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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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Vejamos, primeiramente, as seguintes questões de concursos.
1. Analise as assertivas apresentadas, classificando-as em V (verdadeira) ou F (falsa) e marque a opção
correspondente.
( ) O Sistema Financeiro Nacional (SFN) é composto por um conjunto de instituições públicas e privadas e
tem como órgão normativo máximo o Conselho Monetário Nacional (CMN).
( ) O SFN envolve dois grandes subsistemas: um normativo e outro de intermediação financeira, sendo que
este último é composto por instituições que estabelecem diretrizes de atuação das instituições financeiras
operativas, como a Comissão de Valores Mobiliários, por exemplo.
( ) O CMN reveste-se de amplas atribuições, inclusive da formulação da política de moeda e do crédito,
com o objetivo de resguardar os interesses econômico-sociais do País.
( ) Um sistema financeiro, grosso modo, pode ser entendido como um conjunto de instituições e
instrumentos que, em última análise, se ocupa da transferência de recursos dos agentes econômicos
superavitários para os agentes deficitários.
( ) Como regra, as instituições financeiras são classificadas como bancárias ou monetárias e não bancárias
ou não monetárias. Como exemplos destas últimas estão as sociedades corretoras, os bancos de
investimentos e os bancos múltiplos.
a) V – V – F – F – V
b) V – F – F – V – V
c) V – F – V – V – F
d) V – V – V – V – V
e) F – F – V – V – V
a) F – V – F – F – V
b) V – V – V – V – V
c) F – V – V – V – V
d) V – V – F – F – F
e) V – V – V – F – V
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RESPOSTAS: 1. C 2. A
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
O SFN compreende um vasto sistema que abrange dois outros grandes subsistemas
denominados de subsistema normativo e de subsistema de intermediação, neste último,
são encontradas instituições tidas como bancárias e não bancárias.
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FORTUNA, Eduardo. Mercado financeiro produtos e serviços. Rio de Janeiro: Qualitymark. 2002
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
COMPOSIÇÃO
Entidades
Órgãos normativos Operadores
supervisoras
Instituições
Demais
Banco Central do financeiras
instituições Outros intermediários
Brasil - Bacen captadoras de
Conselho Monetário financeiras financeiros e
depósitos à vista
Nacional - CMN administradores de
Bolsas de recursos de terceiros
Comissão de Valores Bolsas de
mercadorias e
Mobiliários - CVM valores
futuros
Superintendência de
Conselho Nacional Seguros Privados - Entidades abertas de
Susep Sociedades Sociedades de
de Seguros Privados previdência
seguradoras capitalização
- CNSP IRB-Brasil complementar
Resseguros
Conselho de Gestão
Secretaria de
da Previdência Entidades fechadas de previdência complementar
Previdência
Complementar - (fundos de pensão)
Complementar - SPC
CGPC
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Foi a Lei 4.595, de 31 de dezembro de 1964, denominada Lei da Reforma Bancária, que
criou o Conselho Monetário Nacional, ao mesmo tempo em que dispunha sobre a política e as
instituições monetárias, bancárias e creditícias.
Depois de inúmeras mudanças quanto a sua formação, o CMN é hoje constituído pelo
ministro da Fazenda (presidente), pelo ministro do Planejamento e Orçamento e pelo presidente
do Banco Central. Os serviços de secretaria são exercidos pelo Bacen.
O Conselho Monetário surgiu para ser o órgão deliberativo máximo do sistema Financeiro
Nacional, instituído como órgão colegiado integrante do Ministério da Fazenda. É o instrumento de
governo que planeja, elabora, implementa e julga a consistência de toda a política monetária,
cambial e creditícia do país. É um órgão que domina toda a política monetária e ao qual se
submetem todas as instituições que o compõem.
Além de estabelecer as diretrizes gerais das políticas monetária, cambial e creditícia,
compete ao CMN regular as condições de constituição, funcionamento e fiscalização das
instituições financeiras e disciplinar os instrumentos de política monetária e cambial.
Para o exercício de fiscalização e regulação, o Conselho Monetário delega poderes ao Banco
Central, à Comissão de Valores Mobiliários, à Superintendência de Seguros Privados e à
Secretaria de Previdência Complementar. Esta, embora subordinada hierarquicamente ao
Ministério da Previdência Social e Assistência Social, vincula-se ao CMN através do Banco
Central. É o Bacen quem emite as resoluções e normativos, para fins de controle das entidades
fechadas de previdência.
Quanto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES, apesar de
estar subordinado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, ele atual em
harmonia com a política econômico-financeira do Governo Federal e mantém ligações com o
Ministério da Fazenda na medida em que a destinação dos lucros da instituição e quaisquer
alterações em sua composição societária devem ser apreciados por este ministério.
O vínculo com o CMN se faz por ser o BNDES um dos mais importantes instrumentos de
execução da política de investimentos do Governo Federal.
Junto ao CMN funciona a Comissão Técnica da Moeda e do Crédito (Comoc), composta pelo
presidente do Bacen, na qualidade de coordenador, pelo presidente da CVM, pelo secretário
executivo do Ministério do Planejamento, pelo secretário executivo do Ministério da Fazenda, pelo
secretário do Tesouro Nacional e por quatro diretores do Bacen indicados pelo seu presidente.
Visando melhor desempenho em áreas específicas da economia, estão previstas as
comissões consultivas (1) de Normas e Organização do Sistema Financeiro, (2) de Mercado de
Valores Mobiliários e de Futuros, (3) de Crédito Rural, (4) de Crédito Industrial, (5) de Crédito
Habitacional e para Saneamento e Infra-estrutura Urbana, (6) de Endividamento Público e (7) de
Política Monetária e Cambial.
Atribuições específicas:
autorizar as emissões de papel-moeda;
aprovar os orçamentos monetários preparados pelo BACEN;
disciplinar o crédito em suas modalidades e as formas das operações creditícias;
estabelecer limites para a remuneração das operações e serviços bancários ou
financeiros;
determinar as taxas do recolhimento compulsório das instituições financeiras;
estabelecer normas a serem seguidas pelo BACEN nas transações com títulos públicos;
regular a constituição, o funcionamento e a fiscalização de todas as instituições financeiras
que operam no país.
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Moeda escritural é um título representativo da moeda, emitido sem que, no entanto, exista um respectivo
lastro em papel moeda (como por exemplo, o cheque)
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Tem sua sede em Brasília e escritórios regionais em São Paulo, Rio de Janeiro, Porto
Alegre, Fortaleza, Curitiba, Belo Horizonte e Belém.
Enquanto (1) banco dos bancos, ele é o recebedor dos depósitos compulsórios das outras
instituições bancárias e realiza redescontos para a manutenção do equilíbrio do sistema; na
qualidade de (2) gestor do sistema financeiro, normatiza, autoriza, fiscaliza e intervém; atuando
como (3) executor da política monetária, controla os meios de pagamento e o orçamento
monetário; sendo (4) banco emissor, emite e controla o fluxo da moeda; e, como (5) agente
financeiro do governo, financia o Tesouro Nacional, administra a dívida pública e atua como
depositário das reservas internacionais.
O Banco Central também foi criado em 1964, pela Lei da Reforma do Sistema Financeiro
(4595/64, de 31.12.64 – a mesma lei que criou o Conselho Monetário Nacional) em substituição à
Superintendência da Moeda e do Crédito – Sumoc, cuja estrutura já não mais correspondia às
necessidades das transformações econômicas.
Duma outra forma, diz-se que, conceitualmente, a atuação do Banco Central pode ser
dividida em cinco grandes formas de atuação:
1. Banco do Governo;
2. Banco das instituições financeiras monetárias (aquelas que administram depósitos à
vista);
3. Fiscal de todas as instituições financeiras e instituições auxiliares;
4. Gestor da política cambial; e,
5. Gestor da política monetária.
Visto sob a forma esquemática acima apresentada, enquanto (1) Banco do Governo, o
Bacen administra a dívida pública monetária federal interna, adquirindo os títulos emitidos pelo
Tesouro Nacional. É também sua função administrar as dívidas públicas interna e externa, além
de fiscalizar e supervisionar os débitos de estados e municípios.
Exercendo a função de (2) Banco das instituições financeiras monetárias (bancos
comerciais), o Bacen administra suas reservas bancárias (saldos de depósitos que essas
instituições mantém obrigatoriamente no Banco Central, do qual uma parte fica compulsoriamente
retida).
Como (3) Fiscal de todas as instituições financeiras e auxiliares, o Bacen procura garantir o
funcionamento correto de todas elas, evitando problemas de liquidez que possam afetar a
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Reafirmando cabe ao Banco Central cumprir e fazer cumprir as normas emanadas do CMN
e as disposições que lhe são atribuídas por lei. É por meio do Banco Central que o Governo
intervém diretamente no sistema financeiro e indiretamente na economia do país.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
A Comissão de Valores Mobiliários foi instituída pela lei 6.385, de 7 de dezembro de 1976,
como entidade autárquica vinculada ao Ministério da Fazenda. Referida lei disciplinava a emissão,
distribuição e negociação dos valores mobiliários, bem como a organização, o funcionamento e as
operações das bolsas de valores.
Em seu artigo 2º, a lei define quais são os valores mobiliários para efeito de sua disciplina e
fiscalização: as ações, partes beneficiárias e debêntures, os cupões desses títulos e os bônus de
subscrição, bem como outros títulos criados ou emitidos pelas sociedades anônimas, a critério do
Conselho Monetário Nacional. A este cabe fixar a orientação geral a ser observada pela CVM
cujas atividades devem ser exercidas sob a coordenação com o Banco Central.
Subseqüentemente à Lei da CVM foi sancionada a Lei das S.A. (6.404, de 15 de dezembro
de 1976) vindo a produzir uma interligação entre os agentes econômicos e financeiros através das
ações, debêntures e outros papéis que giram no mercado. A Lei das S.A. de 1976 sofreu
alterações e foi consolidada pela Lei 10.303, de 20/10/2001 que foi popularmente conhecida como
a Nova Lei das S.A. Anteriormente, pequenas modificações haviam sido introduzidas pela Lei
9.457, de 15/05/97.
Dessa forma, a CVM nasceu com poderes, e posteriormente os teve confirmados, para
disciplinar, normatizar e fiscalizar a atuação dos diversos integrantes do mercado de
valores mobiliário.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Essa relação não esgota o limite, pois ainda podem ser negociados quaisquer outros títulos
emitidos pelas sociedades anônimas, evidentemente desde que inseridos no conceito de valor
mobiliário e devidamente registrados na CVM. Ficam excluídos os títulos da dívida pública
municipal, estadual e federal, bem como as cambiais de responsabilidade de instituições
financeiras, com exceção das debêntures.
Com referência ao mercado de derivativos, cujos instrumentos financeiros derivam do valor
de um outro ativo denominado ativo-objeto, somente serão alvo de negociação os títulos
decorrentes daqueles acima descritos que estão sob a jurisdição da CVM. Isso abrange os
contratos a termo, contrato de opções e contrato de futuros de tudo o que seja considerado valor
mobiliário.
À semelhança da existência do Procon, o órgão de proteção ao consumidor, a CVM criou o
Prodin – Programa de Orientação e Defesa do Investidor, para oferecer ao investidor meios para
conhecer o mercado de valores mobiliários e nele atuar munido das informações necessárias.
Na hipótese de o investidor ser vítima de algum tipo de irregularidade, o Prodin está apto a
lhe dar a orientação para obter o reparo dos danos causados.
Nomenclatura
Os atos públicos expedidos pela CVM obedecem à seguinte nomenclatura:
Ato Declaratório – é o documento através do qual a CVM credencia ou autoriza o exercício
de atividades próprias do mercado de valores mobiliários.
Deliberação – diz respeito aos atos de competência do Colegiado, nos termos do
Regimento Interno.
Instrução – são aqueles através dos quais a CVM regulamenta matérias expressamente
previstas nas Leis nº 6385/76 (Lei da CVM) e 6404/76 (Lei das S.A.).
Nota Explicativa – fornece explicações sobre a aplicação de determinada norma, expõe os
motivos que levaram a CVM a editá-la ou apresentar proposição ao Conselho Monetário Nacional
a respeito da matéria.
Parecer – responde às consultas específicas formuladas por agentes do mercado e
investidores ou por membros da própria CVM, a respeito de matéria por ela regulada.
Parecer de Orientação – sedimenta o entendimento da CVM sobre assunto que lhe caiba
regular, oferecendo ao mercado orientação sobre o assunto.
Portaria – diz respeito aos atos envolvendo aspectos da administração interna da CVM.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Os Bancos Comerciais são intermediários financeiros que recebem recursos de quem tem e
os distribuem através do crédito seletivo a quem necessita de recursos, naturalmente, criando
moeda através do efeito multiplicador do crédito. O objetivo é proporcionar suprimento oportuno e
adequado dos recursos necessários para financiar, a curto e médio prazos, o comércio, a
indústria, as empresas prestadoras de serviços e as pessoas físicas.
Em termos operacionais, os bancos comerciais podem descontar títulos, realizar operações
de abertura de crédito simples ou em conta corrente, realizar operações especiais de crédito rural,
de câmbio e de comércio exterior, captar depósitos à vista e a prazo fixo, obter recursos junto às
instituições oficiais para repasse aos clientes, adiantamentos sob caução de títulos comerciais,
cheques especiais etc.
Num sentido amplo, bancos comerciais são instituições financeiras que transferem recursos
dos agentes superavitários, captado através dos depósitos à vista e de depósitos em aplicações,
para os deficitários, na forma de empréstimos em curto prazo, tanto para pessoas físicas quanto
para atender às necessidades de capital de giro das empresas.
Além disso, também prestam também serviços auxiliares, tais como cobranças mediante
comissão, transferências de fundos de uma para outra praça, recebimentos de impostos e tarifas
públicas, aluguel de cofres, custódia de valores, serviços de câmbio e outros serviços.
Suas atividades e funcionamento são regulados e fiscalizados pelo Banco Central do Brasil
e, através deste órgão, as autoridades monetárias controlam a liquidez do sistema bancário. São
instituições constituídas obrigatoriamente sob a forma de sociedades anônimas.
A característica especial dos bancos comerciais é a sua capacidade de criar moeda (moeda
escritural), na medida em que os bancos emprestam diversas vezes o volume dos depósitos à
vista captados no mercado, através do efeito multiplicador do credito.
Nos últimos anos da década noventa do século findo houve grande incentivo governamental
para que esses bancos realizassem fusões e incorporações, nacionais e internacionais,
diminuindo consideravelmente o número de sedes bancárias e promovendo incremento na
quantidade de agências.
Tal tendência de concentração acabou sendo estendida também às demais instituições do
Sistema Financeiro Nacional, com a formação de conglomerados financeiros atuando nos mais
diversos segmentos do mercado, com a justificativa de reduzir os custos operacionais e elevar a
eficiência administrativa, objetivando melhor produtividade e maior competitividade.
Com isso, os bancos vêm apresentando rápida evolução em sua estrutura de
funcionamento e adaptando suas operações e produtos às exigências de um público cada vez
mais experiente e globalizado. Estão também trabalhando de forma mais especializada,
segmentando sua participação no mercado com base no volume dos negócios dos clientes e na
forma de atendimento.
Através dessa segmentação, os bancos são classificados em bancos de varejo, que
costumam trabalhar com muitos clientes, sem maiores exigência com relação a suas rendas e
bancos de negócios, voltados preferencialmente às grandes operações financeiras, trabalhando
com um número mais reduzido de clientes de alto poder aquisitivo.
Com relação ao tipo de atendimento dispensado, os bancos comerciais costumam atuar
como private bank, modalidade em que atendem a pessoas físicas de elevadíssima renda e/ou
patrimônio, ou como personal bank, em que dão atendimento a pessoas físicas de alta renda e,
muitas vezes, a pequenas e médias empresa ou, ainda, como corporate bank, voltados
preferencialmente para as grandes corporações.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
A aprovação, pelo Banco Central, dos pleitos de cooperativas de crédito não as exime do
cumprimento das formalidades legais dos atos societários, que será objeto de exame pela Junta
Comercial. Da mesma forma, a homologação dos atos societários não implica qualquer juízo
sobre a veracidade dos dados consignados, que são de total responsabilidade da instituição
requerente e sujeitos a posterior verificação pelo Banco Central.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
São bancos, constituídos a partir das cooperativas de crédito, com operação restrita à
Unidade da Federação de sua sede e que podem fazer tudo o que qualquer outro banco comercial
faz:
• talão de cheques;
• cartão de crédito;
• compensação de documentos;
• administrar a carteira de crédito, antes sob o controle da cooperativa;
• levantar recursos no exterior, atividade vetada às atuais cooperativas de crédito.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
As empresas conhecidas por promotoras de vendas não são instituições financeiras. Visam
unicamente cadastrar clientes para as operações de financiamento, mediante, geralmente, postos
avançados de atendimento, recebendo uma comissão por esses serviços.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Em seu livro “Mercado Financeiro, o prof. Alexandre Assaf Neto (2001. p.114) informa que:
[...] a operação de arrendamento mercantil pode ser compreendida como uma
forma especial de financiamento. Basicamente, essa modalidade praticada
mediante a celebração de um contrato de arrendamento (aluguel) efetuado entre
um cliente (arrendatário) e uma sociedade de arrendamento mercantil
(arrendadora), visando à utilização, por parte do primeiro, de certo bem durante
um prazo determinado, cujo pagamento é efetuado em forma de aluguel
(arrendamento).
A empresa de leasing, na verdade, intervém entre a empresa produtora do bem
ativo e a empresa que necessita do bem. O ativo demandado pela empresa
arrendatária é adquirido pela sociedade de arrendamento mercantil e transferido ao
cliente por determinado período. Ao final desse prazo, à arrendatária é assegurado
o direito de prorrogar o contrato, devolver o bem à empresa arrendadora ou
adquirir o bem definitivamente pelo preço estabelecido no contrato de
arrendamento firmado.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Esse tipo de sociedade opera com títulos e valores mobiliários, por conta de terceiros. As
corretoras podem efetuar lançamentos de ações, administrar carteiras e fundos de investimentos,
intermediar operações de câmbio, dentre outras atividades.
Falando sobre as corretoras, Fortuna (2002, p.34), diz que elas “são instituições típicas
do mercado acionário, operando com compra, venda e distribuição de títulos e
valores mobiliários (inclusive ouro) por conta de terceiros.”
As corretoras atuam na intermediação com as bolsas de valores e de mercadorias. Sua
constituição depende de autorização do Banco Central e da CVM, ou seja, as sociedades
corretoras são credenciadas pelo Banco Central do Brasil e pela CVM e são fiscalizadas pelas
bolsas de valores. Em sua razão social deve ser consignada a expressão "Corretora de Títulos de
Valores Mobiliários". Em suas atividades, elas exercem o papel específico de:
operar nos recintos das bolsas de valores e de mercadorias;
efetuar lançamentos públicos de ações;
administrar carteiras e custodiam valores mobiliários;
instituir, organizar e administrar fundos de investimento;
operar no mercado aberto; e
intermediar operações de câmbio.
Outros autores, Cavalcante, entre eles, comentam que corretoras são instituições
financeiras (ainda que muitos as classifiquem como instituições do Sistema de Distribuição)
organizadas na forma jurídica de sociedade anônima ou sociedade por quotas de
responsabilidade limitada, cuja principal função é a de promover a aproximação entre
compradores e vendedores de títulos e valores mobiliários, dando a estes capacidade e
oportunidade negocial através de operações realizadas em recinto próprio, denominado pregão
das Bolsas de Valores. Como principais atividades elas:
operam com exclusividade na Bolsa de Valores da qual é membro, com títulos e
valores mobiliários de negociação autorizada.
Compram, vendem e distribuem títulos e valores mobiliários, por conta de terceiros;
efetuam lançamentos públicos de ações (underwriting);
Administram carteiras de valores e custodiam títulos e valores mobiliários; instituem,
organizam e administram fundos e clubes de investimentos; prestam serviços como
transferência de títulos, desdobramento de cautelas, recebimento de juros,
dividendos ou encarregam-se da subscrição de títulos e valores mobiliários etc.
Intermediam a compra e venda de moeda estrangeira nas atividade de importação e
exportação, bem como no mercado flutuante de moeda estrangeira.
Operam no mercado aberto (open market)
Por sua vez, Assaf (2001, p. 82) diz praticamente a mesma coisa que os demais autores
quando nos ensina que:
[...] as sociedades corretoras são instituições que efetuam, com exclusividade, a
intermediação financeira nos pregões das bolsas de valores, das quais são
associadas mediante a aquisição de um título patrimonial.
Entre outros direitos que lhes competem, as sociedades corretoras podem:
a) promover ou participar de lançamentos públicos de ações;
b) administrar e custodiar carteiras de títulos e valores mobiliários;
c) organizar e administrar fundos e clubes de investimentos;
d) efetuar operações de intermediação de títulos e valores mobiliários, por conta
própria e de terceiros;
e) efetuar operações de compra e venda de metais preciosos, por conta própria e
de terceiros;
f) operar em bolsas de mercadorias e futuros, por conta própria e de terceiros;
g) operar, como intermediadora, na compra e venda de moedas estrangeiras, por
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
BOLSAS DE VALORES
A conceituação mais tradicional diz que as Bolsas de Valores são associações civis sem
fins lucrativos, com autonomia administrativa, financeira e patrimonial, constituídas por um
conjunto de Sociedades Corretoras, com função de organizar e manter em funcionamento um
mercado contínuo para negociação de títulos e valores mobiliários.
Nesse mesmo sentido aduz Cavalcante (2002, p.34) apresentando a seguinte
argumentação:
As bolsas de valores, de acordo com o disposto na Resolução 2.690 de
18.01.2000 do Conselho Monetário Nacional, constituem-se como
associações civis, sem fins lucrativos ou sociedades anônimas, e têm por
objetivo social, entre outros, manter local adequado ao encontro de seus
membros e à realização, entre eles, de transações de compra e venda de
títulos e valores mobiliários, em mercado livre e aberto especialmente
organizado e fiscalizado por seus membros, pela autoridade monetária e, em
especial, pela CVM.
Constata-se, pois, que do ponto de vista legal as Bolsas de Valores podem se constituir
como associações civis sem fins lucrativos ou sociedades anônimas, cujo patrimônio é
representado por títulos que pertencem às sociedades corretoras membros. Possuem autonomia
financeira, patrimonial e administrativa, mas estão sujeitas à supervisão da Comissão de Valores
Mobiliários e obedecem às diretrizes e políticas emanadas do Conselho Monetário Nacional.
Com referência aos papéis negociados, os principais títulos são aqueles que representam o
capital das empresas, ou seja, as ações. A legislação também autoriza a negociação de outros
títulos como: debêntures (simples ou conversíveis), commercial papers, opções de compra e
venda sobre ações de companhias abertas, quotas de fundos, bônus de subscrição, títulos
públicos, certificados de depósitos de ações lançados por empresas sediadas nos países que
integram o Acordo do Mercosul etc.
Além dessas funções, as bolsas de valores tem a finalidade de propiciar liquidez às
aplicações, fornecendo, concomitantemente, um preço de referência para os ativos ali
negociados, por intermédio de um mercado contínuo, representado por seus pregões diários.
Devem também as bolsas de valores dotar seu local de funcionamento de todas as
condições para que os negócios se efetuem num mercado livre e aberto, obedecendo a suas
próprias regras e propiciando a continuidade dos preços e a liquidez dos negócios realizados.
A essência da existência das bolsas de valores é proporcionar liquidez aos títulos
negociados, atuando por meio de pregões contínuos. Têm responsabilidade pela fixação de um
preço justo, formado por consenso de mercado mediante mecanismos de oferta e procura.
Obrigam-se as bolsas, ainda, a efetuar, dentro do menor prazo e da maior amplitude possível, a
divulgação de todas as operações realizadas.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
BOLSAS DE VALORES
As bolsas de valores atuam com diversos tipos de mercado. No mercado a vista, são
realizadas operações com liquidação financeira imediata ou, no máximo, num prazo bastante
curto. Nos mercados a termo, opções e futuros, cada um com características próprias de
funcionamento, as operações têm sua liquidação processada num prazo maior.
O denominado mercado de balcão resume as operações realizadas com diferentes tipos de
papéis, não necessitando estar registrados em bolsa. Exemplos: títulos patrimoniais de
associações diversas, ações de empresas não registradas em bolsas de valores, e outras
espécies de títulos. O mercado de balcão não possui um lugar físico determinado para realizar
suas atividades, sendo os negócios geralmente realizados mediante contatos telefônicos.
Por outro lado, as caixas de liquidação (clearings) atuam nos pregões e têm por função
básica registrar, liquidar e compensar as várias operações processadas no âmbito das bolsas de
valores. Essas empresas estão habilitadas também para receber depósitos e garantias exigidas
em certas operações financeiras realizadas. As clearings podem estabelecer-se juridicamente
como empresas controladas pelas bolsas de valores ou, se autorizado pelas sociedades
corretoras membros das bolsas, de forma independente.
A Bolsa de Valores de São Paulo – Bovespa é o maior centro de negociações com ações da
América Latina. Fundada em 23 de agosto de 1890, a Bovespa nasceu numa época em que a
bolsa de valores era uma instituição pouca conhecida do grande público. Nesse período,
incorporou toda a evolução econômica e política brasileira, através da longa história do Índice
Bovespa (criado em 1968), um dos mais tradicionais do país.
A Bovespa é responsável por inúmeras iniciativas visando a qualidade dos serviços
prestados aos investidores e companhias abertas que a equipara às bolsas dos grandes centros
financeiros mundiais. Entre as iniciativas mais recentes, pode-se destacar: Mega Bolsa, Home
Broker, After-Market, Novo Mercado etc. Em 2001, com a finalidade de fortalecer o mercado
acionário brasileiro e se preparar para a globalização dos negócios, a Bovespa concluiu um
acordo histórico para integração de todas as bolsas brasileiras em torno de um único mercado de
valores – o da Bovespa.
O Home Broker é um sistema através do qual os investidores podem operar
eletronicamente enviando ordens de compra e venda de ações através da Internet. Para utilizar o
sistema o investidor precisa ser cliente de uma corretora membro da Bovespa que possua o
sistema Home Broker.
Os negócios também podem ser realizados através do Mega Bolsa. Implantado em 1977, o
Mega Bolsa é o sistema de negociação eletrônico utilizado pela Bolsa de Valores de São Paulo.
Pelo sistema eletrônico de negociação, a oferta de compra ou de venda é feita por terminais de
computador. O encontro das ofertas e o fechamento dos negócios são realizados
automaticamente pelos computadores da Bovespa.
Para ampliar o acesso dos investidores ao mercado acionário a Bovespa criou o After-
Market. Através desta modalidade a Bovespa ampliou o horário do pregão eletrônico que passou
a funcionar após às 18 horas e até às 22 horas com a finalidade de atender ao Home Broker.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
A Bolsa de Mercadorias & de Futuros - BM&F é uma associação civil, sem fins lucrativos,
oriunda da fusão, em 1991, da Bolsa Mercantil & de Futuros (antiga BM&F) com a Bolsa de
Mercadorias de São Paulo (BMSP). Tem sede e foro em São Paulo e escritórios em Santos, Rio
de Janeiro, Campo Grande e Nova Iorque.
No começo do século passado, empresários paulistas, ligados à exportação, ao comércio e
à agricultura, criaram, em 26 de outubro de 1917, a Bolsa de Mercadorias de São Paulo (BMSP).
Foi a primeira no Brasil a introduzir operações a termo, e alcançou, ao longo dos anos, fecunda
tradição na negociação de contratos agropecuários, particularmente café, boi gordo e algodão.
Em julho de 1985, surgiu a Bolsa Mercantil & de Futuros, a BM&F. Seus pregões
começaram a funcionar em 31 de janeiro de 1986. Em pouco tempo, conquistou posição invejável
entre suas congêneres, ao oferecer à negociação produtos financeiros em diversas modalidades
operacionais.
Em 9 de maio de 1991, BMSP e BM&F fecharam acordo para unir suas atividades
operacionais, aliando a tradição de uma ao dinamismo da outra. Surgiu então a Bolsa de
Mercadorias & de Futuros, sendo mantida a sigla BM&F.
Em 30 de junho de 1997, ocorreu novo acordo operacional, agora com a Bolsa Brasileira de
Futuros (BBF), fundada em 1983 e sediada no Rio de Janeiro, com o objetivo de fortalecer o
mercado nacional de commodities e consolidar a BM&F como o principal centro de negociação de
derivativos do Mercosul.
Em 31 de janeiro de 2000, ao completar 14 anos de existência e inaugurar novas e
modernas instalações, a BM&F ingressou na Aliança Globex, formada pelas bolsas de Chicago
(Chicago Mercantile Exchange), Paris (Euronext), Cingapura (Singapore Exchange-Derivatives
Trading), Madri (Meff - Mercado Oficial de Futuros y Opciones Financieros) e Montreal (Montreal
Exchange).
O objetivo da aliança foi servir de plataforma para acordos bilaterais ou multilaterais,
visando acesso aos vários mercados e redução de margens por meio de sistemas mútuos de
compensação, troca de informações e outros serviços. No dia 22 de setembro do mesmo ano, a
BM&F introduziu seu sistema eletrônico de negociação, o Global Trading System (GTS)
Em 22 de abril de 2002, deu início às atividades da Clearing de Câmbio BM&F. No dia 25 do
mesmo mês, adquiriu da Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia (CBLC) os direitos de
gestão e operacionalização das atividades da câmara de compensação e liquidação de operações
com títulos públicos, títulos de renda fixa e ativos emitidos por instituições financeiras. Adquiriu
também os títulos patrimoniais da Bolsa de Valores do Rio de Janeiro (BVRJ), passando a deter
os direitos de administração e operacionalização do sistema de negociação de títulos públicos e
outros ativos, conhecido como Sisbex.
Com isso, a BM&F amplia a abrangência de sua atuação e se transforma na principal
clearing da América Latina, proporcionando um conjunto integrado de serviços de compensação
de ativos e derivativos, ao mesmo tempo em que oferece economias de escala, custos
competitivos e segurança operacional.
Objetivos
O objetivo maior da BM&F é efetuar o registro, a compensação e a liquidação, física e
financeira, das operações realizadas em pregão ou em sistema eletrônico, bem como
desenvolver, organizar e operacionalizar mercados livres e transparentes, para negociação de
títulos e/ou contratos que possuam como referência ativos financeiros, índices, indicadores, taxas,
mercadorias e moedas, nas modalidades a vista e de liquidação futura.
Para concretizar seus objetivos, a BM&F mantém local e sistemas de negociação, registro,
compensação e liquidação adequados à realização de operações de compra e de venda, dotando-
os de todas as facilidades e aprimoramentos tecnológicos necessários, a fim de divulgar as
transações com rapidez e abrangência.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Além disso, a instituição possui mecanismos para acompanhar e regular seus mercados e
normas que asseguram aos participantes de seus mercados o adimplemento das obrigações
assumidas, em face das operações efetuadas em seus pregões e/ou registradas em quaisquer de
seus sistemas de negociação, registro, compensação e liquidação.
Destaca-se nesse particular o reconhecimento, pelo órgão regulador do mercado norte-
americano – a Commodity Futures Trading Commission (CFTC) –, em julho de 2002, da
adequação desses sistemas e mecanismos, o que significa que são equiparáveis, perante a
CFTC, aos adotados pelo mercado dos Estados Unidos.
No âmbito de seu poder de auto-regulação, a Bolsa estabelece normas visando a
preservação de princípios eqüitativos de negociação e comércio e de elevados padrões éticos
para as pessoas que nela atuam, direta ou indiretamente.
A BM&F também atua na regulamentação e fiscalização das negociações e das atividades
de seus associados, resolve questões técnicas e operacionais, aplica penalidades aos infratores
das normas; concede crédito operacional a seus associados, defende seus interesses, bem como
de seus associados, junto às autoridades constituídas; e dissemina a cultura dos mercados de
derivativos no País, por meio de eventos educacionais, treinamentos e publicações.
Administração
A administração central da BM&F está divida em três instâncias: a Assembléia Geral, o
Conselho de Administração e o Diretor Geral.
A Assembléia Geral, da qual pode participar todos os associados, é o órgão deliberativo
máximo. Reúne-se duas vezes ao ano: em dezembro, para eleger os membros do Conselho de
Administração, examinar e votar a proposta orçamentária e o programa de trabalho da instituição
para o próximo período; e no primeiro trimestre, para examinar, discutir e votar as demonstrações
financeiras da Bolsa relativas ao ano anterior.
O Conselho de Administração é composto de 17 Conselheiros e quatro Suplentes, a saber:
• cinco Conselheiros e um Suplente eleitos pelos Membros das Câmaras de
Compensação;
• cinco Conselheiros e um Suplente eleitos pelas Corretoras de Mercadorias;
• três Conselheiros e um Suplente eleitos pelos Sócios Efetivos
• três Conselheiros e um Suplente indicados pelo Sócio Honorário; (veja a estrutura
societária em 12.1.6), e
• o Diretor Geral.
Os Conselheiros têm mandato de três anos, com uma parte deles sendo renovada
anualmente. Os Suplentes têm mandato de apenas um ano. Já o Diretor Geral é membro nato do
Conselho.
O Presidente e o Vice-Presidente são eleitos anualmente dentre os membros do Conselho
de Administração (CA), ao qual cabe traçar a política geral da BM&F e zelar por sua boa
execução, aprovar regulamentos e normas, definir as condições para admissão e exclusão de
sócios, autorizar a negociação de contratos, aprovar a estrutura organizacional da Bolsa e fixar
contribuições, taxas e emolumentos.
O Conselho de Administração pode criar Comitês Deliberativos, relativos a mercados e
sistemas da Bolsa, como o Comitê Deliberativo para Assuntos de Câmbio, cujo propósito é tratar
de eventuais alterações que visem o aprimoramento do Regulamento da Clearing de Câmbio
BM&F, bem como dos serviços por ela prestados. Para questões não-operacionais, o Conselho de
Administração dispõe do Conselho Consultivo, formado por ex-presidentes da BM&F e por
pessoas de destaque no cenário político-econômico nacional.
Outros órgãos constituídos pelo Conselho de Administração são as Câmaras Consultivas,
que se reúnem periodicamente para estudar e sugerir novos métodos e modalidades
operacionais, bem como medidas para o aperfeiçoamento dos vários mercados e contratos.
São várias as Câmaras Consultivas existentes: Análise de Risco; Assuntos de Câmbio;
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Estrutura
Sendo uma associação civil, sua estrutura é montada em termos de sócios. Seus títulos de
sócios estão divididos nas seguintes categorias:
• Membro de Compensação: o título de Membro de Compensação pode ser adquirido por
bancos múltiplos, comerciais e de investimento, corretoras e distribuidoras de títulos e valores
mobiliários, devidamente autorizados a funcionar pelo Banco Central.
Os detentores desse título são os responsáveis, perante a BM&F, pela compensação e pela
liquidação de todos os negócios realizados em pregão de viva voz ou eletrônico. As Corretoras de
Mercadorias que não são Membros de Compensação, os Operadores Especiais, os Operadores
Especiais de Mercadorias Agrícolas, as Corretoras de Mercadorias Agrícolas e as Corretoras
Especiais são obrigados a contratar pelo menos dois Membros de Compensação, perante os
quais assumem deveres e obrigações, para o registro de suas operações.
• Corretora de Mercadorias: garante à pessoa jurídica que o detém o direito de realizar
operações em seu nome - carteira própria - e em nome de terceiros, seus clientes, em todos os
mercados da BM&F.
• Operador Especial: pessoa física (ou firma individual) que opera diretamente, em seu
nome, mas que não está autorizada a realizar operações em nome de terceiros. Pode, contudo,
prestar serviços de execução de ordens às Corretoras.
• Sócio DL (com direito de liquidação): pessoa jurídica autorizada a efetuar a
compensação e a liquidação de operações com títulos públicos, títulos de renda fixa e ativos
emitidos por instituição financeira.
• Sócio DO (com direito de operação): pessoa jurídica autorizada a intermediar e registrar
operações com títulos públicos, câmbio, títulos de renda fixa e ativos emitidos por instituição
financeira.
• Corretora de Mercadorias Agrícolas: embora com direitos semelhantes aos de uma
Corretora de Mercadorias, os detentores desse título podem operar diretamente apenas as
commodities agropecuárias.
• Corretora Especial: título que proporciona a seu detentor o direito de registrar swaps e
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Mercados
Em termos gerais, são os seguintes os mercados abrangidos pela BM&F.
Futuro: neste tipo de operação as partes assumem compromisso de compra e/ou venda
para liquidação (física e/ou financeira) em data futura, contando com o ajuste diário do valor dos
contratos, que é o mecanismo que possibilita a liquidação financeira diária de lucros e prejuízos
das posições.
Termo: é semelhante ao mercado futuro, em que é as partes assumem compromisso de
compra e/ou venda para liquidação em data futura. No mercado a termo, porém, não há ajuste
diário nem intercambialidade de posições, ficando as partes vinculadas uma à outra até a
liquidação do contrato.
Opções sobre Disponível: uma parte adquire de outra o direito de comprar (opção de
compra) ou de vender (opção de venda) o ativo-objeto de negociação, até ou em determinada
data, por preço previamente estipulado.
Opções sobre Futuro: uma parte adquire de outra o direito de comprar (opção de compra)
ou vender (opção de venda) contratos futuros de um ativo ou commodity, até ou em determinada
data, por preço previamente estipulado.
Swaps com Ajustes Diários: esses instrumentos, que foram criados especialmente pela
BM&F para permitir a negociação da taxa de cupom cambial para datas específicas, são utilizados
pelo Banco Central do Brasil na rolagem do hedge cambial oferecido ao mercado. As ofertas do
Banco Central ocorrem via leilão e podem ter a posição criada em data futura, quando ocorre o
início de sua valorização. Isso possibilita melhor administração dos vencimentos pela autoridade
monetária e respectiva programação pelo mercado. Por ter ajuste diário, esses swaps exigem
margem inferior à dos swaps de balcão e admitem consolidação com outros contratos financeiros
de risco simétrico e que sejam ajustados diariamente.
Opções Flexíveis: são operações semelhantes às opções de pregão (sobre disponível e
sobre futuro), com a diferença de que são as partes que definem alguns de seus termos, tais
como preço de exercício, vencimento e tamanho do contrato. As partes também determinam se o
contrato de opção de compra ou de venda terá ou não a garantia da BM&F. As Opções Flexíveis
são negociadas em balcão e registradas na Bolsa via sistema eletrônico.
Swaps: igualmente as “opções flexíveis”, os swaps são contratos negociados em balcão e
registrados na BM&F, via sistema eletrônico. Neste caso, as partes trocam um índice de
rentabilidade por outro, com o intuito de fazer hedge, “casar” posições ativas com posições
passivas, equalizar preços, arbitrar mercados ou até alavancar posições. Para tanto, devem
escolher a combinação de variáveis apropriada à sua operação e definir preço, prazo e tamanho,
optando igualmente pela garantia ou não da Bolsa.
Disponível (à vista ou spot): modalidade reservada apenas a alguns ativos ou
commodities, cujos contratos têm liquidação imediata. Com isso, a Bolsa pretende, ao mesmo
tempo, fomentar os mercados futuros e de opções, por meio da formação transparente de preços
que resulta da negociação à vista, e colaborar para o desenvolvimento dos mercados físicos dos
produtos-objeto de seus contratos.
Deve-se mencionar que, através dos sistemas Sisbex-Negociação e Sisbex-Registro, a
Bolsa oferece a possibilidade para que sejam realizadas a negociações eletrônicas de títulos
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Clearings
Uma das mais importantes condições para o perfeito funcionamento dos mercados
financeiro e de capitais é a confiança entre seus participantes de que seus ganhos serão
recebidos e de que suas operações de compra e venda serão liquidadas nas condições e no
prazo estabelecidos.
Essas condições são proporcionadas pelas câmaras de registro, compensação e liquidação
(clearings), mediante um sistema de compensação que chama para si a responsabilidade pela
liquidação dos negócios, transformando-se no comprador para o vendedor e no vendedor para o
comprador, com estruturas adequadas ao gerenciamento de risco de todos os participantes.
Esse modelo é aplicado às três clearings da BM&F, segundo as características dos
mercados para os quais oferecem serviços de registro, compensação e liquidação de operações:
a) derivativos; b) câmbio; c) ativos.
a) Derivativos
O modelo da Clearing de Derivativos BM&F estabelece a figura do Membro de
Compensação como responsável, perante a Bolsa, pela liquidação de todas as operações.
Além da aquisição do título e de sua caução a favor da BM&F, o Membro precisa atender a
uma série de exigências. No plano financeiro, deve manter o capital de giro mínimo determinado
pela Clearing; no plano operacional, deve manter depósito de garantia para compor o Fundo de
Liquidação de Operações e cumprir os limites impostos às posições sob sua responsabilidade
para diminuir o risco de alavancagem.
As Corretoras e os Operadores Especiais são responsáveis pelas operações que executam,
desde o registro até a liquidação final, perante os Membros de Compensação aos quais estejam
vinculados. Eles também devem preencher requisitos mínimos, exigidos pela Bolsa em termos de
capacidade operacional e financeira.
Os Membros de Compensação também podem impor-lhes limites operacionais e deles
exigir garantias adicionais, independentemente de qualquer manifestação da BM&F.
Para garantir a integridade do mercado e os direitos contratuais de seus participantes, a
estrutura de salvaguardas da Clearing de Derivativos BM&F está subdividida em 1) Limite de
Risco Intradiário do Membro de Compensação, 2) Limites de Concentração de Posições e de
Oscilação Diária de Preços, 3) Margem de Garantia e 4) Fundo Especial dos Membros de
Compensação, Fundo de Liquidação de Operações e Fundo de Garantia:
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
b) Câmbio
A Clearing de Câmbio BM&F é a primeira câmara de compensação e liquidação de
operações no mercado interbancário de câmbio com estrutura de gerenciamento de risco que se
tem conhecimento no mundo. Começou a funcionar em 22 de abril de 2002, juntamente com o
novo Sistema de Pagamentos Brasileiro, conforme o projeto de reestruturação desenvolvido pelo
Banco Central do Brasil.
A Clearing de Câmbio BM&F oferece as condições operacionais apropriadas à gestão de riscos
intrínsecos às operações de compra e venda de moeda estrangeira cursadas por intermédio de seus
sistemas.
A câmara mantém conta de liquidação em moeda nacional junto ao Bacen e contas de
liquidação em moeda estrangeira no Exterior, com as movimentações financeiras ocorrendo dentro da
mesma janela de tempo.
Por ser a parte contratante de todas as operações cursadas em seus sistemas, viabiliza a
eliminação do risco de principal, utilizando o princípio de pagamento contra pagamento por valores
líquidos compensados.
A Clearing de Câmbio BM&F dispõe de mecanismos apropriados para acompanhar a variação
da taxa de câmbio no período entre a contratação e a liquidação, exigindo, para tanto, depósitos
prévios de garantia. Com isso visa assegurar a liquidação das operações na hipótese de inadimplência
de participantes.
Além disso, estabelece limites operacionais aos participantes, com base em sistema de rating
desenvolvido pela Bolsa e na análise do histórico de operações de cada participante no mercado
interbancário, de forma a controlar o risco de liquidez de mercado.
A estrutura de salvaguardas da Clearing de Câmbio BM&F conta também com o Fundo de
Participação, que é o depósito inicial exigido de todos os participantes no ato de sua habilitação,
calculado de acordo com sua participação no mercado de câmbio. Conta também com o Fundo
Operacional, que se destina à cobertura de prejuízos originários de falhas operacionais,
administrativas ou funcionais da Clearing no processo de gerenciamento ou execução de suas
atividades.
Há ainda o Patrimônio Especial, que é uma fração contabilmente separada do patrimônio total
da BM&F para garantir, exclusivamente, o cumprimento das obrigações de responsabilidade da
Clearing.
c) Ativos
A Clearing de Ativos foi adquirida da Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia
(CBLC) e está em fase de reconstituição. A partir de 2003, estará totalmente em operação, com
sistemas adaptados e regras específicas estabelecidas, aplicando-se os mesmos princípios gerais
adotados pelas demais câmaras, por força do Sistema de Pagamentos Brasileiro.
A Clearing de Ativos BM&F terá o intuito de processar a liquidação das operações
realizadas nos sistemas Sisbex-Negociação e Sisbex-Registro com títulos públicos e com títulos
de renda fixa emitidos por instituições financeiras
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CENTRAL DE LIQUIDAÇÃO
. FINANCEIRA E DE CUSTÓDIA DE
TÍTULOS (CETIP)
A Cetip – Central de Custódia e Liquidação Financeira de Títulos foi criada em 1986 pela
Andima, em conjunto com outras entidades representativas do setor financeiro e o Banco Central,
para garantir mais segurança e agilidade às operações realizadas com títulos privados.
Sua criação visava eliminar o risco de extravio e fraudes ao substituir a movimentação física
de títulos, cheques e faturas por registros eletrônicos. A Cetip opera de maneira bastante
semelhante ao Selic, só que abrigando títulos privados, como CDB, RDB, debêntures, CDI etc.
Algumas vezes, o sistema opera também com títulos públicos que se encontram em poder do
setor privado da economia.
Assaf (2001, p. 96) comenta que:
[...] os dois sistemas de liquidação e custódia (Selic e Cetip) têm por objetivo
básico promover a boa liquidação das operações do mercado monetário,
propiciando maior segurança e autenticidade aos negócios realizados. Por sua
importância no volume de operações do mercado monetário, o Selic e a Cetip
divulgam periodicamente duas taxas de juros amplamente adotadas pelos agentes
econômicos, a taxa Selic e a taxa Cetip.
Por meio do Selic, as instituições financeiras podem adquirir e vender títulos todos
os dias, criando um taxa diária conhecida por overnight e representativa das
operações de um dia útil.
Como os títulos negociados no Selic são de grande liquidez e teoricamente de
risco mínimo (títulos públicos), a taxa definida no âmbito desse sistema é aceita
como uma taxa livre de risco da economia, servindo de importante referencial para
a formação dos juros de mercado.
Hoje, com cerca de 4.400 participantes – entre bancos, corretoras, distribuidoras, demais
instituições financeiras, empresas de leasing, fundos de investimento e pessoas jurídicas não
essencialmente financeiras, tais como seguradoras e fundos de pensão –, a Cetip é uma das
maiores empresas de custódia e liquidação financeira da América Latina.
No desempenho de suas atividades, oferece o suporte necessário a toda a cadeia de
operações, prestando serviços integrados de custódia, negociação on line, registro de negócios e
liquidação financeira.
Hoje, a Cetip dá sustentação a toda uma cadeira de operações, prestando serviços
integrados de Custódia, Negociação On Line, Registro de Negócios e Liquidação Financeira.
Oferece ainda sistemas e suporte tecnológico para a CIP – Câmara Interbancária de Pagamentos
(a clearing de pagamentos da Febraban) e para a Centralclearing de Compensação e Liquidação
(câmara de ativos criada pela Cetip para atender ao SPB - Sistema de Pagamentos Brasileiro).
Tecendo comentários sobre o sistema operacional da Central, Fortuna (2002, p.114) diz
que:
[...] quando um negócio é realizado através de qualquer um dos sistemas da Cetip,
a transferência do título só se completa após a checagem dos itens básicos de
segurança – código de acesso, senha, validade de datas etc. As informações do
comprador e do vendedor são casadas. Se houver qualquer divergência nessa
comparação, a operação será rejeitada pelo sistema. O negócio só é aceito pelo
sistema com a confirmação da liquidação financeira – configurando, na prática, o
velho e confiável conceito de “entrega contra recebimento”.
No dia do fechamento das operações, os sistemas da Cetip comunicam o resultado
financeiro dos negócios aos participantes e aos bancos liquidantes. Ao longo do
dia seguinte, os bancos liquidantes confirmam, junto à Cetip, os resultados
líquidos dos negócios. A Cetip repassa então essa confirmação ao Banco Central e
sensibiliza as contas de reserva bancária dos bancos liquidantes. Toda essa
operação garante a compensação financeira do negócio em apenas um dia ou,
como se diz no mercado, em D + 1.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CENTRAL DE LIQUIDAÇÃO
. FINANCEIRA E DE CUSTÓDIA DE
TÍTULOS (CETIP)
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Segundo ensina o Prof. FRAN MARTINS, “Conta Corrente é o contrato segundo o qual duas
pessoas convencionam fazer remessas recíprocas de valores sejam bens, títulos ou dinheiro —
anotando os créditos daí resultantes em uma conta para posterior verificação do saldo exigíveL
mediante balanço. As partes contratantes têm o nome de correntistas ou correspondentes, desses
correntistas denomina-se remetente em favor de quem é lançado o crédito, recipiente é aquele que
recebe o crédito e o lança, na conta, a seu débito. As remessas são as operações praticadas pelos
correntistas para alimentar a conta Podem constar essas remessas de dinheiro, bens ou títulos de
crédito; deverão, sempre, ter um valor determinado, para que possam servir de base aos lançamentos
que são feitos na conta” - (em “Contrato e Obrigações Comerciais’, 7a ed. Forense/1 984, pg. 460).
a) “Titular”: é a pessoa que tem a conta. Se a conta for de duas ou mais pessoas, todos são titulares.
b) “Correntista”:é o mesmo que titular.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Documentos Básicos
a) “Ficha-proposta”
- formulário onde são anotados o nome, endereço completo, telefone, data do nascimento,
filiação, estado civil, atividade profissional, dados sobre o documento de identidade, CPF (CIC>,
renda mensal, nome da empresa em que o cliente trabalha, fontes de referência e espaços para
anotações sobre a movimentação da conta, inclusive devoluções de cheques, etc. Após a
abertura da conta corrente o seu número também é anotado. Alguns bancos também a usam
como Ficha Cadastral para pequenos empréstimos ou concessão de Cheque Especial.
c) “Fichas de Depósitos”
- são documentos pelos quais o correntista efetua depósitos em dinheiro e em cheques. Devem
ser preenchidas pelo cliente ou por funcionário do Banco, constando os valores, separadamente
em cheques e em dinheiro. Uma das vias da ficha, após autenticação mecãnica que comprova o
recebimento, é devolvida ao cliente.
d) “Cheque”:
- é um formulário cedido pelo Banco, para que o cliente possa sacar parte ou total do valor
depositado, usando para pagamento de seus compromissos (sobre “cheque” ver adiante título
com matéria específica).
Confira agora alguns modelos de documentos básicos para abertura/movimentação de conta
Enquanto a pessoa física é o ser humano, ou seja, a que nasce da natureza, a pessoa jurídica
não nasce da natureza, mas resulta de uma ficção jurídica ou seja, é uma invenção do direito; é,
portanto, uma criação do direito, da lei (a palavra direito vem do latim, juris, dai se chamar pessoa
jurkflca).
E importante que se destaque que “As pessoas jurídicas têm existência distinta da dos seus
membros” (art.2OICód.Civil) —- ou seja, não se pode confundir a pessoa jurídica com as pessoas
naturais de seus sócios ou associados.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Incapacidade Absoluta
Segundo nosso Código Civil (art.5”) certas pessoas são absolutamente incapazes -- quer
dizer, não querem, nem sabem o que querem, nem podem, por si mesmas, agir em busca do exercício
de seus direitos:
a) os menores de 16 anos;
b) os loucos de todo gênero;
c) os surdos-mudos, que não puderem exprimir a sua vontade
d) os ausentes, declarados tais por ato do juiz.
Assim, de acordo com o nosso Código Civil, tais pessoas não dispõem de capacidade de
exercício de seus direitos (o que não impede que eles gozem, beneficiem-se de seus direitos, pois
qualquer pessoa tem plena capacidade de gozo).
Há outras pessoas que não se enquadram nessas categorias, mas também não podem
praticar sozinhos os atos de exercício de seus direitos. Só têm capacidade para exercitar seus direitos
se contarem com a assistência de uma outra pessoa (esta outra deve ter plena capacidade para
auxiliá-lo).
Incapacidade Relativa
Tais pessoas, que precisam da assistência de uma outra, têm “capacidade relativa”. São
relativamente capazes:
As pessoas que têm capacidade relativa podem praticar alguns atos (apenas alguns), sem
necessidade de serem assistidos por outra pessoa. Exemplos:
Cessação da Incapacidade
Automaticamente, toda pessoa alcançará a plena capacidade, e, assim, poderá praticar todos
os atos da vida civil, exercitando seus direitos — quando atingir os 18 anos de idade. É pouco importa
se a pessoa é do sexo masculino ou feminino; homens e mulheres são considerados maiores quando
atingem aos 18 anos de idade.
De regra, a Incapacidade termina com a maioridade, que pode ser uma simples decorrência
(a) do tempo (a pessoa atinge 18 anos de idade), ou (b) de um ato civil (a pessoa se casa e se toma
plenamente capaz; ou seu pai lhe dá outorga —- a emancipação, etc).
De fato, “Aos dezoito um anos completos acaba a menoridade, ficando habilitado o indivíduo
para todos os atos da vida civil”, é a disposição do art.90 do Cód.Civil -— e só não é válida se tal
pessoa for doente mental, ou louco, etc.
As pessoas de capacidade relativa poderão tomar-se plenamente (totalmente) capazes, se
ocorrer uma das seguintes outras hipóteses:
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Vejamos como as pessoas físicas incapazes se relacionarão com Bancos, tendo ou não contas
correntes:
~ Interdito: é a pessoa física, maior de 18 anos, que por decisão judicial, está incapacitada para atos
da vida civil A abertura da conta só poderá ser feita por seu Curador, que é a pessoa nomeada (por
um Juiz) para responder por ela. Nesse caso, além dos seus documentos pessoais, deverão ser
apresentados os documentos do Curador. Também deverá ser apresentada certidão da Curatela,
devidamente registrada em Cartório Civil. A conta, neste caso, só será aberta para receber créditos de
salários ou benefícios da Previdência Social, os quais deverão ser retirados através de Cheque Avulso,
também chamado de Recibo de Saque.
~ Menor Trabalhador (de 12 anos a 16 anos incompletos): a conta poderá ser aberta pelo próprio
menor. Além dos documentos pessoais (RG ou Carteira de Trabalho e CPF) não é exigido nenhum
outro documento. Nesse caso, a conta só será aberta para crédito de seus salários e as retiradas
deverão ser feitas através do Cheque Avulso ou Recibo de Saque.
.~ Menor (até 18 anos incompletos): a conta só poderá ser aberta pelo responsável legal (pai, ou mãe
ou tutor). São exigidos os documentos do menor e do seu responsável. Quando o menor tiver perdido
o pai e a mãe, o Juiz de Menores nomeará um TUTOR para que por ele seja responsável. Neste caso,
para a abertura da conta será necessária também a apresentação da certidão da tutela. A
movimentação poderá ser livre, mas somente pelo responsável, que assinará os cheques fornecidos
pelo Banco. Em caso de falecimento do menor, a tutela perde efeito, e o Banco pagará somente os
cheques emitidos pelo responsável anteriormente à morte do menor.
Menor (de 16 anos a 18 incompletos): a conta deverá ser aberta mediante autorização do responsável
(pai ou mãe ou tutor). Os documentos a serem apresentados são os do menor e do seu responsável.
No caso de tutela, deverá também ser apresentada a certidão da tutela, expedida pelo Juizado de
Menores. O menor poderá, ainda, movimentar sua conta através de procurador. Ao outorgar a
procuração a outra pessoa, o menor deverá ser assistido pelo seu responsável. O original ou cópia
autenticada da procuração deverá ser entregue ao Banco para a abertura da conta corrente. Os
cheques dos talões que o Banco fornecer serão, então, assinados pelo próprio menor, ou, em caso de
procuração, por seu procurador. Em caso de falecimento do menor, a tutela e a procuração perdem
seus efeitos. Assim, caso a conta esteja sendo movimentada pelo procurador, o Banco só pagará os
cheques emitidos anteriormente à morte do menor.
a) emancipação outorgada pelo seu responsável (pai, mãe ou tutor), através de Escritura Pública,
devidamente registrada em Cartório Civil.
b) emancipação que se dá em virtude de casamento, conforme estabelece a Lei Civil.
c) emancipação pela conclusão de Curso Superior, também estabelecida pela Lei Civil.
d) se o menor se estabelecer comercialmente também adquirirá sua emancipação.
Ele próprio poderá abrir sua conta corrente em um Banco, apresentando além do seu documento
de identidade e o CPF, o documento que prove sua emancipação: Escritura de Emancipação, ou certidão de casamento, ou diploma
de Curso Superior, ou Registro na Junta Comercial do seu
Estabelecimento.
A conta também poderá ser aberta e movimentada por seu procurador.
~- Analfabeto: obviamente, não podendo assinar, não poderá, senão por intermédio de um procura-
dor, abrir e movimentar conta corrente. No caso, além de seus documentos pessoais, os do
procurador, bem como a procuração, deverão ser apresentados. Entretanto, se a conta corrente se
destinar a receber crédito de salários ou benefícios da Previdência Social, ele próprio poderá abri-la.
Entretanto só poderá fazer retiradas, usando de cheques avulsos ou recibos de saques, colocando
no local destinado a assinatura sua impressão digital.
~ Cego: a conta deverá ser aberta e movimentada por procurador, com a apresentação dos
documentos pessoais de ambos e da procuração pública. Da mesma forma, vindo o cego a falecer,
cessam os efeitos da procuração: o Banco pagará somente os cheques emitidos anteriormente à sua
morte.
~ Contas Coletivas: são contas abertas em nome de 2 (duas) ou mais pessoas. São abertas
mediante a apresentação de documentos de todos os titulares. Pode acontecer que um, ou mais, ou
todos desejem que a abertura e a movimentação sejam feitas por procurador. Nesse caso, deverão ser
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
~ Contas Conjuntas: também chamadas de Solidárias, são igualmente, contas correntes abertas em
nome de duas ou mais pessoas, mas com cláusula de solidariedade. Deverá ser aberta pessoalmente
por todos ou por seus procuradores. A documentação a ser apresentada é a mesma da conta coletiva.
Havendo procuração, deverá ser apresentado o instrumento público ou particular. A diferença entre a
conta corrente coletiva e conjunta está na movimentação dos recursos depositados. Enquanto naquela
os cheques devem ser assinados por todos, nesta qualquer um dos titulares poderá emiti-los,
assinando-os isoladamente. No caso de falecimento de um dos titulares que seja
representado por procurador, prevalece a regra já citada.
~ Condomínio em Edifício: a conta será aberta por pessoa ou pessoas autorizadas para tal através
de Assembléia. Normalmente o autorizado é o Síndico do prédio. Na abertura serão exigidos os
documentos pessoais dessa pessoa e a Ata ou cópia da Assembléia realizada. Se houver procurador,
também necessário será o original ou cópia autenticada do instrumento de procuração, particular ou
pública. Os cheques serão assinados pelo autorizado ou Síndico, ou, se for o caso, por seu
procurador.
~- Associações Civis (não visam a lucro): A abertura da conta depende da apresentação do Contrato
Social da sociedade, onde constem o nome de diretores autorizados a abrir contas e movimentar seus
recursos, além dos documentos pessoais. Também essas pessoas podem ser representadas por
procurador ou procuradores, quando, então, o devido instrumento deverá ser apresentado. A
movimentação, então, será feita por esses diretores ou procuradores.
Vimos que todas as pessoas têm capacidade para gozar seus direitos, mas nem todas têm
capacidade para exercitá-los, ou seja, para praticar atos da vida civil.
“Aos vinte e um anos completos acaba a menoridade, ficando habilitado o individuo para todos
os atos da vida civil”, é a disposição do art.90 do Código Civil -— e só não e válida se tal pessoa for
doente mental, ou louco, etc.
Surge então a questão: Como tais pessoas (as que não têm capacidade de exercicio)
exercitam seus direitos ??? Segundo o art.84 do Código Civil, “As pessoas absolutamente incapazes
serão representadas pelos pais, tutores, ou curadores em todos os atos jurídicos”. Assim, o exercício
do direito do incapaz será feito por outrem (ou os pais, ou, se não houver, pelos tutores, ou, se não
houver, pelo curador) substituindo o incapaz. A essa substituição dá-se o nome de representação
jurídica.
A representação, de regra, é feita pelos pais (ninguém melhor que os pais, para bem exercitar
os direitos de seus filhos). Quando o incapaz for um menor e órfão (não tiver pais), normalmente, terá
um tutor; se for uma pessoa com mais de 18 anos, considerado incapaz por ser (por exemplo) louco,
será nomeado um curador, para administrar seus bens e interesses e representá-lo em todos os atos e
negócios.
Resumindo: todo filho é representado pelos pais (hoje, com a Nova Constituição, tanto pode
ser o pai como a mãe, pois foram equiparados e têm iguais responsabilidades, direitos e deveres);
“menor” sem pais será representado por tutor e incapaz (louco) por um curador.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Como funciona a pessoa jurídica??? Ou, como se define a capacidade da pessoa jurídica,
para ela agir, se é uma simples ficção??? Sendo uma ficção jurídica, ela funciona por intermédio de
seus sócios. Eles é que agirão em r~iome da pessoa jurídica, e quando assim o fizerem, estarão
assumindo obrigações (ou exercitando direitos) em nome dela, e não em nome pessoal.
~ importante que se destaque que “As pessoas jurídicas têm existência distinta da dos seus
membros” (art.20/Cód.Civil) -— ou seja, não se pode confundir a pessoa juridica com as pessoas
naturais de seus sócios ou associados.
Normalmente, tal representação é feita pelos seus sócios-diretores, ou seja, aqueles sócios a
quem o contrato social de constituição da sociedade conferir poderes para representar a sociedade, ou
seja, a quem o contrato social der poderes para assinar em nome da sociedade, assumir obrigações
em nome dela, bem como gozar (em nome/benefício da sociedade), os direitos, que a sociedade tiver.
Nada impede que tais poderes sejam conferidos a um gerente, que assim representará a
sociedade.
Você já notou que as pessoas “de fora” nos causam receio: temos medo de fazer negócios
com elas (e até de namorá-las). Isto se deve ao fato de que não saberemos onde encontrá-las, caso
ocorra algum problema. ~ muito importante que uma pessoa tenha bem definido o local em que será
encontrada, caso as demais pessoas (que com ela se relacionem) queiram encontrá-las para a
solução de pendência. Como as pessoas mantêm muitas relações entre si, a Lei estabeleceu que
todas as pessoas devem ter bem definido esse lugar, em que serão encontradas por todas as
demais.
A esse lugar dá-se o nome de domicílio. O domicílio é, portanto, a vinculação de uma pessoa
(pouco importa se pessoa física ou pessoa jurídica>, pois nesse local serão cobradas suas
responsabilidades, suas dívidas, etc. De regra, é no domicílio da pessoa que será ela processada
judicialmente.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Se a pessoa não tem qualquer residência, mas trabalha, habitualmente, num determinado
local, esse será seu domicílio. Há pessoas, porém, que não moram em qualquer lugar: passam todo o
tempo viajando, hospedando-se em hotéis (ou pensões) e, às vezes, nem têm lugar definido, em que
trabalham.
Qual será seu domicilio 7?? Eis a definição do Cód.Civil, art.33: “Tem-se por domicílio da
pessoa natural, que não tenha residência habitual (artigo 31). ou empregue a vida em viagens, sem
ponto central de negócios, o lugar onde for encontrada”.
Embora todos tenham um donlicilio (nem que seja simples lugar em que for encontrado), nada
impedirá que uma pessoa altere seu domicilio, mude-o. Bastará que transfira sua residência (definitiva)
para outro local, ou seu ponto habitual de trabalho (caso não tenha residência) -- e, automaticamente,
terá mudado seu domicilio.
Percebe-se, desta forma, que o domicílio resulta da vontade da pessoa: chama-se “voluntário”
tal domicílio. Nem sempre, porém, é ele voluntário; às vezes é a Lei que define, impõe qual será o
domicílio da pessoa (chama-se, então, domicilio “necessário”). Assim, p.ex., o domicílio do funcionário
público é a praça da repartição pública em que ele trabalha.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Em relação aos militares da Marinha, haveria preocupação especial: afinal, os marinheiros têm
em seu navio sua base militar, que se desloca ao sabor das ondas do mar, ora aportando aqui, ora
acolá. Qual seria o domicílio do marinheiro militar???
A resposta é dada pelo parágrafo único do art.38 do Código Civil: “As pessoas com praça na
armada têm o seu domicílio na respectiva estação naval, ou na sede do emprego que estiverem
exercendo, em terra”
De fato, toda embarcação tem sua vincula ção a uma estação naval terrestre - e,
indiferentemente de onde esteja o navio, o marinheiro estará também vinculado áquela base
naval terrestre e tal local será o indicativo de seu domicílio civil.
Domicílio do Preso
Não é pelo fato de uma pessoa estar aprisionada, que deixará ela de ter obrigações civis, e,
portanto, sua prisão não impedirá que seus credores o acionem, para dele haverem seus créditos.
O simples fato de a pessoa estar aprisionada já a sugere que deva ela ser procurada e
cobrada exatamente na Comarca em que se situar o estabelecimento penitenciário.
Essa é, de fato, a regra do ad. 40 do Código Civil: ‘O preso, ou o desterrado, tem o domicilio
no lugar onde cumpre a sentença, ou desterro (ad. 80, parág. 2”, n” 2, da Constituição Federal )“.
Anote-se que a lei civil não se importou com o anterior domicílio do preso, impondo-lhe um
novo domicílio, que é o da Comarca em que se situa a penitenciária, em que está ele aprisionado.
Trata-se, pois, de domicilio necessário, que se sobrepôe ao domicilio voluntário. Assim, não tem
qualquer relevância que o preso morasse, vivesse e trabalhasse na Capital de São Paulo; se ele está
preso na Cadeia de Presidente Venceslau, seu domicílio é, necessariamente, a Comarca de
Presidente Venceslau.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Conceito Jurídico
Para se cobrar alguma coisa de alguém é necessário que tenhamos um fundamento, uma
razão autorizativa. Assim, se um pai cobra um bom comportanento do filho ele o faz porque tem título:
é o pai. Se uma vizinha critica a outra, tachando-a, por exemplo, de fofoqueira, ela poderá responder-lhe que esta não tem titulo para
falar aquilo, pois “não é meu pai, nem parente, etc” e que falta “título
moral”, pois é muito fofoqueira também.
O titulo de crédito é a “razão pela qual” uma pessoa tem o direito de cobrar algum valor de
outra pessoa.
O titulo de crédito é, portanto, um documento que comprova que uma pessoa tem razão de
cobrar um crédito de outra pessoa, ou seja, tem tal crédito com ela.
Das mais conhecidas e prestigiadas é a definição de VIVANTE “Titulo de crédito é o
documento necessário para o exercício do direito, literal e autônomo, nele mencionado” (in “Trattato di
Diritto Commercialle, 5~ ed., vol. III, pg. 123).
O titulo de crédito corporifica o crédito de uma pessoa em relação a uma outra, legitimando-a a
exigir-lo.
Nosso direito disciplinou os títulos de crédito e lhes emprestou muita força jurídica, o que lhes
da uma grande importància na vida comercial, até substituindo a moeda, pois a circulatonedade (eles
circulam como dinheiro) é também uma das significativas características dos títulos de crédito.
Vários são os tipos de títulos de crédito: o cheque, a nota promissória, a duplicata, a letra de
cãmbio, o conhecimento de transporte, o conhecimento de depósito e o warrant.
Incorporação
A incorporação também chamada de “cartularidade” significa que o direito representado no
título de crédito só existe como tal, só tem validade como tal, só será reconhecido como tal e só será
exigível como tal, se estiver incorporado naquele papel/formulário, regularmente preenchido e
assinado como titulo de crédito.
Sem aquele “como”, mesmo que haja milhares de testemunhas provando, por exemplo, que
alguém prometeu pagar ao credor uma quantia, tal credor não terá tal titulo de crédito e não poderá
dele fazer o gozo respeitado pelo Direito.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Enfim, título de crédito só existe como direito incorporado num papel/formulário legal.
Ensina o Mestre RUBENS REQUIÃO que a cartularidade significa o documento necessário: “O
título de crédito se assenta, se materializa, numa cártula, ou seja, num papel ou documento. Para o
exercício do direito resultante do crédito concedido torna-se essencial a exibição do documento. O
documento é necessário para o exercício do direito de crédito. Sem a sua exibição material não pode o
credor exigir ou exercitar qualquer direito fundado no título de crédito. Vivante, como esse conceito,
substitui o vulgar, que combate, pelo qual se afirma que o direito está incorporado ao título” (in “Curso
de Direito Comercial”, Volíl, 8a ed. Saraiva/1977, pg. 296).
Literalidade
A líteralidade quer dizer que o credor tem o direito exatamente escrito no papel/formuláno
legal, nem um centavo a menos, nem a mais: vale apenas o que está literalmente escrito e só.
FRAN MARTINS, igualmente, define a literalidade como “o que está escrito no título, limitando
os direitos nele incorporados” (in “Títulos de Crédito”, vol. ~, 3~ ed.Forense/1 983, pg.1O).
E também o que anota RUBENS REQUIÃO: “O título é literal porque sua existência se regula
pelo teor de seu conteúdo. O título de crédito se enuncia em um escrito, e somente o que está nele
inserido se leva em consideração, uma obrigação que ele não conste, embora sendo expressa em
documento, separado, nele não se integra” (in “Curso de Direito Comercial”, Vol. ~ 8~ ed. -
Saraiva/1977, pg.296).
Autonomia
A autonomia dá ao título -- perante terceiras pessoas -- uma objetiva desvinculação de
qualquer outro negócio: ele vale por si mesmo e tem força de exigibilidade, exatamente porque foi
emitido e existe como papel/formulário legal.
Pela autonomia, uma vez em circulação o titulo de crédito (transferido a terceiros), mesmo que
o negócio, de que ele nasceu não tenha validade, será válido o negócio de sua transferência e todas
as terceiras pessoas envolvidas na circulação poderão exigir o cumprimento do título.
A autonomia não impedirá, porém, que o devedor final oponha ao credor o defeito (invalidade)
do negócio, de que nasceu a emissão do titulo de crédito: p.ex., se foi sacada uma duplicata, mas a
mercadoria entregue estava defeituosa, foi devolvida e a venda e compra não se consumou -—
continuará válido o desconto da duplicata com terceira pessoa, que a redescontou num Banco qualquer; quando cobrado, o
comprador deixará de pagar, comprovando que a venda-e-compra não se
consumou, portanto nada deve; então o Banco sacado cobrará daquele terceiro que descontou o titulo,
e este cobrará o valor do sacador, de quem havia descontado a duplicata. Todos os negócios
continuaram válidos, embora baseados numa duplicata, que depois se comprovou inválida.
Para FRAN MARTI NS “significa a autonomia o fato de não estar o cumprimento das
obrigações assumidas por alguém no titulo vinculado a outra obrigação qualquer, mesmo ao negócio
que deu lugar ao nascimento do título. Isso se justifica porque a obrigação, em princípio, tem a sua
origem nos verdadeiros títulos de crédito, em um ato unilateral da vontade de quem se obriga: aquele
que assim o faz não subordina sua obrigação a qualquer outra por acaso já existente no título. Daí o
poder do portador, no momento oportuno, exigir de qualquer obrigado a realização da obrigação por
ele assumida, desde que tenha praticado os atos determinados pela lei (p. ex., antes dele, o portador
deve, por determinação da lei, comprovar que o obrigado principal não pagou... mediante... protesto...
- (ín ‘Títulos de Crédito”, vol. ~, 3~ ed, Forense, p. 11).
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Letra de Câmbio
Arts. 1 a 53 do Decreto n0 2.044, de 31 de dezembro de 1908, alterado pelo Decreto n”
57.663, de 24 de janeiro de 1966 - Lei Uniforme de Genebra.
Nota Promissória
Arts. 54 a 57 do Decreto n~ 2.044, de 31 de dezembro de 1908, alterado pelo Decreto n0
57.663, de 24 de janeiro de 1966 - Lei Uniforme de Genebra.
Arts. 46 a 51 da Lei n0 6.404, de /5.dezembro de 1976
Debênture
Arts. 52 a 74 da Lei n0 6.404, de 15 de dezembro de 1976.
Cédula Hipotecária
Decreto-Lei n0 70, de 21 de novembro de 1966, e Resolução n0 228, de 4 de julho de 1972, do
Banco Central do Brasil.
Certificado de Investimento
Resolução n0 145, de 14 de abril de 1970 do Banco Central do Brasil.
Princípios Gerais
Os doutrinadores que escreveram sobre os títulos de crédito, de JOÃO EUNÁPIO BORGES (in
‘Títulos de Crédito”, 28 ed. Forense, 1972, p.12) a RUBENS REQUIÃO (in “Curso de Direito Comercial”
Vol. II, 88 ed Saraiva/1 977 p. 296) --- esposam o entendimento de FRAN MARTINS, de que o sucesso
de aceitação dos títulos de crédito deveu-se a admissão de “certos princípios a revestirem esses
títulos, princípios que se incorporaram à natureza do mesmo e que, por tal razão, hoje os ca-
racterizam” - (in “Títulos de Crédito”, vol. 1, 38 ed. Forense/1 983, pg.9).
Noutras palavras, os princípios gerais em que se esteiam os títulos de crédito não são mais
que suas próprias características básicas, e que JOÃO EUNÁPIO BORGES observa serem “comuns a
todos os títulos de crédito” (in ‘Títulos de Crédito”, 28 ed.Forense, 1972, pg.12), ou seja, (a) a
incorporação ou cartularidade, (b) a líteralidade e (c) a autonomia --- a que se podem acrescentar a
independência e a abstração, já particulares de alguns títulos de crédito.
E não se há de desconsiderar, ainda, o princípio da inoponibilidade das exceções pessoais~
princípio importantissimo, que empresta garantia a todos quantos portem um título de crédito e
venham a exigir do devedor o respectivo crédito.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Cartularidade
Como já vimos, a cartularidade -— também chamada de “incorporação” --- significa que o
direito representado no título de crédito só existe como tal, só tem validade como tal, só será
reconhecido como tal e só será exigível como tal, se estiver incorporado naquele papel/formulário,
regularmente preenchido e assinado como título de crédito.
Sem aquele “corpo”, mesmo que haja milhares de testemunhas provando, por exemplo, que
alguém prometeu pagar ao credor uma quantia, tal credor não terá tal título de crédito e não poderá
dele fazer o gozo respeitado pelo Direito.
Enfim, título de crédito só existe como direito incorporado num papel/formulário legal.
Ensina o Mestre RUBENS REQUIÃO que a cartularidade significa o documento necessário: “O
titulo de crédito se assenta, se materializa, numa cártula, ou seja, num papel ou documento. Para o
exercício do direito resultante do crédito concedido torna-se essencial a exibição do documento. O
documento é necessário para o exercício do direito de crédito. Sem a sua exibição material não pode o
credor exigir ou exercitar qualquer direito fundado no título de crédito. Vivante, como esse conceito,
substitui o vulgar, que combate, pelo qual se afim-ia que o direito está incorporado ao título” (in “Curso
de Direito Comercial”, Vol. II, 88 ed. Saraiva/1977, pág. .296).
Autonomia
É a autonomia que dá ao titulo — perante terceiras pessoas — uma objetiva desvinculação de
qualquer
outro negócio: ele vale por si mesmo e tem força de exigibilidade, exatamente porque foi emitido e
existe como papel/formulário legal.
Pela autonomia, uma vez em circulação o titulo de crédito (transferido a terceiros), mesmo que
o negócio, de que ele nasceu não tenha validade, será válido o negócio de sua transferência e todas
as terceiras pessoas envolvidas na circulação poderão exigir o cumprimento do título.
A autonomia não impedirá, porém, que o devedor final oponha ao credor o defeito (invalidade)
do negócio, de que nasceu a emissão do titulo de crédito: p.ex., se foi sacada uma duplicata, mas a
mercadoria entregue estava defeituosa, foi devolvida e a venda e compra não se consumou -—
continuará válido o
desconto da duplicata com terceira pessoa, que a redescontou num Banco qualquer; quando cobrado,
o comprador deixará de pagar, comprovando que a venda-e-compra não se consumou, portanto nada
deve; então o Banco sacado cobrará daquele terceiro que descontou o título, e este cobrará o valor do
sacador, de quem havia descontado a duplicata. Todos os negócios continuaram válidos, embora
baseados numa duplicata, que depois se comprovou inválida.
Literalidade
A literalidade quer dizer que o credor tem o direito exatamente escrito no papel/formulário
legal, nem um centavo a menos, nem a mais: vale apenas o que está literalmente escrito e só.
Leciona RUBENS REQUIAO que “O titulo é literal porque sua existência se regula pelo teor de
seu conteúdo. O titulo de crédito se enuncia em um escrito, e somente o que está nele inserido se leva
em consideração, uma obrigação que ele não conste, embora sendo expressa em documento,
separado, nele não se integra” (in “Curso de Direito Comercial”, Vol. II, 8~ Ed. - SaraivaIl977, pg. 296>.
Abstração
A abstração empresta aos títulos de crédito a natureza de títulos desvinculados da causa a
que devem sua origem. Tal causa -— ainda que exista —- é apart~la da obrigação, como, p.~., no
caso da letra de câmbio e notas bancárias.
Dada a abstração a causa de sua emissão é irrelevante, não essencial ao titulo de crédito.
Mas a invocação da abstração alcança eficácia máxima “quando põe em relação duas pessoas que
não contratam entre si, encontrando-se uma em frente da outra, em virtude apenas dó titulo”, segundo
observa VIVANTE.
A abstração para JOÃO EUNAPIO BORGES, significa que “É claro que em qualquer caso,
quer na emissão, quer na negociação do titulo está presa a uma causa concreta - compara e venda,
mútuo etc. —- mas a lei —-- em certos titulos —-- faz completa abstração de tal causa. São títulos
abstratos e neutros no sentido de que não se prendem legalmente a nenhuma causa certa e
determinada, podendo servir de molde para qualquer obrigação, qualquer que seja a natureza e a
origem desta, poderá ela incorporar-se no título abstrato, cuja absoluta independência em relação à
causa desconhecida constitui fator de maior segurança e tranqúilidade para os sucessivos adquirentes
de títulos, como a letra de câmbio, a nota promissória e o cheque: é a abstração ou abstratividade (a
astrattezza dos autores italianos) - que Valeri diz constituir a exacerbação da autonomia, do mesmo
modo que o formalismo é a exacerbação da literalídade. Na doutrina alemã, há autores, como Júlio
Adler, que falam ainda em grau superior, em maior intensificação da obrigação abstrata: é a obrigação
Kausaloss (destituída de causa), na qual o apelo á causa de que se originou é impossível, mesmo sob
a forma de exceção. Assim, a cambial, nas mãos do tomador seria apenas abstrata, nas mãos de
terceiros, seria Kausaloss” (in “Títulos de Crédito” Ed. Forense/1971, pg.17).
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Nota Promissória
Este titulo de crédito também é muito conhecido: retrata uma promessa de pagamento de uma
importância.
O “emitente” faz uma promessa escrita de que pagará a uma pessoa “beneficiária” uma
importância. Assim, quem dá nascimento à nota promissória é o próprio devedor. Por conseqúência
este título (assim como o cheque) também não precisa de aceite (a emissâo já seria o próprio aceite).
Para que esse título de crédito tenha validade será necessário que dele constem os seguintes
req uisitos:
a) o nome “Nota Promissória” (ainda que em língua estrangeira, se toda a nota for redigida em
outro idioma —- “billet à ordre”, “promissory note”, “eígener wechsel”, “paghero cambiario”,
“vaglia cambiario”, “cambiale propria”, “livrança”..);
b) o valor da quantia em dinheiro a pagar, por extenso.
c) o nome da pessoa a quem se promete pagar (o beneficiário). Atenção: a nota promissória não
pode ser emitida ao portador.
d) a assinatura do emitente (ou de um seu procurador, com poderes especiais para emitir a nota
promissória).
Sem esses requisitos o título é nulo, não terá validade como nota promissória.
Tem-se costume de fazer constar da nota promissória a “indicação por algarismos” do valor da quantia a
ser paga (o mesmo costume que existe em cheque). Claro que se houver divergência entre esse valor
grafado em numeral e o valor redigido por extenso, prevalece o valor deste último (extenso).
Pode constar também da nota promissória a data e o lugar de sua emissão. Se faltar, porém,
nenhuma consequência advirá, podendo o credor preenchê-los a seu bel prazer.
Também a “data do vencimento”, ou seja, o dia em que a promessa de pagamento será cumprida
deverá constar do titulo. Se faltar, não haverá nulidade do título: entender-se-á que o vencimento é “à
vista”.
Finalmente, na nota promissória deverá ser lançado o lugar do pagamento. Também não há maior
importância na omissão desse requisito, pois, se faltar, será considerado como “lugar do pagamento” o
lugar do domicilio do emitente (lembra-se da matéria sobre o “domicílio” ?).
Registro
Houve uma época, em que a lei estabelecia a obrigatoriedade do registro das notas
promissórias na partição da Fazenda Federal. Se não houvesse o registro, a nota
promissória não poderia ser executada. Hoje não mais existe essa obrigação. A nota
promissória, portanto, não precisa e não deve ser registrada para ter validade.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Duplicata e Fatura
De todos os títulos de crédito, é a duplicata o único que teve origem genuinamente brasileira.
Tal origem vem do velho Código Comercial, que obrigava o vendedor (comerciante) a apresentar ao
comprador, “por duplicata”, isto é, em duas vias, no ato da entrega das mercadorias, a fatura, ou seja,
a conta dos gêneros vendidos.
Essa fatura (relação das mercadorias e preços) era assinada pelos dois (comprador e
vendedor) para se comprovar a perfeição e consumação do negócio, e, assim, da divida do
comprador.
Desta forma, se o comprado\r não pagasse, o vendedor (comerciante) tinha um documento
(titulo) representativo de seu crédito, podendo cobrá-lo judicialmente.
A fatura (também chamada de “nota de venda”) é, portanto, a relação das mercadorias
vendidas, com a discriminação de sua quantidade, qualidade, espécies, tipos, marcas, preços, etc.
Da fatura é que poderá ser extraida a duplicata, conforme permite a lei: “no ato da emissão da
fatura, dela poderá ser extraida uma duplicata para circulação com efeito comercial, não sendo
admitida qualquer outra espécie de título de crédito para documentar o saque do vendedor pela
importãncia faturada ao comprador”
De acordo com o Prof. RUBENS REQUIÃO, “Com a extração da fatura de venda, o vendedor
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
poderá sacar uma duplicata correspondente, para circular como título de crédito. Esse titulo é a
duplicata comercial, ou duplicata de fatura por alguns também denominada conta assinada. São três
expressões.” (in Curso de Direito Comercial, 2” vol., 8a ed., Ed.Saraiva, pág. 436).
Significa que o comerciante, como tem tal crédito a receber, pode criar um documento, um
titulo de seu crédito e pó-lo em circulação (passar para outras pessoas), pois ele representa uma
quantia de dinheiro a receber.
Só que nenhum outro título de crédito poderá ser emitido, para “simbolizar” essa divida (nem
cheque pós-datado, nem nota promissória, nada). A venda e compra só autoriza o saque da duplicata.
Hoje a duplicata não é mais restrita à venda-e-compra de mercadorias. Também para a
prestação de serviços é admitido o saque da duplicata.
A duplicata tanto pode ser sacada com “data certa de vencimento”, como pode ser “á vista”.
Quando sacada “à vista”, o devedor deverá pagá-la na hora que a duplicata lhe for apresentada. Se o
saque for com “data certa de vencimento”, o pagamento ocorrerá no dia marcado para o vencimento.
Para que tenha validade uma duplicata, deverá o titulo conter os seguintes requisitos:
a) denominação “duplicata”;
b) a data de sua emissão;
c) seu número de ordem
d) o número de fatura de que foi ela extraída;
e) seu vencimento (com “data certa” ou “á vista”);
f) o nome e domic[lio do vendedor (sacador) e do comprador-devedor (sacado);
g) o valor a ser pago, em algarismos e por extenso;
h) a praça de pagamento (cidade em que deverá ser paga);
i) a cláusula “à ordem” (possibilidade para que o credor-sacador transfira seu crédito para outra
pessoa, mediante endosso);
j) a declaração do reconhecimento de sua exatidão e da obrigação de pagá-la, a ser assinada
pelo comprador-sacado, como aceite da duplicata;
k) o nome e assinatura do sacador.
Observe-se que a duplicata é um titulo feito (sacado, emitido) pelo próprio credor, nele intervindo o
devedor com seu “aceite”.
E se o devedor se recusar a aceitar a duplicata, terá ela valor? Como já vimos, a maior força de to-
do título de crédito está na certeza que ele retrata, de que alguém deve uma importância a outrem.
Tanta é essa certeza, que nem há necessidade de uma sentença, declarando essa dívida. O credor
pode requerer ao juiz que determine o imediato pagamento (em 24 horas) e tome (penhore) bens do
devedor, caso este não pague.
A duplicata, rigorosamente, só se aperfeiçoa com o aceite. A falta de aceite, entretanto, não lhe
tirará o “poder” de ser executada, se o comerciante juntar á duplicata o canhoto comprobatório da
entrega da mercadoria (ou do recebimento do serviço prestado).
Curioso anotar que a duplicata deve ser, previamente, enviada ao sacado para que ele a aceite.
Deverá ele devolver a duplicata ao credor. Se não o fizer, segundo o art. 885 do Código de Processo
Civil Brasileiro, poderá até ter sua prisão decretada, caso o portador da duplicata prove ao juiz que
entregou o título e o devedor se recusou a devolvê-lo. Como se trata de uma variação de “depositário
infiel”, essa modalidade de prisão foi preservada pela Nova Constituição.
Desta forma, mesmo que não seja aceita a duplicata, não se abala sua “executividade”, se o
comerciante tiver o canhoto da entrega da mercadoria (ou serviço).
Triplicata: não passa de uma cópia da duplicata, que se destina a substituir a original, caso esta
seja extraviada. Naturalmente, o pagamento da triplicata estabelece a quitação da original, que não
mais poderá ser cobrada. Determina o artigo 23 da Lei n0 5.474168: “A perda ou extravio da duplicata
obrigará o vendedor a extrair triplicata que terá os mesmos efeitos e requisitos e obedecerá as
mesmas formalidades daquela”.
Endosso da Duplicata
Já vimos que uma duplicata embora emitida nominativamente pode conter cláusula “á ordem”,
exatamente para que atenda à característica principal dos títulos de crédito, sua circulatoriedade, quer
dizer, possa circular de mão em mão, sempre representando uma riqueza.
Assim, sendo a duplicata nominativa, será necessário que o sacador (a pessoa que vendeu e
tem o crédito a receber) o endosse, lançando em seu dorso uma assinatura, transferindo seus direitos
de credor.
Naturalmente, quem passa algum bem a outra pessoa responde pelo que faz: significa que o
endossante pagará a duplicata, caso o devedor/sacado não o pague por qualquer razão. Assim, o
endossatário tanto poderá cobrar a duplicata do devedor, emitente, como do credor/endossante.
Se ao endossar, o endossante fizer constar o nome do endossatário teremos o chamado
endosso “em preto”. Se, simplesmente, assinar a duplicata no verso, não colocando o nome do novo
beneficiário, haverá endosso “em branco”.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
O endosso é transferência de todo valor da duplicata: não pode ser transferida apenas uma
parte da quantia. É proibida, igualmente, a fixação de qualquer condição: “se me der alguma cotsa...
etc. - se endossou, está endossado.
Quando o endosso for feito em favor do próprio sacado (o devedor), equivalerá á quitação da
duplicata e o devedor/sacado não poderá endossá-la novamente. E nada impede que um endossatário re-endosse a duplicata para
outro endossatário e assim sucessivamente. Cada novo endossante
responderá para com seu endossatário.
O endosso pode ser inutilizado: basta riscá-lo.
Aval da Duplicata
Caso uma pessoa não confie ou no sacador (o emitente) da duplicata, ou mesmo no
sacado/devedor, ou até no endossante, poderá exigir uma garantia pessoal de outra pessoa. E o aval.
O aval é lançado na nota promissória, ou numa folha de alongamento e será reconhecido pela
expressão “por aval” ou por qualquer expressão equivalente (‘por garantia de pagamento, etc.”), ou
mesmo a simples assinatura do avalista no anverso (frente) da nota promissória (naturalmente, uma
assinatura diferente da do emitente).
Do aval deverá constar o nome do avalizado, ou seja, a pessoa a quem se está emprestando
garantia de cumprimento de suas obrigações na nota promissória. Se não constar nenhum nome, é de
se entender que o aval está sendo prestado em favor do emitente da nota promissória.
O avalista terá as mesmíssimas obrigações da pessoa a quem está avalizando. Se
ele pagar a nota promissória, ficará com todos os direitos de cobrança do título do
avalizado e outros que estejam obrigados na nota promissória.
Prescrição
A duplicata, como todo título de crédito, tem a chamada força executiva. A cobrança da
duplicata em ação executiva, contra o aceitante (sacado) ou seus avalistas, deve ser promovida em
três anos, a contar do vencimento do título.
Essa ação poderá ser promovida diretamente, sem qualquer necessidade de
protesto.
Já a ação para cobrar dos endossantes (na hipótese de os aceitantes ou avalistas não
pagarem), dependerá de prévio protesto e deverá ser promovida em um ano, a contar da data em que
foi feito o protesto (no tempo legal).
Se algum endossante pagou a dívida e pretender cobrar dos demais endossantes, deverá
promover sua ação executiva em seis meses a contar do dia em que ele pagou a letra, ou do dia em
que ele foi acionado.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Nota Fiscal
“Fisco” é sinônimo de fazenda pública, ou seja, o poder público que cobra os tributos. Em todo
negócio há uma implícita revelação de capacidade econômica, logo, uma capacidade de pagar
tributos.
As leis prevêem (com base na Constituição Federal) os impostos que deverão ser pagos ao
Fisco.
O controle desses impostos se faz pelo registro de todos os negócios em notas, que são
chamadas notas fiscais.
Assim, quando um comerciante vende mercadorias, ele está praticando um ato comercial que
motiva a cobrança de um imposto: o imposto de circulação de mercadorias e serviços.
A lei obrigou a todos os comerciantes registrarem suas vendas de mercadoria em nota fiscal,
para que assim, haja controle do volume de vendas e, conseqúentemente, do volume de impostos
devidos.
A nota fiscal, portanto, é menos importante como documento comercial e mais significativa
como documento de controle do fisco,.
Também o “prestador de serviços” (empresa de natureza civil) deve pagar impostos (não o de
circulação de mercadoria, pois não vende mercadorias, mas o imposto sobre serviços. Por isso,
quando a nota fiscal não for relativa á venda e compra de mercadoria, será de prestação de serviços.
A nota fiscal, segundo o Regulamento do Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços
será, obrigatoriamente emitida, sempre que for promovida a saída de mercadoria de estabelecimento
comercial, ou houver a transmissão da propriedade das mercadorias (mesmo que estas permaneçam
no mesmo lugar).
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Nota Fiscal
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Cheque
Esse é o mais utilizado de todos os títulos de crédito: é uma ordem de pagamento à vista.
Uma pessoa (emitente), tendo fundos em poder de um estabelecimento bancário, emite (saca)
uma ordem para que tal banco (sacado) pague uma determinada quantia a uma outra pessoa
(beneficiário ou tomador). Essa ordem é à vista, ou seja, quando o banco a receber vai tê-la sob sua
vista, devendo então pagá-la.
Essa é a característica mais importante do cheque: a ordem é a vista. Significa que não existem
cheques com data futura (“pós-datado”). Mesmo que a data lançada no documento seja futura, o
banco, tendo o cheque sob sua vista deverá pagá-lo.
A lei do cheque (n~ 7.357, de 02/09/85) dispõe que “O cheque apresentado para pagamento
antes do dia indicado como data de emissão é pagável no dia da apresentação”.
Requisitos Essenciais
Para que um cheque tenha validade como titulo de crédito, deverá constar, obrigatoriamente
do formulário os seguintes requísitos:
a) a denominação ‘cheque” inscrita no contexto do título e expressa na língua em que este é
redigido;
b) a ordem incondicional de pagar (observe que o verbo está no imperativo: “pague~”);
c) o nome do banco ou da instituição financeira que deve pagar (o nome do sacado);
d) a assinatura do emitente (sacador) (ou de um mandatário -- sinônimo de procurador -- com
especiais poderes para emitir o cheque).
São também requisitos facultativos dos cheques --porque, se faltarem, não acarretarão a nulidade
do cheque como título de crédito:
a) a indicação do lugar do pagamento (o endereço da agência bancária);
b) a indicação da data e do lugar da emissão. Na prática adotou-se o costume de reservar um
espaço para que conste do cheque seu valor escrito em números, mas não é um requisito de
validade do cheque. Inclusive, se ocorrer divergência entre o valor lançado por extenso e o
valor expresso em números, prevalecerá aquele (lançado por extenso).
O cheque não precisa de aceite para ter validade. Aliás, mesmo que o banco sacado declare que
aceita o cheque, essa declaração não terá nenhuma validade.
Como sabemos, um titulo de crédito com aceite tem mais validade pois significa que o devedor
não nega a dívida e está disposto ao pagamento. Só que o cheque não admite o aceite.
Há, porém, uma fórmula indireta, para dar maior crédito ao cheque, substituindo o aceite: é o
cheque visado.
O cheque será visado quando o Banco sacado nele lançar um visto no verso do cheque. Sempre
que o banco lançar esse visto significará que ele, obrigatoriamente, já debitou seu valor na conta do
emitente, reservando-a para pagamento do cheque.
Este visto só terá validade dentro do prazo de apresentação do cheque (todo cheque tem um
prazo para ser apresentado ao banco sacado: o beneficiário terá 30 dias para apresentar o cheque
para pagamento, quando ele for emitido no mesmo lugar (mesma praça) onde está o banco sacado; ou
60 dias, quando a emissão se deu em lugar diverso do lugar do banco sacado).
Em resumo, o prazo para apresentação é: 30 dias (cheque da praça) ou 60 dias (cheque de fora
da praça).Terminado esse prazo, se o cheque visado não for apresentado, o banco re-creditará à
conta do emitente no valor que havia debitado quando visara o cheque.
Circulação
A emissão de um cheque pode ser nominativa ou ao portador. Será nominativa quando constar
do cheque o nome do beneficiário do cheque. Será ao portador quando não constar tal nome, ou
quando constar o nome do beneficiário, mas também estiver escrito “ou ao portador’.
O cheque nominativo tanto poderá constar cláusula “à ordem” como cláusula “não à ordem”.
No primeiro caso (com a cláusula à ordem) fica autorizado o beneficiário a endossar o cheque, ou seja,
transferi-lo a terceira pessoa, simplesmente assinando no seu dorso (no verso).
Se, entretanto, constar do cheque a cláusula “não à ordem”, somente o beneficiário poderá
recebê-lo: não poderá transferi-lo a outrem.
Atenção: A Lei n0 9.069, de 29.06.95, em seu artigo 69, proibiu a emissão, o pagamento e a
compensação de cheque de valor superior a RS 100,00 (cem reais) sem a identificação do beneficiário
-- ou seja, todo cheque acima deste válor deverá ser nominativo.
O cheque tanto poderá ser emitido pelo próprio correntista (sacador), como uma sua ordem ao
banco, quanto pode ser emitido “por conta terceiro”, ou pelo próprio banco sacado (contra ele mesmo).
Nesta última hipótese o cheque, necessariamente, será nominativo (não pode ser ao portador).
Não poderá constar do cheque nenhuma cláusula determinando o pagamento de juros: se
constar, nenhuma validade terá (considera-se não escrita).
Se se tratar de um cheque em moeda estrangeira (recebido do exterior, por exemplo, ou um
“traveler check” será ele pago em reais: essa conversão será feita ao câmbio do dia do pagamento
(essa data é importante, porque as moedas estrangeiras e, principalmente, o dólar têm cotação
variável em nosso país, e “todo dia sobem”.
Assim, mesmo que o cheque tenha sido emitido há um mês atrás, se hoje é ele apresentado
ao Banco sacado, este deverá proceder á conversão da moeda estrangeira em reais, conforme o
câmbio de hoje e não conforme o câmbio de 30 dias atrás.
Várias providências dão característica especial ao cheque:
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Cheque
Endosso
Já vimos que um cheque pode ser nominativo ou ao portador. Vimos, também, que os títulos
de crédito têm por característica principal sua circulatoriedade, quer dizer, circulam de mão em mão,
sempre representando uma riqueza. Essa transferência, em se tratando de cheque ao portador, é
simples: basta que se entregue o cheque a outra pessoa.
Se, entretanto, tratar-se de cheque nominativo, será necessário que o beneficiário o endosse,
quer dizer, lance em seu dorso uma assinatura, transferindo seus direitos de credor.
Naturalmente, quem passa algum bem a outra pessoa responde pelo que faz: significa que o
endossante pagará o cheque, caso o banco sacado não o pague por falta de fundos e o emitente
também não o pague. Assim, o endossatário tanto poderá cobrar o cheque do emitente, como do
endossante.
Se ao endossar o endossante fizer constar o nome do endossatário teremos o chamado
endosso em preto. Se, simplesmente, assinar o cheque no verso, não colocando o nome do novo
beneficiário, haverá o endosso em branco.
Atenção: acima de um determinado valor, o cheque s6 pode ser endossado “em preto” (ver
nota sobre cheque ao portador).
O endosso pode ser inutilizado: basta riscá-lo.
O endosso é transferência de todo o valor do cheque; não pode ser transferida apenas uma
parte da quantia. ~ proibida, igualmente, a fixação de qualquer condição: “se me der alguma coisa...”
etc. - se endossou, está endossado.
Quando o endosso for feito em favor do próprio banco sacado, equivalerá á quitação do
cheque e o banco não poderá endossa-lo novamente.
Como já vimos, o cheque com cláusula “não á ordem” é intransferível: não pode, portanto, ser
endossado, já que o endosso é uma forma de transferência do direito de crédito do cheque. Nada
impede que um endossatário re-endosse o cheque para outro endossatário e assim sucessivamente.
Aval
Caso uma pessoa não confie no emitente do cheque (ou mesmo no banco sacado), ou no
endossante, poderá exigir uma garantia pessoal de outra pessoa. E o aval.
O aval é lançado no cheque, ou numa folha de alongamento e será reconhecido pela
expressão “por aval” ou por qualquer expressão equivalente (“por garantia de pagamento”, etc.), ou
mesmo a simples . assinatura do avalista no anverso (frente) do cheque (naturalmente, uma assinatura
diferente da do emitente).
Do aval deverá constar o nome do avalizado, ou seja, a pessoa a quem se está emprestando
garantia de cumprimento de suas obrigações no cheque. Se não constar nenhum nome, é de se
entender que o aval está sendo prestado em favor do emitente do cheque.
O avalista terá as mesmíssimas obrigações da pessoa a quem está avalizando. Se ele pagar o
cheque, ficará com todos os direitos de cobrança do cheque do avalizado e de outros que estejam
obrigados no cheque.
Cruzamento
Quando o emitente (ou mesmo quem o detiver) apõe dois traços paralelos no anverso (frente)
do cheque, este será considerado um cheque cruzado.
O cheque cruzado só será pago pelo banco sacado mediante crédito em conta (ou o
beneficiário o deposita num outro banco, ou no próprio banco sacado). Enfim, não poderá ser
resgatado diretamente no caixa.
Poderá ainda ser lançado o nome de um banco no meio desses dois traços paralelos: ocorrerá
o cruzamento especial. Nessa hipótese o cheque só poderá ser pago ao banco cujo nome ali constar
(claro que, se constar o nome do próprio banco sacado, o cheque poderá ser pago mediante crédito na
conta corrente de seu cliente).
Assim, se sou credor de um cheque com cruzamento especial (por exemplo, cheque sacado
contra o BRADESCO e cruzamento com o nome do Banco do Brasil), só poderei receber esse cheque
depositando-o em minha conta corrente no Banco do Brasil, que o apresentará ao BRADESCO,
cobrando-o desse Banco sacado (e, depois, creditando-o em minha conta corrente). Se eu tiver conta
no próprio BRADESCO, poderei depositá-lo em minha conta; mas se não tiver conta nem no Banco do
Brasil, nem no BRADESCO não poderei receber o cheque, salvo se eu o transferir a uma outra
pessoa, que tenha conta corrente num desses dois Bancos (essa outra pessoa poderá ser um outro
Banco, onde eu tenha conta corrente).
O cruzamento geral (apenas os dois traços paralelos, sem nome de banco no meio) pode ser
convertido em especial (basta que se lance, a qualquer hora, o nome de um banco ali no meio dos dois
traços), mas o cruzamento especial não poderá ser transformado em geral. Uma vez cruzado um
cheque, não poderá o cruzamento ser inutilizado (se o for, nenhuma validade terá a inutilização).
Cheque para ser Creditado em Conta
Se o emitente (ou quem detiver o cheque) quiser impedir que o cheque seja descontado
diretamente no caixa, poderá obrigar o beneficiáno a depositá-lo, para que seu valor seja apenas
creditado em conta corrente. Bastará que escreva no anverso do cheque, transversalmente, a
expressão “para ser creditado em conta”.
Nesse caso, o banco sacado somente poderá proceder ao lançamento contábil do cheque, seja
creditando em conta, seja transferindo crédito para outra conta corrente, seja compensando.
Uma vez lançada essa cláusula, não mais poderá ser alterado o cheque: se tal expressão for
inutilizada, essa inutilização será considerada inexistente.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Cheque
a) cheques de Viagem: (também conhecidos como “travelier check’> - são cheques emitidos por
instituições bancárias, resgatáveis por outros bancos, do pais ou do exterior (segundo convênio), ou
por suas outras agências. São “vendidos” a seus clientes para facilitarem o transporte de dinheiro: há
uma assinatura do beneficiário na parte superior e este deverá, quando for resgatá-lo, assinar
novamente, ao pé do cheque, possibilitando a conferência das assinaturas e seu resgate (se perder ou
for roubado, não haverá condições de resgate e, assim, não sofrerá prejuízo). Trazem muita
segurança, principalmente, a turistas e viajantes.
b) cheque Fiscal: são emitidos por autoridades fiscais (tributárias), em restituição de eventuais
excessos de arrecadação (imposto de renda, p.ex.).
c) cheque Administrativo: também conhecidos como cheques comprados, são emitidos pelo próprio
banco, para pagamento ou por outro banco, ou por sua outra agência.
São “vendidos” ao cliente, que, normalmente, os procura para ter maior segurança
no transporte de dinheiro (por que eu viajaria até o Rio de Janeiro, levando uma sacola
com 1 milhão, correndo o risco de roubo, acidente, etc., se posso ir ao banco de que sou
cliente, comprar-lhe um cheque nesse valor e para ser resgatado por sua Agência do Rio
de Janeiro? -- o Banco me dá tal cheque, nominal, debita tal valor em minha conta
corrente e ainda me cobra uma pequena “taxa de expediente” e eu viajo tranquilo e
seguro).
Compensação
A compensação é um serviço que se realiza entre bancos, pelo qual um Banco entrega para
os outros todos os cheques, que estão em seu poder, e que devem ser pagos por aqueles outros
Bancos --- e deles recebe todos os cheques que estão com aqueles, e que ele deve pagar. Nessa
“troca”, cada banco tem cheques a receber e cheques a pagar. Esses valores ficam “compensados”
até o valor em que se igualam.
Assim, se a Caixa Económica Federal tem R$ 1.350.000,00 em cheques sacados contra o
CREDIREAL e o CREDIREAL tem cheques sacados contra a Caixa Econõmica Federal, no total de R$
1.780.000,00, ficarão compensados os R$ 1.350.000,00 e a Caixa Econõmica Federal só pagará ao
CREDIREAL o saldo de R$ 430.000,00.
Os Bancos de cada cidade reúnem-se toda noite no Banco do Brasil, SA., e lá fazem a
compensação: todos levam os cheques que têm para receber um do outro e o Banco do Brasil
organiza a reunião.
No final, fica apurado quanto cada Banco tem para receber e pagar, e o saldo devedor ou
credor. Para não haver manipulação de dinheiro, há uma conta corrente de todo Banco junto ao
próprio Banco do Brasil, onde é debitado o saldo devedor, ou creditado o saldo credor que o Banco
tiver naquela noite na compensação.
E se o cheque levado não tiver fundo??? Nesse caso, ele será devolvido na manhã seguinte,
numa outra reunião no próprio Banco do Brasil, quando os Bancos se reúnem novamente para a
sessão de devolução.
Naturalmente, o débito e crédito correspondente serão estornados. Observe, portanto, que,
quando um banco recebe um cheque (ou em depósito, ou em pagamento de um conta qualquer), há
alguma demora para receber o valor de tal cheque, porque também tem de esperar para ver se o
cheque não será devolvido.
O Banco Central do Brasil, que disciplina as atividades bancárias estabelece um prazo para
que o depósito em cheque a ser compensado seja liberado para o depositante. Se o cheque é inferior
a um valor ele deve ser liberado em 48 horas. Se é superior àquela quantia, há de ser liberado em 24
horas. Esse limite é corrigido de tempo em tempo, por causa da inflacão.
Protesto e Prazo Prescricional
Todo mundo que tem um direito deve exercitá-lo num prazo. Se dormir poderá perdê-lo. Não
existe direito eterno. Esse prazo em que a pessoa deve exercitar seu direito chama-se prescrição.
O cheque como titulo de crédito é que traz a certeza de um crédito. Por tal motivo pode ser
executado (não há necessidade de uma prévia sentença, declarando que a pessoa tem o crédito e que
uma outra deve aquela importância) contra o emitente e seu avalista sem qualquer necessidade de
protesto.
Mas atenção: o cheque, para ser executado contra os endossantes e seus avalistas,
necessitará de protesto ou de declaração do banco escrita e datada sobre o cheque com indicação do
dia de apresentação ou, ainda, por declaração escrita e datada por cãmara de compensação (art.47 -
Lei do Cheque).
Essa ação de execução deve ser promovida pelo credor no máximo em seis meses, a contar
do término do prazo para a apresentação do cheque.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Cheque
Vimos que o cheque da praça deve ser apresentado em 30 dias a contar da emissão. Assim,
se um cheque foi emitido em 5 de janeiro em São Paulo, para ser pago por um Banco de São Paulo,
ele deverá ser apresentado ao banco até, no máximo, o dia 4 de fevereiro. A partir dessa data, de 5 de
fevereiro começa a correr o prazo prescricional de 6 meses: portanto em 4 de agosto o cheque estará
prescrito.
Significa que o credor já não mais poderá promover a ação executiva. Dai para a frente
precisará de uma sentença, que declare que ele realmente é credor e que a outra pessoa é realmente
a devedora. Se ganhar tal processo, só então promoverá a ação de execução contra o devedor (mas
execução da sentença, e não mais do cheque).
Este é um “formulário de cheque”, preenchido nominalmente com dados ficticios, ou seja, são
fantasiosos os nomes do cliente (sacador ou emitente), qual o do Banco sacado.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Ordem de Pagamento
Definição
A emissão de Ordem de Pagamento é um serviço prestado pelos Bancos, que possibilita o
envio (remessa) de dinheiro de uma praça (cidade, localidade) a outra, sem o correspondente
deslocamento físico do numerário (dinheiro).
Pela “ordem de pagamento” uma Agência Bancária de uma localidade “ordena” a uma outra
Agência do mesmo Banco, em outra localidade, que pague a uma determinada pessoa uma certa
quantia em dinheiro.
Assim, uma pessoa pode pedir á sua Agência Bancária que remeta (envie) uma quantia de
dinheiro para ser usada em outra cidade. Lá o dinheiro tanto poderá ser retirado no caixa, quanto
creditado em conta corrente. E poderá ser retirado ou creditado na conta da própria pessoa que pediu
a remessa. quanto de uma outra pessoa.
Atenção: o envio de valor só pode ser feito de uma agência bancária para outra, do mesmo Banco. Só
se admite a transferência de dinheiro por ordem de pagamento, de uma Agência Bancária para outra
de outro Banco, quando se tratar de Bancos do Convênio ASBACE (Associação de Bancos Comerciais
Estaduais), ou seja, entre Bancos do Estado (de Minas Gerais, ou de São Paulo, do Pará, da
Amazônia, etc).
Dessa forma, eu posso mandar uma Ordem de Pagamento do BANESPA para a Agência de
Crato/CE do Banco do Estado do Ceará —- mas não posso mandar para uma Agência do BRADESCO,
ou do ITAU, etc., que não são bancos estaduais.
E evidente que, em se tratando de um serviço prestado, os Bancos cobram para enviar ordens
de pagamento.
Tipos
A Ordem de Pagamento pode ser transmitida por ou ~) carta, ou (1,) por telex, ou ainda por (c)
telefone, ou por (d) processamento automático de dados, ou finalmente, por (e) emissão de cheque
OP.
Na ordem de pagamento por carta, a Agência manda uma “carta”, via malote interno de
correspondêrtia do Banco, para a agência destinatária, que, ao receber tal “carta” conferirá sua
validade e a cumprirá.
Na ordem de pagamento por telefone, a Agência telefone para a outra, transmitindo códigos
secretos e a Agência “chamada” confere a autenticidade e validade do telefonema, e depois cumpre a
ordem, pagando o dinheiro.
Na ordem de pagamento por telex, semelhantemente ao telefone, é enviado um telex,
mencionando códigos secretos (para evitar fraudes), que são conferidos pela Agência destinatária,
que, depois de se certificar da validade paga a ordem.
Na ordem de pagamento por processamento de automático de dados, a ordem é transmitida
pelo computador do Banco, diretamente.
Finalmente, na Ordem de Pagamento por emissão de Cheque O.P., a Agência para a qual o
serviço é solicitado, emite um Cheque, sacado contra o próprio Banco, para pagamento em cidade
onde exista outra agência do mesmo Banco.
A solicitação para a emissão do “Cheque OP” é feita em formulário próprio do Banco, onde são
especificados os nomes do tomador, do favorecido, valor e praça de pagamento. Este tipo de cheque,
de qualquer valor, só poderá ser “nominal”, isto é, não pode ser “ao portador”. E assinado por
administradores autorizados e entregue ao “tomador”. Este, por seus próprios meios, fará chegar o
cheque às mãos do favorecido, que poderá depositar o cheque em sua conta corrente em qualquer
Banco ou apanhar o dinheiro na Agência cumpridora.
Emissão
Liquidação
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Noções Gerais
Tipos
Obs.: O Banco Banespa, embora outros bancos o façam, não emite DOC B.
DOO “O:
DOO D:
- utilizado nos casos de transferências de recursos entre contas correntes de depósito dos
mesmos titUares, envolvendo instituições financeiras distintas. O titular deverá optar pelo DOC “D”.
DOO “E”:
- se participarem agências não integradas ao mesmo SIRO, através de telex, fax ou telefone,
para a dependência centralizadora/retransmissora: no mesmo dia, se em dinheiro e/ou após a
compensação do cheque, se em cheque.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Direitos de garantia
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Direitos de garantia
Havendo solidariedade entre os fiadores, aquele que realizar o pagamento sub-roga-se no direito do credor, podendo cobrar a dívida
toda do devedor, bem como a cota pela qual respondem os demais fiadores e se algum desses houver insolvente entre os outros
fiadores distribuir-se-á o ônus do pagamento.
O ajuizamento conjunto da cobrança regressiva contra o devedor e fiadores solidários importará na obrigação do demandante de, tão
logo satisfeito por uma das partes (devedor ou fiadores), desistir da ação contra os demais ou proceder a sub-rogação no processo. O
devedor pode ser demandado pelo seu fiador
pelas perdas e danos que eventualmente e de forma cabal tiver suportado pelo fato de ter-lhe sido exigido o pagamento e sido
obrigado a realizá-lo.
A obrigação do fiador cessa com sua morte, transmitindo-se aos herdeiros, até a força da herança, todos os efeitos decorrentes de
sua responsabilidade até a ocasião.
Desobriga-se o fiador em qualquer condição e circunstância em que, por tolerância, omissão ou conivência do credor, sem
consentimento seu:
a) for concedida moratória ao devedor;
b) tenha aceitado dação em pagamento, mesmo que esta se torne nula ou ineficaz;
c) torne-se impossível a sub-rogação do fiador no crédito;
d) requerido o benefício de ordem e feita a nomeação dos bens do devedor, observados os requisitos legais, provada sua suficiência
ao tempo, o retardo na execução tenha feito possível o desvio dos bens referidos.
Também desobrigado está o fiador, cujo afiançado seja menor e que se tenha obrigado em contrato de mútuo sem a devida
autorização de que lhe tenha guarda.
Além das exceções pessoais, pode o fiador argüir as mesmas que competem ao devedor principal relativas à extinção das
obrigações, tais como pagamento, novação, compensação, confusão, perda da coisa, prescrição, resolução, nulidade, etc., com
exclusão daquelas referentes à incapacidade pessoal do afiançado, salvo se tratar de mútuo.
A fiança pode ser prestada no mesmo instrumento obrigacional do negócio principal, constituindo cláusulas no contrato. O fenômeno
que ocorre então é o da coligação de contratos.
É um contrato unilateral porque dele decorre obrigação apenas a uma das partes: ao fiador.
Normalmente é gratuito, embora conhecidos hoje os fiadores de aluguel, presentes mais nos contratos locatícios.
O aval é um instituto do direito cambiário. Apesar do Magistrado Pontes de Miranda não ver o aval como garantia, dizendo ser mero
resquício essa noção - no que tem razão em certo sentido, v. g., ao gerar dívida abstrata e independente, capaz de sobrevier à
declaração unilateral de vontade a que se refere, não
pode ser definida como garantia por faltar-lhe objeto - é totalmente inútil e sem serventia essa posição, pois constitui o próprio ser do
aval, justificativa e finalidade, servir como garantia. Não se presta aval por qualquer outra razão. O exemplo não serve porque
sobreviver o aval à declaração unilateral de vontade é exceção, e não regra.
Não se pode tomar, como propugnava o Mestre, o aval como um gesto de solidariedade para com o avalizado, "a promessa de
comunhão de sorte" como ele referia, porque estaríamos olhando para um só lado da questão, esquecendo que o aval existe
unicamente por exigência do credor que nele vê uma garantia: a
vinculação de um terceiro de bom conceito e patrimônio, na mesma obrigação, aumentando suas chances de ser satisfeito em seu
crédito. Não teria sentido, não houvesse tal exigência pelo credor, que o devedor, sponte sua, tomasse o interesse de constituir
avalista. Mais. Sendo uma obrigação unilateral que nenhum proveito traz ao avalista, o que realmente conta é o ônus e não o prazer
da solidariedade, digase de passagem, quase sempre forçada.
Distingue-se da fiança por ser este negócio jurídico bilateral e, aquele declaração unilateral de vontade; por esta exigir outorga uxória
às pessoas casadas e aquele prescindir disso, porém, obrigando os bens apenas do cônjuge que se vinculou; por depender esta do
contrato principal para existir, condicionando-se por ele, e
aquele por ter vida totalmente independente, que se prolonga, em alguns casos, para além da existência da obrigação cambiária a
qual garante.
Entretanto, são invocáveis disposições a respeito da fiança, na execução cambiária, sob forma de exceções, como, a exceção de
excussão, bem como pode exigir que o avalizado faça seu adimplemento estando vencida a dívida, assim, também pode promover o
andamento da execução contra o avalizado se, sem justa causa, o credor mostrar-se negligente, por questão de eqüidade e simetria.
Comunga dessa opinião mestre Pontes, apesar de não ter exposto o fundamento.
Como a fiança, o aval também admite que outro aval a ele se sobreponha, como uma espécie de subaval, a este se aplicando as
regras cambiárias atinentes ao aval. E não só um aval, mas diversos são suscetíveis de acontecer, empilhando-se um sobre o outro,
tendo apenas como limite o campo físico do título e as necessidades de ordem prática.
Dissente da fiança no aspecto da pluralidade de avais ao mesmo vinculado. Os avalistas do mesmo avalizado não mantêm
cambiariamente nenhuma solidariedade entre eles com relação à dívida que asseguram.
Entrementes, não é defeso fazer pacto de solidariedade extracambiário.
O aval admite responder por parte apenas da dívida do avalizado e pode ser prestado por terceiro ou mesmo por alguém que já se
tenha vinculado anteriormente na mesma cambial por qualquer tipo de vínculo, como sacador ou sacado ou endossante ou
interveniente ou avalista.
O aval, não sendo limitado quantitativamente, terá o mesmo conteúdo obrigacional do vínculo do avalizado. Deve constar da própria
letra ou de folha anexa, desde que não contenha declaração ou características incompatíveis com o rigorismo cambiário, a qual,
juntada à cambial, formará um alongamento.
Este entendimento é o que melhor combina com o uso francês do aval em separado, para fins de aplicação uniforme a documento
estrangeiro de país signatário da Lei Uniforme de Genebra, evitando dar-se-lhe tratamento diferenciado dos efeitos que produz em
seu local de origem. .
É recomendável que o avalista indique o nome da pessoa avalizada. Não o indicando, ter-se-á como avalizada a pessoa cuja
assinatura, com declaração de aval, localiza-se logo acima ou, encontrando-se a assinatura completamente isolada, a presunção ex
lege operará no sentido de ser o aval dado em favor do criador da cambial (sacador i subscritor).
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Direitos de garantia
Mesmo que a obrigação do avalizado seja nula, desde que não o seja por vício de forma, persistirá válida a obrigação de seu avalista.
E se este pagar a cambial, conquanto a expressão jurídica usada na má tradução da LUG fale em sub-rogação, não ficará sub-rogado
no crédito, mas sim, adquirirá um novo direito emergente do mesmo título, autônomo com relação ao endossante anterior, como se
tivesse se operado novo negócio de circulação cambiária, podendo acionar de regresso seu avalizado, bem como, atendidos os
requisitos cambiários, agir contra os demais co-obrigados regressivos.
Se o aval, com declaração precisa, é posto antes de acontecer à vinculação cambiária do avalizado e esta não chega a acontecer, o
aval não vem a se tornar eficaz. Se o aval é prestado quando já precluso o prazo para protesto, sem ele, só valerá se o avalizado for
obrigado direto. Da mesma forma se prestado após o
protesto tirado fora do prazo. Mas, se protestado tempestivamente, poderá ser formalizado válida e eficazmente em favor de qualquer
vinculado cambiário antes do ajuizamento da cobrança.
Doe qualquer sorte, não produzirá efeitos cambiários, aval não sendo, quando dado após o ajuizamento da ação cambiária, quando
terá cessado a vida útil da cambial.
O aval é declaração abstrata. Cambiariamente essa declaração não tem causa. Possível causa ou motivação pertence ao domínio da
relação extracambiária, não passível de investigação nem de interesse cambiário.
GARANTIAS REAIS
Enquanto as garantias pessoais, como vimos, consistem em promessa de pagamento feita pelo garantidor em favor do credor, as
garantias reais submetem ao poder direto do credor coisas portadoras de valor econômico pertencentes ao prestador de garantia,
para maior segurança do retorno dos créditos deferidos.
São conhecidas e usadas basicamente as seguintes garantias reais nas operações bancárias: penhor, caução, hipoteca e alienação
fiduciária em garantia. Essa última, a rigor, não pertence ao gênero, porém, tendo em vista, a função de garantia que lhe é inerente,
não poderia deixar de assim ser considerada em seu duplo aspecto: como garantia e como real.
PENHOR
O penhor comum é o único que pode ser definido e caracterizado satisfatoriamente, dentro da variedade de que o penhor se compõe.
É o direito real que se constitui pela tradição efetiva, em garantia, de coisa móvel passível de apropriação. Essa definição não se
ajusta a outras espécies como, v. g., os penhores agrícolas, pecuário, industrial e às vezes também, mercantil.
O penhor divide-se em convencional e legal.
PENHOR LEGAL
Penhor legal é o que o legislador institui a favor dos hospedeiros, estalajadeiros, fornecedores de pousada ou alimentos, donos de
prédios, sejam rústicos ou urbanos, sobre os bens móveis de fregueses, consumidores e inquilinos, por dívida constituída na relação
jurídica que os vincula. Faz-se com a retenção dos
bens e requerimentos de homologação do penhor ao Juiz.
PENHOR CONVENCIONAL
O penhor convencional é o que deriva da vontade dos contratantes que o constituem. É negócio jurídico acessório que fica na estrita
dependência de um negócio principal, preso ao qual viverá todos os seus dias. Se este acaba, o penhor se extingue. Se o negócio
principal não se forma ou não ganha eficácia, tão pouco formar-se-á ou ganhará eficácia o penhor. Se o negócio principal for nulo, não
haverá penhor.
Também é caracterizado pela indivisibilidade da garantia. Não obstante ser sensível, por ser acessório à sorte do negócio ao qual
garante, eventual diminuição da dívida, a cujo pagamento responde a coisa penhorada, não produz correspectiva redução da garantia.
Significa que o pagamento parcial da dívida principal não é liberatório de parte da garantia.
O penhor comum é o civil. Os demais penhores convencionais são tidos como especiais e suas modalidades conhecidas são: rural
(subdividido em agrícola e pecuário), industrial, mercantil e de direitos. O penhor comum e, algumas vezes, o mercantil, exige para
sua instituição a efetiva tradição da coisa para o credor. Este, ao tomar posse assume a condição de depositário. Tem a obrigação de
zelar e guardar o objeto
recebido, agindo com a diligência habitual exigível para a manutenção e defesa da integridade do bem que lhe foi confiado. Não pode
fazer uso da coisa, salvo movimentá-la caso necessário para sua conservação. Fará jus ao ressarcimento das despesas que houver
suportado nessa administração. Vedado lhe é estipular pacto comissório. Extinta a dívida principal, o depositário tem o dever de
devolver o objeto do penhor nas mesmas condições em que o recebeu, acompanhado do acréscimo que acaso tenha produzido.
PENHOR MERCANTIL
O penhor mercantil constitui-se pela entrega real ou simbólica do bem empenhado, significando a possibilidade de ser convencionado
o instituto possessório. Aliás, em nenhuma forma de penhor há impedimento legal a que se convencione a entrega real da coisa dada
em garantia. Aqui se menciona a possibilidade da entrega real, tendo em vista a natureza do bem que possa ser oferecido, de não
pertencer à classe de coisas cuja disponibilidade imediata seja uma necessidade inerente à própria natureza da atividade do devedor,
possibilidade extremamente difícil nos outros tipos de penhor especial.
O penhor mercantil inicialmente foi regulamentado pelo Código Comercial. O Código Civil adotou suas disposições, donde
assemelharem-se os normativos.
Modernamente, o penhor mercantil ganhou roupagens novas através da Lei n° 6.840, de 3 de novembro de 1 980, com a criação da
Cédula de Crédito Comercial.
Nos demais negócios entre comerciantes, o penhor mercantil, conquanto anterior no tempo, rege-se como um penhor convencional
diferindo na possibilidade do uso do instituto possessório, como indicado acima, e na não exigência de registro.
O penhor mercantil pode ser estabelecido sobre coisas corpóreas, móveis ou imobilizadas por acessão, ou incorpóreas, constituídas,
via-de-regra, por direitos creditórios, sejam ordinários, decorrentes de contrato, sejam cartulares, representados por títulos de crédito.
O penhor de título de crédito será examinado à parte, quando tratarmos da caução.
Uma única novidade surge no penhor mercantil cedular relativamente ao penhor industrial, consistente na dispensa de descrição da
garantia quando esta se tratar de títulos de crédito, como veremos a seguir.
HIPOTECA
A hipoteca é considerada a mais nobre das garantias reais, justamente por servir-lhe de objeto os bens
de maior significado econômico, ensejando a constituição de uma garantia sólida. Constitui-se sobre bens imóveis e seus acessórios
(compreendidos aqui acessões, melhoramentos e construções); sobre o domínio direto e/ou o domínio útil; sobre as estradas de ferro;
sobre as minas e pedreiras; sobre navios (mesmo que ainda em construção); e sobre aeronaves.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Direitos de garantia
Característica dos direitos reais de garantia é a especialização de bens do patrimônio para sobre eles recaírem com exclusividade.
Essa especialização realiza-se pela individualização das coisas a serem oneradas, consignando-se todos os sinais distintivos e
particulares do objeto que permitam sua plena e eficaz identificação de entre outros da mesma espécie. '
Como se pode perceber acima, nem só os imóveis servem como objeto de hipoteca. Ocorre também sobre direitos (domínio direto,
domínio útil) e excepcionalmente sobre raros móveis (navio e aeronaves). O bem hipotecado permanece na posse do devedor
hipotecante, o qual prossegue com a livre disposição dos mesmos,
podendo aliená-los e/ou onera-los novamente pela instituição de outros gravames. A alienação do bem
hipotecado em tese não prejudica o credor hipotecário, como tampouco lhe causa dano a imposição sobre o mesmo bem de hipotecas
em graus subseqüentes, as chamadas sub-hipotecas.
Vedado lhe é, contudo, praticar atos que possam colocar em risco o objeto da hipoteca, bem como lhe produzir deterioração. Por
prejuízos decorrentes de má-gestão responde o devedor hipotecante, juntamente com aqueles que eventualmente lhe tenham
prestado concurso. Não se trata aqui de fiel depositário. A posse do devedor é em nome próprio.
Há três espécies de hipoteca: a) convencional; b) legal; e c) judicial. Em nosso estudo só é pertinente tratar da primeira espécie,
ficando as demais excluídas da abordagem. A hipoteca convencional é aquela negociada entre credor e devedor, que é constituída
consensualmente.
Via-de-regra é contrato solene, em virtude do elevado valor da garantia (art. 134, II do CC). Define-se como obrigação unilateral,
gerando deveres para uma só das partes. No direito bancário, todavia, ouso predominante das cédulas de crédito dispensa a
solenidade do contrato de constituição, sendo este utilizado quase que exclusivamente nas composições de dívida e nos empréstimos
hipotecários a entes públicos.
Presta-se à indagação o momento constitutivo da hipoteca e da irradiação da eficácia desdobrada, considerando-se uma dupla
relação: a) entre os contratantes; e b) com relação a terceiros. A doutrina temse
posicionado em reconhecer a ocorrência em um só momento da constituição e da irradiação da eficácia univocamente como sendo do
registro público do título, sob a alegação de que não se compreende direito real sem, preferência. Entrementes, a consensualidade do
contrato projeta a responsabilidade dos contraentes a tempo anterior ao registro, quando da constituição do direito, na formalização do
instrumento. Não se pode esquecer que a prelação é fenômeno concursal, o qual não pode suceder inexistindo terceiro. Portanto, a
eficácia concursal depreende-se do registro publicitário, único procedimento que empresta certeza jurídica à questão da ordem de
preferência. Não se pode, entretanto, pretender que entre as partes do acordo de constituição nenhuma validade alcance o ato
negocial a ponto de poder o devedor hipotecante evitar a sujeição do bem comprometido, impondo ao credor outro qualquer de seu
patrimônio. O direito de seqüela tem-no o credor, mesmo sem registro, desde que não esbarre na pretensão de terceiro de boa-fé,
titulado por direito próprio. Por aí se vê que o ato é bom, válido e eficaz entre as partes e que o registro na repartição competente tem
o destino certo de terceiro.
O cartório do registro imobiliário competente para dotação da eficácia concursal da hipoteca é o da localização dos bens da garantia.
Se vários, em localidades diversas, mister se faz o registro em todos eles.
Há requisitos intrínsecos e extrínsecos para a validade do ato de constituição da hipoteca. Os primeiros dizem respeito à legitimidade
e à capacidade do hipotecante. Deve ser titular do direito a ser onerado e ter capacidade para aliená-lo. Os segundos referem-se à
forma do instrumento, quer se trate de contrato ou de cártula. Se contrato, acima de certo valor, será da essência do ato o instrumento
público. Se cártula, é inerente o rigor formal.
A hipoteca é indivisível tanto relativamente a seu objeto quanto com referência à obrigação que garante. Desta sorte, caso o bem da
garantia possa ser dividido em partes e o seja, as partes em que se decompôs a coisa conservam o gravame sobre a sua totalidade,
como se não estivesse dividido. Da mesma maneira, eventual pagamento parcial ou qualquer outra ocorrência que produza redução
da dívida garantida, não determinará qualquer diminuição, seja do valor da hipoteca, seja dos bens da garantia. A mesma
permanecerá íntegra até a extinção da obrigação principal.
Ela é contrato acessório que depende de um principal para existir e sobreviver. Como é inalterável por força de sua indivisibilidade, só
segue o principal na sorte final, eis que muitos dos efeitos jurídicos da execução do contrato principal não ocasionarão nenhuma
conseqüência nela. A coisa hipotecada responde pelo pagamento da obrigação principal. Credor por hipoteca em grau subseqüente,
mesmo que vencida, depende do vencimento da primeira hipoteca, para poder excutir o imóvel, salvo se o devedor tiver declarado sua
insolvência. Veda a lei se considere insolvente o devedor que não tenha pagado a dívida decorrente de gravames posteriores à
primeira hipoteca.
O credor da segunda hipoteca pode remir a hipoteca anterior em seu vencimento, caso o devedor não se manifeste nesse sentido.
Mas é preciso que consigne em juízo a quantia exigível da dívida principal e demais
despesas judiciais, se ajuizada estiver a execução, intimando o exeqüente sobre o depósito e o devedor para, querendo, remi-ia.
Remindo-a o consignante, ficará por isso sub-rogado nos direitos de crédito.
Também o adquirente do imóvel hipotecado tem esse mesmo direito, mas terá que notificar judicialmente do contrato de seus
credores, pessoalmente, se o domicílio coincidir com o do registro, ou por editais, prazo de 30 dias a contar da aquisição, oferecendo
no mínimo o mesmo preço pago. O credor notificado pode, no prazo da oposição, requerer a licitação do imóvel; não o fazendo, a
presunção operará no sentido da aceitação da oferta, bastando então o pagamento ou mesmo o depósito em juízo do valor, para
requerer o cancelamento da hipoteca. Se, porém, o adquirente não notificar o credor, fica perante este obrigado às perdas e danos a
que eventualmente der causa, às custas e despesas judiciais, pagando ainda a diferença, se houver, entre o valor da adjudicação e o
da avaliação.
Por esse risco responde o imóvel, outorgando-se o direito regressivo ao adquirente contra o vendedor para reaver a quantia que
sobejar ao preço da aquisição.
Na licitação, só serão admitidos a lançar os credores hipotecários, os adquirentes e os fiadores. As remissões só poderão ocorrer não
antes da primeira praça nem depois da assinatura do auto de arrematação.
No caso de falência do devedor hipotecante, toca à massa o direito de remição, facultada sua realização pelo preço da avaliação. Se
o valor da dívida garantida exceder o valor pago, o saldo, com o cancelamento da hipoteca, torna-se-á quirográfico. No caso de
insolvência civil, o direito de remir é atribuído a qualquer dos credores hipotecários habilitados.
Na hipótese de falência ou insolvência, se o credor hipotecário preferir a adjudicação do bem que tenha preço de avaliação inferior à
dívida, poderá fazê-lo, mas terá que quitar integralmente a obrigação principal. Os imóveis sobre os quais recaiam o ônus real
hipotecário só poderão ser vendidos judicialmente precedido da intimação dos credores hipotecários, se eles não forem partes no
processo.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Direitos de garantia
É lícito às partes e especialmente ao vendedor estabelecer o valor de avaliação dos bens hipotecados, liberando-os de futura
avaliação judicial.
O objeto da hipoteca tanto pode ser bem corpóreo quanto incorpóreo. Sobre esta última espécie, houve tempo que se questionava a
possibilidade, sob o argumento de que o direito real só se consolida na materialidade das coisas levantando resistência em aceitá-los
sobre direitos, ainda que direitos reais. Hoje não
pende mais dúvida a respeito. Os direitos reais sobre direitos com pretensão real pertencem ao cotidiano jurídico. É o caso da
hipoteca constituída sobre o domínio desmembrado (direto/útil) e sobre fração de imóvel indiviso entre outros.
Em se tratando de hipoteca cedular, as declarações falsas ou inexatas do hipotecante acerca da área dos imóveis hipotecados, de
suas características, instalações e acessórios, sobre a pacificidade de sua posse, ou omita outras declarações sobre a existência de
gravames anteriores podem configurar prática de estelionato, sujeitando o autor às cominações penais próprias.
Os bens hipotecados cedularmente não poderão ser penhorados nem seqüestrados por outras dívidas do prestante da garantia, seja
ele o devedor principal ou terceiro, o qual deve denunciar a situação do bem ao oficial incumbido da diligência judicial.
O prazo máximo admitido em lei para a vigência do ônus real hipotecário é de 30 anos, passível de renovação. Ocorrendo esta após o
vencimento, ocasiona a extinção da garantia antiga e a constituição de nova.
Já a simples prorrogação, requerida por ambas as partes interessadas, não mexe com o tempo de validade, que se mantém sem
hiatos desde sua constituição primitiva.
Dar-se-á a extinção da hipoteca: a) com a extinção da obrigação principal; b) com o perecimento da coisa; c) com a perda do domínio
por parte do devedor hipotecante; d) com a renúncia do credor; e)com sentença transitada em julgado; f) com a prescrição.
O levantamento da hipoteca ocorre pelo seu cancelamento ou baixa no registro.
ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA
A alienação fiduciária é uma garantia real. Existe resistência de setores da doutrina e da jurisprudência acerca desse enquadramento.
A discussão é mais acadêmica. Sustenta-se no fato de as garantias reais conhecidas não transferirem o domínio. É preciso,
entretanto, não esquecer o dinamismo dos usos e costumes
do comércio e a rápida necessidade de transformação do direito empresarial, dando respaldo às novas práticas negociais. Em face
disso, as instituições jurídicas que acompanham essas mudanças devem manter-se flexíveis e ágeis, não podendo jamais se tornar
estruturas rígidas e definitivas.
A alienação fiduciária transfere, sim, o domínio, mas essa transmissão não se constitui no fim visado pelo negócio, representando
mera forma, imprópria é bem verdade, de constituição de garantia. O domínio é transferido provisoriamente. Se o prestador da
garantia, o fiduciante, não adimplir a obrigação, o objeto vai à venda, vedado sendo ao fiduciário ficar com o bem. Transferência de
coisa em garantia é garantia real. - O negócio de transmissão da propriedade ou do domínio é que é resolúvel, e não a propriedade ou
o domínio, como costumam dizer muitos juristas. Para a propriedade resolver-se tem de extinguir-se seu objeto.
Para o domínio resolver-se é preciso que se rompa o vínculo de poder que o titular do direito de propriedade em diretamente sobre a
coisa, mas esse rompimento por si não opera o refazimento do vínculo anterior. A resolução do negócio em que se transmitiu o
domínio é que determinará como conseqüência o desfazimento da
transferência, voltando a titularidade a quem quis a transmissão, mas não pôde consumá-la.
O que determina a resolução do negócio de transmissão é o adimplemento do devedor fiduciante. A quitação da dívida produz a
reversão ao statu quo ante, pelo simples fato de ser a alienação fiduciária negócio acessório que não sobrevive sem o principal. Mas a
propriedade pode resolver-se sem a resolução do negócio
de transferência do domínio, quando a própria coisa perecer. O inadimplemento do devedor fiduciante também acarreta o fim da
titularidade do domínio do credor fiduciário, porque, como não pode ficar com o bem da garantia, terá de vendê-lo para com o produto
da venda se cobrar, devolvendo a quantia que eventualmente
sobre. Não bastando para o integral pagamento da dívida, o devedor continuará pessoalmente obrigado pelo saldo.
É contrato bilateral porque enseja obrigação para ambas as partes. É, além disso, consensual, oneroso, típico, nominado, de duração.
Com o domínio, há transmissão da posse indireta ao credor. Pelo instituto possessório, a posse direta
é atribuída ao devedor, que, desta forma, torna-se fiel depositário do bem da garantia, com as responsabilidades civis e penais dessa
condição, mas sem o direito de ressarcimento das despesas havidas com a manutenção da coisa e sem a coisa e sem o conseqüente
direito de retenção.
Servem como objeto da alienação fiduciária os bens móveis em geral, desde que infungíveis seja por natureza ou convenção. A rigor,
embora pouco comum, também podem servir como objeto direito, especialmente os instrumentados por títulos de crédito. O grande
problema não chega a será possibilidade jurídica, que já não se discute mais, mas sua perfeita identificação, levando em
consideração, sobretudo, caber ao proprietário fiduciário o ônus da prova, contra terceiros, de que são tais e não outros os bens de
seu domínio que se encontram na posse do devedor. Sem isso, o risco assumido pelo credor é muito grande. Em princípio, o
que é penhorável pode ser objeto de alienação fiduciária.
O negócio jurídico só pode ser comprovado por escritura pública ou particular e sua validade depende de registro, sendo competente
para o ato, com arquivamento obrigatório de cópia, nos contratos, o Registro de Títulos e Documentos do domicílio do credor, e, nas
cédulas, o Cartório de Registro de Imóveis da circunscrição onde se encontram os referidos bens. Na alienação fiduciária constituída
sobre veículos automotores, como sobre aeronaves e navios, a repartição competente para o registro é aquela incumbida da emissão
e controle de suas respectivas licenças, que deverá anotar em seus Certificados de Registro.
O devedor que alienar ou der em garantia coisa já alienada fiduciariamente responde por estelionato, sujeitando-se às cominações
civis e penais previstas para a espécie. É aplicável à alienação fiduciária em garantia o princípio da indivisibilidade da garantia
relativamente à divisibilidade do valor da obrigação pecuniária. Pagamentos parciais não liberam parcelas do domínio. Em caso
de desapropriação, o valor pago sub-roga o bem.
Na condição de acessório segue o principal em sua sorte. Assim, vence antecipadamente quando isso ocorrer com o contrato ao qual
adere. Se a aquisição da propriedade fiduciária for a non domino, posterior aquisição do domínio pelo fiduciante convalida o negócio.
O credor fiduciário tem a seu favor ação de busca e apreensão para o caso de se configurar a mora do devedor, em cujos autos o
demandado poderá purgá-la. Não se consumando esta, a sentença consolidará a
propriedade e a posse plena e exclusiva em mãos do credor, que, todavia, poderá preferir a venda judicial ou extrajudicial. Se o bem
não for encontrado, a busca e apreensão pode se converter em ação de depósito. Tem além dessas ações a execução de títulos
extrajudiciais do saldo não coberto com a venda do bem ou de toda a dívida, uma vez frustrada a busca e apreensão, se preferir
executá-la ao invés de convertê-la em ação de depósito.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Direitos de garantia
FIANÇAS BANCÁRIAS
As garantias prestadas pelos Bancos em favor de seus clientes são, normalmente, garantias de natureza pessoal que se apresentam
sob as características seguintes: acessórias ou não-acessórias; nacionais ou internacionais.
As garantias pessoais são aquelas em que o banqueiro se vincula pessoalmente. Constituem-se geralmente por instrumentos
conhecidos pela expressão de "cartas", tais como cartas de crédito, cartas de fiança, cartas de garantia, etc.. Podem ocorrer através
do crédito de aceitação, pela aposição de aceite em títulos de crédito.
Sendo garantias prestadas em âmbito nacional, seguem disciplinas comuns, mantendo o caráter acessório do negócio de garantia. A
carta de fiança é fiança, sendo regulada pelas normas que lhe são próprias.
A carta de crédito constitui-se em um acreditivo já estudado anteriormente. Da mesma forma, o crédito de aceitação foi abordado
como empréstimo de firma.
Já os negócios internacionais apresentam conteúdo próprio diferenciado, pois não se deixando jungir por um sistema jurídico
uniforme, mostram-se vacilantes em muitas questões. Formam-se então pela prática diuturna do comércio exterior, apoiada nos usos
e costumes profissionais, nas regulações através de fórmulas,
de contratos-tipo, na jurisprudência arbitrai e em diretrizes traçadas por organismos especializados, como é o caso da Câmara de
Comércio Internacional ou organizações como a ONU, a CEE, etc..
Por força dessa condição, diversas fórmulas, destinadas a suprir deficiências em matéria de segurança jurídica, ganharam
notoriedade, caindo no agrado dos intemacionalistas e adquirindo aos poucos exegese comum, formando praticamente um corpo de
normas uniformes, chamado lex mercadoria. A livre escolha das partes no contrato invocando Regras e Usos Uniformes organizados
pela CIC vinculam o julgamento das contendas à disciplina eleita.
Essa prática tem afastado as garantias bancárias internacionais da disciplina tradicional da fiança, retirando-lhes o caráter de
acessoriedade. São conhecidas pelo nomen juris "garantias".
Costumam ser divididas em duas principais espécies, tendo em vista o fim a que se destinam:
garantias de pagamento e garantias de execução.
As garantias de pagamento compõem-se de cartas de crédito, constituindo negócio acreditivo. São garantias autônomas, sem
qualquer acessoriedade ou contaminação com o negócio subjacente. Importa em vinculação triangular, com o concurso eventual de
um quarto figurante, sempre Banco correspondente. São
conhecidas pela denominação on open acount (conta aberta), emitidas em três modalidades:
a) o vendedor recebe antes de embarcar o produto;
b) o comprador paga antes de receber, mas depois de olhar o produto; e
c) o comprador paga contra-recebimento da mercadoria. Referidas garantias ou são incondicionais,
exigíveis à primeira solicitação, ou condicionais, dependentes de comprovação documentária do
inadimplemento.
As garantias de execução apresentam-se sob variadas subespécies:
a) Big Bondgarante a oferta na licitação, respondendo pela obrigação de contratar;
b) Performance Bond garante a boa execução a qual pode se desdobrar em garantias menores:
garantia de manutenção; garantia de reembolso; garantia de submissão, etc..
0 estudo mais aprofundado dessas garantias deve ser tentado no Direito Internacional Privado.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
6
RESPOSTA: 1. E 2. D
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
DEPÓSITOS À VISTA
A captação de depósitos à vista, livremente movimentáveis, é atividade típica e distintiva
dos bancos comerciais que os configura como instituições financeiras monetárias. É a chamada
captação a custo zero.
Assim, o depósito à vista para o banco, é dinheiro gratuito.
Entretanto, como existe um custo implícito na abertura e na movimentação de uma conta
corrente, os bancos podem, eventualmente, estabelecer valores mínimos para abertura e
manutenção de saldo médio em conta pelo cliente, que, pelo menos, garanta a cobertura dos
custos operacionais desta conta.
Embora sendo uma captação de recursos dos clientes, seria melhor enquadrar este produto
como serviço, pois a qualidade de atendimento e os recursos tecnológicos colocados à disposição
da clientela é que diferenciam entre os bancos.
A conta é o produto básico de relação entre o cliente e o banco, através dela são
movimentados os recursos do cliente, utilizando:
• depósitos
• cheques
• ordens de pagamento;
• etc...
Cheque
O cheque é uma ordem de pagamento a vista. Considera-se não escrita qualquer menção em
contrário.
O cheque deve ser a apresentado para pagamento no prazo 30 dias da emissão (quando
emitido no lugar onde deve ser pago), caso contrário em 60 dias.
O portador do cheque tem o prazo de 6 meses para promover a execução (ação de cobrança
judicial do cheque) contra seu emitente ou avalista sob pena de prescrição (perder o direito a esta
ação judicial).
O cheque pré-datado não é juridicamente válido, mas na prática tem sido utilizado e, assim,
assume características de uma promissória.
Cheques cruzados
• os cheques cruzados não podem ser descontados, apenas depositados.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
A cobrança de títulos foi o produto mais importante envolvido pelas instituições nos últimos
10 anos.
Servem para aumentar o relacionamento instituição financeira x empresa, aumentam a
quantidade de recursos transitórios e permitem maiores aplicações destes recursos em títulos
públicos.
A cobrança é feita através de bloquetes que podem circular pela câmara de compensação
(câmara de integração regional) o que permite que os bancos cobrem títulos de clientes em
qualquer praça (desde que pagos até o vencimento - após o vencimento, o pagamento somente
poderá ser feito na agencia emissora do bloquete).
Os valores resultantes da operação de cobrança são automaticamente creditados na conta
corrente da empresa cliente no prazo estipulado entre o banco e o cliente.
• Para o Cliente:
1. capilaridade da rede bancária
2. crédito imediato dos títulos cobrados
3. consolidação do relacionamento com o banco
4. garantia do processo de cobrança (quando necessário o protesto)
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Este serviço é prestado a clientes que, por diversas razões, necessitam manter diferentes
contas correntes em diferentes agências de um banco.
• O cliente determina o nível de saldo que deseja manter em cada uma dessas contas
correntes;
• O banco, ao final de cada dia, transfere o saldo de uma conta para outra de modo a
manter os níveis desejados em cada uma delas.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
COMMERCIAL PAPERS
Assim como as debêntures, os commercial papers são títulos de dívida emitidos por
empresas, que podem ou não ser financeiras. Contudo, ao contrário das debêntures, têm um
prazo mais curto de duração, e são indicados para investidores interessados em aplicações de
curto prazo. O prazo mínimo dos commercial papers é de 30 dias e o máximo de 360 dias. Os
recursos obtidos com a emissão dos commercial papers em geral são usados para financiar as
atividades de curto prazo da empresa, ou necessidades de capital de giro, como compra de
estoques, pagamento de fornecedores, etc.
Rentabilidade
A rentabilidade dos commercial papers é definida pelos juros pagos pela empresa ao
investidor, juros estes que podem ser pré-fixados (maioria dos casos), pós-fixados, neste caso
baseado no desempenho de um indexador definido no contrato. Também existe a possibilidade de
emissão de commercial papers em dólares, que são uma boa alternativa para quem está
buscando aplicar em dólar.
Por se tratar de emissões de curto prazo, a garantia da operação em geral está vinculada à
situação financeira da empresa. Da mesma forma que com as debêntures, há a necessidade de
registrar a emissão junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e contratação de uma
instituição financeira para a intermediação.
Se desejar é possível vender um commercial paper antes do vencimento para outro
investidor, para isso basta transferir a sua titularidade através de endosso. Por outro lado, a
empresa também pode resgatar antecipadamente um commercial paper, mas para isso é preciso
que tenha decorrido o prazo mínimo de 30 dias.
Impostos
Como nas demais aplicações em renda fixa, a alíquota de imposto de renda que incide
sobre os rendimentos é de 20%, sendo que cabe a instituição responsável pelo pagamento dos
rendimentos recolher este imposto diretamente na fonte.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
HOME BANKING
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
REMOTE BANKING
Terminais de auto-pagamento
• Coletas de contas em casa para posterior pagamento e devolução de recibo pelo correio
• Envio das contas a pagar através dos correios
• Programação prévia de pagamentos, tipo agenda eletrônica.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
BANCO VIRTUAL
Vários fatores conduzem à criação dos primeiros bancos virtuais no país. São importantes
desde uma apropriação de um modelo em prática em países da Europa, como também uma
necessidade premente de reformulação do praticado em função de um novo cenário
macroeconômico e, de um novo desenho no perfil do consumidor, assim como um acirramento na
disputa pelo mercado.
Na década de 90, alterações na regulamentação da atividade financeira possibilitam o
surgimento de inúmeras instituições bancárias, as quais em sua grande maioria são de pequeno
porte.
Não ocorrendo um concomitante aumento proporcional na demanda por serviços bancários,
na mesma grandeza do aumento da oferta, este novo contexto estimula reformulações e
reposicionamentos por parte das instituições. Paralelamente, a atividade financeira bancária perde
posições no conjunto das atividades econômicas do país, acentuando ainda mais essa disputa.
De outro lado, tal reestruturação satisfaz plenamente as diretrizes empresariais que neste
caso apontam para a diminuição da estrutura organizacional e redução quantitativa da mão-de-
obra com conseqüente redução de custos.
De fato, a operação do banco virtual permite uma relação entre o número de funcionários e
o de clientes dificilmente alcançável em outro modelo: o banco virtual do privado nacional conta
com 300 funcionários e 25.000 clientes, uma proporção bastante menor do que, por exemplo, a de
sua empresa matriz, como de qualquer banco convencional.
Enquanto a informatização favorece enormemente a atuação da agência bancária virtual,
permitindo grande agilidade na execução de procedimentos rotineiros de trabalho, o crescimento e
a popularização de um novo perfil do consumidor - aquele que busca maior comodidade,
eliminação ou redução dos deslocamentos físicos - vem a estimular a sua criação.
"Hoje, a maior parte das negociações já são fechadas por telefone, então foi criar uma infra-
estrutura por telefone que seja igual ou tão melhor que na agência. tempo" (Gerente/Banco
Privado Estrangeiro/ 12/12/96)
Assim, são criadas novas formas de atendimento à distância como: as centrais de
atendimento, home banking e os próprios bancos virtuais.
A comercialização da imagem destes bancos é baseada essencialmente em dois pontos: a
comodidade do cliente e a eficácia de uma "estrutura inteligente" de operação. O primeiro
item está voltado para o princípio básico de atendimento via telefone, associado às facilidades
propiciadas ao cliente, tornando desnecessário enfrentar filas e deslocamentos até as agências,
falta de segurança para saques e depósitos, etc. Aspectos muito valorizados para o usuário das
grandes cidades que se constituem no público-alvo deste modelo de banco.
O "banco virtual" consiste numa agência bancária inteiramente "on line" onde todos os
serviços bancários convencionais são operados remotamente, através de linhas telefônicas e
computadores, sem que haja um espaço físico correspondente à agência. Com isso, trata-se de
levar o banco ao cliente sem obrigá-lo a deslocar-se. Transações como depósitos ou saques são
feitos por courriers contratados pelo banco junto à empresas terceirizadoras de serviços ou
aproveitados do próprio corpo de funcionários do banco. Assim, o banco economiza em sua
estrutura, tanto no aspecto físico como operacional, e procura alcançar o cliente que quer evitar a
freqüência de agências bancárias.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
BANCO VIRTUAL
"O virtual veio para dar mais comodidade ao cliente, pegar um público-alvo que
tenha a necessidade de ter mais comodidade, não só a comodidade pela comodidade mas
para poder ganhar mais tempo com os seus negócios."
E o segundo de que apenas as instituições que não precisam arcar com os custos de uma
rede de agências poderão oferecer tarifas menores e portanto mais competitivas no mercado.
"Tem uma grande palavra-chave nesse negócio que é a competitividade e que você vai
fazer através de uma política de serviços diferenciados, de uma política de preços diferenciada e
uma grande variável que entra com um peso bastante significativo chama-se custo.”
A estrutura organizacional:
A estrutura organizacional do banco virtual baseia-se numa rede de comunicação bastante
sólida, que implica no contato quase exclusivamente telefônico com o cliente e no alto índice de
informatização das operações internas. Isso permite dispensar departamentos de apoio que
podem ser eventualmente acessados na matriz, contando com um organograma bastante enxuto.
No banco privado nacional, há basicamente uma diretoria geral, uma área de
relacionamento com os clientes (que cuida do gerenciamento das contas), outra de prospecção de
clientes, um setor de projetos, produtos e tecnologia, a área de marketing e uma de suporte para
Recursos Humanos, treinamento e qualidade.
Da mesma maneira que os depoimentos apontam para uma estrutura organizacional
enxuta, é consenso que nenhuma instituição financeira poderia atuar sem um setor de
compensação de cheques. É importante ressaltar que a atividade do banco virtual só é possível
por ter uma retaguarda operacional e técnica no banco de origem - no caso do privado nacional -
e de forma mais simplificada no banco privado estrangeiro, por ser tratado dentro da instituição
como um serviço.
No processo de reestruturação do sistema bancário, há uma busca constante em voltar
suas atenções apenas para as atividades-fim e passam a terceirizar todas as atividades-meio.
O Trabalho do Motoqueiro:
Porém o aspecto mais relacionado com a concretização do banco virtual baseia-se no
trabalho dos chamados moto-boys.
Empresas prestadoras de serviços vêm sendo fundadas visando atender um novo nicho de
mercado criado pelo sistema bancário. Isto é, se todo marketing é baseado na agilidade e
eficiência dos serviços e não há estrutura operacional fixa para atender, a solução encontrada foi
a contratação de empresas para a realização da entrega ou de recebimento de documentos, etc.
A atuação dessas empresas terceirizadoras inclui transporte de valores e documentos
baseados em contratos mensais ou avulsos, disponibilizando certo número de courriers para
operar nas agências. Os bancos, por sua vez, preferem que estas equipes de mensageiros não
sofra alterações visando o estabelecimento de um vínculo pessoal de confiança.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
DINHEIRO DE PLÁSTICO
Trata-se de uma série de alternativas ao papel moeda que tem como objetivo facilitar o dia a
dia das pessoas e, por outro lado, representam um incentivo ao consumo.
Tudo começou lá por 1.920, quando algumas companhias de petróleo e cadeias de hotéis
dos EUA resolveram emitir cartões que garantissem crédito a seus clientes nas compras em suas
filiais. Depois da Segunda Guerra Mundial e com o aprimoramento das tecnologias de produção e
segurança dos cartões, a prática ganhou o mundo.
O primeiro cartão universal, para compras em vários estabelecimentos, foi introduzido pelo
norteamericano Ralph Scheider, em 1.950, o Diner´s Club (Clube de Restaurantes, em inglês),
que, inicialmente, oferecia crédito em 27 restaurantes de Nova York.
Mais fáceis de se produzir, os cartões de plástico não requerem a sofisticação das cédulas
de papel ou das moedas, e as tarjas magnéticas, que servem apenas como "chave de acesso" só
liberam serviços ou créditos mediante senha pessoal e intransferível, o que torna o cartão
extremamente seguro e mais, favorece a uma infinidade de operações, que vão do abrir uma
porta, do banco 24 horas, por exemplo, ou de um automóvel, à transferência de valores de uma
instituição financeira a outra, a uma empresa ou a pessoas físicas - muitas vezes
instantaneamente, o que confere uma velocidade antes inimaginável à concretização de negócios.
Com a chegada da Internet, então, bastam os dígitos da senha do cartão e pronto: operação
efetuada com sucesso. Sempre com muita segurança, fundamental em tempos onde a
criminalidade é fator crítico de instabilidade na vida e nos empreendimentos financeiros - ninguém
sai mais por aí com uma mala cheia de dinheiro.
Conseqüência de uma base de dados sobre os credenciados por uma operadora de
cartões, estas informações preciosas permitem ações de marketing de relacionamento e de
vendas, que fazem clientes fiéis à empresa, mais satisfeitos com o atendimento e predispostos a
novas compras e mais freqüentes. É assim que as companhias de aviação, pioneiras nesta
"descoberta", os supermercados ou lojas sofisticadas de todo o mundo fazem valer muito mais
que dinheiro o seu "dinheiro de plástico".
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
HOT MONEY
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CRÉDITO ROTATIVO
São linhas de crédito abertas com determinado limite que as empresas utilizam a medida de
suas necessidades. Os encargos são cobrados de acordo com sua utilização, na mesma forma
das contas garantidas.
A operação de crédito rotativo refere-se a uma conta tipo empréstimo (também chamada de
conta corrente garantida), aberta pelos bancos comerciais, visando ao financiamento de
necessidades de curto prazo (capital de giro) de empresas nacionais.
Através da entrega de duplicatas como garantia da operação, a instituição bancária abre
uma linha de crédito à empresa no valor de 80% do montante caucionado (valor nominal das
duplicatas dadas em garantia). O limite do crédito concedido atinge 800 MVR (maior valor de
referência), cujo valor (da MVR) é fechado quando da assinatura do contrato. Conforme as
duplicatas vão sendo resgatadas pelos clientes (sacados), a empresa deverá ir substituindo-as por
outras afim de manter o limite e a rotatividade do crédito concedido. Os saques dos recursos de
crédito são efetuados de acordo com as necessidades de giro da empresa, sendo processados
normalmente através de cheques.
Esta operação constitui, na realidade, uma linha de crédito subvencionada, dado que os
seus custos financeiros, conforme serão expostos adiante, situam-se bem abaixo das taxas
normalmente praticadas no mercado.
As negociações do crédito rotativo somente poderão ser efetuadas, de acordo com
resolução do Banco Central, com empresas cujas vendas não tenha excedido 85.000 MVR no ano
civil imediatamente anterior à solicitação do crédito, admitindo-se nesse cômputo a exclusão do
IPI e ICM.
O prazo do crédito rotativo varia de 360 dias (mínimo) a 395 dias (máximo) e obriga os
bancos comerciais, de acordo ainda com resolução do Banco Central, a aplicar determinado
percentual de seus depósitos a vista nesta modalidade de crédito os percentuais variam em
função do porte do banco e da empresa captadora dos recursos.
Os principais encargos desta operação são os seguintes:
a) Juros, calculados sobre o saldo a descoberto (devedor) corrigido, e devidos
semestralmente. Na realidade, o valor dos juros é obtido, segundo o método
hamburguês, da seguinte forma:
Somatório do Saldo Devedor
Valor dos Juros = i x
corrigido no semestre
360
considerado
onde i representa a taxa nominal anual de juros definida para a operação.
Para facilitar os cálculos, o saldo devedor é normalmente expresso em ORTN, e somatório
é obtido através da multiplicação desse valor pelo respectivo número de dias em que
permaneceu descoberto.
b) Correção monetária, baseada nas variações das ORTN, e incidente sobre o saldo
devedor.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
DESCONTOS DE TÍTULOS
É o adiantamento de recursos aos clientes, feito pelo banco, sobre valores referenciados em
duplicatas de cobrança ou notas promissórias, de forma a antecipar o fluxo de caixa do cliente.
Normalmente, o desconto de duplicatas é feito sobre títulos com prazo máximo de 60 dias e
prazo médio de 30 dias.
A operação de desconto dá direito de regresso, ou seja, no vencimento, caso o título não
seja pago pelo sacado, o cedente assume a responsabilidade do pagamento, incluindo multa e/ou
juros de mora pelo atraso.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Capital de giro: Capital utilizado pela empresa para financiar sua produção, suas vendas,
seu estoque. Ex: dinheiro utilizado para pagar fornecedores de matéria prima, pagar
distribuidores, etc.
São as operações tradicionais de empréstimos vinculadas a um contrato específico que
estabeleça prazo, taxas, valores e garantias necessárias e que atendam as necessidades do
capital de giro das empresas.
Os empréstimos normalmente são garantidos por duplicatas numa relação de 120 a 150%
do principal emprestado.
O capital de giro precisa de acompanhamento permanente, pois está continuamente
sofrendo o impacto das diversas mudanças enfrentadas pela empresa. Já o capital fixo não exige
atenção constante, uma vez que os fatos capazes de afetá-lo acontecem com uma freqüência
bem menor.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
VENDOR FINANCE/COMPROR FINANCE
VENDOR é uma operação de venda à prazo em que a empresa vendedora recebe o
valor a vista da instituição financeira e a empresa compradora paga o valor a prazo (com juros)
para a instituição financeira.
Características:
• A empresa vendedora assume o risco de não pagamento da dívida pela empresa
compradora.
• A base de cálculo dos tributos e contribuições incidentes sobre o faturamento fica
diminuída, uma vez que os juros não estão embutidos no preço faturado (base de
cálculo desses tributos)
• não incidirão IPI, ICMS, PIS, COFINS
• incidirá IOF sobre o crédito.
• A taxa de financiamento da instituição financeira é geralmente menor que a taxa
praticada pela empresa vendedora no caso
• autofinanciamento da venda, uma vez que o risco é rateado por varias operações.
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Você em 1º lugar!
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Características:
• A empresa vendedora assume o risco de não pagamento da dívida pela empresa
compradora.
• A base de cálculo dos tributos e contribuições incidentes sobre o faturamento fica
diminuída, uma vez que os juros não estão embutidos no preço faturado (base de
cálculo desses tributos)
• não incidirão IPI, ICMS, PIS, COFINS
• incidirá IOF sobre o crédito.
• A taxa de financiamento da instituição financeira é geralmente menor que a taxa
praticada pela empresa vendedora no caso
• autofinanciamento da venda, uma vez que o risco é rateado por varias operações.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Leasing vem do verbo "to lease" (arrendar) e pode significar o processo de arrendamento
(operação de leasing), ou ter o sentido substantivo de arrendamento enquanto tal (contrato de
leasing). O legislador brasileiro preferiu deixar de lado o termo inglês e empregou, em seu lugar,
"arrendamento mercantil", devido, sem dúvida, às peculiaridades do instituto no direito pátrio.
O leasing, também denominado arrendamento mercantil, é uma operação em que o
proprietário (arrendador, empresa de arrendamento mercantil) de um bem móvel ou imóvel cede a
terceiro (arrendatário, cliente, "comprador") o uso desse bem por prazo determinado, recebendo
em troca uma contraprestação.
Esta operação se assemelha, no sentido financeiro, a um financiamento que utilize o bem
como garantia e que pode ser amortizado num determinado número de "aluguéis" (prestações)
periódicos, acrescidos do valor residual garantido e do valor devido pela opção de compra.
Ao final do contrato de arrendamento, o arrendatário tem as seguintes opções:
comprar o bem por valor previamente contratado;
renovar o contrato por um novo prazo, tendo como principal o valor residual;
devolver o bem ao arrendador.
O prazo mínimo de arrendamento é de dois anos para bens com vida útil de até cinco anos
e de três anos para os demais.
Por exemplo: para veículos, o prazo mínimo é de 24 meses e para outros equipamentos e
imóveis, o prazo mínimo é de 36 meses (bens com vida útil superior a cinco anos). Existe,
também, modalidade de operação, denominada leasing operacional, em que o prazo mínimo é de
90 dias.
Em caso de compra, as prestações pagas são amortizadas do valor total dos bens. Na
operação de leasing a parcela paga mensalmente pelo cliente (arrendatário) é composta por duas
partes.
Uma é a contraprestação, que é o componente que reflete a amortização do valor do bem, a
remuneração da arrendadora (empresa de leasing), mais os encargos e impostos.
A outra é o VRG - valor residual garantido.
O imposto que será pago no contrato é o ISS, Imposto Sobre Serviços.
Despesas tais como seguro, manutenção, registro de contrato, ISS (imposto sobre serviços)
e demais encargos que incidam sobre os bens arrendados são de responsabilidade do
arrendatário ou do arrendador, dependendo do que for pactuado no contrato de arrendamento.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
O contrato de leasing tem prazo mínimo definido pelo Banco Central. Em face disso, não é
possível a "quitação" da operação antes desse prazo. O direito à opção pela compra do bem só é
adquirido ao final do prazo de arrendamento.
Por isso, não é aplicável ao contrato de arrendamento mercantil a faculdade de o cliente
quitar e adquirir o bem antecipadamente. No entanto, é admitida, desde que esteja previsto no
contrato, a transferência dos direitos e obrigações a terceiros, mediante acordo com a empresa
arrendadora.
Vantagens do leasing
Durante todo o prazo do contrato os bens não fazem parte do seu ativo pois pertencem à
empresa de leasing. Desta forma, as contraprestações pagas mensalmente para uso dos bens
podem ser lançadas como despesas operacionais que são dedutíveis para efeito de Imposto de
Renda.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
É o financiamento concedido por uma Financeira para aquisição de bens e serviços por
seus clientes.
Sua maior utilização é na aquisição de veículos e eletrodomésticos.
O bem adquirido serve de garantia da opera ao, ficando a ela vinculado pela figura da
alienação fiduciária (a propriedade do bem adquirido fica com a financeira até a quitação do
empréstimo).
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CRÉDITO RURAL
No mínimo 50% da exigibilidade deve ser satisfeito com crédito a mini ou pequeno produtor.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CADERNETAS DE POUPANÇA
São contas, cujo depósito de recursos, em dinheiro, acumula juros e correção monetária,
onde os recursos são destinados ao financiamento da construção e da compra de imóveis.
Este tipo de depósito destina-se à qualquer pessoa física.
É movimentada pelo cliente, através de Guias de Retirada ou cartão magnético.
Como o Depósito Popular este admite os 3 tipos de contas: INDIVIDUAL, CONJUNTA
SOLIDÁRIA, CONJUNTA NÃO SOLIDÁRIA.
Este tipo de conta admite a participação de analfabeto também em conta conjunta.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
TÍTULOS DE CAPITALIZAÇÃO
São um investimento com características de um jogo onde se pode recuperar parte do valor
gasto na aposta. Sem a ajuda da sorte, o rendimento será inferior ao de um fundo ou de uma
caderneta de poupança.
O valor aplicado pelo investidor é dividido em três partes, a saber:
• para a poupança
• para o sorteio;
• para cobrir as despesas do fundo.
Características:
• Capital Nominal - valor a ser resgatado corrigido e com juros;
• Sorteios;
• Prêmio;
• Prazo (não pode ser inferior a um ano);
• Provisão Rara sorteio – parcela da prestação que ira compor o premio;
• Carregamento - taxa de administração.
• Provisão matemática - parcela do investimento que vai compor a poupança do investidor;
• carência para resgate (não pode ser superior a 24 meses e se o prazo de pagamento for
inferior a 48 meses, a carência não pode ser superior a 12 meses).
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
A previdência privada é uma forma de poupança de longo prazo para evitar que a pessoa na
aposentadoria sofra uma redução muito grande de sua renda. Qualquer pessoa que receba mais do que o teto
de benefício da Previdência Social (INSS) deve se preocupar em formar uma poupança seja através da
previdência privada ou de recursos administrados por sua própria conta.
Tecnicamente falando, o processo de poupança consiste de duas fases. Na primeira, o poupador
acumula um capital. Durante todo esse processo, este capital receberá rendimentos. Na segunda fase, que
coincide com a aposentadoria para a maioria das pessoas - mas não necessariamente - é o momento de
receber os benefícios.
Regra geral, nesta fase, o poupador não faz novas acumulações, embora continue se beneficiando do
rendimento sobre o capital acumulado. Naturalmente, o valor dos benefícios deve ter uma relação de proporção
com o capital acumulado. Quanto maior o capital, maior o benefício.
A forma de fazer este cálculo é bastante complexa, mas, de uma forma simples, é fácil entender que os
saques mensais, aqui chamados de benefícios, devem ter uma relação com o capital acumulado. Não é
possível fazer saques expressivos sobre o capital sem correr o risco de o dinheiro poupado acabar muito rápido.
Poupança autoprogramada
Fazer plano ou fundo de previdência privada tem duas vantagens indiscutíveis: o benefício fiscal e a
diluição do risco de faltar renda futura, no caso de quem escolhe por benefício vitalício. Quando opta pelos
rendimentos vitalícios, o participante está reduzindo sua renda mensal, mas com a garantia de receber o
benefício para sempre. Como ninguém sabe quanto tempo vai precisar da renda, este é o mecanismo mais
seguro. As empresas conseguem garantir este direito porque trabalham com muitas pessoas, de forma que na
média o dinheiro poupado é suficiente para todos.
Planos e fundos de previdência, por sua vez, têm uma desvantagem também clara: o custo elevado.
Há planos com taxas de carregamento de 5%, e outros cobram até mais do que isso. Ou seja: ao fazer o
depósito, o participante já perde um dinheiro, independentemente do rendimento que tiver ou não no futuro.
Um pouco de organização nas finanças permite que a pessoa faça uma poupança própria com menos
custos e mais liberdade, mesmo que seja para comprar um plano de renda vitalícia no momento da
aposentadoria. Mas aí com melhores vantagens comparativas, porque não estará assumindo o risco da gestão
financeira da empresa durante 50 anos - todo o período de contribuição mais recebimento de benefícios -, mas
apenas o risco do período do benefício. Nesta opção, no entanto, se abre mão dos ganhos com benefícios
fiscais.
Com o objetivo de incentivar investimentos de longo prazo, os produtos de previdência privada têm
incentivo fiscal, na fase de acumulação. No caso da declaração completa do Imposto de Renda Pessoa Física
(IRPF), existe a possibilidade de o participante poder deduzir 100% das contribuições pagas à previdência
privada, até o limite de 12% da sua renda anual. A dedução é sobre a renda, de forma que o imposto pago é
menor porque a renda foi reduzida. Não é um desconto sobre o imposto a ser pago.
Mas, lá na frente, no recebimento dos benefícios - no caso dos planos de garantia mínima e PGBL -, o
recolhimento do IRPF vai ocorrer normalmente, como em qualquer renda. Ou seja: o valor recebido pela
previdência privada é somado às demais rendas e paga imposto de acordo com a tabela progressiva normal.
Naturalmente, não é vantajoso para o participante fazer depósitos acima de 12% de sua renda no fundo ou
plano de previdência, porque está parcela adicional estará sendo tributada duas vezes: no recebimento da
renda e no momento de saque ou recebimento de benefícios. Os planos tradicionais e os PGBLs não têm como
separar o dinheiro que foi ou não tributado na fonte, para evitar a bitributação.
Apesar de o imposto estar apenas diferido - ou seja, adiado no tempo -, o participante tem dois ganhos,
desde que respeite o limite de contribuição dos 12% da renda tributável. Primeiro, pode fazer com que o fluxo
dos benefícios recebidos componha uma renda que resulte em menor alíquota de imposto. Como o imposto
aumenta por faixa de renda, adiar o pagamento do tributo para uma fase que a renda seja menor é um ganho
certo. Um contribuinte que pague hoje alíquota de 27,5% para conseguir reduzir sua alíquota para 15%, ou
mesmo ficar isento de IR, dependendo de como vai receber os benefícios.
O segundo ganho é que uma parte do dinheiro que vai formar o capital teria sido gasta com impostos.
Ou seja: este dinheiro vai formar um fundo e vai ser remunerado. Mesmo pagando imposto posteriormente, este
dinheiro ajuda a formar o capital durante o período de acumulação, aumentando os ganhos do benefício fiscal.
Ainda sobre a questão de incentivo fiscal, o tipo de declaração de Imposto de Renda - simplificada ou
completa - influencia na decisão de comprar ou não um produto de previdência privada.
Como na declaração simplificada existe um limite dado, esse benefício fiscal é pouco aproveitável. O
ganho fiscal efetivo apenas ocorre na declaração completa.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Regra geral, a taxa de administração é de 3% ao ano. Como não existe regulamentação de sua
cobrança, a empresa de previdência pode alterar seu valor a qualquer momento, sem consulta ao participante.
O efeito é sentido, no entanto, porque a carteira fica menos rentável. Mas, como não há transparência, é
impossível comparar o que foi efeito de aumento de taxa ou menor rentabilidade dos ativos.
Para mudar essa situação, a Susep prepara legislação para dois novos tipos planos de previdência,
com regulamentação mais transparente. Com o tempo, estes fundos devem substituir os planos tradicionais no
mercado, por questão de procura dos consumidores e pela concorrência. São eles: Plano com Atualização
Garantida e Performance (PAGP) e o Plano com Remuneração Garantida e Performance (PRGP).
Ao contrário dos planos tradicionais, os novos terão que repassar mais informações aos clientes,
inclusive como é calculado o excedente financeiro e de quanto é a taxa de administração. Nesses dois planos, a
Susep também propõe a padronização do cálculo do excedente financeiro e de que forma ele será pago. Hoje
as empresas de previdência não informam sua metodologia ao investidor, o que impede a comparação entre
planos.
Com os novos planos, a Susep também vai diferenciar taxa de gestão de taxa de administração. A taxa
de gestão será cobrada pela entidade de previdência privada e a de administração, pelo banco. Assim, o
investidor saberá quanto está pagando e quem está cobrando. Hoje, regra geral, a entidade de previdência
afirma que não haverá cobrança de taxa. Porém, o banco que administra o dinheiro cobra, sem informar o
cliente.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
PLANOS DE SEGUROS
Fazer seguro é uma forma de proteger o património. Neste sentido, não deixa de ser um investimento.
Naturalmente, isso tem um custo. É o preço pago para não se correr o risco de perder algo muito valioso, ou de
suportar melhor uma grande perda material ou pessoal. E o objetivo deste investimento somente pode ser
alcançado se a compra do seguro for bem feita. Ou seja: deve atender às necessidades do cliente, e não às do
corretor. Esta cartilha vai ensinar você a comprar melhor seu seguro.
Seguro para fugir das incertezas
O seguro, como o próprio nome diz, surge da necessidade de segurança das pessoas diante das
incertezas e riscos que corremos na vida. Todos queremos uma segurança, uma garantia futura que nos proteja
dos prejuízos e perdas de fatos inesperados.
Com esta finalidade, pessoas e grupos têm se unido ao longo da história. Na Antigüidade, os
cameleiros que faziam longas viagens pelo deserto se associavam a fim de repor um animal que morresse, de
qualquer integrante da caravana. A perda do animal poderia ser a desgraça de um cameleiro, mas certamente
era suportada pelo grupo.
Outro exemplo vem da China. Lá, os comerciantes que desciam a correnteza dos rios com mercadorias
se associavam, e distribuíam os produtos em vários barcos, para diminuir o risco de perda total deles. Estes
exemplos mostram a essência do setor de seguros. Pessoas que têm afinidades se unem para amenizar os
riscos de perdas individuais, dentro do grupo, através de ajuda recíproca. É uma forma de tornar mais próximo o
desejo de que nada de mal possa nos atingir.
Na modernidade
O seguro é então o instrumento legal que permite aos segurados garantir a cada membro do grupo,
através do segurador, a compensação econômica por um evento futuro e incerto, chamado risco. É o caso de
um incêndio, roubo ou acidente, eventos que todos sabemos ser possíveis, mas ninguém é capaz de prever
quando, nem, onde ou com quem.
Para garantir que as perdas sejam compensadas, cada pessoa do grupo paga um valor proporcional
ao risco corrido para o segurador. Este valor vai ser usado para pagar as indenizações e também cobrir os
custos e lucros da seguradora. É o segurador que assume os riscos pelo grupo em troca desta remuneração,
chamada de prêmio.
O prêmio é uma forma de baixo custo para cobrir eventos ocasionais de pessoas que estão expostas a
riscos semelhantes. E deve ser proporcional ao risco de cada evento ocorrer. Cálculos de probabilidades, com
base também na observação do comportamento destes eventos no passado, ajudam a estimar o prêmio.
Tipos de seguros
Existem três riscos básicos que podem ser segurados: patrimônio, pessoa e responsabilidade. Uma
mesma apólice pode combinar a cobertura de diversos riscos destes grupos. Um seguro de carro, por exemplo,
cobre a perda patrimonial do veículo, a vida do segurado, e os danos que pode causar a terceiros. Um seguro
de imóvel também pode cobrir perdas patrimoniais diversas, como incêndio, roubo e responsabilidade civil, caso
um vidro, por exemplo, caia e atinja um terceiro.
A maioria dos seguros voltados para pessoas físicas é vendida como contrato padrão. Ou seja: a
seguradora já tem um contrato com cláusulas fixas, envolvendo um conjunto de coberturas. O segurado apenas
adere ao plano, sem poder discutir cada um dos seus parâmetros.
É desta forma que o mercado consegue baratear os contratos, porque não é preciso recalcular todos
os parâmetros a cada proposta de seguro. Com a modernização do mercado, alguns padrões já foram
diversificados. É possível, por exemplo, encontrar seguros de automóveis mais baratos apenas pelo fato de o
contratante ser mulher ou ter mais idade.
Seguro de veículos
O seguro de automóveis e outros veículos automotores é um dos mais conhecidos. É um reflexo do
nível de violência, especialmente nas cidades maiores, onde é grande o número de roubos.
Esta apólice, que costuma ter prazo de um ano, cobre a reparação dos danos ocorridos ao veículo
segurado ou causados por ele a terceiros ou a coisas, incluindo outros veículos, roubo, furto, incêndio e colisão.
Algumas apólices cobrem outros riscos, como chuva de granizo, enchentes e danos ocorridos ao veículo
durante roubo ou furto ou tentativa de roubo ou furto. Estes riscos múltiplos podem ser associados de várias
formas, combinando as modalidades em pacotes.
Esta modalidade de seguro também pode oferecer coberturas adicionais para o risco de roubo de
rádios e acessórios, desde que conste da apólice. Se estes equipamentos são colocados posteriormente à
contratação, podem ser incluídos na apólice, através de endosso.
Muitos danos não são cobertos pelo seguro de veículos, o que deve vir relacionado no contrato,
especialmente pequenos prejuízos como arranhões na pintura. Aliás, a função da franquia também é impedir
que estes pequenos gastos sejam responsabilidade da seguradora, o que aumentaria o custo do prêmio.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
PLANOS DE SEGUROS
Seguro de vida
O principal objetivo de um seguro de vida é garantir certa segurança aos entes queridos que dependem
de nossa renda. O problema desta apólice é que mexe com assuntos que a maioria das famílias não quer tratar,
como a possibilidade de morte. Por isso, muita gente acaba evitando um seguro que poderia amparar a família
num infortúnio.
O seguro de vida dá cobertura aos riscos de morte natural ou acidental e invalidez por acidente ou
doença. Casos de suicídio, regra geral, estão excluídos da cobertura. Seu pagamento costuma ser mensal, por
prazo indeterminado, havendo exceções, de contratos por prazo determinado.
Estimar o valor correto de um seguro de vida depende de muitos fatores individuais, como o número de
filhos e a idade deles, a vida profissional do cônjuge, o padrão de vida que se pode manter, o nível de
patrimônio, a capacidade de gerenciamento da família e tempo para sua reestruturação, e até as despesas com
funerais.
Se o prêmio para o seguro ideal - que inclui até cobertura para a educação dos filhos - não for viável,
procure fazer algum seguro que caiba no orçamento familiar, para dar uma garantia mínima.
Certamente, pessoas que não tenham filhos, ou que já os tenha educado, precisam de seguro de vida
de menor valor, em geral apenas para amparar o cônjuge ou outro dependente indireto. Pessoas com filhos
pequenos e dívidas devem se preocupar mais.
O prêmio é maior quanto maior o número de coberturas escolhidas, e o risco do próprio segurado, que
depende de sua expectativa de vida e do tipo de risco a que se expõe. Pessoas com saúde debilitada pagam
prêmios maiores. Fumantes podem pagar mais. Pessoas que se expõem a esportes radicais também têm maior
risco. A seguradora pode até não aceitar este tipo de cliente.
Seguro de acidentes pessoais
O seguro de acidentes pessoais oferece cobertura em caso de invalidez permanente, parcial ou total,
ou morte por acidente. Os contratos, regra geral, têm prazo de um ano. Neste caso, acidente é evento não
esperado, externo, involuntário ou violento, que cause lesão física que leve à morte ou invalidez permanente,
incluindo casos de homicídio. Acidentes com eletricidade ou ataque de animais também estão incluídos, para
citar exemplos menos comuns.
A única diferença em relação ao seguro de vida é que não cobre morte natural. Como tem uma
cobertura a menos, é mais barato que o seguro de vida. O público-alvo são pessoas jovens, que têm boa saúde,
e não vêem no horizonte probabilidade alta de morrer de causa natural.
O valor da indenização depende do segurado, do padrão de vida que tem e poderia manter num caso
de invalidez, ou que tipo de proteção pode deixar para a família em caso de morte.
Seguro de viagem
Cobre riscos de acidentes em viagem (geralmente ao exterior), como extravio de bagagem, despesas
médico-hospitalares, odontológicas, problemas jurídicos e até de translado do corpo, em caso de morte. Este
tipo de apólice não assume os riscos de catástrofes naturais, como furacões e terremotos. Os contratos duram o
tempo da viagem, mas também podem cobrir viagens que aconteçam durante um ano inteiro, no caso de
pessoas que costumam viajar com mais freqüência.
O contrato especifica as coberturas e os números de telefone que atendem o segurado no exterior.
Caso precise de atendimento de urgência em instituições não credenciadas, o segurado pode solicitar
reembolso, dentro do limite de cobertura garantido.
O seguro viagem pode ser feito na própria agência de viagem, em bancos ou corretoras.
Seguro profissional liberal
Cobre o pagamento de diárias em caso de afastamento motivado por doença ou acidente, para
profissionais liberais como médicos, dentistas e advogados. Pode prever cobertura contra danos pessoais
causados a terceiros, como, por exemplo, erro médico. Nos Estados Unidos, este tipo de seguro é muito comum
nos casos de ação na Justiça movida contra médicos.
Seguro saúde
Oferecido por empresas seguradoras, o seguro saúde dá cobertura facultativa aos riscos que envolvem
assistência médica e hospitalar.
Outros seguros
Imobiliário: No caso de não conclusão da obra, garante ao comprador do imóvel que este será
concluído e entregue por outra empresa, que assume a obra. Tem a função de dar maior segurança para o
investidor que compra imóvel na planta.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
PLANOS DE SEGUROS
Assistência para funeral: Cobertura complementar das apólices de seguro de vida, que cobre
despesas de funeral, como compra de caixão, flores, certidão de óbito, translado do corpo e aluguel de jazigo.
Assistência para seqüestro: Serviço agregado a um seguro de vida para ser acionado quando ocorrem lesões
ou ferimentos corporais causados por seqüestro, roubo ou assalto.
Educação: Seguro que cobre gastos com a educação dos filhos e dependentes, em caso de
falecimento do responsável.
Fiança: Garante o pagamento de aluguel, condomínio e outras despesas em caso de inadimplência do
INQUILINO.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Uma empresa abre o seu capital com o objetivo de captar recursos de terceiros para
projetos específicos. Para tanto, tem que seguir uma série de exigências da CVM (Comissão
de Valores Mobiliários), que autoriza a abertura de capital. Ao fazer a primeira emissão de
títulos (sejam debêntures ou ações), a venda é feita no mercado primário.
O mercado primário é a primeira negociação dos títulos. Toda vez que a empresa emite
ações pela primeira vez e a cada nova emissão de ações, a colocação é feita no
mercado primário. A partir daí, toda negociação que for feita com esses títulos ocorrerá no
mercado secundário.
Quando a empresa faz uma subscrição de novas ações, a situação se assemelha muito à
primeira emissão. Portanto, ocorre no mercado primário. Neste tipo de operação, o
acionista tem o chamado direito de subscrição, que lhe confere a preferência para
compra das novas ações. A nova emissão ocorre no mercado primário porque o grupo de
ações subscritas está sendo negociado pela primeira vez.
O preço das ações em uma nova emissão é baseado em três fatores: valor patrimonial,
média das cotações em bolsa ou projeção de resultados. Se a empresa já possui ações em
bolsa, o preço será a média das cotações de fechamento das ações da empresa nos
últimos três meses.
Caso a empresa ainda não tenha ações em bolsa (isto ocorre quando é feita a abertura de
capital, o chamado IPO), o preço será baseado no valor patrimonial. Há casos raros em
que a companhia pede ágio, ou seja, aumento no preço de suas ações baseado numa
projeção de resultados positiva.
No mercado secundário, o preço dos títulos é sempre determinado pelo próprio mercado.
Não há como a empresa interferir diretamente na cotação. Podemos também dividir o
mercado de títulos públicos em primário e secundário. A regra é a mesma para a
negociação de ações ou debêntures. Os títulos públicos ao serem colocados pela primeira
vez no mercado, são vendidos no mercado primário.
A negociação de compra e venda de títulos que se segue entre os bancos, uma vez que
estes já foram emitidos e adquiridos pela primeira vez, é o mercado secundário. Toda a
troca da posse destes títulos se dá no mercado secundário. Outros exemplos de mercado
secundário são a Nasdaq. O mercado de balcão também é mercado secundário, já que
as ações são negociadas após sua emissão ou subscrição.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
MERCADO DE CRÉDITO
Naturalmente, quem quer antecipar os benefícios do uso do dinheiro paga um preço por
isso, que é a taxa de juro, para quem empresta o dinheiro, como compensação por adiar o
uso do dinheiro. Juro, portanto, é o preço do dinheiro no tempo. Quando a operação tem
um intermediário, como financeira ou banco, este também recebe parte deste juro pago
como remuneração. E o governo também tira sua fatia desta operação toda, através da
cobrança de impostos.
Temos então de um lado uma pessoa buscando dinheiro vivo ou fazendo uma compra a
prazo. Ela tem várias opções, como empréstimo pessoal, cheque especial, cartão de
crédito, leasing, crédito direto ao consumidor (CDC) etc. Para obter este empréstimo, basta
ter um histórico de bom pagador (não ter dívidas em atraso) e capacidade de pagamento
da dívida assumida.
Regra geral, quem quer crédito procura uma instituição financeira, direta ou indiretamente.
Mesmo nas lojas, na maioria das vezes é uma financeira que está financiando a venda a
prazo. Na prática, a loja recebe seu pagamento à vista e o negócio fica entre o
consumidor e a financeira.
Parte deste dinheiro é então ofertada ao mercado nas várias linhas de crédito para pessoas
físicas ou empresas. Por fazer esta intermediação, o banco recebe uma parte da diferença
entre o juro recebido pelo investidor e o pago pelo tomador do empréstimo.
É o chamado spread, que vai cobrir custos, perdas com inadimplência e gerar lucros. É a
instituição financeira que assume o risco de o tomador do dinheiro não pagar sua dívida. Se
o empréstimo não for pago, a instituição deve ter reservas suas para poder honrar o
compromisso com quem aplicou o dinheiro.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
MERCADO DE CAPITAIS
À medida que cresce o nível de poupança individual e a poupança das empresas (lucros)
constituem a fonte principal do financiamento dos investimentos de um país. Tais
investimentos são o motor do crescimento econômico e este, por sua vez, gera aumento de
renda, com conseqüente aumento da poupança e do investimento, assim por diante.
- empréstimos;
- reinvestimentos de lucros;
- participação de acionistas.
O investidor em ações contribui assim para a produção de bens, dos quais ele também é
consumidor. Como acionista, ele é sócio da empresa e se beneficia da distribuição de
dividendos sempre que a empresa obtiver lucros. Essa é a mecânica da democratização
do capital de uma empresa e da participação em seus lucros.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
MERCADO DE CAPITAIS
Para operar no mercado secundário de ações, é necessário que o investidor se dirija a uma
sociedade corretora membro de uma bolsa de valores, na qual funcionários especializados
poderão fornecer os mais diversos esclarecimentos e orientação na seleção do
investimento, de acordo com os objetivos definidos pelo aplicador. Se pretender adquirir
ações de emissão nova, ou seja, no mercado primário, o investidor deverá procurar um
banco , uma corretora ou uma distribuidora de valores mobiliários, que participem do
lançamento das ações pretendidas.
· reserva para qualquer despesa imprevista e uma garantia para o futuro - SEGURANÇA;
Investimentos Imobiliários
Investimento em Títulos
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
MERCADO DE CAPITAIS
Renda
A renda é fixa quando se conhece previamente a forma do rendimento que será conferida
ao título. Nesse caso, o rendimento pode ser pós ou prefixado, como ocorre, por exemplo,
com o certificado de depósito bancário. A renda variável será definida de acordo com os
resultados obtidos pela empresa ou instituição emissora do respectivo título.
Prazo
Há títulos com prazo de emissão variável ou indeterminado, isto é, não têm data definida
para resgate ou vencimento, podendo sua conversão em dinheiro ser feita a qualquer
momento.
Já os títulos de prazo fixo apresentam data estipulada para vencimento ou resgate, quando
seu detentor receberá o valor correspondente à sua aplicação, acrescida da respectiva
remuneração.
Emissão
Os títulos podem ser particulares ou públicos. Particulares, quando lançados por sociedades
anônimas ou instituições financeiras autorizadas pela CVM ou pelo Banco Central do Brasil,
respectivamente; público, se emitidos pelos governos federal, estadual ou municipal.
Companhias Abertas
Companhias Fechadas
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
MERCADO DE CÂMBIO
Instituições Autorizadas a Operar
Operações básicas
Atualmente não há mais o lastro metálico para servir de relação no câmbio entre as
moedas, e as taxas cambiais são determinadas por uma conjunção de fatores intrínsecos
ao país, principal mente a política econômica vigente.
O câmbio não possui apenas o valor teórico de determinar preços comparativos entre
moedas, mas a função básica de exprimir a relação efetiva de troca entre diferentes
países. A troca de moedas é conseqüência das transações comerciais entre países. No
Brasil, a rede bancária, liderada pelo Banco do Brasil, é a intermediária nas transações
cambiais. Os exportadores, ao receberem moeda estrangeira, vendem-na aos bancos e os
bancos revendem essa moeda aos importadores para que paguem as mercadorias
compradas. Essas transações são sempre reguladas pelo governo, que fixa os preços de
compra e venda das moedas estrangeiras.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
MERCADO DE CÂMBIO
Segmentos de Mercado
a) Mercado de Taxas Livres (ou Câmbio Comercial), que abrange as operações de câmbio
relativas ao comércio exterior e de capitais estrangeiros, entre outras;
b) Mercado de Taxas Flutuantes (ou Câmbio Turismo), que engloba as operações não
enquadradas no Câmbio Comercial.
Modalidades:
As flutuações da taxa cambial apresentam uma série de riscos, pois o mercado de divisas
passa a sofrer variações determinadas também por fatores políticos, sociais e até
psicológicos. Quando um país sofre uma crise de liquidez, por exemplo, o regime de
câmbio livre estimula a especulação com moeda estrangeira, o que eleva excessivamente
sua cotação e agrava sua escassez. Da mesma forma, os importadores passam a utilizar
maior quantidade de divisas (moeda estrangeira) para suas compras, querendo evitar
pagá-las mais caras com o avanço da crise, o que agrava a crise de liquidez.
Câmbio manual. A simples troca física da moeda de um pais pela de outro. As operações
manuais de câmbio só se fazem em dinheiro efetivo e restringem-se aos
viajantes e turistas. Nas transações de comércio exterior ou de pais a pais, utilizam-se divisas
sob a forma de letras de câmbio, cheques, ordens de pagamento ou títulos de crédito.
O Brasil não possui câmbio múltiplo, mas certas regulamentações de natureza cambial
criam efeito semelhante. O dólar para a compra de petróleo, por exemplo, possui valor
inferior ao do cambio oficial, m contrapartida, durante algum tempo a taxação de 25% de
IOF (imposto sobre Operações Financeiras) na compra. de dólares por turistas brasileiros que
viajavam ao exterior criou um dólar mais caro. Estão no mesmo caso a taxação variável dos
produtos de importação (com alíquotas maiores para os chamados supérfluos e o confisco
cambial incidente sobre produtos de exportação (como o café).
Nota:
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
MERCADO DE CÂMBIO
Algumas das operações aqui tratadas poderão não ser permitidas no Brasil, em virtude de
dispositivos cambiais vigentes. Os negócios cambiais realizados pelos bancos podem ser
efetuados com seus clientes não-bancários (empresas, particulares etc.) como também
com outros bancos(operações interbancárias).
Embora fechadas por telefone, as operações de câmbio têm de ser formalizadas através
de instrumento próprio, o Contrato de Câmbio. Padronizado pelo Banco Central do Brasil,
sua formalização se dá através do SISBACEN - Sistema de Informações do BACEN. Existem
vários tipos de Contratos de Câmbio, dentre eles:
TIPO 01 - EXPORTAÇÃO
TIPO 02 - IMPORTAÇÃO
Uma vez fechados, os contratos devem ser liquidados. Liquidar significa, a rigor, entregar a
moeda estrangeira que foi vendida.
a) Prontos: são aqueles cuja liquidação deve ocorrer em até 2 dias úteis;
b) Futuros: aqueles cuja liquidação deva ser processada em prazo maior que 2 dias úteis. A
maioria dos contratos de exportação é fechada para liquidação futura.
A operação de câmbio é uma operação financeira e, como tal, deve ser realizada pelo
Departamento Financeiro da empresa.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
MERCADO DE CÂMBIO
Portanto, faz-se mister que o exportador esteja atento para a escolha do banco com o qual
pretende realizar a operação. Nem sempre o banco que habitualmente supre as suas
necessidades no mercado doméstico pode atendê-lo nas operações internacionais.
Sugere-se, pois, uma avaliação do banco, levando-se em conta alguns aspectos
específicos, tais como:
• tarifas de serviços;
Além disso, o banco deve ser um parceiro disposto a assessorá-lo, pronto para lhe
apresentar novas alternativas de negócios! A negociação do câmbio entre o exportador e
o banco poderá ser realizada diretamente ou com a intermediação de um Corretor de
Câmbio. O corretor não é parte da operação. É apenas um interveniente. Responde pelos
aspectos formais e pela identificação do seu cliente e não pelos direitos e obrigações
decorrentes do contrato de câmbio. Trata-se de um prestador de serviços.
O corretor de câmbio pode ser de capital importância na operação uma vez que ele
participa do mercado em "full time". Isto lhe permite absorver, processar e divulgar
informações indispensáveis para a correta contratação do câmbio. Sua intervenção é
facultativa. Pelos serviços prestados, o corretor recebe uma corretagem paga pelo cliente.
O câmbio poderá ser fechado antes ou após o embarque da mercadoria: Nas operações
cursadas sob a modalidade de pagamento antecipado, o câmbio é contratado para
liquidação pronta, antes do embarque.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
MERCADO DE CÂMBIO
Esta antecipação também pode ser interessante mesmo quando a empresa não tenha
necessidade de caixa. Toma-se o ACC para aplicação dos recursos no mercado financeiro
doméstico, gerando, assim, uma receita adicional à exportação.
Certamente que o exportador, em quaisquer dos casos, deverá estar atento a duas
questões fundamentais:
O exportador que vende câmbio futuro deve ter a segurança de que está apto a promover
o embarque da mercadoria e a liquidação da operação, mediante entrega da moeda
estrangeira. Cabe ao banco comprador do câmbio avaliar a capacidade exportadora de
seus clientes antes de com eles realizar a operação de câmbio.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
MERCADO DE CÂMBIO
O custo do ACC é composto da correção cambial (+/-), juros internacionais (libor + spread
+ margem do banco).
Dois motivos fundamentais podem levar o exportador a optar pelo fechamento do câmbio
após o embarque:
Nestes casos, o câmbio poderá ser fechado para liquidação pronta ou futura.
São operações de câmbio de exportação, contratadas para liquidação futura, nas quais
não ocorre a concessão do ACC ou do ACE, quer por um período da operação ou pelo
prazo total da mesma, até a liquidação. Significa dizer que, por um certo prazo (até a
entrega dos documentos, por exemplo) ou até a liquidação do contrato, o contravalor em
moeda nacionais - os Reais - ficam bloqueados - travados - no banco.
A trava de câmbio nada mais é que um tipo de aplicação financeira e, como tal, gera o
pagamento de uma remuneração - prêmio - pelo banco ao exportador.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
MERCADO DE CÂMBIO
entregues ao banco em até 15 dias contados do embarque, respeitando o vencimento,
para esse fim, previsto no contrato de câmbio, quando for o caso.
Quando o transporte da mercadoria se der por via aérea ou por via terrestre, o exportador
poderá remeter os documentos originais diretamente ao importador.
Admite-se esta prática, também, quando o transporte for efetuado por via marítima, mas
em casos especiais. Em todas as situações, entretanto, serão entregues ao banco, pelo
menos, cópias dos documentos acompanhados de saque original e da cópia da carta-
remessa do exportador encaminhando os documentos ao importador estrangeiro.
Quando as partes cumprem suas obrigações, diz-se que o contrato está liquidado. Assim,
da mesma maneira em que as partes pactuam a forma através da qual o banco pagará a
moeda nacional ao exportador, também é pactuada a forma através da qual o
exportador entregará a moeda estrangeira ao banco.
No que tange a entrega da moeda estrangeira ao banco, as duas formas de entrega mais
usuais são:
• Crédito em Conta: o exportador fica responsável pela operação até que a moeda
estrangeira seja creditada na conta do banco comprador do câmbio. Neste caso, o banco
somente considerará a operação liquidada após o recebimento da moeda estrangeira,
mediante crédito em sua conta, mantido junto a banco no exterior.
Embora a legislação estabeleça um prazo até o qual as operações devam ser liquidadas
(15 dias após a entrega dos documentos, no caso de operações à vista e 15 dias após o
vencimento do saque, no caso de operações a prazo) a liquidação somente ocorrerá se e
quando, efetivamente, a moeda estrangeira for creditada ao banco.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
MERCADO DE CÂMBIO
• Carta de Crédito: sob esta forma de entrega o exportador cumpre, em princípio, suas
obrigações ao entregar ao banco, em ordem, os documentos requeridos pela Carta de
Crédito, evidenciando, pois, ter cumprido todos os seus termos e condições,
independentemente da operação ser à vista ou a prazo. Regularmente, o banco,
considerados os documentos em ordem, deve liquidar a operação no prazo máximo de
até 10 dias contados da entrega dos documentos.
• Em menor escala, outras formas de entrega também são utilizadas. É importante ressaltar,
entretanto, que o acolhimento de Cartas de Crédito para negociação é de exclusivo
critério do banco. Certamente, serão acolhidas aquelas emitidas e/ou confirmadas por
banco de primeira linha (first class bank) e em países que não apresentem risco de
transferência de divisas e cujos termos e condições tenham sido cumpridos na íntegra, isto
é, os documentos tenham sido apresentados sem discrepâncias.
Alteração de contrato
• nome do comprador;
• nome do vendedor;
• taxa cambial;
Prorrogação de contrato
Os vencimentos nos contratos de câmbio podem ser prorrogados, por consenso das partes,
respeitada a regulamentação vigente. A prorrogação é formalizada, necessariamente
através do SISBACEN, em instrumento próprio, o formulário TIPO 07. Vale lembrar que os
contratos vencidos geram custos adicionais para o exportador.
Em regra, pode ser prorrogado desde que o prazo decorrido, mais o prazo que se prorroga,
não exceda 360 dias, contados da data da contratação do câmbio. A prorrogação enseja
repactuação das condições negociadas e, portanto, merece especial atenção da parte
do exportador. Como o prazo para entrega dos documentos é estabelecido em função da
previsão do embarque da mercadoria, é necessário que o responsável pela contratação
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
MERCADO DE CÂMBIO
do câmbio, no momento da pactuação com o banco, esteja munido de informações que
retratem a realidade da empresa, em especial no tocante à programação de seus
embarques. Em tese, as prorrogações somente devem acontecer quando motivadas por
ocorrência fora do controle do exportador.
A prorrogação deve ser formalizada no prazo máximo de até 20 dias contados do referido
"prazo para entrega", indicado no contrato de câmbio.
Será admitida a prorrogação do prazo para liquidação para prazos finais maiores que 180
dias contados do embarque quando a operação for realizada ao amparo de seguro de
crédito à exportação, da SBCE.
Contumácia
Cancelamento do contrato
Os contratos de câmbio, por consenso das partes, podem ser cancelados em até:
• 20 dias contados do vencimento para entrega dos documentos, nos casos em que a
mercadoria não tenha sido embarcada;
O exportador deverá promover o acerto de contas com o banco, devolvendo o ACC (se
houver), pagando os juros, a diferença de taxa cambial, se houver (correção do capital) e
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
MERCADO DE CÂMBIO
outras despesas da operação. O cancelamento de contrato de câmbio, sem que tenha
ocorrido o embarque da mercadoria, gera penalidades para o exportador, tais como o
pagamento de IOF (quando houver ACC) e ENCARGO FINANCEIR (multa).
Para tanto, o exportador deve provar ter iniciado ação judicial de cobrança contra o
importador. Cumprida tal exigência, o exportador deve fazer o acerto de contas com o
banco (devolver o ACE se houver pagar a diferença de taxa cambial, o deságio e outras
despesas).
Posição especial
Nos casos em que a mercadoria já tenha sido embarcada e que o cancelamento não seja
possível por falta de pré-requisitos para a sua formalização, exportador e banco podem
promover o acerto de contas (semelhante ao cancelamento).
Faz-se uma Alteração de Contrato de Câmbio, transferindo-o para a Posição Especial (uma
espécie de UTI de contratos). Nesta situação, o contrato pode permanecer por prazo
limitado e sua utilização é proibida para alguns casos.
A Posição Especial tem caráter excepcional e deve ser utilizada com parcimônia, somente
naqueles casos em que não caiba outra solução. Vale lembrar que a sua utilização
indevida, bem como o não cumprimento de prazos acarreta sua reversão automática, por
determinação do Banco Central.
• imposto de renda sobre linhas externas, que poderá ser repassado ao exportador;
Taxa de repasse é aquela pela qual o Banco Central do Brasil adquire a moeda estrangeira
dos bancos comerciais.
Taxa de cobertura é aquela pela qual o Banco Central do Brasil vende moeda estrangeira
aos bancos comerciais.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
MERCADO DE CÂMBIO
Taxas Cruzadas (Cross-Rates) vêm a ser as taxas teóricas resultantes da comparação das
respectivas cotações de duas moedas, cotações essas expressas em uma terceira moeda
(o dólar americano, por exemplo).
Digamos que, no mercado cambial norte-americano, o franco suíço esteja cotado a US$
0,231, enquanto o marco alemão está cotado a US$ 0,275. Dividindo-se esses valores, um
pelo outro, vamos obter as seguintes taxas cruzadas.·
Quando as transações cambiais são livres, essas taxas cruzadas não deverão diferir
sensivelmente da cotação do franco suíço em Frankfurt ou da cotação do marco alemão
em Zurich.
Taxas livres são aquelas provenientes das condições de oferta e procura de divisas em um
mercado livre de câmbio, admitindo-se, contudo, a possibilidade de uma intervenção das
autoridades monetárias, mediante operações de compra e venda de divisas, com o
objetivo de evitar variações excessivas das taxas.
Taxas oficiais são as determinadas pelas autoridades monetárias, não resultando, assim, do
livre entrechoque das condições de oferta e procura, embora estas possam, em grande
parte, influenciar o pensamento das autoridades monetárias na determinação do nível das
taxas oficiais.
Taxas fixas são aquelas mantidas invariáveis em um determinado nível, seja por
determinação governamental (congelamento da taxa), seja por operações de compra e
venda de divisas por parte das autoridades governamentais sempre que as cotações de
mercado se desviarem das taxas determinadas pelo governo. A taxa fixa poderá coincidir
ou não com o par metálico. Uma pequena variante das taxas fixas seria a taxa estável,
onde é permitida às taxas de câmbio uma certa variação, dentro de pequenos limites.
As autoridades monetárias não intervêm no mercado, a não ser quando é atingido o limite
mínimo ou máximo. As taxas variáveis, como o próprio nome está dizendo, são aquelas que
variam. Podem ser flexíveis, quando as paridades monetárias são reajustadas
gradualmente, dentro de pequenos intervalos de tempo. E o sistema denominado
crawlingpeg. Existe, também, uma outra taxa variável, que é conhecida por taxa flutuante.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
MERCADO DE CÂMBIO
Neste caso, não existem paridades monetárias e as taxas cambiais flutuam livremente,
embora possam estar sujeitas a sofrer intervenções a parte das autoridades monetárias, em
caso de autuações exageradas.
Não é possível dizer-se qual dos dois sistemas taxas fixas ou taxas variáveis apresenta
maiores vantagens ou desvantagens. Os economistas que se têm dedicado à matéria
divergem bastante nesse ponto, não havendo, pois, um consenso geral. A verdade é que
ambos os sistemas apresentam méritos e deficiências, devendo ser aplicados conforme a
situação econômica de cada país.
Sendo o valor da moeda representado pelo seu poder aquisitivo, a compra de moeda
estrangeira nada mais seria, então, do que a troca de poder aquisitivo nacional por poder
aquisitivo estrangeiro. Desse modo, o novo tipo de câmbio deve refletir as modificações
relativas dos preços em dois países considerados.
As desvalorizações cambiais têm sido utilizadas por vários países, em épocas diversas, como
uma tentativa de corrigir déficits em suas balanças comerciais
Finalmente, suponhamos, ainda, que o rego, tanto de uma unidade de "A" como "B", seja
igual a US$ 1,00 Teríamos, então:
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
MERCADO DE CÂMBIO
US$ R$
preço de A......................................1,00 ...........1.000,00
Vamos supor agora, que o governo ceda a uma desvalorização cambial (ou seja,
desvalorize o real em relação ao dólar). Com isso o valor do dólar se elevará em, digamos
50%. A nova situação será assim:
US$ R$
Observa-se que as importações custarão mais reais para o importador brasileiro e que, por
outro lado, os exporta dores brasileiros receberão mais reais pelas suas exportações.
Isto poderá levar os exportadores a diminuir o preço de seus produtos em dólares, com o
objetivo de exportar maiores quantidades. Em princípio, tal situação poderá provocar uma
diminuição das importações e um aumento das exportações, contribuindo para a melhora
da balança comercial.
Suponhamos que os preços (em dólares) dos exportáveis diminuam. Como já dissemos, as
quantidades exportadas poderão aumentar. Porém, a menos que a variação da receita
cambial resultante do aumento das quantidades exportadas seja igual ou maior do que a
variação negativa representada pela diminuição dos preços dos exportáveis, a receita
cambial decrescerá. este caso, os dispêndios com divisas na importação terão de diminuir
substancialmente para compensar a diminuição da receita de divisas provenientes da
exportação.
A Elasticidade-Preço
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
MERCADO DE CÂMBIO
No lado das exportações, a situação será pior ainda. A procura de nossos pro dutos poderá
aumentar, porém, numa pro porção menor do que a queda ocorrida nos preços:
Admita mos que o preço seja reduzido para US$ 700 e, com isso, a empresa consiga colocar
1.200 unidades. Sua receita cambial será de US$ 840 mil, inferior, portanto, àquela
percebida quando o preço de seu produto era mais elevado. O mesmo poderá ocorrer
com os produtos das demais empresas exportadoras, provocando redução da receita
cambial do país. Como resultado desse efeito combinado, iremos ter um agravamento da
balança comercial.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
MERCADO MONETÁRIO
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
TIPOS DE SOCIEDADE
Sociedade
O próprio nome já diz que se trata de sócios, portanto só existe sociedade composta, de
duas ou mais pessoas.
Surgiu na Idade Média e compunha-se a princípio dos membros de uma mesma família,
que sentavam à mesa e comiam do mesmo pão. Daí surgiu a expressão & Companhia.
Usavam uma só assinatura, coletiva e válida para todos, sendo esta a origem da firma ou
razão social.
Utiliza firma ou razão social, composta com o nome pessoal de um ou mais sócios acrescido
da expressão & Cia.
·Firma individual
É a empresa constituída por uma única pessoa que exerce atividade comercial, industrial
ou da prestação de serviço, respondendo ilimitadamente pelas obrigações contraídas em
nome da mencionada firma. Para existir deverá ser registrada na Junta Comercial local.
Caso a empresa seja aberta em apartamento, trazer uma autorização do condomínio para
o funcionamento da mesma com firma reconhecida, como também a xerox autenticada
da ata da reunião que deve ser registrada em cartório. Sendo o local de funcionamento
alugado, apresentar 2 (duas) xerox do contrato de locação legível e autenticada, com
firma reconhecida do locador e do locatário e com a devida qualificação dos mesmos.
Caso o local seja próprio, trazer escritura em xerox legível e autenticada. Quando a
escritura ou contrato de locação não estiverem em nome do titular, o proprietário ou
locador do imóvel deverá fazer uma declaração autorizando o funcionamento da empresa
naquele local com firma reconhecida.
Nome Comercial
Na Firma Individual o nome comercial deve ser o de seu Titular. Havendo nome igual já
registrado, este poderá ser abreviado, desde que não seja o último sobrenome, ou ser
adicionado um termo que indique a principal atividade econômica explorada pela
empresa, como elemento diferenciador.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
TIPOS DE SOCIEDADE
V. Rodrigues Cavalcanti
Esta sociedade surgiu no Brasil em 1919 e sua principal característica é ser um tipo de
sociedade que limita a responsabilidade dos sócios à totalidade do capital social. Os sócios
apenas respondem pelo que falta para a integralização do capital social. Uma vez
realizado todo capital social, nenhum sócio poderá ser atingido, em seu patrimônio
particular para o pagamento de dívida da sociedade.
Todos os sócios devem contribuir para a formação do capital social, não sendo admitida a
figura do sócio que participa só com trabalho. A responsabilidade dos sócios é limitada às
obrigações assumidas.
OBS: A garantia dos credores da sociedade está no patrimônio da sociedade, não no seu
capital social, pois uma vez integralizado este, os sócios não estarão mais sujeitos a
completá-lo, caso venha a diminuir.
A sociedade pode adotar firma ou denominação, que devem sempre ser seguidas da
palavra “Limitada ou LTDA”. O sócio de uma limitada terá apenas uma cota, que poderá
ser maior ou menor. Será dirigida pelo sócio designado no contrato social para a função de
gerente ou representante. Uma sociedade comercial por quotas de responsabilidade
limitada poderá adquirir quotas da própria sociedade, desde que haja consenso de todos
os quotistas e que o faça com recursos disponíveis ou reservas livres
·Sociedades anônimas
Objeto Social
OBS: Mesmo uma sociedade civil ou de prestação de serviço que vier a adotar a forma de
sociedade anônima, se transformará automaticamente, em sociedade mercantil.
Características
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
TIPOS DE SOCIEDADE
d) o nome comercial será sempre denominação ou nome fantasia, acompanhado da
expressão S/A, ou precedido da expressão “CIA ou Companhia”. Pode integrar a
denominação o nome do sócio fundador. É proibido o uso da palavra companhia no final
da denominação para se evitar confusão com firma ou razão social.
Classificação
a) S/A aberta: são aquelas que tem suas ações comercializadas na Bolsa ou mercado de
balcão. O órgão do governo federal responsável pela autorização é uma autarquia
denominada Comissão de Valores Mobiliários - CVM. S/A fechada: quando as ações são
adquiridas pelos próprios fundadores, não sendo colocadas no mercado.
Espécies de Constituição
a) Por subscrição pública: são aquelas que os fundadores buscam recursos junto a
investidores.
Procedimento:
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
TIPOS DE SOCIEDADE
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CONCEITOS DE ECONOMIA
A economia pode ser definida assim: o estudo de como as pessoas e a sociedade decidem
empregar recursos escassos, que poderiam ter utilizações alternativas, para produzir bens
variados.
Sofismas econômicos:
·Composição- leva a crer que o que é verdade para uma das partes também o é para o
todo.
·Capital- bens duráveis produzidos para serem empregados na produção de outros bens.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
(2) como os produzir, isto é, através de que técnicas devem ser combinados os fatores
produtivos;
Essas questões não seriam levantadas se os recursos fossem ilimitados - a "lei da escassez"
estabelece que a limitação de recursos obriga a escolha entre bens relativamente
escassos.
·Por meio da lei da oferta e da procura, as questões de "o que, como e para quem" ficam
parcialmente resolvidas. Isso se deve à interdependência de cada mercado em relação
aos mercados de outros bens na estruturação do "sistema de equilíbrio geral de preços".
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Sistemas econômicos
Introdução à Microeconomia
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
A 10,00260
B 08,00240
C 06,00200
D 04,00150
Assim se torna fácil a observação de que as relações preço - quantidade são inversas.
Enquanto a relação da demanda descreve o comportamento dos compradores, a relação
da oferta descreve o comportamento dos vendedores, evidenciando o quanto estariam
dispostos a vender, a um determinado preço.
Os vendedores possuem uma atitude diferente dos compradores, frente aos preços altos. Se
estes desalentam os consumidores, estimulam os vendedores a produzirem e venderem
mais. Portanto quanto maior o preço maior a quantidade ofertada. A Função Oferta nos dá
a relação entre a quantidade de um bem que os produtores desejam vender e o preço
desse bem, mantendo-se o restante constante.
A 10,00 50
B 08,00 100
C 06,00 200
D 04,00 400
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
A) Bem Normal: são aqueles cuja quantidade demandada aumenta quando aumenta-se a
renda.
D) Bem inferior: são aqueles cuja quantidade demandada diminui quando a renda
aumenta.
Geralmente são vens para os quais há alternativas de melhor qualidade. Até agora se viu
como os deslocamentos da demanda e oferta afetam os preços. O conceito de
elasticidade - preço nos permite uma maior compreensão do sistema de preços e das
reações observadas no mercado.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Para um vendedor faz realmente muita diferença o fato de ser elástica ou não a demanda
com a qual ele se defronta. Se a demanda for elástica e ele reduzir o preço, obterá mais
receita. Por outro lado se a demanda for inelástica e ele reduzir o preço obterá menos
receita.
Introdução à Macroeconomia
1. A contabilidade nacional:
C) Produto Bruto (PB): produção de bens e serviços finais realizados pela economia, durante
um período de tempo.
D) Renda Bruta (RB): somatório das remunerações brutas dos fatores de produção
empregados na economia, durante um período de tempo.
E) Produto Interno Bruto (PIB): expressão monetária dos bens e serviços finais produzidos
dentro dos limites territoriais econômicos, independentemente da origem dos fatores de
produção.
F) Produto Nacional Bruto (PNB): expressão monetária dos bens e serviços produzidos por
fatores de produção nacionais, independentemente do território econômico.
G) Renda Nacional (RN): é a renda líquida gerada no período, e que se dirige aos
proprietários nacionais de fatores de produção.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Os economistas dos séculos XVIII e XIX acreditavam que o nível de produtos não sofreria
grandes alterações, e todos os fatores de produção estariam ocupados na produção de
bens e serviços que formam a renda. Isto formaria o chamado estado de "pleno emprego"
dos fatores de produção. Assim, acreditavam que toda renda distribuída no ato da
produção se dirigiria ao mercado para adquirir bens e serviços. Apoiando-se na Lei de Say:
"toda oferta cria sua própria demanda".
Política econômica
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Nas relações comerciais entre dois países devem ser considerados os tipos de câmbio, as
taxas alfandegárias e os problemas da dupla imposição, uma vez que a mudança em um
desses fatores repercutirá sobre a economia nacional.
Enquanto parcelas de tais depósitos se tornam empréstimos dos bancos a terceiros, que
retornam tais recursos ao sistema bancário por meio de novos depósitos, que se tornarão
novos empréstimos...
Uma parcela dos meios de pagamento será mantida sob forma de papel-moeda nas mãos
do público. Uma outra parte será levada à condição de moeda escritural, por meio de
depósitos à vista nos bancos comerciais.
Dos depósitos à vista retiram-se dois encaixes. Um técnico ou voluntário (r1) que deve
satisfazer às operações diárias dos bancos, e um compulsório (r2) recolhido ao Banco
Central como forma de se controlar o efeito multiplicador.
Demanda de moeda
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
M2 = M1 + títulos públicos;
O efeito deste multiplicador pode ser estabelecido pela razão entre a unidade e o
percentual de reservas. Por exemplo, se o depósito compulsório mais a reserva voluntária
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
atingem 50% faz-se: 1/0,5 = 2. Logo, se você depositar R$ 100,00 o banco transforma ele em
R$ 200,00. Um aumento do depósito compulsório ocasiona uma redução da oferta de
moeda e uma elevação da taxa de juros. Uma redução do depósito compulsório ocasiona
um aumento da oferta de moeda e uma queda na taxa de juros.
Os empréstimos de liquidez são efetivados pelo Banco Central - BACEN aos bancos com
dificuldades de caixa, ou seja, exigência de saques acima de suas reservas voluntárias. Para
tanto, o BACEN cobra uma taxa de juros, chamada de redesconto. Dificuldades impostas a
esta operação inibem os bancos de utilizá-la, reduzindo a oferta monetária.
As operações do mercado aberto são constituídas pela compra e venda de títulos públicos.
Eles não servem somente para cobrir o rombo das contas públicas, mas também para
regular a oferta de moeda. Caso ocorra a necessidade de "enxugar" o mercado, o BACEN
vende títulos públicos, reduzindo a oferta monetária. Caso ocorra a necessidade de
colocação de volume maior de moeda em circulação, ele compra títulos. Todos os
instrumentos de política monetária alteram a taxa de juros.
3) Venda de Títulos públicos: quando o Banco Central vende títulos públicos ele retira
moeda da economia, que é trocada pelos títulos. Desta forma há uma contração dos
meios de pagamento e da liquidez da economia.
Política Monetária Expansiva: é formada por medidas que tendem a acelerar a quantidade
de moeda e a baratear os empréstimos (baixar as taxas de juros). Incidirá positivamente
sobre a demanda agregada.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Política cambial
O Balanço de Pagamentos é uma peça contábil que segue o princípio das partidas
dobradas, sendo composto por três sub-balanças: a Balança Comercial, onde são
registradas as exportações e importações; a Balança de Serviços, onde temos o registro de
fretes e seguros, conta turismo, pagamento de royalts, patentes, juros e despesas
diplomáticas; e a Balança de Capitais, onde é registrada a entrada de capitais no país,
tanto de empréstimos, como de investimentos ou aplicação financeira. O resultado do
balanço de pagamentos é a soma das três balanças citadas. Caso seja positivo, irá
incrementar as reservas cambiais do país; caso negativo, deverá ser suprido por estas. Se o
país não tiver reservas suficientes para suprir o saldo negativo ou o cumprimento deste,
deverá se socorrer de Operações de Regularização (empréstimo junto ao Fundo Monetário
Internacional - FMI).
Há poucas semanas, quando o dólar "bateu" na casa dos R$ 2,30 o BACEN comprou
moeda estrangeira no mercado para elevar sua cotação. No sistema de flutuação suja,
também conhecido como de bandas cambiais, o BACEN estabelece uma banda máxima
e uma mínima, a partir das quais ele irá atuar. Se ultrapassar a banda máxima, ele entra no
mercado vendendo moeda estrangeira e, se ultrapassar a mínima, entra no mercado
comprando. Para proceder ao regime de bandas, é necessário um alto volume de reservas
cambiais que permita a interferência citada.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
A taxa de câmbio pode ser utilizada, conforme ocorreu no início do plano real, como
âncora para a economia. Através da valorização, ela facilita a importação e, com isso,
permite o aumento da Oferta Agregada, estabelecendo um equilíbrio provisório em
situação de demanda excessiva.
É nesse mercado específico, e pouco conhecido pela população, que ele pratica a
política monetária e influencia as demais taxas da economia. Contudo, são as taxas de
juros vigentes no sistema financeiro, em particular no sistema bancário, como taxas de
aplicações financeiras, de empréstimo e de financiamento, que são relevantes para a
população.
É com base nessas taxas que pessoas e empresas tomam decisões de poupança e
investimento. Então, por que o Banco Central não as controla diretamente? A pergunta
encerra sua própria resposta: porque o Banco Central somente as controla de maneira
indireta. Elas dependem também de fatores fora do controle do Banco Central, como
margens de lucro, risco de crédito e expectativas quanto ao desempenho futuro da
economia. Mais ainda, esse controle torna-se cada vez mais limitado à medida em que o
prazo das taxas se amplia.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Qualquer transação que ocorre no sistema bancário passa, necessariamente, pela conta
Reservas Bancárias. A compensação de cheques e a compra e venda de moeda
estrangeira, por exemplo. Vale observar que as reservas depositadas no Banco Central não
rendem juros. Dessa maneira, por que motivo os bancos mantém recursos junto ao Banco
Central? A demanda de reservas tem dois componentes: primeiro, os bancos são obrigados
a manter no Banco Central um percentual sobre os depósitos à vista, o chamado depósito
compulsório; segundo, eles precisam de reservas para realizar transações rotineiras. Por
outro lado, a oferta de reservas provém exclusivamente do Banco Central, seja através de
operações de mercado aberto, seja através do redesconto. Apenas o Banco Central pode
afetar a liquidez do sistema como um todo, dado que operações entre bancos apenas
representam troca de titularidade de reservas bancárias e não criação ou destruição das
mesmas.
Ele fixa a taxa de juros da mesma maneira que, por exemplo, determina a taxa de câmbio
num regime de câmbio fixo, ou seja, vende e compra reservas a uma taxa de juros
determinada. Suponha, por exemplo, que o Banco Central fixe a taxa de juros em 21%.
Caso o sistema esteja com excesso de reservas, nenhum banco superavitário iria emprestar
reservas a uma taxa inferior a 21%, e nenhum banco deficitário pagaria mais que 21% de
juros, de forma que a taxa de juros do mercado será igual a 21%. Vale observar que essa é
uma taxa de um dia; todo dia a situação de liquidez do mercado muda, ou seja, os bancos
emprestam e tomam emprestado pelo prazo de um dia.
A taxa de juros do mercado de reservas bancárias tem duas características básicas que a
torna extremamente importante:
b) é a partir dela que as demais taxas de juros são formadas. É por isso que ela é chamada
de taxa primária ou taxa básica de juros. Assim que o Banco Central a determina, as demais
taxas são afetadas
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
indiretamente, por arbitragem. O gráfico abaixo mostra o mecanismo pelo qual isso
acontece.
Com esse intuito, começou a ganhar importância a adoção, pelo Banco Central, de uma
estratégia de política monetária cuja característica principal é antecipar-se a quaisquer
pressões inflacionárias futuras.
O caráter preventivo da política monetária justifica-se não apenas pelo menor custo social
associado a uma política prospectiva que se antecipa a eventos futuros mas, sobretudo, às
suas próprias limitações no controle da inflação. Dentro dessa nova estratégia, um aspecto
chave é o conhecimento do mecanismo de transmissão da política monetária, isto é, o
estudo dos diversos efeitos produzidos pela política monetária na economia.
Vale observar que a despeito da identificação dos canais pelos quais a política monetária
propaga-se pela economia, e a intensidade de cada um deles, o mecanismo de
transmissão varia de acordo com as características de cada economia. Por exemplo, a
taxa de câmbio, reconhecida como um importante canal de transmissão da política
monetária, perde relevância em economias cujas taxas de câmbio são fixas. Da mesma
forma, naquelas economias com sistemas financeiros pouco desenvolvidos, o canal de
crédito tem pouca importância.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
O canal de transmissão por intermédio das taxas de juros é o canal mais conhecido da
política monetária, sendo o mais utilizado nos livros-texto. Ao subir a taxa nominal de juros
de curtíssimo prazo, que é a taxa de juros que o banco central controla, o aumento se
propaga por toda a estrutura a termo da taxa de juros, principalmente para as taxas de
prazo mais curto, onde são verificados os maiores efeitos. Considerando-se que no curto
prazo os preços são rígidos, a ação do banco central também eleva as taxas reais de juros.
Por sua vez, a taxa real de juros é a taxa relevante para as decisões de investimento. Dessa
forma, ao elevar o custo do capital, a subida da taxa real de juros diminui o investimento,
seja em capital fixo, seja em estoques. Por sua vez, a queda do investimento reduz a
demanda agregada. Além disso, a literatura sobre o mecanismo de transmissão da política
monetária mostra claramente que as decisões dos consumidores em relação à compra de
bens duráveis também podem ser encaradas como decisões de investimento. Portanto, a
subida da taxa real de juros também diminui o consumo de bens duráveis.
Ao contrário dos demais canais, a taxa de câmbio exerce influência direta sobre o nível de
preços através do preço doméstico dos bens comercializáveis internacionalmente. Com
alguns produtos, como as mercadorias ("commodities"), esse efeito é particularmente
rápido. Além disso, ela exerce efeitos indiretos sobre o nível de preços de duas maneiras.
Primeiro, por meio dos bens produzidos internamente que se utilizam de matérias-primas
importadas. Nesse caso, a valorização da taxa de câmbio diminui o custo de produção
desses bens, ocasionando queda de seus preços. Segundo, a taxa de câmbio afeta
indiretamente o nível de preços através da demanda agregada. Ao valorizar-se, a taxa de
câmbio torna os produtos importados mais baratos, deslocando a demanda dos bens
domésticos por similares importados, diminuindo a demanda agregada e a pressão sobre o
nível de preços.
Outro canal importante, nem sempre abordado nos estudos sobre o mecanismo de
transmissão da política monetária, é o canal das expectativas. Ao alterar a taxa de juros, a
ação do banco central pode alterar as expectativas dos agentes econômicos quanto à
evolução presente e futura da economia. Por exemplo, ao elevar a taxa de juros de curto
prazo para evitar o surgimento da inflação, o banco central pode restabelecer a confiança
no desempenho futuro da economia, e provocar uma queda nas taxas de juros esperadas
para prazos mais longos. A queda da taxa de juros durante uma recessão pode significar
que tempos melhores virão, estimulando o consumo da população. Por outro lado, vale
observar que devido à incerteza inerente aos efeitos da política monetária e à evolução da
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
economia, muitas vezes uma mudança na taxa de juros pode produzir efeitos opostos aos
esperados.
O quarto canal de transmissão da política monetária é o canal do crédito, que tem grande
importância nos países industrializados. Ele pode ser representado pelos empréstimos
bancários, e funciona da seguinte maneira: ao diminuir a taxa de juros, e aumentar o
volume de reservas na economia, o banco central permite que os bancos comerciais
aumentem seus empréstimos. Esses empréstimos são particularmente importantes para as
pequenas empresas, que não têm acesso direto ao mercado de capitais (e.g. emissão de
ações, debêntures etc.).
Portanto, o canal de crédito incentiva os gastos com investimento e, além disso, pode ser
importante também para o consumo das pessoas. No Brasil, em decorrência do elevado
grau de incerteza da economia no passado, das elevadas alíquotas dos depósitos
compulsórios dos impostos incidentes sobre a intermediação financeira, esse canal de
transmissão da política monetária tem sido bastante prejudicado.
Contudo, à medida em que a economia estabilize-se e volte a crescer, ele pode vir a ser
extremamente importante. O último canal de transmissão da política monetária atua
através de variações na riqueza dos agentes econômicos, em virtude de alterações da
taxa de juros. Por exemplo, geralmente uma queda das taxas de juros eleva o preço das
ações, pois estimula o crescimento da economia e o lucro das empresas, mais ainda, o
valor dos títulos públicos pré-fixados aumenta. Nessa situação, o aumento do volume de
riqueza financeira faz com que as pessoas sintam-se mais ricas, estimulando o nível de
consumo. Em alguns países, como nos Estados Unidos e na Inglaterra, esse canal tem
alguma relevância. Contudo, não existem indícios suficientes de que esse seja um canal
relevante na transmissão da política monetária no Brasil. O gráfico abaixo mostra, de
maneira simplificada, os principais mecanismos de transmissão da política monetária.
A variante externa
Atualmente a taxa de juros praticada pelo Brasil (em torno de 17% ao ano) torna proibitivo
qualquer empreendimento.
Neste sentido, todos concordam que é necessário baixar essa taxa, mas poucos se arriscam
no fornecimento de respostas plausíveis para a sua queda. Um dos motivos para o
surgimento de soluções intangíveis é o desconhecimento da formação da taxa de juros
interna, calculada da seguinte maneira:
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Aqui se percebe que a taxa de juros interna depende dos juros praticados no exterior,
acrescidos do risco-país mais o que se espera como inflação. Portanto, para reduzir o que
se paga ao capital dentro do Brasil tem-se inicialmente de baixar o risco-país - o que vem
acontecendo gradativamente - além de diminuir a expectativa quanto à inflação. Assim,
não é suficiente o Brasil ter apenas um risco-país baixo (que é determinado por fontes
exógenas), mas também ficar atento a sua inflação, justamente o fator que determina a
queda, ou não, na taxa de juros sempre promovida pelo Copom (Conselho de Política
Monetária) em suas reuniões a cada 45 dias. Não basta, portanto, apenas afirmar que é
necessário baixar a taxa de juros, uma vez que ela depende de uma série de variáveis que
muitas vezes fogem ao controle das autoridades.
É necessário atacar as verdadeiras causas que fazem o risco-país ser alto - como o déficit
das contas públicas, entre eles o previdenciário - e a inflação. Com atitudes contrárias a
este comportamento o país sai perdendo, por um lado por não haver um debate profundo
sobre a raiz dos problemas e, por outro, só depois de mais algum tempo é que se vai
conseguir o tão esperado crescimento sustentado e a menor dependência do exterior -
pois mesmo quando se conseguir atacar as causas e com elas a taxa de juros interna,
ainda levará algum tempo para sentir os reflexos na economia.
Ela é fixada pelo Banco Central do Brasil e é a taxa básica utilizada como referência pela
política monetária entendida como conjunto de medidas adotadas pelo governo visando
adequar os meios de pagamentos disponíveis (moeda) às necessidades da economia do
país. Funciona mais ou menos como a compensação de um banco, só que no mercado de
títulos públicos: transfere os papéis para o comprador, ao mesmo tempo em que credita o
valor da venda para o vendedor.
Como é a taxa de referência do mercado, ela baliza todas as outras taxas de juros da
economia: do cheque especial, do crediário, dos cartões de crédito. É por isso que quando
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ela cai, fica a expectativa que essa redução seja repassada pelos bancos, pelas lojas,
pelas administradoras de cartões ao consumidor.
Quando a Selic baixa, a rentabilidade dos títulos públicos também fica menor. Ou seja,
toda vez que o BC produz uma redução de juros reduz a rentabilidade das aplicações em
renda fixa pós-fixadas, que são lastreadas nesses títulos e ,portanto, acompanham a
variação da Selic. Para aquelas pessoas conservadores que não gostam de investir em
ações o aconselhável é optar pelas aplicações de renda fixa prefixadas. Combina-se uma
taxa de juros a ser paga antes e se o governo reduz a Selic você sai ganhando porque a
aplicação não acompanha essa queda.
Quando reduz a Selic o governo também reduz a rentabilidade dos bancos que destinam
seus recursos para aplicações em títulos públicos. Para conseguir uma rentabilidade maior,
os bancos "são empurrados" a para fazer operações de crédito. Esse movimento provoca
uma concorrência maior entre os bancos e o efeito disso é que os juros podem cair um
pouco mais.
Qual o outro efeito da queda da taxa de juros, além de beneficiar o consumidor? Juros
menores ajudam a impulsionar o crescimento econômico. Diminuem os custos de
produção, aumentam os investimentos das indústria e fábricas (seja para ampliar a
produção ou construir novas unidades), as empresas brasileiras ganham competitividade no
exterior (os produtos brasileiros tendem a ficar mais baratos) e caem os índices de
inadimplência (calote), tanto de pessoas físicas quanto jurídicas. Tudo isso gera
crescimento, novos empregos, melhora os salários e ajuda o governo a arrecadar mais
impostos.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
10 – É de responsabilidade do CMN:
a) fiscalizar BC
b) executar política monetária
c) controlar fluxo de moeda
d) aprovar orçamentos monetários preparados pelo Bacen
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
GABARITO:
1) ECEE
2) ECEE
3) ECEEE
4) EECE
5) EEC
6) EECE
7) EECE
8) CCEEC
9) ECE
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
10) EEEC
11) ERRADA
12) ERRADA
13) CCEC
14) EECE
15) ECE
16) EECCC
17) ERRADO
18) CCCCC
19) CCCCC
20) ERRADO
21) ERRADO
22) CEEE
23) ERRADA
24) CEEC
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
15 – No Brasil sempre foi muito útil como hedge cambial até ser destronado pelo
mercado à vista de dólar e pelo crescimento dos mercados de derivativos
a) commodity
b) ouro
c) RDB
d) CDB
17 – A SRF considera paraíso fiscal os países onde não há tributação sobre a renda
ou sua alíquota é inferior a 20%. Nestas condições se enquadram entre outras:
a) Liechtenstein
b) Ilha Man
c) Mônaco
d) Costa Rica
e) Chipre
f) Ilhas Maurício
e) todas as alternativas estão corretas
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19- CCF é um cadastro que possui dados dos emitentes de cheques sem fundos,
operacionalizado pelo:
a) Bacen
b) Bco do Brasil
c) CRC
d) Câmaras de compensação
Gabarito
1- CCCEEC
2- EEEC
3- É o grau de velocidade com que uma aplicação pode ser resgatada e varia conforme a
aplicação
4- ECE
5- CCCE
6- CECC
7- CECEC
8- ECECC
9- CECC
10- CC
11- CEE
12- EEEC
13- CCCC
14- CCCE
15- ECEE
16- CCECC
17- CCCCCCC
18- FALSO
19- ECEE
20- VERDADEIRO
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d) Não podem ser dados como garantias de outras operações, pois o título pertence ao
cliente.
e) Sempre terá a garantia do governo federal
10. No que se refere ao prazo dos CDB com taxas flutuante podemos afirmar
que:
a) Não tem prazo mínimo.
b) Os bancos não podem oferecer CDB com taxas flutuantes.
c) É uma operação efetuada somente entre bancos.
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d) Estes CDB, a partir de 99, deixaram de ter prazo mínimo, mas o rendimento ficou
vinculado a tabela regressiva de IOF, em função do prazo da aplicação.
e) O prazo mínimo é de 05 anos
12. Dentre os tipos de produtos mais comuns oferecidos pelos bancos à pessoa
jurídica destacam-se:
a) Depósito à vista, e Depósito judicial.
b) Somente Depósito à Vista e Depósito Interfinanceiro
c) Depósito a Vista, Depósito à Prazo e Depósito em Poupança
d) Somente depósitos à vista
e) Somente depósito à prazo
15. Debêntures é:
a) Um título qualquer
b) Um título sem garantias
c) Uma forma de financiamento efetuado por S A de capital aberto, através de
empréstimo de longo prazo.
d) Um título de crédito lançado no mercado por Cia Ltda.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
22. Os títulos públicos: LFT, LTN e LFT são emitidos pelo (a):
a) Banco Central
b) Pelo Banco do Brasil
c) Pelo Tesouro Nacional
d) Pelo Banrisul e Banco Itaú
e) Somente pelo Banco Itaú
23. Debêntures é:
a) Um título qualquer sem valor comercial.
b) Um título emitido no exterior..
c) Uma forma de financiamento efetuado por SA, de capital aberto, para atender suas
necessidades de investimento.
d) Um título de crédito lançado no mercado por Cia Ltda.
e) É um título vendido em casas de câmbio
25. Debênture é:
a) 0 Título de renda variável emitido por bolsa de valores
b) Título de renda fixa emitido por sociedades anônimas
c) Título de dívida emitido por casas de câmbio
d) Título de renda fixa vendido com deságio
e) Titulo de renda fixa vendido com ágio.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
29. Um fundo de renda fixa não pode apresentar na composição de sua carteira:
a) Riscos de taxa de juros
b) Risco de índice de preços (IGP-M, IPC-A)
c) Risco de renda variável
d) Risco de liquidez
GABARITO