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Sistema Financeiro Nacional e
Participantes do Mercado
• Órgão normativos: determinam regras gerais para o bom funcionamento do SFN.
São eles: Conselho Monetário Nacional (CMN), Conselho Nacional de Seguros
Privados (CNSP) e Conselho Nacional de Previdência Complementar (CNPC).
• Entidades supervisoras: estão subordinadas aos órgãos normativos e atuam de
modo que os cidadãos e os integrantes do sistema financeiro sigam as regras
definidas pelos órgãos normativos. São elas: Banco Central do Brasil (BACEN),
Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Superintendência de Seguros Privados
(Susep) e Superintendência de Previdência Complementar (Previc).
• Operadores: estão subordinados às entidades supervisoras e lidam com o público
no papel de intermediário financeiro. São eles: Bancos e caixas econômicas,
cooperativas de crédito, instituições de pagamento, administradoras de
consórcios, corretoras e distribuidoras, bolsa de valores, bolsa de mercadorias e
futuros, seguradoras e resseguradoras, entidades abertas de previdência,
sociedades de capitalização e entidades fechadas de previdência complementar
(fundos de pensão).
• O agente superavitário é aquele cuja renda excede suas despesas, isso quer dizer
que ele tem dinheiro para suprir todas as suas necessidades, e ainda fica com
capital sobrando.
• O agente deficitário é aquele cuja renda não cobre suas despesas. Eles têm
necessidades que não permitem que sobre dinheiro. Por isso a necessidade de
buscar recursos junto a uma Instituição Financeira.
• CMN: formula a política de controle da moeda no SFN e incentiva (ou não)
mecanismos de incentivo ao consumo de bens e serviços, prática também
conhecida como política de crédito ou financiamento. Objetiva gerar um

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ambiente de estabilidade monetária que permita o desenvolvimento do país.
• CNSP: acompanha a evolução do mercado segurador nacional, não só
estabelecendo as normas, mas também observando a evolução dos indicadores
de risco e a ocorrência de incidentes cobertos pelos contratos de seguros,
permitindo a modernização deste serviço.
• CNPC: além de ser um órgão normativo, se atenta sobre a influência dos reflexos
econômicos e movimentos da gestão dos planos de previdência complementar no
montante de recursos acumulados pelos clientes para assim modernizar a
legislação e resguardar os planos futuros de aposentadoria.
• Os bancos múltiplos são instituições privadas ou públicas que captam recursos e
os repassam as empresas, famílias e governos e prestam serviços. Podem operar
as seguintes carteiras: comerciais, de investimento, de desenvolvimento, de
crédito imobiliário, de arrendamento mercantil, financiamento e investimentos.
• Os bancos comerciais, que também podem ser privados ou públicos, oferecem
recursos para financiar, em curto e médio prazo, para indústria, comércio,
serviços e pessoas físicas e podem captar depósitos à vista e a prazo.
• Os bancos de investimento, que são instituições privadas especializadas em
operações de participação societária, financiamento de atividade produtiva para
suprimento de capital fixo e de giro e administração de recursos de terceiros.
• Os bancosde desenvolvimento são controlados pelos governos estaduais e têm o
objetivo de proporcionar recursos necessários para financiamento de programas
e projetos que promovam o desenvolvimento econômico e social dos estados.
• As cooperativas de crédito são um tipo de instituição que pode surgir da
associação de funcionários de uma empresa, de profissionais de um segmento, de
empresários ou da admissão livre e espontânea de outros tipos de associados. Os
lucros das operações de empréstimos são repartidos entre os associados.
• Seguros, previdência e capitalização são consideradas parte do sistema
financeiro porque promovem a formação de poupança por parte dos agentes
econômicos. Os recursos captados por esses intermediadores são aplicados em

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investimentos específicos, dado que muitas vezes é necessário fazer frente ao
compromisso de seus clientes.
• As bolsas de valores, mercadorias e futuros atuam na intermediação de recursos
do mercado de capitais (ações, opções, direitos, títulos, debêntures, notas
promissórias) e contratos de derivativos.
• As sociedades corretoras de títulos e valores mobiliários são instituições
autorizadas a negociar valores mobiliários e derivativos no mercado de
negociações (pregão).
• Em 2009, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e o Banco Central permitiram
que as sociedades distribuidoras de títulos e valores mobiliários atuassem no
mercado de negociações (pregão).
• O BACEN (Banco Central da República do Brasil) é a entidade supervisora do SFN
e obedece às diretrizes estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional, sendo
responsável pela supervisão das entidades financeiras, bancos de câmbio e outras
instituições financeiras intermediárias.
• O BACEN é uma autarquia vinculada ao Ministério da Economia e é o principal
órgão executivo do Sistema Financeiro Nacional. Sua diretoria colegiada é
composta de Presidente e 8 Diretores (9 membros), todos nomeados pelo
Presidente da República e aprovados pelo Senado.
• Compete ao BACEN cumprir e fazer cumprir as disposições que lhe são atribuídas
pela legislação em vigor e as normas expedidas pelo Conselho Monetário
Nacional.
• Dentre as principais atribuições do BACEN está: autorizar o funcionamento e
fiscalizar as Instituições Financeiras, punindo-as se for o caso; emitir moeda-
papel e moeda metálica; controlar o crédito e o fluxo de capitais estrangeiros;
executar a política monetária e cambial.
• A SUSEP é o órgão responsável pelo controle e fiscalização dos mercados de
seguro, previdência privada aberta, capitalização e resseguro. Trata-se de uma
autarquia federal vinculada ao Ministério da Economia.

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• A SUSEP é uma entidade supervisora, devendo sempre respeitar as diretrizes do
órgão normativo CNSP (Conselho Nacional de Seguros Privados).
• A Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc) é uma
entidade governamental autônoma estabelecida na forma de autarquia especial
ligada ao Ministério da Economia. Objetiva fiscalizar as entidades fechadas de
previdência complementar e realizar políticas para o regime de previdência
complementar.
• Os bancos comerciais (BC) são sociedades anônimas que possuem como objetivo
promover o encontro entre os agentes superavitários e deficitários, além de
realizar operações financeiras de curto prazo e criar moeda através de débitos e
empréstimos.
• Entre as atividades realizadas pelos BC destacam-se as concessões de
empréstimos, operações de crédito, pagamento de cheques, transferência de
recursos e ordens de pagamento, aluguel de cofres e custódia de valores,
pagamento de tarifas públicas, entre outros.
• Os bancos comerciais são constituídos em forma de sociedade anônima e sua
principal fonte de recursos são os depósitos à vista, utilizados para conceder
crédito para consumidores e empresas.
• Os BC são intermediários financeiros que captam recursos de credores e os
distribuem através do crédito para devedores. O objetivo principal é proporcionar
suprimento de recursos necessários para financiar, a curto e a médios prazos: o
comércio, a indústria, as empresas prestadoras de serviços, as pessoas físicas e
terceiros em geral.
• Os bancos múltiplos são IF privadas ou públicas que realizam as operações ativas,
passivas e assessórias das diversas IF, por intermédio das seguintes carteiras:
comercial, de investimento e/ou de desenvolvimento, de crédito imobiliário, de
arrendamento mercantil e de crédito, financiamento e investimento.
• As operações realizadas pelos bancos múltiplos estão sujeitas às mesmas normas
legais e regulamentares aplicáveis às instituições singulares correspondentes às

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suas carteiras. A carteira de desenvolvimento somente poderá ser operada por
banco público.
• O banco múltiplo deve ser constituído com, no mínimo, duas carteiras, sendo
uma delas, obrigatoriamente, comercial ou de investimento, e ser organizado sob
a forma de S.A. As instituições com carteira comercial podem captar depósitos à
vista.
• Os bancos múltiplos são instituições financeiras privadas ou públicas que
realizam as operações ativas, passivas e acessórias das diversas instituições
financeiras.
• As operações dos bancos múltiplos incluem as seguintes carteiras: comercial,
investimento e/ou de desenvolvimento, crédito imobiliário, arrendamento
mercantil e de crédito (leasing), financiamento e investimento (financeiras).
• Os bancos de investimentos são IF privadas especializadas em operações de
participação societária de caráter temporário, de financiamento da atividade
produtiva para suprimento de capital fixo e de giro e de administração de
recursos de terceiros.
• Os bancos de investimentos devem ser constituídos sob a forma de S.A. Não
possuem contas correntes e captam recursos via depósitos a prazo, repasses de
recursos externos, internos e venda de cotas de fundos de investimento por eles
administrados.
• As principais operações ativas são financiamento de capital de giro e capital fixo,
subscrição ou aquisição de títulos e valores mobiliários, depósitos interfinanceiros
e repasses de empréstimos externos. Isto ocorre, dado que os bancos de
investimentos são instituições criadas para conceder créditos de médio e longo
prazo para as empresas.
• Os bancos de desenvolvimento são instituições financeiras controladas pelos
governos estaduais, e têm como objetivo precípuo proporcionar o suprimento de
recursos necessários ao financiamento de médio e a longo prazos, atendendo
projetos que visem a promover o desenvolvimento econômico e social do

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respectivo Estado.
• O BNDES é o principal instrumento de execução da política de investimento do
Governo Federal e tem por objetivo primordial apoiar programas, projetos, obras
e serviços que se relacionem com o desenvolvimento econômico e social do País.
• O BNDES está sujeito fica sujeito à supervisão do Ministro de Estado do
Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e exercita suas atividades,
visando a estimular a iniciativa privada, sem prejuízo de apoio a
empreendimentos de interesse nacional a cargo do setor público.
• A Bolsa de valores é o local onde se negociam títulos e valores mobiliários.
Exemplo: ações, que é a menor parcela do capital de uma empresa. A
BM&FBovespa/B3 opera um elenco completo de negócios com ações, derivativos,
commodities, balcão e operações estruturadas.
• As negociações se dão em pregão eletrônico e via internet, com facilidades de
homebroker (sistema oferecido por diversas companhias para conectar seus
usuários ao pregão eletrônico no mercado de capitais).
• A BM&FBovespa – Câmara de Ações tem por objeto compensar, liquidar e
controlar o risco das obrigações decorrentes de operações à vista e de liquidação
futura com qualquer espécie de valores mobiliários, títulos, direitos e ativos
realizadas na Bolsa de Valores de São Paulo S.A. (BM_amp_- FBOVESPA), em
outras bolsas ou outros mercados. É uma clearinghouse.
• É negociado na BM&FBovespa: ações, derivativos (opções, futuro e termo), CRI,
CRA, debentures, letras financeiras, fundo imobiliário, fundo de participações,
fundo de direitos creditórios, ETF.
• Originada pela fusão entre a BM&FBOVESPA e a Cetip, a B3 é a companhia de
infraestrutura de mercado financeiro. Antes da fusão ela era a bolsa de valores e
responsável pela provisão de sistemas para a negociação de ações, derivativos de
ações, títulos de renda fixa, títulos públicos federais, derivativos financeiros,
moedas à vista e commodities agropecuárias.

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• As corretoras de títulos e valores mobiliários (CTVM) e as distribuidoras de
títulos e valores mobiliários (DTVM) atuam nos mercados financeiros e de
capitais, e no mercado cambial intermediando a negociação de títulos e valores
mobiliários entre investidores e tomadores de recursos.
• As corretoras e as distribuidoras devem ser constituídas sob a forma de
sociedade anônima ou por quotas de responsabilidade limitada. Objetivam dar
maior liquidez e segurança ao mercado acionário.
• As Sociedades Distribuidoras de títulose valores mobiliários são constituídas sob
a forma de S.A. ou por quotas de responsabilidade limitada e são supervisionadas
pelo Banco Central do Brasil.
• As CTVM oferecem os serviços de: consultoria financeira, financiamento para
compra de ações (conta margem), plataformas de investimento pela internet
(homebroker), clubes de investimentos, administração e custódia de títulos e
valores mobiliários dos clientes, intermediação de operações de Câmbio,
administração de fundos e clubes de Investimento.
• No Brasil a CBLC é responsável pela guarda, compensação e liquidação das
operações que ocorrem na BM&FBovespa, seja no mercado à vista ou nos
mercados de derivativos. A CBLC executa o controle de risco dos negociantes,
evitando possíveis desequilíbrios no mercado.
• A função básica de um sistema de pagamentos é transferir recursos, bem como
processar e liquidar pagamentos para pessoas, empresas, governo, Banco
Central e instituições financeiras.
• Clearing House ou câmara de compensação, identifica a parte de uma bolsa de
valores na qual as transações dos clientes são processadas e registradas. Ela é
responsável por assegurar que todas as transações sejam realizadas, eliminando o
risco de crédito.
• Uma Clearing é uma prestadora de serviços de compensação e liquidação de
ordens eletrônicas, de transferências de fundos e de outros ativos financeiros, e
principalmente de compensação e de liquidação de operações realizadas em

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bolsas de mercadorias e de futuros e de compensação envolvendo operações
com derivativos.
• O Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic), do Banco Central do
Brasil, é um sistema informatizado que se destina à custódia de títulos escriturais
de emissão do Tesouro Nacional, bem como ao registro e à liquidação de
operações com esses títulos.
• Investidores qualificados: a Instrução nº 554/2014 da CVM define como
investidores qualificados as pessoas físicas e jurídicas com aplicações
financeiras superiores a um milhão de reais e que se identificam por escrito como
possuindo essa função.
• São designados como investidores qualificados: investidores profissionais;
agentes autônomos de investimento, analistas e consultores de valores
mobiliários; administradores de carteira, e clubes de investimento com carteira
gerida por cotistas que são investidores qualificados.
• investidores profissionais: são aqueles com somas elevadas de investimentos
(mais de 10 milhões) e considerável conhecimento técnico e experiência na
operação com valores mobiliários. Este tipo de profissional pode realizar negócios
mais arriscados por seu maior conhecimento.
• investidores não-residentes: são pessoas físicas e jurídicas, que não moram em
território nacional e que investem no Brasil. Essa categoria inclui os fundos e
outras entidades de investimento coletivo.

Informação privilegiada
• Informação privilegiada: engloba todas as informações que não são de
conhecimento do público geral, obtidas durante a execução da função de um
profissional.
• Essas informações, muitas vezes, são estratégicas e, se utilizadas de forma imoral,
podem beneficiar/prejudicar outras pessoas, sendo possível se identificar dois

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casos em que o seu uso foge aos padrões éticos: o InsiderTrader e Front Runner.
• Insider Trader: quando um indivíduo utiliza as informações privilegiadas que tem
acesso em benefício próprio ou de terceiros.
o EXEMPLO: a delação premiada dos irmãos Batista. Ela resultou em uma
queda elevada das ações da JBS. Os irmãos prevendo a queda do preço das
ações as venderam para a JBS por R$ 328 milhões. Assim, eles se
aproveitaram das informações privilegiadas que possuíam para lucrar em
cima dos demais acionistas da empresa.
• Front Runner: quando determinada instituição utiliza as informações privilegiadas
que tem acesso em benefício próprio.
o EXEMPLO: ocorre quando um cliente de referência do mercado, conhecido
por possuir grande perícia em investimentos, ordena que um fundo de
investimento compre determinada ação. Porém, o gestor do fundo, tendo
conhecimento da elevada perícia do cliente, compra aquela ação para o
fundo e apenas em um segundo momento para o cliente. Nesse caso, ele
utilizou indevidamente a informação privilegiada que tinha, ferindo as boas
normas éticas.
• Confidencialidade: é um princípio que determina que os profissionais que
possuem acesso a informações privilegiadas devem as manter em sigilo, salvo se
a publicação da informação for determinada por lei.
• Conflitos de interesses: é observado quando um profissional possui motivações e
interesses pessoais que o levam a influenciar nos objetivos e nas atividades
realizadas pela organização em que trabalha; assim, é dever do profissional
informar a sua ocorrência e tomar as medidas cabíveis para que ele não ocorra.
• Ética nas vendas: avenda casada ocorre quando dois ou mais produtos/serviços
são vendidos como se fossem um pacote. Ou seja, que a venda de um esteja
subordinada a venda do outro.

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O papel da ANBIMA e as atividades desenvolvidas
• Representação: a ANBIMA Promove o diálogo para construir propostas de
aprimoramento do mercado, que são apresentadas e discutidas com o governo e
com outras entidades do setor privado. Propõe boas práticas de negócios, que os
associados seguem de forma voluntária.
• Autorregulação: é baseada em regras criadas pelo mercado, para o mercado e
em favor dele. Essas regras estão nos Códigos de Autorregulação e Melhores
Práticas, que são de adesão voluntária. O cumprimento das normas é
acompanhado de perto pela equipe técnica, que supervisiona as instituições e dá
orientações de caráter educativo.
• Informação: a ANBIMA é provedora de informações sobre os segmentos de
mercado que representam. A construção de uma base de dados consistente é
parte dos esforços para dar mais transparência e segurança aos mercados.
Divulgam desde referências de preços e índices que refletem o comportamento
de carteiras de ativos até estudos específicos, que auxiliam no acompanhamento
dos temas de interesse dos associados.
• Educação: a ANBIMA acredita que o mercado forte se faz com profissionais
qualificados e com investidores conscientes. As ações de educação se dividem em
três vertentes: capacitação dos profissionais por meio de certificações;
qualificação dos profissionais certificados por meio de educação continuada e
disseminação de conteúdo sobre educação financeira.

ANBIMA: princípios
• O código de ética da ANBIMA irá ressaltar que a atuação das Associadas e a
interpretação de todas as normas a elas aplicáveis deverão ser regidas pelos
seguintes princípios que vemos a seguir.
✓ estrita observância do sistema de leis, das normas, dos costumes e das
normas de regulação e melhores práticas da ANBIMA que regem sua
atividade;

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✓ a observância dos princípios da probidade e da boa-fé;
✓ a observância dos interesses de investidores, dos emissores e dos demais
usuários de seus serviços;
✓ o compromisso com o aprimoramento e valorização dos mercados
financeiro e de capitais;
✓ a transparência sobre os procedimentos envolvidos em suas atividades;
✓ a preservação do dever fiduciário com relação a seus clientes;
✓ a preservação do sistema de liberdade de iniciativa e de livre concorrência;
✓ a responsabilidade social e espírito público; e
✓ a manutenção do estrito sigilo sobre as informações confidenciais que lhes
forem confiadas em razão da condição de prestador de serviços
financeiros.

Princípios éticos fundamentais


• A atuação das instituições associadas e a interpretação de todas as normas a elas
aplicáveis deverão se regidas pelos princípios gerais, sendo eles:
✓ a estrita observância do sistema de leis, das normas, dos costumes e das
normas de regulação e melhores práticas da ANBIMA que regem a
atividade;
✓ a observância dos princípios da probidade e da boa-fé;
✓ a observância dos interesses dos investidores, dos emissores, e dos demais
usuários de seus produtos e serviços;
✓ o compromisso constante com o aprimoramento e a valorização dos
mercados financeiro e de capitais;
✓ a transparência sobre os procedimentos envolvidos em todas as suas
atividades;

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✓ a preservação do dever fiduciário com relação a seus clientes;
✓ a preservação do sistema de liberdade de iniciativa e de livre concorrência;
o a responsabilidade social e o espírito público; e
o a manutenção do estrito sigilo sobre as informações confidenciais que
forem confiadas ao profissional em razão de sua condição de prestador de
serviços.

ANBIMA: Padrões de Conduta


• Acrescentando ao que vimos a pouco, também são responsabilidades
fundamentais das instituições associadas:
✓ ter conhecimento e observar todas as leis e normas aplicáveis a suas
atividades, inclusive os Códigos de Regulação e Melhores Práticas da
ANBIMA, e realizar o esforço de disseminá-las internamente aos seus
funcionários;
✓ nunca violar ou aconselhar a violação dessas normas. Ainda, deve-se se
opor à violação de tais leis e normas que são aplicáveis às suas atividades,
incluindo todas aquelas dispostas nos Códigos de Regulação e Melhores
Práticas da ANBIMA;
✓ é preciso contribuir para o aprimoramento do ordenamento jurídico que
seja aplicável aos mercados financeiro e de capitais; e
✓ é dever exercer a intermediação financeira e as atividades correlacionadas
com a negociação de valores mobiliários nos termos das prerrogativas
legais que lhes forem comprometidas pelo Poder Público.
✓ Quanto ao relacionamento entre as Associadas com os agentes e entidades
do mercado financeiro e de capitais, os padrões de conduta abaixo
precisam ser seguidos:
✓ sempre contribuir para a manutenção de um ambiente de negociação que
seja capaz de proporcionar a formação adequada dos preços, de liquidez e

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uma concorrência leal.
✓ é preciso contribuir para a análise, a avaliação, o aprimoramento e o bom
encaminhamento de sugestões ou propostas para o desenvolvimento dos
mercados financeiro e de capitais;
✓ deve-se observar, durante a divulgação de sua publicidade, todas as leis e
as normas que são aplicáveis à sua atividade, bem como os padrões éticos
de conduta estabelecidos pela ANBIMA em seus Códigos de Regulação e
Melhores Práticas. Sempre compatibilizando o direito de informação do
mercado, o dever de informar e o dever de manter sigilo sobre as
informações sensíveis;
✓ não se deve utilizar de informação privilegiada na realização de seus
negócios, em violação a qualquer norma ética ou jurídica, e manter o dever
de sigilo;
✓ não realizar operações que coloquem em risco sua capacidade de
liquidação física ou financeira; e
✓ manter-se independente nos procedimentos de auditoria, de análise e
avaliação de quaisquer ativos ou empresas.
• Restando-nos, agora, ver o compromisso que as associadas precisam observar
durante seu relacionamento com os clientes:
✓ a associada deve praticar a remuneração adequada na prestação dos seus
serviços que lhes forem autorizados em decorrência de sua participação nos
mercados financeiro e de capitais;
✓ a associada deve adotar as providências no sentido de evitar a realização
de operações em situação que envolvam conflito de interesses, visando,
assim, a assegurar tratamento equitativo a seus clientes;
✓ a associada deve utilizar de especial cuidado no momento da identificação
e no cumprimento de seus deveres fiduciários para com seus clientes;
✓ a associada precisa zelar para que seu corpo de funcionários mantenha o
conhecimento e as qualificações técnicas necessárias ao atendimento de

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seu público;
✓ é dever da associada manter sigilo sobre as informações e dados confiados
por seus clientes em razão da relação profissional que com eles possuem;
✓ a associada precisa oferecer a seus clientes todas as informações e a
documentação a respeito de seus investimentos efetivos ou potenciais, de
forma a permitir aos clientes uma adequada decisão de investimento;
✓ a associada não pode manifestar opinião que venha a denegrir, ou
prejudicar, a imagem de qualquer outra associada ou, ainda, de qualquer
outro integrante do Sistema Financeiro Nacional; e
✓ a associada deve recusar a intermediação de investimentos que considera
ilegais, imorais ou antiéticos.
✓ Nos resta estudar a relação entre as associadas e a ANBIMA. As associadas
precisam observar, no seu relacionamento com a ANBIMA, a seguinte
conduta:
✓ a associada deve sempre agir com prudência, com diligência, com
integridade, com responsabilidade e com transparência na condução das
suas atividades desenvolvidas junto à ANBIMA;
✓ a associada deve abster-se de emitir manifestações em nome da ANBIMA,
salvo as situações em que ela estiver expressamente autorizada para tanto;
✓ a associada precisa comunicar à ANBIMA o seu envolvimento em processos
administrativos, ou judiciais, relevantes que, de alguma forma, possam
envolver ou denegrir a imagem da ANBIMA;
✓ a associada deve manter sigilo sobre as informações e os dados confiados
pela ANBIMA à associada em função do exercício de suas funções junto à
Associação;
✓ a associada precisa manter suas informações cadastrais devidamente
atualizadas, especialmente em relação ao representante da Associada junto
à ANBIMA; e

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✓ a associada deve sempre cumprir com as disposições do Estatuto Social da
ANBIMA.

Penalidades
• A não observância dos princípios e das normas estabelecidos neste código sujeita
as associadas a penalidades. A lista de penalidades é a que se segue:
✓ carta de advertência reservada;
✓ multa;
✓ advertência pública;
✓ suspensão da associada do quadro de associados e da utilização das
marcas da ANBIMA, por um prazo determinado, ou vinculado ao término de
procedimento administrativo, ou procedimento disciplinar, investigativo ou
judicial; e
✓ proposta, à Assembleia Geral, de exclusão da Associada do quadro de
associados da ANBIMA.
• Código ANBIMA de Regulação e Melhores Práticas para Serviços Qualificados ao
Mercado de Capitais: esse código define os critérios que precisam ser seguidos
pelas instituições participantes nas atividades de prestação de serviços, de
custódia qualificada e controladoria.
• Código ANBIMA de Regulação e Melhores Práticas para o Programa de
Certificação Continuada: esse código define princípios e regras que precisam ser
seguidos pelas Instituições Participantes e pelos profissionais que atuam nos
mercados financeiros e de capitais, com o objetivo de aumentar a sua capacitação
técnica. Ele também define os padrões de conduta que devem ser seguidos em
suas atividades.
• Código ANBIMA de Regulação e Melhores Práticas para Atividade de Private
Banking no Mercado Doméstico: esse código estabelece as condições que
precisam ser seguidas pelas Instituições Participantes nas atividades de Private

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Banking no mercado doméstico.
• Código ANBIMA para o Novo Mercado de Renda Fixa: define regras que devem
ser aplicadas na emissão pública primária de títulos e valores mobiliários de renda
fixa e regras e mecanismos próprios para a negociação secundária desses ativos
(“Ofertas Públicas”).
• Código ANBIMA de Regulação e Melhores Práticas de Negociação de
Instrumentos Financeiros: esse código define princípios e regras que precisam
ser seguidos pelas Instituições Participantes e pelos profissionais que atuam nos
mercados financeiros e de capitais, com o objetivo de garantir a adoção das
melhores Práticas de Negociação de Instrumentos Financeiros.
• Código ANBIMA de Regulação e Melhores Práticas para Gestão de Patrimônio
Financeiro no Mercado Doméstico: esse Código estabelece as condições que
precisam ser seguidas pelas Instituições Participantes para garantir a qualidade da
Gestão do Patrimônio Financeiro.
• Código ANBIMA de Regulação e Melhores Práticas para Distribuição de
Produtos de Investimento no Varejo: esse Código estabelece as condições que
precisam ser seguidas pelas Instituições Participantes para garantir a qualidade na
Distribuição de Produtos de Investimento no Varejo.
• O Selo ANBIMA objetiva demonstrar o compromisso das Instituições
Participantes em seguir às disposições do Código, não podendo a ANBIMA ser
responsabilizada pelas informações presentes nas publicações referentes à oferta
pública e prospectos e pela qualidade da emissora e/ou ofertantes, Instituições
Participantes e/ou valores mobiliários objeto da Oferta Pública.
• As Instituições Participantes têm responsabilidade não delegável e integral pela
aplicação do processo de suitability, que consiste em procedimentos formais, que
possibilitem verificar a adequação da recomendação de investimento feita, ao
perfil do investidor.
• Princípio “Conheça seu cliente”: esse princípio foi criado pelo Acordo de Basileia
de 1988 e estabelece um conjunto de regras e normas que as instituições

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financeiras devem seguir para identificar a origem dos recursos e da constituição
do patrimônio do cliente. Ele define um mínimo de informações, nomeadas
qualificações, que precisam ser mantidas atualizadas pelas instituições
financeiras.

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Princípios Básicos de Economia e Finanças
• O Produto Interno Bruto (PIB) é a soma, em valores monetários, dos bens e serviços
finais produzidos numa determinada região, durante um determinado período de
tempo. Esse indicador mensura a atividade econômica de uma região. O PIB pode
ser obtido por três óticas diferentes:
• A Ótica da despesa considera a seguinte equação: PIB= C + I + G+ (X – M); onde C é
o consumo das famílias; I é o investimento das empresas; G são os gastos do
governo; X são as exportações e M as importações.
• A Ótica da oferta considera a seguinte equação: PIB = ∑VAB+(I-S) ; VAB é o valor
adicionado bruto; I são os impostos, S são os subsídios.
• A Ótica do rendimento se baseia nos rendimentos dos fatores produtivos utilizados
pelas empresas. Sendo assim, considera a seguinte equação: PIB = salários + lucros +
aluguéis + juros + dividendos
• “A Política fiscal reflete o conjunto de medidas pelas quais o Governo arrecada
receitas e realiza despesas de modo a cumprir três funções: a estabilização
macroeconômica, a redistribuição da renda e a alocação de recursos.
✓ A função estabilizadora consiste na promoção do crescimento econômico
sustentado, com baixo desemprego e estabilidade de preços;
✓ A função redistributiva visa a assegurar a distribuição equitativa da renda;
✓ A função alocativa consiste no fornecimento eficiente de bens e serviços
públicos, compensando as falhas de mercado.
• Política fiscal expansionista: aumento dos gastos do governo ou redução dos
impostos. Possui como objetivo estimular a demanda privada e promover o
crescimento econômico;

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• Política fiscal contracionista: redução dos gastos do governo ou aumento dos
impostos. Objetiva desestimular a produção e reduz a renda e os preços.
• A política fiscal é definida formalmente como: Dg = T – G. Onde Dg é o déficit
público; T é a tributação e G é o gasto do governo.

A política monetária reflete o conjunto de medidas de atuação do governo sobre os meios


de pagamento, oferta de títulos públicos federais e das taxas de juros o que afetam tanto
o custo como a oferta de crédito com objetivo de atingir e incentivar o emprego,
distribuição de riquezas, estabilidade de preços e crescimento econômico (ASSAF NETO,
2008).
Instrumentos de política monetária: o Banco Central conduz a política monetária através
de instrumentos que visam basicamente aumento ou redução da circulação de moeda na
economia. Vejamos os principais instrumentos:
• Recolhimentos compulsórios: representa o valor que deverá ficar retido no BACEN
sobre os depósitos captados pelos bancos. Quanto maior o valor desse
recolhimento, menor a disponibilidade dos bancos para realizar empréstimos. Se o
compulsório reduzir, os bancos terão maior disponibilidade de recursos para realizar
empréstimos estimulando o crédito e o consumo.
• Operações de Mercado Aberto: O governo interfere no dia-a-dia do mercado
financeiro com objetivo de influenciar a liquidez, ou seja, o volume de recursos
disponíveis.
• Operações de redesconto: trata-se da atuação do Banco Central no sistema
financeiro emprestando recursos aos bancos redescontando títulos de crédito com
o objetivo de socorrer os bancos em dificuldades de equilibrar seu saldo em
situações nas quais saques versus depósitos realizados pelos clientes apresente
saldo negativo.
• Controle Seletivo de crédito: São intervenções diretas do Banco Central no controle
monetário através do mercado de crédito, “constituindo um instrumento que impõe

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restrições ao livre funcionamento das forças do mercado, pois estabelece controles
diretos sobre o volume e o preço do crédito” FORTUNA (2015).
• Política Monetária Restritiva: representa os mecanismos que o governo utiliza para
retirar dinheiro de circulação, de modo que haja uma queda da demanda agregada,
fazendo com que se diminua o poder de compra e consumo. Exemplo: venda de
títulos públicos pelo BACEN.
• Política Monetária Expansiva: são medidas de aumentam de estoque de moeda ou
poder de compra, implicando em aumento da demanda agregada, as pessoas tendo
maior poder de compra tendem a aumentar o seu consumo. Exemplo: uma redução
de impostos também é uma política monetária expansiva.
• O dinheiro é a soma de papel-moeda em circulação e a soma dos depósitos à vista.
Todo o dinheiro que temos a nossa disposição, no bolso, carteira, etc. e o dinheiro
que temos disponível para saque nos bancos.
• Segundo CARVALHO (2015), as relações fundamentais são: O papel moeda emitido
menos caixa do BACEN é igual a papel moeda em circulação; o papel moeda em
circulação menos caixa dos bancos igual a papel moeda em poder do público.
• Os agregados monetários são as medidas quantitativas da oferta de moeda. Cada
país classifica seus agregados monetários, geralmente por ordem de liquidez. No
Brasil e em Portugal consideram-se cinco agregados monetários: M0, M1, M2, M3 e
M4:
• M0 = Base Monetária Restrita = moeda emitida (papel-moeda e moeda metálica) +
reservas bancárias (moeda em poder das entidades financeiras e seus depósitos no
Banco Central);
• M1 = moeda em poder do público (papel-moeda e moeda metálica) + depósitos à
vista nos bancos comerciais. M1 é o total de moeda que não rende juros e é de
liquidez imediata. sendo que Moeda em poder do público é a quantidade de moeda
emitida pela autoridade monetária menos as reservas bancárias

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• M2 = M1 + depósitos a prazo (depósitos para investimentos, depósitos de
poupança, fundos de aplicação financeira e de renda fixa de curto prazo) + títulos do
governo em poder do público.
• M3 = M2 + depósitos de poupança
• M4 = M3 + títulos privados (depósitos a prazo e letras de câmbio)
• Os novos conceitos de meios de pagamento ampliados representam mudança de
critério de ordenamento de seus componentes, que deixaram de seguir o grau de
liquidez, passando a definir os agregados por seus sistemas emissores.
• Meios de Pagamento Restritos:
• M1 = papel moeda em poder do público + depósitos à vista. O M1 é gerado pelas
instituições emissoras de haveres estritamente monetários
• Meios de Pagamento Ampliados:
• M2 = M1 + depósitos especiais remunerados + depósitos de poupança + títulos
emitidos por instituições depositárias. O M2 corresponde ao M1 e às demais
emissões de alta liquidez realizadas primariamente no mercado interno por
instituições depositárias, as que realizam multiplicação de crédito.
• M3 = M2 + quotas de fundos de renda fixa + operações compromissadas registradas
no Selic. O M3 é composto pelo M2 e as captações internas dos fundos de renda fixa
e das carteiras de títulos registrados no Sistema Especial de Liquidação e Custódia.
• Poupança financeira:
• M4 = M3 + títulos públicos de alta liquidez
• Metas de Inflação: é uma política econômica onde principal objetivo dos países que
adotam é diminuir e manter a inflação em níveis baixos. Para isto eles fazem um
anúncio prévio de uma meta numérica para a inflação em prazo predeterminado e
se comprometem explicitamente de que o Banco Central irá buscar o cumprimento
desta meta fixada.
• O COPOM determina a Meta da taxa de Juros e a CMN determina a Meta de
inflação.

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• Os principais títulos públicos federais são:
• Letras do Tesouro Nacional (LTN) – juros pré-fixados;
• Letras Financeiras do Tesouro (LFT) – juros pós-fixados;
• Nota do Tesouro Nacional – Série B (NTN-B) – variação IPCA (índice de preços ao
consumidor amplo) + juros;
• Nota do Tesouro Nacional – Série C (NTN-C) – variação IGPM (índice geral de preços
do mercado) + juros;
• Nota do Tesouro Nacional – Série F (NTN-F) – rentabilidade pré-fixada + juros;
• Nota do Tesouro Nacional – Série D (NTN-D) – variação cambial (dólar) + juros.
• Os títulos privados se destinam à captação de recursos, em especial pelas empresas
privadas e pelos bancos. Os principais são:
• Certificado de depósito bancário (CDB) – juros pré ou pós-fixados (emissão pelas
instituições financeiras para captação de recursos dos clientes);
• Certificado de depósito interfinanceiro (CDI) – juros pré ou pós-fixados (emissão
pelas instituições financeiras para captação de recursos de outros bancos);
• Letras Financeiras (LF) – juros pré ou-pós-fixados (recursos aplicados direcionados
para financiamento das instituições financeiras);
• Letra de Crédito Imobiliário (LCI) – juros pré ou pós-fixados (recursos aplicados
direcionados para financiamento habitacionais);
• Letra de Crédito do Agronegócio (LCA) – juros pré ou pós-fixados (recursos
aplicados vinculados a direitos creditórios dos produtores rurais);
• Debêntures – juros pré-fixados (recursos aplicados, representativos de dívida de
médio e longo prazos de uma empresa);
• Commercial Paper ou Nota Comercial – juros pré-fixados (recursos aplicados,
representativos a dívidas de curto prazo, utilizado por empresas que buscam
recursos para financiar capital de giro).

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• A operação compromissada é aquela em que o vendedor assume o compromisso de
recomprar os títulos que alienou em data futura predefinida e com o pagamento de
remuneração preestabelecida.
• IPCA: Índice de Preços ao Consumidor Amplo, é calculado pelo IBGE desde 1980,
esse índice leva em conta o custo de vida para famílias de 1 a 40 salários-mínimos
em regiões metropolitanas brasileiras a partir de uma cesta com diversos itens – tais
como alimentação, bebidas, habitação, transporte etc. É o índice utilizado pelo
Banco Central para definir a meta de inflação.
• INPC: Índice Nacional de Preços ao Consumidor, é muito semelhante ao IPCA,
porém tem como população-objetivo famílias de 1 a 5 salários-mínimos, isto é, ele é
mais sensível aos produtos consumidos pela população com menor renda. Também
é calculado pelo IBGE.
• IPC-FGV: Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Getúlio Vargas, ele considera
as despesas habituais de famílias com nível de renda entre 1 e 33 salários-mínimos
em 7 das principais capitais do país.
• INCC: Índice Nacional de Custos da Construção, é calculado desde 1944, atualmente
publicado pela Fundação Getúlio Vargas, o índice acompanha a evolução dos custos
no setor da construção que incluem preços de materiais, equipamentos, serviços e
mão de obra.
• IPA: Índice de Preços por Atacado, também chamado de “Índice de Preços ao
Produtor Amplo”, mede a variação dos preços no mercado atacadista,
principalmente nos produtos agropecuários e industriais antes do consumo final. É
publicado pela FGV.
• IGP: Índice Geral de Preços, é um dos índices mais utilizados, ele não possui uma
cesta de produtos, e sim formado por uma composição de outros índices, sendo:
60% IPA (Índice de Preços por Atacado) + 30% IPC (Índice de Preços ao Consumidor)
+ 10% INCC (Índice Nacional do Custo da Construção).
• Em Economia, balanço de pagamentos é um instrumento da contabilidade nacional
referente à descrição das relações comerciais de um país com o resto do mundo.

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• O objetivo do balanço de pagamentos é registrar o total de recursos que entra e sai
de um país, na forma de importações e exportações de produtos, serviços, capital
financeiro, bem como transferências comerciais.
• A seguir as contas que formam o balanço de pagamentos de um país:
• Conta Corrente: engloba os registros de três outras contas: a balança comercial, a
conta de serviços e rendas e as transferências unilaterais.
• Balança comercial: Registra o comércio de bens, na forma de exportações e
importações. Quando as exportações são maiores que as importações temos um
superávit na Balança Comercial. Um déficit ocorre quando as importações são
maiores que as exportações.
• Conta de Serviços e Rendas: inclui os pagamentos/recebimentos relacionados com
o comércio de bens, como fretes e seguros, as receitas/despesas com viagens
internacionais, o aluguel de equipamentos, os serviços governamentais, a
exportação e importação de serviços e o pagamento/recebimento de juros e
delucros e dividendos.
• Transferências Unilaterais: contabilizam o saldo líquido das remessas de recursos
ou doações feitos entre residentes no Brasil e residentes em outros países.
• Conta de Capitais: registra o saldo líquido entre as compras de ativos estrangeiros
por residentes no Brasil e a venda de ativos brasileiros a estrangeiros.
• Conta Financeira: representa o somatório dos valores líquidos dos investimentos
diretos, investimentos em carteira, derivativos e outros investimentos.
• O lucro dos bancos vem das tarifas de prestação de serviços e do spread bancário
que é justamente a diferença entre os juros que cobra quando empresta um recurso
a um tomador e o juros que remunera os investidores.
• O papel das taxas de juros é não só o de equilibrar o mercado financeiro monetário,
mas também personalizar cada oferta de crédito ou investimento a situação e as
características da operação realizada, ou seja, temos dois papéis atrelados à taxa de
juros:

24
• O governo estabelece a taxa de juros Selic, que serve de parâmetro para os agentes
financeiros definirem suas taxas de captação e empréstimo.
• As Instituições Financeiras utilizam a taxa Selic como parâmetro, porém existem
outros critérios para estabelecer as taxas de juros para o consumidor final, sendo as
principais: riscos envolvidos nos empréstimos, spread praticado, custos
administrativos crescentes, incidência de depósitos compulsórios ao BACEN, etc.
• A taxa Selic é uma taxa de juros determinada pelo Copom (Comitê de política
monetária, vinculado ao BACEN). O BACEN, por excelência, é o Órgão responsável
pelo controle da inflação no País. A taxa de juros e a base monetária tem papel
preponderante no controle da inflação.
• Uma das principais funções doCopom é definir as diretrizes da política monetária e
a taxa Selic, em reuniões que ocorrem a cada 45 dias para decidir sobre a
manutenção, elevação ou redução da taxa.
• As medidas doCopom consistem em um elemento de política monetária e levam em
consideração aspectos como: o processo inflacionário; o desempenho econômico do
país; as taxas de câmbio; as decisões em relação as taxas de juros de outros países.
• A taxa DI, ou CDI, é a média das taxas de juros praticadas nos depósitos
interbancários com período de um dia. Ou seja, é a remuneração média paga pelas
instituições financeiras para captar recursos via empréstimos de outras instituições
financeiras.
• A função dos CDI (Certificado de Depósito Interbancário) são títulos emitidos por
instituições financeiras com o objetivo de transferir recursos entre elas, isto, trata-
se de uma negociação restrita ao mercado interbancário. Na prática, uma instituição
financeira com dinheiro sobrando usa o CDI para emprestar para outra instituição
financeira que não tem.
• Segundo definição apresentada pelo próprio Banco Central do Brasil:“Define-se Taxa
Selic como a taxa média ajustada dos financiamentos diários apurados no Sistema
Especial de Liquidação e de Custódia (Selic) para títulos federais.”

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• A taxa Selic Over é a taxa apurada no Selic, obtida mediante o cálculo da taxa
média ponderada e ajustada das operações de financiamento por um dia, lastreadas
em títulos públicos federais e cursadas no referido Sistema na forma de operações
compromissadas.
• A taxa Selic Meta é Definida pelo Copom, com base na Meta de Inflação. É a Selic –
Meta que regula a taxa Selic Over assim como todas as outras taxas do Brasil.
• A base de dados para a formação da Taxa Básica Financeira (TBF) é composta das
taxas de juros das Letras do Tesouro Nacional (LTN) praticada nas operações
definitivas no âmbito do mercado secundário e registrada no Sistema Especial de
Liquidação e de Custódia (Selic).
• A taxa referencial é obtida através do parâmetro R, definida como: R = a + b xTBF .
Sendo R o redutor, a possui valor fixo, 1,005, e b depende do valor da TBF, sendo
divulgado pelo BACEN.
• A TJLP significa Taxa de Juros de Longo Prazo e é calculada com base em dois
parâmetros: uma meta de inflação calculada pro rata para os doze meses seguintes
ao primeiro mês de vigência da taxa, inclusive, baseada nas metas anuais fixadas
pelo Conselho Monetário Nacional; e um prêmio de risco.
• A Taxa de câmbio é o preço de uma unidade monetária de uma moeda em unidades
monetárias de outra moeda. PTAX é a taxa que expressa à média das taxas de
câmbio prática no mercado interbancário e é divulgada pelo BACEN. Por Dólar Spot
entende-se taxa à vista e Dólar Foward é a taxa negociada no mercado futuro.
• Ressalta-se que TODAS as operações devem ter registro OBRIGATÓRIO no SISBACEN
pelas instituições autorizadas por ele a atuar.
• Efeitos de uma desvalorização cambial: a renda nacional diminui em termos
internacionais; o preço dos bens domésticos no exterior diminui – exportações
aumentam; o preço dos bens importados aumenta – importações recuam.
• Efeitos de uma valorização cambial: a renda nacional aumenta em termos
internacionais; o preço dos bens domésticos no exterior aumenta – exportações
diminuem; o preço dos bens importados diminui – importações aumentam.

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Câmbio fixo
• O câmbio fixo é aquele em que o valor da moeda estrangeira (geralmente o dólar) é
fixado pelo governo. Desta forma, a moeda nacional passa a ter um valor fixo em
relação a essa moeda-lastro.
• Dentre as vantagens: possibilita um melhor controle sobre a inflação.
• Desvantagem: pode ocasionar a valorização excessiva da moeda nacional,
provocando a diminuição das exportações e aumento de importações (no caso da
moeda estrangeira mantida desvalorizada).

Câmbio flutuante
• O sistema de câmbio flutuante é aquele em que o mercado estabelece os valores
das taxas de câmbio. Este processo ocorre através da lei de oferta e procura. Neste
sistema podem ocorrer grande variações das taxas de câmbio em intervalos curtos
de tempo.
• Vantagens deste sistema: o próprio mercado regula as taxas de câmbio, não
ocasionando distorções cambiais na economia.
• Desvantagens deste sistema: a valorização excessiva de moedas estrangeiras pode
ocasionar inflação, enquanto a desvalorização destas moedas pode ocasionar
diminuição das exportações.

Banda cambial
• Neste sistema cambial, a autoridade monetária do país (no Brasil é o Banco Central)
permite a variação das taxas de câmbio dentro de um determinado limite (valor
máximo e valor mínimo). Esse intervalo é chamado de banda cambial.

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• Quando as taxas de câmbio saem do intervalo estabelecido, ocorre a intervenção do
Banco Central, que atua comprando ou vendendo moeda estrangeira. Com isso, ele
consegue fazer com que a taxa passe a operar dentro daquele intervalo
estabelecido.
• A vantagem deste sistema é que possibilita uma variação cambial, porém sem
grandes valorizações ou desvalorizações, permitindo maior previsibilidade ao
mercado financeiro.
• Outra vantagem é que a banda pode ser mudada de tempos em tempos, de acordo
com a situação econômica interna ou externa, acompanhando assim as
necessidades do mercado cambial.
• A desvantagem é que em muitos casos este sistema pode gerar certo artificialismo
cambial, prejudicando os agentes econômicos nacionais.
• A Dívida interna é a parte da dívida pública que representa o somatório dos débitos,
resultantes de empréstimos e financiamentos contraídos por um governo, com
entidades financeiras e indivíduos (no Brasil, por exemplo, através do Tesouro
Direto) de seu próprio país.
• A Dívida externa é o somatório dos débitos de um país, resultantes de empréstimos
e financiamentos contraídos no exterior pelo próprio governo, por empresas
estatais ou privadas. Esses recursos podem ser provenientes de governos, entidades
financeiras internacionais (FMI, Banco Mundial, etc.), bancos ou empresas privadas.
• Superávits primário: é o resultado da subtração da receita (valor ganho) com a
despesa, sendo que essa conta não inclui os juros de dívidas públicas. Essa receita
não se configura apenas como dinheiro, mas também patrimônios de posse
governamental e outros valores. Sendo positivo o valor do balanço, os lucros são
usados para aplicar no pagamento das dívidas internas.
• Superávits nominal: caso o valor obtido no superávit seja mais que o suficiente para
o pagamento dos juros, ele será empregado no valor total da dívida, quitando-a,
assim, e diminuindo a dívida pública. Ou seja, o superávit nominal é aquele usado
para a quitação de dívidas públicas.

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• Dólar comercial: é a cotação que acompanhamos nos meios de comunicação e
mídias em geral. Esse dólar representa a cotação que está disponível apenas para as
empresas que têm compromissos e negócios no exterior.
• Dólar turismo: é o valor que os viajantes pagam quando precisam de recursos para
uma viagem ao exterior.
• A curva da taxa de juros é a relação entre a taxa de juros e o tempo de maturação
do investimento, sendo utilizada para precificar fluxos de caixa futuros. Ela mostra o
modo como o mercado precifica o risco para períodos futuros.
• Via de regra, quanto maior for a projeção da curva de juros para o futuro maior é a
taxa de juros exigida, de modo que a curva de juros tende a indicar um aumento nos
juros conforme eles são projetados para períodos mais distantes no futuro.
• A rentabilidade é o ganho obtido sobre o capital investido. A rentabilidade costuma
ser apresenta em termos percentuais, sendo obtida através da aplicação da seguinte

equação:
• Liquidez é a capacidade de transformar um ativo (bens ou investimentos) em
dinheiro. Quanto mais rápida for essa conversão, mais líquido esse bem será. À
Exemplo: Investimentos em CDB possuem maior liquidez que o investimento em
imóveis.
• O Risco pode ser definido como a probabilidade de perda ou ganho numa decisão
de investimento. Ou seja, é o grau de incerteza do retorno de um investimento.
Normalmente, o risco tem relação direta com o nível de renda do investimento:
quanto maior o risco, maior o potencial de renda do investimento.
• Risco de Mercado: é o risco de perdas resultantes de variação dos preços de
mercado dos ativos. Ex: risco de títulos de dívida, ações, câmbio e mercadorias.
• Risco de Liquidez: é o risco de não se conseguir mobilizar recursos monetários para
honrar obrigações quando apresentadas para liquidação. Também pode ocorrer por
falta de demanda no mercado. Ex: imóveis tem mais alto risco de liquidez do que
título público.

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• Risco de Crédito: pode ocorrer por quatro tipos de eventos:
✓ A incapacidade final do tomador em honrar o contrato da dívida.
✓ O atraso no pagamento dos valores contratados.
✓ Migração do crédito, isto é, a mudança de avaliação da probabilidade de
pagamento do contrato por parte de avaliadores de crédito, como as agências
de rating.
✓ A renegociação do contrato forçada, sob estresse, impondo perdas ao credor.
• Risco Operacional: é a possibilidade do não retorno de um investimento em razão
de problemas operacionais da instituição emitente do papel no qual os recursos
foram investidos. Ex: falha nos equipamentos, pessoas pouco qualificadas etc.
• Risco Legal: é o risco de perdas pela falta de cumprimento das leis, normas e
regulamentos.
• Risco de Imagem: pode ser definido como o risco de perdas em decorrência de
alterações da reputação junto a clientes, concorrentes, órgãos governamentais etc.
• Risco sistemático: é a parte da volatilidade do ativo que tem sua origem em fatores
comuns a todos os ativos do mercado. Por exemplo, determinado resultado das
eleições presidenciais afeta, em maior ou menor grau, todos os ativos do mercado.
• Risco não sistemático ou específico: é a parte da volatilidade do ativo que tem sua
origem em características específicas do ativo.
Por exemplo, se uma plataforma da Petrobrás sofre um acidente, a princípio
somente as ações desta empresa recebem um impacto negativo;
• O termo risco-país, permite condições mensuráveis de avaliação da capacidade de
um país quebrar. A taxa é medida em pontos e calculada a partir de uma cesta de
títulos negociados no mercado. Cada ponto significa 0,01 ponto percentual de
prêmio acima do rendimento dos papeis da dívida dos EUA, considerada de risco
zero de calote.
• Objetivo do investidor: considere que o investidor quer fazer uma reserva
financeira para emergência, a melhor alternativa é investimentos menos arriscados

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e com maior liquidez. Se o objetivo é de aposentadoria, investimentos de longo
prazo são mais interessantes.
• Horizonte de investimento: quanto maior o horizonte de investimento, maior
poderá ser o risco de mercado (volatilidade) do investimento.
• Risco versus Retorno: Considerando que os investidores são racionais, concluímos
que eles só estarão dispostos a correrem maior risco em uma aplicação financeira
para ir em busca de maiores retornos.
• Segundo o princípio da dominância, entre dois investimentos de mesmo retorno, o
investidor prefere o de menor risco e entre dois investimentos de mesmo risco, o
investidor prefere o de maior rentabilidade.
• A diversificação é como o investidor divide sua carteira de investimentos, exemplo:
colocar 10% de seu dinheiro em debêntures, 30% em fundos de ações, 20% em
fundo imobiliário e 40% na poupança; o que ajuda a os riscos de perdas, pois
quando um investimento não vai bem, os outros podem compensar, de forma que
na média não tenha perdas mais expressivas.
• Entende-se como Receita o valor arrecadado (ganho). Já as despesas são os gastos
de uma maneira geral. O Fluxo de Caixa é o instrumento de gestão financeira que
projeta para períodos futuros todas as entradas e as saídas de recursos financeiros,
indicando o saldo final para cada período.
• Dentre os tipos de retornos, figuram: o Retorno esperado, que é a remuneração
solicitada para que as aplicações sejam mantidas; o Retorno exigido, que é trata-se
do retorno esperado só no caso de um mercado eficiente e; o Retorno real, que é o
retorno efetivo obtido com o investimento.
• Na metodologia de juros simples, considere as seguintes equações para o cálculo
dos juros: J = C x i x t. Para o cálculo do montante, considere M = C x (1 + i x t)
• Na metodologia de juros composto, considere as seguintes equações para o cálculo
de juros: J = M – C. Para o cálculo do montante: M = C x (1 + i) t.

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• A taxa proporcional quando calculada em regime de capitalização simples: resolve-
se apenas multiplicando ou dividindo a taxa de juros. Já a taxa equivalente é
definida pela equação (1 + ia) = (1 + ip) n
• A taxa nominal de juro é definida como nominal cujo prazo difere da capitalização.
Dessa forma, é possível notar que se trata de um valor aparente. Já a taxa efetiva é
a taxa de juro calculada sobre o valor efetivamente emprestado ou aplicado.
• A taxa real é a taxa de juros já com a inflação descontada e pode ser obtida através
da fórmula: ir = (1 + ie) / (1 + if) – 1
• A fórmula para a capitalização simples é a seguinte: FV = PV * i * n. Em que FV é o
valor futuro; PV é o valor presente, i é a taxa de juros e n é o prazo da aplicação. Já o
regime de capitalização composta pode ser calculado a partir as seguinte equação:
FV = PV (1 + i ) n.
• Equivalência de taxas: em regime de capitalização composta, como a capitalização
ocorre em todos os períodos, as taxas não são iguais. Para determinar a taxa anual
de uma aplicação mensal: iα= ( 1 + im)12 -1. Para determinar a taxa mensal de uma
aplicação anual: iα= ( 1 + im) -1.

• O Valor presente pode ser definido pela seguinte equação: . Já o Valor


futuro pode ser definido pela seguinte equação: PV = FV (1+ i)n.
• O Desconto Bancário e Comercial (ou por fora) é obtido através da seguinte
fórmula: D = FV * i * n. O valor presente com desconto simples pode ser obtido
conforme segue: PV = FV (1 – in).
• O Regime de Capitalização Contínuo ocorre de forma contínua e pode ser obtido
através da fórmula: FV= PVeit

• A Fórmula de Fisher é definida por .

32
Série uniforme de pagamentos
• Considere as seguintes fórmulas para a definição de:
Aplicação mensal: Perpetuidade:

Uniformes Antecipadas:

Sequência Uniforme de Termos Antecipados:

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• O payback simples é encontrado dividindo o valor do investimento inicial (exemplo:
R$100.000) pelos fluxos de caixa (exemplo: R$35.000 a.a), da seguinte

forma:

• O valor do Retorno é obtido através da seguinte fórmula:


.Considerando Valor Futuro igual a VF e Valor Presente igual a

VP: . Portanto,

• O Valor Presente Líquido do fluxo de caixa pode ser representado para esse caso da

seguinte maneira:
• Sobre TIR e TMA, considere os seguintes princípios:
• se a TIR > TMA, o investimento é viável economicamente, pois o retorno gerado é
maior que a taxa mínima de atratividade.

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• se a TIR < TMA, o investimento não é viável economicamente, porque seu retorno é
menor que o mínimo desejado;
• se a TIR = TMA, o investimento está em uma zona de indiferença de retorno, mas
ainda é viável, pois gera o mínimo desejado, que é a taxa mínima de atratividade.

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Instrumentos de Renda Fixa, Renda
Variável e Derivativos
• Os títulos de renda fixa são aqueles em que a forma de remuneração ou o indicador
ao qual está atrelado o investimento é fixado no momento da contratação da
operação.
• Podemos enquadrar na modalidade de renda fixa as operações da caderneta de
poupança, os títulos públicos, as debêntures, os fundos de investimentos, os CDBs,
entre outros.
• Os títulos de renda variável são aqueles em que a forma de remuneração ou o
indicador ao qual está atrelado o investimento não é conhecido no momento da
aplicação. Nesse tipo de investimento, o devedor não garante o retorno do capital
investido. Podemos enquadrar nessa modalidade as ações, as moedas estrangeiras
etc.
• O Crédito Direto Bancário (CDB) é um título privado para a captação de recursos de
investidores pessoas físicas ou jurídicas, por parte dos bancos.
• Prefixado: uma taxa fixa é negociada entre o investidor e o banco e durante a
vigência daquele título. O investidor terá seu recurso corrigido diariamente de
acordo com a taxa estabelecida. Por exemplo, um CDB pré-fixado com taxa de 1% ao
mês.
• Pós-fixado: nesse produto, a remuneração varia de acordo com outro índice
preestabelecido a ou de acordo com a variação do Certificado de Depósito
Interbancário (CDI). Nessa modalidade, o investidor também terá seu recurso
corrigido diariamente segundo a variação diária da taxa.
• São três os tipos de rentabilidade: prefixada; pós-Fixada e flutuante (CDI e Taxa
Selic).

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• Prazos mínimos e indexadores: 1 dia: CDBs prefixados ou com taxa flutuante (taxa
DI e taxa Selic); 1 mês: indexados a TR ou TJLP; 2 meses: indexado a TBF; 1 ano:
indexado à índice de preços (IGPM e IPCA);
• Os CDBs não podem ser indexados à variação cambial. Para atrelar a rentabilidade
de um CDB à variação cambial é, necessário fazer um swap.
• Liquidez: o CDB pode ser negociado no mercado secundário e pode ser resgatado
antes do prazo final, caso o banco emissor concorde em resgatá-lo. No caso de
resgate antes do prazo final, devem ser respeitados os prazos mínimos.
• Garantias: os CDBS estão cobertos pelo Fundo Garantidor de Crédito até o limite de
R$ 250.000,00 por CPF e conglomerado financeiro.
• Letra de Câmbio (LC): a letra de câmbio é uma espécie de título de crédito, ou seja,
também representa uma obrigação pecuniária, sendo desta autônoma.
• Letra de Crédito Imobiliário (LCI): é lastreado por créditos imobiliários garantidos
por hipoteca ou por alienação fiduciária de coisa imóvel, conferindo aos seus
tomadores direito de crédito pelo valor nominal, juros e, se for o caso, atualização
monetária nelas estipulados.
• Letra de Créditos do Agronegócio (LCA): parecido com LCI, o que muda é o lastro do
papel. As Letras de Créditos do Agronegócio (LCA) são títulos emitidos por bancos
garantidos por empréstimos concedidos ao setor de agronegócio. Outra diferença é
que só podem ser emitidos por bancos e cooperativas de crédito.
• Letras Hipotecárias (LH): as Letras Hipotecárias são instrumentos de captação de
recursos emitidos por Instituições Financeiras autorizadas a conceder créditos
hipotecários, ou seja, Caixa Econômica Federal, Sociedade de Crédito Imobiliário,
Sociedade de Poupança e Empréstimo, entre outros.
• A Marcação a mercado (MaM) consiste em registrar todos os ativos, para efeito de
valorização e cálculo de cotas dos fundos de investimento, títulos e demais ativos;
pelos respectivos preços negociados no mercado em casos de ativos líquidos ou,

37
quando este preço não é observável, por uma estimativa adequada de preço que o
ativo teria em uma eventual negociação feita no mercado.

• Debêntures e Notas Promissórias: captação de recursos de médio e longo prazo


para sociedades anônimas (S.A.) não financeiras de capital aberto. Não existe
padronização das características desse título.

Tipos de Debêntures (quanto a garantia):


• Garantia real: fornecida pela emissora pressupõe a obrigação de não alienar ou
onerar o bem registrado em garantia, tem preferência sobre outros credores, desde
que averbada no registro. É uma garantia forte;
• Garantia flutuante: assegura à debênture privilégio geral sobre o ativo da
companhia, mas não impede a negociação dos bens que compõem esse ativo. Ela
marca lugar na fila dos credores, e está na preferência, após as garantias reais, dos
encargos trabalhistas e dos impostos.
• Garantia quirografária: ou sem preferência, não oferece privilégio algum sobre o
ativo da emissora, concorrendo em igualdade de condições com os demais credores
quirografários (sem preferência), em caso de falência da companhia;
• Garantia subordinada: na hipótese de liquidação da companhia, oferece
preferência de pagamento tão somente sobre o crédito de seus acionistas.

Tipos de Debêntures (quanto ao registro):


• Debênture Nominativa: é aquela onde há a emissão de certificado onde consta o
nome do titular, e há registro em livro próprio, sendo facultado à emissora contratar
a escrituração e guarda dos livros de registros da emissão e transferências.

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• Debênture Escritural: é também nominativa, mas neste caso não há a emissão de
certificado e há a obrigação de contratação de instituição financeira responsável
(instituição depositária). As debêntures são mantidas em contas de depósito, em
nome de seus titulares.

Tipos de Debêntures (quanto ao recebimento pelo investidor):


• Simples: O resgate, ou amortização, se dá em moeda corrente. E não são
conversíveis ou permutável em ações.
• Conversível: Podem ser convertidas em ações da empresa emissora de acordo com
regras previstas na escritura da emissão.
• Permutável: podem ser convertidas em ações de outra empresa, que não a
companhia emissora, de acordo com as regras definidas na escritura de emissão.

Notas Promissórias (Commercial Paper)


• Notas promissórias podem ser emitidas por S.A Aberta e S.A Fechada. Ademais, são
vedadas as ofertas públicas de notas promissórias por instituições financeiras,
sociedades corretoras e distribuidoras de títulos e valores mobiliários e sociedades
de arrendamento mercantil.
• A nota promissória comercial não possui garantia real, por isso é um instrumento
para empresas com bom conceito de crédito.
• Sobre os prazos: o prazo mínimo é de 30 dias; o prazo máximo é de 180 dias para
S.A. de capital fechado e 360 dias para S.A. de capital aberto; possui uma data certa
de vencimento. A Rentabilidade pode ser Prefixada ou Pós-Fixada.
• Agente Fiduciário: A função do agente fiduciário é proteger o interesse dos
debenturistas exercendo uma fiscalização permanente e atenta, verificando se as
condições estabelecidas na escritura da debênture estão sendo cumpridas.

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• Os títulos públicos federais são instrumentos financeiros de renda fixa emitidos
pelo Governo Federal para obtenção de recursos junto à sociedade, com o objetivo
primordial de: Financiar o déficit orçamentário, nele incluído o refinanciamento da
dívida pública e Realizar operações para fins específicos, definidos na Lei
Orçamentária, ou em seus créditos adicionais.

Tabela – Títulos públicos federais.


Nome Atual Nome Anterior Rentabilidade CUPOM
TesouroPrefixado LTN JurosPrefixado Não
Tesouro Prefixado com Juros Semestrais NTN-F JurosPrefixado Sim
TesouroSelic LFT Selic Não
Tesouro IPCA + JurosSemestrais NTN-B Juros + IPCA Sim
Tesouro IPCA NTN-B Principal Juros + IPCA Não
Fonte: Elaborado pelo autor.

• Sem Cupom: São títulos em que os juros são pagos apenas no vencimento do título,
junto com o seu principal.
• Com Cupom: São títulos que possuem pagamentos semestrais de juros.

Tesouro Direto
• O Tesouro Direto é um Programa do Tesouro Nacional desenvolvido em parceria
com a BMF_amp_FBovespa para venda de títulos públicos federais para pessoas
físicas, por meio da internet. O objetivo é democratizar o acesso aos títulos públicos,
ao permitir aplicações com apenas R$ 30,00.
• O mercado primário é onde há a primeira negociação do título. Quando esse título é
revendido a um terceiro, esse título passa a ser negociado no mercado secundário.

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• O mercado secundário é onde as ações são negociadas entre terceiros, ou seja, a
empresa não participa do processo de venda da ação. É nesse mercado onde o
primeiro comprador revende a ação para outro investidor e assim por diante.
• Taxa de custódia: cobrada pela BM_amp_FBOVESPA, equivalente a 0,25% ao ano
sobre o valor do título. Esta taxa é cobrada para a manutenção dos serviços de
guarda dos títulos, fornecimento de informações e movimentação do saldo.
• Taxa cobrada pela instituição financeira: Essa taxa varia de instituição para
instituição e pode ser cobrada anualmente ou por operação. Quando o valor das
taxas de toda a carteira ultrapassar R$ 10,00.
• Os impostos que incidem sobre as aplicações em tesouro direto são o IOF e o
imposto de renda. A alíquota do Imposto de renda depende do prazo de aplicação:
i. 22,5% para aplicações com prazo de até 180 dias;
ii. 20% para aplicações com prazo de 181 dias até 360 dias;
iii. 17,5% para aplicações com prazo de 361 dias até 720 dias;
iv. 15% para aplicações com prazo acima de 720 dias.
• O ágio é definido como um valor adicional cobrado nas operações financeiras, pela
instituição financeira para realizar as operações relacionadas a compra e venda de
títulos. Por outro lado, o deságio é observado quando um título é vendido por valor
inferior ao seu valor nominal
• Cálculo do PU de um título Prefixado: o Preço Unitário (PU) é o resultado da
multiplicação da cotação vezes o Valor de Face. Na maioria dos títulos públicos
federais, o Valor de Face (Valor Nominal) é igual a R$ 1.000,00.
• Cotação: é o valor presente do fluxo do título, descontado pela taxa de juros
informada ou pelo prêmio de deságio. Para títulos sem cupom (zero cupom) como
LTN e LFT, basta trazer a valor presente o valor do vencimento.
• EXEMPLO: Qual é o P.U de um Tesouro Prefixado (LTN) (010107) que tem seu Valor
de Face igual a R$ 1.000,00 que foi resgatada antecipadamente em 31-03-05 a LTN
há 440 dias úteis do vencimento e com 19,00% de taxa de juros ao ano?

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Caderneta de Poupança
• É a aplicação mais popular e possui altíssima liquidez, porém com perda de
rentabilidade. Remunera sobre o menor saldo do período. Rentabilidade: 6% ao ano
+ TR:

• Mensal (pessoas físicas): TR + 0,5%;


• Trimestral (pessoas jurídicas): TR + 1,5%.
• A poupança passa a render 70% da Selic mais a TR, sempre que essa taxa básica de
juros estiver em 8,5% ao ano ou menos.
• Aplicações realizadas nos dias 29, 30 e 31 de cada mês, terão como data de
aniversário o dia 01 do mês subsequente.
• Aplicações são realizadas através de depósito em cheque, tem como data de
aniversário o dia do depósito e não o dia da compensação do mesmo.
• Possuem cobertura do FGC até o limite vigente, atualmente de R$ 250.000,00.
• Aplicações realizadas nos dias 29, 30 e 31 de cada mês, terão como data de
aniversário o dia 01 do mês subsequente.
• Existem dois tipos de sociedades anônimas: a companhia aberta e a fechada.
• Nas Abertas há: negociação em bolsas de valores; divisão do capital entre muitos
sócios (pulverização); cumprimento de várias normas exigidas pelo agente regulador
(Bolsas de Valores e CVM).
• Nas Fechadas há: negociação no balcão das empresas, sem garantia; concentração
do capital na mão de poucos acionistas.
• As formas mais comuns de classificar as ações segundo a sua forma de circulação
são:
• Ações nominativas: são ações que têm o nome do acionista registrado no Livro
de Registro das Ações Nominativas. As transferências desse tipo de ação ocorrem
através da averbação do nome referenciado no registro deste livro;

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• Ações nominativas endossáveis: são ações em que apenas o nome do primeiro
endossante é registrado, sendo as transferências processadas por endosso na
própria cautela;
• Ações escriturais: são ações sem emissão física, e o controle é realizado por uma
instituição depositária de títulos.

• Segundo a forma de participação societária, podem ser destacadas as seguintes


formas de circulação:
• Ações ordinárias (também conhecidas como Ação ON): são ações que permitem o
direito ao voto em assembleias gerais da companhia, além disso, o acionista tem
participação nos resultados da companhia. Os acionistas ON geralmente têm
prioridade na aquisição de novas ações emitidas pela empresa;
• Ações preferenciais (também conhecidas como Ação PN): são ações que garantem
prioridade na participação no resultado da empresa, como na distribuição de
dividendo e no reembolso de capital, no entanto, essa ação não garante direito a
voto.
• É importante destacar que a empresa pode alterar a estrutura do capital social
através de diferentes operações, sem impactar nos direitos dos acionistas. São
exemplos:
• Agrupamentos: é uma operação na qual a empresa transforma um determinado
grupo de ações em uma única ação, não alterando o patrimônio total dos acionistas;
• Bonificações: é uma operação na qual as reservas e resultados da companhia são
transformados em novas ações. Essa alteração não representa um ganho aos
acionistas.
• Desdobramentos: é uma operação que consiste na transformação de uma ação em
uma quantidade de outra, ou seja, dividir a ação em ações menores. Esse
procedimento não altera o patrimônio total dos acionistas.
• Subscrições: é uma operação na qual a empresa aumenta o seu capital através da
emissão de novas ações no mercado de ações.

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• O valor de uma ação varia conforme a perspectiva de análise. As formas mais
comuns de atribuir um valor as ações são:
• Valor Contábil (também conhecido como valor nominal): é o valor da ação
registrado no Estatuto Social da companhia.
• Valor Intrínseco: é o valor da ação conforme a análise dos fundamentos contábeis,
financeiros e econômicos da empresa.
• Valor de Liquidação: é o valor da ação em caso de encerramento das atividades da
companhia.
• Valor de Mercado: é o valor da ação transacionado no mercado de ações, valor
formado pela dinâmica de oferta e procura pela ação nesse mercado.
• Valor Patrimonial: é o valor da ação conforme o patrimônio líquido da empresa no
exercício observado. Para achar esse valor basta dividir o patrimônio líquido pela
quantidade de ações distribuídas.
• Valor de Subscrição: é o valor da ação conforme o preço fixado no momento de
emissão de novas ações no mercado.
• Acionista Controlador: pessoa natural ou jurídica, ou grupo de pessoas vinculadas
por acordo de acionistas, que possui a maioria dos votos (Ações Ordinárias) nas
deliberações da assembleia geral e usa efetivamente seu poder para dirigir as
atividades sociais e orientar o funcionamento da companhia.
• O tagalong é um mecanismo que visa dar mais garantia aos acionistas minoritários,
nos casos de mudança no controle da companhia.

Custo da Operação
• Corretagem: Custo pago para corretoras pelas operações executada.
• Emolumentos: Os emolumentos são cobrados pelas Bolsas por pregão em que
tenham ocorrido negócios por ordem do investidor. A taxa cobrada pela Bolsa é de
0,035% do valor financeiro da operação.

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• Custódia: Uma espécie de tarifa de manutenção de conta, cobrada por algumas
corretoras.

Margem e garantias
• Ações: não há necessidade de margem, pois a compra e a venda sãorealizada de
forma efetiva no momento da negociação. A garantia é pela BM&FBovespa.

Opções
• Para o titular de Opções: o titular no Mercado de Opções está isento de prestar
garantias, pois o risco máximo que pode correr é ele não exercer sua posição e
perder o prêmio pago.
• Para o Lançador de Opções: somente das posições lançadoras é exigida a prestação
de garantias, e a finalidade da garantia é assegurar o cumprimento da obrigação
assumida.
• Lançador Coberto: deposita os títulos relativos à opção;
• Lançador Descoberto: deposita margem em dinheiro ou os mesmos ativos aceitos
no mercado a termo, conforme cálculo efetuado pela Clearing. A margem
depositada é oresultado da soma dos seguintes componentes: margem de prêmio
(prêmio de fechamento do dia) e margem de risco (maior prejuízo potencial
projetado para o dia seguinte).

Mercado a termo
• São exigidas de ambos os participantes:
• Vendedor: Cobertura, que é o depósito da totalidade dos títulos objeto da
operação;

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• Comprador: Margem, que é o depósito de numerário e/ou ativos autorizados, em
um valor estabelecido pela Bovespa e BM&FBovespa – Câmara de Ações. A
liquidação de uma operação a termo, no vencimento do contrato ou
antecipadamente, se assim o comprador o desejar, implica a entrega dos títulos
pelo vendedor e o pagamento do preço estipulado no contrato pelo comprador.

Mercado Futuro
• Exige uma “Margem de Garantia” por parte do comprador e há a Possibilidade de
liquidação antes do prazo de vencimento;

Tabela - Entrega de ativos.


Mercado Tipo de Operação Dia de Liquidação
Título de renda fixa privada À vista D+0***
D+1
Ações À vista D+2
A termo D+n, o dia do vencimento
Futuro D+2 do dia do vencimento
Opções* e futuros** D+1
Fonte: Elaborada pelo autor.

• Day trade: Combinação de operação de compra e de venda realizadas por um


investidor com o mesmo título em um mesmo dia.
• Circuitbreaker: Sempre que acionado, interrompe o pregão. Na Bovespa é acionado
sempre que o Índice Ibovespa atinge uma queda de 10% (30 minutos de
paralisação) e persistindo a queda, 15% (1 hora de paralisação).
• Blue chip: Em geral, ações de empresas tradicionais e de grande porte, com grande
liquidez e procura no mercado de ações.

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• Home broker: É um moderno canal de relacionamento entre os investidores e as
sociedades corretoras, que torna ainda mais ágil e simples as negociações no
mercado acionário, permitindo o envio de ordens de compra e venda de ações pela
Internet, e possibilitando o acesso às cotações, o acompanhamento de carteiras de
ações, entre vários outros recursos.
• Lote-padrão: Lote de títulos de características idênticas e em quantidade prefixada
pelas bolsas de valores.

• After Market: permite a negociação de ações no período noturno, após o horário


regular, de forma eletrônica. A totalidade de ordens enviadas tem um limite de R$
100.000,00 por investidor para o período After-Market e os preços das ordens
enviadas nesse período não poderão exceder à variação máxima positiva ou
negativa de 2% em relação ao preço de fechamento do pregão diurno. Funciona das
17h às 18h:15min.
• Pregão: O ambiente reservado para negociações de compra e venda de ações.
Atualmente quase as totalidades das transações ocorrem no pregão eletrônico,
ampliando o antigo conceito de espaço físico.
• O day trading consiste na compra e venda, ou venda e recompra de um mesmo
ativo financeiro (que pode se tratar de ações, derivativos, commodities ou moedas)
no mesmo dia, pelo mesmo especulador ou por meio de uma mesma sociedade
corretora.
• Ao se utilizar da alavancagem financeira, através de recursos como margin trading
ou marginbuying (uma forma de financiar as transações diárias), para minimizar o
pesodos custos de transação (como taxa de corretagem, emolumentos,
Impostosetc) envolvidos, o day trader também maximiza os riscos.
• Dividendos: Distribuição de parte do lucro aos seus acionistas. Por lei, as empresas
devem definir o dividendo pago aos acionistas em seu estatuto. Caso a empresa

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opte por distribuir dividendos sobre o lucro líquido, o investidor que receber esses
dividendos estará livre da incidência de IR na fonte.
• Juros sobre o Capital Próprio: São proventos pagos em dinheiro como os
dividendos, a diferença que este não está livre de IR.
• Bonificações: Correspondem à distribuição de novas ações para os atuais acionistas,
em função do aumento do capital. Excepcionalmente pode ocorrer a distribuição de
bonificação em dinheiro.
• Subscrição: Direito aos acionistas de aquisição de ações por aumento de capital,
com preço e prazos determinados. Garante a possibilidade de o acionista manter a
mesma participação no capital total.
• Grupamento (Inplit): Reduz a quantidade de ações aumentando o valor de cada
ação.
• Desdobramento (Split): Aumenta a quantidade de ações reduzindo o valor da ação;
(Objetivo: Maior liquidez).

Ibovespa
• Mais utilizado e mais importante índice brasileiro;
• Composto pelas ações de maior liquidez da bolsa de valores dos últimos 12 meses;
• A carteira é revista ao final de cada quadrimestre; (jan – abril; maio – ago; set – dez);
• As ações para participarem do Ibovespa devem obrigatoriamente:
✓ Apresentar, em termos de volume, participação superior a 0,1% do total;
✓ Ter sido negociada em mais de 95% do total de pregões do período.
• IBrX: Assim como o Ibovespa, é composto pelas 100 empresas com o maior número
de operações e volume negociado na Bovespa nos últimos 12 meses.
O que o diferencia do Ibovespa é o fato do IBrX considerar apenas as ações
disponíveis no mercado, desconsiderando as ações em posse dos controladores.

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• IBrX – 50: Adota os mesmos critérios do Índice IBrX, mas é composto apenas pelas
50 ações de maior liquidez.
• FGV-100: Índice composto pelas 100 ações mais negociadas, excluindo as estatais e
bancos, ou seja, a carteira teórica é composta apenas por ações de empresas
privadas, levando se em consideração os critérios de qualidade da empresa e de
liquidez ou volume financeiro negociados em Bolsas de Valores.
• ISE – Índice de Sustentabilidade Empresarial: Ferramenta para análise comparativa
de performance das empresas listadas na BM_amp_FBovespa sob o aspecto da
sustentabilidade corporativa, baseada na eficiência econômica, no equilíbrio
ambiental, na justiça social e na governança corporativa.
• IGC – Índice de Ações com Governança Corporativa: Índice que mede o
desempenho de um carteira teórica composta por ações de empresas
comprometidas com programas de governança corporativa. Calculado pela Bolsa de
Valores de São Paulo.
• Índice Mid-Large Cap – MLCX e Índice Small Cap – SMLL: têm por objetivo medir o
comportamento das empresas listadas na Bolsa de modo segmentado. O Índice Mid
Large medirá o retorno de uma carteira composta pelas empresas listadas de maior
capitalização, e o Índice Small Cap medirá o retorno de uma carteira composta por
empresas de menor capitalização.
• Índice de Energia Elétrica – IEE: Primeiro índice setorial da BM_amp_FBOVESPA, o
Índice de Energia Elétrica (IEE) foi lançado em agosto de 1996 com o objetivo de
medir o desempenho do setor de energia elétrica. Dessa forma, constitui-se em um
instrumento que permite a avaliação da performance de carteiras especializadas
nesse setor.
• Agentes Underwriter: Bancos de Investimento, Bancos Múltiplos com carteira de
Investimento, Sociedade Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários (SDTVM) e
Sociedade Corretora de Títulos e Valores Mobiliários.
• Operação de Underwriting: A: decide captar recurso via emissão de ações
• Agentes Underwriter: emite as ações no mercado primário

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• Mercado Primário: acionistas compram ações no IPO
• Bolsa de Valores: Ações passam a ser negociadas no mercado secundário.
• Uma oferta pública de distribuição de ações, cotas de fundos de investimento e
outros valores mobiliários é uma colocação, junto ao público, de determinado
número de ações de uma companhia, cotas de um fundo de investimento ou
qualquer outro valor mobiliário previsto na regulamentação do mercado de capitais.
• Oferta pública primária (Initial Public Offering – IPO): acontece quando é realizada
a emissão de novas ações/cotas de fundos de investimento que serão ofertadas ao
mercado, com ingresso de recursos no próprio emissor da oferta. Ou seja, nesse
caso a companhia está captando recursos.
• Oferta pública primária (Initial Public Offering – IPO) = Oferta pública inicial ou
Oferta pública primária
• No mercado primário as transações acontecem entre a companhia e o investidor. Já
no mercado secundário as transações ocorrem entre dois investidores.
• Oferta pública secundária: acontece quando são ofertadas ações/cotas de fundos
de investimento já existentes, de modo que os recursos não serão aportados na
empresa/fundo, mas serão direcionados aos acionistas/cotistas vendedores.
• Papel do coordenador da oferta e demais instituições envolvidas: obrigações,
análise, tratamento das informações e responsabilidades.
• Underwriting Garantia Firme (Straight): subscrição em que a instituição financeira
subscreve integralmente a emissão para revendê-la posteriormente ao público.
Selecionando esta opção a empresa assegura a entrada de recursos. O risco de
mercado é do intermediário financeiro.
• Underwriting de Melhores Esforços (Best Efforts): Subscrição em que a instituição
financeira se compromete a realizar os melhores esforços para a colocação junto ao
mercado das sobras do lançamento. Não há comprometimento por parte do
intermediário para a colocação efetiva de todas as ações. A empresa assume os
riscos da aceitação ou não das ações lançadas por parte do mercado.

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• Bookbuilding: é a operação na qual o coordenador da oferta avalia, junto aos
investidores, a demanda pelos papéis que estão sendo ofertados. Baseado na
avaliação da empresa e das condições de mercado, o coordenador da oferta
determina um intervalo inicial para o preço de lançamento desses papéis.
• Balanço Patrimonial é a demonstração contábil destinada a evidenciar, qualitativa e
quantitativamente, numa determinada data, a posição patrimonial e financeira da
Entidade.
• No balanço patrimonial, as contas deverão ser classificadas segundo os elementos
do patrimônio que registrem e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a
análise da situação financeira da empresa.
• As empresas listadas emitem de forma separada o Balanço Patrimonial – Ativo e o
Balanço Patrimonial – Passivo, porém estes devem ser entendidos como um só, um
espelho, em que a quantidade de Ativos Totais sempre será igual a quantidade de
Passivos somado ao Patrimônio Líquido. Ou seja: Ativos = Passivo (obrigações) +
Patrimônio Líquido (capital social)
• Na prática, os grupos de contas se organizam da seguinte forma:

ATIVO (bens e direitos)


▪ Ativo circulante: Bens e direitos que podem ser convertidos em dinheiro em
curto prazo (12 meses)
▪ Ativo não circulante: Bens e direitos que só podem ser convertidos em
dinheiro no longo prazo (acima de 12 meses).

PASSIVO (obrigações)
▪ Passivo circulante: Obrigações que devem ser pagas no curto prazo (até 12
meses); Passivo não circulante: Obrigações que podem ser pagas no longo
prazo (mais de 12 meses) e

51
PATRIMÔNIO LÍQUIDO: Valor que os sócios ou acionistas têm na empresa.

• Curto prazo – todos os bens e direitos realizáveis em moeda ou passíveis de


conversão e as obrigações com vencimento até o término do exercício social (ano).
• Longo prazo – todos os bens e direitos realizáveis em moeda ou passíveis de
conversão e as obrigações com vencimento após o término do exercício social (ano).
• Grau de liquidez – é o tempo no qual os Bens e os Direitos podem ser convertidos
em dinheiro. Ex.: conta Caixa é a de maior liquidez, por já ser dinheiro. Já a conta
Veículos é de menor liquidez que a conta Caixa, pois demora mais para se
transformar em dinheiro (primeiro precisa-se vender o veículo para depois ter o
dinheiro em mãos).
• Nível de exigibilidade – é tempo existente para que as Obrigações sejam pagas. As
contas que deverão ser pagas mais rapidamente (curto prazo) têm um maior nível
de exigibilidade do que as contas que serão liquidadas (pagas) em um prazo maior
(longo prazo).
• Realizável – representa tudo o que se pode mudar, converter, transformar em
disponibilidade (dinheiro), sendo uma expressão usada no Ativo. Exemplo: uma
duplicata de cliente é um direito realizável e em um determinado momento ela se
transformará em dinheiro.

52
Tabela -Típica DRE.
RECEITA OPERACIONAL BRUTA
Vendas de Produtos
Vendas de Mercadorias
Prestação de Serviços
(-) DEDUÇÕES DA RECEITA BRUTA
Devoluções de Vendas
Abatimentos
Impostos e Contribuições Incidentes sobre Vendas
= RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA
(-) CUSTOS DAS VENDAS
Custo dos Produtos Vendidos
Custo das Mercadorias
Custo dos Serviços Prestados
= RESULTADO OPERACIONAL BRUTO
(-) DESPESAS OPERACIONAIS
Despesas Com Vendas
Despesas Administrativas
(-) DESPESAS FINANCEIRAS LÍQUIDAS
Despesas Financeiras
(-) Receitas Financeiras
Variações Monetárias e Cambiais Passivas
(-) Variações Monetárias e Cambiais Ativas
OUTRAS RECEITAS E DESPESAS
Resultado da Equivalência Patrimonial
Venda de Bens e Direitos do Ativo Não Circulante
(-) Custo da Venda de Bens e Direitos do Ativo Não Circulante
= RESULTADO OPERACIONAL ANTES DO IMPOSTO DE RENDA E DA CONTRIBUIÇÃO SOCIAL
E SOBRE O LUCRO
(-) Provisão para Imposto de Renda e Contribuição Social Sobre o Lucro
= LUCRO LÍQUIDO ANTES DAS PARTICIPAÇÕES
(-) Debêntures, Empregados, Participações de Administradores, Partes Beneficiárias, Fundos de
Assistência e Previdência para Empregados
(=) RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO

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• Para encontrar o valor do EBITDA, a depreciação e a amortização devem ser
acrescentadas ao LO, não sendo consideradas despesas de caixa, que se encontram
na DRE somadas nas contas custo das mercadorias vendidas e despesas
operacionais.
• O lucro operacional é obtido através da seguinte equação: LO = receita liquida –
custos – despesas operacionais – despesas financeiras.
• Sendo assim, EBITIDA pode ser obtida através da seguinte equação: EBITIDA = LO +
Depreciação + amortização.
• Fluxo de Caixa Incremental: é entendido como o fluxo de caixa adicional ao fluxo de
caixa inicial;
• Fluxo de Caixa Livre: representa a quantidade de dinheiro que entrou e saiu de uma
empresa em um terminado período. Os fluxos de caixa livre (FCL) podem ser
divididos em fluxos de caixa operacional, gastos líquidos de capital e variações do
capital de giro líquido.
• Fluxo de Caixa Operacional: trata-se dos fluxos obtidos pela rotina de entrada e
saída de recursos da empresa em resultado de operações corriqueiras. A forma de
análise de fluxo de caixa operacional mais comum é o Earnings Before Interest,
Taxes, Depreciationand Amortization (EBITDA).
• Logo, considere: EBITDA = LUCRO OPERACIONAL ((+) Receita Líquida, (-) Custo dos
Produtos Vendidos, (-) Despesas da Atividade) +DEPRECIAÇÃO E AMORTIZAÇÃO
(valor correspondente ao período sob análise).
• Gastos Líquidos de Capital (CAPEX): são os desembolsos líquidos com os ativos
permanentes da empresa e podem ser representados pela fórmula: Gastos líquidos
de capital = saldo final do ativo permanente – saldo inicial do ativo permanente +
depreciação.
• As variações do capital de giro líquido é dada pela pelo Capital de Giro liquido
(CGL), que nada mais é que o resultado da divergência entre os ativos e os passivos
circulantes, logo, considere a seguinte equação: Variações no capital de giro
líquido = CGL final – CGL inicial

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• Fluxo de Caixa Livre = Fluxo de Caixa Operacional – Gasto Líquido de Capital –
Variações no Capital de Giro Líquido.
• A seguir estão expostas algumas equações que podem ser úteis:

• A fórmula para encontrar WACC é dada por: . Onde Ke é o


Custo de Capital dos Acionistas, Kd é o Custo da Dívida, E é o Total do Patrimônio
Líquido (total de recursos advindos de capital próprio – equity) e D é o Total da
dívida (total de recursos advindos de capital de terceiros – debt).
• A análise fundamentalista é indicada para investimentos em ações com horizontes
de tempo maiores que os adotados pela análise técnica, pois a escola
fundamentalista observa a estrutura da empresa (fundamentos) e é mais adotada
por bancos e demais interessados no desempenho da empresa nos próximos
semestres ou anos.

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• A análise técnica observa o histórico de preços, portanto, não é necessariamente
adotada apenas para ações (como é o caso da fundamentalista). Assim, essa técnica
pode ser aplicada aos demais ativos. Todavia, aplica-se a horizontes de curto prazo:
dias e semanas.
• Depositary Receipts (DRs): são títulos negociados em um país que têm como lastro
ações de uma empresa que está instalada fora deste país.
• American Depositary Receipts (ADRs): são recibos de ações emitidos nos Estados
Unidos para negociar as ações de empresas de fora do país na Bolsa de Valores de
Nova York.
• Brazilian Depositary Receipts (BDRs): a exemplo dos ADRs, os BDRs são títulos
negociados no Brasil que têm como lastro ações de uma empresa que está instalada
fora do Brasil.
• Um rating é uma nota que as agências internacionais de classificação de riscode
crédito atribuem a um emissor (país, empresa, banco) de acordo com sua
capacidade de pagar uma dívida. Serve para que investidores saibam o grau de risco
dos títulos de dívida que estão adquirindo.
• Em geral, são três grandes níveis: Grau de investimento (país seguro de investir),
Grau especulativo (risco de inadimplência), e Default (quando o país declara
moratória).
Tabela – Índices.
Símbolo Nome Valor índice
DJI Dow Jones Industrial Average, EUA 24.782,29
NQF Nasdaq, EUA 6.495,00
GSPC S&P 500, EUA 2.684,57
N225 Nikkei 225, Japão 22.902,76
FTSE FTSE 100, Inglaterra 7.592,66
DAX Dax Performance-Index, Alemanha 13.075,42
SSEC Shanghai Composite, China 3,297.06
MXX IPC México 48.503,31
MERV MERVAL BUENOS AIRES, Argentina 28.480,71
Fonte: Elaborada pelo autor.

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• O Índice de Mercado ANBIMA (IMA) corresponde a uma família de índices de renda
fixa que representam a dívida pública através dos preços a mercado de uma carteira
de títulos públicos federais. A carteira teórica do IMA-Geral, é constituída por todos
os títulos públicos federais, mostrando o modo como evolui a rentabilidade do
mercado como um todo.
• A governanças corporativa é resultado da combinação do direito e práticas
voluntárias apropriadas do setor privado que habilitam a companhia a: atrair capital
financeiro e humano, desempenhar suas metas de modo eficaz, perpetuar sua
capacidade de gerar valor a Longo Prazo e respeitar o interesse de todos os
acionistas e da sociedade como um todo.
• O Novo Mercado objetiva disciplinar as empresas oferecendo os requisitos para
negociação de companhias abertas em um segmento especial do mercado de ações
da BM&FBOVESPA. Ele estabelece as regras para a listagem dessas Companhias,
além das regras aplicáveis aos seus administradores e seus acionistas.
• O IGC é o resultado de uma carteira teórica de ativos, elaborada de acordo com os
critérios estabelecidos nesta metodologia. O objetivo do IGC ou IGCX é ser o
indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas listadas no
Novo Mercado ou nos Níveis 1 ou 2 da BM&BOVESPA.
• O ITAG é o resultado de uma carteira teórica de ativos, elaborada de acordo com os
critérios estabelecidos nesta metodologia.
• Mercado à vista: onde são negociados a compra e venda dos títulos emitidos pelas
empresas negociadas nas bolsas de valores. Nesse mercado as operações de compra
e venda de ações são liquidadas em curtos períodos de tempo, no Brasil em até dois
dias úteis (até maio de 2019 o prazo era de três dias úteis).
• Mercado a termo: permite que os negociantes fixem o preço futuro dos ativos
negociados entre as duas partes. Nesse mercado os pagamentos são previamente
estipulados para uma data predeterminada através de um contrato chamado de
termo, que não é transferencial a um terceiro.

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Tabela – Objetivo de negociação.
Objeto de negociação Ações.
Tamanho do contrato Quantidade de ativos-objeto do termo,
estabelecido entre as partes, de acordo com
os limites estabelecidos pela
BM_amp_FBOVESPA.
Liquidação As operações a termo podem ser liquidadas
das seguintes formas:
a) No vencimento: liquidação na data de vencimento do
contrato mediante pagamento pelo comprador do valor
de liquidação calculado com base no preço a termo e
entrega do ativo-objeto pelo vendedor.
b) Antecipada: o comprador do contrato poderá solicitar
a liquidação antecipada (parcial ou total) do contrato
mediante o pagamento do valor acordado no contrato a
termo, antes do vencimento da operação, sem qualquer
ônus ao vendedor, nos prazos dispostos a seguir:
i. liquidação antecipada para o dia útil seguinte, podendo
ser solicitada até o dia útil anterior ao vencimento;
ii. liquidação antecipada para dois dias úteis após a
solicitação, podendo ser solicitada até dois dias úteis
anteriores ao vencimento; e

c) Antecipada por diferença: mediante a venda no


mercado à vista pelo comprador dos Ativos-objeto
comprados a termo. A liquidação antecipada por
diferença poderá ser solicitada nos prazos dispostos a
seguir:
i. liquidação antecipada para o dia útil seguinte, podendo
ser solicitada até o dia útil anterior ao vencimento;
ii. liquidação antecipada para dois dias úteis após a
solicitação, podendo ser solicitada até dois dias úteis
anteriores ao vencimento; e

Data de vencimento A data de vencimento é estabelecida entre as


partes, observado o período mínimo de 16 e
máximo de 999 dias corridos, contados da
data de registro do contrato.
Fonte: Elaborada pelo autor.

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• Mercado futuro: se assemelha ao mercado a termo pois ambos determinam um
valor futuro para a liquidação de uma negociação, mas há diferenças relevantes. No
mercado futuro os preços dos contratos são cotados livremente, assim como no
mercado a vista, ou seja, a negociação não ocorre entre apenas duas partes.
Portanto, o mercado futuro permite que um investidor revenda o contrato para um
terceiro, diferente do mercado a termo.

Tabela -Operações de Bolsa de Mercadorias e Futuro (BM&F).


AJUSTE DIÁRIO
Preço de ajuste de hoje 3,55
Preço de ajuste de ontem 3,75
Diferença -0,20
Investidores “comprados” Pagam 0,20 por unidade de contrato
Investidores “vendidos” Recebem 0,20 por unidade de contrato
Fonte: Elaborada pelo autor.

• EXEMPLO: Contrato de venda de 100 sacas de milho a R$ 50,00 cada, no dia


19/11/07 com liquidação prevista em 19/11/08. Investimento de R$ 5.000,00.

Tabela – Contrato de venda.


Dia Cotação Diferença Vendedor Comprador
19/11/17 52,00 2 x 100 = 200,00 (200,00) 200,00
20/11/17 54,00 2 x 100 = 200,00 (400,00) 400,00
21/11/17 51,50 -2,50 x 100 = (250,00) (150,00) 150,00
19/11/18 40,00 -10,00 = (1000,00) 1000,00 (1000,00)
Fonte: Elaborada pelo autor.

Comprador paga R$ 5.000 + R$ 1.000,00 Ajustes Feitos em D+1.

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Tabela -Mercado a Termo X Mercado Futuro.
Mercado a termo: Mercado futuro:
• Pode ser negociado mediante contrato • Precisa ser negociado em bolsa de
particular. futuros.
• Não precisa ser contrato padronizado. • Precisa ser um contrato padronizado.
• Tem uma data de entrega fixada no • É negociado com diferentes datas de
contrato. entregas.
• Diferenças de preço são ajustadas no • Diferenças de preços são ajustadas
vencimento. diariamente.
Fonte: Elaborada pelo autor.

• Titular: é o detentor da opção, é a pessoa que possui o direito;


• Lançador: é quem vendeu a opção, recebeu o prêmio, é quem tem a obrigação;
• Prêmio: é o valor pago pelo titular para adquirir o direito de opção;
• Preço de exercício: é o preço acertado para o exercício do direito de opção;
• Preço do ativo-objeto: é o preço da ação, do ativo subjacente;
• Vencimento: é a data que cessa o direito do titular, ocorre em cada 3ª segunda-feira
do mês;
• Série de opções: é a bolsa que estabelece as séries com seus preços de exercícios e
vencimentos previstos para cada mês.
• Mercado de opções: é uma alternativa de se prevenir contra oscilações indesejáveis
nos preços das ações. As opções são contratos que estabelecem preço e prazos para
a liquidação, de forma a tornar uma operação mais previsível.
• Americana: durante a vigência do contrato, a qualquer momento;
• Europeia: apenas na data de vencimento do contrato de opções.Opção de Compra:
CALL Opção de Venda: PUT
• Opção de Compra (call) In-The-Money (ITM): preço do ativo subjacente é superior
ao preço de exercício da opção;

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• Opção de Compra (call) Out-of-The-Money (OTM): preço do ativo adjacente é
inferior ao preço de exercício da opção;
• Opção de Venda (put) In-The-Money (ITM): preço do ativo adjacente é inferior ao
preço de exercício da opção;
• Opção de Venda (put) Out-of-The-Money (OTM): preço do ativo adjacente é
superior ao preço de exercício da opção;
• Opção de Compra (call) ou Opção de Venda (put) At-The-Money (ATM): preço do
ativo subjacente é igual ao preço de exercício da opção.
• Preço da ação sobre: aumenta o valor de uma opção tipo Call, reduz de uma opção
tipo Put
• Maior o preço de exercício: reduz o valor de uma opção tipo Call, aumenta o valor
de uma opção tipo Put.
• Maior volatilidade da ação: aumenta o preço de uma opção tipo Call, aumenta o
valor de uma opção tipo Put.
• Maior o tempo até o vencimento: aumenta o preço de uma opção tipo Call,
aumenta o valor de uma opção tipo Put.
• Juros maiores: aumenta o preço de uma opção tipo Call, aumenta o valor de uma
opção tipo Put.
• O Valor Intrínseco de uma Call é o preço corrente (à vista) menos o preço de
exercício. Ressalta-se que o valor intrínseco de uma opção não pode ser menor que
zero. O prêmio é igual ao valor Intrínseco mais o valor tempo.
• O Valor Intrínseco de uma Put é o preço de exercício menos o preço corrente.

61
Fundos de Investimento
• Cota: a cota é a menor fração do Patrimônio Líquido do fundo e sempre são
escriturais e nominativas.

Participantes
• Administrador: responsável legal pelo funcionamento do fundo. Controla todos os
prestadores de serviço, e defende os interesses dos cotistas. Responsável por
comunicação com o cotista.
• Custodiante: responsável pela “guarda” dos ativos do fundo. Responde pelos dados
e envio de informações dos fundos para os gestores e administradores.
• Distribuidor: responsável pela venda das cotas do fundo. Pode ser o próprio
administrador ou terceiros contratados por ele.
• Gestor: responsável pela compra e venda dos ativos do fundo (gestão) segundo
política de investimento estabelecida em regulamento. Quando há aplicação no
fundo, cabe ao gestor comprar ativos para a carteira. Quando houver resgate o
gestor terá que vender ativos da carteira.
• Auditor Independente: todo Fundo deve contratar um auditor independente que
audite as contas do Fundo pelo menos uma vez por ano.

Assembleia Geral Ordinária (AGO) x Assembleia Geral Extraordinária (AGE)


• A Assembleia Geral Ordinária (AGO) deve ocorrer anualmente até 120 dias do
término do exercício social para deliberar sobre as demonstrações contábeis do
fundo.

62
• A AGO somente pode ser realizada no mínimo 30 dias após estarem disponíveis aos
cotistas as demonstrações contábeis auditadas relativas ao exercício encerrado. As
demais assembleias são chamadas de Assembleia Geral Extraordinária (AGE).
• Segregação entre gestão de recursos próprios e de terceiros (chinesewall): as
instituições financeiras devem ter suas atividades de administração de recursos
próprios e recursos de terceiros (fundos de investimentos), totalmente separadas e
independentes de forma a prevenir potenciais conflitos de interesses.
• Um fundo de investimento pode ser equiparado a um condomínio, pois os cotistas
possuem objetivos semelhantes. O condomínio é a base legal dos fundos de
investimentos.
• A possibilidade dos cotistas de se reunir em grupos para realizar os investimentos
representa a grande vantagem dos fundos, já que o investimento em conjunto
amplia o leque de estratégias que podem ser adotadas, facilita a diversificação da
carteira e reduz os custos incorridos por cada investidor.
• A cota de um fundo de investimento é a sua fração ideal, sendo definida de forma
escritural e normativa. De modo que a cota representa a menor fração de um fundo.
O valor da cota é definido por: Valor da cota = Patrimônio Líquido/ número de cotas.
• Os quotistas de fundos de investimentos possuem os seguintes direitos:
• O gestor do fundo deve fornecer o regulamento e o prospecto do fundo para todos
os cotistas, além de relatórios periódicos das atividades.
• Deve divulgar imediatamente e de forma adequada qualquer informação que possa
influenciar na decisão do cotista em permanecer no fundo. Entre esses eventos cabe
citar: mudanças nas regras de alavancagem, mudanças nas regras de operação com
derivativos, entre outros.
• Fundos abertos:
✓ Resgate e saída a qualquer momento pelos cotistas.
✓ O número de cotas do Fundo é variável: quando um cotista aplica, novas cotas
são geradas e o administrador compra ativos para o Fundo; quando um

63
cotista resgata, suas cotas desaparecem, e o administrador é obrigado a
vender ativos para pagar o resgate.
✓ É recomendado abrigar ativos com liquidez mais alta para pagar cotistas de
saída.

• Fundos Fechados:
✓ Fundos Fechados tem prazo de duração.
✓ A entrada e a saída de cotistas não é permitida a qualquer momento.
✓ O cotista só pode resgatar suas cotas ao término do prazo de duração do
Fundo ou em virtude de sua eventual liquidação.
✓ Há a possibilidade de resgate dessas cotas caso haja deliberação por parte da
assembleia geral dos cotistas ou haja essa previsão no regulamento do Fundo.
✓ Cotista pode vender suas cotas para outro investidor interessado em ingressar
no Fundo.

• Fundos Restritos: são aqueles constituídos para receber investimentos de um grupo


restrito de cotistas, normalmente os membros de uma única família, ou empresas
de um mesmo grupo econômico.
• Fundos Exclusivos: são aqueles constituídos para receber aplicações exclusivamente
de um único cotista. Somente investidores profissionais podem ser cotistas de
Fundos Exclusivos. Marcação a mercado é facultativa.
• Fundos de Investimento com carência: trata-se do fundo com prazo de carência
para resgate após o término da carência. Há incidência de cobrança de IOF à
alíquota de 0,5% ao dia em caso de resgate antes do término da carência
estabelecida no Formulário de Informações Complementares (FIC).
• Fundos de Investimento sem carência: fundos com resgates a qualquer momento.

64
• Fundos passivos (fundo indexado): buscam acompanhar um determinado
“benchmark” e por essa razão seus gestores têm menos liberdade na seleção de
Ativos. Ex: Fundo que segue o Ibovespa.
• Fundos ativos: o gestor fica “livre” para atuar buscando obter o melhor
desempenho, assumindo decisões de investimentos que julgue propícias para
superar o seu “benchmark”.
• Fundo alavancado: um Fundo é considerado alavancado sempre que existir
possibilidade de perda superior ao patrimônio do fundo, desconsiderando-se casos
de default nos ativos do fundo.
• Fundos de Renda Fixa: o fundo classificado como “Renda Fixa” deve possuir, no
mínimo, 80% da carteira em ativos relacionados diretamente, ou sintetizados via
derivativos, ao fator de risco que dá nome à classe, expostos à variação da taxa de
juros ou a um índice de preços, ou ambos.
• É vedada a cobrança de taxa de performance, salvo quando se tratar de Fundo
destinado a investidor qualificado. A classe de Fundos Renda Fixa poderá conter os
seguintes sufixos: curto prazo; longo Prazo; referenciado; simples; dívida Externa e
crédito Privado.
• Fundo de Renda fixa de Curto Prazo: são Fundos que têm por objetivo proporcionar
a menor volatilidade possível dentre os Fundos disponíveis no mercado brasileiro.
• Fundos de Renda Fixa Referenciados:
✓ O fundo classificado como “Renda Fixa” cuja política de investimento assegura
que ao menos 95% do seu patrimônio líquido esteja investido em ativos que
acompanham, direta ou indiretamente, determinado índice de referência
deve incluir, à sua denominação, o sufixo “Referenciado” seguido da
denominação de tal índice.
✓ Devem ter 80%, no mínimo, de seu patrimônio líquido representado por
títulos da dívida pública federal ou por ativos financeiros de renda fixa
considerados de baixo risco de crédito pelo gestor, inclusive cotas de fundos
de índice que invistam nesses ativos.

65
✓ Derivativos somente para proteção da carteira (hedge).

• Fundos de Renda Fixa Simples: o fundo classificado como “Renda Fixa” que atenda
às condições abaixo deve incluir, à sua denominação, o sufixo “Simples”:
✓ Tenha 95%, no mínimo, de seu patrimônio líquido representado, isolada ou
cumulativamente, por:
▪ Títulos da dívida pública federal;
▪ Títulos de renda fixa de emissão ou coobrigação de instituições
financeiras que possuam classificação de risco atribuída pelo gestor, no
mínimo, equivalente àqueles atribuídos aos títulos da dívida pública
federal;
▪ Operações compromissadas lastreadas em títulos da dívida pública
federal ou em títulos de responsabilidade, emissão ou coobrigação de
instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil, com
algumas ressalvas.
✓ Realize operações com derivativos exclusivamente para fins de proteção da
carteira (hedge).
✓ Se constitua sob a forma de condomínio aberto.
✓ Preveja, em seu regulamento, que todos os documentos e informações a eles
relacionados sejam disponibilizados aos cotistas preferencialmente por meios
eletrônicos.

• Fundos de Renda Fixa de Dívida Externa: trata-se do fundo que tenha 80%, no
mínimo, de seu patrimônio líquido representado por títulos representativos da
dívida externa de responsabilidade da União, deve incluir, à sua denominação, o
sufixo “Dívida Externa”.
• Fundos de Renda Fixa Crédito Privado: trata-se do fundo que realizar aplicações
títulos privados, ou de emissores públicos diferentes da União Federal que, em seu

66
conjunto, excedam o percentual de 50% de seu patrimônio líquido, deve incluir à
sua denominação o sufixo “Crédito Privado”.
• Fundo Cambial: trata-se do fundo que tem como principal fator de risco de carteira
a variação de preços de moeda estrangeira ou a variação do cupom cambial. No
mínimo 80% da carteira deve ser composta por ativos relacionados diretamente, ou
sintetizados via derivativos, ao fator de risco que dá nome à classe. É permitido taxa
de performance.
• Fundo de ações:
✓ Investe no mínimo 67% do seu Patrimônio Líquido em ações negociadas no
mercado à vista de Bolsa de Valores, incluindo, também: BDR’s, cotas de
fundos de ações, e bônus ou recibos de subscrição e certificados de depósito
de ações.
✓ A performance destes fundos está sujeita à variação de preço dos ativos que
compõem sua carteira.
✓ A classe de Fundos de Ações poderá conter os seguintes sufixos: mercado de
Acesso e BDR – Nível 1.
• Fundo de ações Mercado de Acesso: Fundos de ações cuja política de investimento
preveja que, no mínimo, 2/3 (dois terços) do seu patrimônio líquido seja investido
em ações de companhias listadas em segmento de negociação de valores
mobiliários, voltado ao mercado de acesso, instituído por bolsa de valores ou por
entidade do mercado de balcão organizado, que assegure, por meio de vínculo
contratual, práticas diferenciadas de governança corporativa devem usar, em seu
nome, a designação “Ações – Mercado de Acesso”.
• Fundo de Ações BDR Nível I: caso a política de investimentos do fundo preveja
aplicação em BDR classificados como nível I, deve colocar o sufixo “Ações – BDR
Nível I”.

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• Fundos Multimercados:
✓ Os fundos classificados como “Multimercado” devem possuir políticas de
investimento que envolvam vários fatores de risco, sem o compromisso de
concentração em nenhum fator em especial ou em fatores diferentes das
demais classes de fundos. Podem usar derivativos para alavancagem. Podem
aplicar até 20% de seu patrimônio em ativos no exterior. Podem cobrar taxa
de performance.
A classe de Fundos Multimercados poderá conter os seguintes sufixos:
• Fundos Multimercados de Longo Prazo: trata-se do fundo que dispuser,
em seu regulamento, que tem o compromisso de obter o tratamento fiscal
destinado a fundos de longo prazo previsto na regulamentação fiscal
vigente estará obrigado a incluir a expressão “Longo Prazo” na
denominação do fundo.
• Fundos Multimercados Crédito Privado: trata-se do fundo que realizar
aplicações títulos privados, ou de emissores públicos diferentes da União
Federal que, em seu conjunto, excedam o percentual de 50% de seu
patrimônio líquido, deve incluir à sua denominação o sufixo “Crédito
Privado”.
• Fundos de Índice (ETF): Fundo de Índice é um tipo de investimento universalmente
conhecido como ETF (Exchange Traded Fund). Este tipo de investimento tem como
objetivo reproduzir a variação de rentabilidade de um índice do mercado acionário.
✓ Fundos de Investimentos Imobiliário (FII)
✓ Os Fundos de Investimento Imobiliário (FII) destinam-se ao desenvolvimento
de empreendimentos imobiliários.
✓ Uma vez constituído e autorizado o funcionamento do Fundo, admite-se que
25% de seu patrimônio, no máximo e temporariamente, seja investida em
cotas de FI e/ou em Títulos de Renda Fixa.
✓ Essa parcela pode ser maior se expressamente autorizado pela CVM,
mediante justificativa do administrador do Fundo.

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✓ É vedado ao Fundo operar em mercados futuros ou de opções.
• Fundos Off-Shore: é considerado fundo off-shore aquele constituído fora do
território brasileiro, mas que aplica em ativos dentro do país.
• Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC E FIC-FIDC)
✓ São Fundos constituídos por títulos de crédito originários de operações
realizadas nas instituições financeiras, na indústria, arrendamento mercantil,
hipotecas, prestação de serviços e outros títulos que possam ser admitidos
como direito de crédito pela CVM.
✓ Dessa forma, as operações de crédito originalmente feitas podem ser cedidas
aos Fundos que assumem esses direitos creditórios. Essa operação permite
aos bancos, por exemplo, que cedam (vendam) seus empréstimos aos FIDC,
liberando espaço para novas operações, e aumentando a liquidez deste
mercado.
✓ O FIDC deve ter, no mínimo, 50% de seu patrimônio em direitos creditórios.
✓ Os FIDC podem operar no mercado de derivativos (bolsas e balcão com
sistema de registro) somente para proteger suas posições à vista.
✓ O valor mínimo para aplicação no passado era, por regulação da CVM, de R$
25.000,00. No entanto, este artigo foi revogado da regulamentação dos FIDC,
não havendo mais um valor mínimo.
✓ No caso de Fundo aberto, o Fundo será liquidado ou incorporado a outro se
mantiver PL médio inferior a R$500.000 durante 3 meses consecutivos, ou 3
meses após a autorização da CVM.
• Fundos de Investimento Capital Protegido: são fundos que têm por objetivo
proteger o valor do capital investido pelos seus cotistas, proporcionando uma
parcela da rentabilidade da bolsa, quando ela for positiva, ao final certo intervalo de
tempo.

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• Fundos de Investimento em Direitos Creditórios – FIDC e FIDC-NP: esses fundos se
caracterizam por aplicar parcela mínima de 50% do seu patrimônio líquido em
direitos creditórios. Eles podem ser constituídos na forma de condomínio aberto ou
fechado e obtêm recursos através da distribuição de cotas.
• Fundos de Investimento em Participações – FIP: Segundo a BMFBOVESPA:
• “O Fundo de Investimento em Participações (FIP) é uma comunhão de recursos
destinados à aplicação em companhias abertas, fechadas ou sociedades limitadas,
em fase de desenvolvimento. Cabe ao administrador constituir o fundo e realizar o
processo de captação de recursos junto aos investidores através da venda de
cotas.’’

‘’ […] O FIP é um investimento em renda variável constituído sob a forma de


condomínio fechado, em que as cotas somente são resgatadas ao término
de sua duração ou quando é deliberado em assembleia de cotistas a sua
liquidação.’’

‘’ […] O fundo deverá participar do processo decisório da companhia


investida, com efetiva influência na definição de sua política estratégica e na
sua gestão, notadamente através da indicação de membros do Conselho de
Administração.”

• Prazo de cotização: é a quantidade de dias que o fundo demora para converter os


aportes em cotas (prazo de cotização de aporte) ou para converter cotas em
dinheiro (prazo de cotização de resgate). Geralmente é contado em dias úteis.
• Prazo de liquidação: é a quantidade de dias que o fundo demora, depois da
cotização, para depositar na conta corrente do cotista o valor do resgate efetuado.
Geralmente é contado em dias corridos.

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• Riscos dos ativos individuais versus riscos da carteira: os ativos individuais tendem
a ter risco maior que uma carteira de títulos, pois o risco da carteira é distribuído
entre os cotistas e está associado à quantidade de títulos que possui em sua carteira
e aos seus prazos de vencimento.
• Alavancagem: é uma estratégia utilizada para potencializar ganho que consiste em
assumir posições maiores que o patrimônio líquido do fundo, através da utilização
de derivativos. Há possibilidade de ganhos altos, contudo, o risco é alto, e é possível
que o investidor seja chamado para fazer aportes, devido ao patrimônio negativo.
• Taxa de administração: é o percentual pago pelos cotistas de um fundo para
remunerar todos os prestadores de serviço. É uma taxa expressa ao ano calculada e
deduzida diariamente e sua cobrança afeta o valor da cota. A rentabilidade
divulgada pelos fundos de investimento é sempre líquida de taxa de administração.
• Taxa de performance: é o percentual cobrado do cotista quando a rentabilidade do
fundo supera a de um indicador de referência. Nem todos os fundos cobram taxa de
performance. Cobrança após a dedução de todas as despesas, inclusive da taxa de
administração. Linha d’água: Metodologia utilizada para cobrança de taxa de
performance. Periodicidade: semestral
• Taxa de ingresso ou de saída: estas taxas não são tão comuns, mas também podem
ser cobradas dependendo do fundo de investimento que você escolher. Elas são
cobradas na aquisição de cotas do fundo ou quando o investidor solicita o resgate
de suas cotas.
• Carteira Administrada: a administração de carteira de valores mobiliários consiste
na gestão profissional de recursos ou valores mobiliários, sujeitos à fiscalização da
Comissão de Valores Mobiliários, entregues ao administrador, com autorização para
que este compre ou venda títulos e valores mobiliários por conta do investidor.
• De forma simplificada: na carteira administrada o investidor terceiriza o serviço de
investir para um gestor.
• Gestão discricionária: permite-lhe delegar a gestão da totalidade ou de parte dos
seus ativos numa equipa profissional e experiente.

71
• Gestão não discricionária: mesmo que um fundo ou recursos de uma carteira seja
administrado por terceiros, o investidor é o gestor dos recursos, tomando todas as
decisões de acordo com sua vontade.
• Os interesses dos clientes devem ser colocados em primeiro lugar: os profissionais
que trabalham no mercado financeiro devem colocar os interesses dos clientes em
primeiro lugar, não devendo perseguir ganhos e interesses próprios em detrimento
dos interesses buscados pelos clientes.
• Princípio de Integridade: esse princípio estabelece que os profissionais do mercado
financeiro devem fornecer serviços de forma íntegra. Como estes profissionais
exercem função de confiança perante os clientes, eles devem agir de forma honesta
e transparente.
• Princípio de Objetividade: os profissionais que atuam no mercado financeiro devem
agir de forma objetiva, perseguindo os interesses e objetivos dos clientes de forma
isenta, clara, pragmática e transparente. Isto é, eles devem buscar atingir os
objetivos buscados pelos clientes.
• Princípio de Competência: esse princípio defende que os profissionais devem
realizar ações que lhes possibilitem manter e aprimorar as competências, as
habilidades e os conhecimentos precisos para fornecerem os seus serviços.
• Princípio de Confidencialidade: os profissionais também devem proteger as
informações de seus clientes, não as divulgando para terceiros, salvo se necessário
ou estabelecido por lei. A sua atuação demanda que eles passem segurança para os
clientes.
• Princípio da Conduta Profissional: os profissionais que atuam no mercado
financeiro devem agir com postura profissional exemplar, atuando com dignidade e
respeito aos clientes e de acordo com a regulamentações. Eles também devem zelar
e buscar aprimorar as empresas que representam.
• Princípio da Probidade: esse princípio estabelece que os profissionais que atuam no
mercado financeiro devem adotar uma postura justa e imparcial, tratando os outros
com o mesmo tratamento que gostariam de receber. Eles devem agir com
integridade, evitando e evidenciando a existência de conflitos de interesse.

72
• Princípio da Diligência: os profissionais que atuam no mercado financeiro também
devem fornecer serviços de forma diligente. Isto é, eles devem agir com zelo,
presteza dedicação, esmero, velocidade e de forma rigorosa, executando as suas
atividades de acordo com os termos estabelecidos com o cliente.

• Fundos de curto prazo: são fundos cujo prazo médio da carteira é igual ou inferior a
365 dias.
i. Fator gerador do imposto: Resgate ou Semestral.
ii. Semestre: último dia útil dos meses de MAIO e NOVEMBRO.
iii. Responsável pelo recolhimento: Administrador do fundo.
iv. Alíquota semestral: 20%
v. Alíquota no Resgate: 22,5% → aplicações de até 180 dias e 20,0% → aplicações com
prazos igual ou superior a 181 dias.

• Fundos de longo prazo: são fundos cujo prazo médio da carteira é superior a 365
dias.
i. Fator gerador do imposto: Resgate ou Semestral.
ii. Semestre: último dia útil dos meses de MAIO e NOVEMBRO.
iii. Responsável pelo recolhimento: Administrador do fundo.
iv. Alíquota semestral: 15%

• Considere as seguintes alíquotas para o Resgate: 22,5% → aplicações de até 180


dias; 20,0% → aplicações de 181 a 360 dias; 17,5% → aplicações de 361 até 720
dias; 15,0% → aplicações acima de 720 dias.

73
• Fundos de ações: são carteiras com no mínimo 67% aplicado no Mercado de Ações.
i. Fator Gerador do imposto: Resgate
ii. Responsável pelo recolhimento: Administrador do fundo
iii. Alíquota única de: 15% (resgate, não tem come-cotas). Ressalta-se que, nos fundos
de ações não há recolhimento de Imposto de Renda Semestralmente, somente no
resgate.

74
Gestão de Carteiras e Riscos
• Média Aritmética: é a soma dos valores observados em um dado dividido pelo
número de observações, essa medida é obtida através da soma de todos os
elementos de um conjunto e posterior divisão pelo número de elementos que o
compõem e pode ser calculado através da seguinte fórmula: (x1 + x2 + x3 + x4 +x5) /
n.
• Média aritmética ponderada: trata-se de um tipo de média aritmética, em que cada
número que fará parte da média terá um peso. Este peso será multiplicado pelo
número, que serão somados e divididos depois pela soma dos pesos.
• À exemplo, considere os seguintes números: 2, 4, 6, 3, e seus respectivos pesos 3, 2,
1, 2. A média ponderada (MP) seria calculada da seguinte forma: MP = (2 x 3) + (4 x
2) + (6 x 1) + (3 x 2) / 3 + 2 + 1 +2 = 26 / 8 = 3,25
• Média Geométrica: entre n valores, é a raiz de índice n do produto desses valores. À

exemplo, a média geométrica entre 1, 2 e 4:


• Mediana: trata-se do valor da variável em um conjunto de dados que divide o
conjunto de valores observados ao meio, de modo que os valores observados em
uma metade são menores ou iguais ao valor médio e os valores observados na outra
metade, de forma que seja maior ou igual ao valor médio.

Medidas de dispersão: desvio padrão e variância


• A variabilidade pode ser definida em termos de quão perto os valores da amostra
estão do meio da distribuição. Usando a média como a medida do meio da
distribuição, a variância é definida como a diferença quadrática entre os valores a
média.

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• Por exemplo, se em uma avaliação escolar a média de uma turma com cinco alunos
foi 6, e as notas individuais foram 4, 5, 7, 9, e 5. Considerando a média 6, tem-se que
o valor dos desvios da média são respectivamente -2, -1, 1,3,-1
• A variância e o desvio padrão olham para a dispersão dos dados em torno da
média, informando o modo como eles estão distribuídos.
• Variância: mede o grau de dispersão de um conjunto de dados é dado pelos desvios
em relação à média desse conjunto.
• Exemplo do cálculo da variância: considerando que uma ação teve as seguintes
oscilações nos primeiros 5 dias de um determinado mês: 1º → + 3%; 2º → + 5%; 3º
→ + 7%; 4º → −2% e 5º → + 2%. Para efetuar a resolução, deve-se primeiro efetuar

o cálculo da média: e, logo após, calcular agora a variância:

. Assim, a Variância é de 11,5%.


• Desvio-Padrão: trata-se da raiz quadrada da variância. O desvio padrão é uma
medida especialmente útil de variabilidade quando a distribuição é normal ou
aproximadamente normal porque a proporção da distribuição dentro de um
determinado número de desvios padrão da média pode ser calculada.

Cálculo da correlação e covariância.


• Covariância é uma medida da variação entre duas variáveis aleatórias. Sendo assim,

considere que:

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• Se valores maiores de uma variável correspondem principalmente aos valores
maiores da outra variável, e se o mesmo ocorrer com os valores menores, as
variáveis tendem a mostrar comportamento semelhante. Isso significa que a
covariância será positiva.
• Se os valores maiores de uma variável correspondem principalmente aos valores
menores da outra amostra, as variáveis tendem a mostrar comportamento oposto,
a covariância será negativa.
• O sinal da covariância mostrará a tendência na relação linear entre as variáveis.
• A magnitude da covariância é de difícil interpretação porque ela não é normalizada,
dependendo das magnitudes das variáveis.
• À exemplo, o conjunto A = 2,1, 2,5, 3,6, 4,0 e o conjunto B = 8, 10, 12, 14, possuem
covariância de 2,27, pois aplicando a equação que vimos acima teremos: Cov (A,B) =
(2.1-3.1)(8-11)+(2.5-3.1)(10-11)+(3.6-3.1)(12-11)+(4.0-3.1)(14-11) /(4-1) =(-1)(-3) + (-
0.6)(-1)+(.5)(1)+(0.9)(3) / 3 = 3 + 0.6 + .5 + 2.7 / 3 = 6.8/3 = 2,27

Correlação
• A covariância busca mostrar se há um comportamento de interdependência linear
entre duas variáveis. E é representada pela seguinte equação.
• O coeficiente de correlação mostra se há relação linear entre duas séries de dados X
e Y. Se o coeficiente de correlação for igual a 1, significa que existe relação linear
perfeita entre X e Y, de tal forma que se X aumenta, Y aumenta na mesma
proporção também.
• Sendo assim, quando r é igual a 1, tem-se uma relação linear perfeita e positiva;
quando r é igual a 0 , inexiste a relação linear; r é igual a -1 existe uma relação linear
perfeita e negativa. Logo, quando r for maior que 0, existe uma relação linear
positiva; e quando r for menor do que 0, existe uma relação linear negativa.

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Distribuição normal
• A função de distribuição normal também é conhecida como distribuição gaussiana
e quando possui média zero e variância 1 é chamada de distribuição normal padrão.
• A distribuição normal se encontra representada na Figura abaixo. A área abaixo da
linha mostra a probabilidade de ocorrência de cada valor do eixo X. Assim, a soma
da área total é igual a 1.

Figura – Distribuição normal.

Fonte: Elaborada pelo autor.

• A distribuição normal possui algumas propriedades: Ela é simétrica em relação à


origem. Ademais, média é igual a moda que é igual a mediana. Ou seja,
exatamente metade das observações se encontram à direita (são menores) e
metade se encontram à esquerda (são maiores) da média. E, o valor que mais se
repete entre as observações é a média.
• Além disso: 1 desvio abrange 68,26%; 2 desvios abrangem 95,44%; 3 desvios
abrangem 99,73%.
• Risco Político: em geral, ocorre devido a questões legais que podem ser
premeditadamente restritivas, com o intuito de proteger a economia local, ou não
premeditados, decorrentes de entraves devido a uma legislação ultrapassada ou
mal formada.

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• Risco Extraordinário: são os de maior dificuldade de previsão, e estão, geralmente,
ligados a eventos naturais: terremotos, excesso de chuvas, vulcões, furacões,
epidemias, tsunamis entre outros. Eles também estão ligados a acidentes de
grandes proporções como vazamentos de usinas termonucleares, rompimento de
uma barragem, entre outros.
• Risco Comercial: se refere ao risco de perdas geradas por escolhas comerciais
erradas decorrentes da falta de conhecimento e pode ser resultado do fracasso da
empresa resultante de estratégias mal formuladas e processos mal desenvolvidos
ou falha moral.
• Risco Econômico e Financeiro: se refere a possibilidade de que fatores de mercado
impactem os investimentos realizados. Também conhecido como risco
mercadológico, envolve agregados macroeconômicos como a taxa de câmbio, taxas
de juros do mercado, balança comercial, etc.
• Risco-País: é a junção de todos os riscos que envolvem o país em específico, logo,
como o risco país envolve uma série de riscos e especificidades dos mesmos, é um
risco de difícil mensuração, mas envolve o mercado como um todo e, portanto, são
riscos sistêmicos.
• Risco de Variação das Taxas de juros: o comportamento da taxa de juros influencia
no valor dos ativos em renda fixa. Quando a taxa de juros sobe a instituição observa
prejuízo se possuir um ativo e um ganho se ela possuir um passivo.
• Os instrumentos utilizados para fazer a gestão do risco de taxa de juros são
derivativos: contratos futuros, swaps, opções.
• Risco de crédito: esse risco é observado quando a instituição financeira não recebe
os pagamentos prometidos por suas aplicações.
• Risco de mercado: esse risco decorre da variação observada no preço dos ativos e
pode ser formalmente definido como a probabilidade de uma instituição financeira
observar prejuízo em determinada transação, provocado por comportamento
inesperado da bolsa de valores, preço de commodities, inflação, etc.

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• Risco operacional: esse risco mostra a probabilidade da instituição financeira
registrar perdas oriundas de erros humanos, falhas em sistemas de informação,
computadores, eventos externos, fraudes, etc. Ele decorre de uma gestão
inadequada dos riscos.
• Risco de variação cambial: se encontra presente principalmente em países que
possuem moeda mais volátil, esse risco ocorre quando uma instituição financeira
realiza transações no exterior, converte os seus recursos para outra moeda, e
ocorrem variações cambiais adversas que reduzem os ganhos obtidos ou que a
fazem ter prejuízos.
• Risco soberano: esse risco também é observado quando as instituições financeiras
trabalham com ativos internacionais, que envolvem a transação com diferentes
moedas. Os países estrangeiros podem limitar, ou até dar o calote, o fluxo de
pagamentos externos, fazendo com que a instituição não consiga trazer o dinheiro
de volta.
• Risco de liquidez: esse risco evidencia a disponibilidade imediata de caixa das
entidades financeiras. Quando um banco mantém uma quantidade limitada de
recursos em caixa existe o risco de muitos investidores sacarem ao mesmo tempo,
fazendo com que esses recursos não consigam cobrir todos os saques.
• Risco legal: esse risco é observado quando a legislação vigente não regulamenta as
transações financeiras de modo eficiente. Ele também é observado na presença de
desconhecimento sobre todos os aspectos e dispositivos jurídicos que envolvem a
transação.
• Risco de Compliance: o risco de Compliance representa as sanções legais ou
regulatórias que podem ser aplicadas a uma instituição quando ela não segue as
leis, regulamentos e códigos de conduta.
• Os riscos podem ser sistemáticos ou não sistemáticos. O risco sistemático é
também chamado de risco de mercado e afetam grande parte dos investimentos,
um exemplo deste risco são as incertezas econômicas.
• O risco não sistemático também é conhecido como risco específico e afeta pequena
parte dos investimentos. À exemplo, uma empresa que descobrir um novo poço de

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petróleo será afetada juntamente com alguns clientes ou fornecedores próximos.
Mas, se o preço do petróleo sofrer um aumento, todos os envolvidos serão
afetados.
• O Beta (β) mede a sensibilidade de um ativo em relação aos movimentos de
mercado. O Beta pode assumir vários valores, como:
✓ Se β > 1, reflete um risco sistêmico mais alto que o mercado, sendo por isso
considerado um investimento agressivo. Em outras palavras, carteira de
ativos oscila mais que a carteira de mercado.
✓ Se β = 1, a carteira de ativos tem o mesmo risco que a carteira de mercado,
movimentando-se na mesma direção.
✓ Se 0> β> 1, a carteira de ativos é menos arriscada do que a carteira de
mercado e o ativo se caracteriza por ser mais defensivo.
✓ Se β < 0, ativo move-se na direção oposta a do mercado.
O coeficiente β é usado para medir o risco não diversificável.

• O modelo CAPM é um modelo de formação de preços de ativos que equaciona a


relação básica entre risco e retorno, presente em todos os tipos de decisões
financeiras.
• O modelo CAPM permite estimar a taxa de retorno exigida pelos investidores, ou
seja, a taxa mínima de atratividade pelo capital próprio. Considere a seguinte
equação: EPL = R f + β s (Rm – Rf)
• Em que: EPL é o retorno esperado do patrimônio líquido; R f é o retorno esperado
da taxa livre de risco; βs é a sensibilidade ao risco de mercado; Rm é o retorno
histórico do mercado de ações; e (Rm – Rf) é o prêmio de risco dos ativos de
mercado sobre os ativos livres de risco.
• O risco do portfólio (σ) pode ser calculado, assim como para um ativo individual,
com base na mensuração da variância dos investimentos e, também, por um
coeficiente de covariância dos investimentos.

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• Destaca-se que, a covariância é uma medida de interdependência entre os ativos
que compõem esse portfólio de investimentos.
• Considerando uma carteira de investimentos composta apenas pelos investimentos
W e Z, o retorno e o risco da carteira podem ser representados respectivamente
pelas equações a seguir:
Ri = wRw +zRz

• EXEMPLO: Iremos utilizar como exemplo os investimentos W e Z, para montar uma


carteira que utilize ambos os investimentos. Sendo assim, considere as definições
seguintes:
✓ O termo Ri é o retorno da carteira i, σi é a variância da carteira i.
✓ Os termos w e z são as proporções dos investimentos W e Z na carteira, como
a carteira é composta por apenas os dois investimentos, a soma de ambos
deve totalizar 100%.
✓ Os termos Rwe Rz representam os retornos das carteiras W e Z
respectivamente.
✓ O termo σ2yé a variância do investimento Z, que iremos assumir como 79,28
✓ O termo σx2é a variância do investimento W que, que iremos assumir como
1,78.
✓ O termo p é um coeficiente de correlação que vamos assumir ser 0,8.
• Nessa sequência, se considerar uma proporção de 40% de investimento para cada
W e 60% de investimento para Z, é possível substituir as informações da equação de
retorno e encontrarmos:

• O retorno ainda será 5%, pois ambos os investimentos têm o mesmo retorno. No
entanto, o risco irá se alterar:

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• De acordo com o APT, a relação entre o risco e o retorno de um ativo é dada por:

• Sendo R1,…..Rf, os fatores. Os fatores podem ser, por exemplo, o câmbio, a


produção industrial, a inflação. Os coeficientes vão medir a sensibilidade dos ativos
a estes fatores.
• Considere a seguinte equação para o cálculo da variância de portfólio:

• Em que: w1 = porcentagem do ativo 1 no portfólio; w2 = porcentagem do ativo 2 no


portfólio; covar1,2 = covariância entre os ativos 1 e 2; σ12= variância do ativo 1;
σ22 = variância do ativo 2.
• EXEMPLO: Suponhamos que nosso portfólio tenha investido R$1.000,00, sendo 50%
do capital investido em ações e 50% em renda fixa. Supondo que a variância da
renda fixa seja de 1,5% e das ações de 3,5% e que esses ativos tenham uma
covariância de -0,8%, podemos calcular a variância do portfólio como se segue:
VariânciaPortfólio = 0,50 * 0,015 + 0,50 * 0,035 + 2 *0,5*0,5 * (-0,08) =
0,0075 + 0,0175 – 0,04 = 0,065 = 2,5%

Seleção de carteiras e modelo de Markowitz


• Markowitz identifica a variância de uma carteira como a soma das variâncias
individuais de cada ativo e as covariâncias entre pares de ativos da carteira, com
base no peso de cada ativo na carteira.

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• Markowitz mostrou que existe uma combinação de ativos que maximiza o retorno
esperado e minimiza a variância.
• A metodologia de formação de carteiras proposta por Markowitz objetiva
identificar, entre um conjunto de ativos, a combinação que resulta no menor nível
de volatilidade, isto é, de risco.
• A fronteira eficiente identifica a combinação de ativos que resulta no menor nível
possível de risco, dado determinado nível de retorno esperado. Graficamente, a
fronteira eficiente representada abaixo como a linha que demarca todas as
combinações possíveis entre os dois ativos com correlação igual a -1.
• EXEMPLO: imagine que um investidor escolha a combinação de ativos que possuam
correlação de -85%, então ele pode obter uma carteira que gera exatamente o
mesmo retorno, com um menor risco se combinar ativos com correlação de -1.
• No gráfico, a linha destacada em preto representa as combinações de ativos que
resultam no menor nível de risco para cada nível de retorno esperado. Conforme se
observa, o nível mínimo de risco se eleva conforme o nível de retorno esperado
aumenta.
• A Taxa livre de risco, é formalmente definida como a taxa de retorno obtida ao se
investir em um ativo livre de risco. Ela é o retorno pago por um ativo que não
apresenta nenhum risco, ainda que, via de regra todos os ativos apresentam risco.
• Por exemplo, os ativos de empresas, mesmo as debêntures, apresentam risco de a
empresa quebrar ou não conseguir arcar com suas obrigações.
• A carteira ótima é o ponto na fronteira eficiente com índice de Sharpe máximo. Isto
é, ela é dada pelo ponto de tangência entre a fronteira eficiente e a reta que possui
como ponto de origem o ativo livre de risco.
• A carteira ótima identifica a combinação entre o ativo livre de risco e a fronteira
eficiente que gera o maior nível de retorno possível para o menor nível de risco.

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Figura – Carteira ótima.

Fonte: Elaborado pelo autor.

• Dado que os investidores apresentam perfil de aversão ao riscodiferente, a carteira


ótima varia entre os investidores, dependendo das suas escolhas entre risco e
retorno.
• O Valueat Risk (VaR) é uma técnica utilizada para avaliar o risco associado à
realização de transações financeiras. Esta técnica resume em um único número o
risco de uma carteira de investimentos e identifica a maior perda esperada em um
dado horizonte de tempo para um intervalo de confiança.
• Em um investimento de 10 milhões a rentabilidade anual esperada é de 10% e o
desvio padrão é de 15%. Qual o VaR para um grau de confiança de 5%? VaR= | 10%
– 15% * 1,645 | * 10.000.000 _gt_ VaR=1.467.500

• O Tracking Error é dado pela seguinte equação , que é definido


como o desvio padrão das diferenças entre o retorno de um fundo (Rfundo) e o
retorno de um benchmark (rbench) em determinado período. Quanto mais volátil
for essa diferença maior será o TE.

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• A teoria de mercados eficientes conta com três versões: fraca, semiforte e forte.
✓ A hipótese fraca afirma que os preços refletem todo histórico disponível
publicamente.
✓ A hipótese semiforte argumenta que os preços refletem as informações
publicamente disponíveis e mudam instantaneamente para refletir as novas
informações que surgem.
✓ A hipótese forte afirma que os preços refletem instantaneamente inclusive as
informações privadas, que não se encontram disponíveis para todos os
investidores.
• A principal preocupação do acordo de capital de Basileia I era garantir a solvência
das instituições financeiras e a estabilidade do sistema financeiro, para isso ele
recomendava o ajuste no capital dos bancos de acordo com o volume de aplicações
que eles possuíam.
• Outra preocupação do Basiléia I era estabelecer padrões internacionais para evitar
concorrência desleal entre instituições financeiras oriundas de diferentes países.
• Stop Loss é uma ordem para vender uma ação caso ela atinja determinado preço,
com o objetivo de limitar as perdas incorridas. Por exemplo, imagine que você
comprou uma ação cotada em R$ 20,00, se impõe uma ordem stop loss para que ela
seja vendida caso o seu preço se reduza para R$ 15,00, limitando as suas perdas em
25%.
• Similar ao Stop Loss, também é possível estabelecer uma ordem que define o
montante de valorização de uma ação. Por exemplo, se você comprar uma ação a
R$ 20,00, é possível emitir uma ordem para que ela seja vendida caso o seu valor
supere os R$ 25,00.
• O Back Testing consiste em testar o comportamento de uma estratégia de
comercialização de ações através da simulação com dados histórico, isto é, verifica-
se o comportamento que a estratégia teria caso ela tivesse sido elaborada em um
período passado e mantida por determinado intervalo de tempo.

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• A grande vantagem do Back Testing é que ele revela em que situação a estratégia
adotada é vencedora.

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Planejamento de Investimento

Figura – Comportamento dos investidores em relação ao risco.

Fonte: Elaborado pelo autor.

Conservador
São aqueles investidores que desejam manter o seu patrimônio. Eles desejam realizar
investimentos que não são arriscados, de curto prazo.

Moderado
São os investidores que estão dispostos a correr risco, desde que este não seja muito
levado. Eles possuem como objetivo auferir um retorno mais elevado no médio prazo, que
lhes permita aumentar o seu patrimônio. Assim, o seu horizonte de planejamento é de
médio prazo e eles estão dispostos a realizar investimentos que levem um período um
pouco mais

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longo para maturar, desde que este período não seja muito elevado. Ademais, também
estão dispostos a correr algum risco, desde que ele não seja muito elevado.

Arrojado
Esses clientes possuem perfil mais agressivo. Eles desejam obter retornos mais elevados e
estão dispostos a adquirir ativos que apresentam grandes oscilações em seus retornos e
que podem resultar em perdas consideráveis no curto prazo. Eles possuem um horizonte
de planejamento de longo prazo e estão dispostos a realizar investimentos que levam um
longo período para maturar.

Hedger: opera nesse mercado buscando proteção contra oscilações de preços dos ativos.
Possui o determinado bem ou ativo financeiro.
Especulador: assumem o risco da operação com o objetivo de auferir ganhos com a
oscilação dos preços.
Entra e sai rapidamente no mercado fazendo “apostas”.
Arbitrador: obtém vantagens financeiras em função de distorções nos preços do ativo nos
mercados diferentes.
Monitora todos os mercados em busca de distorções a fim de lucrar sem correr riscos.
Operadores de Tesouraria: são os responsáveis pelas operações de tesouraria, que
consistem em captar ou aplicar recursos que, provavelmente (no caso de taxas pós-
fixadas) ou certamente (na hipótese de taxas prefixadas), terão determinado custo ou
rendimento. É possível implementar diversas operações de tesouraria por meio dos
mercados derivativos.
Os operadores de tesouraria têm a função de administrar o fluxo de caixa das instituições,
buscando captar recursos a taxas baixas e aplicá-los a taxas altas, e, ainda, compatibilizar
os prazos de captação com os de aplicação.
Market Makers: são instituições altamente especializadas em determinadas ações, ou em
determinados ativos, e que se comprometem a fazer propostas de compra e de venda do

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ativo aos demais participantes do mercado, em um volume mínimo previamente
estabelecido. Por exemplo, se uma corretora é um marketmaker de determinada ação, os
participantes que estiverem com dificuldade em comprar ou vender a ação poderão
recorrer à corretora, e esta será obrigada a “abrir um spread”, ou seja, dizer a que preço
compra e a que preço vende a ação. O participante decidirá se aceita ou não a oferta da
corretora. A principal finalidade dos marketmakers é proporcionar liquidez aos mercados.

Manipuladores: alteram artificialmente o preço de um ativo com o objetivo de auferir


lucro com a variação de preço. Isto só é possível quando um participante (ou grupo de
participantes) do mercado tem força suficiente para tal. Outra forma de manipulação é a
divulgação de notícias falsas ou a contratação de analistas para emitirem propositalmente
más opiniões ou maus conselhos a respeito de algum ativo-objeto, como por exemplo,
ações de uma companhia. Neste caso, os participantes poderiam ser induzidos a efetuar
operações incorretas por estarem baseados em informações ou opiniões falsas. É possível
ainda a combinação das duas estratégias.

Investidor qualificado
É considerado um Investidor qualificado:
• InvestidoresProfissionais;
• Pessoas Físicas e Jurídicas, com investimentos financeiros superior á R$1.000.000,00
e que atestem por escrito sua condição de investidor qualificado.
• Pessoas naturais que tenham sido aprovadas em exames de qualificação técnica ou
possuam certificações aprovadas pela CVM para agentes autônomos de
investimentos, administradores de carteira, analistas e consultores de valores
mobiliários.

A vantagem de ser um investidor qualificado é a possibilidade de ingressar em fundos


restritos como os Fundos de Direito Creditório.

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Investidor profissional
Investidores Profissionais podem constituírem Fundos Exclusivos (tipo de fundo com
apenas um cotista).

São considerados investidores profissionais:


• Pessoas Físicas e Jurídicas, com investimentos financeiros superior á
R$10.000.000,00 e que atestem por escrito sua condição de investidor qualificado.
• Instituições financeiras, companhias seguradoras e sociedade de capitalização.
• Fundos de Investimento.
• Entidades abertas e fechadas de previdência complementar.
• Administradores de carteira e consultores de valores mobiliários.
O risco do cliente envolve a análise do perfil apresentado por este. Essa análise envolve os
seguintes aspectos:

Caráter
Se refere ao histórico do cliente, se ele sempre arcou com suas obrigações ou se já deixou
de honrar muitas vezes com os compromissos assumidos.

Capacidade
Se refere à capacidade do cliente em ressarcir o crédito obtido, dado o nível de
endividamento suportado pela empresa.

Capital
Envolve a capacidade de pagamento do requerente do crédito, sendo necessário realizar
uma análise do seu nível de endividamento, da sua liquidez, renda e dos bens possuídos
por ele.

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Colateral
Identifica os ativos que o cliente pode oferecer como garantia de que irá honrar com os
compromissos assumidos. A presença de uma maior quantidade de ativos e garantias de
qualidade significa que é mais seguro emprestar para o cliente, pois maiores são as
chances de que ele honre a dívida assumida.

Condições
Relaciona-se à análise das variáveis que afetam a capacidade de pagamento do cliente,
isto é, se ele apresenta renda estável e quais são os fatores que influenciam em seu nível
de renda.

Tipos de heurísticas
Heurística da representatividade
Esta heurística mostra que os agentes tendem a avaliar um novo evento com base em
eventos passados. Isto é, eles identificam no novo evento padrões que possam se
assemelhar a eventos passados enfrentados por eles. Uma vez identificados padrões
parecidos, eles tomam a mesma decisão, considerando que se esta decisão funcionou
anteriormente também irá funcionar para este novo evento.

Heurística da disponibilidade
Esta heurística mostra que as pessoas determinam a probabilidade de ocorrência de um
evento com base em sua experiência passada. Isto é, elas não utilizam dados estatísticos
para definir o quanto um evento é provável, mas apenas a sua própria experiência. Assim,
se uma pessoa nunca teve nenhum conhecido que teve problemas cardíacos ela pode
subestimar a probabilidade de ocorrência deste evento, adotando hábitos pouco
saudáveis. Por outro lado, se ela teve diversos conhecidos com este problema, ela sobre
estimará a sua probabilidade, se cuidando mais.

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Heurística da ancoragem
De acordo com a heurística da ancoragem os indivíduos apresentam sensibilidade às
informações recebidas, o que dificulta a realização de decisões racionais. De acordo com a
teoria neoclássica, os indivíduos, sendo dotados de racionalidade, conseguem utilizar
todas as informações existentes, atribuindo o mesmo peso e não sendo sensível a uma
informação específica. Porém, a heurística da ancoragem mostra que na realidade os
indivíduos são sensíveis às informações recebidas, atribuindo maior importância às
informações recentes. Mais do que isto, ela argumenta que os indivíduos tendem a utilizar
apenas informações recentes para avaliar as alternativas. Como os indivíduos apresentam
dificuldade em guardar números, eles acabam sendo influenciados pelos valores
oferecidos.

Heurística do afeto
Em muitas situações que envolvem escolhas, existem fatores pessoais que levam os
agentes a apresentarem maior simpatia ou antipatia por uma opção específica. Por
exemplo, uma entrevistadora para empregos que não gosta de tatuagens, tende a
descartar profissionais com tatuagens, mesmo se eles apresentarem maior aptidão para o
cargo. Assim, a heurística do afeto influencia as escolhas ao influenciar a percepção dos
agentes sobre o que é bom e o que é ruim.

Erros cognitivos
Iniciamos pelos erros cognitivos e a base emocional. Os pressupostos das finanças
tradicionais nos dizem que os indivíduos agem como homens econômicos racionais que
consideram objetivamente todas as informações relevantes para seu processo de tomada
de decisões racionais, ainda, que desse processo resultam os mercados eficientes. As
finanças comportamentais analisam o comportamento normal dos participantes
individuais do mercado, a micro finança comportamental, e o efeito desse comportamento
nos mercados, o que chamamos de macro finanças comportamentais. Uma melhor
compreensão dos vieses cognitivos dos clientes, assim como dos profissionais que
trabalham com esses clientes, pode permitir a construção de carteiras que melhor se

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aproximem da eficiência das finanças tradicionais e com as quais os clientes possam aderir
melhor em condições adversas. Os erros cognitivos são devidos principalmente a
raciocínios defeituosos e podem resultar da falta de compreensão de técnicas de análise
estatística adequadas, ou de erros de processamento de informações, ou de um raciocínio
defeituoso, ou, simplesmente, erros de memória. Tais erros geralmente podem ser
corrigidos ou mitigados com melhores treinamentos ou melhores informações. Em
contraste, os distúrbios emocionais não estão relacionados ao pensamento consciente e
decorrem de sentimentos ou impulsos ou intuição. Como tal, eles são mais difíceis de
superar e podem ter que ser acomodados. Apesar da distinção dos vieses como cognitivos
ou emocionais, um viés pode ter elementos de cognição e emoção. Ao tentar superar ou
mitigar os vieses que são emocionais e cognitivos, o sucesso é mais provável ao se
concentrar nos problemas cognitivos.
A seguir são apresentados os principais vieses existentes.

Aversão a perdas
Esse viés mostra que o efeito de uma perda sobre os investidores é maior do que o efeito
de um ganho, de modo que o medo de perder é maior do que o prazer gerado por um
ganho da mesma magnitude. Os estudos mostram que uma perda gera um impacto 2,25
vezes maior do que um ganho.

Custos afundados (sunk cost)


Os custos afundados estão relacionados ao apego pessoal. Por exemplo, o gestor de uma
empresa investe em uma nova planta inicial, com uma tecnologia X, porém durante a
realização do projeto descobre que existe uma tecnologia Y mais eficiente. Como o projeto
já se encontra em andamento, ele apresenta resistência em o abandonar, por causa do
dinheiro e do tempo empenhado nesse projeto. Como resultado, ele acaba construindo
uma planta industrial com tecnologia defasada e que gera perda de competitividade para
a empresa.

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Efeito disposição
Os investidores tendem a realizar os ganhos, mas apresentam resistência a aceitar perdas.
Por exemplo, um investidor, ao adquirir uma ação por R$ 20,00 com a expectativa de que
ela chegue a R$ 22,00 irá a vender imediatamente quando ela alcançar esse patamar,
porém se a cotação da ação começar a cair ele tenderá a mantê-la em seu portfólio, pois
não quer aceitar que tomou uma decisão equivocada, preferindo acreditar que ela voltará
a subir. A crença de que o preço das ações apresentará reversão à média leva o investidor
a não se desfazer dela.

Efeito dotação
O efeito dotação mostra que os agentes atribuem um valor maior a um bem que possuem
do que o valor real de mercado. Por exemplo, um carro pode possuir um valor de mercado
de R$ 35.000,00, porém o consumidor considerará que o valor deste bem é maior, por
exemplo, R$ 50.000,00, não aceitando vendê-lo pelo preço de mercado.

Excesso de confiança
Os investidores tendem a considerar que conseguem tomar decisões melhores do que os
demais investidores, o que faz com que eles aumentem a sua propensão ao risco. No
mercado financeiro, isso pode resultam no surgimento de bolhas.

Otimismo
Enquanto que o excesso de confiança está relacionado à superestimação de suas
habilidades pessoais, pelos investidores, o otimismo está relacionado à crença de que
elementos externos vão contribuir favoravelmente ao investidor. Isto é, ele acredita que o
mundo conspirará a seu favor, fazendo com que ele ganhe.

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Status quo
Esse viés está relacionado à resistência dos consumidores em modificar os seus hábitos e
em sair de sua situação atual. Os investidores preferem se manter na situação em que se
encontram, apresentando resistência em modificar suas escolhas.

Efeitos de estruturação
As finanças tradicionais consideram que os agentes são racionais. Logo, o modo como as
informações são apresentadas não influencia nas escolhas dos investidores. Por outro
lado, o efeito estruturação está relacionado ao estudo sobre o efeito exercido pelo modo
como as informações circulam sobre o investidor. Isto é, ele defende que o modo como as
informações são apresentadas influenciam nas decisões dos investidores.
Por exemplo, considere estas duas formas de se apresentar um mesmo investimento para
um investidor.
A: tenho uma ótima oportunidade de investimento para o senhor, trata-se da aquisição
de uma casa, 70% das casas desta região apresentaram aumentos superiores a 10% ao
ano de seu valor.
B: tenho uma ótima oportunidade de investimento para o senhor, trata-se da aquisição
de uma casa. Porém, devo ressaltar que 30% das casas desta região apresentaram
aumentos inferiores a 10% ao ano de seu valor.

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Produtos de Previdência Complementar
• O processo de gestão de portfólio que estamos estudando pode ser detalhado
dentro das etapas integrativas descritas pelo planejamento, execução e feedback de
um IPS.
• A fase de planejamento consiste em analisar os objetivos e as restrições,
desenvolvendo uma declaração de política de investimento, determinar a estratégia
de investimento adequada e selecionando uma alocação de ativos adequados.
• Para que uma declaração de política de investimento, o IPS, alcance o sucesso e
satisfaça o investidor, é preciso entender o perfil do investidor. O IPS regula o
investimento e garante que as metas sejam realistas, exigindo que os investidores
articulem suas circunstâncias, objetivos e restrições em concordância com cada
respectivo perfil.
• As principais características do Plano Gerador de Benefícios Livres (PGBL) são: não
há garantia de rentabilidade; resgate pode ser feita no prazo de 60 dias; pode ser
abatido até 12% da renda bruta anual do Imposto de Renda; tem taxa de
carregamento; é comercializado por seguradoras; na hora do resgate, o IR incide
sobre todo o valor resgatado (valor investido + remuneração).
• As principais características da Vida Gerador de Benefícios Livres (VGBL) são: o
imposto incide somente sobre a rentabilidade acumulada; não há garantia de
rentabilidade; não é dedutível do Imposto de Renda; possui taxa de carregamento;
o primeiro regate pode ser feito em um prazo que varia de dois meses a dois anos, a
partir do segundo ano pode ser feita a cada dois meses.
• A taxa de Administração refere-se a taxa cobrada para administração do fundo de
investimentos. Em geral, a taxa é cobrada diariamente, mas é informada de forma
anual (Exemplo: 2% a.a.). Incidesobretodo o recurso do fundo (principal + juros).

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• A taxa de carregamento é cobrada logo na entrada do plano e a cada novo
depósito que o investidor faz. Exemplo: Taxa de carregamento de 3% quer dizer que
se você investir R$1.000,00, apenas R$970,00 será creditado no seu plano.
• Dentre as três formas de taxa de carregamento, estão: Antecipada: incide no
momento do aporte. Neste caso, quanto maior aportado, menor será a taxa.
Postecipada: incide em caso de portabilidade ou resgate. Neste caso, quanto maior
o tempo de permanência, menor será a taxa. Híbrida: a cobrança ocorre tanto na
entrada quanto na saída.
• Por portabilidade se entende a transferência, parcial ou total do saldo acumulado,
por vontade do titular, para: fundos do plano contratado, ou; para outros planos,
ou; outra seguradora, ou; entidade Aberta de Previdência Complementar.
• No que tange a transferências entre planos não é permitido mudar de
modalidades (VGBL e PGBL). Se quiser fazê-lo, terá que resgatar o valor do plano e
aplicá-lo novamente, incidindo Imposto de Renda sobre o valor resgatado e demais
taxas de carregamento (caso houver).

Regime de Tributação Progressivo


• Para esse regime de tributação, é indicado para quem deseja resgatar em um
período mais curto ou tem como objetivo ter uma renda menor, já que a alíquota
de IR varia de acordo com o montante total, conforme tabela abaixo:

Tabela – Regime de tributação progressivo.


Base de cálculo anual (R$) Base de cálculo mensal (R$) Alíquota de IR
Até 22.847,76 Até 1.903,98 –
De 22.847,88 até 33.919,80 De 1.903,99 a 2.826,65 7,5%
De 33.919,92 até 45.012,60 De 2.826,66 a 3.751,05 15,0%
De 45.012,72 até 55.976,16 De 3.751,06 a 4.664,68 22,5%
Acima de 55.976,16 Acima de 4.664,68 27,5%
Fonte: Elaborada pelo autor.

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• Para aqueles que têm mais de 65 anos, existe uma pequena diferença na base de
cálculo (mais vantajosa), conforme tabela abaixo:

Tabela – Base de cálculo.


Base de cálculo mensal em R$ Alíquota %
Até 3.807,96 –
De 3.807,97 até 4.730,63 7,5
De 4.730,64 até 5.655,03 15
De 5.655,04 até 6.568,66 22,5
Acima de 6.568,67 27,5
Fonte: Elaborada pelo autor.

• Resgate programado: o investidor defini as datas para resgate. Pode ser definido
resgates mensais, por exemplo. Osrecursos que permanecerem no
fundocontinuamrendendo.
• Resgate total: é mais barato para o investidor, mas não indicada para que não tem
experiência em gerir patrimônio.

Regimes de tributação
• Os participantes da Previdência Privada podem escolher o regime de tributação que
incidirá o seu plano entre Regime de Tributação Regressivo e Regime de Tributação
Progressivo.
• No regime de tributação regressivo é recomendado para que deseja ficar mais
tempo no plano de previdência, pois a alíquota é regressiva em relação ao período
do aporte, conforme tabela abaixo:

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Tabela – Regime de tributação regressivo.
Período de Alíquota do
aportes IR
Até 2 anos 35%
De 2 a 4 anos 30%
De 4 a 6 anos 25%
De 6 a 8 anos 20%
De 8 a 10 anos 15%
Mais de 10 anos 10%
Fonte: Elaborada pelo autor.

• A principal diferença entre os planos PGBL e VGBL é o tratamento tributário.


• No caso do VGBL o imposto incide somente sobre a rentabilidade acumulada; não é
dedutível do Imposto de Renda; é indicado para quem usa a declaração simplificada
ou é isento ou para quem já investe em um PGBL, mas quer investir mais de 12% de
sua renda bruta em previdência privada.
• No caso da PGBL o imposto incide sobre todo o valor resgatado (valor investido +
remuneração); pode ser abatido até 12% da renda bruta anual do Imposto de
Renda; é indicado para as pessoas que optam pela declaração completa do Imposto
de Renda.

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