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1130935 E-book gerado especialmente para ELIELSON FRUTUOSO DE OLIVEIRA


Sistema Financeiro Nacional. Dinâmica do Mercado. Mercado Bancário. ................................. 1

Questões .......................................................................................................................................... 22

Candidatos ao Concurso Público,

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professor terá até cinco dias úteis para respondê-la.

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1130935 E-book gerado especialmente para ELIELSON FRUTUOSO DE OLIVEIRA


Sistema Financeiro Nacional. Dinâmica do Mercado.
Mercado Bancário.

A presente apostila tem por objetivo apresentar alguns temas atuais e relevantes para a compreensão
de diferentes aspectos sobre o Sistema Financeiro Nacional, as dinâmicas do mercado, bem como o
mercado bancário. Para tanto, o material está organizado do seguinte modo: uma breve definição sobre
os temas, seguida de assuntos atuais sobre cada um. Ressalta-se que os conceitos norteadores estão
mais detalhados nos materiais relativos aos conhecimentos bancários. Esta etapa, por sua vez, objetiva
apresentar matérias atuais (2014 e 2015) sobre o assunto.
Nota-se que o tema, por tratar-se de atualidades, é bastante dinâmico. Daí a importância do candidato
manter-se informado sobre questões pertinentes aos itens previstos no edital, acompanhando
informações nas mídias impressa e escrita, canais específicos entre outros.

Sistema Financeiro Nacional

Grosso modo, o Sistema Financeiro Nacional pode ser definido como um conjunto de instituições
financeiras e instrumentos financeiros que visam transferir recursos dos agentes econômicos (empresas,
pessoas, governo) superavitários para os deficitários. Em outras palavras, o Sistema Financeiro Nacional
reúne um conjunto de instituições e órgãos que regulamentam, fiscalizam e executam as operações
relativas à circulação da moeda e do crédito.
Segundo informações do Banco Central, o Sistema Financeiro Nacional é composto por órgãos
normativos, Entidades Supervisoras e Operadores, conforme ilustram as três figuras a seguir:

Órgãos Normativos
Conselho Monetário Nacional - CMN
Conselho Nacional de Seguros Privados - CNSP
Conselho Nacional de Previdência Complementar - CNPC

Entidades Superiores
Banco Central do Brasil - Bacen
Comissão de Valores Mobiliários - CVM
Superintendência Nacional de Previdência Complementar - PREVIC
Superintendência de Seguros Privados - SUSEP

Operadores
Instituições Financeiras Demais Instituições
Captadoras de Financeiras Outros Intermediários Financeiros e
Depósitos à Vista Bancos de Câmbio Administradores de Recursos de Terceiros
Bolsas de Mercadorias Bolsas de Valores
e Futuros
Resseguradores Sociedades Sociedades de
Entidades Abertas de
Seguradoras CapitalizaçãoPrevidência
Complementar
Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Fundos de Pensão)

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Dinâmica de Mercado

O Mercado Financeiro1, de maneira geral, pode ser definido como um conjunto de instituições e
instrumentos destinados a oferecer alternativas de aplicação e captação de recursos financeiros. Grosso
modo, é o mercado destinado ao fluxo de recursos financeiros entre poupadores e tomadores, exercendo
importantes funções ao otimizar a utilização dos recursos financeiros, bem como criar condições de
liquidez e administração de riscos. Neste mercado, merece destaque o papel dos juros. Estes podem ser
entendidos como o valor da remuneração pelos recursos financeiros emprestados. Em percentuais, é
chamado de Taxa de Juros. Também pode ser definida como a remuneração dos poupadores e o custo
de capital dos tomadores. Em linhas gerais, o mercado financeiro pode ser dividido em segmentos:

Mercado Monetário: conjunto de operações de curto e curtíssimo prazo (atender às necessidades


imediatas de liquidez dos agentes econômicos, prover alternativas para a aplicação de saldos de caixa,
controle ágil da liquidez monetária da economia e das taxas de juros básicas pretendidas pelas
autoridades monetárias;

Mercado de Crédito: conjunto de operações de prazo curto, médio ou aleatório. Objetiva suprir as
necessidades de caixa de curto e médio prazo de indivíduos e empresas. Também conhecido como
mercado bancário, abrange empréstimos e financiamentos em prazo aleatório, além de depósitos a vista;

Mercado de Capitais: conjunto de operações de prazo médio, longo ou indeterminado. Objetiva


principalmente o financiamento de capital fixo, abrangendo debêntures, bondes e notes. No caso de
prazos indeterminados, abrange também as ações;

Mercado Cambial: compreende a compra e venda de moedas de diferentes países;

Mercado de Derivativos: conjunto de operações cujos valores derivam do preço (ou performance) de
outros ativos. Destina-se a negociar os riscos da variação de preços de bens (café e carne bovina, por
exemplo) ou índices ou ativos financeiros (dólar americano e depósitos interfinanceiros, por exemplo).

Destaca-se que esta divisão possui uma finalidade didática, já que muitas dessas relações se
interligam e se confundem na prática, em razão da complexidade dessas relações no mercado.

Assuntos atuais:

Seguem algumas matérias publicadas na imprensa nacional sobre mercado financeiro, mercado
bancário, sistema financeiro nacional e dinâmica do mercado. Tratam-se de textos publicados em jornais
e revistas influentes do Brasil quanto ao tema economia.
Nesta etapa da preparação serão abordadas informações sobre política cambial e juros, política
econômica, mercado e crédito. Tratam-se de assuntos atuais para que o candidato compreenda os
aspectos que estão mais em pauta na mídia.
Esta metodologia de uso de reportagens foi adotada para mostrar ao candidato a importância de estar
atento aos principais portais que abordam informações diversas sobre a economia brasileira.

Março de 2014 - Agência de risco Standard & Poor's rebaixa nota do Brasil

Informações coletadas junto ao Portal G1

No dia 24/03/2014 a agência de classificação de risco Standard & Poor's rebaixou a nota de crédito
soberano do Brasil. Esta nota reflete a confiança de investir no país. A nota, que antes era "BBB", passou
para "BBB-". A figura a seguir, do Portal G1, ilustra essa mudança:

1
Informações disponíveis em http://academico.direitorio.fgv.br/ccmw/images/5/51/Texto_-_Aula_1_-
_Conceitos_b%C3%A1sicos_e_fun%C3%A7%C3%B5es_do_Mercado_Financeiro.pdf

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Fonte: G1

Com a classificação "BBB-", o país ainda mantém o grau de investimento, que recomenda o país como
destino de aplicações, mas é o último degrau para perder esse posto.
A figura a seguir, também do Portal G1, apresenta as classificações das agências de risco:

Segundo a agência de classificação Standard & Poor's, são justificativas para a redução na nota os
sinais pouco claros da política econômica do governo da presidente Dilma Rousseff, que enfrenta um
frágil quadro fiscal, assim como a desaceleração do crescimento do país. Trata-se da combinação de
"derrapagem orçamentária" em meio às perspectivas de "crescimento moderado nos próximos anos",
baixo volume de investimentos, "capacidade restrita" a ajustar a política antes das eleições presidenciais
de outubro e "algum enfraquecimento das contas externas do país".
O Ministério da Fazenda discorda da análise da agência de classificação. Diz que a nota BBB- é
contraditória com a solidez e os fundamentos do Brasil e inconsistente com as condições da economia
brasileira.
É a primeira vez desde 2002 que a S&P diminui a classificação do país. Cabe ressaltar que as
expectativas do mercado já sinalizavam para este rebaixamento. O mercado internacional já se mostrava
assustado com a redução do superávit primário de 3,1%, há alguns anos, para 1,5% do PIB, sem
considerar as receitas extraordinárias. Isso só será revertido se o país conter despesas e aumentar o
ritmo de crescimento, facilitando o ajuste fiscal.

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As informações continuam atuais no segundo semestre. Contudo, há temores e especulações que, ao
se confirmarem o baixo nível de crescimento da economia, somados a escândalos de corrupção, como
no caso da Petrobrás, a nota do Brasil possa ser rebaixada mais uma vez, fazendo com que o país perca
a condição de “grau de investimento”.

Abril de 2014 – Novas denúncias envolvendo a Petrobras 2

Informações coletadas junto ao Portal G1 e Folha de SP

A Petrobras, empresa estatal brasileira ligada a diferentes etapas de exploração do petróleo, é


investigada por suspeitas de propina e superfaturamento. As investigações do Tribunal de Contas da
União (TCU), Polícia Federal e Ministério Público, além de parlamentares, alegam a necessidade da
instalação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar a estatal. Segundo o Portal
G1, com trechos citados parcialmente a seguir, são 3 as principais denúncias envolvendo a Petrobras:

- Suspeitas de superfaturamento e evasão de divisas na compra da refinaria de Pasadena, no Texas,


em 2006: A Petrobras pagou, ao todo, mais de US$ 1,3 bilhão pela refinaria, localizada no Texas, nos
Estados Unidos – valor muito superior ao pago, um ano antes, pela belga Astra Oil, de US$ 42,5 milhões.
A Petrobras, em princípio, pagou US$ 360 milhões por 50% da refinaria, em 2006. Dois anos depois, a
estatal e a Astra Oil se desentenderam e uma cláusula contratual obrigou a estatal a comprar a parte que
pertencia à empresa belga, levando a conta a US$ 1,18 bilhão. Documentos indicam, porém, que o valor
total passou de US$ 1,3 bilhão. O gráfico a seguir, do G1, ilustra as transações e polêmicas:

Refinaria Supervalorizada

Petrobras acabou pagando US$ 1,18 bilhão por usina que custava US$ 42 milhões

2005 – Belga Astra Oil compra refinaria de Pasadena (EUA) por US$ 42,5 milhões.

2006 – Conselho de Administração da Petrobras, presidido na época pela atual presidente da


República, Dilma Rousseff, aprova compra de 50% das ações da refinaria. Valor: US$ 360 milhões, pagos
à Astra Oil (US$ 190 milhões em papéis e US$ 170 milhões pelo petróleo de Pasadena).

2008 – Astra Oil e Petrobras se desentendem por causa de investimentos em Pasadena. Astra vai à
Justiça para obrigar a Petrobras a fazer a compra dos 50% restantes das ações. Belgas se baseiam na
cláusula Put Option, que está no contrato entre ambas e que determina que, se houver briga entre os
sócios, a outra parte é obrigada a ficar com todas as ações. Petrobras questiona, pela primeira vez,
segundo Dilma, a Put Option e uma segunda cláusula, Marlim, que garantia lucro anual de 6,9% à Astra
Oil.

2
G1.com.br – Infográfico atualizado em 26/3/2014

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2012 – Por determinação judicial, a Petrobras paga US$ 820,5 milhões à Astra Oil pelos 50% restantes.

2013 – O Tribunal de Contas da União (TCU) decide investigar supostas irregularidades na compra da
refinaria.

2014 – Dilma afirma que só deu aval à compra dos primeiros 50% da refinaria porque desconhecia
cláusulas Put Option e Marlin, que não apareciam no resumo apresentado ao Conselho. Compra é
investigada por Polícia Federal, TCU e Ministério Público por suspeita de superfaturamento e evasão de
divisas. Comissão da Câmara dos Deputados investiga aquisição da refinaria e convoca ex-diretores da
Petrobras, autoridades do governo e a atual presidente da estatal, Graça Foster. Petrobras cria comissão
para investigar compra de Pasadena.

- Indícios de superfaturamento na construção da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco: O Tribunal


de Contas da União também está investigando a obra da refinaria Abreu e Lima da Petrobras, em Ipojuca
(PE). O custo inicial da obra saltou de mais US$ 2 bilhões para cerca de US$ 18 bilhões. A estatal está
arcando sozinha com todos os custos da construção do projeto que era para ser uma parceria com a
PDVSA – a estatal de petróleo da Venezuela. O acordo firmado entre os então presidentes Lula e Hugo
Chávez, porém, nunca teve a situação jurídica formalizada. Desde 2008, o TCU faz auditorias na refinaria
e já concluiu que houve superfaturamento em alguns contratos. A presidente da Petrobras, Graça Foster,
já classificou publicamente os gastos com a refinaria como uma história a não ser repetida.

- Indícios de pagamento de propina a funcionários da petroleira pela companhia holandesa SBM


Offshore: A Controladoria-Geral da União instaurou uma sindicância para apurar a denúncia de supostos
pagamentos de suborno a funcionários da Petrobras pela companhia holandesa SBM Offshore. O suposto
esquema foi revelado na internet em outubro do ano passado por um ex-funcionário da SBM e publicado
pelo jornal "Valor Econômico". Segundo a empresa, ele pediu dinheiro para não divulgar os
documentos.Segundo a denúncia, a SBM, uma das maiores empresas de aluguel e operação de
plataformas, teria corrompido autoridades de governos de vários países e representantes de empresas
privadas para conseguir contratos. O ex-funcionário disse ainda que, entre 2005 e 2011, o valor pago
teria chegado a US$ 250 milhões. No Brasil, o principal intermediário do esquema seria o empresário
Julio Faerman. Ele foi um dos representantes da SBM no país até 2012 e é citado na investigação criminal
aberta pelo Ministério Público Federal neste mês. Faerman nega as acusações. Comissão interna da
Petrobras concluiu não haver provas de suborno. A denúncia, porém, está sendo investigada pela Polícia
Federal. Os contratos entre a empresa holandesa e a Petrobras passam ainda por uma análise do
Tribunal de Contas da União.

Mais recentemente, ganhou força na mídia as declarações do doleiro Alberto Youssef à Polícia
Federal, em 21/10/2014, salientando que a Presidenta Dilma Roussef e o ex-presidente Lula sabiam dos
desvios de verba na estatal, popularmente chamado de Petrolão. As ondas de especulação sobre a
empresa cresceram ainda mais quando, em meados de novembro, a empresa perdeu o prazo para
apresentar a divulgação do balanço financeiro referente ao terceiro trimestre.

A Operação Lava Jato e suas repercussões

Desde março de 2014, muito se comenta nas diferentes mídias e redes sociais sobre um grande
processo de investigação da Polícia Federal intitulado de Operação Lava Jato, visando esclarecer
informações sobre grandes esquemas de desvio e lavagem de dinheiro envolvendo a Petrobrás. A seguir,
será apresentado um texto do Portal G13, na qual didaticamente são apresentadas as principais
informações.
A Operação Lava Jato completa nesta terça-feira (17/03/2015) um ano desde que a Polícia Federal
(PF) fez as primeiras prisões em um posto de gasolina no Distrito Federal. Os primeiros 81 mandados de
busca e apreensão de então resultariam na maior operação contra corrupção já deflagrada no país, que
investiga um esquema de desvio de recursos da Petrobras, movimentando R$ 10 bilhões.
Em suas 10 fases até o momento, a PF já cumpriu mais de 350 mandados de prisões preventivas,
temporárias, busca e apreensão e condução coercitiva (quando o investigado é levado a depor).

3
Fonte: http://g1.globo.com/politica/operacao-lava-jato/noticia/2015/03/operacao-lava-jato-completa-um-ano-com-82-reus-e-11-
condenados.html

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Ao todo, 22 pessoas estão presas – a maioria está na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba.
As prisões mais recentes ocorreram na segunda-feira (16), quando a PF cumpriu 18 mandados
judiciais. Entre os detidos está Renato Duque, ex-diretor de Serviços da Petrobras. Ele e o tesoureiro do
PT João Vaccari Neto foram denunciados por corrupção e lavagem de dinheiro.
A atuação da polícia culminou na abertura de 19 ações penais que tramitam contra 82 réus na Justiça
Federal do Paraná, além de cinco ações civis públicas contra as empreiteiras acusadas de cobrar propina
da estatal. São alvo as empreiteiras Camargo Corrêa, Mendes Júnior, OAS, Galvão Engenharia e Engevix
e a empresa Sanko-Sider. Onze réus já foram condenados e recorreram.
O Paraná é o coração da operação porque foi lá que as investigações sobre lavagem de dinheiro
começaram e onde foram cometidos alguns dos crimes mais graves. A tese foi aceita pelo Supremo
Tribunal Federal (STF), que manteve os processos que não envolvessem políticos a cargo da Justiça
Federal no estado.
O juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos processos da Lava Jato na primeira instância, já ouviu
quase uma centena de testemunhas de acusação e defesa nos processos, que têm como um dos
principais fundamentos um instituto polêmico entre operadores do direito: a delação premiada. Foram
fechados 12 acordos de delação.
Foi principalmente baseado em depoimentos do doleiro Alberto Youssef, suspeito de operar o
esquema de desvios da Petrobras, e do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto da
Costa, que Moro encaminhou ao STF vasta documentação que culminou na abertura de inquéritos para
investigar 48 políticos.
A autorização para a abertura das investigações foi dada pelo ministro Teori Zavascki em 6 de março
deste ano. Foram citados 22 deputados federais, 13 senadores, 12 ex-deputados e uma ex-governadora
de cinco partidos: PT, PSDB, PMDB, PP e PTB.
Também são investigados o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, e o lobista Fernando Soares, o
"Fernando Baiano", apontados como operadores do esquema. Youssef também apontou que o ex-
ministro da Casa Civil José Dirceu, preso condenado pelo mensalão, recebia dinheiro do "caixa 2" para o
PT provindo da corrupção na estatal. Mas Teori pode nem chegar a presidir a Turma que julga as
possíveis ações penais, já que seu mandato termina em maio. O ministro Antonio Dias Toffoli é quem
deverá comandar a Segunda Turma do STF, para onde pediu transferência.
A presidente Dilma Rousseff e o senador Aécio Neves (MG), presidente nacional do PSDB, foram
citados em depoimentos de delatores, mas tanto a Procuradoria Geral da República quanto o ministro
Zavascki, do STF, entenderam que a investigação em relação a ambos não se justificava.
Em 12 de março, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) abriu ainda inquéritos para investigar os
governadores do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (PMDB), e do Acre, Tião Viana (PT). O ministro
também decidiu derrubar o segredo de Justiça das duas investigações.
Os dois foram citados por delatores da Operação Lava Jato como beneficiários do esquema de
corrupção na Petrobras. Eles negam as acusações. No inquérito de Pezão, também serão investigados
o ex-governador do Rio Sérgio Cabral e o ex-chefe da Casa Civil Regis Fichtner.
Até agora, o MPF conseguiu a repatriação de R$ 139.666.471,17, que foram desviados por Pedro
Barusco, ex-gerente da Petrobras. O dinheiro estava em contas na Suíça. Mas a Procuradoria quer a
devolução de R$ 1,5 bilhão dos acusados.

Ainda com base em questões envolvendo a Petrobras, ressalta-se que as polêmicas, denúncias e
incertezas envolvendo a empresa geraram rebaixamento das notas crédito. O texto a seguir, do Portal
G1, aborda de maneira contextualizada essas informações.

A agência de classificação de risco Moody's informou que rebaixou todas as notas de crédito
da Petrobras. A empresa perdeu grau de investimento - aplicações consideradas seguras para os
investidores. A nota de risco da dívida foi rebaixada de Baa3 para Ba2. A empresa passou a ter grau
especulativo.
A Moody's foi a primeira das três grandes agências de risco a rebaixar a nota de crédito corporativo da
Petrobras para grau especulativo. A empresa ainda tem grau de investimento pelas agências Fitch e
Standard & Poor's.
A avaliação de risco é um sistema de nota desenvolvido por agências de análise de riscos para alertar
os investidores de todo o mundo sobre os perigos do mercado ou da empresa que eles escolhem para
aplicar seu dinheiro.
Foi o terceiro rebaixamento em quatro meses. No final de janeiro, a Moody's já havia rebaixado todas
as notas da empresa. Em outubro, também houve corte.

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Neste mês, a agência Fitch rebaixou os ratings da dívida da Petrobras em moeda estrangeira e local
para "BBB-" ante "BBB", e simultaneamente colocou a petroleira em perspectiva negativa.
Segundo a Moody's, os rebaixamentos refletem uma preocupação crescente sobre as investigações
de corrupção e pressões de liquidez, que podem resultar em de atrasos na entrega de demonstrações
financeiras auditadas.
A agência também apontou expectativas de que a empresa terá como desfio reduzir significativamente
o peso de sua dívida ao longo dos próximos anos. Os ratings continuam em revisão para possível
rebaixamento.

Nova equipe econômica do segundo mandato da Presidenta Dilma

Muito aguardada, a nova equipe econômica de Dilma pretende acalmar o mercado e (tentar) promover
maior estabilidade e confiabilidade à política econômica brasileira. As duas reportagens a seguir
apresentam informações sobre a nova equipe.

Fonte: www.g1.globo.com/globo-news/contacorrente/

27/11/2014 22h53 - Atualizado em 27/11/2014 22h53

Conheça a nova equipe econômica do segundo mandato de Dilma

Joaquim Levy e Nelson Barbosa assumem os ministérios da Fazenda e do Planejamento. Alexandre


Tombini se mantém na presidência do BC. Depois de muitas incertezas e, sobretudo, expectativas,
chegou a hora da confirmação. O Palácio do Planalto anunciou a nova equipe econômica do segundo
mandato da presidente Dilma Rousseff. Os nomes já eram esperados pelo mercado.
No Ministério da Fazenda, sai Guido Mantega e entra Joaquim Levy. Mantega estava no cargo desde
março de 2006. É o segundo mais longevo ministro da Fazenda da História do Brasil, atrás apenas de

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Artur Sousa Costa, ministro de Getúlio Vargas, que ficou 11 anos à frente da pasta. Em governos
democráticos, Mantega é o recordista.
No Ministério do Planejamento, Miriam Belchior será substituída por Nelson Barbosa. Miriam estava
no cargo desde janeiro de 2011, início do primeiro mandato de Dilma Rousseff. E em outro pilar importante
da equipe econômica está Alexandre Tombini, que permanece na Presidência do Banco Central. Tombini
assumiu o BC em janeiro de 2011. A nova equipe econômica conta com um especialista em contas
públicas, um economista que ajudou a formular o programa econômico da primeira campanha
presidencial de Dilma Rousseff e um funcionário de carreira do Banco Central.
O carioca Joaquim Levy ocupava, até agora, o comando do Bradesco Asset Managment, braço de
investimentos do banco. E já teve várias passagens pelo governo federal. Em 2000, na gestão do ex-
presidente Fernando Henrique Cardoso, foi nomeado secretário-adjunto de política econômica do
Ministério da Fazenda e depois economista-chefe do Ministério do Planejamento. Três anos depois, já no
governo Lula, assumiu o comando do Tesouro Nacional. Nesse período, durante a gestão do ex-ministro
da Fazenda Antonio Palocci, ficou conhecido pelo rigor com relação às contas públicas. Levy é doutor em
economia pela Universidade de Chicago, nos Estados Unidos.
O economista Nelson Barbosa trabalhou no Ministério da Fazenda de 2006 a 2013. Lá, comandou as
secretarias de Acompanhamento Econômico, de Política Econômica e Executiva. Barbosa ajudou a
elaborar o projeto econômico da primeira campanha da presidente Dilma Rousseff e também foi uma das
pessoas que atuaram na criação do Programa de Aceleração do Crescimento, o PAC, e do Minha Casa,
Minha Vida. Nelson Barbosa é PhD em economia pela New School for Social Research de Nova York.
Alexandre Tombini é presidente do Banco Central desde 2011. Ele é funcionário de carreira do banco,
onde já ocupou três diretorias: a de Normas e Organização do Sistema Financeiro, a de Assuntos
Internacionais e a de Estudos Especiais. Tombini é gaúcho, tem 50 anos de idade e se formou em
economia pela Universidade de Brasília. Fez doutorado na Universidade de Illinois, nos Estados Unidos.

Outra reportagem sobre o mesmo assunto (abordando as posições do futuro Ministro da


Fazenda sobre assuntos diversos).

Fonte: www.g1.globo.com/economia/

17/12/2014 08h30 - Atualizado em 17/12/2014 08h45

Levy diz que ajuste será 'balanceado' e não descarta alta da Cide

'Eu vejo as coisas com uma certa confiança sim', disse futuro ministro.
Ele avaliou que crescimento pode reagir rápido aos ajustes.

O futuro ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmou nesta quarta-feira (17), em entrevista ao "Bom
Dia Brasil", que os ajustes nas contas públicas terão que ser "balanceados", e não descartou mudanças
nos impostos. "Tem que ser um pacote balanceado, é a prioridade. A gente tem que pegar os diversos
gastos que já foram feitos, estancar alguns, reduzir outros. E na medida do necessário, a gente pode
considerar também algum ajuste de impostos", afirmou Levy.
Questionado, ele não descartou a elevação da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico
(Cide), imposto que incide sobre os combustíveis. "É uma possibilidade", apontou. "Há outras". O
ministro enfatizou que será buscado o fortalecimento fiscal. “Não existe solução fácil em relação à
economia para o pagamento da dívida pública”.
“O mais importante é explicar por que a gente vai tomar as medidas [de ajustes das contas públicas]”.
"A sociedade sabe disso. Desde meados do ano passado, todas as pesquisas diziam que as pessoas
queriam mudanças, e parte da mudança é exatamente essa reorientação da economia para muita
realidade, muita aderência a tudo que está acontecendo e na parte fiscal, um fortalecimento fiscal".
Segundo ele, é importante o Brasil poupar um pouco mais para um possível cenário turbulento da
economia. "É muito importante o Brasil poupar um pouco mais, para investir mais e também estar
preparado para esse mundo mais turbulento". E apesar das turbulências, Levy se disse otimista com o
futuro da economia do país: "eu vejo as coisas com uma certa confiança sim", afirmou.

Inflação

De acordo com Levy, janeiro normalmente é um mês de inflação mais alta. Ele citou ainda a situação
hídrica, com o custo adicional das térmicas que devem refletir nas contas de luz. “O consumo acaba

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ajustado. A inflação até pelo trabalho fiscal vai entrar no devido momento num processo de queda”, disse.
Segundo ele, o Banco Central está vigilante e vai tomar as medidas adequadas para isso.
Dólar

Em relação ao dólar, Levy disse que é preciso ver como a moeda norte-americana vai evoluir. “Há uma
tendência de valorização no mundo todo”. "Com a queda do petróleo, todo mundo foge pro dólar, há uma
tendência de valorização no mundo inteiro", apontou.

Crescimento

Segundo Levy, a retomada do crescimento da economia pode acontecer logo. "A experiência mostra
que quando se faz ajustes a reação é muito rápida. A gente fazer as medidas necessárias, ajuda a
preservar emprego e a rearrumar as coisas e recomeçar", afirmou.

Petrobras

Questionado sobre uma possível ajuda financeira do governo à Petrobras, Levy disse que a
capacidade de reação da estatal é forte. “Ela vai saber se ajustar”, disse. Segundo ele, ainda é cedo para
saber se os acionistas majoritários serão solicitados.

Contas Públicas

Entendem-se como contas públicas4 como a contabilidade dos gastos e das receitas internos do país.
Nessas contas estão inclusos a arrecadação de impostos e outras fontes de captação de recursos do
governo, além de qualquer tipo de gasto interno (construção de escolas, estradas, pagamento de títulos
públicos, etc.) de todas as esferas do poder público. No caso de o governo ter gasto mais do que
arrecadado, tem-se uma situação deficitária. Se, ao contrário, for arrecadado mais do que foi gasto, a
situação é superavitária. Essa contabilidade pode ser dividida em três níveis:
1) Nominal: corresponde ao resultado nominal das contas do setor público, ou seja, está incluso o
efeito da inflação e do pagamento de juros sobre o fluxo de receitas e despesas do governo;
2) Operacional: corresponde ao resultado primário das contas públicas adicionado o pagamento de
juros e excluindo-se o efeito da inflação;
3) Primário: corresponde ao resultado real (ou primário) das contas públicas, ou seja, excluindo-se a
despesa com juros, que o Governo tem que pagar sobre as suas dívidas, e a inflação. Assim, o resultado
puro das contas do Governo diz se foi gasto mais ou menos do que a sua receita permitia.

A reportagem a seguir, datada de 30/01/2015, do Portal G15, apresenta os principais problemas que o
Brasil vem enfrentando com essa contabilidade desde 2014, fato este estendido a 2015. Relacionam-se
a este tema conceitos como atuação do Banco Central do Brasil, do Congresso Nacional, do Executivo
Federal e do Ministério da Economia.

Contas do setor público têm primeiro déficit da história em 2014

Influenciadas pelo resultado ruim do governo federal, as contas de todo o setor público consolidado –
que englobam também os estados, municípios e empresas estatais – registraram o primeiro déficit
primário (receitas menos despesas, sem contar juros) da história em 2014.
Segundo números divulgados pelo Banco Central nesta sexta-feira (30), o setor público consolidado
teve um déficit primário de R$ 32,53 bilhões, ou 0,63% do Produto Interno Bruto (PIB), em todo ano
passado.

4
Fonte: http://economia.uol.com.br/glossario/contas-publicas.jhtm
5
Fonte: http://g1.globo.com/economia/noticia/2015/01/contas-do-setor-publico-tem-primeiro-deficit-da-historia-em-2014.html

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É o pior resultado desde 2001, quando começou a série histórica do BC. Até o momento, o menor valor
(na comparação com o PIB) havia sido registrado em 2013 – quando houve superávit primário de 1,9%
do PIB, equivalente a R$ 91 bilhões.
No ano passado, as contas públicas tiveram forte deterioração devido ao aumento de gastos em ano
eleitoral, à ajuda para a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) e à queda real da arrecadação –
resultado do fraco nível de atividade da economia e das desonerações de tributos anunciadas nos últimos
anos pelo governo.
"A moderação da atividade econômica afetou a arrecadação pública, um dos fatores que explica a
redução do resultado [primário das contas públicas]. Outro fator são as desonerações. A Receita Federal
estima em um pouco mais de 100 bilhões [em impacto das reduções de tributos em 2014]. E por fim
destaca-se o crescimento das despesas com investimentos", avaliou Fernando Rocha, chefe-adjunto do
Departamento Econômico do Banco Central.

CONTAS DOS ESTADOS

Estados e municípios

Os números da instituição mostram que a deterioração das contas públicas, registrada em 2014, não
se limitou ao governo federal. Os estados da federação também registraram déficit em suas contas – o
primeiro da série histórica, que começa em 2001. No último ano, os estados, capitais e seus principais
municípios, tiveram um déficit primário de R$ 7,79 bilhões.
Segundo o Banco Central, os estados de São Paulo e Rio de Janeiro, junto com capitais e principais
cidades, tiveram forte piora nas suas contas no ano passado. São Paulo, por exemplo, que havia
registrado superávit primário de R$ 8,32 bilhões em 2013, passou para um resultado negativo (déficit
primário) de R$ 3,44 bilhões no ano passado. No Rio de Janeiro, também contando com a capital e
principais municípios, que teve superávit de R$ 1,5 bilhão em 2013, houve um déficit de R$ 7,18 bilhões
em 2014.
O Distrito Federal, que passa por uma crise em suas contas públicas, com atraso de pagamento de
servidores, teve um déficit de R$ 2,14 bilhões em 2014, contra um superávit de R$ 685 milhões em 2013.
Na contramão, Minas Gerais melhorou o resultado primário, passando de um superávit de R$ 267 milhões
em 2013 para um saldo positivo de R$ 3,14 bilhões no ano passado.

Meta fiscal

No início de 2014, a equipe econômica informou que o objetivo para as contas de todo o setor público
(governo, estados e municípios), em 2014, seria de um superávit de R$ 99 bilhões – o equivalente a 1,9%
do PIB, o mesmo percentual registrado em 2013. Deste total, R$ 80,8 bilhões corresponderiam ao esforço
que somente o governo central estaria buscando em 2014.

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Em novembro de 2014, porém, com o fraco resultado das contas públicas, o governo enviou um projeto
de lei ao Congresso Nacional para alterar a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e abandonar a meta
fiscal acertada no início do ano passado. O projeto, que admitia a possibilidade de haver até mesmo
déficit primário em 2014 (como de fato aconteceu), provocou debates intensos no Legislativo, mas acabou
sendo aprovado pelos parlamentares.

Compromisso da nova equipe econômica

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, informou em novembro que foi fixada, para este ano, uma meta
de superávit primário para o setor público de 1,2% do PIB para 2015 e de pelo menos 2% do PIB para
2016 e 2017. Para 2015, o esforço de 1,2% do PIB equivale a uma economia de R$ 66,3 bilhões para o
setor público. Segundo ele informou naquela ocasião, o objetivo imediato do governo foi estabelecer uma
meta de superávit primário para os três próximos anos que contemple a estabilização e declínio da dívida
pública. Para Levy, essa meta é fundamental para o aumento da confiança na economia e para a
consolidação dos avanços sociais.

Resultado após pagamento de juros

Após o pagamento de juros da dívida pública, resultado que é conhecido no jargão econômico como
"nominal" e é uma das principais formas de comparação do resultado das contas públicas com outros
países, foi registrado um déficit de R$ 343 bilhões em 2014 - o equivalente a expressivos 6,7% do PIB.
Em 2013, o resultado nominal havia sido negativo em R$ 157 bilhões, ou 3,25% do PIB. Para 2015, o BC
prevê melhora do resultado, com queda do déficit nominal para 4,5% do PIB.
Segundo estimativas do Fundo Monetário Internacional (FMI), o déficit nominal da ordem de 6,7% do
PIB para o Brasil em 2014 é um dos piores do mundo, colocando o país em situação parecida a Argentina,
que passa por grave crise econômica. Para 2014, o FMI previu em outubro (última estimativa disponível)
um déficit nominal de 4,48% do PIB para o país vizinho.
Ainda segundo expectativa do FMI, o Brasil ficará em situação pior que várias economias emergentes,
como o Chile (déficit de 1,75% do PIB) em 2014, a China (-1% do PIB), a Colômbia (-1,45% do PIB),
Indonésia (-2,46% do PIB), México (-4,2% do PIB), Equador (-4,27% do PIB), Peru (-0,1% do PIB), Rússia
(-0,9% do PIB), Portugal (-4% do PIB), Turquia (-2% do PIB) e Uruguai (-3,5% do PIB) e França (-4,4%
do PIB).
Para a Itália, a expectativa é de um resultado negativo de 3% do PIB e, para a Alemanha, um superávit
de 0,3% do PIB neste ano. Também terá ficado pior do que a África do Sul (-4,9% do PIB), Espanha (-
5,7% do PIB), Reino Unido (-5,28% do PIB), Estados Unidos (-5,5% do PIB). Por outro lado, o Brasil ainda
estará melhor, de acordo com as estimativas feitas pelo Fundo Monetário Internacional em outubro, do
que a Índia (-7,22% do PIB), Japão (-7% do PIB) e Venezuela (-14% do PIB).

DÍVIDA BRUTA DO SETOR PÚBLICO

Dívida pública sobe

Com a piora do resultado das contas públicas em 2014, resultado de aumento de despesas e fraco
comportamento da arrecadação, a dívida pública voltou a crescer. Segundo números do Banco Central,
a dívida líquida do setor público (governo, estados, municípios e empresas estatais) somou 36,7% do
Produto Interno Bruto (PIB) em dezembro, contra 33,6% do PIB no mesmo mês de 2013. A dívida líquida
considera os ativos do país como, por exemplo, as reservas internacionais - atualmente acima de US$
370 bilhões.
Este foi o primeiro aumento anual da dívida líquida desde 2009 - quando o governo baixou o superávit
primário foi reduzido pelo governo para combater os efeitos da crise financeira internacional no nível de
atividade brasileiro. No caso da dívida bruta, uma das principais formas de comparação internacional, e
que não considera os ativos dos países, mas apenas seu endividamento, a dívida brasileira também subiu
em 2014. No fim do ano passado, estava em 63,4% do PIB (R$ 3,25 trilhões), em comparação com 56,7%
do PIB, ou R$ 2,74 trilhões. Este foi o primeiro aumento da dívida pública bruta desde 2012.
A expectativa da autoridade monetária é de novo crescimento da dívida pública neste ano. Segundo
Fernando Rocha, do BC, a dívida líquida deve avançar para 37,3% do PIB no fim de 2015 e a dívida bruta
deve subir para 63,6% do PIB. A estimativa do Banco Central considera um superávit primário de 1,2%
do PIB para o setor público neste ano e as previsões do mercado, da última semana, para dólar, juros e
inflação. Questionado se o BC prevê piora da nota brasileira pelas agências de classificação de risco por

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conta dos resultados ruins das contas públicas neste ano, Rocha afirmou que a instituição "não leva em
consideração esse cenário".

Alta da Inflação em 2015

O Mercado sobe estimativa de inflação de 2015 pela 10ª semana seguida ao final do mês de junho de
2015. A previsão dos economistas para o IPCA de 2015 passou para 8,97%. Ainda, simultaneamente, o
mercado passa a prever retração maior do PIB. A seguir, o tema é abordado de maneira bastante didática
em uma reportagem do Portal G1, de 22/06/2015, apresentado informações sobre o assunto. Destacam-
se, neste texto, conceitos importantes, como mercado financeiro, PIB, Taxa de Juros Selic, Câmbio etc.

As estimativas do mercado financeiro para a inflação e para o nível da atividade brasileira neste ano
voltaram a piorar, segundo pesquisa realizada na semana passada com mais de 100 instituições
financeiras e divulgada nesta segunda-feira (22). Segundo a autoridade monetária, a previsão dos
economistas dos bancos para o Indice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial
do país, subiu de 8,79% para 8,97%. Foi a décima semana seguida de elevação deste indicador. Para
2016, a estimativa do mercado para a inflação permaneceu estável em 5,5%.

PREVISÕES PARA O IPCA 2015

O novo aumento na estimativa do mercado para a inflação deste ano acontece após a divulgação do
IPCA de maio. Neste mês, o IBGE informou que a inflação somou 0,74% em maio, maior taxa para o mês
desde 2008, e que acumula 5,34% nos cinco primeiros meses deste ano e 8,47% nos últimos doze meses
– a maior taxa para esta comparação desde dezembro de 2003. Se confirmada a estimativa do mercado
financeiro para o IPCA, a inflação de 2015 atingirá o maior patamar desde 2003, quando ficou em 9,3%.
A expectativa oficial do governo para a inflação deste ano, divulgada no decreto de programação
financeira em maio, está em 8,26%.
Segundo economistas, a alta do dólar e dos preços administrados (como telefonia, água, energia,
combustíveis e tarifas de ônibus, entre outros) pressiona os preços em 2015. Além disso, a inflação de
serviços, impulsionada pelos ganhos reais de salários, segue elevada. Pelo sistema que vigora no Brasil,
a meta central para 2015 e 2016 é de 4,5%, mas, com o intervalo de tolerância existente, o IPCA pode
oscilar entre 2,5% e 6,5%, sem que a meta seja formalmente descumprida. Com isso, a inflação deverá
superar o teto do sistema de metas em 2015, algo que não acontece desde 2003.

Produto Interno Bruto

Para o comportamento do PIB neste ano, os economistas do mercado financeiro reduziram ainda mais
a previsão, na semana passada, para uma retração de 1,45%. Foi a quinta queda seguida deste indicador.
Até então, a estimativa do mercado era de um recuo de 1,35%. Se confirmado, será o pior resultado em
25 anos, ou seja, desde 1990 – quando foi registrada uma queda de 4,35%.

PREVISÕES PARA O PIB 2015

O PIB é a soma de todos os bens e serviços feitos em território brasileiro, independentemente da


nacionalidade de quem os produz, e serve para medir o comportamento da economia brasileira. Para
2016, o mercado baixou sua previsão de alta do PIB de 0,9% para 0,7%. No fim de maio, o Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que a economia brasileira registrou queda de 0,2%
no primeiro trimestre de 2015, puxada pelo desempenho negativo do setor de serviços e da indústria,
bem como pelo recuo do consumo das famílias e dos investimentos. Neste início de ano, o que evitou um
tombo ainda maior do PIB foi a agropecuária.

Taxa de juros

Após o Banco Central ter subido os juros para 13,75% ao ano no início de junho, o maior patamar em
quase nove anos, o mercado subiu, na semana passada, a estimativa para os juros no fim deste ano de
14% para 14,25% ao ano. Isso quer dizer que os analistas estão prevendo uma alta maior da taxa Selic
no decorrer de 2015. Para o fim de 2016, a estimativa ficou estável em 12% ao ano. A taxa básica de
juros é o principal instrumento do BC para tentar conter pressões inflacionárias. Pelo sistema de metas

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de inflação brasileiro, a instituição tem de calibrar os juros para atingir objetivos pré-determinados. As
taxas mais altas tendem a reduzir o consumo e o crédito, o que pode contribuir para o controle dos preços.

Câmbio, balança e investimentos

Nesta edição do relatório Focus, a projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de
2015 permaneceu em R$ 3,20 por dólar. Para o término de 2016, a previsão dos analistas para a taxa de
câmbio avançou de R$ 3,30 para R$ 3,40. A projeção para o resultado da balança comercial (resultado
do total de exportações menos as importações) em 2015 subiu de US$ 3 bilhões para US$ 3,10 bilhões
de resultado positivo. Para 2016, a previsão de superávit avançou de US$ 10,35 bilhões para US$ 11
bilhões. Para este ano, a projeção de entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil caiu de US$
67 bilhões para US$ 66,5 bilhões. Para 2016, a estimativa dos analistas para o aporte permaneceu em
US$ 65 bilhões

Entenda6 as razões da alta e os efeitos do dólar a R$ 3 (ou mais)

O Mercado, de maneira geral, vem reagindo às incertezas sobre a política de ajuste fiscal. Isso vem
gerando, apesar das oscilações, a uma alta do dólar, geralmente operando acima dos R$3,00.
Empreendedores que trabalham com exportações colhem frutos, contudo, de maneira geral, a economia
nacional acumula mais efeitos negativos do que positivos com essa dinâmica. A seguir, uma matéria do
Portal G1 sobre o assunto, contextualizando diversos conceitos sobre o comportamento do câmbio,
inclusive o cenário político e as questões ligadas às contas públicas.

Embora tenho rompido a barreira dos R$ 3 pela primeira vez em mais de 10 anos nesta quarta-feira
(4), após o presidente do Senado rejeitar a medida provisória que trata de desonerações tributárias, o
dólar já vinha se valorizando. E a tendência, segundo analistas ouvidos pelo G1, é que a moeda dos EUA
permaneça num patamar mais elevado diante do cenário político e econômico conturbado e das
incertezas sobre o ajuste das contas públicas brasileiras.

“Romper a barreira dos R$ 3 tem um fator psicológico, mas não tem nada de muito crítico, pois não
chega a ser uma barreira de verdade. Apenas chama a atenção demais”, afirma o professor da Faculdade
de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA-USP), Fabio Kanczuk.
“A alta de hoje está mais associada a uma derrota política do governo do que a fundamentos do longo
prazo”.
Para o economista da Tendências Rodolfo Oliveira, ainda não é possível afirmar que o patamar de R$
3 veio para ficar.”
“O dólar não está desajustado. Se não houvesse esta interferência do BC, o câmbio já deveria estar
há alguns meses no patamar de R$ 2,90, que é razoável e aceitável hoje"

Para Otto Nogami, professor do Insper, “A devolução da MP mostra que o governo vai ter mais
dificuldade para fazer o ajuste fiscal e que vai ter barreiras políticas no caminho”, destaca o economista.
“É um momento de tensão. Hoje, o real está se desvalorizando muito mais do que qualquer moeda. Mas
podem vir outros tipos de sinais e a situação pode se acomodar”, completa.

'Dólar está ajustado'

O professor do Insper Otto Nogami avalia que a forte alta do dólar nesta quarta esteja sendo
influenciada também por uma significativa ação especulativa e que a tendência e que o câmbio recue nos
próximos dias. Ele considera, no entanto, natural e razoável uma cotação acima de R$ 2,90 em razão da
diminuição das intervenções do Banco Central no mercado de câmbio.
“O dólar não está desajustado. Se não houvesse esta interferência do BC, o câmbio já deveria estar
há alguns meses no patamar de R$ 2,90, que é razoável e aceitável hoje”, diz Nogami, lembrando que
fatores externos como a política monetária dos EUA e DO Banco Central da Europa também têm
contribuído para a desvalorização das moedas frente ao dólar.
Segundo ele, embora a alta do dólar traga consequências para a economia, o dólar voltou a ter um
“preço natural de mercado” o que contribui para o resgate do chamado tripé macroeconômico, formado
pelo câmbio flutuante, pelas metas fiscais e de inflação.

6
Fonte: G1, acessado em 04/03/2015

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Escalada do dólar

“Não adianta estar com o dólar num patamar razoável se as outras lições de casa não estão sendo
feitas. Nesse tripé não adianta ajustar apenas um componente para garantir a sustentabilidade da
economia”, afirma Nogami. “Há outros aspectos a serem observados, como a questão do ajuste fiscal e
dos investimentos no setor produtivo e em infraestrutura”, completa. Daí a expectativa em torno da
capacidade do governo de reequilibras as contas públicas. "Não conseguir cumprir a meta de 1,2% de
superávit em 2015 coloca em dúvida todo esse processo de ajuste nas contas públicas. É isto que o
mercado está hoje precificando, o aumento do risco disso não ocorrer", diz Rodolfo Oliveira, da
Tendências

Quem ganha, quem perde

Na lista de beneficiados pelo dólar mais alto, além dos agentes do mercado financeiro, estão os
exportadores. Mas nem mesmo para este grupo há garantia de grandes ganhos. "A questão é que os
problemas dos exportadores não passam só pelo câmbio. Há um problema de competitividade da
economia brasileira como um todo", afirma Oliveira. "Se a inflação subir muito, também não adianta muito
o dólar subir. Acaba ficando elas por elas", acrescenta. O consumidor perde feio. Aquela história de ir
para a Disneylândia acabou. Para o empresário exportador, para hotéis pode ser bom, mas para o cidadão
comum a percepção é que se está ficando mais pobre"
(Fabio Kanczuk, professor da FEA-USP).

Os números da balança comercial mostram que não está sendo fácil colocar o produto nacional em
outros países, mesmo com um câmbio mais favorável. Nos 2 primeiros meses do ano, o saldo negativo
somou US$ 6 bilhões. Segundo os analistas, os efeitos negativos superam os positivos. "A consequência
mais imediata é para o produto importado, porque estamos importando muitos insumos que alimentam a
nossa base produtiva, e a tendência natural será a alta nos preços", diz Nogami.
Dólar mais alto significa também que produtos importados e feitos no país com insumos vindos de
outros países também tendem a ficar mais caros, o que representa um fator a mais de pressão sobre a
inflação, podendo até mesmo pesar na decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) sobre a
definição da taxa básica de juros, atualmente no maior patamar desde meados de 2011.
"O consumidor perde feio. Aquela história de ir para a Disneylândia acabou. Para o empresário
exportador, para hotéis pode ser bom, mas para o cidadão comum a percepção é que se está ficando
mais pobre", diz Fabio Kanczuk, da FEA-USP. Nas casas de câmbio, o dólar turismo está sendo
negociado acima de R$ 3 desde fevereiro.
"Uma valorização do dólar costuma ter dois grandes efeitos: melhora a exportação e exige mais juros
para controlar a inflação. Em geral, o efeito de ter que controlar a inflação acaba superando o efeito
positivo das exportações e o resultado líquido acaba sendo negativo", completa.

Alta de Juros

Tema extremamente importante para o entendimento da economia nacional e suas dinâmicas, as


constantes altas da Taxa Selic possuem forte impacto no Mercado. Por ser uma taxa referencial, diversas
outras taxas acabam sendo influenciadas por essa tendência de aumento (Cheque Especial, Rotativo de
Cartão de Crédito, Empréstimos Pessoais, Financiamentos etc.). A reportagem a seguir7, do Portal G1,
versa sobre os últimos aumentos da Selic.

Juro sobe para 13,75% ao ano na 6ª alta seguida, maior nível desde 2006

Com decisão, BC confirma previsão da maior parte do mercado financeiro. Copom subiu taxa de juros
apesar de retração do PIB e alta do desemprego.

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Fonte: G1, acessado em 03/06/2015, de Alexandro Martello - Brasília

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O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu subir nesta quarta-feira (3) os juros
básicos da economia de 13,25% para 13,75% ao ano, um novo aumento de 0,50 ponto percentual. Foi a
sexta elevação consecutiva da taxa Selic, que atingiu o maior patamar desde agosto de 2006, ou seja,
em quase nove anos - quando estava em 14,25% ao ano. A decisão confirmou a expectativa da maior
parte dos economistas do mercado financeiro. Com uma taxa mais alta de juros, o Banco Central tenta
controlar o crédito e o consumo, atuando assim para segurar a inflação. Por outro lado, ao tornar o crédito
e o investimento mais caros, os juros elevados prejudicam o crescimento da economia brasileira e,
também, o emprego.
O novo aumento dos juros básicos da economia acontece em um momento em que a economia ainda
se ressente de um baixo nível de atividade, com o PIB encolhendo 0,2% no primeiro trimestre deste ano
e o desemprego avançando para 8% nos três meses até abril, mas com a inflação pressionada pelo
aumento de tarifas públicas, como energia elétrica e gasolina, e também pela alta do dólar - que avançou
cerca de 20% até maio. Ao fim do encontro, o Banco Central divulgou a seguinte frase: "Avaliando o
cenário macroeconômico e as perspectivas para a inflação, o Copom decidiu, por unanimidade, elevar a
taxa Selic em 0,50 p.p., para 13,75% a.a., sem viés". Trata-se do mesmo comunicado das últimas
reuniões do Comitê de Política Monetária.

Sistema de metas

Pelo sistema de metas de inflação vigente na economia brasileira, o BC tem de calibrar os juros para
atingir objetivos pré-determinados. Para 2015 e 2016, a meta central de inflação é de 4,5%, mas o Índice
de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que serve de referência, pode oscilar entre 2,5% e 6,5% sem
que a meta seja formalmente descumprida. Em abril, a inflação oficial ficou em 0,71%, segundo o Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Nos quatro primeiros meses deste ano, a inflação somou
4,56% e, em doze meses até abril, totalizou 8,13% - a maior desde dezembro de 2003.
O próprio Banco Central já admite que a inflação deve estourar o teto de 6,5% do sistema de metas
em 2015. A previsão da autoridade monetária é de que a inflação fique em 7,9% neste ano. Para este
ano, o mercado prevê um IPCA de 8,39%. A autoridade monetária tem dito que trabalha para evitar a
propagação da inflação neste ano e para trazer a o IPCA para o centro da meta, de 4,5%, até o final de
2016.
Para o mercado financeiro, porém, o centro da meta, de 4,5%, deverá ser atingido somente em
2019. Pesquisa conduzida pelo BC com mais de 100 bancos na semana passada mostra que a previsão
dos economistas dos bancos está em 5,5% para o ano que vem, em 4,9% para 2017, em 4,7% em 2018
e em 4,5% em 2019.

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Atividade econômica fraca

Do lado da atividade econômica, após a queda do PIB no primeiro trimestre, analistas não descartam
a possibilidade de o país entrar em recessão, que se caracteriza por dois trimestres seguidos de contração
da economia. A expectativa da maior parte do mercado financeiro, em pesquisa realizada na semana
passada pelo BC com mais de 100 analistas de bancos, é de que a economia brasileira tenha retração
de 1,27% em 2015 – a maior em 25 anos.

O que dizem os analistas

Para o economista-chefe do banco Fator, José Francisco Lima Gonçalves, o Banco Central precisa
tentar conduzir a inflação para o centro da meta, de 4,5%, em 2016 e impedir que a inflação dos
administrados (tarifas públicas e gasolina), em patamar elevado, contamine os outros preços da
economia.
"Para desacelerar a inflação, precisa evitar que essa alta se reflita no conjunto de preços. Só faz isso
se contrair a demanda de modo a compensar essa pressão dos administrados", avaliou ele,
acrescentando que, para isso, o Brasil já está pagando o preço de uma recessão. "É o que está
acontecendo", declarou. Na avaliação do economista do banco Fator, o cenário para o desemprego tende
a piorar "de maneira importante para frente".
Segundo o chefe da Unidade de Política Econômica da Confederação Nacional da Indústria (CNI),
Flavio Castelo Branco, a alta de juros é um fator que sempre penaliza a atividade da indústria de
transformação, que, em sua visão, já está em recessão neste ano. Mesmo assim, ele avalia que a
administração macroeconômica exige que o BC tenha uma "ação ativa" para controlar a disseminação da
inflação no Brasil.
"Precisamos ter outros instrumentos para direcionar a inflação para a meta. A outra componente da
política econômica é a fiscal [ajuste de contas públicas, que está sendo feita por meio da alta de tributos
e contenção de gastos]. Temos de dar mais ênfase, com mais rapidez, à consolidação do ajuste fiscal
para que os agentes econômicos internalizem isso nas suas expectativas e quebre um pouco da inércia
inflacionária. E que tenhamos uma trajetória da inflação que exija menos da política monetária [alta dos
juros pelo BC]", avaliou Castelo Branco.
Nesta terça-feira (2), manifestantes ligados às centrais sindicais realizaram um protesto na Avenida
Paulista, em São Paulo, contra o desemprego e o processo de alta dos juros. O presidente da Força
Sindical, Miguel Torres, avaliou que juros altos inibem o consumo, a produção e a geração de empregos.
“O crescimento do desemprego muito nos preocupa, e o governo deve subir mais ainda a taxa de juros,
que já está em um patamar proibitivo”, disse ele.

Moody's coloca ratings da Odebrecht sob revisão8

Outra grande empresa atuante no Brasil que sofre riscos de rebaixamento de seus ratings em razão
do suposto envolvimento de gestores na Operação Lava Jato é a Odebrecht.

Um rating9 é uma nota que as agências internacionais de classificação de risco de crédito atribuem a
um emissor (país, empresa, banco) de acordo com sua capacidade de pagar uma dívida. Serve para que
investidores saibam o grau de risco dos títulos de dívida que estão adquirindo. Em geral, são três grandes
níveis: grau de investimento (país seguro de investir), grau especulativo (risco de inadimplência) e default
(quando o país declara moratória). As principais agências no mundo são a Standard & Poor’s (S&P), a
Fitch e a Moody’s, que levam em conta indicadores como gastos do governo, dívida externa e política
monetária. Essas notas influenciam decisões de investimentos no mercado internacional e a tendência é
que, ao receber a classificação, o país atraia mais recursos estrangeiros. Além disso, cai o custo do
governo e até mesmo o de empresas privadas para captar recursos no exterior.

A reportagem a seguir, do Portal G1, aborda as informações mais recentes sobre os ratings da
OEC.

A agência de classificação Moody's colocou os ratings da Odebrecht Engenharia e Construção (OEC)


sob revisão para possível rebaixamento, conforme relatório publicado neste sábado, 21. A mudança foi

8
Fonte: http://exame.abril.com.br/mercados/noticias/moody-s-coloca-ratings-da-odebrecht-sob-revisao
9
Fonte: http://oglobo.globo.com/economia/entenda-que-um-rating-para-que-ele-serve-10238064

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motivada, de acordo com a classificadora, pela percepção de aumento do risco de crédito após os
mandados de busca e apreensão e prisões preventivas de executivos, dentre elas, a do presidente do
grupo, Marcelo Odebrecht, na 14ª fase da Operação Lava Jato, que investiga esquemas de corrupção e
cartel na Petrobras.
Tanto o rating de emissor na escala nacional brasileira, de Aa1.br, quanto o de emissor Baa3 na escala
global atribuídos à Odebrecht foram colocados em revisão para rebaixamento. "Embora as investigações
ainda estejam em andamento, sem a condenação ou penalidades, estes eventos poderiam afetar
negativamente a execução de estratégias de crescimento da empresa no curto prazo e questionamento
adicionais para o setor de construção civil no Brasil", diz a Moody's, em relatório.
Além das prisões preventivas realizadas ontem, a classificadora cita ainda o início de procedimentos
administrativos contra a companhia, em março último, para investigar os arranjos contratuais com a
Petrobras, bem como de outras oito companhias cujos executivos foram formalmente indiciados por
práticas de corrupção em 2014. O órgão regulador antitruste (Cade), lembra a agência, também investiga
algumas alegações de cartel envolvendo companhias brasileiras de engenharia e construção.
O processo de revisão dos ratings da Odebrecht, segundo a Moody's, focará na capacidade
prospectiva da companhia de suportar seus negócios e continuar operando em tal ambiente embora a
agência considere difícil prever o prazo e o os desdobramentos jurídicos dessas investigações. "A revisão
também levará em consideração que a OEC atualmente tem liquidez suficiente para cobrir todos os
vencimentos de dívida e garantias extrapatrimoniais, o que parcialmente mitiga potenciais implicações
negativas sobre os negócios no curto prazo", acrescenta a classificadora.
Os ratings da construtora podem ser rebaixados, de acordo com a agência, se verificado o aumento
dos riscos advindos das investigações da Lava Jato como, por exemplo, redução da liquidez para fazer
frente às dívidas ou redução significativa no seu portfólio de projetos, aumentando sua alavancagem e
enfraquecendo seu perfil de negócios. O próximo vencimento no mercado de dívida da empresa, segundo
a classificadora, é em 2018 de uma emissão de R$ 500 milhões em notas seniores sem garantia, com
rating Baa3.
A Moody's explica, porém, que à medida em que as questões atuais sejam esclarecidas e resolvidas,
com implicações restritas ou gerenciáveis para os negócios domésticos e internacionais da companhia e
para sua liquidez, as notas da Odebrecht podem ser confirmadas nos níveis atuais.
Companhias sob investigação podem receber potenciais penalidades monetárias, atenta a Moody's, e
também correm o risco de sofrer prejuízos de reputação e enfraquecimento da confiança do investidor,
reduzindo o acesso dessas empresas aos mercados de capitais público e privado, bancos de
desenvolvimento e agências de financiamento multilateral. A nova Lei anticorrupção, por exemplo, impõe
multas de até 20% da receita anual bruta, proibição de recebimento de financiamento subsidiado de
entidades públicas e até mesmo a dissolução do grupo.
A Odebrecht, segundo a Moody's, é a maior companhia de engenharia e construção da América latina,
com receita líquida de R$ 32,8 bilhões nos últimos 12 meses encerrados em março último. Seus contratos
somam R$ 108,7 bilhões e um total de 186 contratos envolvendo construção de larga escala nos
segmentos de transporte, energia, saneamento, construção e plantas industriais. Destes, 26% estão
localizados no Brasil, 54% em outros países da América Latina e 195 na África.
O caixa da Odebrecht somava, em março, R$ 13,3 bilhões enquanto sua dívida bruta total de era de
R$ 10,7 bilhões, incluindo garantias extra-patrimoniais.

Bolsas de Valores - Ibovespa10

O Ibovespa é o resultado de uma carteira teórica de ativos, elaborada de acordo com os critérios
estabelecidos em sua metodologia. Aplicam-se ao Ibovespa todos os procedimentos e regras constantes
do Manual de Definições e Procedimentos dos Índices da BM&FBOVESPA. O objetivo do Ibovespa é ser
o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de maior negociabilidade e representatividade
do mercado de ações brasileiro.
O Ibovespa é um índice de retorno total. É composto pelas ações e units exclusivamente de ações de
companhias listadas na BM&FBOVESPA que atendem aos critérios de inclusão descritos em sua
metodologia. Não estão incluídos nessa categoria BDRs e ativos de companhias em recuperação judicial
ou extrajudicial, regime especial de administração temporária, intervenção ou que sejam negociados em
qualquer outra situação especial de listagem

10
Fonte: http://www.bmfbovespa.com.br/indices/ResumoIndice.aspx?Indice=IBOVESPA&idioma=pt-br

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1130935 E-book gerado especialmente para ELIELSON FRUTUOSO DE OLIVEIRA
A reportagem a seguir11 aborda um dos momentos de oscilação da Bolsa de Valores frente a um
momento instável da economia nacional. Relacionam-se, neste texto, conceitos como Ações, Bolsas de
valores, Bovespa, Ibovespa e Mercado financeiro.

Ibovespa fecha em queda de 1,17% com cenário econômico ruim

São Paulo - O principal índice da Bovespa fechou no vermelho nesta sexta-feira (19/06), em meio a
dados econômicos domésticos negativos e perdas em Wall Street, e com Braskem despencando mais de
10 por cento após prisão de executivos da controladora Odebrecht, em nova fase da Operação Lava
Jato. O Ibovespa caiu 0,9 por cento, a 53.749 pontos. O giro financeiro do pregão ficou abaixo das médias
do mês e do ano, a 5,7 bilhões de reais. Na semana, o índice acumulou ganho de 0,75 por cento.
A economia brasileira iniciou o segundo trimestre com contração maior que a esperada, de acordo
com o índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), espécie de sinalizador do Produto
Interno Bruto (PIB). O indicador recuou 0,84 por cento em abril sobre março, ante expectativa de queda
de 0,4 por cento pela mediana de pesquisa Reuters. A prévia da inflação oficial brasileira, por sua vez,
acelerou ainda mais em junho, para 0,99 por cento, maior taxa para o mês em quase duas décadas,
pressionada pelos preços de alimentos e despesas pessoais.
No acumulado em 12 meses, o IPCA-15 alcançou 8,80 por cento - a maior alta desde dezembro de
2003, de acordo com o IBGE. Dados do Ministério do Trabalho ainda mostraram que o país perdeu
115.599 vagas formais de trabalho em maio, muito acima do fechamento de 38 mil postos no mês
estimado em pesquisa da Reuters. “Tanto o IBC-Br quanto o Caged (trabalho) mostraram que a atividade
econômica está passando por rápido encolhimento. A pergunta fundamental é quando esse processo
reverterá. Minha percepção é que ainda teremos alguns trimestres ruins pela frente.”, disse o economista
Samuel Kinoshita, sócio na MVP Capital Gestão de Recursos.
A prisão pela Polícia Federal dos presidentes da Odebrecht, maior grupo de construção e engenharia
da América Latina, e da Andrade Gutierrez, segunda maior construtura do país, em nova etapa da
operação Lava Jato, também contribuiu para o recuo do Ibovespa. "A piora na bolsa teve a ver com dados
econômicos ruins e os efeitos das prisões dos maiores empreiteiros do Brasil, jogando mais lenha na
fogueira da recessão", disse o gestor Joaquim Kokudai, sócio na JPP Capital Gestão de Recursos. Em
Wall Street, os principais índices fecharam em queda nesta sexta-feira, em sessão com vencimento de
opções e agentes financeiros cautelosos antes de uma cúpula na próxima semana para decidir o destino
da Grécia.

Brasil é 77º em lista de países mais ricos, atrás de Argentina e Venezuela

O Brasil está na 77ª colocação em um ranking dos países mais ricos do mundo, divulgado nesta
semana pela revista norte-americana "Global Finance Magazine". O país aparece atrás de Grécia,
Argentina e Venezuela, entre outros.
O primeiro lugar entre as 184 nações é ocupado pelo Qatar, país escolhido para sediar a Copa do
Mundo de 2022. Luxemburgo, um pequeno país europeu, vem na segunda posição, seguido por
Cingapura

Veja a colocação de alguns países selecionados (ranking por PIB per capita):
1º Qatar: US$ 105.091,42
2º Luxemburgo: US$ 79.593,91
3º Cingapura: US$ 61.567,28
4º Noruega: US$ 56.663,47
5º Brunei: US$ 55.111,20
6º Hong Kong: US$ 53.432,23
7º Estados Unidos: US$ 51.248,21
8º Emirados Árabes Unidos: US$ 49.883,58
9º Suíça: US$ 46.474,95
10º Austrália: US$ 44.073,81
42º Grécia: US$ 23.930,22
49º Chile: US$ 19.474,74
51º Argentina: US$ 18.709,31

11
Fonte: http://exame.abril.com.br/mercados/noticias/ibovespa-fecha-em-queda-de-1-17-com-cenario-economico-ruim

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64º México: US$ 15.931,75
71º Venezuela: US$ 13.633,61
77º Brasil: US$ 12.340,18
90º China: US$ 10.011,48
130º Índia: US$ 4.060,22
184º República Democrática do Congo: US$ 394,25

Todos os números da pesquisa se referem ao ano de 2013. O estudo usou dados do FMI (Fundo
Monetário Internacional) e a metodologia é explicada abaixo.
Lista leva em conta poder de compra
A lista pode parecer estranha, por não trazer na dianteira países que, em geral, lideram rankings de
nações mais ricas, como os Estados Unidos, a China e a Alemanha, por terem o maior PIB (Produto
Interno Bruto).
É que o critério usado pela "Global Finance Magazine" é diferente. O levantamento considera o PIB
per capita. Ou seja, divide a soma das riquezas produzidas no país pela população.
O número obtido é corrigido pela paridade de poder de compra (PPP), o que significa que leva em
conta os custos reais dos serviços e a inflação nos países, em vez de apenas converter a moeda local
para dólar.
Com isso, busca eliminar diferenças provocadas pela fraqueza ou força da moeda --é como se todos
os países tivessem a mesma moeda.
22/07/2015
Fonte: http://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2015/07/22/brasil-e-77-em-lista-de-paises-mais-ricos-atras-de-argentina-e-
venezuela.htm

Aluguel em SP cai 1% em 12 meses pela 1ª vez desde 2005, diz Secovi

Alugar uma casa ou apartamento em São Paulo ficou 1% mais barato nos últimos 12 meses. É a
primeira vez, desde 2005, que o índice acumulado em 12 meses é negativo, segundo pesquisa do
sindicato da habitação (Secovi), divulgada nesta quarta-feira (22/07).
O número ficou abaixo do IGP-M, índice usado para corrigir a maioria dos contratos, que ficou em
5,59% no mesmo período.
"É a primeira vez, desde o início da pesquisa, em 2005, que observamos um resultado negativo no
acumulado de 12 meses", diz, em nota, Mark Turnbull, diretor de Locação do Secovi-SP. "Até em função
do delicado cenário econômico, é provável que o valor dos contratos de locação continuem inferiores aos
índices de inflação nos próximos meses", prevê o dirigente.
Em junho, os contratos registraram uma redução de 0,9% em comparação com o mês anterior.
Ficaram mais baratas as moradias de um quarto. A queda nos valores foi de 1,6%. Na sequência,
estão as unidades de dois dormitórios (-0,9%). Apenas os aluguéis de imóveis de três dormitórios
mostraram alta de 0,4%.
O fiador foi a modalidade contratual mais comum dos aluguéis, responsável por 47,5% das locações
feitas. O depósito de até três meses de aluguel também foi bastante utilizado: um terço dos imóveis
locados usou esse tipo de garantia. O seguro-fiança foi usado por 19% dos inquilinos.
22/07/2015
Fonte:http://g1.globo.com/economia/noticia/2015/07/aluguel-em-sp-cai-1-em-12-meses-pela-1-vez-desde-2005-diz-secovi.html

Petrobras mantém 28º lugar entre as maiores do mundo, diz 'Fortune'

A Petrobras manteve a posição de 28ª maior empresa no mundo no ranking da revista “Fortune”,
divulgada nesta quarta-feira (22). A lista com as 500 maiores empresas do mundo leva em consideração
as receitas totais das companhias até março de 2015.
“A empresa estatal de energia do Brasil conseguiu se manter sua posição no ranking ‘Global 500’,
apesar de ter registrado em 2014 sua maior perda da história, de mais de US$ 7 bilhões”. Mas a
verdadeira história da Petrobras no ano passado foi o grande escândalo de corrupção envolvendo propina
e cartel, que contribuiu para a baixa contábil de US$ 2 bilhões e levou à renúncia da presidente Maria das
Graças Foster”, pontua a revista.
A “Fortune” destaca que a Petrobras é a empresa mais endividada do mundo, acrescentando que a
empresa agora procura “cortar custos enquanto embarca em um plano para vender R$ 58 bilhões em
ativos até 2018 com o objetivo de financiar o desenvolvimento de projetos de petróleo em águas
profundas”.

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No ranking de outra revista, a “Forbes”, a Petrobras caiu quase 400 posições na lista das 2 mil maiores
empresas do mundo publicada anualmente. A petroleira despencou da 30ª para a 416ª posição em
relação ao ano passado.

Outras empresas

A Petrobras é a primeira brasileira na lista da “Fortune”. Ao todo, são 7 empresas do Brasil no ranking
das 500 maiores.
Em segundo lugar, na 112ª posição, está o Itaú Unibanco. Em seguida vem o Banco do Brasil, em
126º lugar. A posição dos dois bancos representa uma inversão em relação à lista do ano passado,
quando o Branco do Brasil estava à frente do Itaú Unibanco.
O Bradesco continua na quarta posição entre as brasileiras, e no 185º lugar no ranking mundial.
A Vale ocupava o 5º lugar entre as brasileiras no ano passado e a JBS, o 6º. Neste ano, as empresas
inverteram a posição. No ranking mundial, a JBS está em 202º lugar e a Vale, em 312º.
Assim como em 2014, a última brasileira na lista é a Ultrapar Holdings, em 414º lugar.
22/07/2015
Fonte: http://g1.globo.com/economia/negocios/noticia/2015/07/petrobras-mantem-28-lugar-entre-maiores-do-mundo-diz-fortune.html

Governo publica novo reajuste da tabela do Imposto de Renda

O governo publicou no "Diário Oficial da União" a lei que prevê um reajuste escalonado da tabela do
Imposto de Renda. Os novos valores estavam em vigor desde abril deste ano, por meio de uma medida
provisória que precisava ser aprovada pelo Legislativo.
Com o novo modelo, que tem correções diferentes para cada faixa de renda, ficarão isentos os
contribuintes que ganham até R$ 1.903,98 – o equivalente a 11,49 milhões de pessoas.
O reajuste de 6,5% na tabela valerá apenas para as duas primeiras faixas de renda (limite de isenção
e a segunda faixa). Na terceira faixa de renda, o reajuste será de 5,5%. Na quarta e na quinta faixas de
renda – para quem recebe salários maiores – a tabela do IR será reajustada, respectivamente, em 5% e
4,5%, pelo novo modelo.
Se a tabela fosse corrigida em 4,5% para todos os contribuintes, que era a proposta inicial do governo,
quem ganhasse até R$ 1.868,22 neste ano não teria de prestar contas. Com o valor de R$ 1.903,98, a
faixa de isentos é maior.
A nova tabela vale para o ano-calendário de 2015, ou seja, irá afetar o Imposto de Renda declarado
pelos contribuintes em 2016.
A lei publicada nesta quarta-feira ainda traz um veto à isenção de PIS/Cofins para o óleo diesel.
O veto, segundo despacho da presidente, deve-se ao fato de "as medidas resultarem em renúncia de
arrecadação", além de não terem sido apresentadas as estimativas de impacto e as devidas
compensações financeiras.

VEJA A TABELA DO IMPOSTO DE RENDA


Base de cálculo (em R$) – Alíquota do imposto (em %) Parcela a deduzir do IR (R$)
renda mensal
Até 1.903,98 Isento --
De 1.903,99 até 2.826,65 7,5 142,80
De 2.826,66 até 3.751,05 15 354,80
De 3.751,06 até 4.664,68 22,5 636,13
Acima de 4.664,68 27,5 869,36
Fonte: Diário Oficial da União

Renúncia fiscal
Um reajuste maior na tabela do IRPF implicaria em uma renúncia fiscal maior para o governo, ou seja,
menos recursos nos cofres públicos. O Executivo busca neste ano atingir uma meta de superávit primário
(economia para pagar juros da dívida pública) de 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB), ou R$ 66,3 bilhões,
para todo o setor público.
A correção da tabela do IR em 4,5% neste ano, proposta original do governo, resultaria em uma
renúncia fiscal de R$ 5 bilhões, segundo informações da Fazenda. O reajuste para toda a tabela de 6,5%
implicaria em perdas de R$ 7 bilhões em 2015. Segundo o ministro da Fazenda Joaquim Levy, o novo
formato de reajuste da tabela do IR implica em uma renúncia fiscal pouco acima de R$ 6 bilhões.

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Ajuste nas contas

Nos últimos meses, para reequilibrar as contas públicas, que tiveram déficit primário inédito, o governo
subiu tributos sobre combustíveis, automóveis, cosméticos, empréstimos e sobre a folha de pagamentos.
Além disso, informou que não faria mais repasses à Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) – o
que impactará a conta de luz, que, segundo analistas, pode ter aumento acima de 40% neste ano –,
limitou benefícios sociais, como seguro-desemprego e abono salarial, e reduziu gastos de custeio e do
Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Segundo o ministro Joaquim Levy, o governo vai "encontrar recursos ao longo do ano, sem deixar de
cumprir a meta fiscal". "Certamente vamos encontrar meios na nossa programação financeira. Sem deixar
de cumprir nossa meta, vamos fazer o esforço necessário para permitir esse movimento", declarou ele.
22/07/2015
Fonte: http://g1.globo.com/economia/noticia/2015/07/governo-publica-novo-reajuste-da-tabela-do-imposto-de-renda.html

Governo revisa previsão do PIB em 2015 para queda de 1,49%

O governo revisou nesta quarta-feira (22) a sua previsão para o PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil
em 2015 para uma retração de 1,49%. Já a estimativa para o índice de inflação oficial (IPCA) passou de
8,26% para 9,0%.
"A previsão para 2015 do crescimento real do PIB foi reduzida de ‐1,20% para -1,49% sendo que tal
queda impacta o mercado de trabalho e consequentemente a taxa de crescimento da massa salarial
nominal, que acabou sendo revista de 4,83% para 1,74%. O índice de inflação (IPCA) passou de 8,26%
para 9,0%" informa o "Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas Primárias", referente ao 3º bimestre
de 2015, divulgado pelo Ministério do Planejamento. "Nesse cenário semelhante ao de mercado, a
estimativa de inflação sugere certa persistência em 2015, refletindo o realinhamento dos preços
administrados e a desvalorização cambial", destacou.
A nova estimativa de encolhimento da economia em 2015 é mais pessimista que a divulgada pelo
Banco Central em junho, que avaliou que a economia brasileira deve "encolher" 1,1% neste ano – a maior
contração em 25 anos.
A atual expectativa dos economistas semanalmente ouvidos pelo Banco Central na pesquisa Focus é
de que o PIB encolha 1,70% neste ano. Já para a inflação, a estimativa é de 9,15% em 2015.
Previsão para 2016 também cai
Para 2016, a previsão do governo é de um crescimento de 0,5% da economia brasileira ante estimativa
anterior de alta de 1,3%. Para os anos de 2017 e 2018, a estimativa é de uma alta de 1,8% e 2,1% do
PIB, respectivamente.
No mesmo relatório, o governo anunciou a revisão da meta de economia para pagar os juros da dívida
– o chamado superávit primário – para R$ 8,747 bilhões em 2015, o equivalente a 0,15% do PIB, ante
previsão anterior de R$ 66,3 bilhões (1,19% do PIB). Foi anunciado ainda um corte adicional de R$ 8,6
bilhões no Orçamento de 2015, totalizando um contingenciamento acumulado de R$ 79,4 bilhões nos
gastos entre todos os poderes no ano.
Débora Cruz e Darlan Alvarenga
22/07/2015
Fonte: http://g1.globo.com/economia/noticia/2015/07/governo-revisa-previsao-do-pib-em-2015-para-queda-de-149.html

DESTAQUES

BRASKEM desabou 10,4 por cento, fechando na mínima do dia, após a Polícia Federal prender o
presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, em nova fase da operação que investiga esquema
bilionário de corrupção envolvendo a Petrobras. Foram detidas 12 pessoas, incluindo também Otávio
Marques Azevedo, presidente da Andrade Gutierrez.

PETROBRAS fechou em queda de cerca de 2 por cento, diante da expectativa de potenciais efeitos
da nova fase da operação Lava Jato. O movimento das ações acompanhou o declínio nos preços do
petróleo no mercado internacional. Declaração de uma fonte da estatal à Reuters de que o momento de
crise econômica no país dificulta um eventual reajuste no preço do produto também esteve no radar.

ITAÚ UNIBANCO e BRADESCO devolveram parte do avanço da véspera e recuaram 1,12 e 1,95 por
cento, respectivamente, pressionando o índice dada a relevante fatia de detêm na composição do mesmo.
As ações dos dois maiores bancos privados do país também foram contaminadas pelo noticiário ligado à
Lava Jato, em meio a perspectivas desfavoráveis para as empreiteiras do país.

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ESTÁCIO e KROTON caíram 3,58 e 2,09 por cento, respectivamente, em meio a movimentos de
realização de lucros após ganhos expressivos no mês do setor de educação. =TIM PARTICIPAÇÕES
caiu 1,04 por cento, após forte ganho na véspera, com o presidente do Conselho da Telecom Italia
afirmando que não houve contatos com o empresário francês Vincent Bollore, cujo grupo de mídia Vivendi
está perto de se tornar o maior acionista da empresa italiana de telefonia. Na véspera, o papel subiu com
notícia de que a Vivendi seria favorável à exploração da venda da TIM pela Telecom Italia. =OI fechou
com as preferenciais em alta de 5,02 por cento, ampliando os ganhos no final do pregão, conforme os
papéis seguem sensíveis a especulações ligadas à atividade de fusão e aquisição no setor.

CYRELA encerrou com elevação de 2,88 por cento, após abrir novo programa de recompra de até 20
milhões de ações, destoando de outros papéis do segmento, com o índice do setor imobiliário caindo 0,65
por cento.

SUZANO PAPEL E CELULOSE também foi destaque positivo, com alta de 3,50 por cento, em meio
ao avanço de mais de 1 por cento do dólar ante o real, em dia de ganhos do setor de papel e celulose
como todo na Bovespa.

Notas importantes:

Ressalta-se que este material não objetiva detalhar o funcionamento do Sistema Financeiro
Nacional e sua composição/atribuições. Estas informações foram apresentadas de maneira
resumida no início desta apostila com vistas a introduzir os tópicos de atualidades. Portanto, é
importante que o candidato faça um amplo estudo sobre a estrutura do SFN e suas atribuições
(outros materiais disponibilizados – Conhecimentos Bancários).

Como o assunto atualidades é bastante dinâmico, sugere-se que o candidato(a) esteja bastante
atento aos noticiários que envolvam política cambial e juros, política econômica, mercado e
crédito, enfim, diversos aspectos sobre o Sistema Financeiro Nacional. A atualização é diária e as
informações nesses quesitos estão sujeitas a muitas oscilações, por isso a necessidade da
preparação ser contínua. Ótimos estudos a todos!

Questões

01. A autonomia operacional do Banco Central (BC) tem sido um tema de debate entre os economistas.
Nesse sentido, muitos analistas consideram que a condução da política monetária, atribuição do BC, pode
eventualmente sofre interferência de instâncias superiores do governo, em especial, no estabelecimento
da meta inflacionária. Tal conclusão deriva do fato de que o estabelecimento dessa meta é atribuição
(A) unicamente do presidente do BC, que pode sofrer pressões para estimular uma meta mais elevada.
(B) do Conselho Monetário Nacional (CMN), formado pelos ministros da Fazenda e do Planejamento,
Orçamento e Gestão e pelo presidente do BC.
(C) da equipe econômica definida pelo presidente da República, que anualmente se reúne para fixar a
meta inflacionária, e o BC que deve persegui-la através da política de juros.
(D) do presidente do BC e dos bancos públicos, dentre eles o Banco do Brasil, que definem as taxas
de inflação para um prazo de dois anos.

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1130935 E-book gerado especialmente para ELIELSON FRUTUOSO DE OLIVEIRA
(E) do Comitê de Política Monetária (Copom), que define a meta inflacionária anualmente e a meta da
taxa de juros a ser alcançada para que a taxa de inflação convirja para sua meta.

02. Uma das características positivas do boom imobiliário que o país vivenciou na última década e
parte da atual foi proporcionar a diversas famílias a conquista da casa própria. A Caixa Econômica Federal
(CEF) teve papel importante na concessão de empréstimos, mas as funções da CEF são muito maiores
dentro do Sistema Financeiro Habitacional (SFH). Nesse sentido, NÃO é atribuição da CEF
(A) disciplinar o acesso das instituições de crédito imobiliário ao mercado nacional de capitais.
(B) orientar, disciplinar e controlar o SFH.
(C) prestar garantias em financiamentos obtidos, no país ou no exterior, pelas instituições integrantes
do SFH, com necessidade de aprovação pelo Banco Nacional de Habitação (BNH).
(D) estimular a elaboração e a implementação de projetos relacionados à indústria de material de
construção civil.
(E) estimular e controlar a formação e a aplicação de poupanças destinadas ao planejamento,
produção e comercialização de habitações em território nacional.

03. A taxa de inflação acumulada em 12 meses encontra-se próxima do teto da meta inflacionária. Um
dos instrumentos da política monetária que o BC tem disponível para reduzir a inflação é a(o)
(A) venda de títulos públicos no mercado aberto.
(B) redução da taxa de compulsórios junto ao sistema bancário.
(C) redução da taxa de redesconto para empréstimos de liquidez.
(D) redução da taxa básica de juros (Selic).
(E) alongamento de prazos de dívidas junto aos bancos.

04. Os Fundos de Renda Fixa, por vezes, são os ativos mais rentáveis para o investidor, superando
os CDBs e o dólar comercial. No enfoque técnico-conceitual, um fundo de investimento é constituído pelo
total dos recursos de muitos investidores, com objetivos semelhantes, convertido em cotas, que são
divididas entre esses mesmos investidores, denominados cotistas, tornando cada um deles dono de uma
parte do fundo, proporcional ao valor que investiu. Nesse contexto, o fundo de investimento que pode
investir em diversas classes de ativos, tais como títulos públicos e privados, pré-fixados ou pós-fixados,
derivativos, câmbio e ações, com grau de risco graduado de alto a muito alto, conforme a sua política de
investimentos, é denominado Fundo
(A) de Ações
(B) de Curto Prazo
(C) de Multimercados
(D) de Renda Fixa
(E) Referenciado

05. O Grupo dos Vinte (G20 financeiro) reúne, anualmente, os líderes das principais economias
avançadas e emergentes do mundo a fim de enfrentar os desafios econômicos e globais, enquanto os
Ministros de Finanças do G20 e os dirigentes dos Bancos Centrais se reúnem várias vezes durante cada
ano. Em 2014, a Cúpula de Líderes ocorreu na Austrália, em Brisbane, em novembro, sendo sua agenda
focada na promoção do crescimento econômico mais forte, através da melhoria nos resultados comerciais
e de emprego, e em tornar a economia mundial mais resistente para lidar com choques futuros. A
presidência do G20, para garantir a continuidade dos trabalhos, opera com um esquema tripartite,
denominado Troica, que, na reunião de 2014, foi composto por representantes da Austrália,
(A) dos Estados Unidos e do México
(B) da Inglaterra e dos Estados Unidos
(C) da Inglaterra e da Turquia
(D) do México e da Rússia
(E) da Rússia e da Turquia

06. Investimentos em infraestrutura são necessários para suportar a dinâmica do crescimento


econômico do País. Atualmente, dentre as entidades do Sistema Financeiro Nacional, na concessão de
financiamentos de projetos de longo prazo, constata-se atuação com destaque
(A) dos Bancos comerciais.
(B) do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
(C) das Companhias Hipotecárias.
(D) das Cooperativas Centrais de Crédito.

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(E) das Sociedades de Crédito, Financiamento e Investimento.

07. Visando à obtenção de economia de custos operacionais e à ampliação do atendimento a clientes,


a tendência entre as instituições financeiras públicas federais é
(A) unificar as contas correntes bancárias.
(B) analisar e definir conjuntamente os limites individuais de crédito.
(C) compartilhar a rede de caixas eletrônicos e o acesso a determinados serviços em suas agências.
(D) determinar um limite de crédito consolidado para os portadores dos cartões de crédito emitidos por
elas.
(E) formalizar um acordo de não concorrência entre essas instituições.

08. O Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) promoveu recentemente uma mudança na taxa
de remuneração mínima dos títulos de capitalização, que passou a ser
(A) de 0,35%, no caso dos produtos tradicionais.
(B) de 0,88%, para o segmento popular e de incentivo.
(C) idêntica à remuneração trimestral da poupança.
(D) idêntica à remuneração mensal da poupança.
(E) de 90% do juro da poupança.

09. No atual debate que se dá pelos meios de comunicação sobre a questão do controle da inflação,
entre as medidas cogitadas, encontra-se a
(A) desoneração de tributos incidentes sobre o lucro das empresas estatais.
(B) redução do teto da meta anual da inflação estipulada pelo Ministério do Planejamento.
(C) restrição dos investimentos estrangeiros diretos.
(D) antecipação de reajuste de tarifas de transporte público.
(E) elevação da taxa básica de juros.

10. Ao final de 2012, o Banco Central do Brasil divulgou, por meio da diretoria de fiscalização, que vai
passar a monitorar a conduta das instituições financeiras para além dos temas de liquidez e solvência. O
objetivo será fazer a chamada supervisão de conduta, com a missão de verificar se as instituições estão
seguindo as regras atualmente existentes para uma série de assuntos, que incluem
(A) restrição ao funcionamento de entidades controladas por capital estrangeiro.
(B) popularização do investimento individual em títulos públicos.
(C) determinação de áreas de atuação segregadas para bancos oficiais e privados.
(D) monitoramento do relacionamento com correspondentes bancários.
(E) incentivos fiscais para abertura de novas agências.

Respostas

01-B / 02-C / 03-A / 04-C / 05-E / 06-B / 07-C / 08-A / 09-E / 10-D

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