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1 - O Sistema Financeiro Nacional e as políticas

econômicas
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O Sistema
Financeiro
acional e as
I o
pol|t|cas
econômicas
Nessa unidade, vamos estudar o Sistema Financeiros Nacional (SFN), sua relação com os mercados,
os seus órgãos normativos, as instituições supervisoras e operadoras no mercado nacional.

Também analisaremos as políticas econômicas e seus impactos no mercado financeiro. E também,


como ocorrem as movimentações no mercado de crédito, cambial, monetário e de capitais, com
suas regulamentações, estruturas e determinação de parâmetros para o sistema financeiro.

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Com certeza vocêjá deve ter se deparado algumas vezes, como funciona o índice
Ibovespa enquanto assistia algum dos telejornais. Com uma notícia do tipo: o índice
Ibovespa fechou hoje em tantos pontos (a quantidade de pontos que esse índice obteve
no dia). Na sequência, geralmente o(a) apresentador(a) do telejornal também fala uma
frase apresentando uma análise comparativa com o dia anterior, ou outro período
anterior.

Esse índice é bastante importante, pois impacta toda a economia nacional. Mas, com
certeza, você não o estudou no ensino médio ou na educação básica. Ou seja, é algo
muito importante, dito todos os dias em muitos telejornais, porém muitos dos cidadãos
brasileiros não fazem a mínima ideia do que seja.

Bom, fique sabendo que se refere ao mercado financeiro, o qual estudaremos aqui e, ao
final dessa unidade, você pode até não saber como esse índice impacta na sua vida
diária, mas saberá o que é Bolsa de Valores (uma das principais instituições que
compõem o Sistema Financeiro Nacional) e qual a estrutura do sistema financeiro e seus
integrantes.

Existem vários participantes no mercado financeiro.

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Um desses participantes pode ser o analista de mercado que trabalha, por exemplo, em um banco
ou corretora de valores, auxiliando e indicando as melhores opções de investimentos, gerenciando
as carteiras de investimentos para os aplicadores de recursos, sendo necessário, para isso,
certificação (CPAZO, CEA, CFP, ANCORD), e conhecer os sistemas de análise de valores mobiliários,
permitindo uma análise técnica e fundamentalista, análise macroeconômica e análise setorial.

Também podemos ser um investidor, que precisa se atualizar e conhecer as principais ferramentas
de mercado para conseguir maximizar os resultados e minimizar os riscos do(s) investimento(s).

Você está preparado(a) para assumir alguma destas funções?

Conhece alguma ferramenta de análise do mercado de capitais?

Então, antes de tudo isso é necessário compreender o SFN e como as políticas econômicas
interferem no mercado de capitais. Logo, temos novamente a importância dos estudos dessa
unidade. E estudaremos esses conteúdos aqui, de modo a atingir os objetivos de aprendizagem
apresentados a seguir.

Ao final deste conteúdo, você será capaz de:

0 compreender o funcionamento do mercado financeiro;


0 explicar a atuação dos participantes do mercado financeiro;
0 demonstrar a estrutura do mercado financeiro;
0 relacionar os produtos financeiros que são utilizados pelos investidores;
0 esquematizar a ação das instituições interventoras e reguladoras d
mercado financeiro.

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Estrutura e funcionamento do Sistema Financeirow


(sFN)
No conteúdo disponível a seguir, será apresentada uma visão completa sobre o Mercado Financeiro
e de Capitais.

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Leia das páginas 39 a 56, exceto os itens 3.2.5, 3.6 e 3.7.

Clique no link e leia o livro

Assaf Neto, Alexandre. Mercado financeiro /Alexandre Assaf Neto. - 14. ed. - São Paulo : Atlas, 2018.

O Sistema Financeiro Nacional foi reconhecido conforme o que segue no Art. 192 da Constituição
Federal (1988), que trata da sua estrutura e funções.

Conforme o artigo 192 da Constituição Federal de 1988, o


sistema financeiro nacional, estruturado de forma a promover o
desenvolvimento equilibrado do País e a servir aos interesses
da coletividade, em todas as partes que o compõem, abrangendo
as cooperativas de crédito, será regulado por leis
complementares que disporão, inclusive, sobre a participação do
capital estrangeiro nas instituições que o integram.

A Lei nº 4595 de 31 de dezembro de 1964, dispõe sobre a


Política e as Instituições Monetárias, Bancárias e Creditícias,
Cria o Conselho Monetário Nacional e dá outras providências.

Se deseja saber mais sobre a Lei n° 4595 de 31 de dezembro de 1964, acesse o link a
seguir:

http://www.planalto.gov.br/ccivil_O3/constituicao/emendas/emc/emc40.htm
l I

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Confira a seguir, de maneira sintética, os participantes, as instituições reguladoras, os produtos e a


divisão do mercado financeiro.

Obs.: clique sobre cada uma das abas no recurso a seguir e confira o conteúdo correspondente.

o Emissores: instituições que emitem títulos de crédito, títulos da dívida pública,


títulos de valores mobiliários. Os emissores buscam o dinheiro de investidores
para poder financiar seus projetos. As empresas (instituições) abrem o seu
capital para o mercado, na Bolsa de Valores. Já o governo, emite títulos
públicos por meio do Tesouro Direto.
o Investidores: trocam dinheiro pelos títulos que as instituições emitem.
Emprestam dinheiro ou adquirem participações. Podem ser pessoas físicas ou
jurídicas.

o Intermediários: fazem a ponte entre os emissores e os investidores. Os


principais intermediários do Mercado Financeiro são conhecidos como
Corretora de Valores e Bancos de Investimentos.

ó Banco Central do Brasil (Bacen).


ó Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
z Conselho Monetário Nacional (CMN).

ø Títulos Públicos.
ø Ações.
o ETFS
ø Fundos Imobiliários.
o CDBS
ø Debêntures.
o EU;

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ø Mercado de Crédito (crédito para consumo e capital de giro).


ø Mercado de Câmbio (troca de moedas de diferentes países).
ø Mercado Monetário (empréstimos de curtíssimo prazo para manter a liquidez
do sistema).
ø Mercado de Capitais (bolsa de valores e corretoras conectando com os
investidores).

ø Emissores e Compradores = Mercado Primário.


ø Troca de Titularidade = Mercado Secundário.

Toda a estrutura do Sistema Financeiro Nacional, como vimos na leitura indicada, é composta por
um grande agrupamento de instituições financeiras e não financeiras, que trabalham nas
regulamentações e fiscalizações de todas as operações controladas pelo Conselho Monetário
Nacional (CMN), que é o órgão máximo do sistema financeiro.

ó manter o desenvolvimento do sistema financeiro;


ó fiscalizar as atividades de crédito do mercado;
ø fiscalizar as atividades e a circulação de moeda no sistema.

É caracterizado como um grande conjunto de instituições financeiras e inúmeros instrumentos


financeiros e não financeiros, que transferem recursos entre os agentes econômicos, tanto para
pessoas físicas, pessoasjurídicas (empresas) ou governo, transferindo recursos dos agentes
su peravitários para os agentes deficitários. A figura a seguir mostra a relação entre esses três
atores.

FIGURA 1 - Intermediação Financeira

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ELABORADA PELO AUTOR, 2021.

Com o desenvolvimento da economia, cada vez mais são necessários recursos, que são acumulados
através da poupança que está disponível com os agentes econômicos. Esta poupança é direcionada
pelos intermediários às áreas produtivas, demonstrando assim a função econômica e social do
sistema financeiro(PINHEIRO, 2016, p. 36).

Como também visto na leitura indicada no início dessa unidade, o Sistema Financeiro Nacional
(SFN) é composto por vários órgãos normativos, supervisores e operadores ou intermediários
financeiros, cuja atuação é diversificada, tendo em vista o mercado de atuação da instituição. A
seguir, um breve resumo esquemático dos componentes do SFN.

Sistema Financeiro Nacional (SFN)

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Conselho Nacional de Conselho Nacional de


Normativos Conselho Monetário Nacional (CMN) Seguros Privados Previdência Complementar
(CNSP) (CNPC)

. Entidades Fechadas de
Bancos e Caixas Seguradoras e . . _
. . Bolsas de Valores Previdencia Complementar
Economicas Resseguradores ..
(Fundos de Pensao)
E .
Cooperativas de Bolsas de Mercadorias e ntldadeã abertas de
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Crédito Futuros rev'
Complementar
Operadmes °u Sociedades de
|ntermed¡ár¡05 Corretoras e Distribuidoras* Capitahzação
Financeiros
Administradoras de
Consórcios
Instituições de
Pagamento**
Demais Instituições
não Bancárias

ELABORADA PELO AUTOR, 2021.

* As corretoras e distribuidoras, dependendo de suas atividades, também são fiscalizadas pela CVM.

** As Instituições de Pagamento não fazem parte do SFN, mas são fiscalizadas e reguladas pelo BCB,
conforme as normas e diretrizes estabelecidas pelo CMN.

Políticas Monetária, Fiscal, Cambial e de Rendas


Através da Lei Complementar n° 179, de 24 de fevereiro de 2021, ficou definido que o Banco Central
do Brasil, seria uma autarquia de natureza especial e que não estaria vinculado a qualquer
Ministério, com autonomia técnica, operacional, administrativa e financeira.

A Lei Complementar n° 179, de 24 de fevereiro de 2021, define os objetivos do Banco


Central do Brasil e dispõe sobre sua autonomia e sobre a nomeação e a exoneração de seu
Presidente e de seus Diretores; e altera artigo da Lei n° 4.595, de 31 de dezembro de 1964.

Se deseja conferir tal lei, acesse: https://www2.camara.leg.br/legin/fed/leicom/2021/leico


mplementar-179-24-fevereiro-2021-791083-veto-162336-pl.html

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Como orgão máximo do Sistema Financeiro, para os mercados de moeda, crédito, câmbio e
capitais, o Conselho Monetário Nacional, coordena as políticas monetária, creditícia,
orçamentária, fiscal e da dívida pública interna e externa, e o Banco Central do Brasil deverá
conduzir a execução dessas políticas (PINHEIRO, 2016; p.56 e p. 59).
Confira no vídeo a seguir, o que são políticas econômicas, como elas surgiram, quais os seus tipos e
como o governo atua por meio delas quando pretende uma economia expansionista ou restritiva.

Vejamos mais alguns detalhes sobre essas políticas. Confira.

Política Monetária

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A política monetária tem diversas ferramentas de atuação no mercado financeiro:

o A taxa dejuros Selic Meta impacta na inflação, no consumo, no crédito e


no câmbio;
ø Depósito compulsório;
ø Operações de redesconto;
o Open Market (operações de mercado aberto). (Assaf Neto, 2018 p. 21)

No recurso a seguir, a descrição de cada um dessas ferramentas utilizadas pela política monetária
(AssAF NETQ, 2018. p. 24):

FIGURA 3 - A taxa de juros Selic

INSTITUCIONAL, 2021.

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Afeta o interesse dos investimentos estrangeiros e a taxa de câmbio (desvaloriza o real). Com o
aumento da taxa Selic, produtos importados ficam mais caros, por outro lado, favorece as
exportações.

FIGURA 4 - O recolhimento compulsório

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Representa outro mecanismo para a manutenção da estabilidade financeira e combate à inflação.


Os bancos são obrigados a manter uma parcela do dinheiro dos correntistas depositada no Banco
Central, limitando a criação de moedas pelas instituições monetárias (o multiplicador bancário).

Existem três tipos de compulsórios:


1. compulsório sobre depósito à vista;
2. depósito a prazo;
3. poupanças.

As operações de redesconto são atreladas à taxa de redesconto, que representa a taxa de juros que
o Banco Central (BC) usa para emprestar dinheiro a bancos comerciais.

Quando os bancos comerciais precisam de empréstimos de curto prazo para cobrir seus caixas e
não encontram outras instituições financeiras que possam emprestar a eles por falta de liquidez no
mercado, o BC empresta os recursos.

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Quando a taxa de redesconto é reduzida, estimula a economia, com aumento da base monetária e
a disponibilidade de crédito, mas com o aumento da taxa de redesconto, desacelera a economia.

Operações Open Market

I
INSTITUCIONA, 2021.

Representa compra e/ou venda de Título Público Federal (T.P.F) que é efetuado pelo BACEN. Este
instrumento monetário, representa o meio mais ágil e eficaz de política monetária.

Somente algumas instituições financeiras tem autorização para comprar ou vender os títulos
federais e representam os chamadas dealers.

Política Fiscal
Representa as medidas que o governo adota no orçamento do Estado, obtendo rendas o suficiente
para atender as despesas públicas.

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1. estabilização macroeconômica do Brasil;


2. redistribuição de renda na sociedade;
3. alocação de recursos.

A política fiscal representa as decisões sobre o montante a arrecadar com tributos (impostos, taxas
e contribuições), e como serão gastos os recursos disponíveis. Promove da gestão financeira dos
recursos públicos, assegurando a estabilidade e o crescimento econômico, o financiamento das
políticas públicas, mantendo a sustentabilidade da dívida pública (ASSAF NETO, 2018; p. 24).

Com a oscilação desses instrumentos, percebemos inúmeros impactos na economia.

Exemplo de política fiscal:

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1. Expansionista, quando os gastos são maiores do que os tributos.


2. Contracionista, quando os gastos são menores do que os tributos.
3. Neutra, quando expansionista e contracionista são equivalentes.

As metas fiscais representam os parâmetros do governo, garantindo as condições de estabilidade


econômica e o controle do endividamento público.

FIGURA 6 - Contas do Setor Público

ELABORADA PELO AUTOR, 2022

Política Cambial
Como vimos no vídeo acima, a política cambial representa as medidas que define o regime de taxas
de câmbio - flutuante, fixo, administrado, regulamentando as operações de câmbio, definindo as
relações financeiras entre o país e o resto do mundo, tratando do câmbio, as regras para
movimentação internacional de capitais e de moeda e a gestão das reservas internacionais.

As reservas internacionais são representadas pelas moedas estrangeiras, títulos, depósitos


bancários, ouro etc., permitindo que as dívidas internacionais possam ser pagas (ASSAF NETO,
2o18,p.27)

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Se o governo deseja aumentar as exportações, através do Banco Central, pode utilizar uma
política cambial que efetue uma desvalorização da moeda nacional (Real). Com a moeda
brasileira desvalorizada, os exportadores receberiam maior quantidade de Reais, assim os
produtores brasileiros se sentirão estimulados a vender os seus produtos no exterior.

O Banco Central intervém no mercado cambial, sendo conhecido mundialmente como câmbio
“flutuante sujo”.

Política de Rendas
Os governos podem estabelecer controles diretos sobre a remuneração dos fatores diretos de
produção envolvidos na economia: salários, depreciações, lucros, dividendos e preços dos produtos
intermediários e finais. Trata-se da política de rendas, a qual não nos aprofundamos no vídeo
acima, porém também é bastante importante.

Dois exemplos de políticas de rendas no Brasil:

ø Compra governamental de produção agrícola por preço mínimo


estabelecido pelos governos para a compra de alimentos.
ø Bolsa família e auxílio emergencial.

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ø propiciar ganhos de poder aquisitivo aos salários;


ø redistribuira renda;
o garantir a renda mínima a determinados setores ou classes sociais;
o reduzir o nível das tensões inflacionárias, visando a estabilidade dos preços.

Dessa forma, as políticas de renda são compreendidas como iniciativas de redistribuição de renda
ejustiça social. Em que uma parte do dinheiro administrado pelo governo, é revertida em
estratégias para beneficiar a sociedade através da melhoria da capacidade de consumo da
população.

Outros exemplos de políticas de renda:

ø Auxílio Brasil.
ø Auxílio emergencial.
ø Controle de salários.
ø Minha Casa Minha Vida.
ó Aposentadoria Baixa Renda.
ø Tarifa Social de Energia.
ø Passe Livre para Pessoas com Deficiência.
ó Isenção na Taxa de Concursos.

Para finalizar essa unidade, confira de forma resumida, os principais tópicos abordados nessa
unidade.

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Referências
Bibliográficas
ASSAF NETO, Alexandre. Mercado Financeiro. São Paulo: Atlas, 2015.

BRITO, Osias. Mercado financeiro. São Paulo: Saraiva, 2013.

GITMAN, Lawrence; JOHENK, Michael D. Princípios de Investimentos. São Paulo: Pearson, 2005

PINHEIRO, Juliano Lima. Mercado de Capitais. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2016.

PORTO, José Maria. Manual dos Mercados Financeiro e de Capitais. São Paulo: Atlas, 2015.

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2 - Como operar no Mercado Financeiro
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ercado
Financeiro.
Nessa unidade iremos estudar as formas pelas quais podemos acessar o mercado financeiro e
participar de sua operação. Portanto, veremos como analisar as atividades do mercado financeiro
através de ativos e produtos financeiros, além de tratarmos das possibilidades de investimento.
Assim, estudaremos as diferenças entre vários produtos financeiros e veremos como realizar
operações no mercado de ações, dividindo-as em estratégias ativas e passivas de investimento.

Sabemos que muitas vezes as empresas não possuem capital suficiente para expandir
suas atividades e precisam buscar recursos que viabilizem tais operações, e, dentre as
várias formas de conseguir esses recursos, as empresas podem recorrer ao mercado de
capitais.

Uma das principais funções do mercado de capitais é atuar como plataforma segura de
troca de recursos financeiros entre agentes deficitários (empresas que precisam de
investimento, por exemplo) e poupadores (investidores em potencial). Nesse sentido, o
mercado de capitais é a parte do mercado financeiro que permite e regulamenta a
compra e venda (ou seja, o comércio ou negociação) de bens com valores mobil 51 :. Ó ui
(ações, obrigações, etc.), contratos de mercadorias (metais, petróleo, produtos
agrícolas, etc.) e câmbio (trocas de moedas).

Sendo assim, o mercado de capitais funciona como uma plataforma onde são negociados
ativos financeiros, moedas, taxa ejuros, participações, mercadorias, etc. Ou seja, as
empresas podem procurar o mercado de capitais para conseguir novos investidores.
Agora se pergunte: 'como essas negociações são realizadas na prática? Como você
poderia participar desse mercado? Quais os tipos de operações que você poderia realizar
nessa plataforma?

Ao final dessa unidade você compreenderá as principais modalidades de operações, como


executar essas operações na prática, como analisar as atividades no mercado de capitais
e aprenderá os fundamentos para a avaliação de ações.

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'bm-. 41

Isso posto, podemos dizer que nossos objetivos de aprendizagem nessa unidade são:

Ao final deste conteúdo, você será capaz de:

0 Compreender como funcionam as operações nos mercados de


valore mobiliários;
0 Conhecer os fundamentos para decisões de investimento em renda
vafláveh
0 Realizar operações fundamentadas com ações;
0 Diferenciar os principais tipos de operações com valores mobiliário

4 À

Porque as empresas participam do mercado fi


capitais?
Para manterem suas operações, as empresas deficitárias podem procurar se financiar de diferentes
formas. A opção mais popular é buscar emprestando tais recursos no setor bancário (ou de
factoring). O problema desse tipo de operação é que a instituição financeira pode não querer
realizar o empréstimo, ou realizá-lo apenas em determinadas condições e com um custo muito alto

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que pode invlabiuzar a operaçao.

Dessa forma, outras formas da empresa deficitária se financiar pode envolver a captação de novos
recursos de investidores que acreditam no negócio da empresa e estão dispostos a realizar o
investimento que viabilize a sua operação e crescimento. (Gitman, Joehnk, pág. 20)

Bem, confira a resposta, clicando no recurso a seguir. Ou seja, confira ali qual o grande motor do
mercado de capitais.

-~.“-._

Ê. 1.

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Os investidores no mercado de capitais não estão preocupados em conseguir uma rentabilidade


igual aosjuros médios do mercado. Pelo contrário, eles estão dispostos a assumir riscos almejando
uma rentabilidade maior do que a “taxa livre de risco”, que é a rentabilidade mínima de referência
no mercado. No Brasil, essa rentabilidade é equivalente a taxa dosjuros praticados entre as
instituições financeiras: a taxa dos Certificados de Depósitos Interbancários - CDI.

Sendo assim, os investidores em empresas preferem abrir mão da rentabilidade que poderiam
conseguir em investimentos bancários que pagam taxas próximas ao CDI para terem a possibilidade
de participarem dos resultados operacionais da empresa na qual realizaram o investimento. Como
existe a possibilidade de qualquer empresa crescer mais do que a taxa CDI, os investidores realizam
esses aportes de capitais para possuírem participação acionária na empresa, e assim poderem
usufruir de seu crescimento por prazo indeterminado.

E a relação entre investidor e empresas no mercado de capitais é intermediada por uma instituição
financeira. Portanto, essa relação se dá como exposta na imagem a seguir. (PINHEIRO, 2016, p. 157)

FIGURA 1 - Fluxo recursos

AGENTE INSTITUIÇAO AGENTE


SUPERVITÁRIO FINANCEIRA DEFICITARIO

BASEADO EM ASSAF NETO (2015)

A figura acima demonstra, inclusive, como ocorre o fluxo de capital de um processo de abertura de
capital de uma empresa.

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A reposta é não. Mas, antes de explicar em que condições uma empresa pode ir ao mercado de
capitais para obter investimentos, ou seja, abrir o seu capital nesse mercado, é importante frisar
que um dos modos de obter esses investimentos é por meio de venda de suas ações.

Uma ação é um valor mobiliário, expressamente previsto no


inciso I, do artigo 2º, da Lei 6385/76. No entanto, apesar de
todas as companhias ou sociedades anônimas terem o seu capital
dividido em ações, somente as ações emitidas por companhias
registradas na CVM, chamadas companhias abertas, podem ser
negociadas publicamente no mercado de valores mobiliários.
Fonte: Portal do Investidor, 2021. Disponível em
<https://www.gov.br/cvm/pt-br>

Agora, então, confira o que significa uma empresa abrir o seu capital no mercado financeiro.

I Í
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Leia o tópico 7.2 - 'Abertura de capital' - das páginas 237 a 244 do


livro disponível no link a seguir.

Clique no link e leia o livro

LIMA, PINHEIRO,. J. Mercado de Capitais. Ed. Atlas: Grupo GEN, 2019.

De acordo com Pinheiro (2016, p. 237), uma empresa que abre capital e possui ações negociadas em
bolsa precisa ter passado por uma série de procedimentos burocráticos e fiscais para serem
autorizadas a vender parte de suas ações em bolsa de valores. Além disso, precisará realizar essa
operação através da intermediação de uma instituição financeira autorizada.

Na maioria das vezes é necessário realizar várias adequações e passar por auditorias de bancos de
investimentos e da Comissão de Valores Mobiliários - CVM. (PINHEIRO, 2016, p. 62)

Para Pinheiro (2016, p. 238), além da abertura de capital possibilitar a capitalização da empresa, a
partir da entrada de novos sócios acionistas, todas as alterações necessárias para realizar essa
abertura compensarão com ganho de transparência, melhorias na gestão e acesso a investidores
institucionais. Outro ponto positivo é a facilitação de processos como aquisições e fusões, pois as
ações podem ser usadas nessas negociações.

As empresas que abrem capital na bolsa de valores são de diversos setores e portes, cada uma com
sua necessidade específica. Portanto, por ser uma sociedade de capital, ela prevê a obtençao de
lucros que serão distribuídos aos acionistas.

Qual a importância das ações no mercado financeiro?


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A forma mais recorrente de acesso ao sistema financeiro é realizando depósitos em instituiçoes


bancárias. Isso demonstra a relevância do mercado financeiro para a população de forma geral. E a
participação de uma empresa ou pessoa no sistema financeiro também pode ser ampliada pela
contratação de crédito e outras modalidades de investimento.

Mas, o tipo de participação que mais cresce e que possui maior importância no desenvolvimento de
uma economia de mercado é o mercado de capitais.

Segundo Assaf Neto (2018, p. 82), o mercado de capitais é,


portanto, aquele mercado onde capitais são negociados. E os
capitais são negociados na forma de representações de valores
mobiliários, ou seja, contratos de ações, juros, câmbio,
derivativos, etc.

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Nesse sentido, qualquer pessoa com CPF ativo pode adquirir ações por meio de operação em bolsa
de valores, ou seja, qualquer pessoa pode adquirir participação acionária em qualquer empresa
com ações negociadas em bolsa.

O mercado de capitais no Brasil está em plena ascensão, com cada vez mais aderência de
pessoas físicas.

Vamos aprofundar a respeito do conceito de ações por meio da nossa próxima leitura, pois, como
posto acima, esse item é extremamente relevante no mercado financeiro.

Í
Leia o ítem 5.2.1 - 'Ações' - na página 81 do livro Mercado
Financeiro de Assaf Neto.

Cüquenoünkelüaolhno

ALEXANDRE, ASSAF. N. Mercado Financeiro, 14a edição. Ed. Atlas: Grupo GEN, 2018.

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O que são Mercado Primário e Mercado Secundário?

E de que forma os agentes de mercado participam das


negociações no mercado financeiro?
Essa pergunta acima, invevitavelmente, traz essa outra a seguir:

Para que uma pessoa opere no mercado de capitais, é necessário contratar o serviço de uma
corretora de investimentos , que poderá a atender com uma série de serviços, desde a
intermediação da realização da operação, custódia da carteira de ações, disponibilização de
plataformas de negociações, assessoria de investimento, etc.

Assista a vídeo-aula abaixo para aprender sobre plataformas de negociação.

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Portanto, qualquer pessoa com uma conta ativa em corretora de investimentos é capaz de fazer
operações na bolsa.

Operar na bolsa pode ser tão simples quanto comprar ou vender produtos na internet. Claro, para
realizar uma operação de compra é necessário possuir garantias financeiras ou recursos disponíveis
para compra na conta da corretora.

Eventualmente, uma ação poderá realizar uma grande oscilação positiva ou operar em uma
tendência clara de alta. Comprar uma ação que realize esse tipo de desempenho pode ocorrer por:

ø mero acaso - uma pessoa pode comprar uma ação qualquer, sem conhecer a
empresa, e a ação passar a operar em alta.
o resultado de um estudo de mercado que possibilitou prever essa desenvoltura da
ação.

Como decorrência desse tipo de compra o investidor vai ter uma oportunidade de vender a ação a
um preço mais alto do que o que foi comprado, realizando lucro.

Mas, é importante perceber que o mero acaso citado acima - em que o investidor comprou a ação
da empresa sem conhecer a sua atividade, histórico, estudo das variáveis vigentes no mercado para
aquele setor, etc, ou seja, onde a escolha da compra foi aleatória - revela a existência do risco de
mercado, ou seja, a impossibilidade de se ter certeza sobre as futuras cotações de uma ação.

Para saber mais sobre esse aspecto de imprevisibilidade no mercado de ações, confira o
vídeo disponível a seguir.

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Não, pois possível obter conhecimento sobre o mercado de ações para diminuir as chances de
prejuízos e aumentar as chances de ganho nas operações realizadas no mesmo.

Compra e venda de ações: de que forma o preço das ações é


formado? E o que significa estar participando de um mercado
eficiente?
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Para participar do mercado de açoes com propriedade, é importante conhecer algumas


características essenciais das ações negociadas em Bolsas de Valores no Brasil: a primeira e mais
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Leia o item 6.22 - 'Espécies de ações' - nas páginas 197 a 202.

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LIMA, PINHEIRO,. J. Mercado de Capitais. Ed. Atlas: Grupo GEN, 2019.

O preço de uma ação é formado pela oferta de compra e venda na bolsa de valores. A volatilidade
(ou oscilação) de uma ação se dá pela quantidade de compradores e vendedores que estão
interessados em negociar uma determinada ação. (ASSAF NETO, 2018, p. 119)

U O preço, como em qualquer mercado, é formado pela lei da oferta e procura.

Quanto maior for a procura, maior será o preço, e quanto maior for a oferta, menor será o preço. A
oferta e a demanda podem mudar por conta de modificações nos resultados operacionais das
empresas ou por alterações nas expectativas dos agentes de mercado quanto ao desempenho
futuro daquela empresa.

Realize o estudo dirigido a seguir para compreender como a oferta e demanda fazem parte da
formação de um mercado eficiente:

Í
Leia o tópico 14.1 - 'Mercado eficiente' - na página 265 do livro
Mercado Financeiro de Assaf Neto.

Clique no link e leia o livro

ALEXANDRE, ASSAF. N. Mercado Financeiro, 14a edição. Ed. Atlas: Grupo GEN, 2018.

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Não. Confira outras caracaterísticas:

ø ao volume de negócios;
ø liquidez; e,
ø tamanho do capital social envolvido.

Assim, os investidores podem classificar as ações em diferentes tipos, de blue chips a small caps.
Realize o estudo guiado a seguir para aprender essas diferenciações:

Í
Leia o item 'tipos e usos de ações ordinárias' nas páginas 184 ã 191
do livro Princípios de Investimentos de Gitman e Joehnk.

Clique no link e leia o livro

GITMAN, Lawrence; JOHENK, Michael D. Princípios de Investimentos. São Paulo: Pearson, 2005.

13-25
E-Book - Apostila

Bem, como vocêjá viu aqui, paraparticipar do mercado de ações o primeiro passo é participar de
uma corretora de investimentos. Ter lá o valor com o qual irá realizar as suas compras de ações no
mercado financeiro. O passo seguinte a isso você confere na nossa galeria de slides a seguir.

Existem duas formas de operar ações: através da negociação de lotes padronizados ou de lotes
fracionados.

Isso quer dizer que uma pessoa pode comprar quantas ações quiser, mas é sempre mais fácil
negociar ações em seu “lote padrão”, pois a maioria das operações ocorrem nesse volume.

A maioria das ações negociadas na B3 utilizam um lote padrão de 100 ações.

Isso quer dizer que, para conseguir participar do mercado, com liquidez imediata, é necessário
comprar 100 ações pelo preço de mercado. Ou seja, para comprar um lote padrão de uma ação que
custa R$50,00, é preciso multiplicar esse valor por 100 = R$5.000,00.

Por outro lado, o lote fracionário ocorre quando qualquer volume diferente do negociado no lote
padrão é negociado. É comum que investidores novatos optem por realizar suas primeiras compras
em lotes fracionados. Seja como for, ao colocar uma ordem de compra ou venda no mercado, é
necessário informar exatamente a quantidade de ações e o preço a ser negociado.

Bem, antes de respondermos isso é importante você saber o que sinifica a sigla B3 no mercado
financeiro. (PINHEIRO, 2015, P. 328)

A B3 é o resultado da fusão de três instituições ocorrida nos


últimos anos. Em 8 de maio de 2008, a Bolsa de Valores do
Estado de São Paulo (Bovespa) se fundiu com a Bolsa de
Mercadorias e Futuros (BM&F), unificando, dessa maneira, o
mercado de ações com o de mercadorias e derivativos
financeiros. Isso proporcionou escala e aumento de eficiência
e, desde então, a bolsa denominou-se BMF & Bovespa. Em 30 de

14-25
E-Book - Apostila

março de 2017, a empresa realizou uma nova fusão, unindo-se à


Central de Custódia e Liquidação Financeira de Títulos Privados
(CETIP), criando a Brasil, Bolsa e Balcão (B3), passando a
integrar também as câmaras de processamento e custódia de
ativos financeiros. (PINHEIRO, 2015, P. 328)

E as ações da B3 são negociadas através de códigos padronizados. Essa padronização


serve para simplificar as operações: são quatro letras, que se referem ao nome da
empresa, seguido por um ou dois algarismos.

Depois de caracterizada a empresa através das quatro letras, o algarismo posterior ã sigla serve
para indicar o tipo de ativo que está sendo negociado. Essa numeração normalmente vai de 1 a 13,
cada um destes algarismos traz consigo informações de extrema importância a respeito do título
em questão.

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No mercado fracionado, onde os lotes de negociação são menores do que o lote padrão, os códigos
de negociação são os mesmos que do ativo no lote padrão mas com a adição da letra “F”, ao final.
Ou seja, em nosso exemplo, seria PETR4F e PETR3F para, respectivamente, preferenciais e
ordinárias fracionadas.

Além de conhecer as segmentações, tipos de ações e forma de operação, a leitura a seguir aborda as
estratégias mais fundamentais, de onde todas as outras estratégias operacionais com renda
\I')Y';'á\II\I l"f\ I\If'¡fT¡Y\"1YY\ r`I\Y1'F;Y"')'

15-25
E-Book - Apostila

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Í
Leia o item 'Tipos de investimentos' entre as páginas 20 e 21 do
livro Princípios de Investimentos de Gitman e Johenk.

Clique no link e leia o livro

GITMAN, Lawrence; JOHENK, Michael D. Princípios de Investimentos. São Paulo: Pearson, 2005.

Como você pode conferir na leitura indicada acima, existe o tipo de investimento que é chamado
especulativo. É importante salientar que existem diversos tipos de especuladores: todos estão
interessados em comprar uma ação por um preço baixo para vender, rapidamente, por um preço
mais alto.

Alguns especuladores fazem operações que levam dias, semanas ou até meses, esse são conhecidos
como swing-traders. Outros especuladores procuram oportunidades de lucro no curtíssimo prazo,
abrindo e liquidando a operação no mesmo dia, esses são os day-traders.

Também existem especuladores que procuram operações de curtíssimo prazo. Estes procuram abrir
e liquidar diversas operações diferentes ao longo do dia, fazendo muitas operações ao dia com
baixa rentabilidade, mas que somam valores significativos no final do dia. Alguns desses
especuladores podem abrir e fechar operações em poucos minutos ou segundos, esses são
chamados de scalpers.

Sendo assim, qualquer operação especulativa envolve assumir riscos e que é


necessário conhecer bem o mercado e fazer uma boa gestão de risco para evitar ter
prejuízos significativos com essa modalidade de operação.

16-25
E-Book - Apostila

Conforme Gitman e Joehnk (2014, p. 220), as operações de day trade são especialmente arriscadas,
são consideradas operações de momentum: não envolvem a compensação financeira da operação
de compra dos ativos, logo é possível operar um grande volume financeiro com baixa margem de
garantia, ou seja, são operações de alta alavancagem, que são por si só mais arriscadas.

Confira a seguir.

Critérios para uma empresa ter ações na Bolsa


Quando abordamos o tema de negociação de ações, é fundamental apresentar os principais
critérios de seleção utilizados pelos investidores institucionais, como bancos e fundos de
investimentos. Alguns desses critérios se tornam tão significativos que passam a categorizar os
ativos que os possuem. (PINHEIRO, 2016, p. 363)

Por exemplo, de acordo com Assaf Neto (2018, p. 239), as ações mais negociadas na B3 são
representadas pelo Índice Bovespa. E cada setor de atividade possui um índice que os representa.
Ao mesmo tempo, Pinheiro, (2016, p. 356), alguns critérios de seleção são tão relevantes e
significativos que precisam de comprovação formal de sua existência, isso ocorre com certificações
ISO assim como com empresas que adotam práticas de Governança Corporativa.

Para compreender essas informações de forma aprofundada preparamos o conteúdo sobre


governança corporativa a seguir.

Observação: o conteúdo a seguir até o próximo título "O que são operações de arbitragem..."
pertencem à obra "Mercado Financeiro e de Capitais - Finanças corporativas. de autoria de Eduardo
Olbera Ferrer, escrito para a instituição Laureate, 2021."

Mas afinal, o que significa Governança Corporativa?


Em linhas gerais, os estudos de Governança Corporativa vêm no sentido de desenvolver
ferramentas de acompanhamento sobre como as sociedades são dirigidas/administradas pelo seu
corpo executivo. Segundo Assaf (2018, p. 159):

17-25
E-Book - Apostila

Pode-se entender a Governança Corporativa como a


preocupação pela transparência da forma como uma empresa
deve ser dirigida e controlada e sua responsabilidade nas
questões que envolvem toda a sociedade.

Em outras palavras, a Governança Corporativa é um sistema de valores que rege as empresas, tanto
em suas relações internas como externas. No Brasil, os estudos de Governança Corporativa são
liderados pelo Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), entidade sem fins lucrativos
fundada em 27 de novembro de 1995 cuja proposta é desenvolver material e cursos sobre o tema.
Sua principal obra - o Código das Melhores Práticas de Governança Corporativa - define e
determina o que podem ser consideradas boas práticas de governança no país. De maneira mais
completa, o IBGC (2015, p. 20) define Governança Corporativa da seguinte forma:

Governança corporativa é o sistema pelo qual as empresas e


demais organizações são dirigidas, monitoradas e incentivadas,
envolvendo os relacionamentos entre sócios, conselho de
administração, diretoria, órgãos de fiscalização e controle e
demais partes interessadas. As boas práticas de governança
corporativa convertem princípios básicos em recomendações
objetivas, alinhando interesses com a finalidade de preservar e
otimizar o valor econômico de longo prazo da organização,
facilitando seu acesso a recursos e contribuindo para a
qualidade da gestão da organização, sua longevidade e o bem
comum.

Segundo o IBGC, as melhores práticas de governança se pautam em quatro princípios:


transparência, equidade, prestação de contas e responsabilidade corporativa.

QUADRO 1 - Princípios Básicos de Governança Corporativa

18-25
E-Book - Apostila

Consiste no desejo de disponibilizar para as


partes interessadas as informações que sejam de
seu interesse e não apenas aquelas impostas por
rv rv

Transparênda disposiçoes de leis ou regulamentos. Nao deve


restringir-se ao desempenho econômico-
financeiro, contemplando também os demais
fatores (inclusive intangíveis) que norteiam a
ação gerencial e que conduzem à preservação e à
lv lv

otimizaçao do valor da organizaçao.


Caracteriza-se pelo tratamento justo e isonômico
Eqmdade de todos os socios e demais partes Interessadas
(stakeholders), levando em consideração seus
direitos, deveres, necessidades, interesses e
expectativas.

Os agentes de governança devem prestar contas


de sua atuação de modo claro, conciso,
Pre5taÇã° de C°“ta5 compreensível e tempestivo, assumindo
integralmente as consequências de seus atos e
omissões e atuando com diligência e
responsabilidade no âmbito dos seus papéis.
Os agentes de governança devem zelar pela
viabilidade econômico-financeira das
organizações, reduzir as externalidades
ReSpOnSab¡¡¡dade Corporaüva negativas de seus negócios e suas operações e
aumentar as positivas, levando em consideração,
no seu modelo de negócios, os diversos capitais
(financeiro, manufaturado, intelectual, humano,
social, ambiental, reputacional etc.) no curto,
médio e longo prazos.
ADAPTADO DE IBGC (2015, P. 20-21).

Dessa forma, verifica-se que os estudos de governança corporativa objetivam desenvolver métodos
e ferramentas que objetivem reduzir o problema de agência, uma vez que a assimetria de
informações é o fator que efetivamente o desencadeia, posto que os diretores executivos estão
mais próximos a informações privilegiadas.

Os agentes de Governança
Corporativa
O exercício da governança corporativa dentro das empresas ocorre em uma estrutura encabeçada
pelos sócios, que seriam, em primeiro lugar, os participantes mais interessados nas decisões
tomadas pelas corporações. Seu poder é exercido nas Assembleias Gerais e podem dirimir sobre
temas diversos, entre eles a aprovação de contas. Na imagem a seguir, temos os denominados
ø n u iv n A
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E-Book - Apostila

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empresas.

FIGURA 2 - Contexto e estrutura do sistema de governança


corporativa

Interna I %

Administradores

FONTE: IBGC (2015, P. 19)

Em linhas gerais, os agentes de governança têm as seguintes funções:

Obs. Clique sobre o sinal + presente nos itens a seguir e confira os conteúdos correspondentes.

Possuem a fidúcia dos sócios. Atuam fiscalizando as ações da diretoria executiva. Entre suas
responsabilidades, destacam-se a aprovação das contas da empresa (balanço patrimonial),
opinar em decisões estruturais ou de grande impacto como um investimento em expansão
muito grande, diversificação das linhas do negócio, fusões e aquisições. Por fim, cabe ao
conselho a contratação da diretoria executiva e, eventualmente, sua demissão.

A auditoria interna está ligada aos processos, ou seja, avaliar se as áreas estão trabalhando em
conformidade aos manuais e procedimentos internos, ou seja, está mais voltada à avaliação da
eficiência e da eficácia dos controles administrativos.

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E-Book - Apostila

Trata-se de uma empresa contratada especificamente para avaliar se a escrituração contábil da


empresa está em conformidade com a legislação vigente, de tal forma que os investidores
tenham a absoluta certeza que os demonstrativos financeiros refletem a realidade da
corporação.

O conselho fiscal atua fiscalizando a gestão dos negócios da empresa para avaliar se está
aderente às expectativas do Conselho de Administração. Atua em conjunto com as auditorias
internas e externas na busca por erros ou mesmo fraudes e outros crimes corporativos, levando
diretamente ao Conselho de Administração as suas descobertas.

Os Níveis Diferenciados de Governança Corporativa


No Brasil, com a finalidade de aumentar a credibilidade das empresas listadas na bolsa de valores
quanto aos princípios de boas práticas de governança corporativa, a bolsa de valores criou
os segmentos diferenciados de Governança Corporativa. Funciona como uma espécie de “selo de
qualidade” para as empresas que cumprissem certas exigências. Esses níveis são o Nível 1, Nível 2 e
o Novo Mercado, sendo este último o mais alto nível. As exigências estão listadas na tabela a seguir:

QUADRO 2 - Exigências para os Níveis Diferenciados de


Governança da Bolsa de Valores

Categoria Exigências

● Manutenção de ações em circulação no


mercado em quantidade equivalente a, pelo
menos, 25% de todo o capital social da
sociedade;

● Realização de ofertas públicas de colocação


de ações usando mecanismos que facilitem a
Eס8ê"'C¡a5 NÍV@| 1 dispersão do capital;

● Melhor qualidade e transparência das


informações prestadas, divulgação de balanços
trimestrais e do demonstrativo do fluxo de caixa;

● Divulgar todos os acordos de acionistas


existentes e programas de opções de compras.

Tudo o que se pede no nível 1 mais:

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E-Book - Apostila

● Mandato unificado de um ano para os


membros do Conselho de Administração;

● Divulgação de balanço anual de acordo com


as normas do US Gaap ou Iasc Gaap;

● Extensão para todos os acionistas


detentores de ações ordinárias (ON) das mesmas
condições obtidas pelos controladores quando
da venda do controle da companhia (tag along),
e de 70% desse valor para os detentores de ações
preferenciais;

Exigências Nível 2 ● Em caso de cancelamento do registro no


Nível 2 ou fechamento de capital, a empresa tem
a obrigação de efetuar uma oferta de compra de
todas as ações em circulação, por seu valor
econômico;

● Adesão à Câmara de Arbitragem de Mercado


da Bovespa para soluçao dos problemas
societários;

● Direito de voto às ações preferenciais em


determinadas matérias relevantes, como:
transformação, incorporação, cisão e fusão;
estabelecimento de contratos entre empresas do
mesmo grupo; entre outras.

Tudo o que se pede no nível 2 mais:

● Emissão somente de ações ordinárias (ON)


com direito a voto. No Novo Mercado não é
permitida a emissão de ações preferenciais pela
companhia participante;

● Realização de ofertas públicas de colocação


de ações por meio de mecanismos que
favoreçam a dispersão do capital;

● Manutenção em circulação no mercado de,


pelo menos, 25% das ações emitidas pela
sociedade;

● Extensão a todos os acionistas minoritários


das mesmas condições obtidas pelos
controladores no caso de negociação do controle
da sociedade (direito de tag along);
Novo Mercado
● Maior transparência na divulgação das
informações e disponibilização do balanço anual
de acordo com as normas do US Gaap ou Iasc
Gaap (normas internacionais de Contabilidade);

● Fixação de mandato unificado de um ano


para todo o Conselho de Administração, sendo
permitida a reeleição. O Conselho é constituído
por, no mínimo, cinco membros, eleitos pela

22-25
E-Book - Apostila

assembleia geral de acionistas;

● Obrigatoriedade de realização de uma


oferta de compra de todas as ações em
circulação, avaliadas por seu valor econômico,
em caso de fechamento do capital ou
cancelamento do registro de negociação no Novo
Mercado;

● Submissão à Câmara de Arbitragem da


Bovespa para solução de disputa e controvérsia
relacionadas ao regulamento do Novo Mercado.

ADAPTADO DE ASSAF (2018, P. 246-247)

Dessa forma, os investidores institucionais tendem a realizar investimentos nas empresas listadas
nesse segmento, que pode ser acompanhado como uma espécie de “termômetro” das operações
realizadas por esses grandes investidores.
O 0
O que são operações de arbitragem e por que e importante
entender esse conceito para operar ações?
Assaf Neto (2018, p. 139), elabora muito bem o conceito de arbitragem, conhecimento fundamental
para a operação no mercado financeiro. Ela considera que a economia é interconectada, que
setores e cadeias produtivas se relacionam, que o preço da moeda influencia no preço das
mercadorias e produtos e que isso reflete no preço final da mercadoria e no resultado operacional
da empresa.

Os arbitradores procuram correlações reais entre os ativos do mercado e realizam operações


quando essas correlações estão, em sua opinião, distorcidas. Dessa forma, um arbitrador procura
oportunidades de “distorção de mercado” e tira proveito da situação.

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O pensamento de arbitragem sempre considera a relação entre dois ou mais ativos. Para o
arbitrador não importa se as ações vão subir ou cair, mas sim se as ações estão operando em uma
correlação que ele analisa como distorcida ou não, considerando a chamada "Lei do preço unício",
que admite que um mesmo ativo negociado em praças diferentes devem ter seus preços em
paridade (ASSAF NETO, 2018, p. 327)

Dessa forma, o pensamento de arbitragem pode ser utilizado tanto por investidores quanto por
especuladores, além disso, o pensamento de arbitragem pode ser utilizado como ferramenta de
análise de preço justo de um ativo e fundamentar sua compra ou venda, sem necessariamente
resultar em uma operação de arbitragem.

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Essas são as estratégias básicas de negociação de ações e ativos financeiros de forma geral. Existem
diversas variações e operações complementares, como as operações de hedge, mas serão assunto
em momento mais adequado.

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E-Book - Apostila

A seguir, a definição da operação chamada Flippar, que caso deseje saber mais sobre
operações especulativas, é um bom conteúdo para se aprofundar.

i=iGuRA 3 - Estratégias no iPo


Do ponto de vista especulativo, uma estratégia muito usada nas ofertas públicas é a de
reservar as ações e vende-las no primeiro dia de negociação. Essa operação é conhecida
como flippar.

Os fl ppers devem analisar muito bem a empresa, tamanho da oferta da ação, o mercado
em s' e outros fatores que possam influenciar o preço das ações.

Gera .mente essa operação apresenta lucros, porém como a ação nunca foi negociada
publ camente, existe um desconhecimento em relação à alguns fatores importantes para
anál 'se de uma ação, assim como: volatidade e demanda.

Apesar do valor das ações dispararem no dia da abertura de capital pode acontecer de ela
despencar ao chão alguns dias depois. Assim como não existe garantia de que o preço da
ação irá subir no dia do IPO, muitas vezes a ação acaba o dia de abertura com preço
inferior ao de compra na reserva do IPO.

Quando o investidor entrar no IPO é necessário fazer análises e montar uma estratégia
para ela. O bom operador deve estar preparado tanto para o lucro quanto para o prejuízo.

\ /

No recurso a seguir confira as temáticas estudadas nessa unidade.

I\

24-25
KCICI CIILIGÃ

Bibliográficas
ASSAF NETO, Alexandre. Mercado Financeiro - Ed. Atlas, 2018.

GITMAN, Lawrence; JOHENK, Michael D. Princípios de Investimentos. São Paulo: Pearson, 2005.

LEMOS, Flávio Alexandre Caldas de Almeida. Análise Técnica dos Mercados Financeiros. São Paulo
Saraiva, 2018. E-book. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/978-85-
02-63784-9/pageid/0

PINHEIRO, Juliano. Mercado de Capitais. 8a ed. São Paulo: Atlas, 2016.

Portal do Investidor, 2021. Disponível em <https://www.gov.br/cvm/pt-br

25-25
3 - Como otimizar uma carteira de investimento
E-Book - Apostila
E-Book - Apostila

Como otimi ar
uma carteira de
investimento?
A Moderna Teoria de Carteiras, sistematizada por Harry Markowitz, apresenta a diversificação de
tipos de investimentos, como principal instrumento para a redução do risco de prejuízo na
atividade do mercado financeiro.

Carteira de investimentos representa o conjunto de aplicações


de um investidor.

Hoje, com a euforia do mercado de investimento, como devo investir pra aumentar
minhas chances de ganhos e diminuir as chances de prejuízos? Como devo escolher o tipo
de investimento? Devo optar por renda fixa, variável, multimercado, ações, tesouro
direto, entre outras.?

Parece muito complicado.

Afinal, quem não gostaria de ganhar dinheiro, correndo pouco risco no mercado
financeiro?

2-18
E-Book - Apostila

Quem já não ouviu frases do tipo:

- Se eu deixar o dinheiro na poupança, estará perdendo para a inflação, assim estou


perdendo dinheiro.

- Será que consigo melhorar os ganhos e diminuir os riscos?

Bem, uma alternativa é utilizar a teoria de carteiras para manejar os investimentos. Trata-
se de uma teoria sistematizada por Harry Markowitz,

A definição dessa metodologia para análise do mercado você encontrará nessa unidade,
que irá além dessa definição, pois, a explicará e dará exemplos de sua aplicação.

kw.

“Hi

1-_ Hi-¡
'-hn.

Quando tratamos da eficiência de uma carteira, identificamos a relação entre risco e retorno. Isto
é, com base nessa relação o investidor busca minimizar os riscos de seus investimentos. Assim,
quando o cenário financeiro indicar risco maior que retorno, o investidor muda a alocação dos
ativos para diminuir esse risco, permitindo manter ou maximizar o retorno desejado.

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E-Book - Apostila

Considerando o que já apresentamos como objeto de estudos dessa unidade, apresentamos os


objetivos de aprendizagem.

Buscaremos alcançar todos os objetivos expostos a seguir, considerando a ótica da


teoria de carteiras de Markowitz.

Ao final deste conteúdo, você será capaz de:

0 Esquematizar a escolha dos títulos para a montagem da carteira;


0 Associar a risco com o retorno dos investimentos;
0 Calcular a melhor alocação dos títulos na carteira;
0 Comparar diferentes alternativas de otimização de carteira.

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4 L
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Risco de uma carteira C

4-18
E-Book - Apostila

Quando analisamos o risco de um ativo fora de uma carteira, é diferente de seu risco quando
incluído na carteira. Ao diversificarmos os títulos de uma carteira, o risco de um ativo é avaliado
pela sua contribuição ao risco total da carteira. Assim, com o aumento do número de títulos em
uma carteira, é possível reduzir seu risco, a uma taxa decrescente.

A diversificação tem um limite, pois a partir de um determinado número de títulos, não teremos
mais a redução do risco da carteira, conforme podemos ver no texto a seguir.

Í
Realize a leitura do capítulo 15: Seleção de Carteiras e Teoria de
Markowitz, onde mostra-se o risco de uma carteira, ativos com
correlação nula, conjunto de combinações de carteiras, alocação
de ativos em carteira e a fronteira de eficiência. Página 287 a 300.

Clique no link e leia o livro

Assaf Neto, Alexandre Mercado financeiro /Alexandre Assaf Neto. 15. ed. Barueri-SP: Atlas: Instituto
Assaf, 2021.

Considerando a leitura indicada, podemos observar que o risco da carteira depende:

ø do risco de cada elemento que compõe a carteira;


ø da participação de cada título no investimento total;
ø da covariância entre os títulos da carteira.

5-18
E-Book - Apostila

O risco de uma carteira com dois ativos (X e Y), pode ser calculado pela seguinte
expressão:

1
op = [(W,Ê x oš) + (WYZ x of) + 2 x Wxx Wyx C0VX,y)2
Onde:
WX, WY = respectivamente, participação do ativo X e do ativo Y no portfólio;

of), of = variância dos retornos dos ativos X e Y, respectivamente;

COVXY = covariância entre os ativos X e Y.

A correlação entre dois ativos é determinada pela relação entre sua covariância e o
produto de seus desvios-padrão:

covxy
CORRXIY = K GY, ou

COVXIY = CORRXIY x ox x oY

Assim temos:
1
op = [(W,§ xoš) + (WY2 xoš) +2xWXxWyxC0RRX,yxoXxoY)2

Aplicando na prática, o cálculo do risco da carteira, conforme a fórmula indicada acima, podemos
trazer o seguinte exemplo, adaptado do livro do Assaf Neto (Mercado Financeiro, 2021 p. 288):

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Um ativo A possui um retorno esperado de 22% e desvio padrão de 14%. O ativo B, tem
retorno esperado de 26% e desvio padrão de 31%. A correlação entre esses ativos é de
0,60. Um investidor possui uma carteira formada com 63,5% do ativo A e 36,5% do ativo B.
Temos então:

ø Retorno esperado da carteira:

E(Rp) = (22% × 0,635) + (26% × 0,365) = 23,46%

ø Covariância:

CÚVA,B = CÚRRA,B LÉUA :DUB

COVA, B = 0,60 zz 0,14 zzz 0,31 z 0,02604


z Risco da carteira:
UP = [0,142 zz 0, 6352 zz 0, 312 fz 0, 3652 + 2 zzz 0, 635 zzz 0, 365 zz 0, 02604]

Combinações de carteiras
Ao combinarmos o retorno esperado e o risco da carteira formada pelos ativos C e D, observamos as
seguintes situações, conforme exemplo adaptado do livro do Assaf Neto (Mercado Financeiro, 2021
p. 291):

Tabela 1 - Ativos financeiros (Retorno esperado e Risco)

Retorno Esperado
Risco (o)
E(R) = R

AÍÍVO C 21,34% 16,49%


AÍÍVO D 13,65% 14,01%

7-18
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Fonte: Adaptado de Assaf Neto, 2021, p. 291.

Efetuando as possíveis combinações entre os ativos C e D, podemos identificar o Retorno e


o Risco da Carteira. Com uma correlação entre os ativos de 0,4872, temos:

Tabela 2 - Retorno esperado e risco para diferentes composições de carteiras

Retorno
Participação do Participação do
Esperado E (Rp) = Risco (op)
Ativo C (Wc) Ativo D (Wd)
RP
1 0% 100% 13,65% 4,01%

2 1 0% 90% 14,42% 3,45%


3 15% 85% 14,80% 3,24%
4 25% 75% 15,57% 2,94%

5 50% 50% 17,50% 3,06%


6 75% 25% 19,42% 4,33%
7 85% 15% 20,19% 5,11%
8 90% 10% 20,57% 5,54%

9 1 00% 0% 21,34% 6,49%

Conforme podemos observar, a carteira 9 apresenta o maior retorno (21,34%), pois utilizamos
somente o ativo C, mas representa também o maior risco. A carteira 1 apresenta o menor retorno,
mas não tem o menor risco. Já a carteira 4, apresenta o menor risco e a partir desta carteira o rrsco
acompanha o retorno esperado de cada carteira.

As combinações das carteiras podem ser representadas graficamente:

FIGURA 1 - Conjunto de combinações

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E-Book - Apostila

E(R)=Rp
(Retorno esperado)
CORRX, Y = -1 W (ativo C)

C`› : +1

K (ativo D)

Desvio padrão (op)


ALEXANDRE ASSAF NETO, 2021, P. 292.

O ponto M da figura, que está na curva KW, demonstra a carteira de ativos com menor risco possível
e representa a carteira de variância mínima. Dessa forma, quando uma carteira fica longe desse
ponto, maior é o risco, e maior também, será o retorno esperado.

Quando os investidores têm aversão ao risco, ficarão com carteiras mais próximas do ponto M, mas
aqueles que preferem riscos maiores, estarão mais distantes deste ponto.

Neste novo exemplo, podemos identificar o cálculo da variância mínima da carteira, adaptado do
livro do Assaf Neto (2021, p. 293):

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[o¡_7', - (C0RR¿,Dx oc x oD))


WC:
[(05 + 0D) - (2 x C0RR¿,D x oc x 0D

Onde:
WB= 1- WA

oc = 16,49%

0D = 14,01%

connC,,=o,4s72
Ejnc) = ii, = 21,34%
E(n,) = R, = 13,65%

Assim temos:
[0,14012 - (0/1872 x 0,1649 x 0,1401)]
WC_Tfn4rAn7 i n4,in4')\ /fi -.n ,mf-:fi -.n4r,in-.n4,m4\1

10-18
E Book- Apostila

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W _ [o,o1oó2o- 00112555]
C ` [o,o27192 + o,o19ó28 - 0022511]
W _o,oo83725
C' o,o243o9
W, = 0,3444 ou 34,44%
0 retorno esperado e o risco da carteira é calculado:
W, = 34,44%
WD = 65,56%

E(n,) = R, = (21,34% × 34,44%) + (13,65% × 65,56%)


E(R) = R, = 16,30%
1
op = [(oÊ x WÊ) + (of, x Wš) + (2 x WC x WD x CORRQD x oc x oD))2

1
Up = [(0,16492 X 034442) + (0,14012 X 065562) + (2 X 0,3444 X 0,6556 X 0,4872 X 0,1649 X 0,1401))Í

1
0,, = [(0,027192 X 0,110611) + (0,019628 X 0,4290114)) + (0,0050027))Í

1
op = [0,00322527 + 0008436338 + 0,0050827]Í

1
5, = [o,o1ó7443o8]ë
5,, = o,1z93oo799 ou 12,94%
Podemos afirma que a carteira M, apresenta a variância mínima, com um retorno de 16,30% e um risco
(desvio-padrão) de 12,94%.

11 18
E-Book - Apostila

Podemos efetuar os cálculos de otimização de carteira, minimizando os riscos e maximizando os


resultados.

Vamos montar uma carteira com as ações: PETR4, ITUB4, VALE3, e a taxa SELIC como livre de risco.

Para isso, precisamos colher informações no mercado financeiro através do link: https://br.investing
.com. Ali, basta indicar na busca, uma das ações citadas no parágrafo anterior, marcar dados
históricos, mudar o período desde 2013 e alterar o período para mensal, utilizar as informações de
dezembro de cada ano (último). Já os valores da taxa Selic é possível encontrar em: https://www.bc
b.gov.br/controleinflacao/historicotaxasjuros.

Assim, teremos a seguinte tabela:

Tabela 3 - Valor do fechamento dos ativos (anual)

PETR4 ITUB4 VALE3 sEL|c


2013 14,93 3,93 27,73 10
2014 9,3 11,13 15,73 11,75
2015 6,22 9,34 11,15 14,25
2016 13,31 14,76 22,1 13,75
2017 14,95 19,27 36,13 7
2013 21,95 25,73 47,69 6,5
2019 30,13 29,05 51,16 4,5
2020 23,34 25,3 37,45 2
2021 23,75 21,56 73,95 9,25
Fonte: Elaboração do autor, 2021.

Com base nesta tabela, montamos o retorno que representa a diferença percentual entre os anos.

Tabela 4 - Retorno dos ativos e médias dos retornos

Otimização de Carteira com Markowitz


Retornos dos ativos das carteiras Ativo livre de risco
PETR4 ITU B4 VALE3 Selic
2014 -37,71% 25,20% -43,38% 17,50%

2015 -33,12% -11,99% -29,12% 21,28%


2016 122,03% 50,00% 98,21% -3,51%
2017 8,25% 30,56% 63,71% -49,09%
2018 46,82% 33,52% 31,81% -7,14%
2019 37,49% 12,90% 7,28% -30,77%
2020 -6,10% -11,19% 70,93% -55,56%
2021 1,45% -16,43% -9,72% 362,50%
Média dos
17,39% 14,07% 23,72% 31,90%
F€tOl'l'lOS

Fonte: Elaboração do autor, 2021

Após os cálculos do retorno dos ativos da carteira, efetuamos o cálculo da covariância, montando
uma matriz de covariância.

Tabela 5 - Matriz de covariância e variância da carteira

12 - 18
E-Book - Apostila

Matriz de covariância
PETR4 ITUB4 VALE3 Selic
PETR4 0,2670770055221 0, 0848661385463 0,1875156456480 -0,1037289009257
ITU B4 0,0848661385463 CI, 0616239467589 0,0567126915472 -o,1573996439520
VALE3 0,1875156456480 Cl, 0567126915472 0,2589196495641 -0,2633379750953
Selic -0,1037289009257 -0,1578996439520 -0,2688379750958 1,3647162366971
Variâncias 0,0000000000000 0, 0320694984014 0,0029489434946 0,0039552923773
Variância
_ 3,8973734773%
da carteira

Fonte: Elaboração do autor, 2021


na

No cálculo da covariância, utilizamos a função do Excel COVARIAÇAO.S, que representa a média dos
produtos dos desvios, para cada par de pontos de dados em dois conjuntos de dados.

O valor das variâncias deve ser feito pela multiplicação do percentual alocado da carteira, vezes a
função SOMARPRODUTO, da alocação da carteira pela covariância da carteira. A variância da
carteira é a soma das variâncias.

Chegamos agora ao retorno da carteira, e a alocação ótima da carteira.

Tabela 6 - Retorno da carteira e alocação ótimo da carteira

Retorno da carteira 16,61%

Alocação ótima da carteira


PETR4 0,00%
ITU B4 32,23%
VALE3 7,57%
Selic 10,15%
Total 100,00%

Fonte: Elaboração do autor, 2021

Com base nesses resultados, temos o menor risco (3,9%), com o máximo de retorno (16,61%).

Para que este cálculo seja efetuado, é necessário utilizar a ferramenta SOLVER do Excel.

Para habilitar a ferramenta SOLVER no Excel: no programa do


Excel, entrar em Arquivo e ir em: Opções, na barra da esquerda,
Suplementos, Ferramentas de Análise, Ir, marcar todas as opções
disponíveis, OK.

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E-Book - Apostila

Após habilitar a função SOLVER no Excel, vamos efetuar o cálculo do retorno da carteira com a
alocação ótima da carteira. Para isso, no Excel, devemos entrar em Dados, Solver, e parametrizar
Definir Objetivo = célula da variância da carteira; Para = Min.; Alterando Células Variáveis = células
da alocação ótima da carteira; Sujeito às Restrições = Adicionar = Referência de Célula = célula total
da alocação ótima da carteira = mudar o sinal para igual = Restrição = 1.

As restrições estão nos parâmetros, indicando que o total da alocação da carteira seja
iguala 1, e caso queira colocar uma condição para o retorno da carteira, por exemplo,
20%, deve-se colocar também como restrição.

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Lil PETR4 ITUB4 VALE! Selic PETR4 ITUB4 lIA|.E 1 sziiz I
JL _ 2014 -37,71% 25,20% -43,33% 12,50% PETR4 0,2570??l'.055221 0,004-0551335453 0,1025155455100 -0,10372B900525?
LÍÍ _ 2015 -33,12% -11,99% -29,12% 21,23% ITUB4 0,0E48Eifi1335463 0,0l5lñ23940i'SE'] 0,055?12fi9l5‹l?2 -0,1573996430520
_ 2015 122,05% 50,001 111111 -3,5111 VALE3 0,1B?515ñal5ñ400 0,05ñ?12fi5154i'2 0.
m' Adicionar Restrição X '
-1 2017 3,25% 30,501 63,71% 49,09% Selic -0,103?2E900Êl257 0,15i3996439520
2013 46,32% 33,52% 31,31% -1,1491 llaiiãiicias 0, 0.ll32069493‹l01tl 0,00
2019 31,49% 12,90% 1,2101 -50.7751 Variância da rarteira iflfiiilflãl Rglerincia :Ie Célula: Restrição:
_|.2 2020 -5,10% -111991 10,95% -55.5611
1i_ zon 1,15% -15,43% -9,12% 352,50% 3,B9`r'3?3*l30?ii
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25 _Iittjgflfundarnentus.tom.lirIdetaIlies.@|fi@peI=PEIR‹l Retorno Petrobras anual
25 _httpsjlwuuv.irifomoneucom.br/cotacoeslmagazineIuiza-mgluãilhistoiicoƒ Retorno em Excel
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14-18
E-Book - Apostila

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-1 Parâmetros do Solver
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Neste primeiro cálculo, temos o cálculo com o menor risco (3,9%) e maior retorno
(16,61%). carteira; ITUB4 = 32,23%; VALE3 = 7,57% e sELic = 10,15%.

15-18
E-Book - Apostila

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25 _ntips:/iirmrw.iofomoneucom.br/cotacoes/maeazine-iuiza-mgiuãihistoricoƒ Fietorno em Excel Ajuda u fechar
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Pronto

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Nesse cálculo temos uma condição de retorno de 20%, dessa forma temos outra alocação
ótima da carteira, com um aumento de risco (5,570/0). Carteira: ITUB4 = 51,51%; VALE3 =
33,20% e SELIC = 15,29%.

Após aprendermos a parte teórica e os exemplos de otimização de carteira, inclusive do Excel,


vamos ver nesse vídeo, como podemos chegar nos resultados esperados na prática, utilizando o
modelo de Markowitz, simulando algumas alternativas de composição de carteira, com sua
alocação ótima de recursos e experimentando os riscos referente ao perfil do investidor.

16-18
E-Book - Apostila

E para finalizar, confira as temáticas estudadas aqui, e como a abordamos. Assim, você confere de
modo sintético, o que vimos na unidade.

Referências
B . b l. ' I .

ASSAF NETO, Alexandre. Mercado Financeiro. São Paulo: Atlas, 2015.

17 - 18
E-Book - Apostila

DAMODARAN, Aswath. Valuation. Rio de Janeiro: LTC, 2018.

ASSAF NETO, Alexandre. Valuation: Métricas de Valor e Avaliação de empresas. São Paulo: Atlas,
2002.

BRITO, Osias. Mercado financeiro. São Paulo: Saraiva, 2013.


GITMAN, Lawrence; JOHENK, Michael D. Princípios de Investimentos. São Paulo: Pearson, 2005.
LEMOS, Flávio Alexandre Caldas de Almeida. Análise Técnica dos Mercados Financeiros. São Paulo
Saraiva, 2018.

PINHEIRO, Juliano Lima. Mercado de Capitais. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2016.
PORTO, José Maria. Manual dos Mercados Financeiro e de Capitais. São Paulo: Atlas, 2015.

18-18
4 - Estrutura e funcionamento do mercado de capitais
E-Book - Apostila
E-Book - Apostila

Estrutura e
funcionamento
do mercado de
capitais
Para compreender o mercado financeiro, é necessário entender sua estrutura de funcionamento e
as formas como ele pode ser operado.

E uma parte significativa desse mercado é o mercado de capitais. Logo, o profissional do mercado
financeiro precisa conhecer a estrutura e o funcionamento do mercado de capitais, pois, inclusive, é
através desse último que a atividade produtiva consegue se financiar de forma mais eficiente, em
uma economia desenvolvida.

Além de conhecer a estrutura institucional e normatizadora que compõem o mercado de capitais, a


atual unidade abordará temas que aprofundam esse assunto, como a segmentação de mercado, as
atividades dos participantes (players) do mercado, o papel da especulação, e os principais ativos
negociáveis por cada player.

2-23
E-Book - Apostila

Vamos trazer um caso emblemático, ocorrido em 2008, mas que serve como referência
para as questões que vamos responder nessa unidade: Warren Buffet, o maior investidor
do mundo, dono da Berkshire Hataway (uma importante empresa de investimentos),
sempre lança um relatório anual sobre as operações realizadas no ano anterior. Em 2008,
o relatório continha a seguinte observação:

'Só tínhamos uma posição cambial em 2007. Ela era - segurem a respiração - em reais
brasileiros. Até bem pouco tempo, trocar dólares por reais era impensável. Cinco versões
da moeda brasileira viraram confete no século passado, mas de 2002 para cá, o real subiu
e o dólar caiu todos os anos” (BUFFET, 2008).

E completou: “Os brasileiros que compraram dólares para se proteger perderam metade
de sua renda líquida nos últimos cinco anos” (BUFFET, 2008).

Naquele período da história, Buffet teve a percepção de que a economia brasileira, e a


moeda brasileira, iriam se desempenhar relativamente melhor, do que a economia e a
moeda dos EUA. O investidor tirou proveito dessa percepção para realizar uma operação
que, em seis anos, rendeu RS 4 bilhões de lucro aos seus sócios/investidores.

Essa situação nos mostra que existem formas de analisar o mercado, que possibilitam
operações de longo prazo e fora do radar de investidores menos bem-informados.

Você pode estar se perguntando: de que forma Warren Buffet reconheceu aquela
oportunidade? Como ele realizou essa operação? Que tipo de investidor é a Berkshire
Hataway? Essa foi uma operação de investimento em renda variável?

Pergunte-se também: de que forma os grandes investidores e especuladores, conseguem


identificar as oportunidades antes do restante do mercado? Sabemos que existe a
imprevisibilidade e que eventualmente qualquer pessoa pode ter 'boa sorte' e ser
premiado pelo acaso com uma operação lucrativa, mas como se constrói o conhecimento
necessário para avaliar de forma racional as oportunidades?

Podemos dizer que a unidade atual abordará as principais características da estrutura de


funcionamento do mercado de capitais, os tipos de operações e ativos que pode ser
negociados e os principais players (participantes e agentes de mercado).

A partir desses novos conhecimentos você compreenderá esse tipo de operação, para
num futuro, mediante também conhecimentos de análise de mercado desses tipos de
produtos financeiros, poder fazer operações semelhantes (guardando a
proporcionalidade) em outros momentos oportunos.

Fonte: https://g1.globo.com/Notícias/Economia_Negocios/0,,MUL333169-9356,00-INVESTI
DOR+LUCRA+R+BI LHOES+COM PRAN DO+A+MOEDA+BRASILEIRA.html.

3-23
E-Book - Apostila

Nessa unidade veremos, portanto, a estrutura do mercado de capitais, suas subdivisões, seus
participantes e como se pode operar nesse mercado. Diante disso, podemos apresentar que nossos
objetivos de aprendizagem são:

Ao final deste conteúdo, você será capaz de:

0 conhecer a estrutura formal do mercado de capitais;


0 conhecer as principais segmentações do mercado de capitais;
0 diferenciar os participantes do mercado;
0 diferenciar os ativos negociáveis no mercado de capitais;
0 conhecer a relação entre risco e retorno.

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Produtos do mercado de capitais í


Vamos, de modo sintético, ver quais são os produtos do mercado de capitais e seus players. Para
isso, confira o pdf a seguir.

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Verifique, na imagem a seguir, as principais características dos produtos financeiros mais


operados.

Busque identificar qual(is) deles faz parte do mercado de capitais. Ao final do estudo
dessa unidade, volte a esse infográfico e realize novamente essa identificação.

FIGURA 1 - Para infográfico - figura base 2

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XXX

E para entender a estruturaçao e segmentaçao do mercado de capitais, é importante compreender


IV tv

as diferentes classificações dos ativos financeiros, sobretudo os de renda variável e os fundos que
Opêfam GSSGS ãÍlVOS.

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Para obter resposta para essa questão, realize a leitura do texto a seguir. Você também poderá
conferir sobre a segmentação do mercado de capitais.

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Leia os tópicos 3.2.3 'Ativos de renda variável' na página 100 e a
seção 3.3 'Fundos de investimento' , entre as páginas 100 e 107,
para compreender as diferentes classificações e objetivos dos
participantes do mercado.

Clique no link e leia o livro

PINHEIRO, J. L. Mercado de Capitais. Atlas: Grupo GEN, 2019.

O que é o mercado de câmbio e qual a sua


relação com o mercado de capitais?
O Mercado de Câmbio
No mercado de câmbio, são realizadas as operações envolvendo moedas estrangeiras, das
operações de importações e exportações.

Em uma definição mais restrita da palavra, câmbio vem de “cambiar”, que significa trocar, e, no que
tange a operações com moedas, o câmbio justamente expressa as operações de troca de moeda
local por moeda estrangeira, e vice-versa, para realização de operações comerciais.

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A taxa de câmbio justamente nos mostra, quantas unidades de


moeda local são necessárias para adquirir uma unidade de moeda
estrangeira.

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Conforme nos ensina Assaf Neto (2018, p. 99):

Esse mercado reúne todos os agentes econômicos que tenham


motivos para realizar transações com o exterior, como
operadores de comércio internacional, instituições financeiras,
investidores e Bancos Centrais, que tenham necessidades de
realizar exportações e importações, pagamentos de dividendos,
juros e principal de dívidas, royalties e recebimentos de capitais,
e outros valores. No Brasil, a política cambial é definida pelo
CMN e executada pelo Bacen.

É importante ressaltar que no Brasil, o mercado de câmbio não é apenas controlado, mas
monopolizado pelo Banco Central. Ou seja, apenas algumas instituições - como bancos, corretoras
e distribuidoras, e agências de turismo - autorizadas por aquele, podem fazer operações de câmbio
Esse controle é necessário para que seja possível controlar as reservas cambiais, e manter o valor
da moeda nacional em relação às estrangeiras.

Conforme Assaf Neto (2018), o mercado de câmbio no Brasil, encontra-se segmentado em Mercado
de câmbio de taxas livres (câmbio comercial), e Mercado de câmbio de taxas flutuantes (câmbio
turismo).

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De modo geral, é o mercado que faz a moeda oscilar de valor, isto é, a demanda, seja por moeda
local ou estrangeira. Se as perspectivas econômicas forem positivas, a tendência é que haja uma
entrada maior de moedas estrangeiras, para aproveitar oportunidades de investimento.

Dessa forma, em uma situação em que a oferta é maior do que a procura por moeda estrangeira, ela
tende a perder o valor. Contudo, o contrário ocorre quando o pessimismo toma conta do mercado,
pois, nesse caso, a tendência é que os dólares sejam mais comprados pelos investidores, por se
tratar de uma moeda mais estável. Por exemplo, investidores optam por diminuir os investimentos
em empresas nacionais e aumentar em investimentos relacionados ao dólar, o que, por sua vez,
impacta bastante no mercado de capitais.

Observa como é tênue a relação do mercado de capitais com o mercado de câmbio?

É importante frisar que o otimismo e pessimismo do mercado não são influenciados apenas pela
conjuntura do mercado local, pois notícias boas ou ruins vindas de determinados países, como a
China, o Japão, dos Estados Unidos, e da Europa como um todo, também podem impactar
negativamente em nosso mercado, sobretudo porque o Brasil possui uma economia ainda em
estágio de desenvolvimento.

Outro fator que também influencia na determinação da taxa de câmbio, é a política cambial
exercida pelo governo.

Idealmente, o câmbio deve ser livre, ou seja, sua taxa deve ser determinada pelas forças de
mercado. No entanto, o governo pode adotar um regime de câmbio fixo, e, nesse caso, a paridade é
normalmente fixada por força de lei, sendo normalmente de RS 1,00 para um dólar (o Brasil adotou
esse regime entre julho de 1994 e fevereiro de 1998, o que quase desestabilizou o Real e a situação
econômica do país).

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Outra política cambial é a denominada flutuação suja (dirty floating), também chamada regime de
bandas cambiais. Nesse caso, o governo permite que a taxa oscile entre patamares maximos e
mínimos, ora comprando, ora vendendo no mercado futuro, conforme a situação da economia O
Brasil adotou esse regime no início dos anos 1980, durante o governo Figueiredo.

O Mercado de Capitais
O mercado de capitais é o ambiente em que as empresas buscam recursos não exigiveis ou
exigibilidade de longo prazo, para realização de investimentos, sobretudo em bens de capital
Conforme Assaf Neto (2018, p. 81), o mercado de capitais:

[...] assume papel dos mais relevantes no processo de


desenvolvimento econômico. É o grande municiador de recursos
permanentes para a economia, em virtude da ligação que efetua
entre os que têm capacidade de poupança, ou seja, os
investidores, e aqueles carentes de recursos de longo prazo, ou
seja, que apresentam déficit de investimento. O mercado de
capitais está estruturado de forma a suprir as necessidades de
investimentos dos agentes econômicos, por meio de diversas
modalidades de financiamentos a médio e longo prazos para
capital de giro e capital fixo. É constituído pelas instituições
financeiras não bancárias, instituições componentes do sistema
de poupança e empréstimo (SBPE) e diversas instituições
auxiliares.

Segundo Pinheiro (2016), seu surgimento foi pautado em dois princípios: contribuir para o
desenvolvimento econômico, impulsionando os capitais para os investimentos e incentivando a
formação da poupança privada, e permitir a estruturação de uma sociedade pluralista e baseada na
economia de mercado, permitindo a participação da sociedade nos resultados da economia

Existem mais de uma dezena de ativos negociados no mercado, mas, considerando os objetivos do
material, vamos focar naqueles de maior relevância.

Principais ativos negociados


Entre os papéis negociados nos mercados de capitais, destacamos:

a) Ações

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As ações por definição, são uma fração do capital social de uma sociedade anônima de capital
aberto.

Podem ser adquiridas por qualquer pessoa que possua uma conta em uma corretora de valores,
podendo ser vendida também a qualquer momento, com liquidação em D+2.

Suas operações são regulamentadas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

É possível ganhar dinheiro no mercado de ações das seguintes maneiras:


Obs. clique sobre o sinal + presente nos itens a seguir e confira os conteúdos correspondentes.

Correspondem a uma parte dos lucros auferidos pela empresa. Pela Lei n.° 6.404/76, todas as
empresas são obrigadas a distribuir pelo menos 25% de seu lucro líquido sobre a forma dessa
remuneração aos acionistas. A quantia que cabe aos acionistas é paga em dinheiro, e creditada
na conta corrente cadastrada na corretora em que o investidor opera.

É uma espécie de artifício usado pelas empresas para evitar a tributação, nesse caso, a
tributação que incide sobre a remuneração, que é de 15%, é paga pelo acionista, descontando-
se na fonte.

As ações oscilam diariamente conforme os rumores do mercado, e a ideia, nesse sentido, é


buscar vendê-las por um preço maior do que foram compradas. É muito importante observar o
comportamento do preço dos papéis para ter uma noção sobre o melhor momento para se
comprar (em situações de baixa) e para se vender (em situações de alta).

Éimportante observar, que a remuneração das ações está vinculada aos resultados atuais ou à
perspectiva de lucros que as empresas oferecem aos investidores, ou seja, empresas em situação de
prejuízo não pagam dividendos nem juros, e seus papéis normalmente possuem desvalorização
constante.

As ações podem ser classificadas basicamente em:

Obs. Clique sobre o sinal + presente nos itens a seguir e confira os conteúdos correspondentes.

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Conferem ao seu detentor o direito a voto nas diversas decisões que são tomadas pelas
empresas. São reconhecidas pela designação ON, informada após o código de cada ação.

O investidor não possui direito a voto, mas, como nos bem ensina Assaf Neto (2018), conferem
aos seus proprietários a preferência e vantagens nos recebimentos dos dividendos, com a
fixação de um dividendo mínimo obrigatório e preferência no reembolso de capital em caso da
dissolução da sociedade.

Ainda segundo o autor Assaf Neto (2018), as ações podem ser classificadas em A, B, C, etc., com
benefícios informados nos estatutos de cada empresa. Entre os benefícios que podem ser
conferidos aos acionistas, conforme Assaf Neto (2018), também podemos citar:

Obs. clique sobre cada uma das abas no recurso a seguir e confira o conteúdo correspondente.

Distribuição gratuita de ações aos atuais acionistas por conta de aumento de capital, de forma
a permitir que mantenham as proporções de participação antes do aumento.

Direito concedido aos atuais acionistas serem consultados previamente em todo aumento de
capital, visando à aquisição de novas ações em proporção às açõesjá possuídas, a fim de
manter a sua participação proporcional na empresa.

b) Debêntures
Conforme Assaf Neto (2018, p.56):

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Debêntures são títulos de dívida de longo prazo emitidos por


sociedades por ações e destinados, geralmente, ao
financiamento de projetos de investimentos (fixo e giro) ou para
alongamento do perfil de endividamento das empresas.

De acordo com Assaf Neto (2018), as taxas de juros podem ser prefixadas, flutuantes ou mistas. No
último caso, estamos falando de uma taxa prefixada acrescida de uma taxa dejuros, mais um índice
de correção da economia.

Quanto à forma de remuneração, osjuros podem ser pagos pelo período de sua vigência ou apenas
quando vencem, no momento de seu resgate.

Assim como as ações, as emissões de debêntures são normatizadas pela CVM, e a sua forma de
aquisição também se dá através de corretoras.

c) Derivativos Financeiros
Os derivativos financeiros são papéis negociados no âmbito dos mercados futuros, ou seja, a
cotação de seus ativos reflete as expectativas dos preços que os investidores possuem para as
próximas semanas, meses, etc., para determinados ativos. Por isso, o nome “derivativo”, ou seja, as
suas cotações “derivam” das cotações dos ativos a que são referenciados no mercado à vista.

A seguir exporemos resumidamente as características para os principais derivativos financeiros


negociados: os contratos a termo e futuro padronizados, as opções e os swaps.

Confira, clicando sobre o recurso a seguir, o que são os contratos a termos e futuro padronizados.

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Os contratos a termo ou futuro padronizados, são papéis em que uma parte se obriga a entregar a
outra, determinado produto em uma data futura, a um preço previamente estabelecido.

No caso dos contratos a termo, normalmente, são negociadas moedas.

Nos contratos futuro, são negociados commodities, como a arroba de boi, açúcar, milho, algodão,
café, entre outros.

A diferença dos contratos futuro em relação aos contratos a termo é que no do tipo futuro algumas
condições, como quantidade, qualidade, data e local de entrega, são previamente estabelecidas e
são padronizadas, ou seja, todos os contratos têm as mesmas características, só mudam, digamos,
os números envolvidos.

Já os contratos a termo têm seus ativos negociados definidos “nos termos” de cada contrato, dessa
forma, são usados para ativos mais específicos, como, além das moedas, até mesmo obras de arte.

E o que são os contratos de opções? Clique na próxima imagem e confira.

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Os contratos de opções oferecem ao seu detentor, diferentemente dos contratos a termo ou futuro
padronizados, o direito, e não a obrigação, de assumir determinada posição em data futura.

Dessa forma, o investidor somente exercerá a posição se for para auferir ganhos. Contudo, há um
preço: a aquisição das opções demanda o pagamento de um prêmio, que é um valor pago à vista
para os vendedores das opções (denominados lançadores). Esse valor não é devolvido
independentemente se o investidor exercer ou não a opção e, caso não for fazê-lo, diz-se que a
opção vira “pó”.

Quanto à modalidade - as opções podem ser de compra (conferem ao seu detentor o direito
de comprar um ativo a um preço previamente estabelecido) e de venda (conferem ao seu
detentor o direito de vender determinado ativo a um preço previamente estabelecido);

Quanto ao direito de exercício - as opções podem ser americanas (podem ser exercidas a
qualquer tempo) ou europeias (somente podem ser exercidas no vencimento, sendo que essa é
a única modalidade disponível no mercado brasileiro).

E quanto ao swap? Confira cicando no recurso a seguir.

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O swap é uma operação pela qual duas partes ajustam a troca de um índice de correção monetária,
sobre determinado fluxo de recebimentos ou de pagamentos, sendo que as modalidades mais
comuns no Brasil são os swaps de taxa de câmbio e de juros.

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Observação: O conteúdo desse título foi adaptado da seguinte referência bibliográfica: Mercado
Financeiro e de Capitais: o Sistema Financeiro Nacional. Autor: Eduardo Olbera Ferrer. Laureate,
2021.

O vídeo a seguir é importante para você fixar conceitos importantes sobre o mercado de ações. Não
deixe de assistí-lo. O vídeo também aborda a questão dos derivativos, abordados nessa unidade.

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Para ter contato com mais informações operacionais sobre Mercado Futuro, ou mercado de
contratos futuros, assista a ao vídeo a seguir.

Você observou no vídeo como o processo de alavancagem, que ocorre no mercado futuro,
permite que um participante desse mercado consiga operar somas elevadas em
derivativos, utilizando uma margem de garantia que pode ser até vinte vezes menor do
que o volume financeiro negociado?

Compreendeu também a segurança de liquidação financeira que ocorre no mercado


futuro, através da utilização dos chamados ajustes diários?

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Para compreender como os contratos de derivativos de índices de ações, como por exemplo o
"contrato mini" do Índice Bovespa, podem ser operados no mercado brasileiro, realize a leitura dos
trechos a seguir.

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Leia os tópicos '17.3.3 Mercado futuro de índices de ações' da
página 325 até o tópico '17.3.7 Operação a descoberto', que finaliza
na página 328 do texto Mercado Financeiro, de 2018, de ASSAF
NETO.

Clique no link e leia o livro

ASSAF NETO, Alexandre. Mercado Financeiro. 14. ed. São Paulo: Atlas, Grupo GEN, 2018.

A questão do risco no mercado financeiro


Conforme Eduardo Olbera Ferrer (2019), em termos de finanças, o conceito de risco é encarado de
forma conservadora. É consenso entre praticamente todos os autores de finanças que risco é
definido como a possibilidade de perda financeira. Entretanto, é importante salientar que para ter a
oportunidade de ter acesso a retornos maiores no mercado financeiro é necessário assumir maiores
riscos de perda.

Assaf Neto (2018, p. 267), define risco da seguinte maneira:

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O risco total de qualquer ativo é definido pela sua parte


sistemática (risco sistemático ou conjuntural) e não sistemática
(risco específico ou próprio do ativo). O risco sistemático é
inerente a todos os ativos negociados no mercado, sendo
determinado por eventos de natureza política, econômica e
social. Cada ativo comporta-se de forma diferente diante da
situação conjuntural estabelecida. Não há como se evitar
totalmente o risco sistemático, sendo indicada a diversificação
da carteira de ativos como medida preventiva para redução
desse risco. O risco definido por não sistemático (ou
diversificável) é identificado nas características do próprio ativo,
não se alastrando aos demais ativos da carteira. É um risco
intrínseco, próprio de cada investimento realizado, e sua
eliminação de uma carteira é possível pela inclusão de ativos
que não tenham correlação positiva entre si. Por exemplo, as
carteiras diversificadas costumam conter títulos de renda fixa e
de renda variável, os quais são atingidos de maneira diferente
diante de uma elevação dosjuros da economia; ações de
empresas cíclicas (montadoras de veículos, construção civil etc.),
de maior risco, costumam compor carteiras com ações de
negócios mais estáveis (menos cíclicos), diante das flutuações da
conjuntura econômica, como indústrias de alimentos; e assim
por diante.

Isso demonstra como a imprevisibilidade do mercado afeta o preço de uma ação. Essa característica
da formação de preços e de risco, é chamada de Risco de Mercado, que pode ser administrado
através de diversas técnicas de gestão de risco, como diversificação da carteira e operações de
hedge. Essas técnicas de gestão de risco serão abordadas em profundidade no momento oportuno.

Mas, se há risco de perda no mercado, também há risco de ganho, então, pode ser uma questão de
sorte ter ganhos? Clique no recurso a seguir e confira a resposta a essa questão.

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O que importa sobre a imprevisibilidade e o risco de mercado é que, apesar de ser


impossível participar do mercado e controlar totalmente esse tipo de risco, o mesmo pode
ser mitigado através de diversas técnicas, que vão desde operações de gestão de risco
como no conhecimento de análises, métodos e critérios para selecionar as ações que serão
adquiridas.

Isso quer dizer que, qualquer pessoa pode comprar uma ação, e, eventualmente, ter
“sorte” na operação - “até mesmo um relógio parado acerta a hora exata duas vezes ao dia”,
mas é muito mais eficiente estudar o funcionamento dos mercados, métodos de análise e
seleção de ativos, características, critérios de comparação, além das técnicas de gestão de
risco.

E existem "posturas" que correm maior ou menor risco no mercado de capitais? Por exemplo, existe
a postura de realizar operações de investimento e existe também a postura de realizar operações de
especulações. Isso leva a pergunta a seguir e a resposta para aquela servirá também para esta
questão aqui.

A seguir, as caracterísicas a respeito das operações de investimento:

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Obs. clique sobre cada uma das abas no recurso a seguir e confira o conteúdo correspondente.

Basicamente, empresta-se capital para uma empresa, da qual o investidor se torna sócio após o
aporte de capital. O investidor procura manter a ação em carteira, buscando uma renda a partir
do resultado operacional da empresa.

O investidor sabe que o crescimento do resultado operacional é potencialmente ilimitado, e


que irá receber a sua participação nesse crescimento através do recebimento de dividendos e
demais proventos, assim como pela valorização das ações que possuem.

Para escolher as ações que irá comprar, os investidores podem utilizar uma série de métodos
diferentes, como análise fundamentalista, que analisa os resultados contábeis da empresa
considerando o contexto setorial e econômico. Os investidores também podem comprar uma
ação por acreditarem em algum produto ou serviço, ou porque, tecnicamente, as ações estão
negociando um preço abaixo do esperado.

A grande característica do investidor é que, diferentemente do especulador, ele irá procurar


fazer investimentos de longo prazo, ele se importa com o recebimento de proventos, não se
importará com a volatilidade do preço da ação no curto prazo, e acompanhará com mais
interesse os resultados contábeis da empresa.

Trata-se de um investimento de longo prazo.

E, na sequência, as ca racaterísticas das operações de especulação:


Obs. clique sobre cada uma das abas no recurso a seguir e confira o conteúdo correspondente.

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As operações de especulação, normalmente, são operações que procuram tirar proveito de


oportunidades de curto prazo.

Muitas vezes o especulador pode realizar uma alocação de médio ou longo prazo, mas esse tipo
de situação não é muito comum, já que verdadeiras oportunidades de especulação, tendem a
se esgotar em pouco tempo, devido ao trabalho dos especuladores e dos arbitradores.

Os especuladores normalmente não estão muito preocupados com o recebimento de


pagamento de dividendos e demais proventos, mas estão atentos à data de pagamento desses
proventos, nesse dia ocorre um desconto dos valores dos proventos pagos nos preços das
ações. A data limite de direito de recebimento desses proventos também é uma informação
relevante para muitos especuladores.

Alguns especuladores acreditam que os preços praticados no mercado já descontam todas as


informações relevantes. Esse tipo de pensamento, em uma aplicação radical, leva o
especulador a ignorar todas as informações relevantes, como a divulgação de resultados,
balanços e pagamentos de dividendos, e os levam a se concentrar apenas na análise técnica do
desenvolvimento do preço das ações.

Por fim, vamos revisar os assuntos abordados nessa unidade.

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Referências
Bibliográficas
ASSAF NETO, Alexandre. Mercado Financeiro. São Paulo: Atlas, 2018.

FERRER, Eduardo Olbera. Mercado Financeiro e de Capitais: o Sistema Financeiro Nacional.


Laureate, 2021.

GITMAN, Lawrence; JOHENK, Michael D. Princípios de Investimentos. São Paulo: Pearson, 2005.

LEMOS, Flávio Alexandre Caldas de Almeida. Análise Técnica dos Mercados Financeiros. São Paulo
Saraiva, 2018. E-book. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/978-85-02
-63784-9/pageid/0.

PINHEIRO, Juliano. Mercado de Capitais. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2016.

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