveis:

1. Grau de investimento (país seguro de investir),


2. Grau especulativo (risco de inadimplência), e
3. Default (quando o país declara moratória).

Símbolo Nome Valor índice


DJI Dow Jones Industrial Average, EUA 24.782,29
NQF Nasdaq, EUA 6.495,00
GSPC S&P 500, EUA 2.684,57
N225 Nikkei 225, Japão 22.902,76
FTSE FTSE 100, Inglaterra 7.592,66
DAX Dax Performance-Index, Alemanha 13.075,42
SSEC Shanghai Composite, China 3,297.06
MXX IPC México 48.503,31
MERV MERVAL BUENOS AIRES, Argentina 28.480,71
Fonte: Elaborado pelo autor.

• Participantes para aplicação em títulos e valores mobiliários.

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• O clube de investimento deve ser administrado por sociedade corretora, sociedade
distribuidora, banco de investimento ou banco múltiplo com carteira de investimento, que é
responsável pelo conjunto de atividades e de serviços relacionados direta e indiretamente ao
seu funcionamento e manutenção.

• O Índice de Mercado ANBIMA (IMA) corresponde a uma família de índices de renda


fixa que representam a dívida pública através dos preços a mercado de uma carteira de
títulos públicos federais. A carteira teórica do IMA-Geral, é constituída por todos os títulos
públicos federais, mostrando o modo como evolui a rentabilidade do mercado como um
todo.

• A governança corporativa é resultado da combinação do direito e práticas voluntárias


apropriadas do setor privado que habilitam a companhia a: atrair capital financeiro e
humano, desempenhar suas metas de modo eficaz, perpetuar sua capacidade de gerar valor
a Longo Prazo e respeitar o interesse de todos os acionistas e da sociedade como um todo.

• O Novo Mercado objetiva disciplinar as empresas oferecendo os requisitos para


negociação de companhias abertas em um segmento especial do mercado de ações da
BM&FBOVESPA. Ele estabelece as regras para a listagem dessas Companhias, além das regras
aplicáveis aos seus administradores e seus acionistas.

• O IGC é o resultado de uma carteira teórica de ativos, elaborada de acordo com os


critérios estabelecidos nesta metodologia. O objetivo do IGC ou IGCX é ser o indicador do
desempenho médio das cotações dos ativos de empresas listadas no Novo Mercado ou nos
Níveis 1 ou 2 da BM&FBOVESPA.

• O ITAG é o resultado de uma carteira teórica de ativos, elaborada de acordo com os


critérios estabelecidos nesta metodologia.

95
Renda Variável

Nesta seção, apresentaremos os principais aspectos discutidos ao longo do nosso estudo:


• Existem dois tipos de sociedades anônimas: a companhia aberta e a fechada:
✓ nas abertas, há negociação em bolsas de valores, divisão do capital entre muitos sócios
(pulverização) e cumprimento de várias normas exigidas pelo agente regulador (Bolsas
de Valores e CVM);
✓ nas fechadas, há negociação no balcão das empresas, sem garantia, bem como
concentração do capital na mão de poucos acionistas.

• Segundo a sua forma de circulação, as formas mais comuns de classificar as ações são:
✓ Ações nominativas: são ações que têm o nome do acionista registrado no Livro de
Registro das Ações Nominativas. As transferências desse tipo de ação ocorrem através
da averbação do nome referenciado no registro desse livro;
✓ Ações nominativas endossáveis: são ações em que apenas o nome do primeiro
endossante é registrado, sendo as transferências processadas por endosso na própria
cautela;
✓ Ações escriturais: são aquelas sem emissão física, e o controle é realizado por uma
instituição depositária de títulos.

• Segundo a forma de participação societária, podem ser destacadas as seguintes formas


de circulação:
✓ Ações ordinárias (também conhecidas como Ação ON): são ações que permitem o
direito ao voto em assembleias gerais da companhia, e, além disso, o acionista tem
participação nos resultados da companhia. Ademais, os acionistas ON geralmente têm
prioridade na aquisição de novas ações emitidas pela empresa;
✓ Ações preferenciais (também conhecidas como Ação PN): são ações que garantem
prioridade na participação no resultado da empresa, como na distribuição de dividendo
e no reembolso de capital; não garante, todavia, direito ao voto.
• É importante destacar que a empresa pode alterar a estrutura do capital social através
de diferentes operações, sem impactar os direitos dos acionistas. São exemplos:

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✓ Agrupamentos: operação na qual a empresa transforma um determinado grupo de
ações em uma única ação, não alterando o patrimônio total dos acionistas;
✓ Bonificações: operação em que as reservas e resultados da companhia são
transformados em novas ações. Essa alteração não representa um ganho aos
acionistas;
✓ Desdobramentos: operação que consiste na transformação de uma ação em uma
quantidade de outra, ou seja, dividir a ação em ações menores. Esse procedimento não
altera o patrimônio total dos acionistas;
✓ Subscrições: operação na qual a empresa aumenta o seu capital através da emissão de
novas ações no mercado de ações.

O valor de uma ação varia conforme a perspectiva de análise. As formas mais comuns de
atribuir um valor as ações são:

✓ Valor Contábil (também conhecido como valor nominal): é o valor da ação registrado
no Estatuto Social da companhia. Já o
✓ Valor Intrínseco: é o valor da ação conforme a análise dos fundamentos contábeis,
financeiros e econômicos da empresa.
✓ Valor de Liquidação: é o valor da ação em caso de encerramento das atividades da
companhia.
✓ Valor de Mercado: é o valor da ação transacionado no mercado de ações, valor
formado pela dinâmica de oferta e procura pela ação nesse mercado.
✓ Valor Patrimonial: é o valor da ação conforme o patrimônio líquido da empresa no
exercício observado. Para achar esse valor basta dividir o patrimônio líquido pela
quantidade de ações distribuídas.
✓ Valor de Subscrição: é o valor da ação conforme o preço fixado no momento de
emissão de novas ações no mercado.

• Acionista Controlador: pessoa natural ou jurídica, ou grupo de pessoas vinculadas por


acordo de acionistas, que possui a maioria dos votos (Ações Ordinárias) nas deliberações da
assembleia geral e usa efetivamente seu poder para dirigir as atividades sociais e orientar o
funcionamento da companhia.

97
• O tagalong é um mecanismo que visa dar mais garantia aos acionistas minoritários,
nos casos de mudança no controle da companhia.

Custo da Operação

• Corretagem: custo pago para corretoras pelas operações executada.

• Emolumentos: os emolumentos são cobrados pelas Bolsas por pregão em que tenham
ocorrido negócios por ordem do investidor. A taxa cobrada pela Bolsa é de 0,035% do valor
financeiro da operação.

• Custódia: uma espécie de tarifa de manutenção de conta, cobrada por algumas


corretoras.

• Ações: não há necessidade de margem, pois a compra e a venda são realizadas de


forma efetiva no momento da negociação. A garantia é pela BM&FBovespa.

Opções

• Para o titular de Opções: o titular no Mercado de Opções está isento de prestar


garantias, pois o risco máximo que pode correr é ele não exercer sua posição e perder o
prêmio pago.
• Para o Lançador de Opções: somente das posições lançadoras é exigida a prestação de
garantias, e a finalidade da garantia é assegurar o cumprimento da obrigação assumida.

• Lançador Coberto: deposita os títulos relativos à opção;

• Lançador Descoberto: deposita margem em dinheiro ou os mesmos ativos aceitos no


mercado a termo, conforme cálculo efetuado pela Clearing. A margem depositada é o
resultado da soma dos seguintes componentes: margem de prêmio (prêmio de fechamento
do dia) e margem de risco (maior prejuízo potencial projetado para o dia seguinte).

98
Mercado a termo

• São exigidas de ambos os participantes:


• Vendedor: cobertura, que é o depósito da totalidade dos títulos objeto da operação;
• Comprador: margem, que é o depósito de numerário e/ou ativos autorizados, em um
valor estabelecido pela Bovespa e BM&FBovespa – Câmara de Ações. A liquidação de uma
operação a termo, no vencimento do contrato ou antecipadamente, se assim o comprador o
desejar, implica a entrega dos títulos pelo vendedor e o pagamento do preço estipulado no
contrato pelo comprador.

Mercado Futuro

• Exige uma “Margem de Garantia” por parte do comprador e há a Possibilidade de


liquidação antes do prazo de vencimento;

Mercado Tipo de Operação Dia de Liquidação


D+0***
Título de renda fixa privada À vista
D+1
À vista D+2
A termo D+n, o dia do vencimento
Ações
Futuro D+2 do dia do vencimento
Opções* e futuros** D+1
Fonte: Elaborado pelo autor.

• Day trade: combinação de operação de compra e de venda realizadas por um


investidor com o mesmo título em um mesmo dia.

• Circuitbreaker: sempre que acionado, interrompe o pregão. Na Bovespa é acionado


sempre que o Índice Ibovespa atinge uma queda de 10% (30 minutos de paralisação) e
persistindo a queda, 15% (1 hora de paralisação).

99
• Blue chip: em geral, ações de empresas tradicionais e de grande porte, com grande
liquidez e procura no mercado de ações.

• Home broker: é um moderno canal de relacionamento entre os investidores e as


sociedades corretoras, que torna ainda mais ágil e simples as negociações no mercado
acionário, permitindo o envio de ordens de compra e venda de ações pela Internet, e
possibilitando o acesso às cotações, o acompanhamento de carteiras de ações, entre vários
outros recursos.

• Lote-padrão: lote de títulos de características idênticas e em quantidade prefixada


pelas bolsas de valores.

• After Market: permite a negociação de ações no período noturno, após o horário


regular, de forma eletrônica. A totalidade de ordens enviadas tem um limite de R$
100.000,00 por investidor para o período After-Market e os preços das ordens enviadas
nesse período não poderão exceder à variação máxima positiva ou negativa de 2% em
relação ao preço de fechamento do pregão diurno. Funciona das 17h às 18h:15min.

• Pregão: o ambiente reservado para negociações de compra e venda de ações.


Atualmente quase as totalidades das transações ocorrem no pregão eletrônico, ampliando o
antigo conceito de espaço físico.

• O consiste na compra e venda, ou venda e recompra de um mesmo ativo financeiro


(que pode se tratar de ações, derivativos, commodities ou moedas) no mesmo dia, pelo
mesmo especulador ou por meio de uma mesma sociedade corretora.

• Ao se utilizar da alavancagem financeira, através de recursos como margin trading ou


marginbuying (uma forma de financiar as transações diárias), para minimizar o peso dos
custos de transação (como taxa de corretagem, emolumentos, impostos etc) envolvidos,
odaytrader também maximiza os riscos.

100
• Dividendos: distribuição de parte do lucro aos seus acionistas. Por lei, as empresas
devem definir o dividendo pago aos acionistas em seu estatuto. Caso a empresa opte por
distribuir dividendos sobre o lucro líquido, o investidor que receber esses dividendos estará
livre da incidência de IR na fonte.

• Juros sobre o Capital Próprio: são proventos pagos em dinheiro como os dividendos, a
diferença que este não está livre de IR.

• Bonificações: correspondem à distribuição de novas ações para os atuais acionistas,


em função do aumento do capital. Excepcionalmente pode ocorrer a distribuição de
bonificação em dinheiro.

• Subscrição: direito aos acionistas de aquisição de ações por aumento de capital, com
preço e prazos determinados. Garante a possibilidade de o acionista manter a mesma
participação no capital total.

• Grupamento (Inplit): reduz a quantidade de ações aumentando o valor de cada ação.

• Desdobramento (Split): aumenta a quantidade de ações reduzindo o valor da ação;


(Objetivo: Maior liquidez).

• No mercado primário as transações acontecem entre a companhia e o investidor. Já no


mercado secundário as transações ocorrem entre dois investidores.

• Oferta pública secundária: acontece quando são ofertadas ações/cotas de fundos de


investimento já existentes, de modo que os recursos não serão aportados na empresa/fundo,
mas serão direcionados aos acionistas/cotistas vendedores.

• Papel do coordenador da oferta e demais instituições envolvidas: obrigações, análise,


tratamento das informações e responsabilidades.

101
Fusões e aquisições

Podem ser ressaltados os seguintes pontos relacionados à fusão:

• Fusão: processo através do qual ocorre a aquisição de uma companhia pela outra,
sendo que uma delas deixa de existir enquanto pessoa jurídica;

• Denomina-se consolidação o evento em que duas empresas são dissolvidas de modo a


formar uma terceira entidade completamente nova;

• A aquisição pode contemplar a compra de participação acionária;

• Dependendo da estratégia a ser adotada, a fusão poderá ser classificada em:


✓ horizontal, quando a aquisição ocorre entre empresas que possuem o mesmo foco de
atuação, a qual visa basicamente ao aumento de participação de mercado;
✓ vertical, que se refere a uma aquisição ocorrida entre empresas que se encontram em
estágios distintos no processo produtivo; busca, sobretudo, ganho de competitividade;
✓ congênere, em que as empresas envolvidas não atuam no mesmo ramo, porém pode
haver alguma complementaridade em suas linhas a médio e longo prazos (e.g.
empresa de produtos higiênicos que adquire uma companhia de papel visando a uma
linha de lenços descartáveis, fraldas etc.);
✓ conglomerado, que envolve a aquisição de participação em companhias com foco de
atividades completamente diferentes, objetivando a diversificação das atividades.

• Diluição do risco: muitas empresas alegam que através da diversificação de seus


negócios, os potenciais riscos são diluídos, oferecendo aos seus acionistas maior segurança.

Elementos de análise e formas de avaliação

Em um cenário cada vez mais competitivo, as empresas buscam associar-se a outras


companhias, com os seguintes objetivos:

102
• Ganhos de escala: no que se refere ao nível extra de produção capaz de promover
uma diluição expressiva dos custos fixos da companhia;

• Economias operacionais: visando ao aproveitamento de centros de distribuição,


redução da estrutura administrativa, bem como maior poder de barganha junto aos
fornecedores;

• Economias financeiras: uma vez que a nova companhia pode obter recursos de
terceiros a custos mais atrativos;

• Melhor gestão: consequente melhor utilização dos recursos, o que faz com que a
companhia apresente bons níveis de rentabilidade;

• Redução da competição: item considerável até determinado ponto, visto que a


maioria dos países possui órgãos que disciplinam tais negociações, evitando a formação de
monopólios.

Obs.: As sinergias ou ganhos para a companhia são os aspectos supracitados. A sinergia são
os benefícios gerados pela operação conjunta, os quais adicionam valor aos fluxos de caixa
da companhia adquirida e aos seus acionistas. Podem ser representadas pela seguinte
fórmula:

Em que:

103
Por fim, podem ser ressaltados os seguintes pontos:
Em que Vab representa o valor da empresa combinada, Va é o valor da empresa “A”, e Vb o
valor da empresa “B”;
A partir desse conceito, pode-se inferir que o valor de uma fusão é determinado a partir da
precificação das companhias envolvidas em sua atual situação, adicionado ao valor presente
das sinergias que o processo poderá gerar;

• Ágio (Goodwill): determina-se ágio ou “goodwill” quando uma participação em uma


empresa é adquirida acima de seu valor justo. Esse procedimento se justifica quando
o processo está fundamentado em alguma razão estratégica, principalmente devido
a razões competitivas. Vale mencionar que, no caso do Brasil, o ágio pode ser
amortizado por um período de dez anos;

• A missão do CADE é zelar pela livre concorrência no mercado, sendo a entidade


responsável, no âmbito do Poder Executivo, não só por investigar e decidir, em
última instância, sobre a matéria concorrencial, como também fomentar e
disseminar a cultura da livre concorrência. Essa entidade exerce três funções:
✓ preventiva, cujo fim é analisar e posteriormente decidir sobre as fusões,
aquisições de controle, incorporações e outros atos de concentração
econômica entre grandes empresas que possam colocar em risco a livre
concorrência;
✓ repressiva, cujo objetivo é investigar, em todo o território nacional (e,
posteriormente, julgar), cartéis e outras condutas nocivas à livre
concorrência;
✓ educacional ou pedagógica, que apresenta as seguintes finalidades:
instruir o público em geral sobre as diversas condutas que possam
prejudicar a livre concorrência;
incentivar e estimular estudos e pesquisas acadêmicas sobre o tema;
realizar ou apoiar cursos, palestras, seminários e eventos relacionados ao
assunto; e

104
editar publicações.

• Os títulos de renda fixa são aqueles em que a forma de remuneração ou o indicador


ao qual está atrelado o investimento é fixado no momento da contratação da
operação.

• Podemos enquadrar na modalidade de renda fixa as operações da caderneta de


poupança, os títulos públicos, as debêntures, os fundos de investimentos, os CDBs,
entre outros.

• Os títulos de renda variável são aqueles em que a forma de remuneração ou o


indicador ao qual está atrelado o investimento não é conhecido no momento da
aplicação. Nesse tipo de investimento, o devedor não garante o retorno do capital
investido. Podemos enquadrar nessa modalidade as ações, as moedas estrangeiras
etc.

• O Crédito Direto Bancário (CDB) é um título privado para a captação de recursos de


investidores pessoas físicas ou jurídicas, por parte dos bancos.
✓ Prefixado: uma taxa fixa é negociada entre o investidor e o banco e durante a
vigência daquele título. O investidor terá seu recurso corrigido diariamente de
acordo com a taxa estabelecida. Por exemplo, um CDB pré-fixado com taxa de
1% ao mês.
✓ Pós-fixado: nesse produto, a remuneração varia de acordo com outro índice
preestabelecido a ou de acordo com a variação do Certificado de Depósito
Interbancário (CDI). Nessa modalidade, o investidor também terá seu recurso
corrigido diariamente segundo a variação diária da taxa.

• São três os tipos de rentabilidade: prefixada; pós-Fixada e flutuante (CDI e Taxa


Selic).

105
• Prazos mínimos e indexadores: 1 dia: CDBs prefixados ou com taxa flutuante (taxa DI e
taxa Selic); 1 mês: indexados a TR ou TJLP; 2 meses: indexado a TBF; 1 ano: indexado à índice
de preços (IGPM e IPCA);

• Os CDBs não podem ser indexados à variação cambial. Para atrelar a rentabilidade de
um CDB à variação cambial é, necessário fazer um swap.

• Liquidez: o CDB pode ser negociado no mercado secundário e pode ser resgatado
antes do prazo final, caso o banco emissor concorde em resgatá-lo. No caso de resgate antes
do prazo final, devem ser respeitados os prazos mínimos.

• Garantias: os CDBS estão cobertos pelo Fundo Garantidor de Crédito até o limite de R$
250.000,00 por CPF e conglomerado financeiro.

• Letra de Câmbio (LC): a letra de câmbio é uma espécie de título de crédito, ou seja,
também representa uma obrigação pecuniária, sendo desta autônoma.

• Letra de Crédito Imobiliário (LCI): é lastreado por créditos imobiliários garantidos por
hipoteca ou por alienação fiduciária de coisa imóvel, conferindo aos seus tomadores direito
de crédito pelo valor nominal, juros e, se for o caso, atualização monetária nelas estipulados.

• Letra de Créditos do Agronegócio (LCA): parecido com LCI, o que muda é o lastro do
papel. As Letras de Créditos do Agronegócio (LCA) são títulos emitidos por bancos garantidos
por empréstimos concedidos ao setor de agronegócio. Outra diferença é que só podem ser
emitidos por bancos e cooperativas de crédito.

• Letras Hipotecárias (LH): as Letras Hipotecárias são instrumentos de captação de


recursos emitidos por Instituições Financeiras autorizadas a conceder créditos hipotecários,
ou seja, Caixa Econômica Federal, Sociedade de Crédito Imobiliário, Sociedade de Poupança e
Empréstimo, entre outros.

106
• A Marcação a Mercado (MaM) consiste em registrar todos os ativos, para efeito de
valorização e cálculo de cotas dos fundos de investimento, títulos e demais ativos; pelos
respectivos preços negociados no mercado em casos de ativos líquidos ou, quando este
preço não é observável, por uma estimativa adequada de preço que o ativo teria em uma
eventual negociação feita no mercado.

• Debêntures e Notas Promissórias: captação de recursos de médio e longo prazo para


sociedades anônimas (S.A.) não financeiras de capital aberto. Não existe padronização das
características desse título.

• Tipos de Debêntures (quanto a garantia):

Garantia real: fornecida pela emissora pressupõe a obrigação de não alienar ou


onerar o bem registrado em garantia, tem preferência sobre outros credores,
desde que averbada no registro. É uma garantia forte;
Garantia flutuante: assegura à debênture privilégio geral sobre o ativo da
companhia, mas não impede a negociação dos bens que compõem esse ativo.
Ela marca lugar na fila dos credores, e está na preferência, após as garantias
reais, dos encargos trabalhistas e dos impostos.
Garantia quirografária: ou sem preferência, não oferece privilégio algum sobre
o ativo da emissora, concorrendo em igualdade de condições com os demais
credores quirografários (sem preferência), em caso de falência da companhia;
Garantia subordinada: na hipótese de liquidação da companhia, oferece
preferência de pagamento tão somente sobre o crédito de seus acionistas.

• Tipos de Debêntures (quanto ao registro):

107
Debênture Nominativa: é aquela onde há a emissão de certificado onde
consta o nome do titular, e há registro em livro próprio, sendo facultado à
emissora contratar a escrituração e guarda dos livros de registros da emissão
e transferências.
Debênture Escritural: é também nominativa, mas neste caso não há a
emissão de certificado e há a obrigação de contratação de instituição
financeira responsável (instituição depositária). As debêntures são mantidas
em contas de depósito, em nome de seus titulares.

• Tipos de Debêntures (quanto ao recebimento pelo investidor):

Simples: O resgate, ou amortização, se dá em moeda corrente. E não são


conversíveis ou permutável em ações.
Conversível: Podem ser convertidas em ações da empresa emissora de acordo
com regras previstas na escritura da emissão.
Permutável: podem ser convertidas em ações de outra empresa, que não a
companhia emissora, de acordo com as regras definidas na escritura de
emissão.

Tesouro Direto

• O Tesouro Direto é um Programa do Tesouro Nacional desenvolvido em parceria com a


BMF&FBovespa para venda de títulos públicos federais para pessoas físicas, por meio da
internet. O objetivo é democratizar o acesso aos títulos públicos, ao permitir aplicações com
apenas R$ 30,00.

108
• O mercado primário é onde há a primeira negociação do título. Quando esse título é
revendido a um terceiro, esse título passa a ser negociado no mercado secundário.

• Cálculo do PU de um título Prefixado: o Preço Unitário (PU) é o resultado da


multiplicação da cotação vezes o Valor de Face. Na maioria dos títulos públicos federais, o
Valor de Face (Valor Nominal) é igual a R$ 1.000,00.

• Cotação: é o valor presente do fluxo do título, descontado pela taxa de juros


informada ou pelo prêmio de deságio. Para títulos sem cupom (zero cupom) como LTN e LFT,
basta trazer a valor presente o valor do vencimento.

Derivativos

• Mercado à vista: no qual são acordadas a compra e a venda dos títulos emitidos pelas
empresas negociadas nas bolsas de valores. Nesse mercado, as operações de compra e
venda de ações são liquidadas em curtos períodos, no Brasil, em até dois dias úteis (até maio
de 2019, esse prazo era de três dias úteis).

• Mercado a termo: permite que os negociantes fixem o preço futuro dos ativos
negociados entre as duas partes. Nesse mercado, os pagamentos são previamente
estipulados para uma data predeterminada através de um contrato chamado de “a termo”,
que não pode ser transferido a um terceiro.

109
Objeto de Ações
negociação
Tamanho do Quantidade de ativos-objeto do termo, estabelecido entre as partes, de acordo
contrato com os limites estabelecidos pela BM&FBovespa.
Liquidação As operações a termo podem ser liquidadas das seguintes formas:
a) No vencimento: liquidação na data de vencimento do contrato mediante pagamento pelo
comprador do valor de liquidação calculado com base no preço a termo e entrega do ativo-objeto
pelo vendedor.
b)Antecipada: o comprador do contrato poderá solicitar a liquidação antecipada (parcial ou total) do
contrato mediante o pagamento do valor acordado no contrato a termo, antes do vencimento da
operação, sem qualquer ônus ao vendedor, nos prazos dispostos a seguir:
i. liquidação antecipada para o dia útil seguinte, podendo ser solicitada até o dia útil anterior ao
vencimento;
ii. liquidação antecipada para dois dias úteis após a solicitação, podendo ser solicitada até dois dias
úteis anteriores ao vencimento; e
c) Antecipada por diferença: mediante a venda no mercado à vista pelo comprador dos ativos-
objeto comprados a termo. A liquidação antecipada por diferença poderá ser solicitada nos prazos
dispostos a seguir:
i. liquidação antecipada para o dia útil seguinte, podendo ser solicitada até o dia útil anterior ao
vencimento;
ii. liquidação antecipada para dois dias úteis após a solicitação, podendo ser solicitada até dois dias
úteis anteriores ao vencimento; e
Data de A data de vencimento é estabelecida entre as partes, observado o período
vencimento mínimo de 16 e máximo de 999 dias corridos, contados da data de registro do
contrato.

110
Operações de Bolsa de Mercadorias e Futuro (BM&F)

Ajuste diário
Preço de ajuste de 3,55
hoje
Preço de ajuste de 3,75
ontem
Diferença – 0,20
Investidores Pagam 0,20 por unidade de
“comprados” contrato
Investidores “vendidos” Recebem 0,20 por unidade de
contrato

EXEMPLO

Contrato de venda de 100 sacas de milho a R$ 50,00 cada, no dia 19/11/07,


com liquidação prevista para 19/11/08. Investimento de R$ 5.000,00.

Dia Cotação Diferença Vendedor Comprador


19/11/17 52,00 2 x 100 = 200,00 (200,00) 200,00
20/11/17 54,00 2 x 100 = 200,00 (400,00) 400,00
21/11/17 51,50 -2,50 x 100 = (250,00) (150,00) 150,00
19/11/18 40,00 -10,00 = (1000,00) 1000,00 (1000,00)

Desse modo, comprador paga R$ 5.000 + R$ 1.000,00 (ajustes feitos em D+1).

111
Mercado a Termo X Mercado Futuro

Mercado a termo: Mercado futuro:


✓ Pode ser negociado mediante
✓ Precisa ser negociado em bolsa de
contrato particular.
futuros
✓ Não precisa ser contrato
✓ Precisa ser um contrato padronizado.
padronizado.
✓ É negociado com diferentes datas de
✓ Tem uma data de entrega fixada no
entregas.
contrato.
✓ Diferenças de preços são ajustadas
✓ Diferenças de preço são ajustadas
diariamente.
no vencimento.

Mercado de opções: o mercado de opções é uma alternativa de se prevenir contra oscilações


indesejáveis nos preços das ações. As opções são contratos que estabelecem preço e prazos
para a liquidação, de forma a tornar uma operação mais previsível.

✓ Americana: durante a vigência do contrato, a qualquer momento;


✓ Europeia: apenas na data de vencimento do contrato de opções.
✓ Opção de Compra: CALL Opção de Venda: PUT
✓ Opção de Compra (call) In-The-Money (ITM): Preço do ativo subjacente é superior
ao preço de exercício da opção;
✓ Opção de Compra (call) Out-of-The-Money (OTM): Preço do ativo adjacente é
inferior ao preço de exercício da opção;
✓ Opção de Venda (put) In-The-Money (ITM): Preço do ativo adjacente é inferior ao
preço de exercício da opção;
✓ Opção de Venda (put) Out-of-The-Money (OTM): Preço do ativo adjacente é
superior ao preço de exercício da opção;
✓ Opção de Compra (call) ou Opção de Venda (put) At-The-Money (ATM): Preço do
ativo subjacente é igual ao preço de exercício da opção.

• Mercado de opções: o mercado de opções é uma alternativa de se prevenir contra


oscilações indesejáveis nos preços das ações. As opções são contratos que estabelecem
preço e prazos para a liquidação, de forma a tornar uma operação mais previsível.
✓ Americana: durante a vigência do contrato, a qualquer momento;

112
✓ Europeia: apenas na data de vencimento do contrato de opções.
✓ Opção de Compra: CALL Opção de Venda: PUT
✓ Opção de Compra (call) In-The-Money (ITM): Preço do ativo subjacente é superior
ao preço de exercício da opção;
✓ Opção de Compra (call) Out-of-The-Money (OTM): Preço do ativo adjacente é
inferior ao preço de exercício da opção;
✓ Opção de Venda (put) In-The-Money (ITM): Preço do ativo adjacente é inferior ao
preço de exercício da opção;
✓ Opção de Venda (put) Out-of-The-Money (OTM): Preço do ativo adjacente é
superior ao preço de exercício da opção;
✓ Opção de Compra (call) ou Opção de Venda (put) At-The-Money (ATM): Preço do
ativo subjacente é igual ao preço de exercício da opção.

Preço da ação Aumenta o valor de uma opção tipo Call, reduz de uma opção tipo
sobre Put
Maior o preço de Reduz o valor de uma opção tipo Call, aumenta o valor de uma
exercício opção tipo Put
Maior volatilidade Aumenta o preço de uma opção tipo Call, aumenta o valor de uma
da ação opção tipo Put

Maior o tempo até Aumenta o preço de uma opção tipo Call, aumenta o valor de uma
o vencimento opção tipo Put

Juros maiores Aumenta o preço de uma opção tipo Call, aumenta o valor de uma
opção tipo Put

Valor Intrínseco de uma Call:


• Valor Intrínseco = Preço corrente (à vista) – Preço de Exercício;
• Prêmio = Valor Intrínseco + Valor Tempo.
• Valor intrínseco de uma opção não pode ser menor que zero.

Valor Intrínseco de uma Put:


• Valor Intrínseco = Preço de Exercício – Preço corrente

113
Teoria Moderna das Carteiras e Modelos de
Precificação de Ativos
Em relação à Teoria Moderna das Carteiras, podemos enfatizar os seguintes aspectos:

• Tendo em conta o dinamismo do mercado financeiro, é preciso que a permanência de


cada ativo na carteira de investimentos seja periodicamente reavaliada;

• Considerando a volatilidade dos mercados, ativos a princípio atrativos podem reduzir


suas taxas de retorno em um curto período, tornando indispensável a reavaliação periódica;

• As flutuações de mercado podem ser atribuídas a fatores como: o ciclo econômico


(crescimento/recessão), as variações na taxa de inflação, a adoção de políticas fiscais e
monetárias distintas e o avanço tecnológico;

• Como exemplo, caso altas taxas de juros sejam praticadas, eleva-se o interesse por
LFTs; logo, esse investimento se torna sensível à política monetária adotada. Nesse caso, é
preciso que a carteira seja rebalanceada sempre que houver modificações na expectativa de
retorno dos ativos.

Seleção de carteiras e modelo de Markowitz

• Markowitz identifica a variância de uma carteira como a soma das variâncias


individuais de cada ativo e as covariâncias entre pares de ativos da carteira, com base no
peso de cada ativo na carteira.

• Markowitz mostrou que existe uma combinação de ativos que maximiza o retorno
esperado e minimiza a variância.

114
• A metodologia de formação de carteiras proposta por Markowitz objetiva identificar,
entre um conjunto de ativos, a combinação que resulta no menor nível de volatilidade, isto é,
de risco.

• De modo a compreender o método de Markowitz, considere:


E como o retorno esperado da carteira;
σ² como a variância da carteira; e
wi como a participação de cada ativo.

• Considere ainda que Ri é o retorno esperado de cada ativo e σ é a covariância entre o


par de ativos, se (i) for diferente de (j), e variância, se (i) for igual a (j).

• Assim sendo, o método pode ser definido conforme as seguintes equações:

; , , em que .

• A equação demonstra que o retorno da carteira é a média ponderada dos retornos


de cada ativo, sendo a ponderação dada pela participação de cada ativo na carteira;

• A segunda equação demonstra que o risco da carteira é menor


ou igual à soma dos riscos individuais;

• A grande sacada de Markowitz foi perceber que a variância (risco) da carteira


depende da covariância ou correlação entre os ativos;

• Nos casos em que os ativos apresentam baixa correlação, é possível obter uma carteira
com baixo nível de risco, sendo o risco da carteira menor do que o risco médio individual dos
ativos. Inclusive, há casos em que o risco da carteira é inferior ao risco do ativo com menor
risco;

115
• Para compreender a correlação entre os retornos dos ativos e como isso afeta a
volatilidade da carteira, considere a venda conjunta de dois produtos: aquecedores e
ventiladores;

• As vendas de ventiladores aumentam à medida que a temperatura se eleva, e o


contrário também vale para os aquecedores. Assim, esses dois produtos apresentam
correlação negativa;

• Ao vender apenas ventiladores, uma empresa observará elevada sazonalidade em suas


vendas, especificamente quando se elevar a temperatura, ao contrário dos períodos de frio
intenso. Nesse sentido, considere uma correlação entre os indicadores de 91%;

• De forma análoga, uma empresa que vende apenas aquecedores obterá lucros
elevados nos períodos de maior frio, ao contrário do que ocorreria nos períodos de calor.
Considere uma correlação entre os indicadores de 96%;

• Ao passo que, ao vender ambos os produtos, reduz-se a volatilidade das vendas da


empresa, o que mantém a sua receita mais estável, de modo que a correlação entre as
vendas de aparelhos de ares-condicionados e as vendas de ventiladores é de -91%;

• Analisando o comportamento das mudanças de temperatura e das vendas conjuntas


de ambos os produtos, tem-se que a correlação entre os indicadores é de apenas 9%,
mostrando que a venda de ambos os produtos consegue reduzir a sazonalidade das vendas
da empresa;

• A metodologia de formação de carteiras proposta por Markowitz segue uma estratégia


semelhante. O seu objetivo é identificar, entre um conjunto de ativos, a combinação que
resulta no menor nível de volatilidade, isto é, de risco;

116
FRONTEIRA EFICIENTE

• Se a correlação entre os ativos fosse 1, a diversificação da carteira não conseguiria


reduzir o risco, pois os ativos apresentam comportamento semelhante;

• Por outro lado, considerando a carteira em questão, os ativos apresentam correlação


igual a -1, de modo que a diversificação consegue eliminar completamente o risco da
carteira;

• Conforme visto no exemplo do ar-condicionado, a correlação perfeitamente negativa


indica que, quando o retorno de um ativo se eleva, o retorno do outro ativo diminui, e vice-
versa, de modo que as variações dos ativos são compensadas, eliminando o risco da carteira;

• Em suma, a teoria moderna de portfólio, criada por Markowitz, mostra que, ao


combinar ativos, o investidor pode obter retornos mais elevados em relação àqueles que são
obtidos individualmente.

117
Risco diversificável versus risco sistemático

Quanto à classificação dos riscos, podemos ressaltar os seguintes pontos:


• Na dinâmica dos investimentos, a construção de uma carteira composta por diferentes
ativos consegue reduzir o nível de risco incorrido pelo investidor; não é possível, todavia,
eliminar completamente o risco presente na carteira;

• Ainda que haja um baixo nível de retorno esperado, torna-se presente um nível de
risco R, que pode ser explicado pelo risco sistemático;

• A diversificação da carteira consegue eliminar o risco denominado diversificável, por


representar um risco idiossincrático associado a um ativo específico; o risco inerente ao
mercado como um todo, porém, atinge todos os ativos e não pode ser eliminado através da
diversificação;

• Como exemplo de risco sistemático, podemos citar a crise global de 2008, que atingiu
a maioria dos ativos financeiros e implicou retornos negativos, o que não pôde ser evitado
pelas diferentes estratégias de diversificação.

Taxa livre de risco e prêmio pelo risco de mercado

Sobre a taxa livre de risco, podemos ressaltar os seguintes aspectos:

• A taxa livre de risco é formalmente definida como a taxa de retorno obtida ao se


investir em um ativo livre de risco, isto é, o ativo que não apresenta nenhum risco. Contudo,
em termos práticos, vale ressaltar que todos os ativos apresentam riscos;

• Dentre todos os ativos financeiros, os títulos do governo são considerados os mais


seguros, de modo que são chamados de ativos livres de risco; o que não implica afirmar,
todavia, que eles realmente não apresentam nenhum risco, dada a existência de baixa
probabilidade de calote dos governos;

118
• Além disso, títulos de longo prazo do Tesouro americano são considerados livres de
risco, sendo, provavelmente, o ativo mais seguro existente, assim como os títulos de outros
governos, como os da Alemanha; e

• O ativo livre de risco ajuda na decisão de investimento, tendo em vista que representa
a opção que oferece menor risco do mercado, de modo que nenhum investidor é incentivado
a investir em outros ativos caso o nível de retorno esperado seja o mesmo do ativo livre de
risco.

Carteira ótima

Sobre a carteira ótima, podemos afirmar:


• É o ponto de tangência entre a fronteira eficiente e o índice de Sharpe máximo (reta
que possui como ponto de origem o ativo livre de risco);

• Identifica a combinação entre o ativo livre de risco e a fronteira eficiente que gera o
maior nível de retorno possível para o menor nível de risco, tal como o exposto na figura
abaixo.

CARTEIRA ÓTIMA

119
CARTEIRA ÓTIMA: TIPOS
DE INVESTIDORES

• A carteira ótima varia entre os investidores, conforme as suas escolhas entre risco e
retorno. Nesse sentido, os investidores conservadores preferirão ativos com menor grau de
risco e, no limite, podem investir apenas no ativo livre de risco.

• Como exemplo, considere a figura acima, em que o investidor A apresenta maior


aversão ao risco e prefere investir em uma carteira constituída por ativos sem risco,
enquanto o investidor B é mais propenso ao risco e prefere uma carteira que combine ativos
com risco e sem risco. Já o investidor C é propenso ao risco, de modo que prefere ativos com
nível mais elevado de risco.

• A teoria moderna do portfólio: investidores racionais irão usar o princípio da


diversificação para otimizar as suas carteiras de investimentos, e como um ativo arriscado
deve ser precificado.

• Os riscos podem ser sistemáticos ou não sistemáticos. O risco sistemático é também


chamado de risco de mercado e afetam grande parte dos investimentos, um exemplo deste
risco são as incertezas econômicas.

• O risco não sistemático também é conhecido como risco específico e afeta pequena
parte dos investimentos. À exemplo, uma empresa que descobrir um novo poço de petróleo

120
será afetada juntamente com alguns clientes ou fornecedores próximos. Mas, se o preço do
petróleo sofrer um aumento, todos os envolvidos serão afetados.

O Beta (β) mede a sensibilidade de um ativo em relação aos movimentos de


mercado. O Beta pode assumir vários valores, como:
Se β > 1, reflete um risco sistêmico mais alto que o mercado, sendo por isso
considerado um investimento agressivo. Em outras palavras, carteira de ativos
oscila mais que a carteira de mercado.
Se β = 1, a carteira de ativos tem o mesmo risco que a carteira de mercado,
movimentando-se na mesma direção.
Se 0 < β < 1, a carteira de ativos é menos arriscada do que a carteira de mercado e
o ativo se caracteriza por ser mais defensivo.
Se β < 0, ativo move-se na direção oposta a do mercado.

O coeficiente β é usado para medir o risco não diversificável.

O modelo CAPM é um modelo de formação de preços de ativos que equaciona a relação


básica entre risco e retorno, presente em todos os tipos de decisões financeiras.

• O modelo CAPM permite estimar a taxa de retorno exigida pelos investidores, ou seja,
a taxa mínima de atratividade pelo capital próprio.

Em que:
Epl é o retorno esperado do patrimônio líquido;
Rf é o retorno esperado da taxa livre de risco;
βs é a sensibilidade ao risco de mercado;
Rm é o retorno histórico do mercado de ações; e
(Rm – Rf) é o prêmio de risco dos ativos de mercado sobre os ativos livres de risco.

121
• O risco da carteira é dado pelo risco do ativo multiplicado pela sua participação na
carteira: O risco da carteira é dado pelo risco do ativo multiplicado pela sua participação na
carteira:

• Em que σ é o risco da carteira.

• O risco desse portfólio (σ) pode ser calculado, assim como para um ativo individual,
com base na mensuração da variância dos investimentos e, também, por um coeficiente de
covariância dos investimentos.

• Destaca-se que, a covariância é uma medida de interdependência entre os ativos que


compõem esse portfólio de investimentos.

• Considerando uma carteira de investimentos composta apenas pelos investimentos W


e Z, o retorno e o risco da carteira podem ser representados respectivamente pelas equações
a seguir:

Ri = wRw +zRz

122
EXEMPLO
Iremos utilizar como exemplo os investimentos W e Z, para montar uma carteira
que utilize ambos os investimentos. Sendo assim, considere as definições
seguintes:
✓ O termo Ri é o retorno da carteira i, σi é a variância da carteira i.
✓ Os termos we z são as proporções dos investimentos W e Z na carteira, como a
carteira é composta por apenas os dois investimentos, a soma de ambos deve
totalizar 100%.
✓ Os termos Rwe Rz representam os retornos das carteiras W e Z
respectivamente.
✓ O termo σ2yé a variância do investimento Z, que iremos assumir como 79,28
✓ O termo σx2é a variância do investimento W que, que iremos assumir como
1,78.
✓ O termo p é um coeficiente de correlação que vamos assumir ser 0,8.

Nessa sequência, se considerar uma proporção de 40% deinvestimento para cada


W e 60% de investimento para Z, é possível substituir as informações da equação
de retorno e encontrarmos:
Ri= 0,40 x 0,05 + 0,60 x 0,05

ArbitragePricingTheory (APT)

• Considera que o retorno esperado dos ativos com risco é explicado por uma
combinação linear de fatores;
✓ Não diz a quantidade de fatores que determina o modo como se forma o preço
dos ativos;

123
✓ O comportamento do ativo não é explicado pelo comportamento do mercado
(diferente do CAPM).

• O preço do ativo depende do risco sistemático, sendo este provocado por fatores
macroeconômicos;

• De acordo com o APT, a relação entre o risco e o retorno de um ativo é dada por:

Classes de ativos e correlação

Entre as classes de ativos existentes se destacam:

• Os ativos de renda fixa, com retornos baixos, mas baixo risco;

• As ações, com retorno elevado, mas elevada volatilidade e elevada correlação entre os
ativos;

• O câmbio, com elevada volatilidade, podendo apresentar correlação inversa com as


ações

• O ouro, ativo considerado seguro e utilizado pelos investidores para fazer hedge e se
proteger em períodos de incerteza no mercado financeiro.

124
As duas principais diferenças entre o APT e o CAPM são:

• Modelagem explícita de vários fatores que afetam os retornos reais e esperados dos
ativos, em oposição ao CAPM que possui foco no portfólio de mercado;

• O fato de que a relação de equilíbrio é apenas aproximada e é derivada com base em


uma hipótese sem arbitragem.

125
Finanças Comportamentais
Teoria da perspectiva

• Investidores estão mais preocupados com ganhos e perdas do que com retornos e
riscos;

• Investidores são mais sensíveis a perdas em relação a ganhos;

• Investidores estão mais focados na aversão à perda do que na aversão ao risco; isto é,
eles estão mais preocupados com a mudança de riqueza do que apenas com o nível
resultante dessa riqueza.

Anomalias do mercado

É importante ressaltar que o comportamento dos investidores altera o comportamento do


mercado:

• Efeito momentum: vencedores continuam vencendo. Mesmo que supervalorizadas, as


ações que estão subindo tendem a continuar nesse processo;

• Efeito manada (herding): os investidores operam na mesma direção ou conforme os


mesmos valores mobiliários e possivelmente até negociam de modo contrário à informação
que possuem;

• Bolhas financeiras e o crash: as bolhas financeiras e os crashes subsequentes são


períodos de retornos positivos ou negativos incomuns, os quais são provocados pela compra
e venda no modo pânico, não sendo baseados em fundamentos econômicos;

126
• Valor versus crescimento: duas anomalias estão associadas ao valor e às ações de
empresas em crescimento. As ações de valor têm baixos índices de preço/lucro, altos valores
de livre mercado e baixos índices de preço/dividendos, sendo que as ações de empresas em
crescimento apresentam características opostas;

• Anomalia de localização: os investidores preferem investir em seu próprio país ao


invés de investir em países estrangeiros.

A literatura identificou diferentes heurísticas utilizadas pelos agentes ao tomarem decisões.


São elas:

• Segundo a heurística da representatividade, os agentes tendem a avaliar um novo


evento com base em padrões identificados nos eventos passados. Ao identificar determinado
padrão referente à mesma decisão tomada anteriormente, essa decisão é adotada caso
tenha funcionado naquela situação, pois, nessa lógica, também funcionará no presente;

• Na heurística da disponibilidade, as pessoas determinam a probabilidade de


ocorrência de um evento com base em sua experiência passada; não se baseiam, nesse
sentido, em dados estatísticos para definir o quanto um evento é provável, mas apenas em
sua própria experiência;

• Na heurística da ancoragem, os indivíduos são sensíveis às informações recebidas, de


modo que atribuem maior importância às informações recentes. Aliás, argumenta-se que os
indivíduos tendem a utilizar apenas informações recentes para avaliar as alternativas. Dada a
sua dificuldade em guardar números, acabam sendo influenciados pelos valores oferecidos;

• Conforme a heurística do afeto, em diversas situações que envolvem escolhas, fatores


pessoais e percepções do que é bom ou ruim levam os agentes a apresentarem maior
simpatia ou antipatia por uma opção específica. Como exemplo, podemos citar uma
entrevistadora de vagas de emprego que não gosta de tatuagens, a qual, nesse sentido,
tenderá a desvalorizar profissionais tatuados, mesmo que apresentem maior aptidão para o
cargo.

127
Erros cognitivos

• Os pressupostos das finanças tradicionais afirmam que os indivíduos agem como


homens econômicos racionais, os quais consideram objetivamente todas as informações
relevantes para seu processo de tomada de decisões;

• As finanças comportamentais analisam o comportamento normal dos participantes


individuais do mercado, a microfinança comportamental e o efeito desse comportamento, o
que chamamos de macrofinanças comportamentais;

• A busca por uma melhor compreensão dos vieses cognitivos dos profissionais e dos
clientes pode permitir a construção de carteiras que melhor se aproximem da eficiência das
finanças tradicionais, às quais os clientes podem aderir melhor em caso de condições
adversas;

• Os erros cognitivos advêm de raciocínios defeituosos e podem resultar da falta de


compreensão de técnicas de análise estatística adequadas, erros de processamento de
informações, raciocínio defeituoso ou simplesmente erros de memória, os quais geralmente
podem ser corrigidos ou mitigados com melhores treinamentos ou melhores informações;

• Em contraste, os distúrbios emocionais não estão relacionados ao pensamento


consciente e decorrem de sentimentos, impulsos ou intuição, de modo que são mais difíceis
de serem superados e às vezes precisam ser acomodados;

• Apesar da classificação dos vieses como cognitivos ou emocionais, um único viés pode
ter elementos de cognição e emoção. Ao tentar superar ou mitigar os vieses emocionais e
cognitivos, o sucesso é mais provável ao se concentrar nos problemas cognitivos.

A seguir são apresentados os principais vieses existentes:

• Aversão a perdas: mostra que o efeito de uma perda sobre os investidores é maior do
que o efeito de um ganho, de modo que o medo de perder é superior ao prazer gerado por

128
um ganho da mesma magnitude. Estudos mostram que uma perda gera um impacto 2,25
vezes maior em relação a um ganho;

• Custos afundados (sunkcost): viés relacionado ao apego pessoal (e.g. o gestor de uma
empresa investe em uma nova planta inicial, com uma tecnologia X, porém, durante a
realização do projeto, descobre que existe uma tecnologia Y mais eficiente);

• No viés de custos afundados, há uma certa resistência à ideia de abandonar o projeto


em andamento, considerados o tempo e dinheiro investidos, o que resulta em uma planta
industrial com tecnologia defasada, a qual, por conseguinte, gera perda de competitividade;

• Efeito disposição: os investidores tendem a receber bem os ganhos, mas apresentam


resistência a aceitar perdas. Por exemplo, a crença de que o preço das ações apresentará
reversão à média, isto é, alcançará um determinado preço, leva o investidor a não se
desfazer de uma ação, mesmo que a tendência seja a queda do preço, pois ele não deseja
aceitar que tomou uma decisão equivocada, de forma que prefere acreditar que essa ação
voltará a subir;

• O efeito dotação mostra que os agentes atribuem um valor maior a um bem que
possuem do que ao valor real de mercado. Por exemplo, um carro pode possuir um valor de
mercado de R$ 35.000,00, porém o consumidor considerará que o valor desse bem é maior,
por exemplo, R$ 50.000,00, de modo que não aceitará vendê-lo pelo preço de mercado;

• No viés do excesso de confiança, os investidores tendem a considerar que conseguem


tomar decisões melhores do que os demais, o que faz com que eles aumentem a sua
propensão ao risco. No mercado financeiro, isso pode resultar no surgimento de bolhas;

• Enquanto o excesso de confiança se refere à superestimação das habilidades pessoais,


o viés do otimismo está relacionado à crença de que elementos externos serão favoráveis ao
investidor. Isto é, ele acredita que o mundo conspirará a seu favor, fazendo com que ele
ganhe cada vez mais;

129
• O viés do status quo está relacionado à resistência dos consumidores a modificar seus
hábitos e sair de sua situação atual; os investidores, desse modo, preferem se manter na
situação em que se encontram, apresentando resistência à mudança de suas escolhas;

• As finanças tradicionais consideram que os agentes são racionais, de forma que o


modo como as informações são apresentadas não influencia as escolhas dos investidores;

• Por outro lado, o viés de efeito estruturação está relacionado à ideia de que o modo
como as informações são apresentadas influencia as decisões dos investidores.

130
Políticas de Investimentos
• O processo de gestão de portfólios que foi discutido ao longo deste capítulo pode ser
detalhado conforme as etapas integrativas descritas no planejamento, execução e
feedback de um IPS.

• A fase de planejamento consiste em analisar os objetivos e as restrições, desenvolver


uma declaração de política de investimento, bem como determinar a estratégia de
investimento adequada e selecionar uma alocação de ativos apropriados.

• Para que uma declaração de política de investimento (IPS) alcance sucesso e satisfaça
o investidor, é preciso entender o perfil deste. Desse modo, o IPS regula o
investimento e garante que as metas sejam realistas, exigindo que esses investidores
articulem suas circunstâncias, objetivos e restrições em concordância com cada perfil.

• Etapa de execução: determina-se uma estratégia de alocação de ativos. Assim, após


concluída a documentação formal da declaração de política de investimento (IPS),
completam-se as decisões sobre como e onde serão investidos os fundos, sendo criada
uma alocação de ativos estratégicos.

• Etapa de realimentação: monitoramento dinâmico dos objetivos do investidor e das


condições do mercado de capitais. Realizar um monitoramento contínuo de
características tanto do investidor quanto do mercado faz parte do gerenciamento do
processo de investimento, o qual deve ser realizado sempre, durante todo o processo.

• As principais características do Plano Gerador de Benefícios Livres (PGBL) são:


✓ não há garantia de rentabilidade;

131
✓ o resgate pode ser feito no prazo de 60 dias;
✓ pode ser abatida até 12% da renda bruta anual do Imposto de Renda;
✓ tem taxa de carregamento;
✓ é comercializado por seguradoras; e
✓ o IR incide sobre todo o valor resgatado (valor investido + remuneração).

• As principais características do plano Vida Gerador de Benefícios Livres (VGBL) são:


✓ não há garantia de rentabilidade;
✓ não é dedutível do Imposto de Renda;
✓ possui taxa de carregamento;
✓ o primeiro regate pode ser feito em um prazo que varia a cada dois anos, sendo
que a partir do segundo ano pode ser feito a cada dois meses; e
✓ o IR incide somente sobre a rentabilidade acumulada.

• A taxa de administração consiste na taxa cobrada para administração do fundo de


investimentos:
✓ em geral, a taxa é cobrada diariamente;
✓ incide sobre todo o recurso do fundo (principal + juros).

• A taxa de carregamento é cobrada logo na entrada do plano e a cada novo depósito


que o investidor realiza.

• As três formas de taxa de carregamento são as seguintes:


✓ Antecipada: incide no momento do aporte, sendo que, quanto maior
aportado, menor será a taxa;
✓ Postecipada: incide em caso de portabilidade ou resgate, de modo que,
quanto maior o tempo de permanência, menor será a taxa;

132
✓ Híbrida: a cobrança ocorre tanto na entrada quanto na saída.

• Por portabilidade, entende-se a transferência parcial ou total do saldo acumulado, por


vontade do titular, para:
✓ fundos do plano contratado; ou
✓ outros planos; ou
✓ outra seguradora; ou
✓ entidade Aberta de Previdência Complementar.

• No que tange a transferências entre planos, não é permitido mudar a modalidade de


VGBL e PGBL:
✓ se quiser fazê-lo, terá de resgatar o valor do plano e aplicá-lo novamente, incidindo
o Imposto de Renda sobre o valor resgatado e demais taxas de carregamento (caso
haja).

Regime de tributação progressivo


• Esse regime de tributação é indicado para quem deseja realizar o resgate em um
período mais curto ou tem como objetivo ter uma renda menor, já que a alíquota de IR
varia de acordo com o montante total, conforme tabela abaixo:

Base de cálculo anual (R$) Base de cálculo mensal (R$) Alíquota de IR


Até 22.847,76 Até 1.903,98 –
De 22.847,88 até 33.919,80 De 1.903,99 a 2.826,65 7,5%
De 33.919,92 até 45.012,60 De 2.826,66 a 3.751,05 15,0%
De 45.012,72 até 55.976,16 De 3.751,06 a 4.664,68 22,5%
Acima de 55.976,16 Acima de 4.664,68 27,5%

133
• Para aqueles que têm mais de 65 anos, existe uma pequena diferença na base de
cálculo (mais vantajosa), conforme tabela abaixo:

Base de cálculo mensal em R$ Alíquota %


Até 3.807,96 –
De 3.807,97 até 4.730,63 7,5
De 4.730,64 até 5.655,03 15
De 5.655,04 até 6.568,66 22,5
Acima de 6.568,67 27,5

• Resgate programado: o investidor define as datas para resgate, as quais, por exemplo,
podem ser mensais. Os recursos que permanecem no fundo continuam rendendo.

• Resgate total: é mais barato para o investidor, mas não indicado para quem não tem
experiência na gestão de patrimônio.

Regimes de tributação
• Os participantes da previdência privada podem escolher o regime de tributação em
que incidirá o seu plano, isto é, entre regime de tributação regressivo e regime de
tributação progressivo.

• O regime de tributação regressivo é recomendado para quem deseja permanecer mais


tempo no plano de previdência, pois a alíquota é regressiva em relação ao período do
aporte, conforme tabela abaixo:

134
Período de aportes Alíquota do IR

Até 2 anos 35%

De 2 a 4 anos 30%

De 4 a 6 anos 25%

De 6 a 8 anos 20%

De 8 a 10 anos 15%

Mais de 10 anos 10%

• A principal diferença entre os planos PGBL e VGBL é o tratamento tributário:


✓ no caso do VGBL, o imposto incide somente sobre a rentabilidade acumulada
✓ não é dedutível do Imposto de Renda;
✓ é indicado para quem utiliza a declaração simplificada, ou é isento, ou para quem já
investe em um PGBL, mas pretende investir mais de 12% de sua renda bruta em
previdência privada;
✓ no caso do PGBL, o imposto incide sobre todo o valor resgatado (valor investido +
remuneração);
✓ pode ser abatida até 12% da renda bruta anual do Imposto de Renda;
✓ é indicado para as pessoas que optam pela declaração completa do Imposto de Renda.

135
Alocação de Ativos
• Nesta aula, os principais tópicos do capítulo são resumidos:

• Para a formulação de expectativas do mercado de capitais, o analista deve utilizar o


seguinte processo de 7 passos:

1. determinar as expectativas específicas do mercado de capitais que são necessárias de


acordo com o estatuto do investidor, as classes de ativos admissíveis e o horizonte
temporal;
2. investigar o histórico de desempenho dos ativos a fim de determinar os mecanismos
que influenciaram o desempenho passado e estabelecer um intervalo plausível para o
desempenho futuro;
3. identificar o modelo de avaliação utilizado e suas exigências;
4. recolher os melhores dados possíveis, pois a utilização de dados ruins conduzirá a
conclusões erradas;
5. usar a experiência e o discernimento para interpretar as condições atuais de
investimento e decidir quais os valores que devem ser atribuídos a cada dado de
entrada;
6. formular as expectativas de mercado de capitais;
7. monitorar o desempenho e utilizá-lo para refinar o processo.

• As ferramentas formais que examinamos são ferramentas estatísticas, modelos de


fluxo de caixa descontado, abordagem de prêmio de risco e modelos de equilíbrio financeiro.
Dentre as ferramentas estatísticas, podemos citar:
✓ estatística descritiva;
✓ estimativas de retorno podem ser baseadas na média aritmética ou geométrica dos
retornos passados;
✓ usar o prêmio de risco do patrimônio histórico e um rendimento de vínculo atual para
estimar o retorno esperado em ações;

136
✓ modelos de série temporal também são usados para realizar estimativas; e
✓ modelos multifatores podem ser usados em um painel de análise para previsão de
retornos com base na sensibilidade (beta) e fatores de risco (Fs).

• Compreender o ciclo de negócios pode ajudar o analista a identificar pontos de


inflexão, ou seja, quando a economia muda de direção e o risco e as possibilidades de
retorno mais elevado podem ser aumentados.

• Em uma análise cíclica, existem dois componentes:


✓ o ciclo de inventário; e
✓ o ciclo de negócios.

• A inflação varia ao longo do ciclo de negócios, o qual pode ser dividido em cinco fases
que apresentam as seguintes características:
✓ recuperação inicial;
✓ início de retomada;
✓ retomada tardia;
✓ desaceleração; e
✓ recessão.

• Modelos de alocação eficaz de investimentos geralmente incluem:


✓ estabelecer objetivos de investimento de longo e curto prazos;
✓ atribuir direitos e responsabilidades dentro da estrutura de governança;
✓ especificar os processos para a criação de uma declaração de política de investimento
(o IPS visto no capítulo 15);
especificar os processos para a criação de uma alocação de ativos estratégicos;
✓ aplicar uma estrutura de relatório para monitorar os objetivos declarados do programa
de investimentos e objetivos; e
✓ periodicamente realizar uma auditoria de governança.

• Tipos de gestão:
✓ Ativa: busca o alpha, com o objetivo de obter resultados acima do mercado;

137
✓ Semiativa: busca seguir determinado índice, mas algumas alterações podem ser
realizadas devido ao possível surgimento de oportunidades;
✓ Passiva: replica um índice.

• A proposta de uma alocação de ativos será desenvolvida após:


✓ a construção do IPS;
✓ os resultados de investimento serem simulados sobre os horizontes de tempo
apropriado; e
✓ o risco e os retornos serem considerados atributos de todas as estratégias de alocação
de ativos possíveis. Além de aprovar a alocação de ativos, uma boa governança
também deverá especificar as decisões de reequilíbrio de carteira e responsabilidades.

• Alocação estratégica e tática:


✓ Estratégica: combina o IPS do investidor com as expectativas de mercado de longo
prazo; nesse sentido, trata-se de uma estratégia geral que visa aos retornos de longo
prazo;
✓ Tática: ações de curto prazo e pequenos ajustes dentro da alocação estratégica que
visam aproveitar oportunidades e alterações que possam surgir no mercado.

• Simulação de Monte Carlo:


✓ Ferramenta de modelagem estatística frequentemente utilizada para complementar o
modelo de otimização de média-variância;
✓ É essencialmente um gerador de números aleatórios dentro de limites definidos pelo
analista. Seu objetivo é gerar um grande número de cenários aleatórios a fim de
analisar como a carteira se comportaria dentro de cada um desses cenários até o final
do período;
✓ Uma das grandes limitações é que a qualidade dos resultados depende da qualidade
das informações e estimativas inseridas pelo analista.

• A reamostragem do modelo de otimização de média-variância é uma abordagem que


também ajuda a reduzir alguns dos problemas relacionados a esse modelo. Algumas formas
práticas dessa estratégia são as seguintes:

138
✓ Reamostragem: processo que se inicia com um modelo de média-variância básico,
usando as melhores estimativas dos retornos esperados, os desvios-padrão e as
correlações, a fim de gerar a fronteira eficiente associada às alocações de ativos em
cada ponto na fronteira;
✓ Em seguida, utiliza-se a simulação de Monte Carlo, que é usada para gerar milhares de
variações aleatórias para as entradas em torno das estimativas iniciais, o que tem como
resultado a fronteira eficiente, associada às alocações de ativos em cada ponto nessa
fronteira;
✓ A fronteira de eficiência resultante da reamostragem é uma média de todas as
fronteiras eficientes simuladas, e a alocação de ativos em qualquer ponto nessa
fronteira é uma média das carteiras possíveis no que se refere a cada ponto.

• AssetandLiability Management (ALM):


✓ é similar ao modelo de média-variância, mas utiliza a capacidade de pagamento dos
passivos como restrição;
✓ em vez de retornos, utiliza o superavit ou fundingratio (ativos/passivos);
✓ o objetivo do ALM é encontrar os pesos de carteiras de ativos que:
satisfaçam os fluxos de caixa do passivo; e
maximizem (ou minimizem) algum critério de interesse em termos de retorno
esperado e risco.

• Uma das formas mais comuns de se realizar a alocação estratégica de ativos se dá


através da utilização da otimização de média-variância:
✓ pressupõe que os investidores são avessos ao risco, então eles preferem um maior
retorno para o mesmo nível de risco;
✓ exige que as limitações sejam conhecidas, considerando que, em geral, os problemas
de maximização também se utilizam de restrições.

• Críticas ao modelo de otimização de média-variância:


✓ a respeito da alocação e da concentração de ativos, podem ser redimidas se houver
melhora na qualidade das entradas, particularmente no que se refere aos dados sobre

139
as rentabilidades esperadas, assim como se houver adições de restrições mais realistas,
além da restrição orçamentária e da restrição de borda;
✓ além disso, pode-se realizar a reamostragem do modelo de otimização de média-
variância, realizando várias simulações para diferentes entradas.

• Retorno de carteiras eficientes:


é a média do retorno dos ativos ponderados por seus pesos;
r = rA*wA + rB*wB

• Risco máximo da carteira:


o risco máximo ignora as correlações e se trata da média do risco dos ativos ponderados por
seus pesos;
σP = σA*wA + σB*wB

• Retorno com ativo livre de risco:


✓ supera a fronteira eficiente com a possibilidade de obter o mesmo retorno associado
ao mesmo nível de risco para portfólios à esquerda da carteira de mercado no gráfico
da fronteira eficiente;
✓ o cálculo do retorno é o mesmo para o caso tradicional, isto é, uma média ponderada.

• Risco com ativo livre de risco:


✓ como o risco é zero e a correlação com o retorno de risco também é zero, o risco se
resume ao risco do ativo livre de risco multiplicado pelo seu peso.

• Retorno de carteiras com alavancagem:


✓ caso em que o peso do ativo de risco é maior do que 100%, sendo que o cálculo
também é uma média ponderada, mas o retorno é multiplicado por um número maior
que 1 em razão da alavancagem;
✓ cálculo pode revelar um valor negativo de peso para o ativo livre de risco, o que
significa que há venda do ativo de risco para aumentar o aporte em ativos com risco.

• Risco de carteiras com alavancagem:

140
✓ nesse caso, o sigma do ativo livre de risco, que é zero, anula este elemento da conta;
✓ já o sigma do ativo de risco será multiplicado por um valor maior que 1, tornando o
portfólio mais arriscado que o risco da própria carteira ou ativo que está sendo
alavancado;
✓ o processo de cálculo é ainda uma média ponderada, como nos casos anteriores.

• O modelo de Black-Litterman é uma extensão de otimização inversa: o excesso de


retorno implícito de uma otimização reversa é posteriormente ajustado para refletir uma
vista única do investidor sobre os retornos futuros.

• O investidor seleciona as classes de ativos com base no seu desejo de exposição a


fatores de risco comuns. A volatilidade, liquidez, inflação, taxas de juros, duração, risco
cambial e risco de inadimplência são exemplos desses fatores de risco.

• Dentre os métodos mais comuns que são utilizados para determinar a alocação de
ativos estratégicos com base nos objetivos do investidor e suas restrições, existem as
seguintes etapas:
✓ Determine os objetivos do investidor. Perguntas relevantes incluem as seguintes: Como
o investidor usará esses ativos? O que o investidor gostaria de alcançar? Quais são as
responsabilidades do investidor e seus objetivos? Como esses objetivos devem ser
medidos?
✓ Determine a tolerância ao risco do investidor. Perguntas relevantes incluem as
seguintes: Qual é sensibilidade a risco do investidor? Como o risco deve ser medido em
termos de alocação de ativos?
✓ Determine o horizonte de tempo do investidor. Perguntas relevantes incluem as
seguintes: Qual o horizonte de investimento que deve ser usado para avaliar os
objetivos do investidor?
✓ Determine as restrições do investidor. Perguntas relevantes incluem as seguintes: Qual
é a situação do imposto do investidor? Há quaisquer restrições sociais, ambientais ou
considerações de governança? O IPS indica quaisquer restrições adicionais?

141
✓ Selecione a abordagem de alocação de ativos. Essa é a alocação de ativos mais ideal
para a situação do investidor, por exemplo, somente ativos, responsabilidade relativa e
baseada em metas.
✓ Especifique as classes de ativos. Uma vez que essas classes são devidamente
especificadas, as expectativas do mercado de capitais podem ser estabelecidas.
✓ Desenvolva o potencial das alocações de ativos. Com procedimentos de otimização, um
determinado número de opções de alocação de ativos pode ser construído para
consideração do investidor.
✓ Simule resultados de potenciais alocações de ativos. As potenciais alocações de ativos
devem ser testadas a fim de verificar se os resultados ficariam alinhados com os
objetivos do investidor e com a tolerância ao risco para o horizonte de investimento
escolhido.

Repita o passo 7 até a alocação de ativos ideal ser descoberta.

142
Novas Tecnologias em Finanças

FinTechs e seus segmentos


As FinTechs nada mais são do que empresas que inovam no setor financeiro através de
soluções tecnológicas. São majoritariamente startups que surgem no mercado com
soluções em tecnologia para atender demandas e resolver problemas com maior
agilidade e custo mais baixo, de modo que algumas delas modificam o mercado como
um todo ao popularizarem soluções que desafiam os modelos tradicionais de negócios
no fornecimento de serviços e produtos financeiros.

Alguns segmentos são:


• Pagamentos: empresas que inovam com soluções de pagamentos, como cartões de
débito e crédito, aplicativos, pagamentos online, entre outros.

• Seguros: empresas que atuam principalmente de modo a comparar, identificar e


indicar aos seus clientes as melhores opções de seguros disponíveis para os seus objetivos.

• Gestão financeira: empresas que oferecerem soluções para um melhor controle e


gestão de finanças e recursos, tanto para a gestão de empresas quanto para a gestão de
finanças pessoais.

• Blockchain e bitcoin: empresas que fornecem serviços ligados à tecnologia de


blockchain e comercialização de moedas digitais.

• Empréstimos: empresas que promovem o encontro de emprestadores e tomadores de


empréstimo, de modo a encontrar a melhor solução para as duas pontas do mercado. Seu
foco são microfinanciamentos para empresas e pessoas físicas.
• Risco e Compliance: empresas com foco na identificação de riscos e fraudes no setor
financeiro.

• Investimentos: empresas que fornecem soluções em investimentos, como corretoras e


casas de análise.

143
• Crowdfunding: empresas que fornecem soluções de financiamento de projetos por
sistema crowdfunding.

Crowfunding

São formas de financiamento através de distribuição de valores mobiliários sem registro na


CVM. A distribuição é feita por intermédio de uma plataforma eletrônica de investimento
participativo registrada na CVM. Algumas características são:

• Permitido para empresas de pequeno porte, com renda bruta anual de até 10 milhões
de reais;

• Captação alvo de até 5 milhões de reais;

• Prazo de captação não superior a 180 dias; e

• Limite de aplicação de até 10 mil reais por investidor, salvo para investidores
qualificados ou com renda bruta anual ou montante em investimentos superior a 100 mil
reais, situação em que é permitido aplicar em crowdfunding até 10% do maior montante por
ano.

Blockchain e Distributed Ledger Technology (DLT)


Distributed Ledger Technolog

DLT é uma forma de guardar dados e transações de dados de forma descentralizada. Assim,
em vez de haver uma central que guarda todo um conjunto de dados num servidor, estes
dados são guardados simultaneamente em diversos “nós” do sistema, de forma que os
mesmos dados podem ser acessados de diversos pontos, reduzindo probabilidade de fraudes
e falhas, já que a informação se encontra distribuída.

Benefícios:
• Redução de custos na liquidação;

• Maior velocidade de liquidação;

• Confiabilidade e rastreabilidade dos registros:

144
✓ registros automáticos e em tempo real para reguladores;
✓ inclusão de novas classes de ativos;
✓ aumento de eficiência ao facilitar fluxo de informações;
✓ aumento da segurança.

Riscos:

• Incerteza potencial sobre questões operacionais e de segurança decorrentes da


tecnologia;

• A falta de interoperabilidade com processos e infraestruturas existentes;

• Ambiguidade em relação à finalidade de liquidação;

• Questões sobre a solidez da base legal para implementações;

• A ausência de uma estrutura de governança eficaz e robusta; e

• Questões relacionadas à integridade, imutabilidade e privacidade dos dados (IOSCO,


2017).

Blockchain

Blockchain é um tipo de DLT, pois trabalha com o registro de transações de forma


descentralizada. Sua peculiaridade é que todos os registros são feitos em blocos encadeados,
onde cada bloco possui um código próprio, ou hash, e o código do bloco anterior. Dessa
forma, para gravar e validar uma nova transação, todas as informações anteriores são
verificadas e calculadas em múltiplos nós. Assim, a possibilidade de fraudes se torna
extremamente baixa, pois adulterações precisariam ser feitas em um incontável número de
blocos e em múltiplos nós ao mesmo tempo. Caso contrário, a fraude seria identificada pela
falta de consenso entre os nós.

145
Abordagens quantitativas: High-Frequency Trading, Robo-Advisors,
Algotrading, Machine Learning

High-Frequency Trading

Formas de negociação de ativos automatizadas que buscam distorções de mercado no


curtíssimo prazo para lucrar no mercadointraday. São negociações em ultravelocidade
baseadas no monitoramento de preços em tempo real. Seu foco é a vantagem pela
velocidade, de forma que o sistema automatizado aproveite as melhores oportunidades
lançando ordens antes que outros o façam.

Robo-advisors

São serviços automatizados de consultoria de investimentos. É caracterizado como um


serviço de consultoria sempre que se oferece ao cliente orientações personalizadas,
baseadas em informações por ele inseridas no sistema por meio de questionários ou outros
métodos. Robo-Advisors podem ainda incluir sistemas automáticos de alocação de ativos,
otimização e rebalanceamento de carteiras. Sua maior vantagem é a redução de custos,
permitindo o fácil acesso à consultoria por parte de investidores com poucos recursos.

Machine Learning

Machinhelearning aplicado em finanças é utilizado tanto para a detecção de fraudes como


para a formação de estratégias de alocação de recursos. Nessa abordagem, dados de entrada
e de saída são inseridos, e o robô buscará as relações entre estas variáveis, identificando as
principais variáveis explicativas e seus impactos nas variáveis de resposta. Sua vantagem é a
capacidade de “aprendizado” do robô através de uma grande quantidade de dados inseridos,
de forma que ele não pressupõe um modelo, mas busca identificá-lo.

Sandbox Regulatório

Trata-se de um espaço controlado no qual as empresas podem testar e validar produtos,


serviços e modelos de negócios inovadores, bem como mecanismos de entrega, com o apoio
de uma autoridade regulatória por um período limitado, sem estarem expostas ao “mundo
real” da regulação vigente. Sendo assim, o risco de dano para os consumidores e para o
mercado como um todo é limitado por meio de salvaguardas especiais e regulamentos que
normalmente ocorrem durante a condução.

146
Durante o período de teste, as empresas ficam sujeitas a requisitos regulatórios menos
rígidos, assim como aptas a receber dos agentes reguladores orientações personalizadas
sobre como interpretar e aplicar a regulamentação cabível. Ao mesmo tempo, permitem que
o regulador tenha acesso aos resultados obtidos no teste e avalie os riscos associados à nova
atividade. No caso de existência de problemas não solucionados durante o funcionamento
dos produtos e serviços ou existência de riscos excessivos, as autoridades podem proibir ou
limitar essas atividades. Caso contrário, pode-se autorizar sua comercialização em larga
escala.

Alguns pontos a serem lembrados são:


• A introdução da Sandbox é um reconhecimento dos obstáculos existentes para a
integração da FinTech com o setor de serviços financeiros existente;

• Reduz os custos, os riscos e o tempo de lançamento de uma tecnologia no mercado ao


reduzir exigências e facilitar a experimentação;

• Aumenta a confiança em novos produtos financeiros;

• Facilita o acesso ao financiamento de novas tecnologias e aumenta o interesse de


investidores;

• Promove a competição no mercado financeiro com a redução de barreiras de entrada;

• Aumenta a percepção do regulador, apoiando a identificação obstáculos regulatórios e


das salvaguardas de proteção ao consumidor adequadas para a incorporação em novos
produtos e serviços; e

• Sinaliza que o governo pretende nutrir a indústria FinTech com foco na criação de
gigantes (ADVANI, 2020).

RegTech

A RegTech se refere a soluções tecnológicas que agilizam e aprimoram os processos


regulatórios, tendo surgido em resposta à demanda institucional de cima para baixo,
decorrente do crescimento exponencial dos custos de conformidade. É considerada um setor
que passou por diferentes estágios de desenvolvimento. As duas primeiras fases
representam a aplicação de tecnologia em monitoramento regulatório e relatórios de modo

147
a propiciar benefícios da redução de custos. No futuro, no entanto, espera-se que a
RegTechalavanque em termos de dados para realizar o monitoramento de mercado e
conformidade firme de forma diferente do processo atual (CFA, 2017).

A RegTechoferece benefícios à indústria e aos reguladores. No que se refere à indústria, pode


capacitar instituições financeiras a controlar custos e riscos de forma mais eficaz, liberar
capital regulamentar excedente e apresentar novas oportunidades para startups de FinTech,
firmas de consultoria e empresas de tecnologia. Em termos de reguladores, permite o
desenvolvimento de um monitoramento contínuo de ferramentas para identificar problemas
à medida que se desenvolvem, assim como reduz o tempo que leva para investigar violações
de conformidade. Além disso, promove o desenvolvimento de sistemas de simulação e
Sandboxes, que podem identificar as prováveis consequências das reformas propostas e
novas abordagens.

Nesta seção, revisaremos os principais conceitos apresentados ao longo do capítulo:


• Informação privilegiada: engloba todas as informações que não são de conhecimento
do público em geral, obtidas durante a execução da função de um profissional; essas
informações, muitas vezes, são estratégicas e, se utilizadas de forma imoral, podem
beneficiar/prejudicar outras pessoas, sendo possível identificar dois casos em que o seu uso
foge aos padrões éticos: InsiderTrader e Front Runner;
• InsiderTrader: quando um indivíduo utiliza as informações privilegiadas a que tem
acesso em benefício próprio ou de terceiros:

EXEMPLO

A delação premiada dos irmãos Batista. Ela resultou em uma queda elevada das
ações da JBS. Os irmãos prevendo a queda do preço das ações as venderam para
a JBS por R$ 328 milhões. Assim, eles se aproveitaram das informações
privilegiadas que possuíam para lucrar em cima dos demais acionistas da
empresa.

148
• Front Runner: quando determinada instituição utiliza as informações privilegiadas que
tem acesso em benefício próprio.

EXEMPLO

Ocorre quando um cliente de referência do mercado, conhecido por possuir


grande perícia em investimentos, ordena que um fundo de investimento compre
determinada ação. Porém, o gestor do fundo, tendo conhecimento da elevada
perícia do cliente, compra aquela ação para o fundo e apenas em um segundo
momento para o cliente. Nesse caso, ele utilizou indevidamente a informação
privilegiada que tinha, ferindo as boas normas éticas.

• Confidencialidade: é um princípio que determina que os profissionais que possuem


acesso a informações privilegiadas devem as manter em sigilo, salvo se a publicação da
informação for determinada por lei.

• Conflitos de interesses: é observado quando um profissional possui motivações e


interesses pessoais que o levam a influenciar nos objetivos e nas atividades realizadas pela
organização em que trabalha; assim, é dever do profissional informar a sua ocorrência e
tomar as medidas cabíveis para que ele não ocorra.

• Ética nas vendas: a venda casada ocorre quando dois ou mais produtos/serviços são
vendidos como se fossem um pacote. Ou seja, que a venda de um esteja subordinada a
venda do outro.

149
O papel da ANBIMA e as atividades desenvolvidas

• Representação: a ANBIMA Promove o diálogo para construir propostas de


aprimoramento do mercado, que são apresentadas e discutidas com o governo e com outras
entidades do setor privado. Propõe boas práticas de negócios, que os associados seguem de
forma voluntária.

• Autorregulação: é baseada em regras criadas pelo mercado, para o mercado e em


favor dele. Essas regras estão nos Códigos de Autorregulação e Melhores Práticas, que são de
adesão voluntária. O cumprimento das normas é acompanhado de perto pela equipe técnica,
que supervisiona as instituições e dá orientações de caráter educativo.

• Informação: a ANBIMA é provedora de informações sobre os segmentos de mercado


que representam. A construção de uma base de dados consistente é parte dos esforços para
dar mais transparência e segurança aos mercados. Divulgam desde referências de preços e
índices que refletem o comportamento de carteiras de ativos até estudos específicos, que
auxiliam no acompanhamento dos temas de interesse dos associados.

• Educação: a ANBIMA acredita que o mercado forte se faz com profissionais


qualificados e com investidores conscientes. As ações de educação se dividem em três
vertentes: capacitação dos profissionais por meio de certificações; qualificação dos
profissionais certificados por meio de educação continuada e disseminação de conteúdo
sobre educação financeira.

ANBIMA: Princípios

• O código de ética da ANBIMA irá ressaltar que a atuação das Associadas e a


interpretação de todas as normas a elas aplicáveis deverão ser regidas pelos seguintes
princípios que vemos a seguir.
✓ estrita observância do sistema de leis, das normas, dos costumes e das normas de
regulação e melhores práticas da ANBIMA que regem sua atividade;

150
✓ a observância dos princípios da probidade e da boa-fé;
✓ a observância dos interesses de investidores, dos emissores e dos demais usuários
de seus serviços;
✓ o compromisso com o aprimoramento e valorização dos mercados financeiro e de
capitais;
✓ a transparência sobre os procedimentos envolvidos em suas atividades;
✓ a preservação do dever fiduciário com relação a seus clientes;
✓ a preservação do sistema de liberdade de iniciativa e de livre concorrência;
✓ a responsabilidade social e espírito público; e
✓ a manutenção do estrito sigilo sobre as informações confidenciais que lhes forem
confiadas em razão da condição de prestador de serviços financeiros.

Padrões de conduta
Acrescentando ao que foi discutido anteriormente, também são responsabilidades
fundamentais das instituições associadas:

• Ter conhecimento e observar todas as leis e normas aplicáveis às suas atividades,


inclusive os Códigos de Regulação e Melhores Práticas da ANBIMA, de modo a realizar o
esforço de disseminá-las internamente aos seus funcionários;

• Nunca violar ou aconselhar a violação dessas normas, sendo que, ainda, deve opor-se à
violação de tais leis e normas que são aplicáveis às suas atividades, incluindo todas aquelas
dispostas nos Códigos de Regulação e Melhores Práticas da ANBIMA;

• É preciso contribuir para o aprimoramento do ordenamento jurídico que seja aplicável


aos mercados financeiro e de capitais; e

• Exercer a intermediação financeira e as atividades correlacionadas com a negociação


de valores mobiliários nos termos das prerrogativas legais que lhes forem comprometidas
pelo Poder Público.

151
Quanto ao relacionamento entre as associadas com os agentes e entidades do mercado
financeiro e de capitais, os padrões de conduta abaixo precisam ser seguidos:

• Sempre contribuir para a manutenção de um ambiente de negociação que seja capaz


de proporcionar a formação adequada dos preços, de liquidez e uma concorrência leal;

• É preciso contribuir para a análise, a avaliação, o aprimoramento e o bom


encaminhamento de sugestões ou propostas para o desenvolvimento dos mercados
financeiro e de capitais;

• Deve-se observar, durante a divulgação de sua publicidade, todas as leis e as normas


aplicáveis à sua atividade, bem como os padrões éticos de condutaestabelecidos pela
ANBIMA em seus Códigos de Regulação e Melhores Práticas, sempre compatibilizando o
direito de informação do mercado, o dever de informar e o dever de manter sigilo sobre as
informações sensíveis;

• Não devem utilizar-se de informação privilegiada na realização de seus negócios, em


violação a qualquer norma ética ou jurídica, sempre mantendo o dever de sigilo;

• Não realizar operações que coloquem em risco sua capacidade de liquidação física ou
financeira; e

• Manter-se independente nos procedimentos de auditoria, de análise e avaliação de


quaisquer ativos ou empresas.

No que se refere ao compromisso que precisa observar no seu relacionamento com os


clientes, a associada:

• Deve praticar a remuneração adequada na prestação dos seus serviços que forem
autorizados em decorrência de sua participação nos mercados financeiro e de capitais;

• Deve adotar as devidas providências no sentido de evitar a realização de operações em


situações que envolvam conflito de interesses, visando, assim, a assegurar tratamento
equitativo a seus clientes;

152
• Deve utilizar-se de especial cuidado no momento da identificação e no cumprimento
de seus deveres fiduciários para com seus clientes;

• Precisa zelar para que seu corpo de funcionários mantenha o conhecimento e as


qualificações técnicas necessárias ao atendimento de seu público;

• Deve manter sigilo sobre as informações e dados confiados por seus clientes em razão
da relação profissional que com eles possuem;

• Precisa oferecer a seus clientes todas as informações e a documentação a respeito de


seus investimentos efetivos ou potenciais, de forma a permitir aos clientes uma adequada
decisão de investimento;

• Não pode manifestar opinião que venha a difamar ou prejudicar a imagem de qualquer
outra associada ou, ainda, de qualquer outro integrante do Sistema Financeiro Nacional; e

• Deve recusar a intermediação de investimentos que considera ilegais, imorais ou


antiéticos.

A associada também precisa observar, no seu relacionamento com a ANBIMA, a seguinte


conduta:

• Deve sempre agir com prudência, diligência, integridade, responsabilidade e


transparência na condução das suas atividades desenvolvidas junto à ANBIMA;

• Deve abster-se de emitir manifestações em nome da ANBIMA, salvo as situações em


que ela estiver expressamente autorizada para tanto;

• Precisa comunicar à ANBIMA o seu envolvimento em processos administrativos ou


judiciais relevantes, os quais, de alguma forma, possam envolver ou difamar a imagem da
ANBIMA;

• Deve manter sigilo sobre as informações e os dados confiados pela ANBIMA à


associada em função do exercício de suas funções junto à Associação;

153
• Precisa manter suas informações cadastrais devidamente atualizadas, especialmente
em relação ao representante da associada junto à ANBIMA; e

• Deve sempre cumprir com as disposições do Estatuto Social da ANBIMA.

Penalidades
A não observância das normas e princípios estabelecidos no Código da ANBIMA sujeita as
associadas a penalidades. A lista de penalidades é a que se segue:

• Carta de advertência reservada;

• Multa;

• Advertência pública;

• Suspensão da associada do quadro de associados e da utilização das marcas da


ANBIMA, por um prazo determinado ou vinculado ao término de procedimento
administrativo (ou procedimento disciplinar) investigativo ou judicial; e

• Proposta, à Assembleia Geral, de exclusão da Associada do quadro de associados da


ANBIMA.

A seguir, veja uma síntese dos principais Códigos da ANBIMA:


• Código ANBIMA de Regulação e Melhores Práticas para Serviços Qualificados ao
Mercado de Capitais: define os critérios que precisam ser seguidos pelas instituições
participantes nas atividades de prestação de serviços, de custódia qualificada e
controladoria;

154
• Código ANBIMA de Regulação e Melhores Práticas para o Programa de Certificação
Continuada: define princípios e regras que precisam ser seguidos pelas instituições
participantes e pelos profissionais que atuam nos mercados financeiros e de capitais, com o
objetivo de aumentar a sua capacitação técnica; determina, além disso, os padrões de
conduta que devem ser seguidos em suas atividades;

• Código ANBIMA de Regulação e Melhores Práticas para Atividade de Private Banking


no Mercado Doméstico: estabelece as condições que precisam ser seguidas pelas
instituições participantes nas atividades de Private Banking no mercado doméstico;

• Código ANBIMA para o Novo Mercado de Renda Fixa: define regras que devem ser
aplicadas na emissão pública primária de títulos e valores mobiliários de renda fixa e regras e
mecanismos próprios para a negociação secundária desses ativos (“Ofertas Públicas”);

• Código ANBIMA de Regulação e Melhores Práticas de Negociação de Instrumentos


Financeiros: define princípios e regras que precisam ser seguidos pelas instituições
participantes e pelos profissionais que atuam nos mercados financeiros e de capitais, com o
objetivo de garantir a adoção das melhores Práticas de Negociação de Instrumentos
Financeiros;

• Código ANBIMA de Regulação e Melhores Práticas para Gestão de Patrimônio


Financeiro no Mercado Doméstico: estabelece as condições que precisam ser seguidas pelas
instituições participantes para garantir a qualidade da Gestão do Patrimônio Financeiro;

• Código ANBIMA de Regulação e Melhores Práticas para Distribuição de Produtos de


Investimento no Varejo: estabelece as condições que precisam ser seguidas pelas
instituições participantes para garantir a qualidade na Distribuição de Produtos de
Investimento no Varejo;

• O Selo ANBIMA objetiva demonstrar o compromisso das instituições participantes em

155
seguir as disposições do Código, não podendo a ANBIMA ser responsabilizada pelas
informações presentes nas publicações referentes à oferta pública e aos prospectos nem
pela qualidade da emissora e/ou ofertantes, instituições participantes e/ou valores
mobiliários objeto da oferta pública;

• As instituições participantes têm responsabilidade não delegável e integral pela


aplicação do processo de suitability, que consiste em procedimentos formais que
possibilitam verificar a adequação da recomendação de investimento feita ao perfil do
investidor;

• Princípio “conheça seu cliente”: foi criado pelo Acordo de Basileia em 1988 e
estabelece um conjunto de regras e normas que as instituições financeiras devem seguir para
identificar a origem dos recursos e da constituição do patrimônio do cliente. Ele define um
mínimo de informações, nomeadas qualificações, que precisam ser mantidas atualizadas
pelas instituições financeiras.

156
Legislação e Regulação
• Investidores qualificados: a Instrução nº 554/2014 da CVM define como investidores
qualificados as pessoas físicas e jurídicas com aplicações financeiras superiores a um milhão
de reais e que se identificam por escrito como possuindo essa função.

• São designados como investidores qualificados: investidores profissionais; agentes


autônomos de investimento, analistas e consultores de valores mobiliários; administradores
de carteira, e clubes de investimento com carteira gerida por cotistas que são investidores
qualificados.

• Investidores profissionais: são aqueles com somas elevadas de investimentos (mais de


10 milhões) e considerável conhecimento técnico e experiência na operação com valores
mobiliários. Este tipo de profissional pode realizar negócios mais arriscados por seu maior
conhecimento.

• Investidores não-residentes: são pessoas físicas e jurídicas, que não moram em


território nacional e que investem no Brasil. Essa categoria inclui os fundos e outras
entidades de investimento coletivo.

Participantes
No que se refere aos participantes dos fundos, podemos citar:
• Administrador: é o responsável legal pelo funcionamento do fundo; controla todos os
prestadores de serviço e defende os interesses dos cotistas, além de ser responsável pela
comunicação com estes;

• Custodiante: é o responsável pela “guarda” dos ativos do fundo, além de responder


pelos dados e envio de informações dos fundos aos gestores e administradores;

157
• Distribuidor: é o responsável pela venda das cotas do fundo, podendo ser o próprio
administrador ou terceiros contratados por ele;

• Gestor:
✓ é o responsável pela compra e venda dos ativos do fundo (gestão), segundo política de
investimento estabelecida em regulamento;
✓ quando há aplicação no fundo, cabe ao gestor comprar ativos para a carteira;
✓ já quando houver resgate, o gestor terá que vender ativos da carteira.

• Auditor independente: todo fundo deve contratar um auditor independente que


audite as contas do fundo pelo menos uma vez por ano.

Assembleia Geral Ordinária (AGO) x Assembleia Geral Extraordinária (AGE)

• A Assembleia Geral Ordinária (AGO) deve ocorrer anualmente até 120 dias do término
do exercício social para deliberar sobre as demonstrações contábeis do fundo.

• A AGO somente pode ser realizada no mínimo 30 dias após estarem disponíveis aos
cotistas as demonstrações contábeis auditadas relativas ao exercício encerrado. As demais
assembleias são chamadas de Assembleia Geral Extraordinária (AGE).

• Segregação entre gestão de recursos próprios e de terceiros (chinesewall): as


instituições financeiras devem ter suas atividades de administração de recursos próprios e
recursos de terceiros (fundos de investimentos), totalmente separadas e independentes de
forma a prevenir potenciais conflitos de interesses.

• Um fundo de investimento pode ser equiparado a um condomínio, pois os cotistas


possuem objetivos semelhantes; além disso, o condomínio é a base legal dos fundos de
investimentos;

158
• A possibilidade de os cotistas se reunirem em grupos para realizar os investimentos
representa a grande vantagem dos fundos, já que o investimento em conjunto amplia o
leque de estratégias que podem ser adotadas, facilita a diversificação da carteira e reduz os
custos incorridos por cada investidor;

• A cota de um fundo de investimento é a sua fração ideal, sendo definida de forma


escritural e normativa, de modo que a cota representa a menor fração de um fundo;

• O valor da cota é definido por: Valor da Cota = Patrimônio Líquido/Número de Cotas;

• Os cotistas de fundos de investimentos possuem os seguintes direitos:


✓ o gestor do fundo deve fornecer o regulamento e o prospecto para todos os cotistas,
além de relatórios periódicos referentes às atividades do fundo;
✓ deve divulgar imediatamente, de forma adequada, qualquer informação que possa
influenciar a decisão do cotista em permanecer no fundo, tais como mudanças nas
regras de alavancagem, mudanças nas regras de operação com derivativos, entre
outros.

Fundos abertos
Resgate e saída a qualquer momento pelos cotistas.
O número de cotas do Fundo é variável: quando um cotista aplica, novas cotas são
geradas e o administrador compra ativos para o Fundo; quando um cotista resgata,
suas cotas desaparecem, e o administrador é obrigado a vender ativos para pagar o
resgate.
É recomendado abrigar ativos com liquidez mais alta para pagar cotistas de saída.

Fundos Fechados
Fundos Fechados tem prazo de duração.
A entrada e a saída de cotistas não é permitida a qualquer momento.
O cotista só pode resgatar suas cotas ao término do prazo de duração do Fundo ou em
virtude de sua eventual liquidação.

159
Há a possibilidade de resgate dessas cotas caso haja deliberação por parte da
assembleia geral dos cotistas ou haja essa previsão no regulamento do Fundo.
Cotista pode vender suas cotas para outro investidor interessado em ingressar no
Fundo.

• Fundos Restritos: são aqueles constituídos para receber investimentos de um grupo


restrito de cotistas, normalmente os membros de uma única família, ou empresas de um
mesmo grupo econômico.

• Fundos Exclusivos: são aqueles constituídos para receber aplicações exclusivamente


de um único cotista. Somente investidores profissionais podem ser cotistas de Fundos
Exclusivos. Marcação a mercado é facultativa.

• Fundos de Investimento com carência: trata-se do fundo com prazo de carência para
resgate após o término da carência. Há incidência de cobrança de IOF à alíquota de 0,5% ao
dia em caso de resgate antes do término da carência estabelecida no Formulário de
Informações Complementares (FIC).

• Fundos de Investimento sem carência: fundos com resgates a qualquer momento.

• Fundos passivos (fundo indexado): buscam acompanhar um determinado


“benchmark” e por essa razão seus gestores têm menos liberdade na seleção de Ativos. Ex:
Fundo que segue o Ibovespa.

• Fundos ativos: o gestor fica “livre” para atuar buscando obter o melhor desempenho,
assumindo decisões de investimentos que julgue propícias para superar o seu “benchmark”.

• Fundo alavancado: um Fundo é considerado alavancado sempre que existir


possibilidade de perda superior ao patrimônio do fundo, desconsiderando-se casos de
default nos ativos do fundo.

160
• Fundos de Renda Fixa: o fundo classificado como “Renda Fixa” deve possuir, no
mínimo, 80% da carteira em ativos relacionados diretamente, ou sintetizados via derivativos,
ao fator de risco que dá nome à classe, expostos à variação da taxa de juros ou a um índice
de preços, ou ambos.

• É vedada a cobrança de taxa de performance, salvo quando se tratar de Fundo


destinado a investidor qualificado. A classe de Fundos Renda Fixa poderá conter os seguintes
sufixos: curto prazo; longo Prazo; referenciado; simples; dívida Externa e crédito Privado.

• Fundos de Renda Fixa de Longo Prazo: o fundo que dispuser, em seu regulamento,
que tem o compromisso de obter o tratamento fiscal destinado a fundos de longo prazo
previsto na regulamentação fiscal vigente estará obrigado a incluir a expressão “Longo Prazo”
na denominação do fundo.

• Fundo de Renda fixa de Curto Prazo: são Fundos que têm por objetivo proporcionar a
menor volatilidade possível dentre os Fundos disponíveis no mercado brasileiro.

• Fundos de Renda Fixa Referenciados


✓ O fundo classificado como “Renda Fixa” cuja política de investimento assegura que ao
menos 95% do seu patrimônio líquido esteja investido em ativos que acompanham,
direta ou indiretamente, determinado índice de referência deve incluir, à sua
denominação, o sufixo “Referenciado” seguido da denominação de tal índice.
✓ Devem ter 80%, no mínimo, de seu patrimônio líquido representado por títulos da
dívida pública federal ou por ativos financeiros de renda fixa considerados de baixo
risco de crédito pelo gestor, inclusive cotas de fundos de índice que invistam nesses
ativos.
✓ Derivativos somente para proteção da carteira (hedge).
✓ Fundos de Renda Fixa Simples: o fundo classificado como “Renda Fixa” que atenda às
condições abaixo deve incluir, à sua denominação, o sufixo “Simples”

• Tenha 95%, no mínimo, de seu patrimônio líquido representado, isolada ou


cumulativamente, por:

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✓ Títulos da dívida pública federal;
✓ Títulos de renda fixa de emissão ou coobrigação de instituições financeiras que
possuam classificação de risco atribuída pelo gestor, no mínimo, equivalente àqueles
atribuídos aos títulos da dívida pública federal;
✓ Operações compromissadas lastreadas em títulos da dívida pública federal ou em
títulos de responsabilidade, emissão ou coobrigação de instituições autorizadas a
funcionar pelo Banco Central do Brasil, com algumas ressalvas.
✓ Realize operações com derivativos exclusivamente para fins de proteção da carteira
(hedge).
✓ Se constitua sob a forma de condomínio aberto.
✓ Preveja, em seu regulamento, que todos os documentos e informações a eles
relacionados sejam disponibilizados aos cotistas preferencialmente por meios
eletrônicos.

• Fundos de Renda Fixa de Dívida Externa: trata-se do fundo que tenha 80%, no
mínimo, de seu patrimônio líquido representado por títulos representativos da dívida
externa de responsabilidade da União, deve incluir, à sua denominação, o sufixo “Dívida
Externa”.

• Fundos de Renda Fixa Crédito Privado: trata-se do fundo que realizar aplicações
títulos privados, ou de emissores públicos diferentes da União Federal que, em seu conjunto,
excedam o percentual de 50% de seu patrimônio líquido, deve incluir à sua denominação o
sufixo “Crédito Privado”.

• Fundo Cambial: trata-se do fundo que tem como principal fator de risco de carteira a
variação de preços de moeda estrangeira ou a variação do cupom cambial. No mínimo 80%
da carteira deve ser composta por ativos relacionados diretamente, ou sintetizados via
derivativos, ao fator de risco que dá nome à classe. É permitido taxa de performance.

• Fundo de ações

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✓ Investe no mínimo 67% do seu Patrimônio Líquido em ações negociadas no mercado à
vista de Bolsa de Valores, incluindo, também: BDR’s, cotas de fundos de ações, e bônus
ou recibos de subscrição e certificados de depósito de ações.
✓ A performance destes fundos está sujeita à variação de preço dos ativos que compõem
sua carteira.
✓ classe de Fundos de Ações poderá conter os seguintes sufixos: mercado de Acesso e
BDR – Nível 1.

• Fundo de ações Mercado de Acesso


Fundos de ações cuja política de investimento preveja que, no mínimo, 2/3 (dois terços) do
seu patrimônio líquido seja investido em ações de companhias listadas em segmento de
negociação de valores mobiliários, voltado ao mercado de acesso, instituído por bolsa de
valores ou por entidade do mercado de balcão organizado, que assegure, por meio de
vínculo contratual, práticas diferenciadas de governança corporativa devem usar, em seu
nome, a designação “Ações – Mercado de Acesso”.

• Fundo de Ações BDR Nível I: caso a política de investimentos do fundo preveja


aplicação em BDR classificados como nível I, deve colocar o sufixo “Ações – BDR Nível I”.

• Fundos Multimercados
✓ Os fundos classificados como “Multimercado” devem possuir políticas de investimento
que envolvam vários fatores de risco, sem o compromisso de concentração em nenhum
fator em especial ou em fatores diferentes das demais classes de fundos.
✓ Podem usar derivativos para alavancagem. Podem aplicar até 20% de seu patrimônio
em ativos no exterior. Podem cobrar taxa de performance. A classe de Fundos
Multimercados poderá conter os seguintes sufixos.

• Fundos Multimercados de Longo Prazo: trata-se do fundo que dispuser, em seu


regulamento, que tem o compromisso de obter o tratamento fiscal destinado a fundos de
longo prazo previsto na regulamentação fiscal vigente estará obrigado a incluir a expressão
“Longo Prazo” na denominação do fundo.

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• Fundos Multimercados Crédito Privado: trata-se do fundo que realizar aplicações
títulos privados, ou de emissores públicos diferentes da União Federal que, em seu conjunto,
excedam o percentual de 50% de seu patrimônio líquido, deve incluir à sua denominação o
sufixo “Crédito Privado”.

• Fundos de Índice (ETF): Fundo de Índice é um tipo de investimento universalmente


conhecido como Exchange Traded Fund (ETF). Este tipo de investimento tem como objetivo
reproduzir a variação de rentabilidade de um índice do mercado acionário.

• Fundos de Investimentos Imobiliário (FII)


✓ Os Fundos de Investimento Imobiliário (FII) destinam-se ao desenvolvimento de
empreendimentos imobiliários.
✓ Uma vez constituído e autorizado o funcionamento do Fundo, admite-se que 25% de
seu patrimônio, no máximo e temporariamente, seja investida em cotas de FI e/ou em
Títulos de Renda Fixa.
✓ Essa parcela pode ser maior se expressamente autorizado pela CVM, mediante
justificativa do administrador do Fundo.
✓ É vedado ao Fundo operar em mercados futuros ou de opções.

• Fundos Off-Shore: é considerado fundo off-shore aquele constituído fora do território


brasileiro, mas que aplica em ativos dentro do país.

• Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC E FIC-FIDC)


✓ São Fundos constituídos por títulos de crédito originários de operações realizadas nas
instituições financeiras, na indústria, arrendamento mercantil, hipotecas, prestação de
serviços e outros títulos que possam ser admitidos como direito de crédito pela CVM.
✓ Dessa forma, as operações de crédito originalmente feitas podem ser cedidas aos
Fundos que assumem esses direitos creditórios. Essa operação permite aos bancos, por
exemplo, que cedam (vendam) seus empréstimos aos FIDC, liberando espaço para
novas operações, e aumentando a liquidez deste mercado.
✓ O FIDC deve ter, no mínimo, 50% de seu patrimônio em direitos creditórios.

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✓ Os FIDC podem operar no mercado de derivativos (bolsas e balcão com sistema de
registro) somente para proteger suas posições à vista.
✓ No caso de Fundo aberto, o Fundo será liquidado ou incorporado a outro se mantiver
PL médio inferior a R$500.000 durante 3 meses consecutivos, ou 3 meses após a
autorização da CVM.

• Fundos de Investimento Capital Protegido: são fundos que têm por objetivo proteger
o valor do capital investido pelos seus cotistas, proporcionando uma parcela da rentabilidade
da bolsa, quando ela for positiva, ao final certo intervalo de tempo.

• Fundos de Investimento Imobiliário (FII): essa modalidade envolve a reunião de


recursos destinados à realização de investimentos em ativos do mercado imobiliário. Os
recursos desses fundos podem ser utilizados para a aquisição de imóveis rurais e urbanos,
assim como títulos e valores mobiliários.

• Fundos de Investimento em Direitos Creditórios – FIDC e FIDC-NP: esses fundos se


caracterizam por aplicar parcela mínima de 50% do seu patrimônio líquido em direitos
creditórios. Eles podem ser constituídos na forma de condomínio aberto ou fechado e obtêm
recursos através da distribuição de cotas.

• Fundos de Investimento em Participações (FIP): Segundo a BMFBOVESPA:


✓ “O Fundo de Investimento em Participações (FIP) é uma comunhão de recursos
destinados à aplicação em companhias abertas, fechadas ou sociedades limitadas, em
fase de desenvolvimento. Cabe ao administrador constituir o fundo e realizar o
processo de captação de recursos junto aos investidores através da venda de cotas.’’
✓ ‘’ […] O FIP é um investimento em renda variável constituído sob a forma de
condomínio fechado, em que as cotas somente são resgatadas ao término de sua
duração ou quando é deliberado em assembleia de cotistas a sua liquidação.’’
✓ ‘’ […] O fundo deverá participar do processo decisório da companhia investida, com
efetiva influência na definição de sua política estratégica e na sua gestão,
notadamente através da indicação de membros do Conselho de Administração.”

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• Prazo de cotização: é a quantidade de dias que o fundo demora para converter os
aportes em cotas (prazo de cotização de aporte) ou para converter cotas em dinheiro (prazo
de cotização de resgate). Geralmente é contado em dias úteis.

• Prazo de liquidação: é a quantidade de dias que o fundo demora, depois da cotização,


para depositar na conta corrente do cotista o valor do resgate efetuado. Geralmente é
contado em dias corridos.

• Riscos dos ativos individuais versus riscos da carteira: os ativos individuais tendem a
ter risco maior que uma carteira de títulos, pois o risco da carteira é distribuído entre os
cotistas e está associado à quantidade de títulos que possui em sua carteira e aos seus prazos
de vencimento.

• Alavancagem: é uma estratégia utilizada para potencializar ganho que consiste em


assumir posições maiores que o patrimônio líquido do fundo, através da utilização de
derivativos. Há possibilidade de ganhos altos, contudo, o risco é alto, e é possível que o
investidor seja chamado para fazer aportes, devido ao patrimônio negativo

• Taxa de administração: é o percentual pago pelos cotistas de um fundo para


remunerar todos os prestadores de serviço. É uma taxa expressa ao ano calculada e deduzida
diariamente e sua cobrança afeta o valor da cota. A rentabilidade divulgada pelos fundos de
investimento é sempre líquida de taxa de administração.

• Taxa de performance: é o percentual cobrado do cotista quando a rentabilidade do


fundo supera a de um indicador de referência. Nem todos os fundos cobram taxa de
performance. Cobrança após a dedução de todas as despesas, inclusive da taxa de
administração. Linha d’água: Metodologia utilizada para cobrança de taxa de performance.
Periodicidade: Semestral

• Taxa de ingresso ou de saída: estas taxas não são tão comuns, mas também podem
ser cobradas dependendo do fundo de investimento que você escolher. Elas são cobradas na
aquisição de cotas do fundo ou quando o investidor solicita o resgate de suas cotas.

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• Carteira Administrada: A administração de carteira de valores mobiliários consiste na
gestão profissional de recursos ou valores mobiliários, sujeitos à fiscalização da Comissão de
Valores Mobiliários, entregues ao administrador, com autorização para que este compre ou
venda títulos e valores mobiliários por conta do investidor.

• Fundos de Investimento Capital Protegido: são fundos que têm por objetivo proteger
o valor do capital investido pelos seus cotistas, proporcionando uma parcela da rentabilidade
da bolsa, quando ela for positiva, ao final certo intervalo de tempo.

• Fundos de Investimento Imobiliário (FII): essa modalidade envolve a reunião de


recursos destinados à realização de investimentos em ativos do mercado imobiliário. Os
recursos desses fundos podem ser utilizados para a aquisição de imóveis rurais e urbanos,
assim como títulos e valores mobiliários.

• Fundos de Investimento em Direitos Creditórios – FIDC e FIDC-NP: esses fundos se


caracterizam por aplicar parcela mínima de 50% do seu patrimônio líquido em direitos
creditórios. Eles podem ser constituídos na forma de condomínio aberto ou fechado e obtêm
recursos através da distribuição de cotas.

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