As estatísticas monetárias de um país comportam dados como a oferta
de moeda, os empréstimos e financiamentos que são concedidos aos bancos, e também as operações com títulos públicos, em geral essas estatísticas são atualizadas pelo seu Banco Central (BACEN), no caso do Brasil ainda temos outras instituições que auxiliam ao BACEN nessas publicações, como por exemplo a Superintendência de Seguros Privados (SUSEP), Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e a Superintendência Nacional de Previdência Complementar (PREVIC), essas instituições fornecem dados relativos as operações com seguros, dos mercados de capitais, e dos fundos de pensão fechados, assim respectivamente. Esse conjunto de dados é de suma importância para o acompanhamento da evolução da política monetária e cambial, também para o acompanhamento da dívida pública, assim como o grau de endividamento e o quanto fora conseguido poupar de recursos financeiros, com essas análises é possível fazer projeções de como as variáveis macroeconômicas iram se comportar em um determinado cenário. Logo, essas estatíst. icas monetárias são a base para a formação das estatísticas financeiras, estas mesmas estíticas estão integradas as contas nacionais, uma vez que ilustram dados de variação de estoque e dos fluxos financeiros de diferentes setores institucionais da economia. Então, podemos dizer que as estatísticas monetárias nos dizem respeito a aqueles ativos e passivos que são criados por instituições financeiras, ou até mesmo pelo governo em si, que detém seus próprios índices de risco e liquidez, e cujo o intuito pode ser de propriedade ou de dívida, os de propriedade tema característica de ser ativo real, ou seja, parte da propriedade em si, como por exemplo ações de uma companhia, já os denominados de dívida são aqueles que como o próprio nome já diz, representam uma dívida a quem os emite, a exemplos os créditos comerciais obtidos por instituições não financeiras junto as outras não financeiras. A seguir citam-se alguns exemplos destes: Instrumentos emitidos por instituições financeiras: Depósitos a vista ou em conta corrente, depósitos a prazo, depósitos de poupança, letras de câmbio, letras de hipotecarias. Instrumentos financeiros emitidos por empresas não financeiras: ações, debentures, notas promissórias ou Commercial Papers. Títulos emitidos pelo tesouro nacional: Títulos públicos. Cada país busca dentro das bases dispostas pelo FMI estabelecer sua própria classificação para os instrumentos financeiros visando a elaboração de suas estatísticas monetárias e financeiras que estejam em consonância com seu sistema financeiro. O Brasil por exemplo utiliza a classificação de suas instituições financeiras em: Bancos comerciais e bancos múltiplos de carteira nacional, Cooperativas de crédito, outras Instituições bancárias (Bancos de investimento, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Bancos estaduais de desenvolvimento, Fundos de investimento, Financeiras, Sociedade de Crédito Imobiliário (SCI) e Associações de Poupança e Empréstimo (APE), Companhias hipotecárias), Instituições financeiras não bancárias (Sociedade de arrendamento mercantil ou leasing, Corretoras de Títulos e Valores Mobiliários (CTVM), Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários (DTVM), Agências de fomento), Empresas de seguros, Resseguro e de capitalização (Companhias de seguro, Instituto de Resseguros do Brasil (IRB – Brasil Re), Sociedade de capitalização), Entidades de previdência privada (Entidades abertas de previdência complementar (PPA), Entidades fechadas de previdência complementar (fundos de pensão)). Ainda, classifica seus mercados financeiros em: Mercado Monetário (definido como aquele em que os ativos negociados tem prazo inferior a um ano e com um alto grau e liquidez, regido pelo BACEN), Mercado de Capitais (neste segundo a literatura internacional os títulos negociados tem prazo superior a um ano, contudo no Brasil esse termo tem sido aplicado ao mercado de ações, debêntures, notas promissórias e recebíveis, cujo o prazo não é necessariamente de um ano, logo, a denominação de mercado de capital para os brasileiros refere-se formas não intermediadas de captação de recursos e a sua posterior de negociação, o que pode acontecer de suas formas, a primária onde o aporte de recursos destina-se a empresa e a secundária onde os títulos “trocam de mão” sem a participação da empresa, essas negociações podem ser feitas através da bolsa de valores ou no mercado a balcão (over-the- counter)), Mercado de credito (é caracterizado pelas operações de empréstimos realizados por instituições financeiras integrantes do Sistema Financeiro Nacional e supervisionadas pelo BACEN, esses empréstimos podem ser de curto, médio ou longo prazo cedidos tanto para pessoas físicas quanto jurídicas), e por fim o Mercado de Câmbio (neste mercados são realizados operações de câmbio, ou seja, aquelas operações onde há troca de moeda nacional por moeda estrangeira, ou a operação inversa, este mercado tem como característica dois segmentos, o primário onde as operações são entre bancos e seus clientes e o secundário onde as operações são realizadas são a compra e venda de divisas entre os bancos). As contas monetárias e financeiras são integradas em uma Matriz de Fluxos de Fundos (MFF), matriz essa que contêm combinações de informações de fluxos e de estoques por setores, o que é de suma importância para o sistema econômico em si, uma vez que essa setorização permite uma maior visibilidade de onde está sobrando e onde está faltando financiamento, o que possibilita a aplicação de ações preventivas e corretivas sobre. Um exemplo é a análise pelo viés das Unidades Superavitárias (US) (aquelas que arrecadam mais recursos do que gastam), Unidades Deficitárias (UD) (as que gastam mais do que ganham) e as Unidades com Orçamento Equilibrado (UOE) (como o próprio nome já diz, há um equilíbrio entre as receitas correntes e gastos correntes), onde verifica-se quem está cedendo ou tomando recursos. Em suma e em síntese finaliza-se o presente capítulo.
Na mente dos grandes investidores: Viagem para descobrir a psicologia utilizada pelos maiores investidores de todos os tempos através de biografias, citações e análises operacionais