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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Estrutura do Sistema Financeiro Nacional

1
Vejamos, primeiramente, as seguintes questões de concursos.
1. Analise as assertivas apresentadas, classificando-as em V (verdadeira) ou F (falsa) e marque a opção
correspondente.
( ) O Sistema Financeiro Nacional (SFN) é composto por um conjunto de instituições públicas e privadas e
tem como órgão normativo máximo o Conselho Monetário Nacional (CMN).
( ) O SFN envolve dois grandes subsistemas: um normativo e outro de intermediação financeira, sendo que
este último é composto por instituições que estabelecem diretrizes de atuação das instituições financeiras
operativas, como a Comissão de Valores Mobiliários, por exemplo.
( ) O CMN reveste-se de amplas atribuições, inclusive da formulação da política de moeda e do crédito,
com o objetivo de resguardar os interesses econômico-sociais do País.
( ) Um sistema financeiro, grosso modo, pode ser entendido como um conjunto de instituições e
instrumentos que, em última análise, se ocupa da transferência de recursos dos agentes econômicos
superavitários para os agentes deficitários.
( ) Como regra, as instituições financeiras são classificadas como bancárias ou monetárias e não bancárias
ou não monetárias. Como exemplos destas últimas estão as sociedades corretoras, os bancos de
investimentos e os bancos múltiplos.

a) V – V – F – F – V
b) V – F – F – V – V
c) V – F – V – V – F
d) V – V – V – V – V
e) F – F – V – V – V

2. Julgue as afirmativas abaixo em V (verdadeira) ou F (falsa) e assinale a opção correspondente.


( ) O Banco do Brasil, sociedade anônima de capital misto cujo controle acionário pertence à União, é
considerado pelo CMN uma autoridade monetária, pois pode atuar na emissão de moeda.
( ) O Banco do Brasil executa a política de comércio exterior do Governo, financiando bens de exportação e
atuando como agente pagador e recebedor no exterior.
( ) O Banco do Brasil é o principal instrumento de financiamento do Governo Federal, de médio e longo
prazos, voltado para o reequipamento e o fomento dos setores industrial e social considerados vitais ao
desenvolvimento do País.
( ) A Caixa Econômica Federal, pelo fato de ser considerada uma instituição financeira com função
claramente social, está proibida de efetuar operações de arrendamento mercantil, embora administre, com
exclusividade, os serviços das loterias esportivas e o penhor.
( ) Os bancos comerciais são instituições financeiras constituídas obrigatoriamente sob a forma de
sociedades anônimas e têm como uma das suas principais características a criação de moeda escritural,
mediante depósitos à vista captados no mercado.

a) F – V – F – F – V
b) V – V – V – V – V
c) F – V – V – V – V
d) V – V – F – F – F
e) V – V – V – F – V

O Sistema Financeiro Nacional (SFN), denominado por alguns autores mais


apropriadamente de Sistema Financeiro Brasileiro (nome este que não logrou consenso), é
composto por todas as instituições financeiras e correlatas assim consideradas por lei. O sistema
vigente foi reestruturado em 1964 pela lei de Reforma Bancária, seguida da Lei de Mercado de
Capitais em 1965, com alterações significativas através da criação dos Bancos Múltiplos em 1988
e de vasta legislação adjacente.
O SFN é compreendido como “um conjunto de instituições financeiras e

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RESPOSTAS: 1. C 2. A
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Estrutura do Sistema Financeiro Nacional


instrumentos financeiros que visam, em última análise, transferir recursos dos
agentes econômicos (pessoas, empresas, governo) superavitários para os
deficitários” (ASSAF NETO, 2001, p. 67).
Uma conceituação bastante simples, porém abrangente, foi dada por Cavalcante (2002, p.
25) quando comenta ser o sistema financeiro “um conjunto de instituições e instrumentos
financeiros que possibilita a transferência de recursos dos ofertadores finais aos tomadores finais,
e cria condições para que os títulos e valores mobiliários tenham liquidez no mercado”.
Já Fortuna (2002, p. 15) 2, explanando sobre o mesmo assunt o, diz que:

Uma conceituação bastante abrangente de sistema financeiro poderia ser a de um


conjunto de instituições que se dedicam, de alguma forma, ao trabalho de
propiciar condições satisfatórias para a manutenção de um fluxo de recursos entre
poupadores e investidores. O mercado financeiro – onde se processam essas
transações – permite que um agente econômico qualquer (um indivíduo ou
empresa), sem perspectivas de aplicação, em algum empreendimento próprio, da
poupança que é capaz de gerar, seja colocado em contato com outro, cujas
perspectivas de investimento superam as respectivas disponibilidades de
poupança.

O SFN compreende um vasto sistema que abrange dois outros grandes subsistemas
denominados de subsistema normativo e de subsistema de intermediação, neste último,
são encontradas instituições tidas como bancárias e não bancárias.

SUBSISTEMA NORMATIVO  Conselho Monetário Nacional, Banco Central do


Brasil, Comissão de Valores Mobiliários, Conselho de Recursos do SFN, Superintendência de
Seguros Privados e Secretaria de Previdência Complementar.

SUBSISTEMA DE INTERMEDIAÇÃO  Agentes especiais e demais


instituições bancárias, não bancárias e auxiliares.

Fazem parte do Sistema Financeiro Nacional os seguintes grupos de instituições, entidades


e empresas:
a) Instituições Financeiras Captadoras de Depósitos à Vista;
b) Demais Instituições Financeiras;
c) Outros intermediários ou Auxiliares Financeiros;
d) Entidades ligadas aos Sistemas de Previdência e de Seguros;
e) Administradoras de Recursos de Terceiros; e,
f) Empresas ou entidades ligadas à Custódia e Liquidação de Títulos públicos e privados.

Esse conjunto de instituições, entidades e empresas é responsável pela captação e


transferência de recursos financeiras, pela administração da previdência privada, dos seguros, de
recursos de terceiros e pela distribuição, circulação e liquidação de títulos e valores mobiliários.
Todo esse conjunto é regulado e fiscalizado por outros organismos e entidades
hierarquicamente superiores, pertencentes às instâncias maiores do governo federal. São eles:
Banco Central do Brasil, Comissão de Valores Mobiliários, Superintendência de Seguros Privados
e Secretaria de Previdência Complementar. Cada um desses órgãos, por sua vez, é regulado e
recebe outros poderes reguladores e fiscalizatórios do Conselho Monetário Nacional, que é o
órgão responsável maior pela definição das diretrizes de atuação de todo o sistema financeiro.
Numa visão esquemática, pode ser dito que os quatro organismos acima - BC, CVM, Susep
e SPC - regulam, controlam e fiscalizam os seis conjuntos de instituições e entidades listadas no
parágrafo anterior (alíneas “a” a “f”), que por sua vez se transformam em trinta e três tipos de
empresas financeiras, sociedades, associações e outras formas jurídicas que serão analisadas
mais abaixo.

2
FORTUNA, Eduardo. Mercado financeiro produtos e serviços. Rio de Janeiro: Qualitymark. 2002
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Estrutura do Sistema Financeiro Nacional


É exatamente o Sistema Financeiro que permite que um agente econômico qualquer (seja
ele indivíduo ou empresa) sem perspectivas de aplicação, em algum empreendimento próprio, da
poupança que é capaz de gerar, seja colocado em contato com outro, cujas perspectivas de
investimento superam as respectivas disponibilidades de poupança.
Conforme a Lei de Reforma Bancária nº 4.564/64, art. 17), quanto a caracterização legal do
Sistema Financeiro Nacional temos:

“Consideram-se Instituições Financeiras, para efeitos da legislação em


vigor, as pessoas jurídicas públicas e privadas, que tenham como atividade
principal ou acessória a coleta, a intermediação ou a aplicação de recursos
financeiros próprios ou de terceiros, em moeda nacional ou estrangeira, e a
custódia de valor de propriedade de terceiros.
Parágrafo único - Para os efeitos desta lei e da legislação em vigor,
equiparam-se às instituições financeiras as pessoas físicas que exerçam
qualquer das atividades referidas neste artigo, de forma permanente ou
eventual.”

Classificação das instituições financeiras:


• Intermediários Financeiros x Instituições Auxiliares

1. Os Intermediários Financeiros  são Instituições Financeiras que emitem seus


próprios passivos, ou seja, captam poupança diretamente do público, por sua própria
iniciativa e responsabilidade, para aplicação destes recursos junto às empresas,
através de empréstimos e financiamentos. Como exemplos dessa classe de
instituições temos os Bancos Comerciais, as Caixas Econômicas e os Bancos de
Investimentos, entre outros.

2. Instituições Auxiliares  são Instituições Financeiras que não emitem seus


próprios passivos, mas apenas colocam em contato os poupadores e os
investidores. Como exemplo desta classe de instituições temos a Bolsa de Valores.

COMPOSIÇÃO
Entidades
Órgãos normativos Operadores
supervisoras
Instituições
Demais
Banco Central do financeiras
instituições Outros intermediários
Brasil - Bacen captadoras de
Conselho Monetário financeiras financeiros e
depósitos à vista
Nacional - CMN administradores de
Bolsas de recursos de terceiros
Comissão de Valores Bolsas de
mercadorias e
Mobiliários - CVM valores
futuros
Superintendência de
Conselho Nacional Seguros Privados - Entidades abertas de
Susep Sociedades Sociedades de
de Seguros Privados previdência
seguradoras capitalização
- CNSP IRB-Brasil complementar
Resseguros
Conselho de Gestão
Secretaria de
da Previdência Entidades fechadas de previdência complementar
Previdência
Complementar - (fundos de pensão)
Complementar - SPC
CGPC
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Estrutura do Sistema Financeiro Nacional

Caracterização das Instituições Financeiras quanto à capacidade


de criar ou não moeda escritural3:
A Instituição Financeira que possui a capacidade de criar moeda escritural faz parte do
chamado sistema monetário, que é representado pelos bancos comerciais (oficiais e privados) e
pelos bancos múltiplos com carteira comercial.
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CONSELHO MONETÁRIO NACIONAL (CMN)

Foi a Lei 4.595, de 31 de dezembro de 1964, denominada Lei da Reforma Bancária, que
criou o Conselho Monetário Nacional, ao mesmo tempo em que dispunha sobre a política e as
instituições monetárias, bancárias e creditícias.
Depois de inúmeras mudanças quanto a sua formação, o CMN é hoje constituído pelo
ministro da Fazenda (presidente), pelo ministro do Planejamento e Orçamento e pelo presidente
do Banco Central. Os serviços de secretaria são exercidos pelo Bacen.
O Conselho Monetário surgiu para ser o órgão deliberativo máximo do sistema Financeiro
Nacional, instituído como órgão colegiado integrante do Ministério da Fazenda. É o instrumento de
governo que planeja, elabora, implementa e julga a consistência de toda a política monetária,
cambial e creditícia do país. É um órgão que domina toda a política monetária e ao qual se
submetem todas as instituições que o compõem.
Além de estabelecer as diretrizes gerais das políticas monetária, cambial e creditícia,
compete ao CMN regular as condições de constituição, funcionamento e fiscalização das
instituições financeiras e disciplinar os instrumentos de política monetária e cambial.
Para o exercício de fiscalização e regulação, o Conselho Monetário delega poderes ao Banco
Central, à Comissão de Valores Mobiliários, à Superintendência de Seguros Privados e à
Secretaria de Previdência Complementar. Esta, embora subordinada hierarquicamente ao
Ministério da Previdência Social e Assistência Social, vincula-se ao CMN através do Banco
Central. É o Bacen quem emite as resoluções e normativos, para fins de controle das entidades
fechadas de previdência.
Quanto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES, apesar de
estar subordinado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, ele atual em
harmonia com a política econômico-financeira do Governo Federal e mantém ligações com o
Ministério da Fazenda na medida em que a destinação dos lucros da instituição e quaisquer
alterações em sua composição societária devem ser apreciados por este ministério.
O vínculo com o CMN se faz por ser o BNDES um dos mais importantes instrumentos de
execução da política de investimentos do Governo Federal.
Junto ao CMN funciona a Comissão Técnica da Moeda e do Crédito (Comoc), composta pelo
presidente do Bacen, na qualidade de coordenador, pelo presidente da CVM, pelo secretário
executivo do Ministério do Planejamento, pelo secretário executivo do Ministério da Fazenda, pelo
secretário do Tesouro Nacional e por quatro diretores do Bacen indicados pelo seu presidente.
Visando melhor desempenho em áreas específicas da economia, estão previstas as
comissões consultivas (1) de Normas e Organização do Sistema Financeiro, (2) de Mercado de
Valores Mobiliários e de Futuros, (3) de Crédito Rural, (4) de Crédito Industrial, (5) de Crédito
Habitacional e para Saneamento e Infra-estrutura Urbana, (6) de Endividamento Público e (7) de
Política Monetária e Cambial.

Atribuições específicas:
 autorizar as emissões de papel-moeda;
 aprovar os orçamentos monetários preparados pelo BACEN;
 disciplinar o crédito em suas modalidades e as formas das operações creditícias;
 estabelecer limites para a remuneração das operações e serviços bancários ou
financeiros;
 determinar as taxas do recolhimento compulsório das instituições financeiras;
 estabelecer normas a serem seguidas pelo BACEN nas transações com títulos públicos;
 regular a constituição, o funcionamento e a fiscalização de todas as instituições financeiras
que operam no país.

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Moeda escritural é um título representativo da moeda, emitido sem que, no entanto, exista um respectivo
lastro em papel moeda (como por exemplo, o cheque)
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BANCO CENTRAL DO BRASIL (BACEN)

O Banco Central é a instituição bancária que executa, coordena e fiscaliza a política


monetária e financeira interna e externa definida pelo Conselho Monetário Nacional
A estrutura atual do sistema financeiro brasileiro tem como centro das principais decisões
duas instituições constituídas dentro do organograma do Ministério da Fazenda, que, em conjunto,
são denominadas Autoridades Monetárias: o Conselho Monetário Nacional (órgão colegiado
essencialmente normativo, sem funções executivas) e o Banco Central do Brasil (autarquia
federal, órgão executivo central do sistema financeiro, que tem como principal função viabilizar a
execução das decisões do Conselho Monetário).
Assim, com exceção das entidades vinculadas aos sistemas de previdência e de seguros
(ligadas à SPC e à Susep, cuja vinculação é indireta), tudo o mais tem ingerência direta do Bacen
que é, abaixo do CMN, o órgão de regulação e fiscalização mais importante do Sistema
Financeiro Nacional.
Além de ser o responsável pela execução das normas que regulam o Sistema Financeiro, o
Bacen tem entre suas atribuições agir como:
(1) banco dos bancos,
(2) gestor do SFN,
(3) executor da política monetária,
(4) banco emissor e
(5) agente financeiro do governo.

Tem sua sede em Brasília e escritórios regionais em São Paulo, Rio de Janeiro, Porto
Alegre, Fortaleza, Curitiba, Belo Horizonte e Belém.
Enquanto (1) banco dos bancos, ele é o recebedor dos depósitos compulsórios das outras
instituições bancárias e realiza redescontos para a manutenção do equilíbrio do sistema; na
qualidade de (2) gestor do sistema financeiro, normatiza, autoriza, fiscaliza e intervém; atuando
como (3) executor da política monetária, controla os meios de pagamento e o orçamento
monetário; sendo (4) banco emissor, emite e controla o fluxo da moeda; e, como (5) agente
financeiro do governo, financia o Tesouro Nacional, administra a dívida pública e atua como
depositário das reservas internacionais.
O Banco Central também foi criado em 1964, pela Lei da Reforma do Sistema Financeiro
(4595/64, de 31.12.64 – a mesma lei que criou o Conselho Monetário Nacional) em substituição à
Superintendência da Moeda e do Crédito – Sumoc, cuja estrutura já não mais correspondia às
necessidades das transformações econômicas.
Duma outra forma, diz-se que, conceitualmente, a atuação do Banco Central pode ser
dividida em cinco grandes formas de atuação:
1. Banco do Governo;
2. Banco das instituições financeiras monetárias (aquelas que administram depósitos à
vista);
3. Fiscal de todas as instituições financeiras e instituições auxiliares;
4. Gestor da política cambial; e,
5. Gestor da política monetária.

Visto sob a forma esquemática acima apresentada, enquanto (1) Banco do Governo, o
Bacen administra a dívida pública monetária federal interna, adquirindo os títulos emitidos pelo
Tesouro Nacional. É também sua função administrar as dívidas públicas interna e externa, além
de fiscalizar e supervisionar os débitos de estados e municípios.
Exercendo a função de (2) Banco das instituições financeiras monetárias (bancos
comerciais), o Bacen administra suas reservas bancárias (saldos de depósitos que essas
instituições mantém obrigatoriamente no Banco Central, do qual uma parte fica compulsoriamente
retida).
Como (3) Fiscal de todas as instituições financeiras e auxiliares, o Bacen procura garantir o
funcionamento correto de todas elas, evitando problemas de liquidez que possam afetar a
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BANCO CENTRAL DO BRASIL (BACEN)

integridade de todo o sistema.


Atuando como (4) Gestor da política cambial, ele estabelece as regras de funcionamento e
operacionais em relação às moedas estrangeiras.
E como (5) Gestor da política monetária, o Bacen determina o estoque o fluxo da moeda na
economia, buscando proporcionar o seu crescimento sustentado, isto é, com a inflação sob
controle.
Ou, mais explicitamente, entre as principais atribuições legais atribuídas Bacen
constam as seguintes:
• Emitir papel-moeda e moeda metálica e executar os serviços relativos à circulação, nas
condições e nos limites fixados pelo Conselho Monetário.
• Executar compra e venda de Títulos federais (por meio das operações de Open
Market), tanto para executar a Política Monetária quanto para o próprio financiamento
do Tesouro Nacional.
• Receber depósitos compulsórios e voluntários do sistema bancário, assim como
realizar operações de redesconto e outros tipos de empréstimos às instituições
financeiras.
• Regular a execução dos serviços de compensação de cheques e outros papéis.
• Ser o depositário das Reservas Internacionais do país e controlar o fluxo de capitais
estrangeiros.
• Autorizar o funcionamento, autorizar, fiscalizar e aplicar as penalidades previstas às
instituições financeiras.
• Controlar e fiscalizar o crédito e administrar a dívida interna.

Reafirmando cabe ao Banco Central cumprir e fazer cumprir as normas emanadas do CMN
e as disposições que lhe são atribuídas por lei. É por meio do Banco Central que o Governo
intervém diretamente no sistema financeiro e indiretamente na economia do país.
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COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS (CVM)

A Comissão de Valores Mobiliários foi instituída pela lei 6.385, de 7 de dezembro de 1976,
como entidade autárquica vinculada ao Ministério da Fazenda. Referida lei disciplinava a emissão,
distribuição e negociação dos valores mobiliários, bem como a organização, o funcionamento e as
operações das bolsas de valores.
Em seu artigo 2º, a lei define quais são os valores mobiliários para efeito de sua disciplina e
fiscalização: as ações, partes beneficiárias e debêntures, os cupões desses títulos e os bônus de
subscrição, bem como outros títulos criados ou emitidos pelas sociedades anônimas, a critério do
Conselho Monetário Nacional. A este cabe fixar a orientação geral a ser observada pela CVM
cujas atividades devem ser exercidas sob a coordenação com o Banco Central.
Subseqüentemente à Lei da CVM foi sancionada a Lei das S.A. (6.404, de 15 de dezembro
de 1976) vindo a produzir uma interligação entre os agentes econômicos e financeiros através das
ações, debêntures e outros papéis que giram no mercado. A Lei das S.A. de 1976 sofreu
alterações e foi consolidada pela Lei 10.303, de 20/10/2001 que foi popularmente conhecida como
a Nova Lei das S.A. Anteriormente, pequenas modificações haviam sido introduzidas pela Lei
9.457, de 15/05/97.
Dessa forma, a CVM nasceu com poderes, e posteriormente os teve confirmados, para
disciplinar, normatizar e fiscalizar a atuação dos diversos integrantes do mercado de
valores mobiliário.

Entende-se como mercado de valores mobiliários aquele em que


são negociados títulos emitidos pelas empresas para captar, junto ao
público, recursos destinados ao financiamento de suas atividades.

É competência da CVM, entre outras coisas, disciplinar as seguintes matérias:


• registro de companhias abertas;
• registro de distribuições de valores mobiliários;
• credenciamento de auditores independentes e administradores de carteiras de valores
mobiliários;
• organização, funcionamento e operações das bolsas de valores;
• negociação e intermediação no mercado de valores mobiliários;
• administração de carteiras e a custódia de valores mobiliários;
• suspensão ou cancelamento de registros, credenciamentos ou autorizações;
• suspensão de emissão, distribuição ou negociação de determinado valor mobiliário ou
decretar recesso de bolsa de valores.

Com referência ao sistema de registros, este gera a veiculação de informações aos


investidores e ao mercado em geral. Esses informes, fornecidos periódica e obrigatoriamente por
todas as companhias abertas, podem ser financeiros ou referirem-se a fatos relevantes da vida
das empresas. Fatos relevantes são os eventos que podem influir na decisão do investidor,
quanto a negociar ou não com valores emitidos pela companhia.
A CVM tem por norma não exercer julgamentos de valor em relação às informações
divulgadas pelas companhias. Todavia, busca zelar pela sua regularidade e confiabilidade e, para
tanto, normatiza e persegue a sua padronização para facilitar o entendimento público.
Quanto à política geral de atuação, a CVM busca a consecução de seus objetivos por meio
da indução de comportamento, da auto-regulação e da autodisciplina dos agentes, apenas
intervindo diretamente nas atividades de mercado quando tal tipo de procedimento se mostra
ineficaz.
No que concerne às políticas ou normas voltadas para o desenvolvimento dos negócios
com valores mobiliários, a Comissão age suscitando a discussão de problemas, a promoção de
estudos de alternativas e a adoção de iniciativas, de tal maneira que quaisquer modificações
sejam realizadas com suficiente fundamentação técnica e possam ser assimiladas com facilidade.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS (CVM)

A fiscalização realizada pela CVM se faz através do acompanhamento das informações


veiculadas ao mercado e às pessoas que dele participam. As inspeções se destinam à apuração
de situações específicas sobre a atuação das empresas nos negócios com valores mobiliários.
Apesar de haver predominância no mercado de valores mobiliários com a negociação de
ações, debêntures e quotas de fundos de investimento, existe um vasto leque de outros títulos.
Ainda podem ser elencados:
 Bônus de subscrição
 Notas promissórias
 Certificados de depósitos de valores mobiliários
 Índices representativos de carteiras de ações
 Direitos e Recibos de subscrição
 Quotas de fundos imobiliários
 Certificados de recebíveis imobiliários
 Contratos de parceria para engorda de animais
 Certificados representativos de contratos mercantis de compra e venda a termo de
energia elétrica
 Depositary receipts (recibos de depósitos), instrumento utilizado na colocação de ações
de companhias brasileiras no exterior
 Opções de compra e venda de valores mobiliários.

Essa relação não esgota o limite, pois ainda podem ser negociados quaisquer outros títulos
emitidos pelas sociedades anônimas, evidentemente desde que inseridos no conceito de valor
mobiliário e devidamente registrados na CVM. Ficam excluídos os títulos da dívida pública
municipal, estadual e federal, bem como as cambiais de responsabilidade de instituições
financeiras, com exceção das debêntures.
Com referência ao mercado de derivativos, cujos instrumentos financeiros derivam do valor
de um outro ativo denominado ativo-objeto, somente serão alvo de negociação os títulos
decorrentes daqueles acima descritos que estão sob a jurisdição da CVM. Isso abrange os
contratos a termo, contrato de opções e contrato de futuros de tudo o que seja considerado valor
mobiliário.
À semelhança da existência do Procon, o órgão de proteção ao consumidor, a CVM criou o
Prodin – Programa de Orientação e Defesa do Investidor, para oferecer ao investidor meios para
conhecer o mercado de valores mobiliários e nele atuar munido das informações necessárias.
Na hipótese de o investidor ser vítima de algum tipo de irregularidade, o Prodin está apto a
lhe dar a orientação para obter o reparo dos danos causados.

Nomenclatura
Os atos públicos expedidos pela CVM obedecem à seguinte nomenclatura:
Ato Declaratório – é o documento através do qual a CVM credencia ou autoriza o exercício
de atividades próprias do mercado de valores mobiliários.
Deliberação – diz respeito aos atos de competência do Colegiado, nos termos do
Regimento Interno.
Instrução – são aqueles através dos quais a CVM regulamenta matérias expressamente
previstas nas Leis nº 6385/76 (Lei da CVM) e 6404/76 (Lei das S.A.).
Nota Explicativa – fornece explicações sobre a aplicação de determinada norma, expõe os
motivos que levaram a CVM a editá-la ou apresentar proposição ao Conselho Monetário Nacional
a respeito da matéria.
Parecer – responde às consultas específicas formuladas por agentes do mercado e
investidores ou por membros da própria CVM, a respeito de matéria por ela regulada.
Parecer de Orientação – sedimenta o entendimento da CVM sobre assunto que lhe caiba
regular, oferecendo ao mercado orientação sobre o assunto.
Portaria – diz respeito aos atos envolvendo aspectos da administração interna da CVM.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

CONSELHO DE RECURSOS DO SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL (CRSFN)

Órgão legalmente integrante da estrutura do Ministério da Fazenda, ocupa um lugar no


sistema nacional de supervisão dos mercados financeiro e de capitais.
Atua na esfera de revisão de decisões de caráter punitivo tomadas pelas autoridades de
primeiro grau e contra as quais as partes interpõem recurso administrativo.
Tem, assim, a finalidade de julgar, em segunda e última instância administrativa os recursos
interpostos das decisões relativas às penalidades administrativas aplicadas pelo Banco Central do
Brasil, pela Comissão de Valores Mobiliários e pela Secretaria de Comércio Exterior.
O Banco Central do Brasil, a Comissão de Valores Mobiliários, a Carteira de Comércio
Exterior do Banco do Brasil S/A e os Órgãos do Ministério da Fazenda proporcionarão o apoio
técnico e administrativo necessário ao funcionamento do Conselho de Recursos do Sistema
Financeiro Nacional.
O Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional é constituído por oito
Conselheiros, possuidores de conhecimentos especializados em assuntos relativos aos mercados
financeiro, de câmbio, de capitais, e de crédito rural e industrial, observada a seguinte
composição:
I - um representante do Ministério da Fazenda (Minifaz);
II - um representante do Banco Central do Brasil (Bacen);
III - um representante da Secretaria de Comércio Exterior (MIDIC);
IV - um representante da Comissão de Valores Mobiliários (CVM);
V - quatro representantes das entidades de classe dos mercados afins, por estas indicados
em lista tríplice.

As entidades de classe que integram o CRFSN são as seguintes: Abrasca (Associação


Brasileira das Companhias Abertas), Anbid (Associação Nacional dos Bancos de Investimento),
CNBV (Comissão de Bolsas de Valores), Febraban (Federação Brasileira das Associações de
Bancos), Abel (Associação Brasileira das Empresas de Leasing), Adeval (Associação das
Empresas Distribuidoras de Valores), AEB (Associação de Comércio Exterior do Brasil), sendo
que os representantes das quatro primeiras entidades têm assento no Conselho como membros-
titulares e os demais, como suplentes.
Tanto os Conselheiros Titulares, como os seus respectivos suplentes, são nomeados pelo
Ministro da Fazenda, com mandatos de dois anos, podendo ser reconduzidos uma única vez.
Fazem ainda parte do Conselho de Recursos dois Procuradores da Fazenda Nacional,
designados pelo Procurador-Geral da Fazenda Nacional, com a atribuição de zelar pela fiel
observância da legislação aplicável, e um Secretário-Executivo, nomeado pelo Ministério da
Fazenda, responsável pela execução e coordenação dos trabalhos administrativos. Para tanto, o
Banco Central do Brasil, a Comissão de Valores Mobiliários e a Secretaria de Comércio Exterior
proporcionam o respectivo apoio técnico e administrativo.
O representante do Ministério da Fazenda é o presidente do Conselho e o vice presidente é
o representante designado pelo Ministério da Fazenda dentre os quatro representantes das
entidades de classe que integram o Conselho.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

BANCOS COMERCIAIS (BC)

Os Bancos Comerciais são intermediários financeiros que recebem recursos de quem tem e
os distribuem através do crédito seletivo a quem necessita de recursos, naturalmente, criando
moeda através do efeito multiplicador do crédito. O objetivo é proporcionar suprimento oportuno e
adequado dos recursos necessários para financiar, a curto e médio prazos, o comércio, a
indústria, as empresas prestadoras de serviços e as pessoas físicas.
Em termos operacionais, os bancos comerciais podem descontar títulos, realizar operações
de abertura de crédito simples ou em conta corrente, realizar operações especiais de crédito rural,
de câmbio e de comércio exterior, captar depósitos à vista e a prazo fixo, obter recursos junto às
instituições oficiais para repasse aos clientes, adiantamentos sob caução de títulos comerciais,
cheques especiais etc.
Num sentido amplo, bancos comerciais são instituições financeiras que transferem recursos
dos agentes superavitários, captado através dos depósitos à vista e de depósitos em aplicações,
para os deficitários, na forma de empréstimos em curto prazo, tanto para pessoas físicas quanto
para atender às necessidades de capital de giro das empresas.
Além disso, também prestam também serviços auxiliares, tais como cobranças mediante
comissão, transferências de fundos de uma para outra praça, recebimentos de impostos e tarifas
públicas, aluguel de cofres, custódia de valores, serviços de câmbio e outros serviços.
Suas atividades e funcionamento são regulados e fiscalizados pelo Banco Central do Brasil
e, através deste órgão, as autoridades monetárias controlam a liquidez do sistema bancário. São
instituições constituídas obrigatoriamente sob a forma de sociedades anônimas.
A característica especial dos bancos comerciais é a sua capacidade de criar moeda (moeda
escritural), na medida em que os bancos emprestam diversas vezes o volume dos depósitos à
vista captados no mercado, através do efeito multiplicador do credito.
Nos últimos anos da década noventa do século findo houve grande incentivo governamental
para que esses bancos realizassem fusões e incorporações, nacionais e internacionais,
diminuindo consideravelmente o número de sedes bancárias e promovendo incremento na
quantidade de agências.
Tal tendência de concentração acabou sendo estendida também às demais instituições do
Sistema Financeiro Nacional, com a formação de conglomerados financeiros atuando nos mais
diversos segmentos do mercado, com a justificativa de reduzir os custos operacionais e elevar a
eficiência administrativa, objetivando melhor produtividade e maior competitividade.
Com isso, os bancos vêm apresentando rápida evolução em sua estrutura de
funcionamento e adaptando suas operações e produtos às exigências de um público cada vez
mais experiente e globalizado. Estão também trabalhando de forma mais especializada,
segmentando sua participação no mercado com base no volume dos negócios dos clientes e na
forma de atendimento.
Através dessa segmentação, os bancos são classificados em bancos de varejo, que
costumam trabalhar com muitos clientes, sem maiores exigência com relação a suas rendas e
bancos de negócios, voltados preferencialmente às grandes operações financeiras, trabalhando
com um número mais reduzido de clientes de alto poder aquisitivo.
Com relação ao tipo de atendimento dispensado, os bancos comerciais costumam atuar
como private bank, modalidade em que atendem a pessoas físicas de elevadíssima renda e/ou
patrimônio, ou como personal bank, em que dão atendimento a pessoas físicas de alta renda e,
muitas vezes, a pequenas e médias empresa ou, ainda, como corporate bank, voltados
preferencialmente para as grandes corporações.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

CAIXAS ECONÔMICAS (CE)

As caixas econômicas, juntamente com os bancos comerciais, são as mais antigas


instituições do Sistema Financeiro. São constituídas sob a forma de empresa pública, tendo como
principais atividades integrar o Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo e o Sistema
Financeiro da Habitação, além de funcionar como agente do Tesouro Nacional no cumprimento de
programas governamentais de cunho sócio-econômico.
Nesse sentido, atuam como gestoras do PIS e do FGTS. Também exercem atividades
típicas de bancos comerciais, sendo autorizadas a receber depósitos à vista em conta corrente.
Na prática, atualmente, as caixas econômicas se transformaram em bancos múltiplos, pois,
como os demais bancos, atuam também na captação de depósitos à vista, caderneta de
poupança, previdência privada, capitalização e seguros diversos. Da mesma forma que os bancos
comerciais, as Caixas Econômicas (federal e estaduais) podem receber depósitos à vista do
público e fazer empréstimos, exercendo, conseqüentemente, o poder de criação de moeda
escritural.
Também atuam no crédito direto ao consumidor, financiando bens de consumo duráveis,
empréstimos sob garantia de penhor industrial e caução de títulos. Detém a exclusividade das
operações de empréstimo sob penhor de bens pessoais e sob consignação.
Com a extinção do Banco Nacional de Habitação, a Caixa Econômica Federal absorveu
seus ativos e passivos, tornando-se o agente do governo federal para a execução de sua política
habitacional.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

COOPERATIVAS DE CRÉDITO (CC)

Cooperativas de crédito são instituições financeiras, sociedades de pessoas, com forma e


natureza jurídica próprias, de natureza civil, sem fins lucrativos e não sujeitas a falência,
constituídas com o objetivo de propiciar crédito e prestar serviços aos seus associados.
São regulamentadas pelas Leis nºs. 5.764, de 16.12.1971, e 4.595, de 31.12.1964, além
dos atos normativos baixados pelo Conselho Monetário Nacional e pelo Banco Central do Brasil e
pelo respectivo estatuto social.
Equiparando-se às instituições financeiras, as cooperativas normalmente atuam em setores
primários da economia ou são formadas entre funcionários de empresas.
No setor primário, permitem uma melhor comercialização dos produtos rurais e criam
facilidades para o escoamento das safras agrícolas para os consumidores.
No interior das empresas em geral, as cooperativas oferecem possibilidades de crédito aos
funcionários, os quais contribuem mensalmente para a sobrevivência e o crescimento da mesma.
Todas as operações facultadas às cooperativa são exclusivas aos cooperados.
Outra forma de captação permitida pelo Banco Central às cooperativas é a de operar contas
de depósitos à vista e a prazo. Uma parte dos recursos depositados é recolhida ao banco que lhe
representa na câmara de compensação, como reserva técnica, mas a maior parte é repassada
aos associados na forma de mais empréstimos.
A conta de depósitos à vista é uma forma de captação de recursos com custo zero diante
das contribuições que têm de ser remuneradas, assim como os depósitos a prazo, neste caso
chamados de Recibos de Depósitos de Cooperativas (RDC).
As cooperativas de créditos também podem oferecer produtos como conta corrente, cheque
especial, recebimento de contas de serviços públicos e o processamento da folha de pagamento
dos funcionários da empresa.
Para efeito de constituição, a Lei Cooperativista (5764) estabeleceu que as cooperativas de
crédito singulares são constituídas pelo número mínimo de 20 pessoas físicas. Entretanto, uma
cooperativa só se tornará viável, economicamente, a partir de pelo menos 200 cooperados.
Como exemplo de cooperativa de crédito bem sucedida cita-se a Cooperforte, instituição
criada em 21/08/1984, por 33 funcionários do Banco do Brasil, em Brasília, com o nome de
Cooperativa de Economia e Crédito Mútuo do Pessoal do Banco do Brasil no Distrito Federal Ltda.
No início, a cooperativa era restrita a Brasília e aos funcionários do Banco do Brasil,
naquela cidade. Atualmente, a Cooperforte, que passou a ser “dos Funcionários de Instituições
Financeiras Públicas Federais”, conta com mais de 54 mil associados, dela podendo participar,
além de funcionário do BB, também do Bacen, do Basa, BNDES, BNB e da CEF. A entidade tem
associados em todo o território brasileiro. Seus ativos estão na ordem de R$ 165 milhões e os
empréstimos aos associados na casa dos R$ 120 milhões.
Para efeitos societários, as cooperativas de crédito se equiparam a uma instituição
financeira. Elas devem adotar obrigatoriamente, em sua denominação social, a expressão
"Cooperativa", sendo vedada a utilização da palavra "Banco". Além disso, devem também
adequar a sua área de ação às possibilidades de reunião, controle, operações e prestação de
serviços.
As organizações cooperativas, em termos gerais, podem ser classificadas estruturalmente
em:
 singulares, as constituídas pelo número mínimo de 20 (vinte) pessoas físicas;
 cooperativas centrais ou federações de cooperativas, as constituídas de, no mínimo,
três singulares de crédito; e
 confederações de cooperativas, p. ex., as constituídas, pelo menos, de três
federações de cooperativas de crédito ou cooperativas centrais de crédito.
 Por sua vez, as cooperativas singulares dividem-se em:
 cooperativas de crédito rural cujo quadro social é formado por pessoas que
desenvolvam, na área de atuação da cooperativa, de forma efetiva e predominante,
atividades agrícolas, pecuárias ou extrativas, ou se dediquem a operações de
captura e transformação do pescado; e
 cooperativas de crédito mútuo cujo quadro social é formado por pessoas que
exerçam determinada profissão ou atividades, ou estejam vinculadas a determinada
entidade.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

COOPERATIVAS DE CRÉDITO (CC)

As cooperativas de crédito rural deverão dispor de estrutura organizacional específica para


operar em crédito rural, cumprindo-lhe observar, em especial, as disposições do Manual de
Crédito Rural (MCR)
Na forma da legislação em vigor, dependem de prévia e expressa autorização do Banco
Central do Brasil o funcionamento de cooperativas de crédito e os atos societários por elas
deliberados, referentes a:
 Eleição de membros do órgão de administração e do Conselho Fiscal;
 Reforma do estatuto social;
 Mudança do objeto social;
 Fusão, incorporação ou desmembramento;
 Dissolução voluntária da sociedade e nomeação do liquidante e fiscais.

A aprovação, pelo Banco Central, dos pleitos de cooperativas de crédito não as exime do
cumprimento das formalidades legais dos atos societários, que será objeto de exame pela Junta
Comercial. Da mesma forma, a homologação dos atos societários não implica qualquer juízo
sobre a veracidade dos dados consignados, que são de total responsabilidade da instituição
requerente e sujeitos a posterior verificação pelo Banco Central.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

BANCOS COMERCIAIS COOPERATIVOS (BCO)

São bancos, constituídos a partir das cooperativas de crédito, com operação restrita à
Unidade da Federação de sua sede e que podem fazer tudo o que qualquer outro banco comercial
faz:
• talão de cheques;
• cartão de crédito;
• compensação de documentos;
• administrar a carteira de crédito, antes sob o controle da cooperativa;
• levantar recursos no exterior, atividade vetada às atuais cooperativas de crédito.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

BANCOS DE INVESTIMENTO (BI)

Bancos de investimento são instituições financeiras constituídas sob a forma de sociedade


anônima, cujo objetivo principal é a prática de operações de investimento, participação ou
financiamento a prazos médios (superiores a um ano) e de longo prazo, para suprimento de
capital fixo ou de movimento de empresas do setor privado, mediante a aplicação de recursos
próprios e coleta, intermediação e aplicação de recursos de terceiros.
Em sua denominação deve, obrigatoriamente, constar a expressão "Banco de
Investimento". Não podem captar recursos na forma de depósito à vista em contas correntes.
A captação de recursos é feita principalmente através da emissão de CDB e RDB, de
captação e repasse de recursos e de venda de cotas de fundos de investimentos. Os recursos
captados são investidos em empréstimos e financiamentos específicos para aquisição de bens de
capital pelas empresas ou para subscrição de ações e debêntures.
Além de terem seio criados para canalizar recursos de médio e longo prazos para
suprimento de capital fixo ou de giro das empresas,os BI não podem destinar seus recursos a
empreendimentos mobiliários e têm limites para investimentos no setor estatal.
Desta forma, orientam a aplicação de seus recursos repassados no fortalecimento do capital
social das empresas, via subscrição ou aquisição de títulos; na ampliação da capacidade
produtiva da economia, via expansão ou realocação de empreendimentos; no incentivo à melhoria
da produtividade, através da reorganização, da racionalização e da modernização das empresas,
estimulando fusões, cisões, incorporações (corporate finance), na promoção do desenvolvimento
tecnológico, via treinamento ou assistência técnica.
Em síntese, as operações ativas que podem ser praticadas pelos bancos de investimento
são:
 empréstimo a prazo mínimo de um ano para financiamentos de capital fixo ou capital de
giro;
 aquisição de ações, obrigações ou quaisquer outros títulos e valores mobiliários para
investimento ou revenda no mercado de capitais (operações de underwriting);
 repasses de empréstimos obtidos no País ou no exterior;
 prestação de garantia de empréstimos no País ou provenientes do exterior.

Os bancos de investimento também se capacitam, pela sua estrutura técnica, a oferecer


uma série de serviços, como assessoria na realização de negócios, orientação financeira,
administração de projetos e outros. Atuam também na área de leasing financeiro, administram
fundos de investimento de renda fixa e de ações, clubes de investimento, e realizam operações de
lançamento de títulos no mercado brasileiro e no exterior.
Falando sobre o assunto, Assaf Neto (2001, p.78) comenta que:

Os bancos de investimento são os grandes municiadores de crédito de médio


de longo prazos no mercado, suprindo os agentes carentes de recursos para
investimento em capital de giro e capital fixo. Como agente financiador dessas
empresas, essas instituições efetuam, principalmente, operações de maior escala,
como repasses de recursos oficiais de crédito, repasses de recursos captados no
exterior, operações de subscrição pública de valores mobiliários (ações e
debêntures), lease-back, e financiamentos de bens de produção a profissionais
autônomos.

Um tipo de operação mais recentemente realizada pelos bancos de investimento é a


denominada securitização de recebíveis que consiste, em essência, na transformação de valores
a receber e créditos das empresas em títulos negociáveis no mercado.
Os bancos de investimento dedicam-se também à prestação de vários outros serviços, tais
como: avais, fianças, custódias, administração de carteiras de títulos e valores mobiliários etc.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

BANCOS DE DESENVOLVIMENTO (BD)

Bancos de desenvolvimento são instituições financeiras encarregadas pelos governos


federal e estaduais de atender a demanda de financiamento a empresas privadas e ao setor
público para impulsionar o desenvolvimento e fortalecer o empresariado nacional. São agentes de
governo com objetivo de prover financiamentos a médio e longo prazos aos setores primários,
secundário e terciário.
O Banco de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) é o principal agente de
financiamento do governo federal. As principais instituições de fomento regional são do Banco do
Nordeste (BNB) e o Banco da Amazônia (BASA), têm funções semelhantes ao BNDES, mas suas
áreas de atuação ficam restritas às regiões Nordeste e Amazônia legal.
Assim, da mesma forma que o BNDES, os organismos estatuais estão voltados para o
desenvolvimento econômico, só que em nível regional. Para tanto, estabelecem sistema de
integração com o BNDES, do qual são agentes financeiros, e estabelecem parcerias com outros
órgãos regionais e setoriais de desenvolvimento.
Os bancos e as companhias estaduais de desenvolvimento são instituições criadas por
governos estaduais, cuja atividade básica é o apoio financeiro às iniciativas econômicas de
interesse dos seus estados. Diante desse objetivo, os bancos de desenvolvimento apóiam
formalmente o setor privado da economia, por meio principalmente de operações de empréstimos
e financiamentos, arrendamento mercantil, garantias, entre outras.
Normalmente, operam com repasse de órgãos financeiros do Governo Federal. Podem
funcionar como agentes financeiros de órgãos nacionais e estrangeiros e sua atenção volta-se
para a formação da infra-estrutura agrícola e industrial da região a que servem.
As companhias de participação podem também constituir-se com recursos do setor privado
ou de combinação desses recursos com capitais do setor público.
Esses bancos são regidos pelas normas legais vigentes a todas as demais instituições do
Sistema Financeiro Nacional, e sua constituição e funcionamento dependem de autorização do
Banco Central.
Reiterando, os Bancos Estaduais de Desenvolvimento que são instituições financeiras
constituídas sob a forma de sociedade anônima e controladas pelos governos estaduais. Devem
adotar obrigatória e privativamente, em sua denominação, a expressão "Banco de
Desenvolvimento", seguida do nome do estado em que tenha sede.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

SOCIEDADES DE CRÉDITO, FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO

As Sociedades de Crédito, Financiamento e Investimento são instituições privadas,


constituídas sob a forma de sociedade anônima, popularmente conhecidas como “financeiras”,
cuja função primordial é o financiamento de bens de consumo duráveis através do crédito direto
ao consumidor e financiamento das vendas (crediário). Podem também as financeiras realizar
repasses de recursos governamentais, financiar profissionais autônomos legalmente habilitados e
conceder crédito pessoal.
Não podem manter contas correntes e os seus instrumentos de captação restringem-se às
letras de câmbio, que são títulos de crédito sacados pelos financiados e aceitos pelas financeiras
para colocação junto ao público.
As letras de câmbio são emitidas pelo mutuário, e recebem, através de aceite, a
coobrigação da Sociedade de Crédito, Financiamento e Investimento. Os recursos assim captados
são transferidos aos mutuários (consumidor ou empresa comercial).
Na esfera das financeiras, giram as chamadas promotoras de vendas, constituídas, em
geral, sob a forma de sociedades civis que servem de elo entre o consumidor final, o lojista e a
financeira, por meio de contratos específicos, em que figuram com poderes especiais, inclusive
para sacar letras de câmbio na qualidade de procuradores dos financiados e também prestando
garantia del credere dos contratos intermediados.

As sociedades financeiras podem ser classificadas como:


 independentes, quando atuam sem nenhuma vinculação com outras instituições
financeiras;
 ligadas a conglomerados financeiros;
 ligadas a grandes estabelecimentos comerciais;
 ligadas a grandes grupos industriais, como montadoras de veículos, por exemplo.

As empresas conhecidas por promotoras de vendas não são instituições financeiras. Visam
unicamente cadastrar clientes para as operações de financiamento, mediante, geralmente, postos
avançados de atendimento, recebendo uma comissão por esses serviços.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

SOCIEDADES DE ARRENDAMENTO MERCANTIL

Arrendamento mercantil, também conhecido como leasing, é uma operação de


financiamento com duração aproximada da vida útil do bem, em que o cliente tem a posse e o uso
do bem, pagando por isso um preço geralmente mensal. Em linhas gerais, a operação de leasing
se assemelha a uma locação, tendo o cliente, ao final do contato, as opções de renová-la, de
adquirir o equipamento pelo valor residual fixado em contrato ou de devolvê-lo à empresa.
Tais empresas devem constituir-se sob a modalidade de sociedade anônima, adotando
obrigatória e privativamente em sua razão social a expressão "Arrendamento Mercantil".
Seu objetivo principal é praticar operações de arrendamento mercantil de bens móveis, de
produção nacional ou estrangeira, e bens imóveis adquiridos de terceiros para uso da arrendatária
em sua atividade econômica. Essas instituições também praticam operações de cessões de
créditos, que consistem na negociação das contraprestações dos contratos de arrendamento
realizados com outras instituições financeiras.
Esse tipo de empresa surgiu da percepção de que o lucro de uma atividade produtiva pode
advir da simples utilização do equipamentos e não de sua propriedade.
As operações de leasing foram regulamentadas pelo Conselho Monetário Nacional através
da Lei nº 6.099, de 09/74, e a integração das sociedades arrendadoras ao Sistema Financeiro
Nacional pela da Resolução nº 351, de 1975.
As sociedades de arrendamento mercantil costumam captar recursos de longo prazo
principalmente por meio da emissão de debêntures, títulos que têm como cobertura o patrimônio
da empresa que os emitiu ou de empréstimos no país ou no exterior. As debêntures não têm
prazo fixo de resgate, e suas características podem ser bem diferenciadas, sendo corrigidas por
diferentes índices, inclusive com cláusula cambial.

Os principais tipos de leasing são:


 Leasing operacional: assemelha-se a um aluguel, e é efetuado geralmente pelas
próprias empresas fabricantes de bens;
 Leasing financeiro – é realizado por algumas instituições financeiras, como bancos
múltiplos e sociedades de arrendamento mercantil. A arrendadora adquire o bem
selecionado de um fornecedor e o entrega para uso da arrendatária. Ao final do prazo
pactuado, a arrendatária poderá ou não exercer seu direito de compra do bem por um
valor residual garantido estabelecido previamente;
 Lease-back: ocorre quando uma empresa vende determinado bem de sua propriedade e
o aluga imediatamente, sem perder sua posse. Em verdade, o bem não é removido
fisicamente, passando a empresa de proprietária do ativo para arrendatária do mesmo.
Essa modalidade é demandada principalmente por empresas que necessitam de reforço
de capital de giro.

Em seu livro “Mercado Financeiro, o prof. Alexandre Assaf Neto (2001. p.114) informa que:
[...] a operação de arrendamento mercantil pode ser compreendida como uma
forma especial de financiamento. Basicamente, essa modalidade praticada
mediante a celebração de um contrato de arrendamento (aluguel) efetuado entre
um cliente (arrendatário) e uma sociedade de arrendamento mercantil
(arrendadora), visando à utilização, por parte do primeiro, de certo bem durante
um prazo determinado, cujo pagamento é efetuado em forma de aluguel
(arrendamento).
A empresa de leasing, na verdade, intervém entre a empresa produtora do bem
ativo e a empresa que necessita do bem. O ativo demandado pela empresa
arrendatária é adquirido pela sociedade de arrendamento mercantil e transferido ao
cliente por determinado período. Ao final desse prazo, à arrendatária é assegurado
o direito de prorrogar o contrato, devolver o bem à empresa arrendadora ou
adquirir o bem definitivamente pelo preço estabelecido no contrato de
arrendamento firmado.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

SOCIEDADES CORRETORAS DE TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS (CCVM)

Esse tipo de sociedade opera com títulos e valores mobiliários, por conta de terceiros. As
corretoras podem efetuar lançamentos de ações, administrar carteiras e fundos de investimentos,
intermediar operações de câmbio, dentre outras atividades.
Falando sobre as corretoras, Fortuna (2002, p.34), diz que elas “são instituições típicas
do mercado acionário, operando com compra, venda e distribuição de títulos e
valores mobiliários (inclusive ouro) por conta de terceiros.”
As corretoras atuam na intermediação com as bolsas de valores e de mercadorias. Sua
constituição depende de autorização do Banco Central e da CVM, ou seja, as sociedades
corretoras são credenciadas pelo Banco Central do Brasil e pela CVM e são fiscalizadas pelas
bolsas de valores. Em sua razão social deve ser consignada a expressão "Corretora de Títulos de
Valores Mobiliários". Em suas atividades, elas exercem o papel específico de:
 operar nos recintos das bolsas de valores e de mercadorias;
 efetuar lançamentos públicos de ações;
 administrar carteiras e custodiam valores mobiliários;
 instituir, organizar e administrar fundos de investimento;
 operar no mercado aberto; e
 intermediar operações de câmbio.

Outros autores, Cavalcante, entre eles, comentam que corretoras são instituições
financeiras (ainda que muitos as classifiquem como instituições do Sistema de Distribuição)
organizadas na forma jurídica de sociedade anônima ou sociedade por quotas de
responsabilidade limitada, cuja principal função é a de promover a aproximação entre
compradores e vendedores de títulos e valores mobiliários, dando a estes capacidade e
oportunidade negocial através de operações realizadas em recinto próprio, denominado pregão
das Bolsas de Valores. Como principais atividades elas:
 operam com exclusividade na Bolsa de Valores da qual é membro, com títulos e
valores mobiliários de negociação autorizada.
 Compram, vendem e distribuem títulos e valores mobiliários, por conta de terceiros;
efetuam lançamentos públicos de ações (underwriting);
 Administram carteiras de valores e custodiam títulos e valores mobiliários; instituem,
organizam e administram fundos e clubes de investimentos; prestam serviços como
transferência de títulos, desdobramento de cautelas, recebimento de juros,
dividendos ou encarregam-se da subscrição de títulos e valores mobiliários etc.
 Intermediam a compra e venda de moeda estrangeira nas atividade de importação e
exportação, bem como no mercado flutuante de moeda estrangeira.
 Operam no mercado aberto (open market)

Por sua vez, Assaf (2001, p. 82) diz praticamente a mesma coisa que os demais autores
quando nos ensina que:
[...] as sociedades corretoras são instituições que efetuam, com exclusividade, a
intermediação financeira nos pregões das bolsas de valores, das quais são
associadas mediante a aquisição de um título patrimonial.
Entre outros direitos que lhes competem, as sociedades corretoras podem:
a) promover ou participar de lançamentos públicos de ações;
b) administrar e custodiar carteiras de títulos e valores mobiliários;
c) organizar e administrar fundos e clubes de investimentos;
d) efetuar operações de intermediação de títulos e valores mobiliários, por conta
própria e de terceiros;
e) efetuar operações de compra e venda de metais preciosos, por conta própria e
de terceiros;
f) operar em bolsas de mercadorias e futuros, por conta própria e de terceiros;
g) operar, como intermediadora, na compra e venda de moedas estrangeiras, por
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

SOCIEDADES CORRETORAS DE TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS (CCVM)

conta e ordem de terceiros (operações de câmbio);


h) prestar serviços de assessoria técnica em operações inerentes ao mercado
financeiro.

Em outubro de 2002, o CMN estendeu a cobertura do FGC às corretoras que aplicam


dinheiro em outras instituições financeiras. Com isso, os clientes das corretoras estão protegidos
pelo sistema. O FGC garante, até o valor de R$ 20 mil, os depósitos à vista, em poupança e
outros investimentos, como CDB. Antes, o Fundo Garantidor de Crédito não dava garantia para
pessoas que aplicavam em um banco por meio de corretoras.
Em síntese, corretoras são instituições constituídas na forma de sociedade anônima ou
limitada que atuam na compra, venda e distribuição de títulos e valores mobiliários. São típicas do
mercado acionário, operando com exclusividade em negociações, à vista e a termo, por conta de
terceiros, no recinto da Bolsa de Valores, e em caráter não exclusivo, no Mercado Aberto e no
balcão.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

SOCIEDADES DISTRIBUIDORAS DE TÍTULOS E VALORES


MOBILIÁRIOS (DTVM)

As sociedades distribuidoras são empresas constituídas como sociedades anônimas ou


sociedades por quotas de responsabilidade limitada, cuja autorização para funcionamento é dada
pelo Banco Central do Brasil.
O campo de atuação das distribuidoras é mais restrito do que o das corretoras, pois não têm
acesso às bolsas de valores ou de mercadorias. São instituições especializadas na distribuição de
títulos e valores mobiliários, ou seja subscrição de emissão de títulos e ações, intermediação e
operações no mercado aberto. Deve constar em sua razão social a expressão "Distribuidora de
Títulos e Valores Mobiliários".
Suas atividades básicas são:
 aplicações por conta própria ou de terceiros (intermediação) em títulos e valores
mobiliários de renda fixa e variável;
 operações no mercado aberto;
 participação em lançamentos públicos de ações.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

BOLSAS DE VALORES

A conceituação mais tradicional diz que as Bolsas de Valores são associações civis sem
fins lucrativos, com autonomia administrativa, financeira e patrimonial, constituídas por um
conjunto de Sociedades Corretoras, com função de organizar e manter em funcionamento um
mercado contínuo para negociação de títulos e valores mobiliários.
Nesse mesmo sentido aduz Cavalcante (2002, p.34) apresentando a seguinte
argumentação:
As bolsas de valores, de acordo com o disposto na Resolução 2.690 de
18.01.2000 do Conselho Monetário Nacional, constituem-se como
associações civis, sem fins lucrativos ou sociedades anônimas, e têm por
objetivo social, entre outros, manter local adequado ao encontro de seus
membros e à realização, entre eles, de transações de compra e venda de
títulos e valores mobiliários, em mercado livre e aberto especialmente
organizado e fiscalizado por seus membros, pela autoridade monetária e, em
especial, pela CVM.

Semelhantemente, Assaf (2001, p. 81) tece comentários acerca do tema:


As bolsas de valores são associações civis sem finalidades lucrativas, cujos
patrimônios são constituídos por títulos patrimoniais adquiridos por seus
membros, as sociedades corretoras. As bolsas mantêm um local onde são
negociados os títulos e valores mobiliários de pessoas jurídicas públicas e
privadas. Para tanto, devem apresentar todas as condições necessárias para o
perfeito funcionamento dessas transações, tais como organização, controle e
fiscalização.

Constata-se, pois, que do ponto de vista legal as Bolsas de Valores podem se constituir
como associações civis sem fins lucrativos ou sociedades anônimas, cujo patrimônio é
representado por títulos que pertencem às sociedades corretoras membros. Possuem autonomia
financeira, patrimonial e administrativa, mas estão sujeitas à supervisão da Comissão de Valores
Mobiliários e obedecem às diretrizes e políticas emanadas do Conselho Monetário Nacional.
Com referência aos papéis negociados, os principais títulos são aqueles que representam o
capital das empresas, ou seja, as ações. A legislação também autoriza a negociação de outros
títulos como: debêntures (simples ou conversíveis), commercial papers, opções de compra e
venda sobre ações de companhias abertas, quotas de fundos, bônus de subscrição, títulos
públicos, certificados de depósitos de ações lançados por empresas sediadas nos países que
integram o Acordo do Mercosul etc.
Além dessas funções, as bolsas de valores tem a finalidade de propiciar liquidez às
aplicações, fornecendo, concomitantemente, um preço de referência para os ativos ali
negociados, por intermédio de um mercado contínuo, representado por seus pregões diários.
Devem também as bolsas de valores dotar seu local de funcionamento de todas as
condições para que os negócios se efetuem num mercado livre e aberto, obedecendo a suas
próprias regras e propiciando a continuidade dos preços e a liquidez dos negócios realizados.
A essência da existência das bolsas de valores é proporcionar liquidez aos títulos
negociados, atuando por meio de pregões contínuos. Têm responsabilidade pela fixação de um
preço justo, formado por consenso de mercado mediante mecanismos de oferta e procura.
Obrigam-se as bolsas, ainda, a efetuar, dentro do menor prazo e da maior amplitude possível, a
divulgação de todas as operações realizadas.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

BOLSAS DE VALORES

As bolsas de valores atuam com diversos tipos de mercado. No mercado a vista, são
realizadas operações com liquidação financeira imediata ou, no máximo, num prazo bastante
curto. Nos mercados a termo, opções e futuros, cada um com características próprias de
funcionamento, as operações têm sua liquidação processada num prazo maior.
O denominado mercado de balcão resume as operações realizadas com diferentes tipos de
papéis, não necessitando estar registrados em bolsa. Exemplos: títulos patrimoniais de
associações diversas, ações de empresas não registradas em bolsas de valores, e outras
espécies de títulos. O mercado de balcão não possui um lugar físico determinado para realizar
suas atividades, sendo os negócios geralmente realizados mediante contatos telefônicos.
Por outro lado, as caixas de liquidação (clearings) atuam nos pregões e têm por função
básica registrar, liquidar e compensar as várias operações processadas no âmbito das bolsas de
valores. Essas empresas estão habilitadas também para receber depósitos e garantias exigidas
em certas operações financeiras realizadas. As clearings podem estabelecer-se juridicamente
como empresas controladas pelas bolsas de valores ou, se autorizado pelas sociedades
corretoras membros das bolsas, de forma independente.
A Bolsa de Valores de São Paulo – Bovespa é o maior centro de negociações com ações da
América Latina. Fundada em 23 de agosto de 1890, a Bovespa nasceu numa época em que a
bolsa de valores era uma instituição pouca conhecida do grande público. Nesse período,
incorporou toda a evolução econômica e política brasileira, através da longa história do Índice
Bovespa (criado em 1968), um dos mais tradicionais do país.
A Bovespa é responsável por inúmeras iniciativas visando a qualidade dos serviços
prestados aos investidores e companhias abertas que a equipara às bolsas dos grandes centros
financeiros mundiais. Entre as iniciativas mais recentes, pode-se destacar: Mega Bolsa, Home
Broker, After-Market, Novo Mercado etc. Em 2001, com a finalidade de fortalecer o mercado
acionário brasileiro e se preparar para a globalização dos negócios, a Bovespa concluiu um
acordo histórico para integração de todas as bolsas brasileiras em torno de um único mercado de
valores – o da Bovespa.
O Home Broker é um sistema através do qual os investidores podem operar
eletronicamente enviando ordens de compra e venda de ações através da Internet. Para utilizar o
sistema o investidor precisa ser cliente de uma corretora membro da Bovespa que possua o
sistema Home Broker.
Os negócios também podem ser realizados através do Mega Bolsa. Implantado em 1977, o
Mega Bolsa é o sistema de negociação eletrônico utilizado pela Bolsa de Valores de São Paulo.
Pelo sistema eletrônico de negociação, a oferta de compra ou de venda é feita por terminais de
computador. O encontro das ofertas e o fechamento dos negócios são realizados
automaticamente pelos computadores da Bovespa.
Para ampliar o acesso dos investidores ao mercado acionário a Bovespa criou o After-
Market. Através desta modalidade a Bovespa ampliou o horário do pregão eletrônico que passou
a funcionar após às 18 horas e até às 22 horas com a finalidade de atender ao Home Broker.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

BOLSAS DE MERCADORIAS E DE FUTUROS

A Bolsa de Mercadorias & de Futuros - BM&F é uma associação civil, sem fins lucrativos,
oriunda da fusão, em 1991, da Bolsa Mercantil & de Futuros (antiga BM&F) com a Bolsa de
Mercadorias de São Paulo (BMSP). Tem sede e foro em São Paulo e escritórios em Santos, Rio
de Janeiro, Campo Grande e Nova Iorque.
No começo do século passado, empresários paulistas, ligados à exportação, ao comércio e
à agricultura, criaram, em 26 de outubro de 1917, a Bolsa de Mercadorias de São Paulo (BMSP).
Foi a primeira no Brasil a introduzir operações a termo, e alcançou, ao longo dos anos, fecunda
tradição na negociação de contratos agropecuários, particularmente café, boi gordo e algodão.
Em julho de 1985, surgiu a Bolsa Mercantil & de Futuros, a BM&F. Seus pregões
começaram a funcionar em 31 de janeiro de 1986. Em pouco tempo, conquistou posição invejável
entre suas congêneres, ao oferecer à negociação produtos financeiros em diversas modalidades
operacionais.
Em 9 de maio de 1991, BMSP e BM&F fecharam acordo para unir suas atividades
operacionais, aliando a tradição de uma ao dinamismo da outra. Surgiu então a Bolsa de
Mercadorias & de Futuros, sendo mantida a sigla BM&F.
Em 30 de junho de 1997, ocorreu novo acordo operacional, agora com a Bolsa Brasileira de
Futuros (BBF), fundada em 1983 e sediada no Rio de Janeiro, com o objetivo de fortalecer o
mercado nacional de commodities e consolidar a BM&F como o principal centro de negociação de
derivativos do Mercosul.
Em 31 de janeiro de 2000, ao completar 14 anos de existência e inaugurar novas e
modernas instalações, a BM&F ingressou na Aliança Globex, formada pelas bolsas de Chicago
(Chicago Mercantile Exchange), Paris (Euronext), Cingapura (Singapore Exchange-Derivatives
Trading), Madri (Meff - Mercado Oficial de Futuros y Opciones Financieros) e Montreal (Montreal
Exchange).
O objetivo da aliança foi servir de plataforma para acordos bilaterais ou multilaterais,
visando acesso aos vários mercados e redução de margens por meio de sistemas mútuos de
compensação, troca de informações e outros serviços. No dia 22 de setembro do mesmo ano, a
BM&F introduziu seu sistema eletrônico de negociação, o Global Trading System (GTS)
Em 22 de abril de 2002, deu início às atividades da Clearing de Câmbio BM&F. No dia 25 do
mesmo mês, adquiriu da Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia (CBLC) os direitos de
gestão e operacionalização das atividades da câmara de compensação e liquidação de operações
com títulos públicos, títulos de renda fixa e ativos emitidos por instituições financeiras. Adquiriu
também os títulos patrimoniais da Bolsa de Valores do Rio de Janeiro (BVRJ), passando a deter
os direitos de administração e operacionalização do sistema de negociação de títulos públicos e
outros ativos, conhecido como Sisbex.
Com isso, a BM&F amplia a abrangência de sua atuação e se transforma na principal
clearing da América Latina, proporcionando um conjunto integrado de serviços de compensação
de ativos e derivativos, ao mesmo tempo em que oferece economias de escala, custos
competitivos e segurança operacional.

Objetivos
O objetivo maior da BM&F é efetuar o registro, a compensação e a liquidação, física e
financeira, das operações realizadas em pregão ou em sistema eletrônico, bem como
desenvolver, organizar e operacionalizar mercados livres e transparentes, para negociação de
títulos e/ou contratos que possuam como referência ativos financeiros, índices, indicadores, taxas,
mercadorias e moedas, nas modalidades a vista e de liquidação futura.
Para concretizar seus objetivos, a BM&F mantém local e sistemas de negociação, registro,
compensação e liquidação adequados à realização de operações de compra e de venda, dotando-
os de todas as facilidades e aprimoramentos tecnológicos necessários, a fim de divulgar as
transações com rapidez e abrangência.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

BOLSAS DE MERCADORIAS E DE FUTUROS

Além disso, a instituição possui mecanismos para acompanhar e regular seus mercados e
normas que asseguram aos participantes de seus mercados o adimplemento das obrigações
assumidas, em face das operações efetuadas em seus pregões e/ou registradas em quaisquer de
seus sistemas de negociação, registro, compensação e liquidação.
Destaca-se nesse particular o reconhecimento, pelo órgão regulador do mercado norte-
americano – a Commodity Futures Trading Commission (CFTC) –, em julho de 2002, da
adequação desses sistemas e mecanismos, o que significa que são equiparáveis, perante a
CFTC, aos adotados pelo mercado dos Estados Unidos.
No âmbito de seu poder de auto-regulação, a Bolsa estabelece normas visando a
preservação de princípios eqüitativos de negociação e comércio e de elevados padrões éticos
para as pessoas que nela atuam, direta ou indiretamente.
A BM&F também atua na regulamentação e fiscalização das negociações e das atividades
de seus associados, resolve questões técnicas e operacionais, aplica penalidades aos infratores
das normas; concede crédito operacional a seus associados, defende seus interesses, bem como
de seus associados, junto às autoridades constituídas; e dissemina a cultura dos mercados de
derivativos no País, por meio de eventos educacionais, treinamentos e publicações.

Administração
A administração central da BM&F está divida em três instâncias: a Assembléia Geral, o
Conselho de Administração e o Diretor Geral.
A Assembléia Geral, da qual pode participar todos os associados, é o órgão deliberativo
máximo. Reúne-se duas vezes ao ano: em dezembro, para eleger os membros do Conselho de
Administração, examinar e votar a proposta orçamentária e o programa de trabalho da instituição
para o próximo período; e no primeiro trimestre, para examinar, discutir e votar as demonstrações
financeiras da Bolsa relativas ao ano anterior.
O Conselho de Administração é composto de 17 Conselheiros e quatro Suplentes, a saber:
• cinco Conselheiros e um Suplente eleitos pelos Membros das Câmaras de
Compensação;
• cinco Conselheiros e um Suplente eleitos pelas Corretoras de Mercadorias;
• três Conselheiros e um Suplente eleitos pelos Sócios Efetivos
• três Conselheiros e um Suplente indicados pelo Sócio Honorário; (veja a estrutura
societária em 12.1.6), e
• o Diretor Geral.

Os Conselheiros têm mandato de três anos, com uma parte deles sendo renovada
anualmente. Os Suplentes têm mandato de apenas um ano. Já o Diretor Geral é membro nato do
Conselho.
O Presidente e o Vice-Presidente são eleitos anualmente dentre os membros do Conselho
de Administração (CA), ao qual cabe traçar a política geral da BM&F e zelar por sua boa
execução, aprovar regulamentos e normas, definir as condições para admissão e exclusão de
sócios, autorizar a negociação de contratos, aprovar a estrutura organizacional da Bolsa e fixar
contribuições, taxas e emolumentos.
O Conselho de Administração pode criar Comitês Deliberativos, relativos a mercados e
sistemas da Bolsa, como o Comitê Deliberativo para Assuntos de Câmbio, cujo propósito é tratar
de eventuais alterações que visem o aprimoramento do Regulamento da Clearing de Câmbio
BM&F, bem como dos serviços por ela prestados. Para questões não-operacionais, o Conselho de
Administração dispõe do Conselho Consultivo, formado por ex-presidentes da BM&F e por
pessoas de destaque no cenário político-econômico nacional.
Outros órgãos constituídos pelo Conselho de Administração são as Câmaras Consultivas,
que se reúnem periodicamente para estudar e sugerir novos métodos e modalidades
operacionais, bem como medidas para o aperfeiçoamento dos vários mercados e contratos.
São várias as Câmaras Consultivas existentes: Análise de Risco; Assuntos de Câmbio;
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

BOLSAS DE MERCADORIAS E DE FUTUROS


Assuntos Operacionais; Ativos Financeiros; Índices de Ações e ADRs; Energia; Boi Gordo e
Bezerro; Açúcar e Álcool; Algodão; Milho e Soja; e Café. Essas câmaras também propõem ao
Conselho de Administração a criação das Comissões de Ágio e Deságio dos preços das
mercadorias e de Padronização, Classificação e Arbitramento da qualidade das respectivas
mercadorias, compostas de classificadores e árbitros.
O Conselho de Administração indica o Diretor Geral e fiscaliza sua gestão. Ao Diretor Geral,
dentre outras atribuições, compete executar a política e as determinações do Conselho de
Administração, praticar todos os atos necessários ao funcionamento da Bolsa, estabelecer os
procedimentos a serem observados e os limites operacionais, propor a admissão de novos
contratos à negociação e administrar e investir os recursos financeiros da instituição.
Tem sob sua direção o corpo executivo da Bolsa, que responde pelas Clearings de
Derivativos, de Câmbio e de Ativos e pelas áreas de Sistemas e Tecnologia, Operações e
Desenvolvimento de Mercado, Técnica e de Planejamento, Imprensa e Mídia, Relações
Institucionais e Administração, Mercados Agrícolas e Jurídica e de Auditoria, área à qual está
ligada a BM&F (USA) Inc., com sede em Nova Iorque, que presta serviços aos investidores
estrangeiros.
O Diretor Geral é membro nato de todos os comitês, câmaras e comissões. Em seu
assessoramento para assuntos relacionados a risco nos mercados BM&F, conta com o Comitê de
Risco, composto de executivos da instituição, que, no mínimo semanalmente, analisa o cenário
macroeconômico e seus efeitos sobre os mercados, avalia parâmetros de liquidez, fixa diretrizes
de mensuração de risco de mercado, examina a política de gerenciamento de margens de
garantia e acompanha o grau de alavancagem do sistema.

Serviços aos associados


A BM&F presta os seguintes serviços aos seus associados:
Pregão de Viva Voz: sistema em que as operações são executadas por Operadores de
Pregão, que são os representantes das Corretoras, e por Operadores Especiais, em postos de
negociação predeterminados para cada ativo ou mercadoria.
Sistema de Registro de Operações do Mercado de Balcão: trata-se de um sistema de
registro, controle escritural e informação dos valores de liquidação de operações de swap e
opções flexíveis, que são fechadas previamente entre as instituições por telefone e levadas a
registro na Bolsa pelas Corretoras credenciadas.
Global Trading System (GTS): plataforma por meio da qual os membros da Bolsa podem
operar eletronicamente todos os mercados por ela oferecidos à negociação, alguns dos quais com
exclusividade.
Sisbex-Negociação: sistema eletrônico de negociação de títulos públicos e câmbio que
conecta ampla rede de instituições financeiras detentoras de títulos de Sócio DO. (DO = Direito de
Operação: são títulos patrimoniais especiais que dão direito ao detentor de operar em Câmbio ou
Títulos Públicos através do sistema Sisbex-Negociação).
As negociações ocorrem em diferentes ambientes do sistema, cujas telas podem ser
programadas pelos próprios operadores. As ofertas de compra e de venda são lançadas e
visualizadas por todos os participantes.
A um simples comando, o sistema executa, instantaneamente, o fechamento automático de
negócios contra as ofertas disponíveis na tela. Os operadores têm à disposição uma variada gama
de funções que lhes permitem operar nos mercados de títulos públicos e de câmbio.
O sistema é processado por um computador central, a partir do qual os aplicativos são
distribuídos para as estações de trabalho nas mesas de operações, por meio de links diretos com
as instituições.
Sisbex-Registro: é um tipo de serviço oferecido aos participantes autorizados a negociar
títulos públicos, detentores ou não de títulos de Sócio DO. As operações realizadas no mercado
de balcão são registradas por meio desse sistema, para liquidação pela Clearing de Ativos.
O Sisbex-Registro permite a integração da liquidação de operações executadas em
múltiplos sistemas de negociação em um único ambiente de processamento de instruções de
liquidação, já integrado à área de retaguarda das principais instituições financeiras.
Sistema de Custódia: o sistema de custódia da Bolsa fornece serviços de custódia para
ativos em geral, com destaque para ouro. No caso da Custódia Fungível de Ouro, o metal é
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

BOLSAS DE MERCADORIAS E DE FUTUROS


registrado em contas individualizadas, com as transferências de propriedade efetuadas por meio
de lançamentos contábeis.
Já a guarda do ouro negociado no mercado disponível da Bolsa está a cargo de bancos
custodiantes, devidamente credenciados. O metal fica registrado em nome da BM&F junto a essas
instituições. A BM&F, por sua vez, controla a posição escritural de cada cliente. Com isso, o ouro
em custódia é utilizado automaticamente na garantia das posições do cliente.
Classificação de Café e Algodão: são serviços iniciados pela BMSP, cuja classificação de
algodão é feita desde 1922 e a de café, desde 1978. No caso do algodão, a BM&F é o órgão
oficial de classificação do Estado de São Paulo. Seu curso profissionalizante de classificador de
algodão é reconhecido pelo Ministério da Agricultura.
Teleouro: sistema de registro de operações e liquidação centralizada para os negócios de
compra e venda de ouro realizados no mercado de balcão. O Teleouro funciona de modo
interativo com os sistemas de liquidação e custódia da BM&F.
Para segurança desses serviços, a BM&F dispõe de um site de contingência, equipado
conforme normas internacionais, que funciona integrado à infra-estrutura de tecnologia de forma
ininterrupta e em tempo real, replicando todas as suas funções e dispositivos, a fim de viabilizar
uma estratégia de recuperação automática e simultânea para eventos de falha.
Além desses serviços, vale observar, ainda, que a BM&F prevê, em seus Estatutos Sociais,
instauração do Juízo Arbitral para a solução de controvérsias oriundas de contratos celebrados
em seu âmbito. Em função disso, mantém quadro de árbitros de reconhecida competência e
especialidade nos mercados de sua atuação.
No caso de instauração do Juízo Arbitral, cada parte designa um árbitro e o respectivo
suplente. Os indicados escolhem um terceiro árbitro, que será o presidente do Juízo Arbitral, e seu
suplente.
São vários os benefícios da solução de pendências por esse meio. Dentre eles, a
informalidade, a rapidez e o baixo custo, em comparação com a Justiça comum. Além disso, a
sentença proferida em arbitramento tem os mesmos efeitos da proferida pelo juiz togado.

Estrutura
Sendo uma associação civil, sua estrutura é montada em termos de sócios. Seus títulos de
sócios estão divididos nas seguintes categorias:
• Membro de Compensação: o título de Membro de Compensação pode ser adquirido por
bancos múltiplos, comerciais e de investimento, corretoras e distribuidoras de títulos e valores
mobiliários, devidamente autorizados a funcionar pelo Banco Central.
Os detentores desse título são os responsáveis, perante a BM&F, pela compensação e pela
liquidação de todos os negócios realizados em pregão de viva voz ou eletrônico. As Corretoras de
Mercadorias que não são Membros de Compensação, os Operadores Especiais, os Operadores
Especiais de Mercadorias Agrícolas, as Corretoras de Mercadorias Agrícolas e as Corretoras
Especiais são obrigados a contratar pelo menos dois Membros de Compensação, perante os
quais assumem deveres e obrigações, para o registro de suas operações.
• Corretora de Mercadorias: garante à pessoa jurídica que o detém o direito de realizar
operações em seu nome - carteira própria - e em nome de terceiros, seus clientes, em todos os
mercados da BM&F.
• Operador Especial: pessoa física (ou firma individual) que opera diretamente, em seu
nome, mas que não está autorizada a realizar operações em nome de terceiros. Pode, contudo,
prestar serviços de execução de ordens às Corretoras.
• Sócio DL (com direito de liquidação): pessoa jurídica autorizada a efetuar a
compensação e a liquidação de operações com títulos públicos, títulos de renda fixa e ativos
emitidos por instituição financeira.
• Sócio DO (com direito de operação): pessoa jurídica autorizada a intermediar e registrar
operações com títulos públicos, câmbio, títulos de renda fixa e ativos emitidos por instituição
financeira.
• Corretora de Mercadorias Agrícolas: embora com direitos semelhantes aos de uma
Corretora de Mercadorias, os detentores desse título podem operar diretamente apenas as
commodities agropecuárias.
• Corretora Especial: título que proporciona a seu detentor o direito de registrar swaps e
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

BOLSAS DE MERCADORIAS E DE FUTUROS


opções flexíveis nos sistemas correspondentes da BM&F.
• Operador Especial de Mercadorias Agrícolas: igualmente o Operador Especial, este
tipo de operador está autorizado a realizar negócios em seu próprio nome, mas somente nos
mercados de commodities agropecuárias.
• Corretor de Algodão: opera com exclusividade no mercado físico de algodão. Esse
mercado não faz parte dos pregões da BM&F, mas sua regulamentação é de sua competência.
• Sócio Efetivo: é um tipo de título que assegura à pessoa física ou jurídica que o detém
redução nos custos de transação.
• Sócio Honorário: esta modalidade pertencente à Bovespa, na qualidade de instituidora
da BM&F.
Os títulos de Corretora de Mercadorias, Membro de Compensação, Sócio Honorários e
Sócio Efetivo conferem a seus detentores o direito de votar e de ser votados na Assembléia Geral
que elege o Conselho de Administração da Bolsa.

Mercados
Em termos gerais, são os seguintes os mercados abrangidos pela BM&F.
Futuro: neste tipo de operação as partes assumem compromisso de compra e/ou venda
para liquidação (física e/ou financeira) em data futura, contando com o ajuste diário do valor dos
contratos, que é o mecanismo que possibilita a liquidação financeira diária de lucros e prejuízos
das posições.
Termo: é semelhante ao mercado futuro, em que é as partes assumem compromisso de
compra e/ou venda para liquidação em data futura. No mercado a termo, porém, não há ajuste
diário nem intercambialidade de posições, ficando as partes vinculadas uma à outra até a
liquidação do contrato.
Opções sobre Disponível: uma parte adquire de outra o direito de comprar (opção de
compra) ou de vender (opção de venda) o ativo-objeto de negociação, até ou em determinada
data, por preço previamente estipulado.
Opções sobre Futuro: uma parte adquire de outra o direito de comprar (opção de compra)
ou vender (opção de venda) contratos futuros de um ativo ou commodity, até ou em determinada
data, por preço previamente estipulado.
Swaps com Ajustes Diários: esses instrumentos, que foram criados especialmente pela
BM&F para permitir a negociação da taxa de cupom cambial para datas específicas, são utilizados
pelo Banco Central do Brasil na rolagem do hedge cambial oferecido ao mercado. As ofertas do
Banco Central ocorrem via leilão e podem ter a posição criada em data futura, quando ocorre o
início de sua valorização. Isso possibilita melhor administração dos vencimentos pela autoridade
monetária e respectiva programação pelo mercado. Por ter ajuste diário, esses swaps exigem
margem inferior à dos swaps de balcão e admitem consolidação com outros contratos financeiros
de risco simétrico e que sejam ajustados diariamente.
Opções Flexíveis: são operações semelhantes às opções de pregão (sobre disponível e
sobre futuro), com a diferença de que são as partes que definem alguns de seus termos, tais
como preço de exercício, vencimento e tamanho do contrato. As partes também determinam se o
contrato de opção de compra ou de venda terá ou não a garantia da BM&F. As Opções Flexíveis
são negociadas em balcão e registradas na Bolsa via sistema eletrônico.
Swaps: igualmente as “opções flexíveis”, os swaps são contratos negociados em balcão e
registrados na BM&F, via sistema eletrônico. Neste caso, as partes trocam um índice de
rentabilidade por outro, com o intuito de fazer hedge, “casar” posições ativas com posições
passivas, equalizar preços, arbitrar mercados ou até alavancar posições. Para tanto, devem
escolher a combinação de variáveis apropriada à sua operação e definir preço, prazo e tamanho,
optando igualmente pela garantia ou não da Bolsa.
Disponível (à vista ou spot): modalidade reservada apenas a alguns ativos ou
commodities, cujos contratos têm liquidação imediata. Com isso, a Bolsa pretende, ao mesmo
tempo, fomentar os mercados futuros e de opções, por meio da formação transparente de preços
que resulta da negociação à vista, e colaborar para o desenvolvimento dos mercados físicos dos
produtos-objeto de seus contratos.
Deve-se mencionar que, através dos sistemas Sisbex-Negociação e Sisbex-Registro, a
Bolsa oferece a possibilidade para que sejam realizadas a negociações eletrônicas de títulos
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

BOLSAS DE MERCADORIAS E DE FUTUROS

públicos, entre detentores de títulos de Sócio DO. Adicionalmente, coloca à disposição de


instituições habilitadas a operar na Clearing de Câmbio BM&F e de detentores de títulos de Sócio
DO a negociação de moedas estrangeiras, para entrega pronta, no mercado interbancário de
taxas livremente pactuadas.

Clearings
Uma das mais importantes condições para o perfeito funcionamento dos mercados
financeiro e de capitais é a confiança entre seus participantes de que seus ganhos serão
recebidos e de que suas operações de compra e venda serão liquidadas nas condições e no
prazo estabelecidos.
Essas condições são proporcionadas pelas câmaras de registro, compensação e liquidação
(clearings), mediante um sistema de compensação que chama para si a responsabilidade pela
liquidação dos negócios, transformando-se no comprador para o vendedor e no vendedor para o
comprador, com estruturas adequadas ao gerenciamento de risco de todos os participantes.
Esse modelo é aplicado às três clearings da BM&F, segundo as características dos
mercados para os quais oferecem serviços de registro, compensação e liquidação de operações:
a) derivativos; b) câmbio; c) ativos.

a) Derivativos
O modelo da Clearing de Derivativos BM&F estabelece a figura do Membro de
Compensação como responsável, perante a Bolsa, pela liquidação de todas as operações.
Além da aquisição do título e de sua caução a favor da BM&F, o Membro precisa atender a
uma série de exigências. No plano financeiro, deve manter o capital de giro mínimo determinado
pela Clearing; no plano operacional, deve manter depósito de garantia para compor o Fundo de
Liquidação de Operações e cumprir os limites impostos às posições sob sua responsabilidade
para diminuir o risco de alavancagem.
As Corretoras e os Operadores Especiais são responsáveis pelas operações que executam,
desde o registro até a liquidação final, perante os Membros de Compensação aos quais estejam
vinculados. Eles também devem preencher requisitos mínimos, exigidos pela Bolsa em termos de
capacidade operacional e financeira.
Os Membros de Compensação também podem impor-lhes limites operacionais e deles
exigir garantias adicionais, independentemente de qualquer manifestação da BM&F.
Para garantir a integridade do mercado e os direitos contratuais de seus participantes, a
estrutura de salvaguardas da Clearing de Derivativos BM&F está subdividida em 1) Limite de
Risco Intradiário do Membro de Compensação, 2) Limites de Concentração de Posições e de
Oscilação Diária de Preços, 3) Margem de Garantia e 4) Fundo Especial dos Membros de
Compensação, Fundo de Liquidação de Operações e Fundo de Garantia:

1) Limite de Risco Intradiário do Membro de Compensação: atribuído pela Clearing com


base no patrimônio do Fundo Especial dos Membros de Compensação e do Fundo de Liquidação
de Operações.
A cada 20 minutos ao longo de uma sessão, o sistema recalcula o risco dos portfólios dos
Membros, agregando os novos negócios realizados no dia às posições de fechamento do dia
anterior.

2) Limites de Concentração de Posições e de Oscilação Diária de Preços: visam


impedir a concentração de mercado, evitar manipulações e controlar os riscos de liquidez e de
crédito.

3) Margem de Garantia: exigida de todos os clientes que mantêm em aberto posições de


risco para a Bolsa, bem como para a aceitação de operações de balcão (swaps e opções
flexíveis) e quando da violação dos limites de risco intradiário do Membro de Compensação e de
concentração de posições. A Clearing acompanha essas posições por cliente ou grupo de clientes
atuando em conjunto, para cada vencimento de contrato e para cada mercado administrado pela
Bolsa, podendo fazer chamadas adicionais de margem, caso as julgue necessárias;
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

BOLSAS DE MERCADORIAS E DE FUTUROS


4) a. Fundo Especial dos Membros de Compensação, b.Fundo de Liquidação de
Operações e c. Fundo de Garantia: asseguram, em mais um estágio, a boa liquidação dos
negócios realizados em pregão e em sistema eletrônico.
4a) O Fundo Especial dos Membros de Compensação é composto de recursos
constituídos para esse fim e de parcela do patrimônio da Bolsa detido pelos
Membros, com a finalidade de atender à inadimplência de um ou mais participantes.
4b) Já o Fundo de Liquidação de Operações é formado por recursos depositados pelos
próprios Membros de Compensação, igualmente para ser utilizado no caso de
inadimplemento de um ou mais deles. O valor do fundo está limitado ao valor
patrimonial do título de Membro. Havendo inadimplência de determinado Membro de
Compensação, todos os demais se tornam solidários, até o limite de um segundo
aporte de recursos, equivalente ao valor patrimonial do título de Membro.
4c) Quanto ao Fundo de Garantia, que é constituído pela BM&F e pelas Corretoras de
Mercadorias e Corretoras de Mercadorias Agrícolas, seu objetivo é assegurar a seus
clientes a devolução de diferenças de preços resultantes da execução infiel de
ordens ou do uso inadequado de importâncias depositadas para aplicação nos
mercados BM&F.

b) Câmbio
A Clearing de Câmbio BM&F é a primeira câmara de compensação e liquidação de
operações no mercado interbancário de câmbio com estrutura de gerenciamento de risco que se
tem conhecimento no mundo. Começou a funcionar em 22 de abril de 2002, juntamente com o
novo Sistema de Pagamentos Brasileiro, conforme o projeto de reestruturação desenvolvido pelo
Banco Central do Brasil.
A Clearing de Câmbio BM&F oferece as condições operacionais apropriadas à gestão de riscos
intrínsecos às operações de compra e venda de moeda estrangeira cursadas por intermédio de seus
sistemas.
A câmara mantém conta de liquidação em moeda nacional junto ao Bacen e contas de
liquidação em moeda estrangeira no Exterior, com as movimentações financeiras ocorrendo dentro da
mesma janela de tempo.
Por ser a parte contratante de todas as operações cursadas em seus sistemas, viabiliza a
eliminação do risco de principal, utilizando o princípio de pagamento contra pagamento por valores
líquidos compensados.
A Clearing de Câmbio BM&F dispõe de mecanismos apropriados para acompanhar a variação
da taxa de câmbio no período entre a contratação e a liquidação, exigindo, para tanto, depósitos
prévios de garantia. Com isso visa assegurar a liquidação das operações na hipótese de inadimplência
de participantes.
Além disso, estabelece limites operacionais aos participantes, com base em sistema de rating
desenvolvido pela Bolsa e na análise do histórico de operações de cada participante no mercado
interbancário, de forma a controlar o risco de liquidez de mercado.
A estrutura de salvaguardas da Clearing de Câmbio BM&F conta também com o Fundo de
Participação, que é o depósito inicial exigido de todos os participantes no ato de sua habilitação,
calculado de acordo com sua participação no mercado de câmbio. Conta também com o Fundo
Operacional, que se destina à cobertura de prejuízos originários de falhas operacionais,
administrativas ou funcionais da Clearing no processo de gerenciamento ou execução de suas
atividades.
Há ainda o Patrimônio Especial, que é uma fração contabilmente separada do patrimônio total
da BM&F para garantir, exclusivamente, o cumprimento das obrigações de responsabilidade da
Clearing.

c) Ativos
A Clearing de Ativos foi adquirida da Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia
(CBLC) e está em fase de reconstituição. A partir de 2003, estará totalmente em operação, com
sistemas adaptados e regras específicas estabelecidas, aplicando-se os mesmos princípios gerais
adotados pelas demais câmaras, por força do Sistema de Pagamentos Brasileiro.
A Clearing de Ativos BM&F terá o intuito de processar a liquidação das operações
realizadas nos sistemas Sisbex-Negociação e Sisbex-Registro com títulos públicos e com títulos
de renda fixa emitidos por instituições financeiras
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

SISTEMA ESPECIAL DE LIQUIDAÇÃO E CUSTÓDIA (SELIC)

Na década de 70, as operações financeiras eram realizadas com o manuseio e a


movimentação física desses títulos, oferecendo grande risco de fraude e extravio. A partir da
criação do Selic – Sistema Especial de Liquidação e Custódia, em 1979, os títulos físicos foram
substituídos por simples registros eletrônicos, gerando enorme ganho de eficiência, já que as
operações são fechadas no mesmo dia em que ocorrem.
O Selic, criado pela Andima - Associação Nacional das Instituições do Mercado Aberto, em
parceria com o Bacen, é um sistema eletrônico que processa o registro, a custódia e a liquidação
financeira das operações realizadas com títulos públicos, garantindo segurança, agilidade e
transparência aos negócios.
A Andima é uma entidade civil sem fins lucrativos que reúne cerca de 270 instituições
financeiras, incluindo bancos comerciais, múltiplos e de investimento, corretoras e distribuidoras
de valores. Mais do que um órgão de representação do setor, a Associação se destaca como
importante prestadora de serviços, oferecendo suporte técnico e operacional às instituições,
promovendo o desenvolvimento de novos mercados e trabalhando pelo desenvolvimento do
Sistema Financeiro Nacional.
Criada em 1971, a Andima atuou sempre em conjunto com os protagonistas do mercado
financeiro brasileiro. De um lado, as autoridades da área econômica, representadas pelo Banco
Central; de outro, as instituições e demais associações da área financeira.
A primeira parceria resultou, em 1979, em uma iniciativa pioneira: o Selic – Sistema Especial de
Liquidação e Custódia, um dos mais modernos e sofisticados sistemas eletrônicos de negociação de
títulos públicos do mundo.
Através do Selic, os negócios de títulos públicos têm liquidação imediata. Os operadores das
instituições envolvidas, após acertarem os negócios envolvendo os títulos, transferem estas
operações, via terminal, ao Selic. O computador imediatamente transfere o registro do título para o
banco comprador do mesmo e faz o crédito na conta do banco vendedor. Ambas as partes envolvidas
têm certeza da validade da operação efetuada.
Apenas títulos públicos federais, quer sejam emitidos pelo Tesouro ou pelo Banco Central, e os
títulos públicos estaduais e/ou municipais, emitidos até janeiro de 1992, são registrados no Selic. Os
títulos estaduais e municipais posteriores a esta data são registrados na Cetip.
A segunda parceria deu origem, em 1986, à criação da Cetip – Central de Custódia e de
Liquidação Financeira de Títulos, entidade de padrão internacional voltada à negociação de títulos
privados.
Ambos os sistemas garantem segurança, transparência e agilidade às operações financeiras
realizadas no Brasil, substituindo títulos e cheques por registros eletrônicos controlados por terminais
de computador.
Em 1996, através da Circular 2.671, o Bacen realizou mudanças no regulamento do Selic, de
forma a incorporar ao MNI – Manual de Normas e Instruções do Banco Central as regras que balizarão
o acesso das instituições financeiras aos sistemas Ofpub – Oferta Pública Formal Eletrônica e Leinf –
Leilão Informal Eletrônico de Moedas e de Títulos.
O Ofpub é um sistema destinado a registrar e processar as propostas das instituições
financeiras para os leilões formais de títulos federais. Seu uso segue os mesmos procedimentos
operacionais e de segurança já adotados pelo Selic.
O resultado de cada leilão é automaticamente encaminhado ao Selic para o registro e a
liquidação financeira dos títulos negociados. Cabe destacar que os leilões informais já são realizados
eletronicamente. Assim, no que diz respeito ao Leinf, o referido normativo apenas incorpora ao MNI as
normas para sua operacionalização.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

CENTRAL DE LIQUIDAÇÃO
. FINANCEIRA E DE CUSTÓDIA DE
TÍTULOS (CETIP)

A Cetip – Central de Custódia e Liquidação Financeira de Títulos foi criada em 1986 pela
Andima, em conjunto com outras entidades representativas do setor financeiro e o Banco Central,
para garantir mais segurança e agilidade às operações realizadas com títulos privados.
Sua criação visava eliminar o risco de extravio e fraudes ao substituir a movimentação física
de títulos, cheques e faturas por registros eletrônicos. A Cetip opera de maneira bastante
semelhante ao Selic, só que abrigando títulos privados, como CDB, RDB, debêntures, CDI etc.
Algumas vezes, o sistema opera também com títulos públicos que se encontram em poder do
setor privado da economia.
Assaf (2001, p. 96) comenta que:

[...] os dois sistemas de liquidação e custódia (Selic e Cetip) têm por objetivo
básico promover a boa liquidação das operações do mercado monetário,
propiciando maior segurança e autenticidade aos negócios realizados. Por sua
importância no volume de operações do mercado monetário, o Selic e a Cetip
divulgam periodicamente duas taxas de juros amplamente adotadas pelos agentes
econômicos, a taxa Selic e a taxa Cetip.
Por meio do Selic, as instituições financeiras podem adquirir e vender títulos todos
os dias, criando um taxa diária conhecida por overnight e representativa das
operações de um dia útil.
Como os títulos negociados no Selic são de grande liquidez e teoricamente de
risco mínimo (títulos públicos), a taxa definida no âmbito desse sistema é aceita
como uma taxa livre de risco da economia, servindo de importante referencial para
a formação dos juros de mercado.

Hoje, com cerca de 4.400 participantes – entre bancos, corretoras, distribuidoras, demais
instituições financeiras, empresas de leasing, fundos de investimento e pessoas jurídicas não
essencialmente financeiras, tais como seguradoras e fundos de pensão –, a Cetip é uma das
maiores empresas de custódia e liquidação financeira da América Latina.
No desempenho de suas atividades, oferece o suporte necessário a toda a cadeia de
operações, prestando serviços integrados de custódia, negociação on line, registro de negócios e
liquidação financeira.
Hoje, a Cetip dá sustentação a toda uma cadeira de operações, prestando serviços
integrados de Custódia, Negociação On Line, Registro de Negócios e Liquidação Financeira.
Oferece ainda sistemas e suporte tecnológico para a CIP – Câmara Interbancária de Pagamentos
(a clearing de pagamentos da Febraban) e para a Centralclearing de Compensação e Liquidação
(câmara de ativos criada pela Cetip para atender ao SPB - Sistema de Pagamentos Brasileiro).
Tecendo comentários sobre o sistema operacional da Central, Fortuna (2002, p.114) diz
que:
[...] quando um negócio é realizado através de qualquer um dos sistemas da Cetip,
a transferência do título só se completa após a checagem dos itens básicos de
segurança – código de acesso, senha, validade de datas etc. As informações do
comprador e do vendedor são casadas. Se houver qualquer divergência nessa
comparação, a operação será rejeitada pelo sistema. O negócio só é aceito pelo
sistema com a confirmação da liquidação financeira – configurando, na prática, o
velho e confiável conceito de “entrega contra recebimento”.
No dia do fechamento das operações, os sistemas da Cetip comunicam o resultado
financeiro dos negócios aos participantes e aos bancos liquidantes. Ao longo do
dia seguinte, os bancos liquidantes confirmam, junto à Cetip, os resultados
líquidos dos negócios. A Cetip repassa então essa confirmação ao Banco Central e
sensibiliza as contas de reserva bancária dos bancos liquidantes. Toda essa
operação garante a compensação financeira do negócio em apenas um dia ou,
como se diz no mercado, em D + 1.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

CENTRAL DE LIQUIDAÇÃO
. FINANCEIRA E DE CUSTÓDIA DE
TÍTULOS (CETIP)

Considerando que a compensação se processa em D+1, toda compra de títulos nesse


mercado somente terá sua liquidação efetuada no dia seguinte ao da operação, após a
compensação bancária, sendo por isso a taxa de juro formada diariamente no sistema conhecida
por taxa Cetip ou D1 (dê-um).
A taxa Selic, por ter sua liquidação financeira prevista para o ato da operação, é conhecida
por D0 (dê-zero). Por ser liquidada mediante cheques administrativos dos bancos, a taxa Cetip é
também denominada de taxa ADM (administrativa).
Como balizamento do mercado, a taxa Selic é mais importante, tornando-se referência para
o custo do dinheiro no mercado financeiro. As diferenças entre ambas são pequenas,
representadas principalmente pela natureza dos títulos constantes do sistema e liquidação
verificada no próprio dia ou no dia seguinte. Na Cetip, o mercado costuma embutir na taxa de juro
as expectativas do que pode ocorrer no dia seguinte.
A instância máxima da Cetip é o Conselho de Administração, que é formado pelos
presidentes de cinco entidades do mercado financeiro:

 Andima – Associação Nacional das Instituições do Mercado Aberto;


 Febraban – Federação Brasileira das Associações de Bancos;
 Abecip – Associação Brasileira de Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança;
 Anbid – Associação Brasileira de Bancos de Investimento; e,
 Acrefi – Associação das Empresas de Investimento, Crédito e Financiamento.

O presidente do Conselho de Administração é o presidente da Andima, entidade que


coordenou a criação da Cetip. É o C.A. que aprova as políticas de atuação e diretrizes da Cetip. A
administração, no dia-a-dia, é feita por uma diretoria executiva.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

SOCIEDADES DE CRÉDITO IMOBILIÁRIO (SCI)

Sociedades de Crédito Imobiliário são instituições financeiras integrantes do Sistema


Financeiro Nacional, reguladas pela Resolução 2.735 do Banco Central, constituídas sob a forma
de sociedade anônima, assumindo obrigatoriamente em sua denominação a expressão “Crédito
Imobiliário”.
As SCI têm como objetivo financiar operações imobiliárias relativas à incorporações de
prédios, construção, venda ou aquisição de habitação, bem como vendas de loteamentos etc.
As sociedades de crédito imobiliário podem empregar em suas atividades, além de recursos
próprios, os provenientes de:
 depósitos de poupança;
 letras hipotecárias
 letras imobiliárias;
 repasses e refinanciamentos contraídos no País, inclusive provenientes de
fundos nacionais;
 empréstimos e financiamentos contraídos no exterior, inclusive os provenientes
de repasses e refinanciamentos de recursos externos;
 depósitos interfinanceiros, nos termos da regulamentação em vigor; e
 outras formas de captação de recursos autorizadas pelo BC.

As SCI são instituições participantes do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimos


(SBPE), estando sujeitas, enquanto instituições financeiras, às normas e à fiscalização do Banco
Central.
A emissão de letras imobiliárias é prerrogativa das SCI. As letras imobiliárias são lastreadas
pelo conjunto de habitações financiadas pelo sistema e pelo ativo das SCI, gozando de
preferência sobre todos os demais créditos contra elas.
Ressalte-se que, em bancos múltiplos, existem carteiras de crédito imobiliário cujo
funcionamento e fiscalização assemelha-se ao das SCI.
Os instrumentos de captação das SCI são garantidos dentro de limites fixados pelo FGC –
Fundo Garantidor de Crédito.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

ASSOCIAÇÕES DE POUPANÇA E EMPRÉSTIMO (APE)

Associações de Poupança e Empréstimos são instituições constituídas obrigatoriamente


sob a forma de sociedades civis, de propriedade comum de seus associados, cujo objetivo
principal é financiar a aquisição de casa própria, captar, incentivar e disseminar a poupança.
Essa modalidade de associação faz parte do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo
e costuma atuar de forma restrita a determinada região.
Suas operações ativas e passivas são semelhantes às sociedades de crédito imobiliário.
A captação de recursos é feita através de caderneta de poupança. Os associados têm
direito à participação nos resultados. Em 2002 existia um única Associação de Poupança e
Empréstimos, a Poupex, administrada pelo Banco do Brasil.
Informa Fortuna (2002, p.33) que “suas cartas patentes foram emitidas pelo extinto BNH,
com base no dispositivo da Lei nº 4.380/64, que previu a criação, no âmbito do SFH, de
fundações, cooperativas e outras formas associativas para a construção ou aquisição da casa
própria sem finalidade de lucro”.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Abertura e Movimentação de Contas

Segundo ensina o Prof. FRAN MARTINS, “Conta Corrente é o contrato segundo o qual duas
pessoas convencionam fazer remessas recíprocas de valores sejam bens, títulos ou dinheiro —
anotando os créditos daí resultantes em uma conta para posterior verificação do saldo exigíveL
mediante balanço. As partes contratantes têm o nome de correntistas ou correspondentes, desses
correntistas denomina-se remetente em favor de quem é lançado o crédito, recipiente é aquele que
recebe o crédito e o lança, na conta, a seu débito. As remessas são as operações praticadas pelos
correntistas para alimentar a conta Podem constar essas remessas de dinheiro, bens ou títulos de
crédito; deverão, sempre, ter um valor determinado, para que possam servir de base aos lançamentos
que são feitos na conta” - (em “Contrato e Obrigações Comerciais’, 7a ed. Forense/1 984, pg. 460).

Movimentação de Contas Correntes


Parece óbvio que os recursos (dinheiro) de uma pessoa física ou jurídica, devem, ao invés de
guardados em casa ou nos escritórios de uma empresa, ser depositados em um Banco. Se o cliente
desejar movimentar livremente tais recursos, fazendo novos depósitos e retiradas quando melhor lhe
convier, o Banco deve abrir uma “Conta Corrente’.
As contas correntes podem ser abertas também com a finalidade do recebimento de salário,
benefícios da Previdência Social, Pensões, e Pensões Judiciais. Assim, o empregador pode depositar
o salário de um empregado em conta corrente aberta para esse fim especifico ou para livre
movimento. O INPS, igualmente pode efetuar depósito referente a aposentadorias e pensões devidas
aos seus beneficiários. Por decisão judicial, em razão de separação de casais ou outro motivo,
pessoas ou empresas são obrigadas a pagar pensões. Nesse caso, a conta será aberta em nome do
beneficiário, ficando aqueles obrigados a depositar periodicamente o valor determinado.
Atualmente, em nosso país, as contas correntes não têm qualquer tipo de remuneração. Se o
cliente desejar rendimentos, deverá abrir uma conta de investimentos (Fundão), ou, ainda, fazer uma
aplicação em títulos, RDB ou CDB. Poderá, também investir em ações, fundos de ações ou ouro,
através do Banco.
Para a abertura de uma conta corrente, o Banco exigirá, além de outros, documento de
identidade e CPF (CIC) da pessoa física, Contrato Social ou Estatuto e CGC da pessoa jurídica.
Para melhor compreensão, confira alguns conceitos próprios da linguagem bancária e os
formulários utilizados na abertura e movimentação de contas correntes:

a) “Titular”: é a pessoa que tem a conta. Se a conta for de duas ou mais pessoas, todos são titulares.
b) “Correntista”:é o mesmo que titular.

c) Procuração”: na linguagem bancária é o instrumento da procuração, ou seja, o documento que


prova que uma pessoa pode praticar alguns atos em nome de outra pessoa. Quem passa a
procuração é denominado “outorgante”; quem recebe a procuração e praticará o ato em nome do
outorgante é chamado ‘outorgado” ou seja, “procurador’; a procuração pode ser outorgada por
instrumento particular, isto é, em papel comum, manuscrito ou datilografado, assinado pelo outorgante.
Nesse caso os Bancos exigem que o instrumento particular tenha a “firma reconhecida” em cartório.
Há também a chamada “procuração por instrumento público”. É aquela passada em cartório (o
outorgante vai a um cartório e manda que o cartorário redija a procuração, num papel do cartório, onde
ficará registrada a outorga (nomeação do procurador). Esse documento tem fé pública e, por isso, não
precisa de firma reconhecida.
Conforme determina a Lei Civil, os poderes dados ao procurador cessam com o falecimento do
outorgante. O que vale dizer que a procuração perde o seu valor. Dessa forma, quando morre o
outorgante, os Bancos pagam somente os cheques emitidos pelo procurador anteriormente á morte
daquele.

d) “Fontes de Referência”: Os Bancos consideram como “Fontes de Referência” os estabelecimentos


comerciais, o “Serviço de Proteção ao Crédito das Associações Comerciais”, o “Cadastro de Emitentes
de Cheques sem Fundos do Banco Central”, assim como toda e qualquer pessoa que possa informar
sobre a idoneidade do cliente que propõe a abertura de conta corrente ou obtenção de empréstimos.
corrente:e) “C.C E.” (Cadastro de Emitentes de Cheques Sem Fundos, mantido pelo Banco Central do Brasil):
O “CCF’ foi criado para tentar diminuir o grande número de cheques sem fundos. Consiste em um
Cadastro onde são lançados os nomes das pessoas que emitem cheques sem fundos. A inclusão do
nome dessas pessoas se faz quando ocorre um dos seguintes fatos: (a) um mesmo cheque é
devolvido, por falta de fundos, 2 (duas) vezes; (b) são devolvidos, do mesmo correntista, 6 (seis>
cheques, por falta de fundos, dentro do período de 6 (seis) meses. O correntista utiliza-se de “práticas
espúrias na movimentação de sua conta”. O correntista que constar da relação do CCF não poderá
abrir nem movimentar conta corrente em nenhuma agência bancária, sendo-lhe vedado o uso de
talões de cheques. As retiradas só poderão ser feitas através de cheques avulsos ou recibos de saque.
Para ser excluído da relação, deverá fazer declaração ao Banco, onde um dos fatos acima ocorreu,
juntando documentação probatória, de que não causou qualquer prejuízo a outrem, e que os cheques
devolvidos foram todos quitados. O Gerente da Agência bancária, após analisar rigorosamente o caso,
deferirá, ou não, o pedido de exclusão. Deferida a solicitação, enviar ao Banco Central formulário
próprio para que seja feita a exclusão.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Abertura e Movimentação de Contas

Documentos Básicos

a) “Ficha-proposta”
- formulário onde são anotados o nome, endereço completo, telefone, data do nascimento,
filiação, estado civil, atividade profissional, dados sobre o documento de identidade, CPF (CIC>,
renda mensal, nome da empresa em que o cliente trabalha, fontes de referência e espaços para
anotações sobre a movimentação da conta, inclusive devoluções de cheques, etc. Após a
abertura da conta corrente o seu número também é anotado. Alguns bancos também a usam
como Ficha Cadastral para pequenos empréstimos ou concessão de Cheque Especial.

b) “Registro de Assinaturas” ou “Cartão de Assinaturas”:


- ao abrir a conta, o cliente lança no cartão a assinatura que irá usar para retirar talões e emitir
cheques, contratar empréstimos, fazer aplicações financeiras e dar outras ordens ao Banco.
Normalmente os Bancos pedem para que o cliente assine o cartão duas ou mais vezes. Assim as
assinaturas em cheques e nos demais documentos serão sempre confrontadas com as do referido
cartão, por funcionário especializado em grafologia.

c) “Fichas de Depósitos”
- são documentos pelos quais o correntista efetua depósitos em dinheiro e em cheques. Devem
ser preenchidas pelo cliente ou por funcionário do Banco, constando os valores, separadamente
em cheques e em dinheiro. Uma das vias da ficha, após autenticação mecãnica que comprova o
recebimento, é devolvida ao cliente.
d) “Cheque”:
- é um formulário cedido pelo Banco, para que o cliente possa sacar parte ou total do valor
depositado, usando para pagamento de seus compromissos (sobre “cheque” ver adiante título
com matéria específica).
Confira agora alguns modelos de documentos básicos para abertura/movimentação de conta
Enquanto a pessoa física é o ser humano, ou seja, a que nasce da natureza, a pessoa jurídica
não nasce da natureza, mas resulta de uma ficção jurídica ou seja, é uma invenção do direito; é,
portanto, uma criação do direito, da lei (a palavra direito vem do latim, juris, dai se chamar pessoa
jurkflca).
E importante que se destaque que “As pessoas jurídicas têm existência distinta da dos seus
membros” (art.2OICód.Civil) —- ou seja, não se pode confundir a pessoa jurídica com as pessoas
naturais de seus sócios ou associados.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Pessoa física e pessoa jurídica

Capacidade e Incapacidade Civil


Todas as pessoas nascem “para fazer alguma coisa”. “Fazer alguma coisa” significa tomar
posições, agir, vale dizer assumir obrigações e exercitar direitos. A essa aptidão das pessoas,
conseguindo por si mesmas assumir obrigações ou exercitar direitos, dá-se o nome de capacidade.
Uma pessoa pode ser “capaz” para “gozar” seus direitos, não ter capacidade para “exercitá-
los”. A capacidade de gozo é inerente a todo ser humano, diz o Código Civil e ninguém pode ser dela
privado.
Já a capacidade para exercitar os direitos (também chamada de capacidade de
fato) pressupõe uma consciência e uma vontade (consciente) da pessoa: ela precisa
querer e saber o que está querendo e fazendo. É fácil, portanto, de perceber,
capacidade de uma pessoa, para querer e saber o que esta querendo, depende,
basicamente, de sua idade, de seu estado de saúde, e, às vezes, de seu sexo.

Incapacidade Absoluta
Segundo nosso Código Civil (art.5”) certas pessoas são absolutamente incapazes -- quer
dizer, não querem, nem sabem o que querem, nem podem, por si mesmas, agir em busca do exercício
de seus direitos:

a) os menores de 16 anos;
b) os loucos de todo gênero;
c) os surdos-mudos, que não puderem exprimir a sua vontade
d) os ausentes, declarados tais por ato do juiz.

Assim, de acordo com o nosso Código Civil, tais pessoas não dispõem de capacidade de
exercício de seus direitos (o que não impede que eles gozem, beneficiem-se de seus direitos, pois
qualquer pessoa tem plena capacidade de gozo).
Há outras pessoas que não se enquadram nessas categorias, mas também não podem
praticar sozinhos os atos de exercício de seus direitos. Só têm capacidade para exercitar seus direitos
se contarem com a assistência de uma outra pessoa (esta outra deve ter plena capacidade para
auxiliá-lo).

Incapacidade Relativa
Tais pessoas, que precisam da assistência de uma outra, têm “capacidade relativa”. São
relativamente capazes:

1) os maiores de 16 anos e menores de 18 anos;


2) Os pródigos (pródigo é quem não sabe conservar seu patrimônio e o gasta sem nenhum controle,
esbanjando perdulariamente);
3) os silvícolas (os índios).

As pessoas que têm capacidade relativa podem praticar alguns atos (apenas alguns), sem
necessidade de serem assistidos por outra pessoa. Exemplos:

a) servir de testemunha, inclusive em testamentos;


b) fazer seu próprio testamento;
c) ser mandatário (ser procurador de alguém);
d) passar recibos de pagamento de benefícios da previdência social, a critério da Instituição previdenciária;
e) exercer a pesca profissional;
f) ingressar e participar de sociedade cooperativa;
g) responder às obrigações resultantes de atos ilícitos, equiparando-se ao maior para tais efeitos.

Cessação da Incapacidade
Automaticamente, toda pessoa alcançará a plena capacidade, e, assim, poderá praticar todos
os atos da vida civil, exercitando seus direitos — quando atingir os 18 anos de idade. É pouco importa
se a pessoa é do sexo masculino ou feminino; homens e mulheres são considerados maiores quando
atingem aos 18 anos de idade.
De regra, a Incapacidade termina com a maioridade, que pode ser uma simples decorrência
(a) do tempo (a pessoa atinge 18 anos de idade), ou (b) de um ato civil (a pessoa se casa e se toma
plenamente capaz; ou seu pai lhe dá outorga —- a emancipação, etc).
De fato, “Aos dezoito um anos completos acaba a menoridade, ficando habilitado o indivíduo
para todos os atos da vida civil”, é a disposição do art.90 do Cód.Civil -— e só não é válida se tal
pessoa for doente mental, ou louco, etc.
As pessoas de capacidade relativa poderão tomar-se plenamente (totalmente) capazes, se
ocorrer uma das seguintes outras hipóteses:
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Pessoa física e pessoa jurídica


a) já tendo pelo menos 16 anos, se o pai, ou a mãe lhe conceder a emancipação; se não os tiver,
o juiz depois de ouvir seu tutor, poderá sentenciar sua plena capacidade;
b) se se casar (casando-se a pessoa torna-se plenamente capaz);
c) se entrar para um emprego público efetivo
d) se colar grau em alguma faculdade;
e) se montar um estabelecimento comercial (ou civil), com suas próprias economias.

Vejamos como as pessoas físicas incapazes se relacionarão com Bancos, tendo ou não contas
correntes:

~ Interdito: é a pessoa física, maior de 18 anos, que por decisão judicial, está incapacitada para atos
da vida civil A abertura da conta só poderá ser feita por seu Curador, que é a pessoa nomeada (por
um Juiz) para responder por ela. Nesse caso, além dos seus documentos pessoais, deverão ser
apresentados os documentos do Curador. Também deverá ser apresentada certidão da Curatela,
devidamente registrada em Cartório Civil. A conta, neste caso, só será aberta para receber créditos de
salários ou benefícios da Previdência Social, os quais deverão ser retirados através de Cheque Avulso,
também chamado de Recibo de Saque.

~ Menor Trabalhador (de 12 anos a 16 anos incompletos): a conta poderá ser aberta pelo próprio
menor. Além dos documentos pessoais (RG ou Carteira de Trabalho e CPF) não é exigido nenhum
outro documento. Nesse caso, a conta só será aberta para crédito de seus salários e as retiradas
deverão ser feitas através do Cheque Avulso ou Recibo de Saque.

.~ Menor (até 18 anos incompletos): a conta só poderá ser aberta pelo responsável legal (pai, ou mãe
ou tutor). São exigidos os documentos do menor e do seu responsável. Quando o menor tiver perdido
o pai e a mãe, o Juiz de Menores nomeará um TUTOR para que por ele seja responsável. Neste caso,
para a abertura da conta será necessária também a apresentação da certidão da tutela. A
movimentação poderá ser livre, mas somente pelo responsável, que assinará os cheques fornecidos
pelo Banco. Em caso de falecimento do menor, a tutela perde efeito, e o Banco pagará somente os
cheques emitidos pelo responsável anteriormente à morte do menor.
Menor (de 16 anos a 18 incompletos): a conta deverá ser aberta mediante autorização do responsável
(pai ou mãe ou tutor). Os documentos a serem apresentados são os do menor e do seu responsável.
No caso de tutela, deverá também ser apresentada a certidão da tutela, expedida pelo Juizado de
Menores. O menor poderá, ainda, movimentar sua conta através de procurador. Ao outorgar a
procuração a outra pessoa, o menor deverá ser assistido pelo seu responsável. O original ou cópia
autenticada da procuração deverá ser entregue ao Banco para a abertura da conta corrente. Os
cheques dos talões que o Banco fornecer serão, então, assinados pelo próprio menor, ou, em caso de
procuração, por seu procurador. Em caso de falecimento do menor, a tutela e a procuração perdem
seus efeitos. Assim, caso a conta esteja sendo movimentada pelo procurador, o Banco só pagará os
cheques emitidos anteriormente à morte do menor.

~ Menor Emancipado: o menor de 18 anos poderá se emancipar em razão de um dos seguintes


fatos:

a) emancipação outorgada pelo seu responsável (pai, mãe ou tutor), através de Escritura Pública,
devidamente registrada em Cartório Civil.
b) emancipação que se dá em virtude de casamento, conforme estabelece a Lei Civil.
c) emancipação pela conclusão de Curso Superior, também estabelecida pela Lei Civil.
d) se o menor se estabelecer comercialmente também adquirirá sua emancipação.

Ele próprio poderá abrir sua conta corrente em um Banco, apresentando além do seu documento
de identidade e o CPF, o documento que prove sua emancipação: Escritura de Emancipação, ou certidão de casamento, ou diploma
de Curso Superior, ou Registro na Junta Comercial do seu
Estabelecimento.
A conta também poderá ser aberta e movimentada por seu procurador.

~- Analfabeto: obviamente, não podendo assinar, não poderá, senão por intermédio de um procura-
dor, abrir e movimentar conta corrente. No caso, além de seus documentos pessoais, os do
procurador, bem como a procuração, deverão ser apresentados. Entretanto, se a conta corrente se
destinar a receber crédito de salários ou benefícios da Previdência Social, ele próprio poderá abri-la.
Entretanto só poderá fazer retiradas, usando de cheques avulsos ou recibos de saques, colocando
no local destinado a assinatura sua impressão digital.

~ Cego: a conta deverá ser aberta e movimentada por procurador, com a apresentação dos
documentos pessoais de ambos e da procuração pública. Da mesma forma, vindo o cego a falecer,
cessam os efeitos da procuração: o Banco pagará somente os cheques emitidos anteriormente à sua
morte.

~ Contas Coletivas: são contas abertas em nome de 2 (duas) ou mais pessoas. São abertas
mediante a apresentação de documentos de todos os titulares. Pode acontecer que um, ou mais, ou
todos desejem que a abertura e a movimentação sejam feitas por procurador. Nesse caso, deverão ser
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Pessoa física e pessoa jurídica

também apresentados os documentos do procurador e a procuração, que pode ser pública ou


particular. Os cheques deverão ser assinados, em conjunto, por todos os titulares da conta corrente,
ou, se for o caso, pelo procurador ou procuradores.

~ Contas Conjuntas: também chamadas de Solidárias, são igualmente, contas correntes abertas em
nome de duas ou mais pessoas, mas com cláusula de solidariedade. Deverá ser aberta pessoalmente
por todos ou por seus procuradores. A documentação a ser apresentada é a mesma da conta coletiva.
Havendo procuração, deverá ser apresentado o instrumento público ou particular. A diferença entre a
conta corrente coletiva e conjunta está na movimentação dos recursos depositados. Enquanto naquela
os cheques devem ser assinados por todos, nesta qualquer um dos titulares poderá emiti-los,
assinando-os isoladamente. No caso de falecimento de um dos titulares que seja
representado por procurador, prevalece a regra já citada.

Contas de Pessoas Jurídicas

Contas de Pessoas Jurídicas são contas de Sociedades, de Associações, de Empresas


Particulares (Privadas) e de Empresas Públicas. Para simpl:ficar a identificação, podemos dizer que
quem tem o C.P.F (CIC) é pessoa física, sendo o C.N.P.J. (Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas,
antigo C.G.C. — Cadastro Geral de Contribuintes) exclusivo das Pessoas Jurídicas. Vejamos alguns
tipos de Contas Correntes abertas como sendo de Pessoas Jurídicas:

~ Condomínio em Edifício: a conta será aberta por pessoa ou pessoas autorizadas para tal através
de Assembléia. Normalmente o autorizado é o Síndico do prédio. Na abertura serão exigidos os
documentos pessoais dessa pessoa e a Ata ou cópia da Assembléia realizada. Se houver procurador,
também necessário será o original ou cópia autenticada do instrumento de procuração, particular ou
pública. Os cheques serão assinados pelo autorizado ou Síndico, ou, se for o caso, por seu
procurador.

~- Associações Civis (não visam a lucro): A abertura da conta depende da apresentação do Contrato
Social da sociedade, onde constem o nome de diretores autorizados a abrir contas e movimentar seus
recursos, além dos documentos pessoais. Também essas pessoas podem ser representadas por
procurador ou procuradores, quando, então, o devido instrumento deverá ser apresentado. A
movimentação, então, será feita por esses diretores ou procuradores.

~ Sociedades Civis ou Comerciais (visam a lucro): As “Sociedades Anônimas” são constituídas


através de um “Estatuto”. As demais, através do “Contrato Social”. A abertura de conta para a
Sociedade Anônima será feita com a apresentação do Estatuto e de ata de Assembléia dos acionistas
na qual foram definidos diretores autorizados. Nas demais, exigir-se-ão, além dos documentos
pessoais, o Estatuto e alterações, se houver. ~ bom lembrar que, no caso das SAs, a lei não permite
que os seus diretores outorguem procuração para representar a empresa. Os sócios das demais
empresas poderão constituir procuradores. A movimentação da conta, igualmente, será feita: da SA.
pelos Diretores autorizados, e das demais pelos sócios autorizados ou por seus procuradores.
RepresentaçãoDomicílio

Vimos que todas as pessoas têm capacidade para gozar seus direitos, mas nem todas têm
capacidade para exercitá-los, ou seja, para praticar atos da vida civil.
“Aos vinte e um anos completos acaba a menoridade, ficando habilitado o individuo para todos
os atos da vida civil”, é a disposição do art.90 do Código Civil -— e só não e válida se tal pessoa for
doente mental, ou louco, etc.
Surge então a questão: Como tais pessoas (as que não têm capacidade de exercicio)
exercitam seus direitos ??? Segundo o art.84 do Código Civil, “As pessoas absolutamente incapazes
serão representadas pelos pais, tutores, ou curadores em todos os atos jurídicos”. Assim, o exercício
do direito do incapaz será feito por outrem (ou os pais, ou, se não houver, pelos tutores, ou, se não
houver, pelo curador) substituindo o incapaz. A essa substituição dá-se o nome de representação
jurídica.
A representação, de regra, é feita pelos pais (ninguém melhor que os pais, para bem exercitar
os direitos de seus filhos). Quando o incapaz for um menor e órfão (não tiver pais), normalmente, terá
um tutor; se for uma pessoa com mais de 18 anos, considerado incapaz por ser (por exemplo) louco,
será nomeado um curador, para administrar seus bens e interesses e representá-lo em todos os atos e
negócios.
Resumindo: todo filho é representado pelos pais (hoje, com a Nova Constituição, tanto pode
ser o pai como a mãe, pois foram equiparados e têm iguais responsabilidades, direitos e deveres);
“menor” sem pais será representado por tutor e incapaz (louco) por um curador.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Pessoa física e pessoa jurídica


Assistência
Como você sabe, a pessoa capaz age por si mesma, pratica todos os atos da vida civil, que
queira ou deva praticar. E, consoante já vimos, os incapazes não podem agir por si mesmos:
dependem da ação de alguém que os represente, que é quem praticará o ato por eles.
E a pessoa relativamente capaz, ou seja, aquele que não é nem inteiramente capaz, para
agir sozinho e por si mesmo, nem é incapaz, para necessitar de um representante??? O
relativamente capaz pode praticar cs atos da vida civil, mas deverá ser assistido por uma pessoa
capaz, que lhe dará apoio e orientação, complementando sua capacidade, para que ele saiba o que
está fazendo e as conseqúências do ato, que está praticando.
Nisso consiste a assistência: o apoio e orientação, que uma pessoa maior (capaz) empresta
ao relativamente capaz, para que este pratique um ato da vida civil. Assim, p.ex., se um rapazola com
20 anos de idade, quer vender um imóvel, de que é proprietário, ele precisará da assistência de seus
pais, que deverão participar da lavratura da escritura de venda-e-compra, para que o negócio seja
válido.
Quem deve dar assistência ao relativamente capaz??? Primeiramente seus pais, e, se não
houver, seu tutor, ou se for o caso, seu curador.

Representação da Pessoa Jurídica

Como funciona a pessoa jurídica??? Ou, como se define a capacidade da pessoa jurídica,
para ela agir, se é uma simples ficção??? Sendo uma ficção jurídica, ela funciona por intermédio de
seus sócios. Eles é que agirão em r~iome da pessoa jurídica, e quando assim o fizerem, estarão
assumindo obrigações (ou exercitando direitos) em nome dela, e não em nome pessoal.
~ importante que se destaque que “As pessoas jurídicas têm existência distinta da dos seus
membros” (art.20/Cód.Civil) -— ou seja, não se pode confundir a pessoa juridica com as pessoas
naturais de seus sócios ou associados.
Normalmente, tal representação é feita pelos seus sócios-diretores, ou seja, aqueles sócios a
quem o contrato social de constituição da sociedade conferir poderes para representar a sociedade, ou
seja, a quem o contrato social der poderes para assinar em nome da sociedade, assumir obrigações
em nome dela, bem como gozar (em nome/benefício da sociedade), os direitos, que a sociedade tiver.
Nada impede que tais poderes sejam conferidos a um gerente, que assim representará a
sociedade.
Você já notou que as pessoas “de fora” nos causam receio: temos medo de fazer negócios
com elas (e até de namorá-las). Isto se deve ao fato de que não saberemos onde encontrá-las, caso
ocorra algum problema. ~ muito importante que uma pessoa tenha bem definido o local em que será
encontrada, caso as demais pessoas (que com ela se relacionem) queiram encontrá-las para a
solução de pendência. Como as pessoas mantêm muitas relações entre si, a Lei estabeleceu que
todas as pessoas devem ter bem definido esse lugar, em que serão encontradas por todas as
demais.
A esse lugar dá-se o nome de domicílio. O domicílio é, portanto, a vinculação de uma pessoa
(pouco importa se pessoa física ou pessoa jurídica>, pois nesse local serão cobradas suas
responsabilidades, suas dívidas, etc. De regra, é no domicílio da pessoa que será ela processada
judicialmente.

Domicílio da Pessoa Natural


Segundo nosso Código Civil, “o domicílio civil da pessoa natural é o lugar onde ela estabelece
a sua residência com ânimo definitivo” (artigo 31). Significa que o lugar em que a pessoa mantém sua
residência definitiva é que é seu domicílio -- não podendo ser considerado o hotel, ou pensão em que
se hospeda, ou mesmo uma casa (ou apartamento), em que a pessoa, provisonamente, está residindo
(por exemplo, em dois meses de férias).
Atenção: isso dá bem a noção de que domicílio não se confunde com a residência: aquele é um
conceito jurídico criado por lei, e tanto pode coincidir com o local da residência, como será o local onde
a pessoa exerce suas atividades. Já a residência exprime a simples realidade de um fato, ou seja, o
lugar em que a pessoa está habitando (e só a pessoa natural habita, ou seja, a pessoa jurídica não
terá jamais residência).
O Prof.WASHINGTON DE BARROS MONTEIRO bem estabelece a diferença entre domicílio e
residência: “o primeiro é conceito jurídico, criado pela própria lei e através do qual, para efeitos
jurídicos se presume estar presente a pessoa em determinado lugar. Residência, por sua vez é relação
de fato, é o lugar em que a pessoa habita ou tem como o centro de suas ocupações. A essência do
primeiro é puramente jurídica e correspondente à necessidade de fixar a pessoa em dado local; a da
segunda é morada de fato” f/n “Curso de Direito Civil”, Parte Geral, 1 “vol., 5a ed.Saraivall 977, p.l
33/41.
O Prof. ORLANDO GOMES, ao elaborar seu anteprojeto de Código Civil, no att45 estabelecia
clara distinção entre os dois conceitos: “o domicílio da pessoa fisica é o lugar onde ela tem a sede
principal da sua atividade, e a residência onde mora com a intenção de permanecer”.

Pluralidade e Mudança de Domicílio


Sabemos, entretanto, que algumas pessoas têm residências em vários lugares e em todas
com ânimo definitivo’. Nesses casos todas essas localidades de residências serão consideradas
domicilio: “Se, porém, a pessoa natural tiver diversas residências onde alternadamente viva, ou vários
centros de ocupações habituais, considerar-se-á domicilio seu, qualquer destes ou daquelas”
(art.32/Cód Civil).
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Pessoa física e pessoa jurídica

Se a pessoa não tem qualquer residência, mas trabalha, habitualmente, num determinado
local, esse será seu domicílio. Há pessoas, porém, que não moram em qualquer lugar: passam todo o
tempo viajando, hospedando-se em hotéis (ou pensões) e, às vezes, nem têm lugar definido, em que
trabalham.
Qual será seu domicilio 7?? Eis a definição do Cód.Civil, art.33: “Tem-se por domicílio da
pessoa natural, que não tenha residência habitual (artigo 31). ou empregue a vida em viagens, sem
ponto central de negócios, o lugar onde for encontrada”.
Embora todos tenham um donlicilio (nem que seja simples lugar em que for encontrado), nada
impedirá que uma pessoa altere seu domicilio, mude-o. Bastará que transfira sua residência (definitiva)
para outro local, ou seu ponto habitual de trabalho (caso não tenha residência) -- e, automaticamente,
terá mudado seu domicilio.
Percebe-se, desta forma, que o domicílio resulta da vontade da pessoa: chama-se “voluntário”
tal domicílio. Nem sempre, porém, é ele voluntário; às vezes é a Lei que define, impõe qual será o
domicílio da pessoa (chama-se, então, domicilio “necessário”). Assim, p.ex., o domicílio do funcionário
público é a praça da repartição pública em que ele trabalha.

Domicilio da Pessoa Jurídica


Já as pessoas jurídicas têm sede, que é o centro em que concentra sua administração e
património, e, também, onde deverá ser judicialmente processada.
Rigorosamente, o domicilio das pessoas jurídicas é “o lugar onde funcionarem as respectivas
diretorias e administrações, ou onde elegerem domicílio especial nos seus estatutos ou atos
constitutivos”(art.35, mc. IV, do Cód.Civil.

E se a pessoa jurídica de direito privado tiver diversos estabelecimentos em diferentes lugares,


cada um deles será considerado domicílio em relacão aos atos que ali se praticarem (art.35- Parág.
3”ICód Civ.). Vale o mesmo, quando a sede da pessoa jurídica for no estrangeiro (art.35- Parág.
4”ICód Civil)
A União tem seu domicílio no Distrito Federal, enquanto o domicílio dos Estados é sua
respectiva Capital, e do Município o lugar onde funcionar a administração municipal (a prefeitura).

Pluralidade e Mudança de Domicílio


Em sabendo-se que, rigorosamente, o domicílio das pessoas jurídicas e’~’o lugar
onde funcionarem as respectivas diretorias e administrações, ou onde elegerem
domicílio especial nos seus estatutos ou atos constitutivos” (art.35, mc IV, do Cód.Civil) -
-- tem-se a compreensão de que, caso a pessoa jurídica de direito privado tenha
diversos estabelecimentos em lugares diferentes, cada um deles será considerado
domicilio em relação aos atos que ali se praticarem (art.35 — Parág. 30,Cód.Civil>. Vale o
mesmo, quando a sede da pessoa jurídica for no estrangeiro (art.35 — Parág.
4”!Cód Civil).
A transferência geográfíca do estabelecimento, poderá, igualmente, alterar seu domicílio.

Domicilio dos Funcionários Públicos


Sabidamente, o domicílio é um conceito jurídico, que a lei impõe, para estabelecer a
presunção de que é num determinado lugar, que a pessoa deve ser procurada e encontrada,
satisfazendo a necessidade jurídica de fixar a pessoa em dado local - daí sua definição no ad. 45 do
anteprojeto do Prof. ORLANDO GOM ES: “o domicilio da pessoa fisíca é o lugar onde ela tem a sede
principal da sua atividade
E o que basta para se compreender que “Os funcionários públicos reputam-se domidiiados
onde exercem as suas funções, não sendo temporárias, periódicas, ou de simples comissão, porque,
nestes casos, elas não operam mudança no domicílio anterior” (art.37 do Cód. Civil).
Trocando em miúdos, se o funcionário está lotado numa determinada cidade, e é ali que
exerce ele, permanentemente, suas funções públicas - é na respectiva Comarca que deverá ele ser
procurado e encontrado, por todos quantos o queiram encontrar e dele cobrar suas obrigações.
Naturalmente, se o servidor estiver designado para trabalhar em outra cidade,
temporariamente, essa pequena e passageira alteração não é suficiente para alterar seu domicilio, até
porque sua sede principal de atividade continua sendo aquela anterior.

Domicilio do Militar em Serviço Ativo


O militar em serviço ativo - lato sensu - é um funcionário público, igualmente vinculado a uma
determinada cidade, mais especificamente, à cidade em que se situa seu quartel, ou sua base militar.
Por isso mesmo, o critério de definição do domicílio do militar em serviço ativo não é,
essencialmente, diferente: “O domicílio do militar em serviço ativo é o lugar onde servir” - proclama o
art.38 do Código Civil.
O dispositivo é de fácil compreensão em relação aos militares do Exército, à medida que os
quartéis têm vinculo terrestre. Mas em relação aos militares da Aeronáutica a regra não é diferente:
aviões levantam vôo, mas retornam a uma base específica, e a situação geográfica dessa base é
suficiente para a definição do domicílio desses militares.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Pessoa física e pessoa jurídica

Em relação aos militares da Marinha, haveria preocupação especial: afinal, os marinheiros têm
em seu navio sua base militar, que se desloca ao sabor das ondas do mar, ora aportando aqui, ora
acolá. Qual seria o domicílio do marinheiro militar???
A resposta é dada pelo parágrafo único do art.38 do Código Civil: “As pessoas com praça na
armada têm o seu domicílio na respectiva estação naval, ou na sede do emprego que estiverem
exercendo, em terra”
De fato, toda embarcação tem sua vincula ção a uma estação naval terrestre - e,
indiferentemente de onde esteja o navio, o marinheiro estará também vinculado áquela base
naval terrestre e tal local será o indicativo de seu domicílio civil.

Domicílio do Preso
Não é pelo fato de uma pessoa estar aprisionada, que deixará ela de ter obrigações civis, e,
portanto, sua prisão não impedirá que seus credores o acionem, para dele haverem seus créditos.
O simples fato de a pessoa estar aprisionada já a sugere que deva ela ser procurada e
cobrada exatamente na Comarca em que se situar o estabelecimento penitenciário.
Essa é, de fato, a regra do ad. 40 do Código Civil: ‘O preso, ou o desterrado, tem o domicilio
no lugar onde cumpre a sentença, ou desterro (ad. 80, parág. 2”, n” 2, da Constituição Federal )“.
Anote-se que a lei civil não se importou com o anterior domicílio do preso, impondo-lhe um
novo domicílio, que é o da Comarca em que se situa a penitenciária, em que está ele aprisionado.
Trata-se, pois, de domicilio necessário, que se sobrepôe ao domicilio voluntário. Assim, não tem
qualquer relevância que o preso morasse, vivesse e trabalhasse na Capital de São Paulo; se ele está
preso na Cadeia de Presidente Venceslau, seu domicílio é, necessariamente, a Comarca de
Presidente Venceslau.

Domicílio do Agente Diplomático Brasileiro que, citado no estrangeiro,


alega extra-territorialidade
Rigorosamente, o Agente Diplomático Brasileiro não é mais que um funcionário público (lato
sensu). Decorrentemente, mercê da regra de que o domicilio do funcionário é o local em que ele
exerce suas funções, o domicílio do Agente Diplomático Brasileiro seria a embaixada, no estrangeiro,
em que estiver ele exercendo suas funções.
Poderá ocorrer, entretanto, que tal Agente Diplomático Brasileiro se sinta prejudicado com tal
domicilio - e não sena justo que, estando ele no exterior a serviço do Pais, ainda resulte prejudicado
em direitos e interesses. Por isso, a lei civil cria uma exceção em beneficio desse Agente Diplomático,
permitindo que ele alegue a extraterritonalidade, ou seja, que alegue que está fora do território
nacional, e que seja observado seu domicilio dentro do território brasileiro. Que domicilio terá ele
dentro do Território Brasileiro 7??
A resposta é dada pelo Código Civil: seu domicilio será ou (1) o Distrito Federal, ou (2) o último
lugar em que ele tinha domicilio, quando estava no Brasil. Confira a regra do art. 41 do Código Civil:
“O ministro ou agente diplomático do Brasil, que, citado no estrangeiro, alegar extra-
territorialidade sem designar onde tem, no Pais, o seu domicílio poderá ser demandado
no Distrito Federal ou no último ponto do território brasileiro onde o teve.

Domicilio x Conta Corrente


Toda pessoa domiciliada no Brasil pode ter corrente.
Já o Estrangeiro/Turista também poderá abrir conta corrente em um Banco, pessoalmente ou
pelo seu procurador. A procuração deverá ser passada no Brasil e preferencialmente através de
instrumento público (passada em Cartório de Notas). Além de seus documentos de identidade, deverá
apresentar a comprovação de sua condição de turista. Não é praxe dos Bancos fornecer talonários de
cheques para livre movimentação. É conveniente que as retiradas sejam feitas através de cheques
avulsos ou recibos de saques.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Documentos Comerciais e Títulos de Crédito

Você já pensou se o único instrumento de troca de que dispuséssemos fosse o dinheiro ?


Teríamos de andar com a ‘burra cheia”, ou mesmo com um caminhão de dinheiro, caso fôssemos
realizar um negócio mais vultoso.
Por serem papéis que se preencherão com ampla liberdade na definição de seus valores, os
títulos de crédito suprem com vantagens o poder liberatório da moeda.
Observa FRAN MARTINS que ‘no que diz respeito às obrigações de ordem pecuniária, com a
utilização do crédito as transações se tornaram mais rápidas e mais amplas, principalmente pela
possibilidade de uma pessoa gozar, hoje, de dinheiro cujo pagamento será feito posteriormente
(dinheiro presente por dinheiro futuro). Isso, melhor expilcado, significa que, com a utilização do
crédito, pode alguém, hoje, ser suprido de determinada importância, empregá-la no seu interesse,
fazê-la produzir em proveito próprio desde que tenha assumido a obrigação de, em época futura,
retornar a quem lhe forneceu a importância de que se utilizou. Inegavelmente, nas atividades
comerciais, em que o capital é sempre necessário pala que os comerciantes possam realizar
operações lucrativas com maior amplitude, a utilização do crédito veio aumentar consideravelmente
essas transações, trazendo benefícios para o comércio e maiores possibilidades de desenvolvimento
do mesmo... Com o aparecimento dos títulos de crédito e a possibilidade de circulação fácil dos
direitos nele incorporados, o mundo na verdade ganhou um dos mais decisivos instrumentos para o
desenvolvimento e o progresso” (in ‘Títulos de Crédito”, vol. ~, 3~ ed. Forense/1 983, pg. 3 e 6).
JOÃO EUNÁPIO BORGES lembra que “o entusiasmo de economistas e comercialistas que,
com MA CLEOD, GIORGI e muitos outros, afirmam que os títulos de crédito tém contribuído mais que
todas as minas do mundo para o enriquecimento das nações. Por meio deles, o direito consegue
vencer tempo e espaço, transportando com facilidade bens distantes e materializando no presente —
atualizando-as -— as possíveis riquezas futuras” - (in ‘Títulos de Crédito”, 2a ed. Forense, 1972, pg. 9).

Conceito Jurídico
Para se cobrar alguma coisa de alguém é necessário que tenhamos um fundamento, uma
razão autorizativa. Assim, se um pai cobra um bom comportanento do filho ele o faz porque tem título:
é o pai. Se uma vizinha critica a outra, tachando-a, por exemplo, de fofoqueira, ela poderá responder-lhe que esta não tem titulo para
falar aquilo, pois “não é meu pai, nem parente, etc” e que falta “título
moral”, pois é muito fofoqueira também.
O titulo de crédito é a “razão pela qual” uma pessoa tem o direito de cobrar algum valor de
outra pessoa.
O titulo de crédito é, portanto, um documento que comprova que uma pessoa tem razão de
cobrar um crédito de outra pessoa, ou seja, tem tal crédito com ela.
Das mais conhecidas e prestigiadas é a definição de VIVANTE “Titulo de crédito é o
documento necessário para o exercício do direito, literal e autônomo, nele mencionado” (in “Trattato di
Diritto Commercialle, 5~ ed., vol. III, pg. 123).
O titulo de crédito corporifica o crédito de uma pessoa em relação a uma outra, legitimando-a a
exigir-lo.
Nosso direito disciplinou os títulos de crédito e lhes emprestou muita força jurídica, o que lhes
da uma grande importància na vida comercial, até substituindo a moeda, pois a circulatonedade (eles
circulam como dinheiro) é também uma das significativas características dos títulos de crédito.
Vários são os tipos de títulos de crédito: o cheque, a nota promissória, a duplicata, a letra de
cãmbio, o conhecimento de transporte, o conhecimento de depósito e o warrant.

Características dos Títulos de Crédito


Da natureza do titulo de crédito como documento necessário e suficiente à exigência do
direito, literal e autônomo, que nele se contém, extrai-se a conclusão de que suas características e os
atributos são (a) a incorporação, (b) a literalidade e (c) a autonomia.
“Tais características são comuns a todos os títulos de crédito”, como observa JOÃO EUNAPIO
BORGES (in “Títulos de Crédito”, 2a ed.Forense, 1972, p.12).

Incorporação
A incorporação também chamada de “cartularidade” significa que o direito representado no
título de crédito só existe como tal, só tem validade como tal, só será reconhecido como tal e só será
exigível como tal, se estiver incorporado naquele papel/formulário, regularmente preenchido e
assinado como titulo de crédito.
Sem aquele “como”, mesmo que haja milhares de testemunhas provando, por exemplo, que
alguém prometeu pagar ao credor uma quantia, tal credor não terá tal titulo de crédito e não poderá
dele fazer o gozo respeitado pelo Direito.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Documentos Comerciais e Títulos de Crédito

Enfim, título de crédito só existe como direito incorporado num papel/formulário legal.
Ensina o Mestre RUBENS REQUIÃO que a cartularidade significa o documento necessário: “O
título de crédito se assenta, se materializa, numa cártula, ou seja, num papel ou documento. Para o
exercício do direito resultante do crédito concedido torna-se essencial a exibição do documento. O
documento é necessário para o exercício do direito de crédito. Sem a sua exibição material não pode o
credor exigir ou exercitar qualquer direito fundado no título de crédito. Vivante, como esse conceito,
substitui o vulgar, que combate, pelo qual se afirma que o direito está incorporado ao título” (in “Curso
de Direito Comercial”, Volíl, 8a ed. Saraiva/1977, pg. 296).

Literalidade
A líteralidade quer dizer que o credor tem o direito exatamente escrito no papel/formuláno
legal, nem um centavo a menos, nem a mais: vale apenas o que está literalmente escrito e só.
FRAN MARTINS, igualmente, define a literalidade como “o que está escrito no título, limitando
os direitos nele incorporados” (in “Títulos de Crédito”, vol. ~, 3~ ed.Forense/1 983, pg.1O).
E também o que anota RUBENS REQUIÃO: “O título é literal porque sua existência se regula
pelo teor de seu conteúdo. O título de crédito se enuncia em um escrito, e somente o que está nele
inserido se leva em consideração, uma obrigação que ele não conste, embora sendo expressa em
documento, separado, nele não se integra” (in “Curso de Direito Comercial”, Vol. ~ 8~ ed. -
Saraiva/1977, pg.296).

Autonomia
A autonomia dá ao título -- perante terceiras pessoas -- uma objetiva desvinculação de
qualquer outro negócio: ele vale por si mesmo e tem força de exigibilidade, exatamente porque foi
emitido e existe como papel/formulário legal.
Pela autonomia, uma vez em circulação o titulo de crédito (transferido a terceiros), mesmo que
o negócio, de que ele nasceu não tenha validade, será válido o negócio de sua transferência e todas
as terceiras pessoas envolvidas na circulação poderão exigir o cumprimento do título.
A autonomia não impedirá, porém, que o devedor final oponha ao credor o defeito (invalidade)
do negócio, de que nasceu a emissão do titulo de crédito: p.ex., se foi sacada uma duplicata, mas a
mercadoria entregue estava defeituosa, foi devolvida e a venda e compra não se consumou -—
continuará válido o desconto da duplicata com terceira pessoa, que a redescontou num Banco qualquer; quando cobrado, o
comprador deixará de pagar, comprovando que a venda-e-compra não se
consumou, portanto nada deve; então o Banco sacado cobrará daquele terceiro que descontou o titulo,
e este cobrará o valor do sacador, de quem havia descontado a duplicata. Todos os negócios
continuaram válidos, embora baseados numa duplicata, que depois se comprovou inválida.
Para FRAN MARTI NS “significa a autonomia o fato de não estar o cumprimento das
obrigações assumidas por alguém no titulo vinculado a outra obrigação qualquer, mesmo ao negócio
que deu lugar ao nascimento do título. Isso se justifica porque a obrigação, em princípio, tem a sua
origem nos verdadeiros títulos de crédito, em um ato unilateral da vontade de quem se obriga: aquele
que assim o faz não subordina sua obrigação a qualquer outra por acaso já existente no título. Daí o
poder do portador, no momento oportuno, exigir de qualquer obrigado a realização da obrigação por
ele assumida, desde que tenha praticado os atos determinados pela lei (p. ex., antes dele, o portador
deve, por determinação da lei, comprovar que o obrigado principal não pagou... mediante... protesto...
- (ín ‘Títulos de Crédito”, vol. ~, 3~ ed, Forense, p. 11).

Classificação dos Títulos de Crédito


Também os títulos de crédito podem ser vistos e analisados sob vários ângulos, permitindo
várias classificações, dentre outras, as mais conhecidas:

(a) quanto à forma de sua circulação:


- ao portador
- nominativo
- à ordem

(b) quanto à natureza ou ao conteúdo do direito que encerra:


- abstratos
- causais

(c) quanto à pessoa do emitente:


- público (apólices, bônus, etc);
- privados (nota promissória, letra de câmbio...)

(d) em relação à natureza ou espécie de emissão:


- Individuais (ou singulares), em que cada titulo tem sua própria e distinta emissão e existência
como titulo de crédito; ex.: o cheque, letra de câmbio, etc.
- Em série, emitidos em massa, como ações, debéntures, títulos da divida pública, etc.

A Principal Classificação: - quanto à Circulação


1) nominativos;
2) ao portador; e
3) á Ordem.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Documentos Comerciais e Títulos de Crédito


Os títulos nominativos são emitidos em ‘nome” de uma determinada pessoa, e sua transferência
a terceira pessoa depende de um “termo de transferência’, a ser lavrado num livro próprio (como p.ex.,
livro de transferência de ações, de apólices e outros).
Já os títulos ao portador são transferíveis pela simples tradição (entrega do titulo) a terceiro.
Aquele que recebe em mãos um titulo de crédito ao portador pode se apresentar como seu credor e
exigir o pagamento do devedor.
Por final, os títulos á ordem são um meio termo entre aqueíes extremos: são emitidos
nominativamente, mas podem ser transferidos por um simples endosso (assinatura no dorso, nas
costas do titulo) e entrega ao nome credor.
Atenção: A Lei n” 9.069/95 passou a exigir que todo cheque (título de crédito) acima de um
determinado valor (na época RS 100,00 cem reais) seja nominativo.

Espécies de Títulos de Crédito


Eis as espécies de títulos de crédito admitidas e disciplinadas no Direito Comercial Brasileiro:

Letra de Câmbio
Arts. 1 a 53 do Decreto n0 2.044, de 31 de dezembro de 1908, alterado pelo Decreto n”
57.663, de 24 de janeiro de 1966 - Lei Uniforme de Genebra.

Nota Promissória
Arts. 54 a 57 do Decreto n~ 2.044, de 31 de dezembro de 1908, alterado pelo Decreto n0
57.663, de 24 de janeiro de 1966 - Lei Uniforme de Genebra.
Arts. 46 a 51 da Lei n0 6.404, de /5.dezembro de 1976

Certificado de Depósito de Partes Beneficiárias


Art.50 e art.43 da Lei n0 6.404, de 15 de dezembro de 1976.

Debênture
Arts. 52 a 74 da Lei n0 6.404, de 15 de dezembro de 1976.

Certificado de Depósito de Debênture


Arts. 64 e 65 da Lei n0 6.404, de 15 de dezembro de 1976.

Cédula Pignoratícia de Debénture


Art. 72 da Lei n0 6.404, de 15 de dezembro de 1976.

Bônus de Subscrição de Ações

Arts. 75 a 79 da Lei n0 6.404, de 15 de dezembro de 1976.

Bilhete de Mercadoria - sem disposição específica.

Cédula Hipotecária
Decreto-Lei n0 70, de 21 de novembro de 1966, e Resolução n0 228, de 4 de julho de 1972, do
Banco Central do Brasil.

Certificados de Depósito em Garantia


Art.31 da Lei n0 4.728, de l4de julho de 1965, art. 31.

Certificado de Investimento
Resolução n0 145, de 14 de abril de 1970 do Banco Central do Brasil.

Princípios Gerais
Os doutrinadores que escreveram sobre os títulos de crédito, de JOÃO EUNÁPIO BORGES (in
‘Títulos de Crédito”, 28 ed. Forense, 1972, p.12) a RUBENS REQUIÃO (in “Curso de Direito Comercial”
Vol. II, 88 ed Saraiva/1 977 p. 296) --- esposam o entendimento de FRAN MARTINS, de que o sucesso
de aceitação dos títulos de crédito deveu-se a admissão de “certos princípios a revestirem esses
títulos, princípios que se incorporaram à natureza do mesmo e que, por tal razão, hoje os ca-
racterizam” - (in “Títulos de Crédito”, vol. 1, 38 ed. Forense/1 983, pg.9).
Noutras palavras, os princípios gerais em que se esteiam os títulos de crédito não são mais
que suas próprias características básicas, e que JOÃO EUNÁPIO BORGES observa serem “comuns a
todos os títulos de crédito” (in ‘Títulos de Crédito”, 28 ed.Forense, 1972, pg.12), ou seja, (a) a
incorporação ou cartularidade, (b) a líteralidade e (c) a autonomia --- a que se podem acrescentar a
independência e a abstração, já particulares de alguns títulos de crédito.
E não se há de desconsiderar, ainda, o princípio da inoponibilidade das exceções pessoais~
princípio importantissimo, que empresta garantia a todos quantos portem um título de crédito e
venham a exigir do devedor o respectivo crédito.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Documentos Comerciais e Títulos de Crédito

Cartularidade
Como já vimos, a cartularidade -— também chamada de “incorporação” --- significa que o
direito representado no título de crédito só existe como tal, só tem validade como tal, só será
reconhecido como tal e só será exigível como tal, se estiver incorporado naquele papel/formulário,
regularmente preenchido e assinado como título de crédito.
Sem aquele “corpo”, mesmo que haja milhares de testemunhas provando, por exemplo, que
alguém prometeu pagar ao credor uma quantia, tal credor não terá tal título de crédito e não poderá
dele fazer o gozo respeitado pelo Direito.
Enfim, título de crédito só existe como direito incorporado num papel/formulário legal.
Ensina o Mestre RUBENS REQUIÃO que a cartularidade significa o documento necessário: “O
titulo de crédito se assenta, se materializa, numa cártula, ou seja, num papel ou documento. Para o
exercício do direito resultante do crédito concedido torna-se essencial a exibição do documento. O
documento é necessário para o exercício do direito de crédito. Sem a sua exibição material não pode o
credor exigir ou exercitar qualquer direito fundado no título de crédito. Vivante, como esse conceito,
substitui o vulgar, que combate, pelo qual se afim-ia que o direito está incorporado ao título” (in “Curso
de Direito Comercial”, Vol. II, 88 ed. Saraiva/1977, pág. .296).
Autonomia
É a autonomia que dá ao titulo — perante terceiras pessoas — uma objetiva desvinculação de
qualquer
outro negócio: ele vale por si mesmo e tem força de exigibilidade, exatamente porque foi emitido e
existe como papel/formulário legal.
Pela autonomia, uma vez em circulação o titulo de crédito (transferido a terceiros), mesmo que
o negócio, de que ele nasceu não tenha validade, será válido o negócio de sua transferência e todas
as terceiras pessoas envolvidas na circulação poderão exigir o cumprimento do título.
A autonomia não impedirá, porém, que o devedor final oponha ao credor o defeito (invalidade)
do negócio, de que nasceu a emissão do titulo de crédito: p.ex., se foi sacada uma duplicata, mas a
mercadoria entregue estava defeituosa, foi devolvida e a venda e compra não se consumou -—
continuará válido o
desconto da duplicata com terceira pessoa, que a redescontou num Banco qualquer; quando cobrado,
o comprador deixará de pagar, comprovando que a venda-e-compra não se consumou, portanto nada
deve; então o Banco sacado cobrará daquele terceiro que descontou o título, e este cobrará o valor do
sacador, de quem havia descontado a duplicata. Todos os negócios continuaram válidos, embora
baseados numa duplicata, que depois se comprovou inválida.

Literalidade
A literalidade quer dizer que o credor tem o direito exatamente escrito no papel/formulário
legal, nem um centavo a menos, nem a mais: vale apenas o que está literalmente escrito e só.
Leciona RUBENS REQUIAO que “O titulo é literal porque sua existência se regula pelo teor de
seu conteúdo. O titulo de crédito se enuncia em um escrito, e somente o que está nele inserido se leva
em consideração, uma obrigação que ele não conste, embora sendo expressa em documento,
separado, nele não se integra” (in “Curso de Direito Comercial”, Vol. II, 8~ Ed. - SaraivaIl977, pg. 296>.

Abstração
A abstração empresta aos títulos de crédito a natureza de títulos desvinculados da causa a
que devem sua origem. Tal causa -— ainda que exista —- é apart~la da obrigação, como, p.~., no
caso da letra de câmbio e notas bancárias.
Dada a abstração a causa de sua emissão é irrelevante, não essencial ao titulo de crédito.
Mas a invocação da abstração alcança eficácia máxima “quando põe em relação duas pessoas que
não contratam entre si, encontrando-se uma em frente da outra, em virtude apenas dó titulo”, segundo
observa VIVANTE.
A abstração para JOÃO EUNAPIO BORGES, significa que “É claro que em qualquer caso,
quer na emissão, quer na negociação do titulo está presa a uma causa concreta - compara e venda,
mútuo etc. —- mas a lei —-- em certos titulos —-- faz completa abstração de tal causa. São títulos
abstratos e neutros no sentido de que não se prendem legalmente a nenhuma causa certa e
determinada, podendo servir de molde para qualquer obrigação, qualquer que seja a natureza e a
origem desta, poderá ela incorporar-se no título abstrato, cuja absoluta independência em relação à
causa desconhecida constitui fator de maior segurança e tranqúilidade para os sucessivos adquirentes
de títulos, como a letra de câmbio, a nota promissória e o cheque: é a abstração ou abstratividade (a
astrattezza dos autores italianos) - que Valeri diz constituir a exacerbação da autonomia, do mesmo
modo que o formalismo é a exacerbação da literalídade. Na doutrina alemã, há autores, como Júlio
Adler, que falam ainda em grau superior, em maior intensificação da obrigação abstrata: é a obrigação
Kausaloss (destituída de causa), na qual o apelo á causa de que se originou é impossível, mesmo sob
a forma de exceção. Assim, a cambial, nas mãos do tomador seria apenas abstrata, nas mãos de
terceiros, seria Kausaloss” (in “Títulos de Crédito” Ed. Forense/1971, pg.17).
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Documentos Comerciais e Títulos de Crédito

Inoponiblidade das Exceções Pessoais


A inoponibílidade das exceções pessoais é longamente definida por FRAN MARTINS, como
“Decorrência do principio da autonomia das obrigações cambiárias (cada obrigação é autónoma e
independente, não ficando sua validade subordinada a uma outra obrigação, donde se concluirá que
cada obrigado se obriga não apenas com a pessoa a quem transfere o título mas com o portador do
mesmo, seja ele quem for), surgiu a regra chamada da inoponibilidade das exceções. Por essa regra,
consagrada no art. 17 da Lei Uniforme, o obrigado em uma letra não pode recusar o pagamento ao
portador alegando suas relações pessoais com o sacador ou outros obrigados anteriores do titulo (por
exemplo, não pode o obrigado recusar o pagamento alegando que é credor do sacador). Tais
exceções ou defesas inoponiveis ao portador que fica, sempre, assegurado quanto ao cumprimento da
obrigação pelo obrigado” (in “Títulos de crédito”; vol. 1, 3a Ed., Forense/1983, pg.18).
Não se poderiam ignorar os ensinamentos de RUBENS REQUIÃO sobre o tema da
inoponibilidade das exceções que “A segurança do terceiro de boa fé é essencial na negociabilidade
dos títulos de crédito. O direito, em diversos preceitos legais, realiza essa proteção, impedindo que o subscritor ou devedor do titulo se
valha, contra o terceiro adquirente, de defesa que tivesse contra
aquele com quem manteve relação direta e a favor de quem dirigiu a sua declaração de vontade. Por
conseguinte, em toda a fase da circulação do titulo, o emissor pode opor ao seu credor direito às
exceções de direito pessoal que contra ele tiver, tais como, por exemplo, a circunstância de já lhe ter
efetuado o pagamento do mesmo titulo, ou pretender compensá-lo com crédito que contra ele possuir.
Mas, se o mesmo titulo houver saído das mãos do credor direto e for apresentado por um terceiro, que
esteja de boa-fé, já nenhuma exceção de defesa ou oposição poderá usar o devedor contra o novo
credor, baseado na relação pessoal anterior. Este, ao receber o titulo, houve-o purificado de todas as
relações pessoais anteriores que não lhe dizem respeito” (in “Curso de Direito Comercial”, Vol. II,
Ed. - Saraiva/1 977, pg. 301).

Nota Promissória
Este titulo de crédito também é muito conhecido: retrata uma promessa de pagamento de uma
importância.
O “emitente” faz uma promessa escrita de que pagará a uma pessoa “beneficiária” uma
importância. Assim, quem dá nascimento à nota promissória é o próprio devedor. Por conseqúência
este título (assim como o cheque) também não precisa de aceite (a emissâo já seria o próprio aceite).

Para que esse título de crédito tenha validade será necessário que dele constem os seguintes
req uisitos:

a) o nome “Nota Promissória” (ainda que em língua estrangeira, se toda a nota for redigida em
outro idioma —- “billet à ordre”, “promissory note”, “eígener wechsel”, “paghero cambiario”,
“vaglia cambiario”, “cambiale propria”, “livrança”..);
b) o valor da quantia em dinheiro a pagar, por extenso.
c) o nome da pessoa a quem se promete pagar (o beneficiário). Atenção: a nota promissória não
pode ser emitida ao portador.
d) a assinatura do emitente (ou de um seu procurador, com poderes especiais para emitir a nota
promissória).

Sem esses requisitos o título é nulo, não terá validade como nota promissória.
Tem-se costume de fazer constar da nota promissória a “indicação por algarismos” do valor da quantia a
ser paga (o mesmo costume que existe em cheque). Claro que se houver divergência entre esse valor
grafado em numeral e o valor redigido por extenso, prevalece o valor deste último (extenso).
Pode constar também da nota promissória a data e o lugar de sua emissão. Se faltar, porém,
nenhuma consequência advirá, podendo o credor preenchê-los a seu bel prazer.
Também a “data do vencimento”, ou seja, o dia em que a promessa de pagamento será cumprida
deverá constar do titulo. Se faltar, não haverá nulidade do título: entender-se-á que o vencimento é “à
vista”.
Finalmente, na nota promissória deverá ser lançado o lugar do pagamento. Também não há maior
importância na omissão desse requisito, pois, se faltar, será considerado como “lugar do pagamento” o
lugar do domicilio do emitente (lembra-se da matéria sobre o “domicílio” ?).

Registro
Houve uma época, em que a lei estabelecia a obrigatoriedade do registro das notas
promissórias na partição da Fazenda Federal. Se não houvesse o registro, a nota
promissória não poderia ser executada. Hoje não mais existe essa obrigação. A nota
promissória, portanto, não precisa e não deve ser registrada para ter validade.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

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Endosso da Nota Promissória


Já vimos que uma nota promissória embora emitida nominativamente pode conter cláusula “à
ordem”, exatamente para que atenda à característica principal dos títulos de crédito, sua
circulatoriedade, quer dizer, possa circular de mão em mão, sempre representando uma riqueza.
Assim, sendo a nota promissória nominativa, será necessário que o beneficiário (a pessoa que
recebeu a promessa de pagar) a endosse, lançando em seu dorso uma assinatura, transferindo seus
direitos de credor.
Naturalmente, quem passa algum bem a outra pessoa responde pelo que faz: significa que o
endossante pagará a nota promissória, caso o devedor/emitente não a pague por qualquer razão.
Assim, o endossatário tanto poderá cobrar a nota promissória do devedor/emitente, como do
credor/endossante.
Porque o titulo não pode ser emitido ao portador, também não admitirá endosso em branco:
assim, necessariamente ao endossar, o endossante fará constar o nome do endossatário (endosso “em preto”), não podendo,
simplesmente, assinar a nota promissória no verso, deixando de colocar o
nome do novo beneficiário, para que se tornasse ao portador (endosso “em branco’).
O endosso pode ser inutilizado: basta riscá-lo.
O endosso e transferência de todo o valor da nota promissória: não pode ser transferida
apenas uma parte da quantia. É proibida, igualmente, a fixação de qualquer condição: “se me der
alguma coisa . .“ etc. -- se endossou, está endossado.
Quando o endosso for feito em favor do próprio emitente (o devedor), equivalerá à quitação da
nota promissória e o devedor/emitente não poderá endossá-la novamente.
Nada impede que um endossatário reendosse a nota promissória para outro endossatário e
assim sucessivamente. Cada novo endossante responderá para com seu endossatário.

Aval da Nota Promissória


Caso uma pessoa não confie ou no emitente da nota promissória, ou mesmo no endossante,
poderá exigir uma garantia pessoal de outra pessoa. E o aval.
O aval é lançado na nota promissória, ou numa folha de alongamento e será reconhecido pela
expressão “por aval” ou por qualquer expressão equivalente (“por garantia de pagamento, etc.”), ou
mesmo a simples assinatura do avalista no anverso (frente) da nota promissória (naturalmente, uma
assinatura diferente da do emitente).
Do aval deverá constar o nome do avalizado, ou seja, a pessoa a quem se está emprestando
garantia de cumprimento de suas obrigações na nota promissória. Se não constar nenhum nome, é de
se entender que o aval está sendo prestado em favor do emitente da nota promissória.
O avalista terá as mesmíssimas obrigações da pessoa a quem está avalizando. Se ele pagar a
nota promissória, ficará com todos os direitos de cobrança do titulo do avalizado e outros que estejam
obrigados na nota promissória.

Protesto e Prazo Prescricional


A nota promissória, como todo titulo de crédito, tem a chamada força executiva. A cobrança da
nota promissória em ação executiva, contra o emitente ou seus avalistas, deve ser promovida em três
anos, a contar do vencimento do titulo.
Essa ação poderá ser promovida diretamente, sem qualquer necessidade de protesto. Já a
ação para cobrar dos endossantes (na hipótese de os aceitantes ou avalistas não pagarem),
dependerá de prévio protesto e deverá ser promovida em um ano, a contar da data em que foi feito o
protesto (no tempo legal).
Se algum endossante pagou a divida e pretender cobrar dos demais endossantes, deverá
promover sua ação executiva em seis meses a contar do dia em que pagou a nota promissória, ou do
dia em que ele foi acionado.

Duplicata e Fatura
De todos os títulos de crédito, é a duplicata o único que teve origem genuinamente brasileira.
Tal origem vem do velho Código Comercial, que obrigava o vendedor (comerciante) a apresentar ao
comprador, “por duplicata”, isto é, em duas vias, no ato da entrega das mercadorias, a fatura, ou seja,
a conta dos gêneros vendidos.
Essa fatura (relação das mercadorias e preços) era assinada pelos dois (comprador e
vendedor) para se comprovar a perfeição e consumação do negócio, e, assim, da divida do
comprador.
Desta forma, se o comprado\r não pagasse, o vendedor (comerciante) tinha um documento
(titulo) representativo de seu crédito, podendo cobrá-lo judicialmente.
A fatura (também chamada de “nota de venda”) é, portanto, a relação das mercadorias
vendidas, com a discriminação de sua quantidade, qualidade, espécies, tipos, marcas, preços, etc.
Da fatura é que poderá ser extraida a duplicata, conforme permite a lei: “no ato da emissão da
fatura, dela poderá ser extraida uma duplicata para circulação com efeito comercial, não sendo
admitida qualquer outra espécie de título de crédito para documentar o saque do vendedor pela
importãncia faturada ao comprador”
De acordo com o Prof. RUBENS REQUIÃO, “Com a extração da fatura de venda, o vendedor
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Documentos Comerciais e Títulos de Crédito

poderá sacar uma duplicata correspondente, para circular como título de crédito. Esse titulo é a
duplicata comercial, ou duplicata de fatura por alguns também denominada conta assinada. São três
expressões.” (in Curso de Direito Comercial, 2” vol., 8a ed., Ed.Saraiva, pág. 436).
Significa que o comerciante, como tem tal crédito a receber, pode criar um documento, um
titulo de seu crédito e pó-lo em circulação (passar para outras pessoas), pois ele representa uma
quantia de dinheiro a receber.
Só que nenhum outro título de crédito poderá ser emitido, para “simbolizar” essa divida (nem
cheque pós-datado, nem nota promissória, nada). A venda e compra só autoriza o saque da duplicata.
Hoje a duplicata não é mais restrita à venda-e-compra de mercadorias. Também para a
prestação de serviços é admitido o saque da duplicata.
A duplicata tanto pode ser sacada com “data certa de vencimento”, como pode ser “á vista”.
Quando sacada “à vista”, o devedor deverá pagá-la na hora que a duplicata lhe for apresentada. Se o
saque for com “data certa de vencimento”, o pagamento ocorrerá no dia marcado para o vencimento.

Para que tenha validade uma duplicata, deverá o titulo conter os seguintes requisitos:

a) denominação “duplicata”;
b) a data de sua emissão;
c) seu número de ordem
d) o número de fatura de que foi ela extraída;
e) seu vencimento (com “data certa” ou “á vista”);
f) o nome e domic[lio do vendedor (sacador) e do comprador-devedor (sacado);
g) o valor a ser pago, em algarismos e por extenso;
h) a praça de pagamento (cidade em que deverá ser paga);
i) a cláusula “à ordem” (possibilidade para que o credor-sacador transfira seu crédito para outra
pessoa, mediante endosso);
j) a declaração do reconhecimento de sua exatidão e da obrigação de pagá-la, a ser assinada
pelo comprador-sacado, como aceite da duplicata;
k) o nome e assinatura do sacador.

Observe-se que a duplicata é um titulo feito (sacado, emitido) pelo próprio credor, nele intervindo o
devedor com seu “aceite”.
E se o devedor se recusar a aceitar a duplicata, terá ela valor? Como já vimos, a maior força de to-
do título de crédito está na certeza que ele retrata, de que alguém deve uma importância a outrem.
Tanta é essa certeza, que nem há necessidade de uma sentença, declarando essa dívida. O credor
pode requerer ao juiz que determine o imediato pagamento (em 24 horas) e tome (penhore) bens do
devedor, caso este não pague.
A duplicata, rigorosamente, só se aperfeiçoa com o aceite. A falta de aceite, entretanto, não lhe
tirará o “poder” de ser executada, se o comerciante juntar á duplicata o canhoto comprobatório da
entrega da mercadoria (ou do recebimento do serviço prestado).
Curioso anotar que a duplicata deve ser, previamente, enviada ao sacado para que ele a aceite.
Deverá ele devolver a duplicata ao credor. Se não o fizer, segundo o art. 885 do Código de Processo
Civil Brasileiro, poderá até ter sua prisão decretada, caso o portador da duplicata prove ao juiz que
entregou o título e o devedor se recusou a devolvê-lo. Como se trata de uma variação de “depositário
infiel”, essa modalidade de prisão foi preservada pela Nova Constituição.
Desta forma, mesmo que não seja aceita a duplicata, não se abala sua “executividade”, se o
comerciante tiver o canhoto da entrega da mercadoria (ou serviço).
Triplicata: não passa de uma cópia da duplicata, que se destina a substituir a original, caso esta
seja extraviada. Naturalmente, o pagamento da triplicata estabelece a quitação da original, que não
mais poderá ser cobrada. Determina o artigo 23 da Lei n0 5.474168: “A perda ou extravio da duplicata
obrigará o vendedor a extrair triplicata que terá os mesmos efeitos e requisitos e obedecerá as
mesmas formalidades daquela”.

Endosso da Duplicata
Já vimos que uma duplicata embora emitida nominativamente pode conter cláusula “á ordem”,
exatamente para que atenda à característica principal dos títulos de crédito, sua circulatoriedade, quer
dizer, possa circular de mão em mão, sempre representando uma riqueza.
Assim, sendo a duplicata nominativa, será necessário que o sacador (a pessoa que vendeu e
tem o crédito a receber) o endosse, lançando em seu dorso uma assinatura, transferindo seus direitos
de credor.
Naturalmente, quem passa algum bem a outra pessoa responde pelo que faz: significa que o
endossante pagará a duplicata, caso o devedor/sacado não o pague por qualquer razão. Assim, o
endossatário tanto poderá cobrar a duplicata do devedor, emitente, como do credor/endossante.
Se ao endossar, o endossante fizer constar o nome do endossatário teremos o chamado
endosso “em preto”. Se, simplesmente, assinar a duplicata no verso, não colocando o nome do novo
beneficiário, haverá endosso “em branco”.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Documentos Comerciais e Títulos de Crédito

O endosso é transferência de todo valor da duplicata: não pode ser transferida apenas uma
parte da quantia. É proibida, igualmente, a fixação de qualquer condição: “se me der alguma cotsa...
etc. - se endossou, está endossado.
Quando o endosso for feito em favor do próprio sacado (o devedor), equivalerá á quitação da
duplicata e o devedor/sacado não poderá endossá-la novamente. E nada impede que um endossatário re-endosse a duplicata para
outro endossatário e assim sucessivamente. Cada novo endossante
responderá para com seu endossatário.
O endosso pode ser inutilizado: basta riscá-lo.

Aval da Duplicata
Caso uma pessoa não confie ou no sacador (o emitente) da duplicata, ou mesmo no
sacado/devedor, ou até no endossante, poderá exigir uma garantia pessoal de outra pessoa. E o aval.
O aval é lançado na nota promissória, ou numa folha de alongamento e será reconhecido pela
expressão “por aval” ou por qualquer expressão equivalente (‘por garantia de pagamento, etc.”), ou
mesmo a simples assinatura do avalista no anverso (frente) da nota promissória (naturalmente, uma
assinatura diferente da do emitente).
Do aval deverá constar o nome do avalizado, ou seja, a pessoa a quem se está emprestando
garantia de cumprimento de suas obrigações na nota promissória. Se não constar nenhum nome, é de
se entender que o aval está sendo prestado em favor do emitente da nota promissória.
O avalista terá as mesmíssimas obrigações da pessoa a quem está avalizando. Se
ele pagar a nota promissória, ficará com todos os direitos de cobrança do título do
avalizado e outros que estejam obrigados na nota promissória.

Prescrição
A duplicata, como todo título de crédito, tem a chamada força executiva. A cobrança da
duplicata em ação executiva, contra o aceitante (sacado) ou seus avalistas, deve ser promovida em
três anos, a contar do vencimento do título.
Essa ação poderá ser promovida diretamente, sem qualquer necessidade de
protesto.
Já a ação para cobrar dos endossantes (na hipótese de os aceitantes ou avalistas não
pagarem), dependerá de prévio protesto e deverá ser promovida em um ano, a contar da data em que
foi feito o protesto (no tempo legal).
Se algum endossante pagou a dívida e pretender cobrar dos demais endossantes, deverá
promover sua ação executiva em seis meses a contar do dia em que ele pagou a letra, ou do dia em
que ele foi acionado.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Nota Fiscal

“Fisco” é sinônimo de fazenda pública, ou seja, o poder público que cobra os tributos. Em todo
negócio há uma implícita revelação de capacidade econômica, logo, uma capacidade de pagar
tributos.
As leis prevêem (com base na Constituição Federal) os impostos que deverão ser pagos ao
Fisco.
O controle desses impostos se faz pelo registro de todos os negócios em notas, que são
chamadas notas fiscais.
Assim, quando um comerciante vende mercadorias, ele está praticando um ato comercial que
motiva a cobrança de um imposto: o imposto de circulação de mercadorias e serviços.
A lei obrigou a todos os comerciantes registrarem suas vendas de mercadoria em nota fiscal,
para que assim, haja controle do volume de vendas e, conseqúentemente, do volume de impostos
devidos.
A nota fiscal, portanto, é menos importante como documento comercial e mais significativa
como documento de controle do fisco,.
Também o “prestador de serviços” (empresa de natureza civil) deve pagar impostos (não o de
circulação de mercadoria, pois não vende mercadorias, mas o imposto sobre serviços. Por isso,
quando a nota fiscal não for relativa á venda e compra de mercadoria, será de prestação de serviços.
A nota fiscal, segundo o Regulamento do Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços
será, obrigatoriamente emitida, sempre que for promovida a saída de mercadoria de estabelecimento
comercial, ou houver a transmissão da propriedade das mercadorias (mesmo que estas permaneçam
no mesmo lugar).

A nota fiscal pode ser:

a) Nota Fiscal - Mod. 1


b) Nota Fiscal de venda a consumidor - Mod. 2
c) Nota Fiscal de entrada - Mod.3
d) Nota Fiscal de produtor - Mod.4
a
A ‘Nota Fiscal - Modelo 1 “será emitida em duas vias (uma acompanha a mercadoria, a 2 via
fica com
o comerciante, para exibir ao fisco) sempre que a venda (ou transporte) for para outro comerciante
(também contribuinte do I.C.M.S.).
A “Nota Fiscal de venda ao consumidor - Modelo 2” poderá ser substituida ou por Nota Fiscal
simplificada, ou por cupom fiscal.
A ‘Nota Fiscal - Modelo 3” deve ser emitida para comerciante sempre que receber em seu
estabelecimento uma mercadoria desacompanhada de nota.
A “Nota Fiscal - Modelo 4” só pode ser emitida pelos produtores (o industrial, quando faz uma
mercadoria e a vende para outro comerciante).

Toda Nota Fiscal deverá conter:

a) a denominação Nota Fiscal;


b) o número de ordem, da série e subsérie, e o número da via;
c) a natureza da operação de que decorrer a saída da mercadoria: venda transferência,
devolução, consignação, remessa (para fins de demonstração, ou de industrialização ou
outro qualquer);
d) adatadaemissão
e) o nome do titular o endereço e os números de inscrição estadual e o CNPJ do estabeleci-
mento emitente;
f) o nome do titular, o endereço e os números de inscrição, estadual e o CNPJ do estabeleci-
mento destinatário;
g) a data da saida efetiva das mercadorias do estabelecimento emitente;
h) a discriminação das mercadorias, quantidade, marca, tipo, modelo, espécie, qualidade e
demais elementos que permitam sua perfeita identificação;
i) a classificação fiscal dos produtos, prevista na legislação do imposto sobre produtos
industrializados, quando for o caso (nota fiscal de produto);
j) os valores, unitários e total das mercadorias e o valor da operação;
k) a aliquota e o valor do imposto sobre produtos industrializados, quando for o caso;
1) a base de cálculo do imposto sobre produtos industrializados e/ou do ICMS quando
diferente do valor da operação e o preço da venda no varejo ou no atacado, quando a ele
estiverem subordinados os cálculos dos referidos impostos;
m) a importância do ICMS devido sobre a operação, que deverá constar em destaque dentro
de um retângulo, colocado fora do quadro reservado á discriminação das mercadorias;
n) o nome do transportador, seu endereço e a placa do veículo;
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Nota Fiscal

o) a forma de acondicionamento dos produtos, bem como marca, numeração, quantidade,


espécie e peso dos volumes;
p) o nome, o endereço e os números de inscrição, estadual e no CNPJ, do impressor da nota,
a data e a quantidade da impressão, o número de ordem da primeira e da última nota
impressa e respectiva série e subsérie e o número da autorização para impressão de
documentos fiscais.

Nas operações bancárias de financiamento de aquisição de mercadorias é muito importante a


apresentação da nota fiscal, que deverá instruir o processo do financiamento.
Essa nota demonstrará a regularidade da operação de aquisição e, conseqúentemente, dará
ao Banco maior segurança, pois, normaL-nente, o financiamento será garantido com alienação
fiduciária (a propriedade da mercadoria será do banco, só sendo restituida ao financiado-devedor
depois que ele pagar todo o valor do empréstimo).
Confira a seguir alguns modelos de nota fiscal:
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Cheque

Esse é o mais utilizado de todos os títulos de crédito: é uma ordem de pagamento à vista.
Uma pessoa (emitente), tendo fundos em poder de um estabelecimento bancário, emite (saca)
uma ordem para que tal banco (sacado) pague uma determinada quantia a uma outra pessoa
(beneficiário ou tomador). Essa ordem é à vista, ou seja, quando o banco a receber vai tê-la sob sua
vista, devendo então pagá-la.
Essa é a característica mais importante do cheque: a ordem é a vista. Significa que não existem
cheques com data futura (“pós-datado”). Mesmo que a data lançada no documento seja futura, o
banco, tendo o cheque sob sua vista deverá pagá-lo.
A lei do cheque (n~ 7.357, de 02/09/85) dispõe que “O cheque apresentado para pagamento
antes do dia indicado como data de emissão é pagável no dia da apresentação”.
Requisitos Essenciais
Para que um cheque tenha validade como titulo de crédito, deverá constar, obrigatoriamente
do formulário os seguintes requísitos:
a) a denominação ‘cheque” inscrita no contexto do título e expressa na língua em que este é
redigido;
b) a ordem incondicional de pagar (observe que o verbo está no imperativo: “pague~”);
c) o nome do banco ou da instituição financeira que deve pagar (o nome do sacado);
d) a assinatura do emitente (sacador) (ou de um mandatário -- sinônimo de procurador -- com
especiais poderes para emitir o cheque).

São também requisitos facultativos dos cheques --porque, se faltarem, não acarretarão a nulidade
do cheque como título de crédito:
a) a indicação do lugar do pagamento (o endereço da agência bancária);
b) a indicação da data e do lugar da emissão. Na prática adotou-se o costume de reservar um
espaço para que conste do cheque seu valor escrito em números, mas não é um requisito de
validade do cheque. Inclusive, se ocorrer divergência entre o valor lançado por extenso e o
valor expresso em números, prevalecerá aquele (lançado por extenso).

O cheque não precisa de aceite para ter validade. Aliás, mesmo que o banco sacado declare que
aceita o cheque, essa declaração não terá nenhuma validade.
Como sabemos, um titulo de crédito com aceite tem mais validade pois significa que o devedor
não nega a dívida e está disposto ao pagamento. Só que o cheque não admite o aceite.
Há, porém, uma fórmula indireta, para dar maior crédito ao cheque, substituindo o aceite: é o
cheque visado.
O cheque será visado quando o Banco sacado nele lançar um visto no verso do cheque. Sempre
que o banco lançar esse visto significará que ele, obrigatoriamente, já debitou seu valor na conta do
emitente, reservando-a para pagamento do cheque.
Este visto só terá validade dentro do prazo de apresentação do cheque (todo cheque tem um
prazo para ser apresentado ao banco sacado: o beneficiário terá 30 dias para apresentar o cheque
para pagamento, quando ele for emitido no mesmo lugar (mesma praça) onde está o banco sacado; ou
60 dias, quando a emissão se deu em lugar diverso do lugar do banco sacado).
Em resumo, o prazo para apresentação é: 30 dias (cheque da praça) ou 60 dias (cheque de fora
da praça).Terminado esse prazo, se o cheque visado não for apresentado, o banco re-creditará à
conta do emitente no valor que havia debitado quando visara o cheque.

Circulação
A emissão de um cheque pode ser nominativa ou ao portador. Será nominativa quando constar
do cheque o nome do beneficiário do cheque. Será ao portador quando não constar tal nome, ou
quando constar o nome do beneficiário, mas também estiver escrito “ou ao portador’.
O cheque nominativo tanto poderá constar cláusula “à ordem” como cláusula “não à ordem”.
No primeiro caso (com a cláusula à ordem) fica autorizado o beneficiário a endossar o cheque, ou seja,
transferi-lo a terceira pessoa, simplesmente assinando no seu dorso (no verso).
Se, entretanto, constar do cheque a cláusula “não à ordem”, somente o beneficiário poderá
recebê-lo: não poderá transferi-lo a outrem.
Atenção: A Lei n0 9.069, de 29.06.95, em seu artigo 69, proibiu a emissão, o pagamento e a
compensação de cheque de valor superior a RS 100,00 (cem reais) sem a identificação do beneficiário
-- ou seja, todo cheque acima deste válor deverá ser nominativo.
O cheque tanto poderá ser emitido pelo próprio correntista (sacador), como uma sua ordem ao
banco, quanto pode ser emitido “por conta terceiro”, ou pelo próprio banco sacado (contra ele mesmo).
Nesta última hipótese o cheque, necessariamente, será nominativo (não pode ser ao portador).
Não poderá constar do cheque nenhuma cláusula determinando o pagamento de juros: se
constar, nenhuma validade terá (considera-se não escrita).
Se se tratar de um cheque em moeda estrangeira (recebido do exterior, por exemplo, ou um
“traveler check” será ele pago em reais: essa conversão será feita ao câmbio do dia do pagamento
(essa data é importante, porque as moedas estrangeiras e, principalmente, o dólar têm cotação
variável em nosso país, e “todo dia sobem”.
Assim, mesmo que o cheque tenha sido emitido há um mês atrás, se hoje é ele apresentado
ao Banco sacado, este deverá proceder á conversão da moeda estrangeira em reais, conforme o
câmbio de hoje e não conforme o câmbio de 30 dias atrás.
Várias providências dão característica especial ao cheque:
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Cheque

Endosso
Já vimos que um cheque pode ser nominativo ou ao portador. Vimos, também, que os títulos
de crédito têm por característica principal sua circulatoriedade, quer dizer, circulam de mão em mão,
sempre representando uma riqueza. Essa transferência, em se tratando de cheque ao portador, é
simples: basta que se entregue o cheque a outra pessoa.
Se, entretanto, tratar-se de cheque nominativo, será necessário que o beneficiário o endosse,
quer dizer, lance em seu dorso uma assinatura, transferindo seus direitos de credor.
Naturalmente, quem passa algum bem a outra pessoa responde pelo que faz: significa que o
endossante pagará o cheque, caso o banco sacado não o pague por falta de fundos e o emitente
também não o pague. Assim, o endossatário tanto poderá cobrar o cheque do emitente, como do
endossante.
Se ao endossar o endossante fizer constar o nome do endossatário teremos o chamado
endosso em preto. Se, simplesmente, assinar o cheque no verso, não colocando o nome do novo
beneficiário, haverá o endosso em branco.
Atenção: acima de um determinado valor, o cheque s6 pode ser endossado “em preto” (ver
nota sobre cheque ao portador).
O endosso pode ser inutilizado: basta riscá-lo.
O endosso é transferência de todo o valor do cheque; não pode ser transferida apenas uma
parte da quantia. ~ proibida, igualmente, a fixação de qualquer condição: “se me der alguma coisa...”
etc. - se endossou, está endossado.
Quando o endosso for feito em favor do próprio banco sacado, equivalerá á quitação do
cheque e o banco não poderá endossa-lo novamente.
Como já vimos, o cheque com cláusula “não á ordem” é intransferível: não pode, portanto, ser
endossado, já que o endosso é uma forma de transferência do direito de crédito do cheque. Nada
impede que um endossatário re-endosse o cheque para outro endossatário e assim sucessivamente.

Aval
Caso uma pessoa não confie no emitente do cheque (ou mesmo no banco sacado), ou no
endossante, poderá exigir uma garantia pessoal de outra pessoa. E o aval.
O aval é lançado no cheque, ou numa folha de alongamento e será reconhecido pela
expressão “por aval” ou por qualquer expressão equivalente (“por garantia de pagamento”, etc.), ou
mesmo a simples . assinatura do avalista no anverso (frente) do cheque (naturalmente, uma assinatura
diferente da do emitente).
Do aval deverá constar o nome do avalizado, ou seja, a pessoa a quem se está emprestando
garantia de cumprimento de suas obrigações no cheque. Se não constar nenhum nome, é de se
entender que o aval está sendo prestado em favor do emitente do cheque.
O avalista terá as mesmíssimas obrigações da pessoa a quem está avalizando. Se ele pagar o
cheque, ficará com todos os direitos de cobrança do cheque do avalizado e de outros que estejam
obrigados no cheque.

Cruzamento
Quando o emitente (ou mesmo quem o detiver) apõe dois traços paralelos no anverso (frente)
do cheque, este será considerado um cheque cruzado.
O cheque cruzado só será pago pelo banco sacado mediante crédito em conta (ou o
beneficiário o deposita num outro banco, ou no próprio banco sacado). Enfim, não poderá ser
resgatado diretamente no caixa.
Poderá ainda ser lançado o nome de um banco no meio desses dois traços paralelos: ocorrerá
o cruzamento especial. Nessa hipótese o cheque só poderá ser pago ao banco cujo nome ali constar
(claro que, se constar o nome do próprio banco sacado, o cheque poderá ser pago mediante crédito na
conta corrente de seu cliente).
Assim, se sou credor de um cheque com cruzamento especial (por exemplo, cheque sacado
contra o BRADESCO e cruzamento com o nome do Banco do Brasil), só poderei receber esse cheque
depositando-o em minha conta corrente no Banco do Brasil, que o apresentará ao BRADESCO,
cobrando-o desse Banco sacado (e, depois, creditando-o em minha conta corrente). Se eu tiver conta
no próprio BRADESCO, poderei depositá-lo em minha conta; mas se não tiver conta nem no Banco do
Brasil, nem no BRADESCO não poderei receber o cheque, salvo se eu o transferir a uma outra
pessoa, que tenha conta corrente num desses dois Bancos (essa outra pessoa poderá ser um outro
Banco, onde eu tenha conta corrente).
O cruzamento geral (apenas os dois traços paralelos, sem nome de banco no meio) pode ser
convertido em especial (basta que se lance, a qualquer hora, o nome de um banco ali no meio dos dois
traços), mas o cruzamento especial não poderá ser transformado em geral. Uma vez cruzado um
cheque, não poderá o cruzamento ser inutilizado (se o for, nenhuma validade terá a inutilização).
Cheque para ser Creditado em Conta
Se o emitente (ou quem detiver o cheque) quiser impedir que o cheque seja descontado
diretamente no caixa, poderá obrigar o beneficiáno a depositá-lo, para que seu valor seja apenas
creditado em conta corrente. Bastará que escreva no anverso do cheque, transversalmente, a
expressão “para ser creditado em conta”.
Nesse caso, o banco sacado somente poderá proceder ao lançamento contábil do cheque, seja
creditando em conta, seja transferindo crédito para outra conta corrente, seja compensando.
Uma vez lançada essa cláusula, não mais poderá ser alterado o cheque: se tal expressão for
inutilizada, essa inutilização será considerada inexistente.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Cheque

Outros Tipos de Cheque


Na linguagem bancária corriqueira, há alguns nomes de cheques, referidos a seguir. Vejamo-
los:

a) cheques de Viagem: (também conhecidos como “travelier check’> - são cheques emitidos por
instituições bancárias, resgatáveis por outros bancos, do pais ou do exterior (segundo convênio), ou
por suas outras agências. São “vendidos” a seus clientes para facilitarem o transporte de dinheiro: há
uma assinatura do beneficiário na parte superior e este deverá, quando for resgatá-lo, assinar
novamente, ao pé do cheque, possibilitando a conferência das assinaturas e seu resgate (se perder ou
for roubado, não haverá condições de resgate e, assim, não sofrerá prejuízo). Trazem muita
segurança, principalmente, a turistas e viajantes.

b) cheque Fiscal: são emitidos por autoridades fiscais (tributárias), em restituição de eventuais
excessos de arrecadação (imposto de renda, p.ex.).

c) cheque Administrativo: também conhecidos como cheques comprados, são emitidos pelo próprio
banco, para pagamento ou por outro banco, ou por sua outra agência.
São “vendidos” ao cliente, que, normalmente, os procura para ter maior segurança
no transporte de dinheiro (por que eu viajaria até o Rio de Janeiro, levando uma sacola
com 1 milhão, correndo o risco de roubo, acidente, etc., se posso ir ao banco de que sou
cliente, comprar-lhe um cheque nesse valor e para ser resgatado por sua Agência do Rio
de Janeiro? -- o Banco me dá tal cheque, nominal, debita tal valor em minha conta
corrente e ainda me cobra uma pequena “taxa de expediente” e eu viajo tranquilo e
seguro).

Compensação
A compensação é um serviço que se realiza entre bancos, pelo qual um Banco entrega para
os outros todos os cheques, que estão em seu poder, e que devem ser pagos por aqueles outros
Bancos --- e deles recebe todos os cheques que estão com aqueles, e que ele deve pagar. Nessa
“troca”, cada banco tem cheques a receber e cheques a pagar. Esses valores ficam “compensados”
até o valor em que se igualam.
Assim, se a Caixa Económica Federal tem R$ 1.350.000,00 em cheques sacados contra o
CREDIREAL e o CREDIREAL tem cheques sacados contra a Caixa Econõmica Federal, no total de R$
1.780.000,00, ficarão compensados os R$ 1.350.000,00 e a Caixa Econõmica Federal só pagará ao
CREDIREAL o saldo de R$ 430.000,00.
Os Bancos de cada cidade reúnem-se toda noite no Banco do Brasil, SA., e lá fazem a
compensação: todos levam os cheques que têm para receber um do outro e o Banco do Brasil
organiza a reunião.
No final, fica apurado quanto cada Banco tem para receber e pagar, e o saldo devedor ou
credor. Para não haver manipulação de dinheiro, há uma conta corrente de todo Banco junto ao
próprio Banco do Brasil, onde é debitado o saldo devedor, ou creditado o saldo credor que o Banco
tiver naquela noite na compensação.
E se o cheque levado não tiver fundo??? Nesse caso, ele será devolvido na manhã seguinte,
numa outra reunião no próprio Banco do Brasil, quando os Bancos se reúnem novamente para a
sessão de devolução.
Naturalmente, o débito e crédito correspondente serão estornados. Observe, portanto, que,
quando um banco recebe um cheque (ou em depósito, ou em pagamento de um conta qualquer), há
alguma demora para receber o valor de tal cheque, porque também tem de esperar para ver se o
cheque não será devolvido.
O Banco Central do Brasil, que disciplina as atividades bancárias estabelece um prazo para
que o depósito em cheque a ser compensado seja liberado para o depositante. Se o cheque é inferior
a um valor ele deve ser liberado em 48 horas. Se é superior àquela quantia, há de ser liberado em 24
horas. Esse limite é corrigido de tempo em tempo, por causa da inflacão.
Protesto e Prazo Prescricional
Todo mundo que tem um direito deve exercitá-lo num prazo. Se dormir poderá perdê-lo. Não
existe direito eterno. Esse prazo em que a pessoa deve exercitar seu direito chama-se prescrição.
O cheque como titulo de crédito é que traz a certeza de um crédito. Por tal motivo pode ser
executado (não há necessidade de uma prévia sentença, declarando que a pessoa tem o crédito e que
uma outra deve aquela importância) contra o emitente e seu avalista sem qualquer necessidade de
protesto.
Mas atenção: o cheque, para ser executado contra os endossantes e seus avalistas,
necessitará de protesto ou de declaração do banco escrita e datada sobre o cheque com indicação do
dia de apresentação ou, ainda, por declaração escrita e datada por cãmara de compensação (art.47 -
Lei do Cheque).
Essa ação de execução deve ser promovida pelo credor no máximo em seis meses, a contar
do término do prazo para a apresentação do cheque.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Cheque

Vimos que o cheque da praça deve ser apresentado em 30 dias a contar da emissão. Assim,
se um cheque foi emitido em 5 de janeiro em São Paulo, para ser pago por um Banco de São Paulo,
ele deverá ser apresentado ao banco até, no máximo, o dia 4 de fevereiro. A partir dessa data, de 5 de
fevereiro começa a correr o prazo prescricional de 6 meses: portanto em 4 de agosto o cheque estará
prescrito.
Significa que o credor já não mais poderá promover a ação executiva. Dai para a frente
precisará de uma sentença, que declare que ele realmente é credor e que a outra pessoa é realmente
a devedora. Se ganhar tal processo, só então promoverá a ação de execução contra o devedor (mas
execução da sentença, e não mais do cheque).
Este é um “formulário de cheque”, preenchido nominalmente com dados ficticios, ou seja, são
fantasiosos os nomes do cliente (sacador ou emitente), qual o do Banco sacado.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Ordem de Pagamento
Definição
A emissão de Ordem de Pagamento é um serviço prestado pelos Bancos, que possibilita o
envio (remessa) de dinheiro de uma praça (cidade, localidade) a outra, sem o correspondente
deslocamento físico do numerário (dinheiro).
Pela “ordem de pagamento” uma Agência Bancária de uma localidade “ordena” a uma outra
Agência do mesmo Banco, em outra localidade, que pague a uma determinada pessoa uma certa
quantia em dinheiro.
Assim, uma pessoa pode pedir á sua Agência Bancária que remeta (envie) uma quantia de
dinheiro para ser usada em outra cidade. Lá o dinheiro tanto poderá ser retirado no caixa, quanto
creditado em conta corrente. E poderá ser retirado ou creditado na conta da própria pessoa que pediu
a remessa. quanto de uma outra pessoa.

Atenção: o envio de valor só pode ser feito de uma agência bancária para outra, do mesmo Banco. Só
se admite a transferência de dinheiro por ordem de pagamento, de uma Agência Bancária para outra
de outro Banco, quando se tratar de Bancos do Convênio ASBACE (Associação de Bancos Comerciais
Estaduais), ou seja, entre Bancos do Estado (de Minas Gerais, ou de São Paulo, do Pará, da
Amazônia, etc).
Dessa forma, eu posso mandar uma Ordem de Pagamento do BANESPA para a Agência de
Crato/CE do Banco do Estado do Ceará —- mas não posso mandar para uma Agência do BRADESCO,
ou do ITAU, etc., que não são bancos estaduais.
E evidente que, em se tratando de um serviço prestado, os Bancos cobram para enviar ordens
de pagamento.

Tipos

A Ordem de Pagamento pode ser transmitida por ou ~) carta, ou (1,) por telex, ou ainda por (c)
telefone, ou por (d) processamento automático de dados, ou finalmente, por (e) emissão de cheque
OP.
Na ordem de pagamento por carta, a Agência manda uma “carta”, via malote interno de
correspondêrtia do Banco, para a agência destinatária, que, ao receber tal “carta” conferirá sua
validade e a cumprirá.
Na ordem de pagamento por telefone, a Agência telefone para a outra, transmitindo códigos
secretos e a Agência “chamada” confere a autenticidade e validade do telefonema, e depois cumpre a
ordem, pagando o dinheiro.
Na ordem de pagamento por telex, semelhantemente ao telefone, é enviado um telex,
mencionando códigos secretos (para evitar fraudes), que são conferidos pela Agência destinatária,
que, depois de se certificar da validade paga a ordem.
Na ordem de pagamento por processamento de automático de dados, a ordem é transmitida
pelo computador do Banco, diretamente.
Finalmente, na Ordem de Pagamento por emissão de Cheque O.P., a Agência para a qual o
serviço é solicitado, emite um Cheque, sacado contra o próprio Banco, para pagamento em cidade
onde exista outra agência do mesmo Banco.
A solicitação para a emissão do “Cheque OP” é feita em formulário próprio do Banco, onde são
especificados os nomes do tomador, do favorecido, valor e praça de pagamento. Este tipo de cheque,
de qualquer valor, só poderá ser “nominal”, isto é, não pode ser “ao portador”. E assinado por
administradores autorizados e entregue ao “tomador”. Este, por seus próprios meios, fará chegar o
cheque às mãos do favorecido, que poderá depositar o cheque em sua conta corrente em qualquer
Banco ou apanhar o dinheiro na Agência cumpridora.

Emissão

A agência que remete o valor é chamada “emitente” e a destinatária de “cumpridora”. A pessoa


que solicita o serviço é chamada “tomador”, o outro cliente “favorecido”.
A ordem de pagamento é um serviço que os Bancos prestam tanto a pessoas que sejam seus
clientes, como também o prestam a outras pessoas, mesmo que não sejam correntistas.
Para solicitar a emissão da Ordem de Pagamento preenche-se formulário próprio, fornecido pela
Agência emitente, onde devem constar nomes do tomador e do favorecido, valor a ser enviado e local
do pagamento. Para que não haja possibilidade de erro quanto à pessoa do favorecido, os Bancos
recomendam que se anote o número de sua Carteira de Identidade.

Liquidação

A Agência “cumpridora” fará o pagamento ao beneficiário da Ordem em seu Caixa ou poderá


creditar o valor, se for cliente, em sua conta corrente.
Quando a pessoa se apresenta no caixa da agência cumpridora e recebe o dinheiro, ficou
liquidada a ordem de pagamento. Da mesma forma, haverá liquidação da ordem de pagamento,
quando lançado o crédito na conta corrente do favorecido.
Naturalmente, as Agências bancárias farão entre si o acerto interno contábil, para que uma não
lucre às custas da outra.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Documento de Crédito DOC

Noções Gerais

Outra modalidade interessante de Ordem de Pagamento é o “DOC”, cuja característica


importante é a compensação entre Bancos.
Com o “O. O. C.” é possível transferir valores entre pessoas, através de Agências “emitentes” e
“Cumpridoras” de Bancos diferentes. Entretanto tal transferência só é possível entre Agências
bancárias de um mesmo Sistema de Compensação de Cheques e desde que o favorecido seja
correntista da Agência cumpridora.
Diferentemente dos outros doistipos de Ordem de Pagamento, em que se faz o pedido em outro
impresso, o próprio DOC é preenchido pelo tomador, contendo nome e endereço seu e do favorecido,
nome do Banco e da Agência cumpridora e, se possível, o número da conta do favorecido.
Obviamente, DOC pode ser enviado pelo próprio tomador, para crédito de sua conta em outra
Agência de outro Banco.

O “DOC” é também resgatado através do serviço de compensação de cheques --- identicamente


á forma como e compensado o cheque.

Tipos

Confira agora os DOOs mais usados na prática bancária:

DOC A” pré-emitido pelo BANCO X:

- destina-se à transferência de recursos, através de outros bancos, para crédito de clientes da


Agência.
DOO “A” ou “B” Dré-emítido por outros bancos:CJI 1 .~ A
- destina-se à transferência de recursos de clientes do BANCO X, para crédito em outro banco, a
favor de terceiros, conforme as instruções pré-impressas no formulário.

Obs.: O Banco Banespa, embora outros bancos o façam, não emite DOC B.

DOO “O:

- destina-se à transferência de recursos de clientes e não-clientes, para crédito em outro banco,


a favor do próprio remetente ou de terceiros.

DOO D:

- utilizado nos casos de transferências de recursos entre contas correntes de depósito dos
mesmos titUares, envolvendo instituições financeiras distintas. O titular deverá optar pelo DOC “D”.

DOO “E”:

- destina-se ao uso na transferência de créditos em geral.

7 OP (DOO) ASBACE - Sistema Verde Amarelo:

- usado para transferência de recursos de terceiros, entre agências de bancos comerciais


estaduais, e praças a elas subordinadas, através de DOO ASBACE. No OP ASBACE, a transferência
se dará da seguinte maneira:

- se participarem agências integradas ao mesmo SIRO, através da compensação: no mesmo


dia, se em dinheiro e/ou após a compensação do cheque, se em cheque;

- se participarem agências não integradas ao mesmo SIRO, através de telex, fax ou telefone,
para a dependência centralizadora/retransmissora: no mesmo dia, se em dinheiro e/ou após a
compensação do cheque, se em cheque.

Na prática, os modelos de Documento de Crédito - DOO serão -- basicamente -- desta forma


(compostos por 3 vias 1a - banco destinatário / 2a - banco remetente! 3a - remetente/devedor):
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Direitos de garantia

GARANTIAS DO SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL:


INTRODUÇÃO
Reunimos sob a denominação genérica "garantias bancárias" o estudo de duas realidades distintas. De um lado, temos as garantias
recebidas pelos Bancos em seus contratos bancários, que são prestadas por seus clientes ou por terceiros em favor desses. E de
outro se encontram as garantias que são prestadas pelos
bancos em favor de seus clientes.
Como todos sabem, a contratação de financiamentos envolve o maior dos riscos negociais, isto porque a mercadoria com que
trabalham os banqueiros é da maior nobreza: dinheiro, sob forma de moeda corrente no país. Nada há que tenha liquidez igual. Toda
vez que ocorre um empréstimo, a instituição financeira abre mão de sua liquidez para receber mera promessa de devolução da coisa
emprestada, que pode até retornar, ou mesmo que retorne, é passível de não se dar pela mesma forma líquida como saiu. O risco,
portanto, dificilmente poderia ser maior, Além do risco negocial, a mercadoria com que trabalham resulta de empréstimo tomado a
terceiros e que só se torna da propriedade dos Bancos em virtude do milagre da fungibilidade. Portanto, o interesse público prevalece
nessa atividade, impondo normas operacionais rígidas e cautelosas, como garantia aos depositantes e aplicadores, tudo mediante
rigorosa fiscalização do Banco Central. E uma das exigências de segurança é a da constituição de sólidas garantias de retorno do
capital mutuado, sem as quais nenhuma instituição financeira pode sobreviver.
Essa questão envolve a primeira espécie de garantia, que denominaremos de Garantia a Bancos. A segunda espécie se reduz a
serviço bancário, o qual, em vez de segurança, gera riscos, pois se destina a garantir terceiro em operação com seu cliente. Em
contrapartida, esse serviço, produz seu próprio esquema de
salvaguarda. Nomeá-lo-emos de Garantia de Bancos.
GARANTIA A BANCOS - ESPÉCIES
As garantias exigidas pelos banqueiros dividem-se em duas e tradicionais modalidades: pessoais e reais.
As garantias pessoais são também chamadas fidejussórias em virtude da elevada confiança que deve haver entre prestador e
favorecido, confiança que tem dupla base: a) no desempenho pessoal do garantidor, em
face do conhecimento que dele tenha o banqueiro a respeito de sua vida pregressa; e b) no patrimônio do mesmo.
São elas a fiança e o aval. A primeira é instituto do direito obrigacional comum, enquanto a segunda é instituto cambiário.
GARANTIAS PESSOAIS
FIANÇA
A fiança é um negócio jurídico acessório que tem por finalidade prestar garantia de pagamento de uma obrigação principal à qual
adere. Constitui-se ao estabelecer relações entre fiador e credor da obrigação principal. Afiançado é como se chama o devedor
principal da obrigação cujo pagamento o fiador garante.
Via-de-regra, o fiador só se torna obrigado a pagar caso o devedor principal não o faça. Desta sorte, primeiro deve ser exigido o
pagamento do devedor afiançado. Sem embargo de ser assim em sua estrutura
tradicional, a lei abriu alternativa para que o fiador possa, a seu livre alvedrio, abdicar do benefício de ordem que em seu favor
instaurou-se, renunciando a ele ou obrigando-se como devedor solidário e principal pagador.
O principal efeito é funcionar como co-obrigação, como se aval fosse. É o que se vê na prática de todos os dias.
O benefício de ordem deve ser invocado pelo fiador como exceção no prazo de contestação da lide, nomeando então os bens do
afiançado que se situem no mesmo município e que se encontrem livres e desembaraçados para que sejam primeiro excutidos.
Este fiador pode ter atrás de si um abonador, espécie de subfiador, sendo a obrigação desta subsidiária à obrigação acessória, com
todas as mesmas características da fiança, aplicando-se as disposições desta para todos os efeitos e respondendo o abonador pela
dívida apenas caso exigido o pagamento primeiro
do devedor principal, depois do fiador, não tenha havido a satisfação do crédito.
A lei exige sua constituição por forma escrita (ad probationem tantum), não sendo em conseqüência passível de presunção nem
admissível prova testemunhal. Faltando a prova escrita, ainda que perfeita seja sua caracterização como fiança, reputar-se-á simples
mediação ou recomendação ou qualquer outra figura não jurídica que explique o interesse do terceiro na relação. A própria
interpretação do contrato de fiança será feita restritivamente, tendo presentes os claros limites em que se contém: a dependência
com relação a outro contrato em todos os aspectos e condições e a possibilidade apenas de que o conteúdo obrigacional seja menor,
caso não tenha a mesma extensão, vedada sua ampliação relativa.
A despeito de sua aderência a outro contrato, o vínculo do fiador é com o credor, independendo, pois, para sua constituição, da
concordância ou não do afiançado.
Pode ser prestada mesmo por dívidas ainda incertas quanto à sua existência e valor, vale acrescentar que, conquanto contrato
acessório, ele pode ser formalizado antes do principal. Todavia, não poderá ser instaurada nenhuma demanda antes que se torne
obrigação, isto é, antes de tornar-se exigível, dispondo também, da certeza e liquidez, mesmo porque, antes de vir ao fiador o credor,
deve ter cobrado o devedor, sem sucesso.
Não tendo o fiador tornado menor o conteúdo de sua obrigação relativamente ao contrato principal, responde também pelos
acessórios da dívida e despesas judiciais desde sua citação.
Por aderir a outra obrigação, a validade da fiança fica na estrita dependência da validade do contrato principal. Só assim não será se a
nulidade do contrato principal decorrer da falta da capacidade civil do afiançado, quando então sobrevive a obrigação do fiador, desde
que não se trate de mútuo não autorizado pelo que tem a guarda do menor.
Tornando-se o fiador incapaz ou insolvente, tem o credor o direito de exigir sua substituição.
Há um outro benefício na fiança conhecido como benefício de divisão, possível sempre que houver mais de um fiador pela mesma
obrigação (co-fiança) e preferirem dividir a responsabilidade, que tanto pode ser proporcional como fixada de forma diversa, não
respondendo um só e qualquer deles pela dívida total. Mas
necessita ser convencionada porque, caso contrário, a responsabilidade será tida como solidária.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Direitos de garantia

Havendo solidariedade entre os fiadores, aquele que realizar o pagamento sub-roga-se no direito do credor, podendo cobrar a dívida
toda do devedor, bem como a cota pela qual respondem os demais fiadores e se algum desses houver insolvente entre os outros
fiadores distribuir-se-á o ônus do pagamento.
O ajuizamento conjunto da cobrança regressiva contra o devedor e fiadores solidários importará na obrigação do demandante de, tão
logo satisfeito por uma das partes (devedor ou fiadores), desistir da ação contra os demais ou proceder a sub-rogação no processo. O
devedor pode ser demandado pelo seu fiador
pelas perdas e danos que eventualmente e de forma cabal tiver suportado pelo fato de ter-lhe sido exigido o pagamento e sido
obrigado a realizá-lo.
A obrigação do fiador cessa com sua morte, transmitindo-se aos herdeiros, até a força da herança, todos os efeitos decorrentes de
sua responsabilidade até a ocasião.
Desobriga-se o fiador em qualquer condição e circunstância em que, por tolerância, omissão ou conivência do credor, sem
consentimento seu:
a) for concedida moratória ao devedor;
b) tenha aceitado dação em pagamento, mesmo que esta se torne nula ou ineficaz;
c) torne-se impossível a sub-rogação do fiador no crédito;
d) requerido o benefício de ordem e feita a nomeação dos bens do devedor, observados os requisitos legais, provada sua suficiência
ao tempo, o retardo na execução tenha feito possível o desvio dos bens referidos.
Também desobrigado está o fiador, cujo afiançado seja menor e que se tenha obrigado em contrato de mútuo sem a devida
autorização de que lhe tenha guarda.
Além das exceções pessoais, pode o fiador argüir as mesmas que competem ao devedor principal relativas à extinção das
obrigações, tais como pagamento, novação, compensação, confusão, perda da coisa, prescrição, resolução, nulidade, etc., com
exclusão daquelas referentes à incapacidade pessoal do afiançado, salvo se tratar de mútuo.
A fiança pode ser prestada no mesmo instrumento obrigacional do negócio principal, constituindo cláusulas no contrato. O fenômeno
que ocorre então é o da coligação de contratos.
É um contrato unilateral porque dele decorre obrigação apenas a uma das partes: ao fiador.
Normalmente é gratuito, embora conhecidos hoje os fiadores de aluguel, presentes mais nos contratos locatícios.
O aval é um instituto do direito cambiário. Apesar do Magistrado Pontes de Miranda não ver o aval como garantia, dizendo ser mero
resquício essa noção - no que tem razão em certo sentido, v. g., ao gerar dívida abstrata e independente, capaz de sobrevier à
declaração unilateral de vontade a que se refere, não
pode ser definida como garantia por faltar-lhe objeto - é totalmente inútil e sem serventia essa posição, pois constitui o próprio ser do
aval, justificativa e finalidade, servir como garantia. Não se presta aval por qualquer outra razão. O exemplo não serve porque
sobreviver o aval à declaração unilateral de vontade é exceção, e não regra.
Não se pode tomar, como propugnava o Mestre, o aval como um gesto de solidariedade para com o avalizado, "a promessa de
comunhão de sorte" como ele referia, porque estaríamos olhando para um só lado da questão, esquecendo que o aval existe
unicamente por exigência do credor que nele vê uma garantia: a
vinculação de um terceiro de bom conceito e patrimônio, na mesma obrigação, aumentando suas chances de ser satisfeito em seu
crédito. Não teria sentido, não houvesse tal exigência pelo credor, que o devedor, sponte sua, tomasse o interesse de constituir
avalista. Mais. Sendo uma obrigação unilateral que nenhum proveito traz ao avalista, o que realmente conta é o ônus e não o prazer
da solidariedade, digase de passagem, quase sempre forçada.
Distingue-se da fiança por ser este negócio jurídico bilateral e, aquele declaração unilateral de vontade; por esta exigir outorga uxória
às pessoas casadas e aquele prescindir disso, porém, obrigando os bens apenas do cônjuge que se vinculou; por depender esta do
contrato principal para existir, condicionando-se por ele, e
aquele por ter vida totalmente independente, que se prolonga, em alguns casos, para além da existência da obrigação cambiária a
qual garante.
Entretanto, são invocáveis disposições a respeito da fiança, na execução cambiária, sob forma de exceções, como, a exceção de
excussão, bem como pode exigir que o avalizado faça seu adimplemento estando vencida a dívida, assim, também pode promover o
andamento da execução contra o avalizado se, sem justa causa, o credor mostrar-se negligente, por questão de eqüidade e simetria.
Comunga dessa opinião mestre Pontes, apesar de não ter exposto o fundamento.
Como a fiança, o aval também admite que outro aval a ele se sobreponha, como uma espécie de subaval, a este se aplicando as
regras cambiárias atinentes ao aval. E não só um aval, mas diversos são suscetíveis de acontecer, empilhando-se um sobre o outro,
tendo apenas como limite o campo físico do título e as necessidades de ordem prática.
Dissente da fiança no aspecto da pluralidade de avais ao mesmo vinculado. Os avalistas do mesmo avalizado não mantêm
cambiariamente nenhuma solidariedade entre eles com relação à dívida que asseguram.
Entrementes, não é defeso fazer pacto de solidariedade extracambiário.
O aval admite responder por parte apenas da dívida do avalizado e pode ser prestado por terceiro ou mesmo por alguém que já se
tenha vinculado anteriormente na mesma cambial por qualquer tipo de vínculo, como sacador ou sacado ou endossante ou
interveniente ou avalista.
O aval, não sendo limitado quantitativamente, terá o mesmo conteúdo obrigacional do vínculo do avalizado. Deve constar da própria
letra ou de folha anexa, desde que não contenha declaração ou características incompatíveis com o rigorismo cambiário, a qual,
juntada à cambial, formará um alongamento.
Este entendimento é o que melhor combina com o uso francês do aval em separado, para fins de aplicação uniforme a documento
estrangeiro de país signatário da Lei Uniforme de Genebra, evitando dar-se-lhe tratamento diferenciado dos efeitos que produz em
seu local de origem. .
É recomendável que o avalista indique o nome da pessoa avalizada. Não o indicando, ter-se-á como avalizada a pessoa cuja
assinatura, com declaração de aval, localiza-se logo acima ou, encontrando-se a assinatura completamente isolada, a presunção ex
lege operará no sentido de ser o aval dado em favor do criador da cambial (sacador i subscritor).
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Direitos de garantia

Mesmo que a obrigação do avalizado seja nula, desde que não o seja por vício de forma, persistirá válida a obrigação de seu avalista.
E se este pagar a cambial, conquanto a expressão jurídica usada na má tradução da LUG fale em sub-rogação, não ficará sub-rogado
no crédito, mas sim, adquirirá um novo direito emergente do mesmo título, autônomo com relação ao endossante anterior, como se
tivesse se operado novo negócio de circulação cambiária, podendo acionar de regresso seu avalizado, bem como, atendidos os
requisitos cambiários, agir contra os demais co-obrigados regressivos.
Se o aval, com declaração precisa, é posto antes de acontecer à vinculação cambiária do avalizado e esta não chega a acontecer, o
aval não vem a se tornar eficaz. Se o aval é prestado quando já precluso o prazo para protesto, sem ele, só valerá se o avalizado for
obrigado direto. Da mesma forma se prestado após o
protesto tirado fora do prazo. Mas, se protestado tempestivamente, poderá ser formalizado válida e eficazmente em favor de qualquer
vinculado cambiário antes do ajuizamento da cobrança.
Doe qualquer sorte, não produzirá efeitos cambiários, aval não sendo, quando dado após o ajuizamento da ação cambiária, quando
terá cessado a vida útil da cambial.
O aval é declaração abstrata. Cambiariamente essa declaração não tem causa. Possível causa ou motivação pertence ao domínio da
relação extracambiária, não passível de investigação nem de interesse cambiário.
GARANTIAS REAIS
Enquanto as garantias pessoais, como vimos, consistem em promessa de pagamento feita pelo garantidor em favor do credor, as
garantias reais submetem ao poder direto do credor coisas portadoras de valor econômico pertencentes ao prestador de garantia,
para maior segurança do retorno dos créditos deferidos.
São conhecidas e usadas basicamente as seguintes garantias reais nas operações bancárias: penhor, caução, hipoteca e alienação
fiduciária em garantia. Essa última, a rigor, não pertence ao gênero, porém, tendo em vista, a função de garantia que lhe é inerente,
não poderia deixar de assim ser considerada em seu duplo aspecto: como garantia e como real.
PENHOR
O penhor comum é o único que pode ser definido e caracterizado satisfatoriamente, dentro da variedade de que o penhor se compõe.
É o direito real que se constitui pela tradição efetiva, em garantia, de coisa móvel passível de apropriação. Essa definição não se
ajusta a outras espécies como, v. g., os penhores agrícolas, pecuário, industrial e às vezes também, mercantil.
O penhor divide-se em convencional e legal.
PENHOR LEGAL
Penhor legal é o que o legislador institui a favor dos hospedeiros, estalajadeiros, fornecedores de pousada ou alimentos, donos de
prédios, sejam rústicos ou urbanos, sobre os bens móveis de fregueses, consumidores e inquilinos, por dívida constituída na relação
jurídica que os vincula. Faz-se com a retenção dos
bens e requerimentos de homologação do penhor ao Juiz.
PENHOR CONVENCIONAL
O penhor convencional é o que deriva da vontade dos contratantes que o constituem. É negócio jurídico acessório que fica na estrita
dependência de um negócio principal, preso ao qual viverá todos os seus dias. Se este acaba, o penhor se extingue. Se o negócio
principal não se forma ou não ganha eficácia, tão pouco formar-se-á ou ganhará eficácia o penhor. Se o negócio principal for nulo, não
haverá penhor.
Também é caracterizado pela indivisibilidade da garantia. Não obstante ser sensível, por ser acessório à sorte do negócio ao qual
garante, eventual diminuição da dívida, a cujo pagamento responde a coisa penhorada, não produz correspectiva redução da garantia.
Significa que o pagamento parcial da dívida principal não é liberatório de parte da garantia.
O penhor comum é o civil. Os demais penhores convencionais são tidos como especiais e suas modalidades conhecidas são: rural
(subdividido em agrícola e pecuário), industrial, mercantil e de direitos. O penhor comum e, algumas vezes, o mercantil, exige para
sua instituição a efetiva tradição da coisa para o credor. Este, ao tomar posse assume a condição de depositário. Tem a obrigação de
zelar e guardar o objeto
recebido, agindo com a diligência habitual exigível para a manutenção e defesa da integridade do bem que lhe foi confiado. Não pode
fazer uso da coisa, salvo movimentá-la caso necessário para sua conservação. Fará jus ao ressarcimento das despesas que houver
suportado nessa administração. Vedado lhe é estipular pacto comissório. Extinta a dívida principal, o depositário tem o dever de
devolver o objeto do penhor nas mesmas condições em que o recebeu, acompanhado do acréscimo que acaso tenha produzido.
PENHOR MERCANTIL
O penhor mercantil constitui-se pela entrega real ou simbólica do bem empenhado, significando a possibilidade de ser convencionado
o instituto possessório. Aliás, em nenhuma forma de penhor há impedimento legal a que se convencione a entrega real da coisa dada
em garantia. Aqui se menciona a possibilidade da entrega real, tendo em vista a natureza do bem que possa ser oferecido, de não
pertencer à classe de coisas cuja disponibilidade imediata seja uma necessidade inerente à própria natureza da atividade do devedor,
possibilidade extremamente difícil nos outros tipos de penhor especial.
O penhor mercantil inicialmente foi regulamentado pelo Código Comercial. O Código Civil adotou suas disposições, donde
assemelharem-se os normativos.
Modernamente, o penhor mercantil ganhou roupagens novas através da Lei n° 6.840, de 3 de novembro de 1 980, com a criação da
Cédula de Crédito Comercial.
Nos demais negócios entre comerciantes, o penhor mercantil, conquanto anterior no tempo, rege-se como um penhor convencional
diferindo na possibilidade do uso do instituto possessório, como indicado acima, e na não exigência de registro.
O penhor mercantil pode ser estabelecido sobre coisas corpóreas, móveis ou imobilizadas por acessão, ou incorpóreas, constituídas,
via-de-regra, por direitos creditórios, sejam ordinários, decorrentes de contrato, sejam cartulares, representados por títulos de crédito.
O penhor de título de crédito será examinado à parte, quando tratarmos da caução.
Uma única novidade surge no penhor mercantil cedular relativamente ao penhor industrial, consistente na dispensa de descrição da
garantia quando esta se tratar de títulos de crédito, como veremos a seguir.

HIPOTECA
A hipoteca é considerada a mais nobre das garantias reais, justamente por servir-lhe de objeto os bens
de maior significado econômico, ensejando a constituição de uma garantia sólida. Constitui-se sobre bens imóveis e seus acessórios
(compreendidos aqui acessões, melhoramentos e construções); sobre o domínio direto e/ou o domínio útil; sobre as estradas de ferro;
sobre as minas e pedreiras; sobre navios (mesmo que ainda em construção); e sobre aeronaves.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Direitos de garantia

Característica dos direitos reais de garantia é a especialização de bens do patrimônio para sobre eles recaírem com exclusividade.
Essa especialização realiza-se pela individualização das coisas a serem oneradas, consignando-se todos os sinais distintivos e
particulares do objeto que permitam sua plena e eficaz identificação de entre outros da mesma espécie. '
Como se pode perceber acima, nem só os imóveis servem como objeto de hipoteca. Ocorre também sobre direitos (domínio direto,
domínio útil) e excepcionalmente sobre raros móveis (navio e aeronaves). O bem hipotecado permanece na posse do devedor
hipotecante, o qual prossegue com a livre disposição dos mesmos,
podendo aliená-los e/ou onera-los novamente pela instituição de outros gravames. A alienação do bem
hipotecado em tese não prejudica o credor hipotecário, como tampouco lhe causa dano a imposição sobre o mesmo bem de hipotecas
em graus subseqüentes, as chamadas sub-hipotecas.
Vedado lhe é, contudo, praticar atos que possam colocar em risco o objeto da hipoteca, bem como lhe produzir deterioração. Por
prejuízos decorrentes de má-gestão responde o devedor hipotecante, juntamente com aqueles que eventualmente lhe tenham
prestado concurso. Não se trata aqui de fiel depositário. A posse do devedor é em nome próprio.
Há três espécies de hipoteca: a) convencional; b) legal; e c) judicial. Em nosso estudo só é pertinente tratar da primeira espécie,
ficando as demais excluídas da abordagem. A hipoteca convencional é aquela negociada entre credor e devedor, que é constituída
consensualmente.
Via-de-regra é contrato solene, em virtude do elevado valor da garantia (art. 134, II do CC). Define-se como obrigação unilateral,
gerando deveres para uma só das partes. No direito bancário, todavia, ouso predominante das cédulas de crédito dispensa a
solenidade do contrato de constituição, sendo este utilizado quase que exclusivamente nas composições de dívida e nos empréstimos
hipotecários a entes públicos.
Presta-se à indagação o momento constitutivo da hipoteca e da irradiação da eficácia desdobrada, considerando-se uma dupla
relação: a) entre os contratantes; e b) com relação a terceiros. A doutrina temse
posicionado em reconhecer a ocorrência em um só momento da constituição e da irradiação da eficácia univocamente como sendo do
registro público do título, sob a alegação de que não se compreende direito real sem, preferência. Entrementes, a consensualidade do
contrato projeta a responsabilidade dos contraentes a tempo anterior ao registro, quando da constituição do direito, na formalização do
instrumento. Não se pode esquecer que a prelação é fenômeno concursal, o qual não pode suceder inexistindo terceiro. Portanto, a
eficácia concursal depreende-se do registro publicitário, único procedimento que empresta certeza jurídica à questão da ordem de
preferência. Não se pode, entretanto, pretender que entre as partes do acordo de constituição nenhuma validade alcance o ato
negocial a ponto de poder o devedor hipotecante evitar a sujeição do bem comprometido, impondo ao credor outro qualquer de seu
patrimônio. O direito de seqüela tem-no o credor, mesmo sem registro, desde que não esbarre na pretensão de terceiro de boa-fé,
titulado por direito próprio. Por aí se vê que o ato é bom, válido e eficaz entre as partes e que o registro na repartição competente tem
o destino certo de terceiro.
O cartório do registro imobiliário competente para dotação da eficácia concursal da hipoteca é o da localização dos bens da garantia.
Se vários, em localidades diversas, mister se faz o registro em todos eles.
Há requisitos intrínsecos e extrínsecos para a validade do ato de constituição da hipoteca. Os primeiros dizem respeito à legitimidade
e à capacidade do hipotecante. Deve ser titular do direito a ser onerado e ter capacidade para aliená-lo. Os segundos referem-se à
forma do instrumento, quer se trate de contrato ou de cártula. Se contrato, acima de certo valor, será da essência do ato o instrumento
público. Se cártula, é inerente o rigor formal.
A hipoteca é indivisível tanto relativamente a seu objeto quanto com referência à obrigação que garante. Desta sorte, caso o bem da
garantia possa ser dividido em partes e o seja, as partes em que se decompôs a coisa conservam o gravame sobre a sua totalidade,
como se não estivesse dividido. Da mesma maneira, eventual pagamento parcial ou qualquer outra ocorrência que produza redução
da dívida garantida, não determinará qualquer diminuição, seja do valor da hipoteca, seja dos bens da garantia. A mesma
permanecerá íntegra até a extinção da obrigação principal.
Ela é contrato acessório que depende de um principal para existir e sobreviver. Como é inalterável por força de sua indivisibilidade, só
segue o principal na sorte final, eis que muitos dos efeitos jurídicos da execução do contrato principal não ocasionarão nenhuma
conseqüência nela. A coisa hipotecada responde pelo pagamento da obrigação principal. Credor por hipoteca em grau subseqüente,
mesmo que vencida, depende do vencimento da primeira hipoteca, para poder excutir o imóvel, salvo se o devedor tiver declarado sua
insolvência. Veda a lei se considere insolvente o devedor que não tenha pagado a dívida decorrente de gravames posteriores à
primeira hipoteca.
O credor da segunda hipoteca pode remir a hipoteca anterior em seu vencimento, caso o devedor não se manifeste nesse sentido.
Mas é preciso que consigne em juízo a quantia exigível da dívida principal e demais
despesas judiciais, se ajuizada estiver a execução, intimando o exeqüente sobre o depósito e o devedor para, querendo, remi-ia.
Remindo-a o consignante, ficará por isso sub-rogado nos direitos de crédito.
Também o adquirente do imóvel hipotecado tem esse mesmo direito, mas terá que notificar judicialmente do contrato de seus
credores, pessoalmente, se o domicílio coincidir com o do registro, ou por editais, prazo de 30 dias a contar da aquisição, oferecendo
no mínimo o mesmo preço pago. O credor notificado pode, no prazo da oposição, requerer a licitação do imóvel; não o fazendo, a
presunção operará no sentido da aceitação da oferta, bastando então o pagamento ou mesmo o depósito em juízo do valor, para
requerer o cancelamento da hipoteca. Se, porém, o adquirente não notificar o credor, fica perante este obrigado às perdas e danos a
que eventualmente der causa, às custas e despesas judiciais, pagando ainda a diferença, se houver, entre o valor da adjudicação e o
da avaliação.
Por esse risco responde o imóvel, outorgando-se o direito regressivo ao adquirente contra o vendedor para reaver a quantia que
sobejar ao preço da aquisição.
Na licitação, só serão admitidos a lançar os credores hipotecários, os adquirentes e os fiadores. As remissões só poderão ocorrer não
antes da primeira praça nem depois da assinatura do auto de arrematação.
No caso de falência do devedor hipotecante, toca à massa o direito de remição, facultada sua realização pelo preço da avaliação. Se
o valor da dívida garantida exceder o valor pago, o saldo, com o cancelamento da hipoteca, torna-se-á quirográfico. No caso de
insolvência civil, o direito de remir é atribuído a qualquer dos credores hipotecários habilitados.
Na hipótese de falência ou insolvência, se o credor hipotecário preferir a adjudicação do bem que tenha preço de avaliação inferior à
dívida, poderá fazê-lo, mas terá que quitar integralmente a obrigação principal. Os imóveis sobre os quais recaiam o ônus real
hipotecário só poderão ser vendidos judicialmente precedido da intimação dos credores hipotecários, se eles não forem partes no
processo.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Direitos de garantia

É lícito às partes e especialmente ao vendedor estabelecer o valor de avaliação dos bens hipotecados, liberando-os de futura
avaliação judicial.
O objeto da hipoteca tanto pode ser bem corpóreo quanto incorpóreo. Sobre esta última espécie, houve tempo que se questionava a
possibilidade, sob o argumento de que o direito real só se consolida na materialidade das coisas levantando resistência em aceitá-los
sobre direitos, ainda que direitos reais. Hoje não
pende mais dúvida a respeito. Os direitos reais sobre direitos com pretensão real pertencem ao cotidiano jurídico. É o caso da
hipoteca constituída sobre o domínio desmembrado (direto/útil) e sobre fração de imóvel indiviso entre outros.
Em se tratando de hipoteca cedular, as declarações falsas ou inexatas do hipotecante acerca da área dos imóveis hipotecados, de
suas características, instalações e acessórios, sobre a pacificidade de sua posse, ou omita outras declarações sobre a existência de
gravames anteriores podem configurar prática de estelionato, sujeitando o autor às cominações penais próprias.
Os bens hipotecados cedularmente não poderão ser penhorados nem seqüestrados por outras dívidas do prestante da garantia, seja
ele o devedor principal ou terceiro, o qual deve denunciar a situação do bem ao oficial incumbido da diligência judicial.
O prazo máximo admitido em lei para a vigência do ônus real hipotecário é de 30 anos, passível de renovação. Ocorrendo esta após o
vencimento, ocasiona a extinção da garantia antiga e a constituição de nova.
Já a simples prorrogação, requerida por ambas as partes interessadas, não mexe com o tempo de validade, que se mantém sem
hiatos desde sua constituição primitiva.
Dar-se-á a extinção da hipoteca: a) com a extinção da obrigação principal; b) com o perecimento da coisa; c) com a perda do domínio
por parte do devedor hipotecante; d) com a renúncia do credor; e)com sentença transitada em julgado; f) com a prescrição.
O levantamento da hipoteca ocorre pelo seu cancelamento ou baixa no registro.
ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA
A alienação fiduciária é uma garantia real. Existe resistência de setores da doutrina e da jurisprudência acerca desse enquadramento.
A discussão é mais acadêmica. Sustenta-se no fato de as garantias reais conhecidas não transferirem o domínio. É preciso,
entretanto, não esquecer o dinamismo dos usos e costumes
do comércio e a rápida necessidade de transformação do direito empresarial, dando respaldo às novas práticas negociais. Em face
disso, as instituições jurídicas que acompanham essas mudanças devem manter-se flexíveis e ágeis, não podendo jamais se tornar
estruturas rígidas e definitivas.
A alienação fiduciária transfere, sim, o domínio, mas essa transmissão não se constitui no fim visado pelo negócio, representando
mera forma, imprópria é bem verdade, de constituição de garantia. O domínio é transferido provisoriamente. Se o prestador da
garantia, o fiduciante, não adimplir a obrigação, o objeto vai à venda, vedado sendo ao fiduciário ficar com o bem. Transferência de
coisa em garantia é garantia real. - O negócio de transmissão da propriedade ou do domínio é que é resolúvel, e não a propriedade ou
o domínio, como costumam dizer muitos juristas. Para a propriedade resolver-se tem de extinguir-se seu objeto.
Para o domínio resolver-se é preciso que se rompa o vínculo de poder que o titular do direito de propriedade em diretamente sobre a
coisa, mas esse rompimento por si não opera o refazimento do vínculo anterior. A resolução do negócio em que se transmitiu o
domínio é que determinará como conseqüência o desfazimento da
transferência, voltando a titularidade a quem quis a transmissão, mas não pôde consumá-la.
O que determina a resolução do negócio de transmissão é o adimplemento do devedor fiduciante. A quitação da dívida produz a
reversão ao statu quo ante, pelo simples fato de ser a alienação fiduciária negócio acessório que não sobrevive sem o principal. Mas a
propriedade pode resolver-se sem a resolução do negócio
de transferência do domínio, quando a própria coisa perecer. O inadimplemento do devedor fiduciante também acarreta o fim da
titularidade do domínio do credor fiduciário, porque, como não pode ficar com o bem da garantia, terá de vendê-lo para com o produto
da venda se cobrar, devolvendo a quantia que eventualmente
sobre. Não bastando para o integral pagamento da dívida, o devedor continuará pessoalmente obrigado pelo saldo.
É contrato bilateral porque enseja obrigação para ambas as partes. É, além disso, consensual, oneroso, típico, nominado, de duração.
Com o domínio, há transmissão da posse indireta ao credor. Pelo instituto possessório, a posse direta
é atribuída ao devedor, que, desta forma, torna-se fiel depositário do bem da garantia, com as responsabilidades civis e penais dessa
condição, mas sem o direito de ressarcimento das despesas havidas com a manutenção da coisa e sem a coisa e sem o conseqüente
direito de retenção.
Servem como objeto da alienação fiduciária os bens móveis em geral, desde que infungíveis seja por natureza ou convenção. A rigor,
embora pouco comum, também podem servir como objeto direito, especialmente os instrumentados por títulos de crédito. O grande
problema não chega a será possibilidade jurídica, que já não se discute mais, mas sua perfeita identificação, levando em
consideração, sobretudo, caber ao proprietário fiduciário o ônus da prova, contra terceiros, de que são tais e não outros os bens de
seu domínio que se encontram na posse do devedor. Sem isso, o risco assumido pelo credor é muito grande. Em princípio, o
que é penhorável pode ser objeto de alienação fiduciária.
O negócio jurídico só pode ser comprovado por escritura pública ou particular e sua validade depende de registro, sendo competente
para o ato, com arquivamento obrigatório de cópia, nos contratos, o Registro de Títulos e Documentos do domicílio do credor, e, nas
cédulas, o Cartório de Registro de Imóveis da circunscrição onde se encontram os referidos bens. Na alienação fiduciária constituída
sobre veículos automotores, como sobre aeronaves e navios, a repartição competente para o registro é aquela incumbida da emissão
e controle de suas respectivas licenças, que deverá anotar em seus Certificados de Registro.
O devedor que alienar ou der em garantia coisa já alienada fiduciariamente responde por estelionato, sujeitando-se às cominações
civis e penais previstas para a espécie. É aplicável à alienação fiduciária em garantia o princípio da indivisibilidade da garantia
relativamente à divisibilidade do valor da obrigação pecuniária. Pagamentos parciais não liberam parcelas do domínio. Em caso
de desapropriação, o valor pago sub-roga o bem.
Na condição de acessório segue o principal em sua sorte. Assim, vence antecipadamente quando isso ocorrer com o contrato ao qual
adere. Se a aquisição da propriedade fiduciária for a non domino, posterior aquisição do domínio pelo fiduciante convalida o negócio.
O credor fiduciário tem a seu favor ação de busca e apreensão para o caso de se configurar a mora do devedor, em cujos autos o
demandado poderá purgá-la. Não se consumando esta, a sentença consolidará a
propriedade e a posse plena e exclusiva em mãos do credor, que, todavia, poderá preferir a venda judicial ou extrajudicial. Se o bem
não for encontrado, a busca e apreensão pode se converter em ação de depósito. Tem além dessas ações a execução de títulos
extrajudiciais do saldo não coberto com a venda do bem ou de toda a dívida, uma vez frustrada a busca e apreensão, se preferir
executá-la ao invés de convertê-la em ação de depósito.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Direitos de garantia

FIANÇAS BANCÁRIAS
As garantias prestadas pelos Bancos em favor de seus clientes são, normalmente, garantias de natureza pessoal que se apresentam
sob as características seguintes: acessórias ou não-acessórias; nacionais ou internacionais.
As garantias pessoais são aquelas em que o banqueiro se vincula pessoalmente. Constituem-se geralmente por instrumentos
conhecidos pela expressão de "cartas", tais como cartas de crédito, cartas de fiança, cartas de garantia, etc.. Podem ocorrer através
do crédito de aceitação, pela aposição de aceite em títulos de crédito.
Sendo garantias prestadas em âmbito nacional, seguem disciplinas comuns, mantendo o caráter acessório do negócio de garantia. A
carta de fiança é fiança, sendo regulada pelas normas que lhe são próprias.
A carta de crédito constitui-se em um acreditivo já estudado anteriormente. Da mesma forma, o crédito de aceitação foi abordado
como empréstimo de firma.
Já os negócios internacionais apresentam conteúdo próprio diferenciado, pois não se deixando jungir por um sistema jurídico
uniforme, mostram-se vacilantes em muitas questões. Formam-se então pela prática diuturna do comércio exterior, apoiada nos usos
e costumes profissionais, nas regulações através de fórmulas,
de contratos-tipo, na jurisprudência arbitrai e em diretrizes traçadas por organismos especializados, como é o caso da Câmara de
Comércio Internacional ou organizações como a ONU, a CEE, etc..
Por força dessa condição, diversas fórmulas, destinadas a suprir deficiências em matéria de segurança jurídica, ganharam
notoriedade, caindo no agrado dos intemacionalistas e adquirindo aos poucos exegese comum, formando praticamente um corpo de
normas uniformes, chamado lex mercadoria. A livre escolha das partes no contrato invocando Regras e Usos Uniformes organizados
pela CIC vinculam o julgamento das contendas à disciplina eleita.
Essa prática tem afastado as garantias bancárias internacionais da disciplina tradicional da fiança, retirando-lhes o caráter de
acessoriedade. São conhecidas pelo nomen juris "garantias".
Costumam ser divididas em duas principais espécies, tendo em vista o fim a que se destinam:
garantias de pagamento e garantias de execução.
As garantias de pagamento compõem-se de cartas de crédito, constituindo negócio acreditivo. São garantias autônomas, sem
qualquer acessoriedade ou contaminação com o negócio subjacente. Importa em vinculação triangular, com o concurso eventual de
um quarto figurante, sempre Banco correspondente. São
conhecidas pela denominação on open acount (conta aberta), emitidas em três modalidades:
a) o vendedor recebe antes de embarcar o produto;
b) o comprador paga antes de receber, mas depois de olhar o produto; e
c) o comprador paga contra-recebimento da mercadoria. Referidas garantias ou são incondicionais,
exigíveis à primeira solicitação, ou condicionais, dependentes de comprovação documentária do
inadimplemento.
As garantias de execução apresentam-se sob variadas subespécies:
a) Big Bondgarante a oferta na licitação, respondendo pela obrigação de contratar;
b) Performance Bond garante a boa execução a qual pode se desdobrar em garantias menores:
garantia de manutenção; garantia de reembolso; garantia de submissão, etc..
0 estudo mais aprofundado dessas garantias deve ser tentado no Direito Internacional Privado.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Produtos e Serviços Financeiros

Vejamos a questão de concurso:


6
1. Dentre as opções apresentadas abaixo, apenas uma é verdadeira. Assinale-a.
a) O CDB e o RDB, se negociados pré-fixados, se constituem em títulos de renda fixa. Se
negociados pós-fixados, representam títulos de renda variável.
b) A hipoteca é o direito real de garantia instituído sobre bem móvel em geral, por escritura
pública, a qual deve ser registrada na circunscrição imobiliária a que pertencer o bem hipotecado.
c) O Certificado de Depósito Bancário (CDB) é um título de renda fixa emitido por instituições
financeiras, que tem como características a reaplicação ou renovação automática e a
impossibilidade de transferência a terceiros.
d) Contrariamente ao CDB, o Recibo de Depósito Bancário (RDB) pode ser negociado antes do
seu vencimento. Mas, neste caso, o valor de resgate deverá ser negociado com a nova instituição
financeira adquirente do título.
e) O risco do crédito difere do risco da operação, pois a probabilidade final de recebimento
depende da forma de contratação, das garantias oferecidas e de outras variáveis que não se
relacionam diretamente à decisão de deferir o crédito.

2. Às instituições financeiras é comum o ganho com a retenção temporária de recursos de


terceiros. Por exemplo, um banco pode receber certa quantia em cobrança do título de um cliente,
sendo o valor creditado na conta do titular dois dias após a cobrança. O banco, nesse intervalo de
tempo, obtém receita financeira pela aplicação da quantia recebida.
A operação acima descrita é comumente denominada de:
a) Hot money
b) Warrants bancário
c) Factoring bancário
d) Floating bancário
e) Rentabilidade compulsória em papers

Entende-se por produtos e serviços os relacionados à prestação de serviços aos clientes,


cuja remuneração ao banco é obtida através do float (permanência de recursos transitórios dos
clientes no banco) ou pela cobrança de tarifa de prestação de serviço.
Os serviços bancários são todos aqueles prestados pelos estabelecimentos de crédito.
Destacam-se entre esses serviços, as operações passivas, constituídas de depósitos de
diversas modalidades; operações ativas, representadas pelos empréstimos, financiamentos e
ainda as operações acessórias representadas pela prestação de serviços que não se incorporam
ao ativo e passivo.
Os bancos são estabelecimentos de crédito destinados a transações de fundos públicos e
particulares.
Entre os gregos, os bancos denominavam-se trapeza e seus proprietários trapezistas.
Trapeza, em grego, significa bancos, isto é, lugar onde se realizam os primeiros negócios,
através da moeda.
Daí a denominação Banco, usada até hoje pelos estabelecimentos de crédito.
A utilidade dos bancos está na sua ação de promover a circulação dos capitais. Os bancos
agem como intermediários entre as pessoas que têm dinheiro disponível e aquelas outras
pessoas que, não o possuindo, procuram-no emprestado. Na sua função intermediária, os bancos
garantem as operações e as tornam mais seguras.
Atualmente, a função do banco é cooperar com o comércio, a indústria e a agricultura,
promovendo o fomento da produção, o giro do dinheiro, facilitando a aproximação do capital ao
trabalho; simultaneamente, contribui para a economia dos povos e das camadas sociais nas mais
variadas operações de crédito.

6
RESPOSTA: 1. E 2. D
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

DEPÓSITOS À VISTA
A captação de depósitos à vista, livremente movimentáveis, é atividade típica e distintiva
dos bancos comerciais que os configura como instituições financeiras monetárias. É a chamada
captação a custo zero.
Assim, o depósito à vista para o banco, é dinheiro gratuito.
Entretanto, como existe um custo implícito na abertura e na movimentação de uma conta
corrente, os bancos podem, eventualmente, estabelecer valores mínimos para abertura e
manutenção de saldo médio em conta pelo cliente, que, pelo menos, garanta a cobertura dos
custos operacionais desta conta.
Embora sendo uma captação de recursos dos clientes, seria melhor enquadrar este produto
como serviço, pois a qualidade de atendimento e os recursos tecnológicos colocados à disposição
da clientela é que diferenciam entre os bancos.
A conta é o produto básico de relação entre o cliente e o banco, através dela são
movimentados os recursos do cliente, utilizando:
• depósitos
• cheques
• ordens de pagamento;
• etc...

Cheque
O cheque é uma ordem de pagamento a vista. Considera-se não escrita qualquer menção em
contrário.
O cheque deve ser a apresentado para pagamento no prazo 30 dias da emissão (quando
emitido no lugar onde deve ser pago), caso contrário em 60 dias.
O portador do cheque tem o prazo de 6 meses para promover a execução (ação de cobrança
judicial do cheque) contra seu emitente ou avalista sob pena de prescrição (perder o direito a esta
ação judicial).
O cheque pré-datado não é juridicamente válido, mas na prática tem sido utilizado e, assim,
assume características de uma promissória.

Saques sobre valor


• valores depositados em cheque (que somente entram para as reservas ao banco após
sua compensação) somente podem ser movimentados, no mesmo dia, via cheque
(ainda assim caso sejam da mesma praça - cidade) pois do contrário dão origem aos
chamados "saques sobre valor" onde o banco perde reservas pois estaria, na verdade,
emprestando um recurso antes de realmente dispor dele;
• os cheques administrativos, visados ou DOC de emissão do próprio correntista são
movimentados como se dinheiro fossem, embora sempre compensados.

Cheques cruzados
• os cheques cruzados não podem ser descontados, apenas depositados.

Recusa de pagamentos de cheques


Os bancos podem recusar o pagamento de cheques nos seguintes casos:
• insuficiência de fundos (cheques sem fundo),
• divergência ou insuficiência na assinatura do emitente;
• irregularidade formal (erro no preenchimento);
• contra-ordem escrita do emitente (bloqueio);
• encerramento de contas.

Cheques nominativos x ao portador


• Após o plano Collor, todos os cheques são obrigatoriamente nominativos, que para
saque, depósito ou pagamento
• os cheques acima de R$ 100,00 se não forem nominativos serão devolvidos (sem que
o nome do emitente vá para o cadastro de emitentes de cheques sem fundos).
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

COBRANÇA E PAGAMENTO DE TÍTULOS E CARNÊS

A cobrança de títulos foi o produto mais importante envolvido pelas instituições nos últimos
10 anos.
Servem para aumentar o relacionamento instituição financeira x empresa, aumentam a
quantidade de recursos transitórios e permitem maiores aplicações destes recursos em títulos
públicos.
A cobrança é feita através de bloquetes que podem circular pela câmara de compensação
(câmara de integração regional) o que permite que os bancos cobrem títulos de clientes em
qualquer praça (desde que pagos até o vencimento - após o vencimento, o pagamento somente
poderá ser feito na agencia emissora do bloquete).
Os valores resultantes da operação de cobrança são automaticamente creditados na conta
corrente da empresa cliente no prazo estipulado entre o banco e o cliente.

Vantagens da cobrança de títulos:


• Para o Banco:
1. aumento dos depósitos à vista, pelos créditos das liquidações
2. aumento das receitas pela cobrança de tarifas sobre serviços
3. consolidação do relacionamento com o cliente
4. inexistência do risco de crédito.

• Para o Cliente:
1. capilaridade da rede bancária
2. crédito imediato dos títulos cobrados
3. consolidação do relacionamento com o banco
4. garantia do processo de cobrança (quando necessário o protesto)

Processo de cobrança bancária:


1. Os títulos a serem cobrados (ou modernamente apenas seus dados, via computador) são
passados ao banco;
2. o banco emite os bloquetes aos sacados (aquele que deverá pagar o valor do bloquete);
3. o sacado paga;
4. o banco credita o valor na conta do cliente (cedente).

Diferentes tipos de cobrança (criados devido a concorrência):


• cobrança imediata  sem registro de títulos;
• cobrança seriada  para pagamento de parcelas
• cobrança de consórcios  para pagamento de consórcios;
• cobrança de cheques pré-datados  cobrança remunerada: remuneração dos
valores cobrados;
• cobrança indexada  em qualquer índice ou moeda;
• cobrança casada cedente sensibiliza sacado e vice-versa;
• cobrança programada garantia do fluxo de caixa do cedente;
• cobrança antecipada  eliminação de tributos de vendas a prazo;
• cobrança caucionada  cobrança das garantias de contratos de empréstimos
• cobrança de títulos descontados  desconto de títulos.

nota fiscal x fatura x duplicata


 nota fiscal é um documento fiscal, comprovante obrigatório da saída de mercadoria
de um estabelecimento comercial ou industrial;
 fatura é uma relação de notas fiscais que correspondem a uma venda a prazo;
 duplicata é um título de crédito formal e nominativo emitido pelo vendedor com a
mesma data, valor global e vencimento da fatura que lhe deu origem e representa
um direito de crédito do sacador (vendedor) contra o sacado (comprador). A
propriedade da duplicata pode ser transferida por endosso.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

TRANSFERÊNCIAS AUTOMÁTICAS DE FUNDOS

Este serviço é prestado a clientes que, por diversas razões, necessitam manter diferentes
contas correntes em diferentes agências de um banco.
• O cliente determina o nível de saldo que deseja manter em cada uma dessas contas
correntes;
• O banco, ao final de cada dia, transfere o saldo de uma conta para outra de modo a
manter os níveis desejados em cada uma delas.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

COMMERCIAL PAPERS

Assim como as debêntures, os commercial papers são títulos de dívida emitidos por
empresas, que podem ou não ser financeiras. Contudo, ao contrário das debêntures, têm um
prazo mais curto de duração, e são indicados para investidores interessados em aplicações de
curto prazo. O prazo mínimo dos commercial papers é de 30 dias e o máximo de 360 dias. Os
recursos obtidos com a emissão dos commercial papers em geral são usados para financiar as
atividades de curto prazo da empresa, ou necessidades de capital de giro, como compra de
estoques, pagamento de fornecedores, etc.

Rentabilidade
A rentabilidade dos commercial papers é definida pelos juros pagos pela empresa ao
investidor, juros estes que podem ser pré-fixados (maioria dos casos), pós-fixados, neste caso
baseado no desempenho de um indexador definido no contrato. Também existe a possibilidade de
emissão de commercial papers em dólares, que são uma boa alternativa para quem está
buscando aplicar em dólar.
Por se tratar de emissões de curto prazo, a garantia da operação em geral está vinculada à
situação financeira da empresa. Da mesma forma que com as debêntures, há a necessidade de
registrar a emissão junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e contratação de uma
instituição financeira para a intermediação.
Se desejar é possível vender um commercial paper antes do vencimento para outro
investidor, para isso basta transferir a sua titularidade através de endosso. Por outro lado, a
empresa também pode resgatar antecipadamente um commercial paper, mas para isso é preciso
que tenha decorrido o prazo mínimo de 30 dias.

Impostos
Como nas demais aplicações em renda fixa, a alíquota de imposto de renda que incide
sobre os rendimentos é de 20%, sendo que cabe a instituição responsável pelo pagamento dos
rendimentos recolher este imposto diretamente na fonte.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

ARRECADAÇÃO DE TRIBUTOS E TARIFAS PÚBLICAS

São serviços prestados à instituições públicas, através de acordos e convênios específicos,


que estabelecem as condições de arrecadações e repasses desses tributos/tarifas.
Ultimamente esta tarefa também tem sido atribuída a agências de correio.
Por outro lado, os bancos podem também ficar incumbidos de pagar ao público, como por
exemplo
• Restituição do Imposto de Renda;
• PIS
• FGTS
• ETC...

A circular do BC 1.850/90 estabeleceu que os tributos arrecadados terão o mesmo


tratamento dos depósitos a vista para efeitos do depósito compulsório (não geram float). As tarifas
ficam de fora e, portanto, continuam gerando float bancário.

Vantagens para o Banco:


¬ aumento de aplicações graças aos valores arrecadados, com conseqüente aumento de
receitas.
∧ atrativo para a conquista de novos clientes.
∨ ancoragem do cliente/instituição pública.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

HOME BANKING

O Home Banking é, basicamente, toda e qualquer ligação entre o computador do cliente e o


computador do banco, independente de modelo ou tamanho, que permita às partes se
comunicarem à distância.
Através do Home Banking, o cliente, sem sair de seu escritório, tem entre outros serviços,
informações sobre: saldo e movimentação em conta corrente, saldo e movimentação de
cobrança/contas a pagar: posição, aplicações e resgates em fundos, operações de empréstimos,
cotações de moedas/índices e bolsas de valores, saldo em caderneta de poupança.
Ao mesmo tempo, o cliente pode se comunicar diretamente com o Banco, solicitando
alterações dos seus títulos de cobrança, talões de cheques ou qualquer outro tipo de demanda
não-negociável.
A comunicação é feita via telefônica, quer seja pública ou privada através de modem e
utilizam os mais diferentes meios como:
• cabo;
• fibra ótica;
• satélite.

A segurança na transmissão de dados é garantida pelo perfil de autorização que o banco


concede através de uma palavra-chave (password) que limita o acesso às informações.
O FAX também foi incluído dentro de um Home Banking, como meio de ligação banco-
cliente com todo o poder da comunicação escrita.
Com toda esta gama de alternativas colocada pela tecnologia a serviço dos bancos,
podemos ampliar o conceito de Home Banking para:

O relacionamento entre banco e cliente composto por qualquer uma das


composições abaixo que permita a troca rápida e segura de informações entre as
partes:

• Base de difusão de informação pelo banco


 Central de atendimento
 Unidade de resposta audível (talker)
 Talker com fax
 Telex
 Micro
 Mainframe (servidor de redes de computador)

• Canal utilizado para envio da informação:


 modem (modelador / demodulador) -aparelho que transforma as informações do
formato gerado pelo computador. para o formato aceito pela linha de comunicação
e vice-versa.
 Linha telefônica (todas com a mesma função - transferência de informações -
diferindo na velocidade, qualidade e quantidade de informação transferida) –
discada e dedicada
 Transdata da Embratel
 Renpac (Rede Nacional de Pacotes)
 FM (Receptor especial)
 Canal vídeo-texto
 Internet
• Veículo do cliente
 Telefone com ou sem visor
 Fax
 Telex
 Monitor de videotexto
 Microcomputador
 Terminal ponto de venda
 Pager
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

REMOTE BANKING

O conceito de remote banking. é o de atendimento ao cliente fora das agências.


O atendimento dentro de agências, além de ser, em muitas situações, um incômodo para os
clientes (trânsito e filas), é um fator de despesas para os bancos (investimentos em instalações).
Portanto o remote banking foi uma solução encontrada pelos bancos.

Tipo de serviços oferecidos:


Saques em dinheiro
• Pontos de atendimento externo tipo rede banco 24 horas
• Pontos de atendimento interno tipo balcão eletrônico
• Pontos de atendimento externo através de cartão magnético ou cheque trocados em
redes de postos de gasolina, redes de lojas.

Depósitos fora do caixa dos bancos


• Depósitos nas redes tipo banco 24 horas
• Depósitos expressos em caixas coletoras
• Depósitos em cheque pego em casa de clientes

Entrega em domicílio de talões de cheque


• Em mãos
• via correio

Terminais de auto-pagamento
• Coletas de contas em casa para posterior pagamento e devolução de recibo pelo correio
• Envio das contas a pagar através dos correios
• Programação prévia de pagamentos, tipo agenda eletrônica.

Débito automático em conta corrente de concessionárias de serviços


públicos e outras empresas

Troca de informações constante com os bancos via home banking para


obter extrato, aplicar, resgatar, transferir fundos entre cotas, bloquear
cheques, pedir talões e muito mais. Neste item sobressai a Central de
Atendimento Telefônico

Remessa de numerário ao cliente.


O conceito de remote banking está portanto, associado a idéia de banco virtual, ou seja, no
qual o banco diversifica os seus canais de distribuição, derrubando os limites criados, quer seja
por espaço, tempo ou meio de comunicação. A tecnologia tem papel fundamental para garantir a
integração dos requisitos de conveniência, segurança, eficácia e relacionamento, exigidos pelo
conceito de remote (virtual) bank.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

BANCO VIRTUAL

O sistema financeiro, acompanhando seu


movimento constante de atualização às novas
tecnologias, encontra-se mundialmente entre os mais "Pense num serviço que você
"virtualizados". Captando o que a tecnologia pode lhe precise e pegue o telefone. Este
oferecer de melhor, os "bancos investem na agilidade é o conceito de banco virtual"
da informação. Tornado os bancos virtuais como a
mais forte tendência para o setor bancário no futuro".
"Os fluxos financeiros mundiais são superiores aos do comércio internacional e, no
interior mesmo do setor financeiro, o crescimento dos produtos derivados (espécies de
seguros sobre os produtos clássicos e virtuais por excelência) é mais acentuado que a
média. De maneira mais geral, a primazia crescente da economia monetária e dos
imperativos financeiros é uma das manifestações mais notáveis da virtualização em curso"

Vários fatores conduzem à criação dos primeiros bancos virtuais no país. São importantes
desde uma apropriação de um modelo em prática em países da Europa, como também uma
necessidade premente de reformulação do praticado em função de um novo cenário
macroeconômico e, de um novo desenho no perfil do consumidor, assim como um acirramento na
disputa pelo mercado.
Na década de 90, alterações na regulamentação da atividade financeira possibilitam o
surgimento de inúmeras instituições bancárias, as quais em sua grande maioria são de pequeno
porte.
Não ocorrendo um concomitante aumento proporcional na demanda por serviços bancários,
na mesma grandeza do aumento da oferta, este novo contexto estimula reformulações e
reposicionamentos por parte das instituições. Paralelamente, a atividade financeira bancária perde
posições no conjunto das atividades econômicas do país, acentuando ainda mais essa disputa.
De outro lado, tal reestruturação satisfaz plenamente as diretrizes empresariais que neste
caso apontam para a diminuição da estrutura organizacional e redução quantitativa da mão-de-
obra com conseqüente redução de custos.
De fato, a operação do banco virtual permite uma relação entre o número de funcionários e
o de clientes dificilmente alcançável em outro modelo: o banco virtual do privado nacional conta
com 300 funcionários e 25.000 clientes, uma proporção bastante menor do que, por exemplo, a de
sua empresa matriz, como de qualquer banco convencional.
Enquanto a informatização favorece enormemente a atuação da agência bancária virtual,
permitindo grande agilidade na execução de procedimentos rotineiros de trabalho, o crescimento e
a popularização de um novo perfil do consumidor - aquele que busca maior comodidade,
eliminação ou redução dos deslocamentos físicos - vem a estimular a sua criação.
"Hoje, a maior parte das negociações já são fechadas por telefone, então foi criar uma infra-
estrutura por telefone que seja igual ou tão melhor que na agência. tempo" (Gerente/Banco
Privado Estrangeiro/ 12/12/96)
Assim, são criadas novas formas de atendimento à distância como: as centrais de
atendimento, home banking e os próprios bancos virtuais.
A comercialização da imagem destes bancos é baseada essencialmente em dois pontos: a
comodidade do cliente e a eficácia de uma "estrutura inteligente" de operação. O primeiro
item está voltado para o princípio básico de atendimento via telefone, associado às facilidades
propiciadas ao cliente, tornando desnecessário enfrentar filas e deslocamentos até as agências,
falta de segurança para saques e depósitos, etc. Aspectos muito valorizados para o usuário das
grandes cidades que se constituem no público-alvo deste modelo de banco.
O "banco virtual" consiste numa agência bancária inteiramente "on line" onde todos os
serviços bancários convencionais são operados remotamente, através de linhas telefônicas e
computadores, sem que haja um espaço físico correspondente à agência. Com isso, trata-se de
levar o banco ao cliente sem obrigá-lo a deslocar-se. Transações como depósitos ou saques são
feitos por courriers contratados pelo banco junto à empresas terceirizadoras de serviços ou
aproveitados do próprio corpo de funcionários do banco. Assim, o banco economiza em sua
estrutura, tanto no aspecto físico como operacional, e procura alcançar o cliente que quer evitar a
freqüência de agências bancárias.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

BANCO VIRTUAL

"O virtual veio para dar mais comodidade ao cliente, pegar um público-alvo que
tenha a necessidade de ter mais comodidade, não só a comodidade pela comodidade mas
para poder ganhar mais tempo com os seus negócios."

E o segundo de que apenas as instituições que não precisam arcar com os custos de uma
rede de agências poderão oferecer tarifas menores e portanto mais competitivas no mercado.

"Tem uma grande palavra-chave nesse negócio que é a competitividade e que você vai
fazer através de uma política de serviços diferenciados, de uma política de preços diferenciada e
uma grande variável que entra com um peso bastante significativo chama-se custo.”

A estrutura organizacional:
A estrutura organizacional do banco virtual baseia-se numa rede de comunicação bastante
sólida, que implica no contato quase exclusivamente telefônico com o cliente e no alto índice de
informatização das operações internas. Isso permite dispensar departamentos de apoio que
podem ser eventualmente acessados na matriz, contando com um organograma bastante enxuto.
No banco privado nacional, há basicamente uma diretoria geral, uma área de
relacionamento com os clientes (que cuida do gerenciamento das contas), outra de prospecção de
clientes, um setor de projetos, produtos e tecnologia, a área de marketing e uma de suporte para
Recursos Humanos, treinamento e qualidade.
Da mesma maneira que os depoimentos apontam para uma estrutura organizacional
enxuta, é consenso que nenhuma instituição financeira poderia atuar sem um setor de
compensação de cheques. É importante ressaltar que a atividade do banco virtual só é possível
por ter uma retaguarda operacional e técnica no banco de origem - no caso do privado nacional -
e de forma mais simplificada no banco privado estrangeiro, por ser tratado dentro da instituição
como um serviço.
No processo de reestruturação do sistema bancário, há uma busca constante em voltar
suas atenções apenas para as atividades-fim e passam a terceirizar todas as atividades-meio.

O Trabalho do Motoqueiro:
Porém o aspecto mais relacionado com a concretização do banco virtual baseia-se no
trabalho dos chamados moto-boys.
Empresas prestadoras de serviços vêm sendo fundadas visando atender um novo nicho de
mercado criado pelo sistema bancário. Isto é, se todo marketing é baseado na agilidade e
eficiência dos serviços e não há estrutura operacional fixa para atender, a solução encontrada foi
a contratação de empresas para a realização da entrega ou de recebimento de documentos, etc.
A atuação dessas empresas terceirizadoras inclui transporte de valores e documentos
baseados em contratos mensais ou avulsos, disponibilizando certo número de courriers para
operar nas agências. Os bancos, por sua vez, preferem que estas equipes de mensageiros não
sofra alterações visando o estabelecimento de um vínculo pessoal de confiança.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

DINHEIRO DE PLÁSTICO

Trata-se de uma série de alternativas ao papel moeda que tem como objetivo facilitar o dia a
dia das pessoas e, por outro lado, representam um incentivo ao consumo.
Tudo começou lá por 1.920, quando algumas companhias de petróleo e cadeias de hotéis
dos EUA resolveram emitir cartões que garantissem crédito a seus clientes nas compras em suas
filiais. Depois da Segunda Guerra Mundial e com o aprimoramento das tecnologias de produção e
segurança dos cartões, a prática ganhou o mundo.
O primeiro cartão universal, para compras em vários estabelecimentos, foi introduzido pelo
norteamericano Ralph Scheider, em 1.950, o Diner´s Club (Clube de Restaurantes, em inglês),
que, inicialmente, oferecia crédito em 27 restaurantes de Nova York.
Mais fáceis de se produzir, os cartões de plástico não requerem a sofisticação das cédulas
de papel ou das moedas, e as tarjas magnéticas, que servem apenas como "chave de acesso" só
liberam serviços ou créditos mediante senha pessoal e intransferível, o que torna o cartão
extremamente seguro e mais, favorece a uma infinidade de operações, que vão do abrir uma
porta, do banco 24 horas, por exemplo, ou de um automóvel, à transferência de valores de uma
instituição financeira a outra, a uma empresa ou a pessoas físicas - muitas vezes
instantaneamente, o que confere uma velocidade antes inimaginável à concretização de negócios.
Com a chegada da Internet, então, bastam os dígitos da senha do cartão e pronto: operação
efetuada com sucesso. Sempre com muita segurança, fundamental em tempos onde a
criminalidade é fator crítico de instabilidade na vida e nos empreendimentos financeiros - ninguém
sai mais por aí com uma mala cheia de dinheiro.
Conseqüência de uma base de dados sobre os credenciados por uma operadora de
cartões, estas informações preciosas permitem ações de marketing de relacionamento e de
vendas, que fazem clientes fiéis à empresa, mais satisfeitos com o atendimento e predispostos a
novas compras e mais freqüentes. É assim que as companhias de aviação, pioneiras nesta
"descoberta", os supermercados ou lojas sofisticadas de todo o mundo fazem valer muito mais
que dinheiro o seu "dinheiro de plástico".
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

CONCEITOS DE CORPORATE FINANCE

São operações complexas que envolvem a intermediação de fusões, cisões, aquisições e


incorporações de empresas.
Neste segmento, juntamente com empresas de consultoria especializadas, as instituições
financeiras utilizam todo o seu conhecimento do mundo das operações financeiras e de
investimento, de forma a viabilizar tais operações, seja com recursos nacionais ou recorrendo a
recursos do exterior.

Operações específicas de Corporate Fínance.


1. Aquisição alavancada  leveraged buyout
2. Management buyout  Aquisição de ações pelos administradores
3. Takeover  Aquisição de controle
4. Tender offer  Oferta pública de aquisição de ações
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

FUNDOS MÚTUOS DE INVESTIMENTO

São uma forma de condomínio aberto ou fechado e representam a reunião de recursos de


aplicadores/investidores destinados à aplicação em carteira diversificada de títulos e/ou valores
mobiliários de renda fixa ou de renda variável, com o objetivo de propiciar aos seus condôminos
valorização de cotas, com menor custo global, ao mesmo tempo que tais recursos se constituem
em fonte de recursos para investimento em capital permanente das empresas.
A diferença básica entre fundos e outras aplicações está em que os fundos aplicam os
recursos de seus investidores em um conjunto de títulos, de acordo com a política de investimento
definida pelos seus administradores, política esta que deve ser obrigatoriamente informada no
momento da aplicação. Ao montar uma carteira de um fundo de investimentos, os administradores
buscam escolher ativos que representam diferentes riscos.
A partir de abril de 2000, deixou-se de falar em fundos mútuos de ações ou de carteira livre
e passou-se a utilizar a terminologia Fundos de Investimento em Títulos e Valores Mobiliários
(FITVM), embora continuasse vigendo o conceito básico de condomínio com objetivo de aplicação
coletiva de recursos dos participantes.
Os fundos de investimento são regulamentados e fiscalizados pelo Bacen, quando se
referem ao Fundos de Investimento Financeiros (FIF), cujas aplicações costuma ser destinadas às
áreas de commodities, taxas de juros interbancárias e outras modalidades.
Quando se referirem aos Fundos de Investimentos em Títulos e Valores Mobiliários, que
sucederam aos Fundos Mútuos de Ações, sua regulamentação e fiscalização é feita pela CVM.
Os FITVM são um mecanismo organizado com a finalidade de captar e investir recursos no
mercado de capitais. É uma forma coletiva de investimentos, com vantagens para o mercado
acionário e para o pequeno investidor individual, que de outra forma teria dificuldade em aplicar
seus poucos recursos.
As vantagens oferecidas pelo fundos de investimento podem ser traduzidos em:
 Acesso a modalidades de investimento que, pelo volume de recursos envolvidos,
estariam fora do alcance de investidores individuais, especialmente os de menor
capacidade financeira;
 Diluição, entre os participantes, dos custos de administração da carteira, com destaque
para aqueles relacionados com a seleção de ativos, que, normalmente, não são
acessíveis aos investidores individualmente;
 Oferecimento ao investidor de comodidade de ter seus investimentos administrados
profissionalmente, sem que ele tenha que dominar a utilização de sofisticado
instrumental de análise e acessar diferentes fontes de informação.

Atualmente, a administração das carteiras de valores mobiliários é regulada pela Instrução


306 da CVM, com as alterações introduzidas pela Instrução 364/2002.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

HOT MONEY

É o empréstimo de curtíssimo prazo normalmente de 1 dia e no máximo de 10 dias.


É comum criar-se um contrato fixo de hot money para cada cliente, com todas as regras e
permitindo que cada liberação de recursos seja feita por fax, telefone ou telex eliminando fluxo de
papéis.
A formação da taxa do Hot Money é baseada na taxa do CDI do dia da operação mais o PIS
mais um spread.
Exemplo:
• Taxa do CDI = 17%;
• taxa do Hot = 119%;
• margem da operação = 2%
• PIS = 0,75% sobre 19% = 0,1425%
• Receita bruta do banco = margem da operação = 2%
• Receita líquida do banco = receita bruta - PIS = 2% - 0,1425 = 1,8575%
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

CRÉDITO ROTATIVO

São linhas de crédito abertas com determinado limite que as empresas utilizam a medida de
suas necessidades. Os encargos são cobrados de acordo com sua utilização, na mesma forma
das contas garantidas.
A operação de crédito rotativo refere-se a uma conta tipo empréstimo (também chamada de
conta corrente garantida), aberta pelos bancos comerciais, visando ao financiamento de
necessidades de curto prazo (capital de giro) de empresas nacionais.
Através da entrega de duplicatas como garantia da operação, a instituição bancária abre
uma linha de crédito à empresa no valor de 80% do montante caucionado (valor nominal das
duplicatas dadas em garantia). O limite do crédito concedido atinge 800 MVR (maior valor de
referência), cujo valor (da MVR) é fechado quando da assinatura do contrato. Conforme as
duplicatas vão sendo resgatadas pelos clientes (sacados), a empresa deverá ir substituindo-as por
outras afim de manter o limite e a rotatividade do crédito concedido. Os saques dos recursos de
crédito são efetuados de acordo com as necessidades de giro da empresa, sendo processados
normalmente através de cheques.
Esta operação constitui, na realidade, uma linha de crédito subvencionada, dado que os
seus custos financeiros, conforme serão expostos adiante, situam-se bem abaixo das taxas
normalmente praticadas no mercado.
As negociações do crédito rotativo somente poderão ser efetuadas, de acordo com
resolução do Banco Central, com empresas cujas vendas não tenha excedido 85.000 MVR no ano
civil imediatamente anterior à solicitação do crédito, admitindo-se nesse cômputo a exclusão do
IPI e ICM.
O prazo do crédito rotativo varia de 360 dias (mínimo) a 395 dias (máximo) e obriga os
bancos comerciais, de acordo ainda com resolução do Banco Central, a aplicar determinado
percentual de seus depósitos a vista nesta modalidade de crédito os percentuais variam em
função do porte do banco e da empresa captadora dos recursos.
Os principais encargos desta operação são os seguintes:
a) Juros, calculados sobre o saldo a descoberto (devedor) corrigido, e devidos
semestralmente. Na realidade, o valor dos juros é obtido, segundo o método
hamburguês, da seguinte forma:
Somatório do Saldo Devedor
Valor dos Juros = i x
corrigido no semestre
360
considerado
onde i representa a taxa nominal anual de juros definida para a operação.
Para facilitar os cálculos, o saldo devedor é normalmente expresso em ORTN, e somatório
é obtido através da multiplicação desse valor pelo respectivo número de dias em que
permaneceu descoberto.

b) Correção monetária, baseada nas variações das ORTN, e incidente sobre o saldo
devedor.

c) Outras despesas incluídas nessa operação referem-se à Comissão de Abertura de


Crédito, cujo percentual é calculado sobre o limite aprovado de crédito; IOF e Tarifas de
Serviços Bancários cobrados segundo a legislação em vigor.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

DESCONTOS DE TÍTULOS

É o adiantamento de recursos aos clientes, feito pelo banco, sobre valores referenciados em
duplicatas de cobrança ou notas promissórias, de forma a antecipar o fluxo de caixa do cliente.
Normalmente, o desconto de duplicatas é feito sobre títulos com prazo máximo de 60 dias e
prazo médio de 30 dias.
A operação de desconto dá direito de regresso, ou seja, no vencimento, caso o título não
seja pago pelo sacado, o cedente assume a responsabilidade do pagamento, incluindo multa e/ou
juros de mora pelo atraso.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

FINANCIAMENTO DE CAPITAL DE GIRO

Capital de giro: Capital utilizado pela empresa para financiar sua produção, suas vendas,
seu estoque. Ex: dinheiro utilizado para pagar fornecedores de matéria prima, pagar
distribuidores, etc.
São as operações tradicionais de empréstimos vinculadas a um contrato específico que
estabeleça prazo, taxas, valores e garantias necessárias e que atendam as necessidades do
capital de giro das empresas.
Os empréstimos normalmente são garantidos por duplicatas numa relação de 120 a 150%
do principal emprestado.
O capital de giro precisa de acompanhamento permanente, pois está continuamente
sofrendo o impacto das diversas mudanças enfrentadas pela empresa. Já o capital fixo não exige
atenção constante, uma vez que os fatos capazes de afetá-lo acontecem com uma freqüência
bem menor.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
VENDOR FINANCE/COMPROR FINANCE
VENDOR  é uma operação de venda à prazo em que a empresa vendedora recebe o
valor a vista da instituição financeira e a empresa compradora paga o valor a prazo (com juros)
para a instituição financeira.

Características:
• A empresa vendedora assume o risco de não pagamento da dívida pela empresa
compradora.
• A base de cálculo dos tributos e contribuições incidentes sobre o faturamento fica
diminuída, uma vez que os juros não estão embutidos no preço faturado (base de
cálculo desses tributos)
• não incidirão IPI, ICMS, PIS, COFINS
• incidirá IOF sobre o crédito.
• A taxa de financiamento da instituição financeira é geralmente menor que a taxa
praticada pela empresa vendedora no caso
• autofinanciamento da venda, uma vez que o risco é rateado por varias operações.

COMPROR  é uma operação de financiamento de compras, sendo que a iniciativa parte


do comprador e nele se concentra o risco de crédito. O compror consiste no financiamento a
clientes do banco, para suas compras junto aos fornecedores. O risco da operação concentra-se
no comprador, não existindo regresso contra o fornecedor (vendedor).

LEASING (TIPOS, FUNCIONAMENTO, BENS)


Leasing vem do verbo "to lease" (arrendar) e pode significar o processo de arrendamento
(operação de leasing), ou ter o sentido substantivo de arrendamento enquanto tal (contrato de
leasing). O legislador brasileiro preferiu deixar de lado o termo inglês e empregou, em seu lugar,
"arrendamento mercantil", devido, sem dúvida, às peculiaridades do instituto no direito pátrio.
O leasing, também denominado arrendamento mercantil, é uma operação em que o
proprietário (arrendador, empresa de arrendamento mercantil) de um bem móvel ou imóvel cede a
terceiro (arrendatário, cliente, "comprador") o uso desse bem por prazo determinado, recebendo
em troca uma contraprestação.
Esta operação se assemelha, no sentido financeiro, a um financiamento que utilize o bem
como garantia e que pode ser amortizado num determinado número de "aluguéis" (prestações)
periódicos, acrescidos do valor residual garantido e do valor devido pela opção de compra.
Ao final do contrato de arrendamento, o arrendatário tem as seguintes opções:
 comprar o bem por valor previamente contratado;
 renovar o contrato por um novo prazo, tendo como principal o valor residual;
 devolver o bem ao arrendador.

Modalidades: pode ser financeiro ou leasing puro e lease-back ou leasing de retorno;


leasing financeiro é a modalidade em que a arrendatária se dedica habitual e profissionalmente a
adquirir bens produzidos por terceiros para arrendá-los, mediante pagamento previamente
acordado com outra empresa, que deles necessite; lease-back é a modalidade em que uma
empresa, proprietária de bem, móvel ou imóvel, vende-o para outra empresa que, logo a seguir,
arrenda-o à vendedora.

Os principais tipos de leasing são:


 Leasing operacional – assemelha-se a um aluguel, e é efetuado geralmente pelas
próprias empresas fabricantes de bens;
 Leasing financeiro – é realizado por algumas instituições financeiras, como bancos
múltiplos e sociedades de arrendamento mercantil. A arrendadora adquire o bem
selecionado de um fornecedor e o entrega para uso da arrendatária. Ao final do prazo
pactuado, a arrendatária poderá ou não exercer seu direito de compra do bem por um
valor residual garantido estabelecido previamente;

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Você em 1º lugar!
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

VENDOR FINANCE/COMPROR FINANCE

VENDOR  é uma operação de venda à prazo em que a empresa vendedora recebe o


valor a vista da instituição financeira e a empresa compradora paga o valor a prazo (com juros)
para a instituição financeira.

Características:
• A empresa vendedora assume o risco de não pagamento da dívida pela empresa
compradora.
• A base de cálculo dos tributos e contribuições incidentes sobre o faturamento fica
diminuída, uma vez que os juros não estão embutidos no preço faturado (base de
cálculo desses tributos)
• não incidirão IPI, ICMS, PIS, COFINS
• incidirá IOF sobre o crédito.
• A taxa de financiamento da instituição financeira é geralmente menor que a taxa
praticada pela empresa vendedora no caso
• autofinanciamento da venda, uma vez que o risco é rateado por varias operações.

COMPROR  é uma operação de financiamento de compras, sendo que a iniciativa parte


do comprador e nele se concentra o risco de crédito. O compror consiste no financiamento a
clientes do banco, para suas compras junto aos fornecedores. O risco da operação concentra-se
no comprador, não existindo regresso contra o fornecedor (vendedor).
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

LEASING (TIPOS, FUNCIONAMENTO, BENS)

Leasing vem do verbo "to lease" (arrendar) e pode significar o processo de arrendamento
(operação de leasing), ou ter o sentido substantivo de arrendamento enquanto tal (contrato de
leasing). O legislador brasileiro preferiu deixar de lado o termo inglês e empregou, em seu lugar,
"arrendamento mercantil", devido, sem dúvida, às peculiaridades do instituto no direito pátrio.
O leasing, também denominado arrendamento mercantil, é uma operação em que o
proprietário (arrendador, empresa de arrendamento mercantil) de um bem móvel ou imóvel cede a
terceiro (arrendatário, cliente, "comprador") o uso desse bem por prazo determinado, recebendo
em troca uma contraprestação.
Esta operação se assemelha, no sentido financeiro, a um financiamento que utilize o bem
como garantia e que pode ser amortizado num determinado número de "aluguéis" (prestações)
periódicos, acrescidos do valor residual garantido e do valor devido pela opção de compra.
Ao final do contrato de arrendamento, o arrendatário tem as seguintes opções:
 comprar o bem por valor previamente contratado;
 renovar o contrato por um novo prazo, tendo como principal o valor residual;
 devolver o bem ao arrendador.

Modalidades: pode ser financeiro ou leasing puro e lease-back ou leasing de retorno;


leasing financeiro é a modalidade em que a arrendatária se dedica habitual e profissionalmente a
adquirir bens produzidos por terceiros para arrendá-los, mediante pagamento previamente
acordado com outra empresa, que deles necessite; lease-back é a modalidade em que uma
empresa, proprietária de bem, móvel ou imóvel, vende-o para outra empresa que, logo a seguir,
arrenda-o à vendedora.

Os principais tipos de leasing são:


 Leasing operacional – assemelha-se a um aluguel, e é efetuado geralmente pelas
próprias empresas fabricantes de bens;
 Leasing financeiro – é realizado por algumas instituições financeiras, como bancos
múltiplos e sociedades de arrendamento mercantil. A arrendadora adquire o bem
selecionado de um fornecedor e o entrega para uso da arrendatária. Ao final do prazo
pactuado, a arrendatária poderá ou não exercer seu direito de compra do bem por um
valor residual garantido estabelecido previamente;
 Lease-back – ocorre quando uma empresa vende determinado bem de sua
propriedade e o aluga imediatamente, sem perder sua posse. Em verdade, o bem não é
removido fisicamente, passando a empresa de proprietária do ativo para arrendatária do
mesmo. Essa modalidade é demandada principalmente por empresas que necessitam
de reforço de capital de giro.

O prazo mínimo de arrendamento é de dois anos para bens com vida útil de até cinco anos
e de três anos para os demais.
Por exemplo: para veículos, o prazo mínimo é de 24 meses e para outros equipamentos e
imóveis, o prazo mínimo é de 36 meses (bens com vida útil superior a cinco anos). Existe,
também, modalidade de operação, denominada leasing operacional, em que o prazo mínimo é de
90 dias.
Em caso de compra, as prestações pagas são amortizadas do valor total dos bens. Na
operação de leasing a parcela paga mensalmente pelo cliente (arrendatário) é composta por duas
partes.
Uma é a contraprestação, que é o componente que reflete a amortização do valor do bem, a
remuneração da arrendadora (empresa de leasing), mais os encargos e impostos.
A outra é o VRG - valor residual garantido.
O imposto que será pago no contrato é o ISS, Imposto Sobre Serviços.
Despesas tais como seguro, manutenção, registro de contrato, ISS (imposto sobre serviços)
e demais encargos que incidam sobre os bens arrendados são de responsabilidade do
arrendatário ou do arrendador, dependendo do que for pactuado no contrato de arrendamento.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

LEASING (TIPOS, FUNCIONAMENTO, BENS)

O contrato de leasing tem prazo mínimo definido pelo Banco Central. Em face disso, não é
possível a "quitação" da operação antes desse prazo. O direito à opção pela compra do bem só é
adquirido ao final do prazo de arrendamento.
Por isso, não é aplicável ao contrato de arrendamento mercantil a faculdade de o cliente
quitar e adquirir o bem antecipadamente. No entanto, é admitida, desde que esteja previsto no
contrato, a transferência dos direitos e obrigações a terceiros, mediante acordo com a empresa
arrendadora.

Diferenças entre leasing e aluguel


No leasing, o valor do bem arrendado vai sendo gradativamente amortizado durante o
pagamento das contraprestações; no final do contrato, a arrendatária tem a opção de adquirir
definitivamente o bem arrendado; é permitida uma aceleração da depreciação em 30% e esta é
transferida à arrendatária.

Diferenças entre o leasing e o financiamento


No leasing, o cliente não recebe recursos para a aquisição e sim o bem pretendido; durante
toda a vigência do contrato, o bem continua sendo propriedade da empresa arrendadora (contrato
este que segue regras e definições fiscais bastantes claras e específicas ).

Vantagens do leasing
Durante todo o prazo do contrato os bens não fazem parte do seu ativo pois pertencem à
empresa de leasing. Desta forma, as contraprestações pagas mensalmente para uso dos bens
podem ser lançadas como despesas operacionais que são dedutíveis para efeito de Imposto de
Renda.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

FINANCIAMENTO DE CAPITAL FIXO

Capital fixo da empresa constitui o valor monetário do seu ativo fixo.


O ativo fixo compreende um conjunto de bens que não são objeto de transações correntes
por parte da empresa. São adquiridos durante a fase de instalação do projeto e utilizados ao
longo de sua vida útil.
Podemos distinguir nos ativos fixos os bens que estão sujeitos a depreciação e
obsolescência (máquinas, por exemplo) daqueles que não estão sujeitos a tais fenômenos
(terrenos, por exemplo). Outra distinção se faria dividindo os ativos fixos em tangíveis e
intangíveis.
O capital investido por uma empresa no seu parque industrial - ativos fixos pode ser
transformado em ativos líquidos através do mercado de capitais.
Com base nesse patrimônio imobilizado, o empresário pode emitir obrigações (debêntures) no
mercado, buscando recursos para aumentar seu capital de giro. As obrigações emitidas pela
empresa passam a ser negociadas em mercado secundário, transformando-se em ativos de boa
liquidez para seus proprietários.
Dessa forma, o capital fixo industrial se descongela, passa a ser representado por ativos
financeiros com razoável liquidez e o dinheiro transfere-se para a empresa, por prazo longo ou
mesmo indeterminado, dependendo da natureza do título emitido, aumentando seu capital de giro e
o volume de, suas transações.
CAPITAL FIXO - Bens representados por imóveis, máquinas e equipamentos.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

CRÉDITO DIRETO AO CONSUMIDOR

É o financiamento concedido por uma Financeira para aquisição de bens e serviços por
seus clientes.
Sua maior utilização é na aquisição de veículos e eletrodomésticos.
O bem adquirido serve de garantia da opera ao, ficando a ela vinculado pela figura da
alienação fiduciária (a propriedade do bem adquirido fica com a financeira até a quitação do
empréstimo).
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

CRÉDITO RURAL

É o suprimento de recursos financeiros para aplicação exclusiva nas atividades


agropecuárias.
Apenas os bancos comerciais e os bancos múltiplos com carteira comercial, operam neste
segmento através de recursos próprios.
• 25% dos volumes médios dos depósitos à vista e outros recursos compulsórios
• os bancos podem optar por terem estes recursos recolhidos ao J sem remuneração.

No mínimo 50% da exigibilidade deve ser satisfeito com crédito a mini ou pequeno produtor.

Modalidades de crédito rural:


• Custeio agrícola e pecuário: recursos para ciclo operacional com prazos máximos de
financiamento:
 de 12 meses para o pecuário;
 de 24 meses para o agrícola.
• Investimento agrícola e pecuário: recursos para investimento fixo com prazo máximo de
financiamento de 6 anos;
• Comercialização agrícola e pecuária: recursos para o beneficiamento e industrialização
de produtos agropecuários.

Beneficiários do crédito rural:


• miniprodutor: renda bruta anual inferior a R$ 7.500,00.
• pequeno produtor: renda bruta anual entre R$ 7.500,00 e R$ 22.000,00
• demais produtores: renda bruta anual superior a R$ 22.000,00.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

CADERNETAS DE POUPANÇA

São contas, cujo depósito de recursos, em dinheiro, acumula juros e correção monetária,
onde os recursos são destinados ao financiamento da construção e da compra de imóveis.
Este tipo de depósito destina-se à qualquer pessoa física.
É movimentada pelo cliente, através de Guias de Retirada ou cartão magnético.
Como o Depósito Popular este admite os 3 tipos de contas: INDIVIDUAL, CONJUNTA
SOLIDÁRIA, CONJUNTA NÃO SOLIDÁRIA.
Este tipo de conta admite a participação de analfabeto também em conta conjunta.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

FINANCIAMENTO À IMPORTAÇÃO E À EXPORTAÇÃO;


REPASSES DE RECURSOS DO BNDES

O objetivo do BNDES é oferecer aos exportadores brasileiros ou aos importadores de


produtos brasileiros linhas de crédito de longo prazo, em condições compatíveis com as existentes
no mercado internacional. Por meio dos Produtos Exportação financia a exportação de bens de
capital e serviços, com ênfase em produtos de maior valor agregado.
As operações podem ser realizadas diretamente com o BNDES ou através de instituições
financeiras credenciadas no País e no exterior.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

CARTÕES DE CRÉDITO

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

TÍTULOS DE CAPITALIZAÇÃO

São um investimento com características de um jogo onde se pode recuperar parte do valor
gasto na aposta. Sem a ajuda da sorte, o rendimento será inferior ao de um fundo ou de uma
caderneta de poupança.
O valor aplicado pelo investidor é dividido em três partes, a saber:
• para a poupança
• para o sorteio;
• para cobrir as despesas do fundo.

A liquidez é limitada, existindo carência para a retirada das parcelas depositadas.


São regulamentados pela SUSEP (Superintendência de Seguros Privados).

Características:
• Capital Nominal - valor a ser resgatado corrigido e com juros;
• Sorteios;
• Prêmio;
• Prazo (não pode ser inferior a um ano);
• Provisão Rara sorteio – parcela da prestação que ira compor o premio;
• Carregamento - taxa de administração.
• Provisão matemática - parcela do investimento que vai compor a poupança do investidor;
• carência para resgate (não pode ser superior a 24 meses e se o prazo de pagamento for
inferior a 48 meses, a carência não pode ser superior a 12 meses).
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

PLANOS DE APOSENTADORIA E PENSÃO PRIVADOS

A previdência privada é uma forma de poupança de longo prazo para evitar que a pessoa na
aposentadoria sofra uma redução muito grande de sua renda. Qualquer pessoa que receba mais do que o teto
de benefício da Previdência Social (INSS) deve se preocupar em formar uma poupança seja através da
previdência privada ou de recursos administrados por sua própria conta.
Tecnicamente falando, o processo de poupança consiste de duas fases. Na primeira, o poupador
acumula um capital. Durante todo esse processo, este capital receberá rendimentos. Na segunda fase, que
coincide com a aposentadoria para a maioria das pessoas - mas não necessariamente - é o momento de
receber os benefícios.
Regra geral, nesta fase, o poupador não faz novas acumulações, embora continue se beneficiando do
rendimento sobre o capital acumulado. Naturalmente, o valor dos benefícios deve ter uma relação de proporção
com o capital acumulado. Quanto maior o capital, maior o benefício.
A forma de fazer este cálculo é bastante complexa, mas, de uma forma simples, é fácil entender que os
saques mensais, aqui chamados de benefícios, devem ter uma relação com o capital acumulado. Não é
possível fazer saques expressivos sobre o capital sem correr o risco de o dinheiro poupado acabar muito rápido.
Poupança autoprogramada
Fazer plano ou fundo de previdência privada tem duas vantagens indiscutíveis: o benefício fiscal e a
diluição do risco de faltar renda futura, no caso de quem escolhe por benefício vitalício. Quando opta pelos
rendimentos vitalícios, o participante está reduzindo sua renda mensal, mas com a garantia de receber o
benefício para sempre. Como ninguém sabe quanto tempo vai precisar da renda, este é o mecanismo mais
seguro. As empresas conseguem garantir este direito porque trabalham com muitas pessoas, de forma que na
média o dinheiro poupado é suficiente para todos.
Planos e fundos de previdência, por sua vez, têm uma desvantagem também clara: o custo elevado.
Há planos com taxas de carregamento de 5%, e outros cobram até mais do que isso. Ou seja: ao fazer o
depósito, o participante já perde um dinheiro, independentemente do rendimento que tiver ou não no futuro.
Um pouco de organização nas finanças permite que a pessoa faça uma poupança própria com menos
custos e mais liberdade, mesmo que seja para comprar um plano de renda vitalícia no momento da
aposentadoria. Mas aí com melhores vantagens comparativas, porque não estará assumindo o risco da gestão
financeira da empresa durante 50 anos - todo o período de contribuição mais recebimento de benefícios -, mas
apenas o risco do período do benefício. Nesta opção, no entanto, se abre mão dos ganhos com benefícios
fiscais.
Com o objetivo de incentivar investimentos de longo prazo, os produtos de previdência privada têm
incentivo fiscal, na fase de acumulação. No caso da declaração completa do Imposto de Renda Pessoa Física
(IRPF), existe a possibilidade de o participante poder deduzir 100% das contribuições pagas à previdência
privada, até o limite de 12% da sua renda anual. A dedução é sobre a renda, de forma que o imposto pago é
menor porque a renda foi reduzida. Não é um desconto sobre o imposto a ser pago.
Mas, lá na frente, no recebimento dos benefícios - no caso dos planos de garantia mínima e PGBL -, o
recolhimento do IRPF vai ocorrer normalmente, como em qualquer renda. Ou seja: o valor recebido pela
previdência privada é somado às demais rendas e paga imposto de acordo com a tabela progressiva normal.
Naturalmente, não é vantajoso para o participante fazer depósitos acima de 12% de sua renda no fundo ou
plano de previdência, porque está parcela adicional estará sendo tributada duas vezes: no recebimento da
renda e no momento de saque ou recebimento de benefícios. Os planos tradicionais e os PGBLs não têm como
separar o dinheiro que foi ou não tributado na fonte, para evitar a bitributação.
Apesar de o imposto estar apenas diferido - ou seja, adiado no tempo -, o participante tem dois ganhos,
desde que respeite o limite de contribuição dos 12% da renda tributável. Primeiro, pode fazer com que o fluxo
dos benefícios recebidos componha uma renda que resulte em menor alíquota de imposto. Como o imposto
aumenta por faixa de renda, adiar o pagamento do tributo para uma fase que a renda seja menor é um ganho
certo. Um contribuinte que pague hoje alíquota de 27,5% para conseguir reduzir sua alíquota para 15%, ou
mesmo ficar isento de IR, dependendo de como vai receber os benefícios.
O segundo ganho é que uma parte do dinheiro que vai formar o capital teria sido gasta com impostos.
Ou seja: este dinheiro vai formar um fundo e vai ser remunerado. Mesmo pagando imposto posteriormente, este
dinheiro ajuda a formar o capital durante o período de acumulação, aumentando os ganhos do benefício fiscal.
Ainda sobre a questão de incentivo fiscal, o tipo de declaração de Imposto de Renda - simplificada ou
completa - influencia na decisão de comprar ou não um produto de previdência privada.
Como na declaração simplificada existe um limite dado, esse benefício fiscal é pouco aproveitável. O
ganho fiscal efetivo apenas ocorre na declaração completa.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

PLANOS DE APOSENTADORIA E PENSÃO PRIVADOS

Custos da previdência privada


O participante tem custos elevados ao comprar fundo ou plano de previdência privada. Eles estão
divididos em taxas de carregamento e taxas de gestão financeira (ou administração). Na hora de avaliar qual
plano ou fundo escolher, o interessado deve considerar o efeito das duas taxas. Algumas empresas colocam
taxa de carregamento reduzida, mas compensam com a taxa de gestão mais alta. Então é preciso avaliar o
efeito de ambas sobre a acumulação de capital.t
Taxa de carregamento
A taxa de carregamento é cobrada pela entidade para arcar com os custos operacionais do plano de
previdência privada. Incide sobre a contribuição mensal ou aportes de capital, de modo que, quanto maior o seu
porcentual, menor a parcela da contribuição destinada para a formação do capital do participante.
A taxa de carregamento geralmente varia entre 4% e 12% para os planos tradicionais e de 1 % a 5%
para o PGBL. No caso do Fapi, não há cobrança de taxa de carregamento, apenas de taxa de administração.
Porém, se no saque o participante quiser comprar um fundo ou plano de previdência privada para ter direito aos
benefícios mensais, vai ter que pagar a taxa de carregamento para a administradora escolhida.
A taxa de carregamento pode ser escalonada ao longo do plano, tendo um valor porcentual maior no
começo e depois caindo nos períodos seqüentes. Esta é uma forma de penalizar o participante que desiste do
plano, ou que troca de gestor. Em outras palavras, o escalonamento funciona como uma forma de ganhar a
fidelidade do cliente.
No regulamento do plano de previdência, é estipulada a taxa máxima de carregamento. O participante
deve negociar a taxa de carregamento sobre contribuições mensais no momento da contratação do plano de
previdência. Por isso a importância de estar informado sobre as taxas de carregamento de outras instituições.
Durante o período de contribuição,.é mais difícil conseguir mudanças.
Em caso de aporte maior, é possível negociar com a administradora uma taxa de carregamento menor.
Mas o melhor é já deixar isso previsto em contrato, considerando faixas de aportes possíveis e taxas de
carregamento. Caso contrário, a empresa pode não querer negociar.
A qualquer momento o participante também pode pedir uma renegociação da taxa de carregamento.
Naturalmente, para solicitar isso, o participante deve ter alguma opção de trocar o plano para uma empresa
concorrente, que tenha taxa menor. Dificilmente, no entanto, a administradora vai baixar esta taxa se a
comparação for feita com empresa concorrente que tenha maior risco - como companhias de grupos
econômicos menos sólidos que podem praticar taxas mais agressivas para ganhar mercado.
As variáveis que pesam na definição da taxa de carregamento são o período em que serão feitas as
contribuições e o valor do aporte. Porém, o valor do aporte tem importância maior, já que não existe nenhuma
garantia de que o participante do plano vá ficar, de fato, todo o período estipulado no início do contrato. Quanto
maior o valor do aporte, menor deve ser a taxa de carregamento, e vice-versa. Na relação com o período, regra
geral, quanto menor o prazo, maior a taxa de carregamento, e vice-versa. O mais comum é ter uma taxa maior
no primeiro ano, caindo sucessivamente nos anos seguintes. Mas não há regra absoluta.
Taxa de gestão financeira (ou administração)
Durante a fase de contribuição, as entidades de previdência privada, sejam empresas, bancos ou
seguradoras, cobram uma taxa pela administração dos recursos, sobre o capital total - incluindo os rendimentos
-, também chamada de taxa de gestão financeira, dependendo do tipo de plano ou fundo.
No caso dos Fapis e PGBLs, o nome é taxa de administração, seu valor deve ser aprovado pela Susep
e ser registrado no contrato. Regra geral, no Fapi varia de 3% a 6% ao ano, podendo ser cobrada mensal ou
anualmente. No PGBL, a taxa de administração é menor - entre 1,5% e 5% ao ano, regra geral, cobrada
mensalmente -, porque estes planos cobram taxa de carregamento. A instituição pode reduzir a taxa de
administração, comunicando o participante e a Susep. Aumentos da taxa dependem da concordância do
participante.
No caso do PGBL, a taxa de administração também é cobrada durante o período de pagamento de
benefícios. A empresa de previdência paga para o administrador, não havendo descontos sobre os benefícios.
O valor do benefício é calculado uma única vez, com base numa tabela de expectativa de vida e um nível de
juro esperado para este período. Este nível de juro já é calculado sem o efeito da taxa de administração. Nos
planos tradicionais, esta taxa recebe o nome de taxa de gestão financeira. A legislação não exige que esta taxa
seja colocada no contrato, e as empresas não costumam divulgar seu valor. Geralmente essa taxa é
descontada do excedente financeiro - rendimento obtido além do mínimo garantido -, sem que o participante
seja informado. O custo existe, mas não fica transparente.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

PLANOS DE APOSENTADORIA E PENSÃO PRIVADOS

Regra geral, a taxa de administração é de 3% ao ano. Como não existe regulamentação de sua
cobrança, a empresa de previdência pode alterar seu valor a qualquer momento, sem consulta ao participante.
O efeito é sentido, no entanto, porque a carteira fica menos rentável. Mas, como não há transparência, é
impossível comparar o que foi efeito de aumento de taxa ou menor rentabilidade dos ativos.
Para mudar essa situação, a Susep prepara legislação para dois novos tipos planos de previdência,
com regulamentação mais transparente. Com o tempo, estes fundos devem substituir os planos tradicionais no
mercado, por questão de procura dos consumidores e pela concorrência. São eles: Plano com Atualização
Garantida e Performance (PAGP) e o Plano com Remuneração Garantida e Performance (PRGP).
Ao contrário dos planos tradicionais, os novos terão que repassar mais informações aos clientes,
inclusive como é calculado o excedente financeiro e de quanto é a taxa de administração. Nesses dois planos, a
Susep também propõe a padronização do cálculo do excedente financeiro e de que forma ele será pago. Hoje
as empresas de previdência não informam sua metodologia ao investidor, o que impede a comparação entre
planos.
Com os novos planos, a Susep também vai diferenciar taxa de gestão de taxa de administração. A taxa
de gestão será cobrada pela entidade de previdência privada e a de administração, pelo banco. Assim, o
investidor saberá quanto está pagando e quem está cobrando. Hoje, regra geral, a entidade de previdência
afirma que não haverá cobrança de taxa. Porém, o banco que administra o dinheiro cobra, sem informar o
cliente.

Principais riscos da previdência privada


O maior risco é o de falência da empresa administradora, que sempre pode ter conseqüências sobre o
capital acumulado, especialmente se houver algum tipo de fraude. Teoricamente, a empresa deve separar seu
dinheiro do capital dos participantes dos planos e fundos de previdência, mas nem sempre isso e respeitado.
A Susep deve fiscalizar as empresas, para ver se o dinheiro do associado está investido de forma
correta. Mas não há garantia do governo para o pagamento do valor acumulado ou dos benefícios, de forma
que qualquer prejuízo é assumido pelo associado.
No caso dos PGBLs, a empresa de previdência privada fica com o dinheiro em seu nome, mas é
obrigada a depositar os recursos em fundos exclusivos. É uma garantia de que o dinheiro da empresa
administradora não está misturado com o capital dos associados. No caso do Fapi, o dinheiro é administrado
como um fundo de investimento comum. O cliente é o próprio quotista do fundo.
É importante que o poupador saiba que pode mudar de empresa administradora se estiver descontente
com o rendimento ou desconfiado da segurança da instituição.
Perdas com os investimentos
Outro risco é o de perdas em investimentos feitos. É o caso de um banco ou empresa que não honre
seu título de renda fixa, ou quando as ações desvalorizam, não pagam bons dividendos ou mesmo viram pó, se
a empresa emissora falir. Daí a importância de escolher um administrador com muita experiência para que a
escolha dos ativos seja a melhor possível.
Para reduzir estes riscos, a legislação estabelece limites máximos de investimento da carteira, de
forma a obrigar uma diversificação das aplicações. Nos planos tradicionais, por exemplo, os limites máximos de
investimento são: 50% renda variável (ações); 30% em imóveis urbanos, direitos resultantes da venda desses
imóveis e quotas de fundos de investimentos imobiliários; e 10% em empréstimos para participantes de planos.
A lei também proíbe que a administradora compre ativos - como Certificados de Depósitos Bancários -
de instituição financeira associada ao mesmo grupo econômico para a carteira dos fundos e planos de
previdência. É uma forma de evitar que um banco em situação financeira crítica empurre seus papéis de má
qualidade para os associados dos fundos e planos de previdência.
Os PGBLs estão divididos em três modalidades: soberano, moderado e composto. No composto, os
investimentos em renda variável (ações) podem compor até 49% da carteira, parcela que fica mais exposta a
risco. No Fapi, o risco varia de acordo com o perfil do fundo. Como não há classificação formal para os Fapis,
cada instituição compõe a carteira de seus produtos de forma diferente. Por isso, antes de entrar nessa
aplicação, o investidor deve conhecer a composição da carteira do fundo. O mais importante é saber qual a
parcela máxima destinada para a renda variável, ativos de maior risco. A carteira pode ter até 50% em
investimentos de renda variável. Fapis e PGBLs não podem investirem imóveis.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

PLANOS DE SEGUROS

Fazer seguro é uma forma de proteger o património. Neste sentido, não deixa de ser um investimento.
Naturalmente, isso tem um custo. É o preço pago para não se correr o risco de perder algo muito valioso, ou de
suportar melhor uma grande perda material ou pessoal. E o objetivo deste investimento somente pode ser
alcançado se a compra do seguro for bem feita. Ou seja: deve atender às necessidades do cliente, e não às do
corretor. Esta cartilha vai ensinar você a comprar melhor seu seguro.
Seguro para fugir das incertezas
O seguro, como o próprio nome diz, surge da necessidade de segurança das pessoas diante das
incertezas e riscos que corremos na vida. Todos queremos uma segurança, uma garantia futura que nos proteja
dos prejuízos e perdas de fatos inesperados.

Com esta finalidade, pessoas e grupos têm se unido ao longo da história. Na Antigüidade, os
cameleiros que faziam longas viagens pelo deserto se associavam a fim de repor um animal que morresse, de
qualquer integrante da caravana. A perda do animal poderia ser a desgraça de um cameleiro, mas certamente
era suportada pelo grupo.
Outro exemplo vem da China. Lá, os comerciantes que desciam a correnteza dos rios com mercadorias
se associavam, e distribuíam os produtos em vários barcos, para diminuir o risco de perda total deles. Estes
exemplos mostram a essência do setor de seguros. Pessoas que têm afinidades se unem para amenizar os
riscos de perdas individuais, dentro do grupo, através de ajuda recíproca. É uma forma de tornar mais próximo o
desejo de que nada de mal possa nos atingir.
Na modernidade
O seguro é então o instrumento legal que permite aos segurados garantir a cada membro do grupo,
através do segurador, a compensação econômica por um evento futuro e incerto, chamado risco. É o caso de
um incêndio, roubo ou acidente, eventos que todos sabemos ser possíveis, mas ninguém é capaz de prever
quando, nem, onde ou com quem.
Para garantir que as perdas sejam compensadas, cada pessoa do grupo paga um valor proporcional
ao risco corrido para o segurador. Este valor vai ser usado para pagar as indenizações e também cobrir os
custos e lucros da seguradora. É o segurador que assume os riscos pelo grupo em troca desta remuneração,
chamada de prêmio.
O prêmio é uma forma de baixo custo para cobrir eventos ocasionais de pessoas que estão expostas a
riscos semelhantes. E deve ser proporcional ao risco de cada evento ocorrer. Cálculos de probabilidades, com
base também na observação do comportamento destes eventos no passado, ajudam a estimar o prêmio.
Tipos de seguros
Existem três riscos básicos que podem ser segurados: patrimônio, pessoa e responsabilidade. Uma
mesma apólice pode combinar a cobertura de diversos riscos destes grupos. Um seguro de carro, por exemplo,
cobre a perda patrimonial do veículo, a vida do segurado, e os danos que pode causar a terceiros. Um seguro
de imóvel também pode cobrir perdas patrimoniais diversas, como incêndio, roubo e responsabilidade civil, caso
um vidro, por exemplo, caia e atinja um terceiro.
A maioria dos seguros voltados para pessoas físicas é vendida como contrato padrão. Ou seja: a
seguradora já tem um contrato com cláusulas fixas, envolvendo um conjunto de coberturas. O segurado apenas
adere ao plano, sem poder discutir cada um dos seus parâmetros.
É desta forma que o mercado consegue baratear os contratos, porque não é preciso recalcular todos
os parâmetros a cada proposta de seguro. Com a modernização do mercado, alguns padrões já foram
diversificados. É possível, por exemplo, encontrar seguros de automóveis mais baratos apenas pelo fato de o
contratante ser mulher ou ter mais idade.
Seguro de veículos
O seguro de automóveis e outros veículos automotores é um dos mais conhecidos. É um reflexo do
nível de violência, especialmente nas cidades maiores, onde é grande o número de roubos.
Esta apólice, que costuma ter prazo de um ano, cobre a reparação dos danos ocorridos ao veículo
segurado ou causados por ele a terceiros ou a coisas, incluindo outros veículos, roubo, furto, incêndio e colisão.
Algumas apólices cobrem outros riscos, como chuva de granizo, enchentes e danos ocorridos ao veículo
durante roubo ou furto ou tentativa de roubo ou furto. Estes riscos múltiplos podem ser associados de várias
formas, combinando as modalidades em pacotes.
Esta modalidade de seguro também pode oferecer coberturas adicionais para o risco de roubo de
rádios e acessórios, desde que conste da apólice. Se estes equipamentos são colocados posteriormente à
contratação, podem ser incluídos na apólice, através de endosso.
Muitos danos não são cobertos pelo seguro de veículos, o que deve vir relacionado no contrato,
especialmente pequenos prejuízos como arranhões na pintura. Aliás, a função da franquia também é impedir
que estes pequenos gastos sejam responsabilidade da seguradora, o que aumentaria o custo do prêmio.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

PLANOS DE SEGUROS

Seguro de vida
O principal objetivo de um seguro de vida é garantir certa segurança aos entes queridos que dependem
de nossa renda. O problema desta apólice é que mexe com assuntos que a maioria das famílias não quer tratar,
como a possibilidade de morte. Por isso, muita gente acaba evitando um seguro que poderia amparar a família
num infortúnio.
O seguro de vida dá cobertura aos riscos de morte natural ou acidental e invalidez por acidente ou
doença. Casos de suicídio, regra geral, estão excluídos da cobertura. Seu pagamento costuma ser mensal, por
prazo indeterminado, havendo exceções, de contratos por prazo determinado.
Estimar o valor correto de um seguro de vida depende de muitos fatores individuais, como o número de
filhos e a idade deles, a vida profissional do cônjuge, o padrão de vida que se pode manter, o nível de
patrimônio, a capacidade de gerenciamento da família e tempo para sua reestruturação, e até as despesas com
funerais.
Se o prêmio para o seguro ideal - que inclui até cobertura para a educação dos filhos - não for viável,
procure fazer algum seguro que caiba no orçamento familiar, para dar uma garantia mínima.
Certamente, pessoas que não tenham filhos, ou que já os tenha educado, precisam de seguro de vida
de menor valor, em geral apenas para amparar o cônjuge ou outro dependente indireto. Pessoas com filhos
pequenos e dívidas devem se preocupar mais.
O prêmio é maior quanto maior o número de coberturas escolhidas, e o risco do próprio segurado, que
depende de sua expectativa de vida e do tipo de risco a que se expõe. Pessoas com saúde debilitada pagam
prêmios maiores. Fumantes podem pagar mais. Pessoas que se expõem a esportes radicais também têm maior
risco. A seguradora pode até não aceitar este tipo de cliente.
Seguro de acidentes pessoais
O seguro de acidentes pessoais oferece cobertura em caso de invalidez permanente, parcial ou total,
ou morte por acidente. Os contratos, regra geral, têm prazo de um ano. Neste caso, acidente é evento não
esperado, externo, involuntário ou violento, que cause lesão física que leve à morte ou invalidez permanente,
incluindo casos de homicídio. Acidentes com eletricidade ou ataque de animais também estão incluídos, para
citar exemplos menos comuns.
A única diferença em relação ao seguro de vida é que não cobre morte natural. Como tem uma
cobertura a menos, é mais barato que o seguro de vida. O público-alvo são pessoas jovens, que têm boa saúde,
e não vêem no horizonte probabilidade alta de morrer de causa natural.
O valor da indenização depende do segurado, do padrão de vida que tem e poderia manter num caso
de invalidez, ou que tipo de proteção pode deixar para a família em caso de morte.
Seguro de viagem
Cobre riscos de acidentes em viagem (geralmente ao exterior), como extravio de bagagem, despesas
médico-hospitalares, odontológicas, problemas jurídicos e até de translado do corpo, em caso de morte. Este
tipo de apólice não assume os riscos de catástrofes naturais, como furacões e terremotos. Os contratos duram o
tempo da viagem, mas também podem cobrir viagens que aconteçam durante um ano inteiro, no caso de
pessoas que costumam viajar com mais freqüência.
O contrato especifica as coberturas e os números de telefone que atendem o segurado no exterior.
Caso precise de atendimento de urgência em instituições não credenciadas, o segurado pode solicitar
reembolso, dentro do limite de cobertura garantido.
O seguro viagem pode ser feito na própria agência de viagem, em bancos ou corretoras.
Seguro profissional liberal
Cobre o pagamento de diárias em caso de afastamento motivado por doença ou acidente, para
profissionais liberais como médicos, dentistas e advogados. Pode prever cobertura contra danos pessoais
causados a terceiros, como, por exemplo, erro médico. Nos Estados Unidos, este tipo de seguro é muito comum
nos casos de ação na Justiça movida contra médicos.
Seguro saúde
Oferecido por empresas seguradoras, o seguro saúde dá cobertura facultativa aos riscos que envolvem
assistência médica e hospitalar.
Outros seguros
Imobiliário: No caso de não conclusão da obra, garante ao comprador do imóvel que este será
concluído e entregue por outra empresa, que assume a obra. Tem a função de dar maior segurança para o
investidor que compra imóvel na planta.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

PLANOS DE SEGUROS

Assistência para funeral: Cobertura complementar das apólices de seguro de vida, que cobre
despesas de funeral, como compra de caixão, flores, certidão de óbito, translado do corpo e aluguel de jazigo.
Assistência para seqüestro: Serviço agregado a um seguro de vida para ser acionado quando ocorrem lesões
ou ferimentos corporais causados por seqüestro, roubo ou assalto.
Educação: Seguro que cobre gastos com a educação dos filhos e dependentes, em caso de
falecimento do responsável.
Fiança: Garante o pagamento de aluguel, condomínio e outras despesas em caso de inadimplência do
INQUILINO.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

MERCADO PRIMÁRIO e MERCADO SECUNDÁRIO

Uma empresa abre o seu capital com o objetivo de captar recursos de terceiros para
projetos específicos. Para tanto, tem que seguir uma série de exigências da CVM (Comissão
de Valores Mobiliários), que autoriza a abertura de capital. Ao fazer a primeira emissão de
títulos (sejam debêntures ou ações), a venda é feita no mercado primário.

O mercado primário é a primeira negociação dos títulos. Toda vez que a empresa emite
ações pela primeira vez e a cada nova emissão de ações, a colocação é feita no
mercado primário. A partir daí, toda negociação que for feita com esses títulos ocorrerá no
mercado secundário.

O pregão da bolsa de valores é o melhor exemplo de mercado secundário. Nele,


compradores e vendedores se encontram para negociar as ações já disponíveis. Assim, o
pregão diário da Bovespa é o mercado secundário de ações das empresas brasileiras.

Quando a empresa faz uma subscrição de novas ações, a situação se assemelha muito à
primeira emissão. Portanto, ocorre no mercado primário. Neste tipo de operação, o
acionista tem o chamado direito de subscrição, que lhe confere a preferência para
compra das novas ações. A nova emissão ocorre no mercado primário porque o grupo de
ações subscritas está sendo negociado pela primeira vez.

O preço das ações em uma nova emissão é baseado em três fatores: valor patrimonial,
média das cotações em bolsa ou projeção de resultados. Se a empresa já possui ações em
bolsa, o preço será a média das cotações de fechamento das ações da empresa nos
últimos três meses.

Caso a empresa ainda não tenha ações em bolsa (isto ocorre quando é feita a abertura de
capital, o chamado IPO), o preço será baseado no valor patrimonial. Há casos raros em
que a companhia pede ágio, ou seja, aumento no preço de suas ações baseado numa
projeção de resultados positiva.

Neste caso, o preço seria baseado na média de cotações ou no valor patrimonial


acrescido deste ágio.

No mercado secundário, o preço dos títulos é sempre determinado pelo próprio mercado.
Não há como a empresa interferir diretamente na cotação. Podemos também dividir o
mercado de títulos públicos em primário e secundário. A regra é a mesma para a
negociação de ações ou debêntures. Os títulos públicos ao serem colocados pela primeira
vez no mercado, são vendidos no mercado primário.

A negociação de compra e venda de títulos que se segue entre os bancos, uma vez que
estes já foram emitidos e adquiridos pela primeira vez, é o mercado secundário. Toda a
troca da posse destes títulos se dá no mercado secundário. Outros exemplos de mercado
secundário são a Nasdaq. O mercado de balcão também é mercado secundário, já que
as ações são negociadas após sua emissão ou subscrição.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

MERCADO DE CRÉDITO

É o mercado que opera a curto prazo. Os recursos captados se destinam ao financiamento


de consumo para pessoas físicas e capital de giro para empresas, através de intermediários
financeiros bancários.

O mecanismo da oferta de crédito é muito simples. Numa operação de crédito – ou


empréstimo - uma pessoa que não tem dinheiro no momento, mas deseja muito tê-lo para
alguma finalidade, consegue tomar emprestado de outra pessoa que tem dinheiro, mas
não precisa dele neste momento. Um precisa adiantar o usufruto do dinheiro, e o outro quer
adiar seu uso. A partir desta realidade, o mercado de crédito foi se desenvolvendo e
diversificando em vários produtos, na maioria das vezes com a intermediação das
instituições financeiras.

Naturalmente, quem quer antecipar os benefícios do uso do dinheiro paga um preço por
isso, que é a taxa de juro, para quem empresta o dinheiro, como compensação por adiar o
uso do dinheiro. Juro, portanto, é o preço do dinheiro no tempo. Quando a operação tem
um intermediário, como financeira ou banco, este também recebe parte deste juro pago
como remuneração. E o governo também tira sua fatia desta operação toda, através da
cobrança de impostos.

Temos então de um lado uma pessoa buscando dinheiro vivo ou fazendo uma compra a
prazo. Ela tem várias opções, como empréstimo pessoal, cheque especial, cartão de
crédito, leasing, crédito direto ao consumidor (CDC) etc. Para obter este empréstimo, basta
ter um histórico de bom pagador (não ter dívidas em atraso) e capacidade de pagamento
da dívida assumida.

Regra geral, quem quer crédito procura uma instituição financeira, direta ou indiretamente.
Mesmo nas lojas, na maioria das vezes é uma financeira que está financiando a venda a
prazo. Na prática, a loja recebe seu pagamento à vista e o negócio fica entre o
consumidor e a financeira.

É importante entender o papel da instituição financeira como intermediária das operações


de crédito. A instituição, por um lado, recebe aplicações financeiras em vários produtos,
como os CDBs (Certificados de Depósito Bancário). Nesta operação, ela se compromete a
pagar juros como rendimento do dinheiro aplicado. Precisa, então, dar um destino
produtivo ao dinheiro, a fim de poder pagar este juro e ainda ficar com um lucro.

Parte deste dinheiro é então ofertada ao mercado nas várias linhas de crédito para pessoas
físicas ou empresas. Por fazer esta intermediação, o banco recebe uma parte da diferença
entre o juro recebido pelo investidor e o pago pelo tomador do empréstimo.

É o chamado spread, que vai cobrir custos, perdas com inadimplência e gerar lucros. É a
instituição financeira que assume o risco de o tomador do dinheiro não pagar sua dívida. Se
o empréstimo não for pago, a instituição deve ter reservas suas para poder honrar o
compromisso com quem aplicou o dinheiro.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

MERCADO DE CAPITAIS

O que é Mercado de Capitais?

O mercado de capitais é um sistema de distribuição de valores mobiliários, que tem o


propósito de proporcionar liquidez aos títulos de emissão de empresas e viabilizar seu
processo de capitalização.

É constituído pelas bolsas de valores, sociedades corretoras e outras instituições financeiras


autorizadas.

No mercado de capitais , os principais títulos negociados são os representativos do capital


de empresas - as ações - ou de empréstimos tomados, via mercado, por empresas -
debêntures conversíveis em ações, bônus de subscrição e "commercial papers" - , que
permitem a circulação de capital para custear o desenvolvimento econômico.
O mercado de capitais abrange, ainda, as negociações com direitos e recibos de
subscrição de valores mobiliários, certificados de depósitos de ações e demais derivativos
autorizados à negociação.

Por que e como Investir no Mercado de Capitais?

À medida que cresce o nível de poupança individual e a poupança das empresas (lucros)
constituem a fonte principal do financiamento dos investimentos de um país. Tais
investimentos são o motor do crescimento econômico e este, por sua vez, gera aumento de
renda, com conseqüente aumento da poupança e do investimento, assim por diante.

Esse é o esquema da circulação de capital, presente no processo de desenvolvimento


econômico. As empresas, à medida que se expandem, carecem de mais e mais recursos,
que podem ser obtidos por meio de:

- empréstimos;

- reinvestimentos de lucros;

- participação de acionistas.

As duas primeiras fontes de recursos são limitadas. Geralmente, as empresas utilizam-nas


para manter sua atividade operacional. Mas é pelas participação de novos sócios - os
acionistas - que uma empresa ganha condição de obter novos recursos não exigíveis,
como contrapartida à participação no seu capital. Com os recursos necessários, as
empresas têm condições de investir em novos equipamentos ou no desenvolvimento de
pesquisas melhorando seu processo produtivo, tornando-o mais eficiente e beneficiando
toda a comunidade.

O investidor em ações contribui assim para a produção de bens, dos quais ele também é
consumidor. Como acionista, ele é sócio da empresa e se beneficia da distribuição de
dividendos sempre que a empresa obtiver lucros. Essa é a mecânica da democratização
do capital de uma empresa e da participação em seus lucros.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

MERCADO DE CAPITAIS

Para operar no mercado secundário de ações, é necessário que o investidor se dirija a uma
sociedade corretora membro de uma bolsa de valores, na qual funcionários especializados
poderão fornecer os mais diversos esclarecimentos e orientação na seleção do
investimento, de acordo com os objetivos definidos pelo aplicador. Se pretender adquirir
ações de emissão nova, ou seja, no mercado primário, o investidor deverá procurar um
banco , uma corretora ou uma distribuidora de valores mobiliários, que participem do
lançamento das ações pretendidas.

Os países capitalistas mais desenvolvidos possuem mercados de capitais fortes e dinâmicos.


A fraqueza desse mercado nos países subdesenvolvidos dificulta a formação de
poupança,constitui um sério obstáculo ao desenvolvimento e obriga esses países a recorrer
aos mercados de capitais internacionais, sediados nas potências centrais.

O que é Poupança e Investimento?


Os recursos necessários para uma aplicação provêm da parcela não consumida da renda,
a qual se dá o nome de poupança (por menor que seja seu valor) ou uma disponibilidade
financeira, pode efetuar um investimento, dele esperando obter:

· reserva para qualquer despesa imprevista e uma garantia para o futuro - SEGURANÇA;

· rápida disponibilidade do dinheiro aplicado LIQUIDEZ.

Por que e onde Investir?

Todo investidor busca a otimização de três aspectos básicos em um investimento: retorno,


prazo e proteção. Ao avaliá-lo, portanto, deve estimar sua rentabilidade, liquidez e grau de
risco. A rentabilidade é sempre diretamente relacionada ao risco. Ao investidor cabe definir
o nível de risco que está disposto a correr, em função de obter uma maior ou menor
lucratividade.

Investimentos Imobiliários

Envolvem a aquisição de bens imóveis, como terrenos e habitações. Para a economia


como um todo, entretanto, a compra de um imóvel já existente não constitui investimento,
mas apenas transferência de propriedade. Os objetivos do investidor em imóveis são
geralmente distintos daqueles almejados pelos que procuram aplicar em valores mobiliários,
sobretudo no que se refere ao fator liquidez de um e de outro investimento.

Investimento em Títulos

Abrangem aplicações em ativos diversos, negociados no mercado financeiro (de crédito),


que apresentam características básicas com referência a:

- renda - variável ou fixa;

- prazo - variável ou fixo;

- emissão - particular ou pública.


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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

MERCADO DE CAPITAIS
Renda

A renda é fixa quando se conhece previamente a forma do rendimento que será conferida
ao título. Nesse caso, o rendimento pode ser pós ou prefixado, como ocorre, por exemplo,
com o certificado de depósito bancário. A renda variável será definida de acordo com os
resultados obtidos pela empresa ou instituição emissora do respectivo título.

Prazo

Há títulos com prazo de emissão variável ou indeterminado, isto é, não têm data definida
para resgate ou vencimento, podendo sua conversão em dinheiro ser feita a qualquer
momento.
Já os títulos de prazo fixo apresentam data estipulada para vencimento ou resgate, quando
seu detentor receberá o valor correspondente à sua aplicação, acrescida da respectiva
remuneração.

Emissão

Os títulos podem ser particulares ou públicos. Particulares, quando lançados por sociedades
anônimas ou instituições financeiras autorizadas pela CVM ou pelo Banco Central do Brasil,
respectivamente; público, se emitidos pelos governos federal, estadual ou municipal.

Deforma geral, estadual ou municipal. Deforma geral, as emissões de entidades públicas


têm o objetivo de propiciar a cobertura de déficits orçamentários, o financiamento de
investimentos públicos e a execução da política monetária.

OBS:Ver ações, debêntures, operações de undewriting, funcionamento do mercado a vista


de ações, mercado de balcão, operações com ouro.

DIFERENÇAS ENTRE COMPANHIAS ABERTAS E COMPANHIAS FECHADAS

Companhias Abertas

Característica do tipo de sociedade anônima em que o capital, representado pelas ações,


é dividido entre muitos e indeterminados acionistas. Além disso, essas ações podem ser
negociadas nas Bolsas de Valores.

Companhias Fechadas

Característica do tipo de sociedade anônima em que o capital, representado por ações, é


dividido entre poucos acionistas. Além disso, as ações não são negociáveis em Bolsas de
Valores.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

MERCADO DE CÂMBIO
Instituições Autorizadas a Operar

Podem operar no mercado de câmbio apenas as instituições autorizadas pelo Banco


Central. O segmento livre é restrito aos bancos e ao Banco Central. No segmento
flutuante, além desses dois, podem ter permissão para operar as agências de turismo, os
meios de hospedagem de turismo corretoras e e as distribuidoras de títulos e valores
mobiliários. A transação PCAM 830, do SISBACEN, disponível ao público em geral, lista todas
as instituições autorizadas nos dois segmentos do mercado de câmbio.

Em dúvida, o cliente deve solicitar documentação comprobatória da aprovação do Banco


Central e/ou contatar a representação do Departamento de Câmbio na praça ou região
ou ainda ligar para as Centrais de Atendimento do Banco Central.

Operações básicas

CÂMBIO: Operação financeira que consiste em vender, trocar ou comprar valores em


moedas de outros países ou papéis que representem moedas de outros países. Para essas
operações são utilizados cheques, moedas propriamente ditas ou notas bancárias, letras de
câmbio, ordens de pagamento etc. Até o século passado, a maioria das moedas tinha seu
valor determinado por certa quantia de ouro e prata que representavam.

Atualmente não há mais o lastro metálico para servir de relação no câmbio entre as
moedas, e as taxas cambiais são determinadas por uma conjunção de fatores intrínsecos
ao país, principal mente a política econômica vigente.

O câmbio não possui apenas o valor teórico de determinar preços comparativos entre
moedas, mas a função básica de exprimir a relação efetiva de troca entre diferentes
países. A troca de moedas é conseqüência das transações comerciais entre países. No
Brasil, a rede bancária, liderada pelo Banco do Brasil, é a intermediária nas transações
cambiais. Os exportadores, ao receberem moeda estrangeira, vendem-na aos bancos e os
bancos revendem essa moeda aos importadores para que paguem as mercadorias
compradas. Essas transações são sempre reguladas pelo governo, que fixa os preços de
compra e venda das moedas estrangeiras.

Estrutura do Mercado Cambial Brasileiro

· Banco Central do Brasil: órgão executor da política cambial brasileira;

· Banco Autorizado: instituição bancária com quem o cliente fecha o câmbio;

· * Cliente: qualquer pessoa física ou jurídica habilitada a comprar ou vender moeda


estrangeira;

· * Corretor de Câmbio: intermediário de quem, facultativamente, o cliente pode se utilizar


para realizar as suas operações de câmbio.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

MERCADO DE CÂMBIO
Segmentos de Mercado

O Mercado Cambial Brasileiro está dividido em dois segmentos distintos:

a) Mercado de Taxas Livres (ou Câmbio Comercial), que abrange as operações de câmbio
relativas ao comércio exterior e de capitais estrangeiros, entre outras;

b) Mercado de Taxas Flutuantes (ou Câmbio Turismo), que engloba as operações não
enquadradas no Câmbio Comercial.

Modalidades:

Cambio livre. Regime de operações do mercado de divisas sem interferência das


autoridades monetárias. A liberação da taxa cambial faz com que o valor das moedas
estrangeiras flutue de acordo com o interesse que despertam no mercado segundo a
interação da oferta e da procura. O câmbio livre é também chamado de flutuante ou
errático.

As flutuações da taxa cambial apresentam uma série de riscos, pois o mercado de divisas
passa a sofrer variações determinadas também por fatores políticos, sociais e até
psicológicos. Quando um país sofre uma crise de liquidez, por exemplo, o regime de
câmbio livre estimula a especulação com moeda estrangeira, o que eleva excessivamente
sua cotação e agrava sua escassez. Da mesma forma, os importadores passam a utilizar
maior quantidade de divisas (moeda estrangeira) para suas compras, querendo evitar
pagá-las mais caras com o avanço da crise, o que agrava a crise de liquidez.

Câmbio manual. A simples troca física da moeda de um pais pela de outro. As operações
manuais de câmbio só se fazem em dinheiro efetivo e restringem-se aos

viajantes e turistas. Nas transações de comércio exterior ou de pais a pais, utilizam-se divisas
sob a forma de letras de câmbio, cheques, ordens de pagamento ou títulos de crédito.

Câmbio múltiplo. Sistema de câmbio em que as taxas variam conforme a destinação do


uso da moeda estrangeira. Acaba funcionando como um tipo de subsídio para a compra
de alguns produtos ou como taxação na compra de outros. E adotado tanto para a
importação quanto para a exportação, e alguns países o adotam oficialmente.

O Brasil não possui câmbio múltiplo, mas certas regulamentações de natureza cambial
criam efeito semelhante. O dólar para a compra de petróleo, por exemplo, possui valor
inferior ao do cambio oficial, m contrapartida, durante algum tempo a taxação de 25% de
IOF (imposto sobre Operações Financeiras) na compra. de dólares por turistas brasileiros que
viajavam ao exterior criou um dólar mais caro. Estão no mesmo caso a taxação variável dos
produtos de importação (com alíquotas maiores para os chamados supérfluos e o confisco
cambial incidente sobre produtos de exportação (como o café).

Consideraremos que essas operações se realizem em um mercado cambial total mente


livre, isto é, onde inexistam quais quer tipos de controles de câmbio.

Nota:
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

MERCADO DE CÂMBIO
Algumas das operações aqui tratadas poderão não ser permitidas no Brasil, em virtude de
dispositivos cambiais vigentes. Os negócios cambiais realizados pelos bancos podem ser
efetuados com seus clientes não-bancários (empresas, particulares etc.) como também
com outros bancos(operações interbancárias).

Tais operações poderão referir-se a operações "prontas", operações "futuras", operações de


swaps, hedging etc. As transações "interbancárias" normal mente são efetuadas por telex
ou telefone, diretamente entre os bancos ou, conforme a legislação cambial do país, com
a intervenção de corretores.

A rapidez é fator primordial na condução dessas operações os negócios são consumados


dizendo-se simplesmente "feito" a uma proposta.. Uma proposta de operação devera ser
imediatamente respondida ela outra parte, aceitando-a ou recusando-a. Uma demora na
resposta poderá fazer que a outra parte se recuse a fechar o negocio nas condições
estabelecidas inicialmente. Este aspecto é de particular importância no caso de cotações
cambiais, as quais, em um mercado livre de câmbio, poderão modificar-se rapidamente,
de acordo com as condições de mercado.

Contratos de Câmbio: características

Embora fechadas por telefone, as operações de câmbio têm de ser formalizadas através
de instrumento próprio, o Contrato de Câmbio. Padronizado pelo Banco Central do Brasil,
sua formalização se dá através do SISBACEN - Sistema de Informações do BACEN. Existem
vários tipos de Contratos de Câmbio, dentre eles:

TIPO 01 - EXPORTAÇÃO

TIPO 02 - IMPORTAÇÃO

TIPO 03 - TRANSFERÊNCIAS FINANCEIRAS DO EXTERIOR

TIPO 04 - TRANSFERÊNCIAS FINANCEIRAS PARA O EXTERIOR

Uma vez fechados, os contratos devem ser liquidados. Liquidar significa, a rigor, entregar a
moeda estrangeira que foi vendida.

Quanto ao prazo para liquidação, os contratos de câmbio podem ser:

a) Prontos: são aqueles cuja liquidação deve ocorrer em até 2 dias úteis;

b) Futuros: aqueles cuja liquidação deva ser processada em prazo maior que 2 dias úteis. A
maioria dos contratos de exportação é fechada para liquidação futura.

A operação de câmbio é uma operação financeira e, como tal, deve ser realizada pelo
Departamento Financeiro da empresa.

Equivocadamente, alguns profissionais do Comércio Exterior têm considerado o câmbio


como operação secundária na exportação. Trata-se de um erro imperdoável. Afinal, a
mercadoria mais preciosa no mundo moderno é o dinheiro. E, por essa razão, é muito
importante que se dispense um cuidado especial para essa operação. Qualquer margem
de lucro da exportação esvai-se numa operação de câmbio mal conduzida.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

MERCADO DE CÂMBIO
Portanto, faz-se mister que o exportador esteja atento para a escolha do banco com o qual
pretende realizar a operação. Nem sempre o banco que habitualmente supre as suas
necessidades no mercado doméstico pode atendê-lo nas operações internacionais.
Sugere-se, pois, uma avaliação do banco, levando-se em conta alguns aspectos
específicos, tais como:

• a sua tradição no mercado internacional;

• seu porte e/ou participação de capital estrangeiro;

• sua rede de agências e/ou correspondentes no exterior;

• sua participação no mercado cambial;

• tarifas de serviços;

• qualidade dos serviços prestados.

Além disso, o banco deve ser um parceiro disposto a assessorá-lo, pronto para lhe
apresentar novas alternativas de negócios! A negociação do câmbio entre o exportador e
o banco poderá ser realizada diretamente ou com a intermediação de um Corretor de
Câmbio. O corretor não é parte da operação. É apenas um interveniente. Responde pelos
aspectos formais e pela identificação do seu cliente e não pelos direitos e obrigações
decorrentes do contrato de câmbio. Trata-se de um prestador de serviços.

Dentre as suas funções, merecem destaque as seguintes:

• intermediar a operação; orientar o exportador quanto aos aspectos técnicos,


regulamentares, administrativos e financeiros;

• buscar o melhor negócio para o exportador;

• assessorá-lo no enquadramento técnico e regulamentar das operações;

• estar permanentemente na busca de novas alternativas para o exportador; e

• acompanhar a operação até a sua final liquidação.

O corretor de câmbio pode ser de capital importância na operação uma vez que ele
participa do mercado em "full time". Isto lhe permite absorver, processar e divulgar
informações indispensáveis para a correta contratação do câmbio. Sua intervenção é
facultativa. Pelos serviços prestados, o corretor recebe uma corretagem paga pelo cliente.

Quando "fechar" o câmbio?

O câmbio poderá ser fechado antes ou após o embarque da mercadoria: Nas operações
cursadas sob a modalidade de pagamento antecipado, o câmbio é contratado para
liquidação pronta, antes do embarque.

Nas operações conduzidas sob as demais modalidades (remessa, cobrança e crédito


documentário), em que o pagamento pelo importador estrangeiro é realizado após o
embarque da mercadoria (à vista ou a prazo), os contratos são fechados para liquidação
pronta ou futura, antes ou após o embarque da mercadoria, conforme o caso:
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

MERCADO DE CÂMBIO

• se antes do embarque: com antecedência de até 360 dias;

• se após o embarque: até 180 dias após, respeitado o vencimento do saque; e

• prazos especiais para exportação em consignação, operações com margem não


sacada e operações de câmbio simplificado.

Por que fechar antes ou após o Embarque?

Os negócios de câmbio devem ser analisados no contexto dos mercados financeiros


nacionais e internacionais, uma vez que envolvem recursos em moeda nacional, moeda
estrangeira, taxa de juros nacionais e internacionais e política cambial.

Operando num mercado de taxas flutuantes, o exportador precisa, diariamente, se valer de


informações que o permita entender e, até mesmo, antever, as flutuações do mercado, sob
pena de realizar a operação em dia ou momento impróprio.

Fechamento ANTES do Embarque, com ACC

Historicamente, o exportador que necessite de recursos para financiar a produção de


mercadoria a ser exportada, obtê-los-á através do contrato de câmbio a um custo menor
que eventuais recursos disponíveis no mercado doméstico.

E o mecanismo para obtenção destes recursos é simples: o exportador vende a moeda


estrangeira para entrega futura e solicita ao banco a antecipação do valor em moeda
nacional (ACC - Adiantamento sobre Contrato de Câmbio).

Esta antecipação também pode ser interessante mesmo quando a empresa não tenha
necessidade de caixa. Toma-se o ACC para aplicação dos recursos no mercado financeiro
doméstico, gerando, assim, uma receita adicional à exportação.

Certamente que o exportador, em quaisquer dos casos, deverá estar atento a duas
questões fundamentais:

a) o comportamento do mercado financeiro doméstico; e

b) principalmente, a certeza de que poderá realizar a exportação.

O exportador que vende câmbio futuro deve ter a segurança de que está apto a promover
o embarque da mercadoria e a liquidação da operação, mediante entrega da moeda
estrangeira. Cabe ao banco comprador do câmbio avaliar a capacidade exportadora de
seus clientes antes de com eles realizar a operação de câmbio.

Em síntese, o ACC é o adiantamento da moeda nacional por conta da moeda estrangeira


vendida a termo, concedido pelo banco ao exportador. Tal adiantamento é concedido,
em regra, no dia da contratação do câmbio, sempre previamente à entrega dos
documentos da exportação ao banco. A sua concessão, pelo banco, e a sua utilização,
pelo exportador, deve ter o fim precípuo de financiar a produção de bens a serem
exportados.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

MERCADO DE CÂMBIO
O custo do ACC é composto da correção cambial (+/-), juros internacionais (libor + spread
+ margem do banco).

Fechamento APÓS o Embarque, com ACE

Dois motivos fundamentais podem levar o exportador a optar pelo fechamento do câmbio
após o embarque:

a) a dificuldade de crédito junto à rede bancária para obtenção do ACC; ou

b) modificações no comportamento do mercado financeiro e na política cambial do País,


sinalizando para midi ou maxidesvalorizações da moeda nacional.

Nestes casos, o câmbio poderá ser fechado para liquidação pronta ou futura.

O ACE - Adiantamento sobre Cambiais Entregues, é o adiantamento concedido ao


exportador por conta de contratos de câmbio, cuja entrega de documentos ao banco já
tenha ocorrido. O objetivo do ACE é o de financiar a comercialização dos bens exportados.
A composição dos custos do ACE é a mesma do ACC, ou seja, correção cambial, juros
internacionais.

Em ambos os casos - ACC e ACE - as operações assumem características de operações de


crédito e, por conseguinte, os bancos são extremamente seletivos em tais operações. A
propósito, é importante registrar que, não só por imposição legal, mas por decorrência das
características e riscos da operação de câmbio - e até mesmo quando não há a
concessão do adiantamento - o banco avalia com muito rigor a performance e o histórico
de seus clientes como exportadores e não apenas como clientes.

Fechamento APÓS o Embarque, PRONTO

O exportador embarca a mercadoria e entrega os documentos ao banco para que os


mesmos sejam cobrados no exterior, à vista ou prazo. Somente após o pagamento pelo
importador, nos casos de remessa ou cobrança, ou pelo banqueiro, nos casos de carta de
crédito, é que o exportador realiza o fechamento do câmbio. Nesta situação, o câmbio
será fechado para liquidação pronta, não havendo, pois, utilização de recursos do banco,
quer do ACC quer do ACE.

Câmbio "TRAVADO", antes ou após o Embarque

São operações de câmbio de exportação, contratadas para liquidação futura, nas quais
não ocorre a concessão do ACC ou do ACE, quer por um período da operação ou pelo
prazo total da mesma, até a liquidação. Significa dizer que, por um certo prazo (até a
entrega dos documentos, por exemplo) ou até a liquidação do contrato, o contravalor em
moeda nacionais - os Reais - ficam bloqueados - travados - no banco.

A trava de câmbio nada mais é que um tipo de aplicação financeira e, como tal, gera o
pagamento de uma remuneração - prêmio - pelo banco ao exportador.

Entrega dos documentos ao banco

Uma vez embarcada a mercadoria, os documentos comprobatórios da exportação (em


regra, documentos originais de embarque acompanhados de um saque) deverão ser
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

MERCADO DE CÂMBIO
entregues ao banco em até 15 dias contados do embarque, respeitando o vencimento,
para esse fim, previsto no contrato de câmbio, quando for o caso.

Os documentos, após a pertinente análise feita pelo banco, serão encaminhados ao


exterior para serem entregues ao importador, conforme o caso, contra pagamento ou
contra aceite.

Nas exportações com câmbio contratado antes do embarque, o exportador entregará os


documentos ao banco comprador do câmbio. Nas exportações com câmbio a contratar
após o embarque, os documentos deverão ser entregues a qualquer banco autorizado a
operar em câmbio. A posterior contratação poderá ser feita em banco distinto daquele a
quem os documentos foram entregues.

Quando o transporte da mercadoria se der por via aérea ou por via terrestre, o exportador
poderá remeter os documentos originais diretamente ao importador.

Admite-se esta prática, também, quando o transporte for efetuado por via marítima, mas
em casos especiais. Em todas as situações, entretanto, serão entregues ao banco, pelo
menos, cópias dos documentos acompanhados de saque original e da cópia da carta-
remessa do exportador encaminhando os documentos ao importador estrangeiro.

Em se tratando de exportação realizada ao amparo de carta de crédito, os documentos


deverão ser entregues ao banco e/ou enviados ao exterior, conforme determine referido
instrumento de pagamento, respeitando-se, principalmente, a sua validade para
apresentação.

Liquidação do contrato de câmbio

Do contrato de câmbio resultam as obrigações:

• para o exportador, de entregar, ao banco, os documentos e a moeda estrangeira;

• para o banco, de pagar ao exportador o contravalor em moeda nacional.

Quando as partes cumprem suas obrigações, diz-se que o contrato está liquidado. Assim,
da mesma maneira em que as partes pactuam a forma através da qual o banco pagará a
moeda nacional ao exportador, também é pactuada a forma através da qual o
exportador entregará a moeda estrangeira ao banco.

No que tange a entrega da moeda estrangeira ao banco, as duas formas de entrega mais
usuais são:

• Crédito em Conta: o exportador fica responsável pela operação até que a moeda
estrangeira seja creditada na conta do banco comprador do câmbio. Neste caso, o banco
somente considerará a operação liquidada após o recebimento da moeda estrangeira,
mediante crédito em sua conta, mantido junto a banco no exterior.

Embora a legislação estabeleça um prazo até o qual as operações devam ser liquidadas
(15 dias após a entrega dos documentos, no caso de operações à vista e 15 dias após o
vencimento do saque, no caso de operações a prazo) a liquidação somente ocorrerá se e
quando, efetivamente, a moeda estrangeira for creditada ao banco.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

MERCADO DE CÂMBIO
• Carta de Crédito: sob esta forma de entrega o exportador cumpre, em princípio, suas
obrigações ao entregar ao banco, em ordem, os documentos requeridos pela Carta de
Crédito, evidenciando, pois, ter cumprido todos os seus termos e condições,
independentemente da operação ser à vista ou a prazo. Regularmente, o banco,
considerados os documentos em ordem, deve liquidar a operação no prazo máximo de
até 10 dias contados da entrega dos documentos.

• Em menor escala, outras formas de entrega também são utilizadas. É importante ressaltar,
entretanto, que o acolhimento de Cartas de Crédito para negociação é de exclusivo
critério do banco. Certamente, serão acolhidas aquelas emitidas e/ou confirmadas por
banco de primeira linha (first class bank) e em países que não apresentem risco de
transferência de divisas e cujos termos e condições tenham sido cumpridos na íntegra, isto
é, os documentos tenham sido apresentados sem discrepâncias.

Alteração de contrato

Dos elementos do contrato de câmbio, não podem ser alterados:

• nome do comprador;

• nome do vendedor;

• valor da moeda estrangeira;

• taxa cambial;

• valor em moeda nacional.

Por consenso das partes - exportador e banco - os demais elementos do contrato de


câmbio, em regra, podem ser alterados, respeitadas regras próprias. Para se alterar o
contrato de câmbio, utiliza-se formulário próprio, padronizado pelo Banco Central, TIPO 07.
Algumas alterações podem ser efetuadas através de simples troca de correspondência
entre banco e exportador.

Prorrogação de contrato

Os vencimentos nos contratos de câmbio podem ser prorrogados, por consenso das partes,
respeitada a regulamentação vigente. A prorrogação é formalizada, necessariamente
através do SISBACEN, em instrumento próprio, o formulário TIPO 07. Vale lembrar que os
contratos vencidos geram custos adicionais para o exportador.

Prorrogação do Prazo para Entrega de Documentos

Em regra, pode ser prorrogado desde que o prazo decorrido, mais o prazo que se prorroga,
não exceda 360 dias, contados da data da contratação do câmbio. A prorrogação enseja
repactuação das condições negociadas e, portanto, merece especial atenção da parte
do exportador. Como o prazo para entrega dos documentos é estabelecido em função da
previsão do embarque da mercadoria, é necessário que o responsável pela contratação
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

MERCADO DE CÂMBIO
do câmbio, no momento da pactuação com o banco, esteja munido de informações que
retratem a realidade da empresa, em especial no tocante à programação de seus
embarques. Em tese, as prorrogações somente devem acontecer quando motivadas por
ocorrência fora do controle do exportador.

A prorrogação deve ser formalizada no prazo máximo de até 20 dias contados do referido
"prazo para entrega", indicado no contrato de câmbio.

Do Prazo para Liquidação do Contrato

É admitida a prorrogação do vencimento para a liquidação do contrato de câmbio,desde


que o prazo decorrido, somado ao prazo que se prorroga, não ultrapasse 180 dias contados
da data do embarque, mantido, adicionalmente, o período de trânsito,de até 15 dias.

Salvo exceções, a prorrogação está condicionada à obtenção de concordância do


importador em pagar juros pelo período que se pretende prorrogar. Cumulativamente,
deve o exportador entregar novo saque ao banco, inclusive pelo valor dos juros. A
prorrogação do prazo para a liquidação também ensejará repactuação das condições
negociadas e deverá ser formalizada no prazo máximo de até 30 dias do referido "prazo
para liquidação" pactuado no contrato de câmbio.

Será admitida a prorrogação do prazo para liquidação para prazos finais maiores que 180
dias contados do embarque quando a operação for realizada ao amparo de seguro de
crédito à exportação, da SBCE.

Contumácia

A prorrogação de contratos, tanto a relativa ao prazo para entrega de documentos, como


a referente ao prazo para a liquidação, não deve se constituir em fato corriqueiro nas
operações. Tal evento, além de resultar em ônus adicionais para o exportador, pode
desgastá-lo cadastralmente na rede bancária. Pode, ainda, evidenciar uma certa
inabilidade ou incapacidade do exportador para bem administrar as suas operações.

Cancelamento do contrato

Os contratos de câmbio, por consenso das partes, podem ser cancelados em até:

• 20 dias contados do vencimento para entrega dos documentos, nos casos em que a
mercadoria não tenha sido embarcada;

• 30 dias contados do vencimento para a liquidação, quando já tiver ocorrido o


embarque da mercadoria. O cancelamento será formalizado em instrumento próprio,
através do SISBACEN.

Antes do Embarque - Letras a Entregar

O exportador deverá promover o acerto de contas com o banco, devolvendo o ACC (se
houver), pagando os juros, a diferença de taxa cambial, se houver (correção do capital) e
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

MERCADO DE CÂMBIO
outras despesas da operação. O cancelamento de contrato de câmbio, sem que tenha
ocorrido o embarque da mercadoria, gera penalidades para o exportador, tais como o
pagamento de IOF (quando houver ACC) e ENCARGO FINANCEIR (multa).

Após o Embarque - Letras Entregues

Salvo exceções, o cancelamento de contrato de câmbio com mercadoria já embarcada


está condicionado à comprovação, pelo exportador, da inadimplência do importador.

Para tanto, o exportador deve provar ter iniciado ação judicial de cobrança contra o
importador. Cumprida tal exigência, o exportador deve fazer o acerto de contas com o
banco (devolver o ACE se houver pagar a diferença de taxa cambial, o deságio e outras
despesas).

O cancelamento, em qualquer das hipóteses, rompe as relações entre banco e exportador.

Posição especial

Nos casos em que a mercadoria já tenha sido embarcada e que o cancelamento não seja
possível por falta de pré-requisitos para a sua formalização, exportador e banco podem
promover o acerto de contas (semelhante ao cancelamento).

Faz-se uma Alteração de Contrato de Câmbio, transferindo-o para a Posição Especial (uma
espécie de UTI de contratos). Nesta situação, o contrato pode permanecer por prazo
limitado e sua utilização é proibida para alguns casos.

A Posição Especial tem caráter excepcional e deve ser utilizada com parcimônia, somente
naqueles casos em que não caiba outra solução. Vale lembrar que a sua utilização
indevida, bem como o não cumprimento de prazos acarreta sua reversão automática, por
determinação do Banco Central.

Contratos vencidos - penalidades

O exportador deve envidar esforços no sentido de evitar que um contrato de câmbio


permaneça vencido, pois, além de refletir negativamente em relação ao banco, sobre eles
recairão, conforme o caso, ônus adicionais pelo período que estiver vencido, tais como:

• imposto de renda sobre linhas externas, que poderá ser repassado ao exportador;

• custo do depósito compulsório de 30% recolhido pelo banco ao Banco Central.

Tipos de taxas cambiais

Ao examinarmos o funcionamento do mercado cambial, fizemos menção a dois tipos de


taxas de compra e de venda. Todavia, outros tipos de taxas existem, conforme
verificaremos a seguir.

Taxa de repasse é aquela pela qual o Banco Central do Brasil adquire a moeda estrangeira
dos bancos comerciais.

Taxa de cobertura é aquela pela qual o Banco Central do Brasil vende moeda estrangeira
aos bancos comerciais.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

MERCADO DE CÂMBIO
Taxas Cruzadas (Cross-Rates) vêm a ser as taxas teóricas resultantes da comparação das
respectivas cotações de duas moedas, cotações essas expressas em uma terceira moeda
(o dólar americano, por exemplo).

Digamos que, no mercado cambial norte-americano, o franco suíço esteja cotado a US$
0,231, enquanto o marco alemão está cotado a US$ 0,275. Dividindo-se esses valores, um
pelo outro, vamos obter as seguintes taxas cruzadas.·

franco suíço/marco: Sw. Fr. 1,00 = DM 0,84

marco/franco suíço: DM 1,00 = Sw. Fr. 1,19

Quando as transações cambiais são livres, essas taxas cruzadas não deverão diferir
sensivelmente da cotação do franco suíço em Frankfurt ou da cotação do marco alemão
em Zurich.

Taxas Livres e Taxas Oficiais

Taxas livres são aquelas provenientes das condições de oferta e procura de divisas em um
mercado livre de câmbio, admitindo-se, contudo, a possibilidade de uma intervenção das
autoridades monetárias, mediante operações de compra e venda de divisas, com o
objetivo de evitar variações excessivas das taxas.

Taxas oficiais são as determinadas pelas autoridades monetárias, não resultando, assim, do
livre entrechoque das condições de oferta e procura, embora estas possam, em grande
parte, influenciar o pensamento das autoridades monetárias na determinação do nível das
taxas oficiais.

Taxas Prontas e Taxas Futuras

Taxas prontas são aquelas aplicadas em operações de compra e venda de moeda


estrangeira, onde ela é entregue dentro do razão de até dois dias úteis, contados da ata
da negociação.

Taxas futuras referem-se a transações de compra e venda de moeda estrangeira, onde a


entrega dessa moeda e o seu pagamento somente ocorrerão após o período de tempo
concordado entre as partes.

Taxas Fixas e Taxas Variáveis

Taxas fixas são aquelas mantidas invariáveis em um determinado nível, seja por
determinação governamental (congelamento da taxa), seja por operações de compra e
venda de divisas por parte das autoridades governamentais sempre que as cotações de
mercado se desviarem das taxas determinadas pelo governo. A taxa fixa poderá coincidir
ou não com o par metálico. Uma pequena variante das taxas fixas seria a taxa estável,
onde é permitida às taxas de câmbio uma certa variação, dentro de pequenos limites.

As autoridades monetárias não intervêm no mercado, a não ser quando é atingido o limite
mínimo ou máximo. As taxas variáveis, como o próprio nome está dizendo, são aquelas que
variam. Podem ser flexíveis, quando as paridades monetárias são reajustadas
gradualmente, dentro de pequenos intervalos de tempo. E o sistema denominado
crawlingpeg. Existe, também, uma outra taxa variável, que é conhecida por taxa flutuante.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

MERCADO DE CÂMBIO

Neste caso, não existem paridades monetárias e as taxas cambiais flutuam livremente,
embora possam estar sujeitas a sofrer intervenções a parte das autoridades monetárias, em
caso de autuações exageradas.

Não é possível dizer-se qual dos dois sistemas taxas fixas ou taxas variáveis apresenta
maiores vantagens ou desvantagens. Os economistas que se têm dedicado à matéria
divergem bastante nesse ponto, não havendo, pois, um consenso geral. A verdade é que
ambos os sistemas apresentam méritos e deficiências, devendo ser aplicados conforme a
situação econômica de cada país.

Níveis de Preços e Taxas Cambiais

O desaparecimento do padrão-ouro e as distorções provocadas pela inflação na maioria


dos países após a 1ª Guerra Mundial destruíram completamente o sistema de paridades
estáveis entre as várias moedas, sistema que vinha funcionando até então.

Uma vez terminado o conflito, surgiu a preocupação, entre os diversos países, do


estabelecimento de novos tipos de câmbio, uma vez que os anteriores haviam perdido o
seu significado.

Em 1919, um economista sueco, Gustav Cassel, procura determinar os níveis em que se


deveriam fixar as novas paridades, desenvolvendo uma nova teoria, que recebeu o nome
de Teoria da Paridade do Poder de Compra. Com essa Teoria, procurou ele demonstrar que
a política comercial e monetária internas exercem influência sobre a taxa cambial,
pensamento esse contrário ao que vigorava na época, de que os fenômenos cambiais
eram diversos cios fenômenos monetários e creditícios internos.

Sendo o valor da moeda representado pelo seu poder aquisitivo, a compra de moeda
estrangeira nada mais seria, então, do que a troca de poder aquisitivo nacional por poder
aquisitivo estrangeiro. Desse modo, o novo tipo de câmbio deve refletir as modificações
relativas dos preços em dois países considerados.

Desvalorizações Cambiais e Balança Comercial

As desvalorizações cambiais têm sido utilizadas por vários países, em épocas diversas, como
uma tentativa de corrigir déficits em suas balanças comerciais

Consideremos que o valor do dólar norte-americano seja de R$ 1.000,00. Chamemos de "A"


ao conjunto de mercadorias que são importadas pelo Brasil do restante do mundo e "B" ao
conjunto de mercadorias que exportamos para os diversos países. Admitamos que todas
essas transações sejam conduzidas unicamente em dólares norte-americanos (que é o que
pratica mente ocorre na realidade).

Finalmente, suponhamos, ainda, que o rego, tanto de uma unidade de "A" como "B", seja
igual a US$ 1,00 Teríamos, então:
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

MERCADO DE CÂMBIO
US$ R$
preço de A......................................1,00 ...........1.000,00

preço de B .....................................1,00 ...........1.000,00

Vamos supor agora, que o governo ceda a uma desvalorização cambial (ou seja,
desvalorize o real em relação ao dólar). Com isso o valor do dólar se elevará em, digamos
50%. A nova situação será assim:

US$ R$

preço de A...........................1,00............ 1.500,00

preço de B ..........................1,00............ 1.500,00

Observa-se que as importações custarão mais reais para o importador brasileiro e que, por
outro lado, os exporta dores brasileiros receberão mais reais pelas suas exportações.

Isto poderá levar os exportadores a diminuir o preço de seus produtos em dólares, com o
objetivo de exportar maiores quantidades. Em princípio, tal situação poderá provocar uma
diminuição das importações e um aumento das exportações, contribuindo para a melhora
da balança comercial.

Na realidade, porém, esse resultado dependerá de como as procuras de exportáveis e


importáveis reagirão às variações de preços. Poderá ocorrer que uma desvalorização
agrave ainda mais o déficit da balança comercial, conforme veremos.

Suponhamos que os preços (em dólares) dos exportáveis diminuam. Como já dissemos, as
quantidades exportadas poderão aumentar. Porém, a menos que a variação da receita
cambial resultante do aumento das quantidades exportadas seja igual ou maior do que a
variação negativa representada pela diminuição dos preços dos exportáveis, a receita
cambial decrescerá. este caso, os dispêndios com divisas na importação terão de diminuir
substancialmente para compensar a diminuição da receita de divisas provenientes da
exportação.

A Elasticidade-Preço

As variações nas quantidades exportadas e importadas dependem de uma série de


fatores. Um deles, talvez o mais importante, vem a ser a chamada elasticidade preço da
procura de exportáveis ou importáveis. Em poucas palavras, vem a ser a resposta da
procura a uma variação no preço dos produtos.

Há várias maneiras, algumas mais sofisticadas, outras menos, de se calcular a elasticidade-


preço. O que importa, porém, para o leitor, é entender o seu funcionamento.

Consideremos que o preço de um produto aumente (ou diminua), digamos, 10%. Se as


quantidades procuradas diminuírem (ou aumentarem) em 10%, diremos que a procura
possui elasticidade unítária. Se as quantidades procuradas diminuírem (ou aumentarem) em
mais de 10%, diz-se que a procura é elástica. Se, porém, as quantidades procuradas
diminuírem (ou aumentarem) em menos de 10%, a procura diz-se inelástica.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

MERCADO DE CÂMBIO

Vejamos como as elasticidades influem sobre as importações. Se a procura de importáveis


for elástica, então as quantidades importadas se reduzirão em proporção maior do que o
aumento nos preços e reais, o que significará que o dispêndio total em dólares diminuirá.

Examinemos agora o que ocorre com as exportações. Uma desvalorização cambial


permitira ao exportador brasileiro, como já vimos, receber mais reais por suas exportações.
Isto permitira aos nossos exportadores reduzir os preços em dólares, sem sacrificar suas
receitas em termos de reais. Se a procura estrangeira por nossos produtos for elástica, o
aumento da quantidade procurada mais do que compensará o menor preço em dólares
por unidade exportada, de modo que a receita em dólares aumentará.

Combinando-se o novo dispêndio em divisas destinadas à importação com o aumento da


receita de divisas provenientes do aumento da exportação, o resultado será um saldo
favorável.

Porém, o que acontecerá se as elasticidade-preço para a procura de exportáveis e


importáveis forem baixas, isto e, se as procuras forem inelásticas?

Na importação, a quantidade poderá diminuir, porem, em proporção bem menor do que o


aumento ocorrido nos preços (em reais) desses produtos. Para complicar mais a situação,
poderá ocorrer, no caso de produtos essenciais, que a pro cura nem diminua, apesar do
aumento de preços.

No lado das exportações, a situação será pior ainda. A procura de nossos pro dutos poderá
aumentar, porém, numa pro porção menor do que a queda ocorrida nos preços:

Resultado, a receita de exportação diminuirá.

Um pequeno exemplo numérico permitirá melhor compreensão do assunto. Suponhamos


que, ao preço de US$ 1.000, uma empresa exporte 1.000 unidades de uma mercadoria. Sua
receita cambial será, portanto, de US$ 1 milhão. Consideremos, agora, que tenha havido
uma maxidesvalorização cambial. A empresa receberá mais reais por seus dólares de
exportação. Ela resolve, então, diminuir o preço em dólares, com o objetivo de vender
maiores quantidades.

Admita mos que o preço seja reduzido para US$ 700 e, com isso, a empresa consiga colocar
1.200 unidades. Sua receita cambial será de US$ 840 mil, inferior, portanto, àquela
percebida quando o preço de seu produto era mais elevado. O mesmo poderá ocorrer
com os produtos das demais empresas exportadoras, provocando redução da receita
cambial do país. Como resultado desse efeito combinado, iremos ter um agravamento da
balança comercial.

Várias outras situações poderão ser consideradas, combinando-se diferentes tipos de


elasticidade para as exportações e para as importações.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

MERCADO MONETÁRIO

É através do mercado monetário que o governo controla os meios de pagamento


(depósitos a vista nos bancos comerciais, mais o volume de papel moeda em poder do
público).Para que estes quatro mercados pudessem atuar eficientemente, era a necessário
a criação de um sistema financeiro adequado e isso só foi possível a partir de 1964, quando
se reformulou através da lei da REFORMA BANCÁRIA (lei 4595) todo o SISTEMA FINANCEIRO
NACIONAL, que antes dessa data estava totalmente em função do banco comercial. A
única opção que o investidor possuía, para aplicar suas poupanças, era depositar suas
economias no BANCO COMERCIAL, isto porque ele recebia juros pelos depósitos à vista
realizados em conta-corrente.

Assim, a primeira providência do Governo a partir de 1964 foi o de criar um Sistema


Financeiro, com instituições financeiras adequadas que operassem com títulos onde as
pessoas pudessem aplicar suas poupanças e, conseqüentemente, financiaria as empresas
(setor produtivo). Para que isto fosse feito era necessário criar uma legislação específica
para o desenvolvimento do mercado, e reformular todo o Sistema Financeiro.

Mercado Monetário - origina-se do relacionamento financeiro entre fornecedores e


tomadores de fundos de curto prazo (vencimento de um ano ou menos). As transações do
mercado monetário são feitas com valores mobiliários de curto prazo - que são instrumentos
de dívida de curto prazo tais como Letras do Tesouro, commercial paper e certificados de
depósito negociáveis emitidos pelo governo, empresas e instituições financeiras.

Funcionamento do Mercado Monetário - o papel do Banco Central, das instituições


financeiras (bancos e fundos mútuos) e das corretoras de valores (clientes).
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

TIPOS DE SOCIEDADE
Sociedade
O próprio nome já diz que se trata de sócios, portanto só existe sociedade composta, de
duas ou mais pessoas.

·Sociedade em nome coletivo

Surgiu na Idade Média e compunha-se a princípio dos membros de uma mesma família,
que sentavam à mesa e comiam do mesmo pão. Daí surgiu a expressão & Companhia.
Usavam uma só assinatura, coletiva e válida para todos, sendo esta a origem da firma ou
razão social.

Conceito - É a sociedade em que todos os sócios respondem ilimitadamente e


solidariamente com seus bens particulares pelas obrigações sociais. Qualquer sócio pode
exercer a gerência e ter o seu nome civil aproveitado na composição do nome comercial.

Utiliza firma ou razão social, composta com o nome pessoal de um ou mais sócios acrescido
da expressão & Cia.

·Firma individual

É a empresa constituída por uma única pessoa que exerce atividade comercial, industrial
ou da prestação de serviço, respondendo ilimitadamente pelas obrigações contraídas em
nome da mencionada firma. Para existir deverá ser registrada na Junta Comercial local.

As Juntas Comerciais são órgãos da administração estadual que desempenham função de


natureza federal atinente ao registro público.

Para sua constituição

Caso não possua comprovante de endereço residencial no nome do titular é necessário


apresentar uma declaração feita pela pessoa cujo nome consta no comprovante
atestando que o titular reside no local citado, reconhecendo a firma e anexando a xerox
do comprovante autenticado.

Caso a empresa seja aberta em apartamento, trazer uma autorização do condomínio para
o funcionamento da mesma com firma reconhecida, como também a xerox autenticada
da ata da reunião que deve ser registrada em cartório. Sendo o local de funcionamento
alugado, apresentar 2 (duas) xerox do contrato de locação legível e autenticada, com
firma reconhecida do locador e do locatário e com a devida qualificação dos mesmos.

Caso o local seja próprio, trazer escritura em xerox legível e autenticada. Quando a
escritura ou contrato de locação não estiverem em nome do titular, o proprietário ou
locador do imóvel deverá fazer uma declaração autorizando o funcionamento da empresa
naquele local com firma reconhecida.

Nome Comercial

Na Firma Individual o nome comercial deve ser o de seu Titular. Havendo nome igual já
registrado, este poderá ser abreviado, desde que não seja o último sobrenome, ou ser
adicionado um termo que indique a principal atividade econômica explorada pela
empresa, como elemento diferenciador.

Exs: Valdemira Rodrigues Cavalcanti


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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

TIPOS DE SOCIEDADE

V. Rodrigues Cavalcanti

Valdemira Rodrigues Cavalcanti - Mercearia

Não se aplicam às Firmas Individuais os processos de Transformação, Incorporação, Cisão e


Fusão de empresa.

·Sociedade por cotas de responsabilidade limitada

Esta sociedade surgiu no Brasil em 1919 e sua principal característica é ser um tipo de
sociedade que limita a responsabilidade dos sócios à totalidade do capital social. Os sócios
apenas respondem pelo que falta para a integralização do capital social. Uma vez
realizado todo capital social, nenhum sócio poderá ser atingido, em seu patrimônio
particular para o pagamento de dívida da sociedade.

Todos os sócios devem contribuir para a formação do capital social, não sendo admitida a
figura do sócio que participa só com trabalho. A responsabilidade dos sócios é limitada às
obrigações assumidas.

OBS: A garantia dos credores da sociedade está no patrimônio da sociedade, não no seu
capital social, pois uma vez integralizado este, os sócios não estarão mais sujeitos a
completá-lo, caso venha a diminuir.

A sociedade pode adotar firma ou denominação, que devem sempre ser seguidas da
palavra “Limitada ou LTDA”. O sócio de uma limitada terá apenas uma cota, que poderá
ser maior ou menor. Será dirigida pelo sócio designado no contrato social para a função de
gerente ou representante. Uma sociedade comercial por quotas de responsabilidade
limitada poderá adquirir quotas da própria sociedade, desde que haja consenso de todos
os quotistas e que o faça com recursos disponíveis ou reservas livres

·Sociedades anônimas

As sociedades anônimas são disciplinadas pela lei nº 6.404/76. Sociedade Anônima,


também conhecida pela denominação Companhia, é a sociedade cujo capital social está
dividido em ações e a responsabilidade dos sócios ou acionistas está limitada ao preço de
emissão das ações subscritas ou adquiridas.

Objeto Social

Deve constar do estatuto da sociedade de modo preciso e completo, podendo ser


qualquer empreendimento com fim lucrativo, não contrário à lei.

OBS: Mesmo uma sociedade civil ou de prestação de serviço que vier a adotar a forma de
sociedade anônima, se transformará automaticamente, em sociedade mercantil.

Características

a) qualquer que seja o seu objeto, a companhia será sempre mercantil;

b) o capital será dividido em partes iguais denominadas ações;

c) os membros que integram as sociedades anônimas são chamados acionistas;


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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

TIPOS DE SOCIEDADE
d) o nome comercial será sempre denominação ou nome fantasia, acompanhado da
expressão S/A, ou precedido da expressão “CIA ou Companhia”. Pode integrar a
denominação o nome do sócio fundador. É proibido o uso da palavra companhia no final
da denominação para se evitar confusão com firma ou razão social.

Classificação

a) S/A aberta: são aquelas que tem suas ações comercializadas na Bolsa ou mercado de
balcão. O órgão do governo federal responsável pela autorização é uma autarquia
denominada Comissão de Valores Mobiliários - CVM. S/A fechada: quando as ações são
adquiridas pelos próprios fundadores, não sendo colocadas no mercado.

b) Nacional: quando é constituída de acordo com a legislação brasileira e com sede no


Brasil.

c) Estrangeira: é aquela com sede no exterior e submetida a um controle externo.

Constituição para serem constituídas as sociedades anônimas deve atender os seguintes


requisitos legais:

a) subscrição do capital social por no mínimo duas pessoas

b) realização, como entrada, de no mínimo 10% do preço de emissão das ações


subscritas em dinheiro.

c) A quantia integralizada em dinheiro deverá ser depositada no Banco do Brasil ou outro


estabelecimento bancário autorizado pela CVM. Esse depósito deverá ser feito pelo
fundador até 5 dias do recebimento das quantias, em nome do subscritor e em favor da
Companhia em constituição. Concluído o processo de constituição, a Companhia
levantará o montante depositado; se esse processo não se concluir em 6 meses do
depósito, o banco restituirá ao subscritor a quantia depositada.

Espécies de Constituição

a) Por subscrição pública: são aquelas que os fundadores buscam recursos junto a
investidores.

Procedimento:

- o empreendimento é submetido ao estudo da CVM (análise da viabilidade econômica


e financeira e a idoneidade do fundador);

- aprovado o empreendimento, emitem-se as ações que são registradas pela CVM;

- elaboração de um prospecto assinado pelos fundadores e pela financeira, informando


aos interessados na aquisição das ações sobre os objetivos do empreendimento e suas
condições.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

TIPOS DE SOCIEDADE

b) por subscrição particular: são as companhias de grupos fechados, cujos subscritores já


estão definidos desde o início. Processa-se por deliberação dos subscritores reunidos em
assembléia de fundação ou por escritura pública.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

NOÇÕES DE POLÍTICA ECONÔMICA

CONCEITOS DE ECONOMIA

A economia pode ser definida assim: o estudo de como as pessoas e a sociedade decidem
empregar recursos escassos, que poderiam ter utilizações alternativas, para produzir bens
variados.

Pode-se fazer a seguinte divisão no estudo econômico:

·Macroeconomia- analisa o comportamento da economia como um todo, por meio de


preços e quantidades absolutos. Faz parte dela os movimentos globais nos preços, na
produção ou no emprego.

·Microeconomia- estuda o comportamento de cada "molécula econômica" do sistema, por


meio de preços e quantidades relativas. Para exemplificar, pode-se citar a análise do
funcionamento de empresas.

Enquanto a economia positiva ocupa-se da descrição de fatos, circunstâncias e relações


econômicas, a economia normativa expressa julgamentos éticos e valorativos. As grandes
divergências entre os economistas aparecem nas discussões de caráter normativo, como
por exemplo o da dimensão do Estado e o poder dos sindicatos.

Sofismas econômicos:

·Post hoc - a conclusão de que "depois do acontecimento" implica necessariamente


"devido ao acontecimento".

·Composição- leva a crer que o que é verdade para uma das partes também o é para o
todo.

O caminho mais seguro para um pensamento correto é o da análise científica: hipótese,


confrontação com os fatos e síntese.

Fatores produtivos ou inputs- bens ou serviços usados pelas empresas no processo de


produção. São combinados de forma a se obterem produtos outputs, que serão
consumidos ou empregados em outras fases mais avançadas do processo produtivo.

São basicamente os seguintes

:- Terra e recursos naturais.

·Trabalho (o mais abundante e significativo).

·Capital- bens duráveis produzidos para serem empregados na produção de outros bens.

Problemas econômicos fundamentais:

(1) que produtos produzir e em que quantidade;


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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

NOÇÕES DE POLÍTICA ECONÔMICA

(2) como os produzir, isto é, através de que técnicas devem ser combinados os fatores
produtivos;

(3) para quem devem ser produzidos e distribuídos os produtos.

Essas questões não seriam levantadas se os recursos fossem ilimitados - a "lei da escassez"
estabelece que a limitação de recursos obriga a escolha entre bens relativamente
escassos.

"Eficiência produtiva"- não se pode aumentar a produção de um bem sem reduzir a de


outro.

Lei da Oferta e da Procura - a oferta e a procura atuam conjuntamente na determinação


do preço e da quantidade em cada mercado.

· curva de procura: baseia-se na utilidade de determinado produto para os consumidores.


Quanto maior o preço, menor a quantidade procurada, e vice-versa. Determinantes da
procura: preço do produto, rendimento médio dos consumidores, dimensão do mercado,
preço e disponibilidade de outros bens, gostos ou preferências. O deslocamento da curva
de procura ocorre em função da alteração desses fatores.

· curva de oferta: baseia-se nos custos de produção de um bem ou serviço. É a relação


entre os preços de mercado do produto e a quantidade que os produtores estão dispostos
a oferecer. Quanto menor o preço, menor a quantidade de bens que os produtores vão
querer vender.

Determinantes da oferta: custos de produção, monopólios, concorrências de outros bens,


imprevistos metereológicos. O deslocamento da curva de oferta ocorre em função da
alteração desses fatores.

·O preço de equilíbrio verifica-se quando a quantidade procurada for igual à quantidade


oferecida.

·Por meio da lei da oferta e da procura, as questões de "o que, como e para quem" ficam
parcialmente resolvidas. Isso se deve à interdependência de cada mercado em relação
aos mercados de outros bens na estruturação do "sistema de equilíbrio geral de preços".

Enquanto o equilíbrio parcial observa o comportamento de cada mercado


individualmente, o equilíbrio geral analisa os processos simultâneos e interdependentes dos
diferentes mercados - esse último é uma espécie de "teia invisível".

O modelo de "concorrência perfeita" é apenas idealizado, pois desconsidera diversos


mecanismos da economia, como a existência de monopólios e de externalidades. O
sistema de mercado é em sua totalidade eficiente: as ações egoístas dos indivíduos são
orientadas por uma "mão invisível" para um resultado final harmonioso.
"Eficiência de Pareto": não é possível melhorar o bem-estar de uma pessoa sem piorar o de
outra. A situação econômica revela eficiência se se encontrar na fronteira das
possibilidades de utilidade.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

NOÇÕES DE POLÍTICA ECONÔMICA

Restrições à "Mão Invisível"

·falhas no mercado: os preços não refletem os verdadeiros custos e as verdadeiras


utilidades. Ex: monopólio e externalidades (efeitos colaterais da produção e do consumo
são desconsiderados no mercado).

·repartição do rendimento e do consumo é arbitrária. Dentro da realidade econômica


imperfeita e interdependente, a intervenção dosada do Estado pode melhorar os
resultados econômicos.

Sistemas econômicos

Em toda comunidade organizada, mesclam-se, em maior ou menor medida, os mercados e


a atividade dos governos. O grau de concorrência dos mercados é variado, indo do
monopólio, em que apenas uma empresa opera, à economia de livre mercado, que
apresenta uma verdadeira concorrência, com várias empresas operando. O mesmo ocorre
quanto à intervenção pública, que engloba desde uma intervenção mínima em impostos,
crédito, contratos e subsídios até o controle dos salários e os preços dos sistemas de
economia centralizada que imperam nos países comunistas. Entretanto, em ambos os
sistemas ocorrem divergências: no primeiro, existem somente monopólios estatais, sobretudo
nas linhas aéreas e na malha ferroviária; no segundo, somente concessões à empresa
privada.

As principais diferenças entre a organização econômica centralizada e a capitalista, reside


em quem é o proprietário das fábricas, fazendas e outras empresas, assim como os
diferentes pontos de vista sobre a distribuição da renda ou a forma de estabelecer os
preços. Em quase todos os países capitalistas, uma parte importante do produto nacional
bruto (PNB) é produzida pelas empresas privadas, pelos agricultores e pelas instituições não
governamentais, como universidades e hospitais particulares, cooperativas e fundações. Os
problemas mais importantes enfrentados pelo capitalismo são o desemprego, a inflação e
as injustas desigualdades econômicas. Os problemas mais graves das economias
centralizadas são o subemprego, o maciço emprego informal, o racionamento, a
burocracia e a escassez de bens de consumo.

Em uma situação intermediária entre a economia centralizada e a economia de livre


mercado, encontram-se os países social-democratas ou liberal-socialistas. A atividade
econômica recai, em sua maior parte, sobre o setor privado, mas o setor público regula
essa atividade, intervindo para proteger os trabalhadores e redistribuir a renda. É a
chamada economia mista.

Introdução à Microeconomia

Microeconomia é o ramo da ciência econômica voltado ao estudo do comportamento


das unidades de consumo (indivíduos e famílias); ao estudo das empresas e ao estudo da
produção de preços dos diversos bens, serviços e fatores produtivos.

Teoria elementar do funcionamento do mercado


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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

NOÇÕES DE POLÍTICA ECONÔMICA


Costuma-se definir a procura, ou demanda individual, como a quantidade de um
determinado bem ou serviço que o consumidor estaria disposta a consumir em
determinado período de tempo. É importante notar, nesse ponto, que a demanda é um
desejo de consumir, e não sua realização. Demanda é o desejo de comprar.

A Teoria da Demanda é derivada da hipótese sobre a escolha do consumidor entre


diversos bens que seu orçamento permite adquirir. Essa procura individual seria
determinada pelo preço do bem; o preço de outros bens; a renda do consumidor e seu
gosto ou preferência.

A Demanda é uma relação que demonstra a quantidade de um bem ou serviço que os


compradores estariam dispostos a adquirir a diferentes preços de mercado. Assim, a Função
Procura representa a relação entre o preço de um bem e a quantidade procurada,
mantendo-se todos os outros fatores constantes.

Quase todas as mercadorias obedecem à lei da procura decrescente, segundo a qual a


quantidade procurada diminui quando o preço aumenta. Isto se deve ao fato de os
indivíduos estarem, geralmente, mais dispostos a comprar quando os preços estão mais
baixos.

Relação de demanda para pêras:

Fornecedor Preço ( $ por unidade/Quantidade ofertada (milhões por semana)

A 10,00260

B 08,00240

C 06,00200

D 04,00150

Assim se torna fácil a observação de que as relações preço - quantidade são inversas.
Enquanto a relação da demanda descreve o comportamento dos compradores, a relação
da oferta descreve o comportamento dos vendedores, evidenciando o quanto estariam
dispostos a vender, a um determinado preço.

Os vendedores possuem uma atitude diferente dos compradores, frente aos preços altos. Se
estes desalentam os consumidores, estimulam os vendedores a produzirem e venderem
mais. Portanto quanto maior o preço maior a quantidade ofertada. A Função Oferta nos dá
a relação entre a quantidade de um bem que os produtores desejam vender e o preço
desse bem, mantendo-se o restante constante.

Relação de oferta de pêras:

Consumidores Preço (R$ por unidade)Quantidade demandada (milhões/semana)

A 10,00 50

B 08,00 100

C 06,00 200

D 04,00 400
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

NOÇÕES DE POLÍTICA ECONÔMICA


Pela tabela é possível perceber que as quantidades ofertadas aumentam à medida que os
preços aumentam. São diretas as relações preço - quantidade. O equilíbrio da oferta e da
procura num mercado concorrencial é atingido com um preço que faz igualar as forças da
oferta e procura. O preço de equilíbrio é aquele com o qual a quantidade procurada é
precisamente igual à quantidade oferecida.

Como se disse, a quantidade de um produto que os compradores desejam adquirir


depende do preço. Porém a quantidade que as pessoas desejam comprar depende
também de outros fatores. Relação entre as quantidades demandadas e o preço dos bens:
levando-se em conta apenas o preço do bem observa-se quando a demanda aumenta
ocorreu uma diminuição no preço; quando ele diminui é um resultado de um aumento do
preço.

Relação entre a procura de um bem e o preço de outros bens:

A) aumento no preço do bem Y acarreta em aumento na demanda do bem X: isso significa


que os bens X e Y são substitutos ou concorrentes. Um exemplo é a relação entre o chá e o
café.

B) aumento do bem Y ocasiona a queda da demanda do bem X: os bens em questão,


nesse caso, são complementares. São bens consumidos conjuntamente, como o café e o
açúcar.

Relação entre a procura de um bem e a renda do consumidor:

A) Bem Normal: são aqueles cuja quantidade demandada aumenta quando aumenta-se a
renda.

B) Bem de luxo: ao se aumentar a renda a quantidade demandada aumenta em maior


Proporção.

C) Bem de primeira necessidade: ao se aumentar a renda a quantidade demanda se


Mantém inalterada pois, ao se tratar de algo de primeira necessidade já fazia parte das
antigas aquisições do indivíduo.

D) Bem inferior: são aqueles cuja quantidade demandada diminui quando a renda
aumenta.

Geralmente são vens para os quais há alternativas de melhor qualidade. Até agora se viu
como os deslocamentos da demanda e oferta afetam os preços. O conceito de
elasticidade - preço nos permite uma maior compreensão do sistema de preços e das
reações observadas no mercado.

A elasticidade é a relação entre as diferentes quantidades de oferta e procura de certas


mercadorias em função das alterações verificadas em seus respectivos preços.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

NOÇÕES DE POLÍTICA ECONÔMICA

Seguindo-se esse conceito as mercadorias podem ser classificadas em bens de demanda


elástica ou inelástica. Os bens de demanda inelástica são os de primeira necessidade,
indispensáveis à subsistência do consumidor. Os bens de demanda elástica são aqueles
que não são indispensáveis à subsistência do consumidor. Assim são, geralmente, os bens
de luxo. Alguns fatores que influenciam a elasticidade da demanda da demanda seriam a
existência de substitutos ao bem, a variedade de usos desse vem, o seu preço em relação
ao uso global dos consumidores e o preço do bem em relação à renda dos consumidores.

Para um vendedor faz realmente muita diferença o fato de ser elástica ou não a demanda
com a qual ele se defronta. Se a demanda for elástica e ele reduzir o preço, obterá mais
receita. Por outro lado se a demanda for inelástica e ele reduzir o preço obterá menos
receita.

Introdução à Macroeconomia

A Macroeconomia estuda o comportamento do sistema econômico por um reduzido


número de fatores, como a produção ou produto total de uma economia, o nível de
emprego e poupança, o investimento, o consumo, o nível geral dos preços. Seu principais
objetivos estão no rápido crescimento do produto e do consumo, no aumento da oferta de
empregos, na inflação reduzida e no comércio internacional vantajoso.

1. A contabilidade nacional:

Contabilidade nacional é a técnica que tem como objetivo principal representar e


quantificar a atividade econômica de um país, durante determinado período de tempo.

Os principais agregados econômicos são, a saber:

A) Valor Bruto de Produção (VBP) : expressão monetária da soma de todos os bens e


serviços produzidos em determinado território econômico, num dado período de tempo.
Incorre no chamado erro de "dupla contagem", pois soma os produtos finais com os insumos
usados em sua elaboração.

B) Valor Agregado Bruto (VAB): é o valor da "produção sem duplicações". Obtém-se


descontando-se do VBP o valor dos insumos utilizados no processo de produtivo.

C) Produto Bruto (PB): produção de bens e serviços finais realizados pela economia, durante
um período de tempo.

D) Renda Bruta (RB): somatório das remunerações brutas dos fatores de produção
empregados na economia, durante um período de tempo.

E) Produto Interno Bruto (PIB): expressão monetária dos bens e serviços finais produzidos
dentro dos limites territoriais econômicos, independentemente da origem dos fatores de
produção.

F) Produto Nacional Bruto (PNB): expressão monetária dos bens e serviços produzidos por
fatores de produção nacionais, independentemente do território econômico.

G) Renda Nacional (RN): é a renda líquida gerada no período, e que se dirige aos
proprietários nacionais de fatores de produção.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

NOÇÕES DE POLÍTICA ECONÔMICA

2. Modelo Keynesiano Básico

Os economistas dos séculos XVIII e XIX acreditavam que o nível de produtos não sofreria
grandes alterações, e todos os fatores de produção estariam ocupados na produção de
bens e serviços que formam a renda. Isto formaria o chamado estado de "pleno emprego"
dos fatores de produção. Assim, acreditavam que toda renda distribuída no ato da
produção se dirigiria ao mercado para adquirir bens e serviços. Apoiando-se na Lei de Say:
"toda oferta cria sua própria demanda".

Keynes desenvolve sua teoria baseado no pressuposto de que é necessária a intervenção


do estado na economia, pois o mercado, devido a vazamentos como a formação de
estoques e redução de produção, não seria capaz de coordená-la.

Sua primeira suposição foi a existência de desemprego. Os antigos economistas


acreditavam apenas no desemprego voluntário. Keynes, ao contrário, acreditava que a
economia estaria funcionando abaixo de seu potencial, deixando assim uma capacidade
ociosa.

Assim, considera a Oferta Agregada (OA) como o somatório da renda disponível na


economia, enquanto chama de Oferta Potencial a máxima produção da economia com
pleno-emprego dos fatores de produção. A Oferta Agregada Efetiva é aquela
efetivamente colocada no mercado, o que pode ocorrer sem a plena utilização dos fatores
de produção.

A Demanda Agregada seria o somatório do consumo total da economia com os


investimentos, os gastos governamentais e as exportações, subtraindo-se as importações.

O que se vê é que o produto ou renda de equilíbrio (onde a oferta agregada é igual à


demanda agregada) não é o mesmo que o produto ou renda de pleno emprego.

Política econômica

São as medidas adotadas pelo governo para controle da economia. As relativas ao


orçamento, por exemplo, afetam todas as áreas da economia e constituem políticas de
tipo macroeconômico; outras afetam exclusivamente algum setor específico, como, por
exemplo, o agrícola e constituem políticas de tipo microeconômico. Estas últimas são
dirigidas a um setor, a uma indústria, a um produto ou ainda a várias áreas da atividade
econômica e criam a base legal em que devem operar os diferentes mercados, evitando
que a competição gere injustiças sociais.

O alcance da política macroeconômica depende do sistema econômico existente, das leis


e das instituições do país. Existem divergências quanto ao grau de intervenção do Governo:
alguns defendem a política do laissez-faire e outros acham que o governo deve cobrir as
deficiências do mercado. Neste caso, a política econômica deve eliminar as flutuações,
reduzir o desemprego, fomentar um rápido crescimento econômico, melhorar a qualidade
e o potencial produtivo, reduzir o poder monopolista das grandes empresas e proteger o
meio ambiente.

A partir da década de 1970, a política macroeconômica procurou limitar o papel dos


governos e reduzir o poder do Estado. No entanto, a política econômica pode tornar-se
contraproducente, caso o diagnóstico dos problemas econômicos for errôneo e as diretrizes
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

NOÇÕES DE POLÍTICA ECONÔMICA


políticas não forem adequadas ao problema que se pretende resolver. Em tempos de
guerra, nas economias planificadas ou centralizadas, essa política é mais rígida e maior a
intervenção do Estado. O êxito de uma política econômica dependerá da reação dos
agentes econômicos, da sua execução e da confiança na administração.

Nas relações comerciais entre dois países devem ser considerados os tipos de câmbio, as
taxas alfandegárias e os problemas da dupla imposição, uma vez que a mudança em um
desses fatores repercutirá sobre a economia nacional.

Introdução à economia monetária

A moeda possui as funções básicas de ser, ao mesmo tempo, um intermediário de trocas;


um denominador comum de preços (unidade de medida) e reserva de valor. Segundo o
conceito tradicional sua oferta é dada pela disponibilidade de ativos financeiros de liquidez
imediata, os chamados meios de pagamento. Esses ativos de liquidez imediata seriam o
papel-moeda em poder do público (moeda manual) e os depósitos à vista do público nos
bancos comerciais (moeda escritural).

Os depósitos à vista do público nos bancos comerciais geram condições, através da


emissão de cheques, que vários agentes econômicos comprem produtos e serviços com
uma mesma quantidade inicial de moeda.

Esse uso generalizado de moeda escritural é a origem do "processo multiplicador", que


eleva os meios de pagamento. A moeda injetada no sistema econômico por decisão da
autoridade monetária tende a se transformar em depósitos bancários.

Enquanto parcelas de tais depósitos se tornam empréstimos dos bancos a terceiros, que
retornam tais recursos ao sistema bancário por meio de novos depósitos, que se tornarão
novos empréstimos...

Uma parcela dos meios de pagamento será mantida sob forma de papel-moeda nas mãos
do público. Uma outra parte será levada à condição de moeda escritural, por meio de
depósitos à vista nos bancos comerciais.

Dos depósitos à vista retiram-se dois encaixes. Um técnico ou voluntário (r1) que deve
satisfazer às operações diárias dos bancos, e um compulsório (r2) recolhido ao Banco
Central como forma de se controlar o efeito multiplicador.

Demanda de moeda

A demanda de moeda ocorre por três motivos básicos:

A) Transação: representa a guarda de moeda para se fazer face a pagamentos, dado


que os pagamentos e recebimentos não são perfeitamente sincronizados.

B) Precaução: é a guarda de moeda para cobrir gastos imprevistos.

C) Especulação: a moeda é considerada também como reserva de valor e não apenas


meio de troca. Por isso, não seria estranho que os agentes econômicos guardassem moeda
ociosa, na expectativa de mudanças na taxa de juros de mercado e, assim, aplicá-la
melhor no futuro.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

NOÇÕES DE POLÍTICA ECONÔMICA


Política monetária / instrumentos de política

A prática da política monetária esta afeita às funções do Banco Central e envolve o


controle da moeda e do crédito.

O crédito é controlado através de mecanismos de prazo e de oferta de moeda. No que se


refere à moeda, não vamos nesta lição aprofundar o assunto, visto que, será tema da
próxima aula. Pretendemos verificar quais são os chamados agregados monetários e os
instrumentos através dos quais o Banco Central exerce o controle sobre a oferta de moeda
e crédito.

O primeiro destes agregados é a Base Monetária, constituída pelas reservas bancárias e o


papel-moeda em poder do público. As reservas bancárias, um dos instrumentos que
veremos a seguir, são percentuais sobre os depósitos à vista que os bancos devem recolher
ao Banco Central (já foi imposto até sobre depósitos a prazo).

Os Meios de Pagamento, chamados de M1, são a soma do papel-moeda em poder do


público mais os depósitos à vista no sistema financeiro. São os ativos monetários de liquidez
total que, no entanto, não rendem juros.

Os demais agregados monetários são:

M2 = M1 + títulos públicos;

M3 = M2 + depósitos em caderneta de poupança;

M4 = M3 + depósitos a prazo e títulos privados.

Estes ativos monetários são conhecidos por quase-moeda. O grande determinante da


seqüência é a liquidez, ou seja, a possibilidade, no tempo, de transformar o ativo em bens e
serviços. Por isto se diz que M1, os meios de pagamento, possuem liquidez total. Vejam que
M2, para poder ser transformado em bens e serviços, demandará 24 horas; M3, 30 dias; M4,
mais de 30 dias.

Outro conceito importante referente à moeda é o de moeda escritural. Diferente do que


muitos imaginam, a moeda escritural não é o cheque, mas os depósitos à vista no sistema
financeiro.

Para controlar a oferta de moeda e o crédito, o Banco Central possui os seguintes


instrumentos: reservas compulsórias, empréstimos de liquidez e operações do mercado
aberto.

As reservas compulsórias, conforme já descrevemos acima, são um percentual dos


depósitos à vista que os bancos devem recolher ao Banco Central. Tal instrumento permite
controlar o chamado "Multiplicador Bancário" através do qual o Sistema Financeiro "cria"
moeda. O depósito à vista não é exigido pelo depositante em prazo imediatamente
seguinte. Portanto, após fazer as reservas necessárias, o banco empresta o saldo através de
um depósito em conta de um tomador de empréstimo, fazendo novamente as reservas e
reemprestando o saldo, assim sucessivamente até zerar esta progressão geométrica.

O efeito deste multiplicador pode ser estabelecido pela razão entre a unidade e o
percentual de reservas. Por exemplo, se o depósito compulsório mais a reserva voluntária
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

NOÇÕES DE POLÍTICA ECONÔMICA

atingem 50% faz-se: 1/0,5 = 2. Logo, se você depositar R$ 100,00 o banco transforma ele em
R$ 200,00. Um aumento do depósito compulsório ocasiona uma redução da oferta de
moeda e uma elevação da taxa de juros. Uma redução do depósito compulsório ocasiona
um aumento da oferta de moeda e uma queda na taxa de juros.

Os empréstimos de liquidez são efetivados pelo Banco Central - BACEN aos bancos com
dificuldades de caixa, ou seja, exigência de saques acima de suas reservas voluntárias. Para
tanto, o BACEN cobra uma taxa de juros, chamada de redesconto. Dificuldades impostas a
esta operação inibem os bancos de utilizá-la, reduzindo a oferta monetária.

As operações do mercado aberto são constituídas pela compra e venda de títulos públicos.
Eles não servem somente para cobrir o rombo das contas públicas, mas também para
regular a oferta de moeda. Caso ocorra a necessidade de "enxugar" o mercado, o BACEN
vende títulos públicos, reduzindo a oferta monetária. Caso ocorra a necessidade de
colocação de volume maior de moeda em circulação, ele compra títulos. Todos os
instrumentos de política monetária alteram a taxa de juros.

Política Monetária Restritiva: engloba um conjunto de medidas que tendem a reduzir o


crescimento da quantidade de moeda, e a encarecer os empréstimos.

1) Recolhimento compulsório: consiste na custódia, pelo Banco Central, de parcela dos


depósitos recebidos do público pelos bancos comerciais. Esse instrumento é ativo, pois atua
diretamente sobre o nível de reservas bancárias, reduzindo o efeito multiplicador e,
consequentemente, a liquidez da economia.

2)Assistência Financeira de liquidez: o Banco Central empresta dinheiro aos bancos


comerciais, sob determinado prazo e taxa de pagamento. Quando esse prazo é reduzido e
a taxa de juros do empréstimo é aumentada, a taxa de juros da própria economia
aumenta, causando uma diminuição na liquidez.

3) Venda de Títulos públicos: quando o Banco Central vende títulos públicos ele retira
moeda da economia, que é trocada pelos títulos. Desta forma há uma contração dos
meios de pagamento e da liquidez da economia.

Política Monetária Expansiva: é formada por medidas que tendem a acelerar a quantidade
de moeda e a baratear os empréstimos (baixar as taxas de juros). Incidirá positivamente
sobre a demanda agregada.

4) Diminuição do recolhimento compulsório: o Banco Central diminui os valores que toma


em custódia dos bancos comerciais, possibilitando um aumento do efeito multiplicador, e
da liquidez da economia como um todo.

5)Assistência Financeira de Liquidez: o Banco Central, ao emprestar dinheiro aos bancos


comerciais, aumenta o prazo do pagamento e diminui a taxa de juros. Essas medidas
ajudam a diminuir a taxa de juros da economia, e a aumentar a liquidez.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

NOÇÕES DE POLÍTICA ECONÔMICA


6)Compra de títulos públicos: quando o Banco Central compra títulos públicos há uma
expansão dos meios de pagamento, que é a moeda dada em troca dos títulos. Com isso,
ocorre uma redução na taxa de juros e um aumento da liquidez.

Política cambial

A Política Cambial refere-se à atuação do governo sobre a taxa de câmbio, o balanço de


pagamentos e as políticas de comércio internacional. O principal elemento de política
cambial é a taxa de câmbio. Antes de verificarmos suas características, vamos apresentar a
estrutura do balanço de pagamentos.

O Balanço de Pagamentos é uma peça contábil que segue o princípio das partidas
dobradas, sendo composto por três sub-balanças: a Balança Comercial, onde são
registradas as exportações e importações; a Balança de Serviços, onde temos o registro de
fretes e seguros, conta turismo, pagamento de royalts, patentes, juros e despesas
diplomáticas; e a Balança de Capitais, onde é registrada a entrada de capitais no país,
tanto de empréstimos, como de investimentos ou aplicação financeira. O resultado do
balanço de pagamentos é a soma das três balanças citadas. Caso seja positivo, irá
incrementar as reservas cambiais do país; caso negativo, deverá ser suprido por estas. Se o
país não tiver reservas suficientes para suprir o saldo negativo ou o cumprimento deste,
deverá se socorrer de Operações de Regularização (empréstimo junto ao Fundo Monetário
Internacional - FMI).

As reservas cambiais são o resultado de acúmulos de saldos positivos no balanço de


pagamentos. Vejam que as empresas, as pessoas e o governo, quando negociam com o
exterior (levando-se em conta somente negociação dentro da lei) não recebem em
moeda estrangeira. O Sistema Financeiro retém as moedas no BACEN, e o agente
econômico recebe em moeda nacional.

A taxa de câmbio é definida como o preço da moeda nacional em relação à moeda


estrangeira. No curto prazo irá refletir as oscilações de oferta e demanda. Demanda
excessiva por dólares, por exemplo, determinará desvalorização cambial da moeda
nacional; oferta excessiva trará valorização cambial da moeda nacional. No médio e
longo prazo, a taxa de câmbio irá expressar o poder de compra relativo das duas moedas,
ou seja, a diferença entre a inflação interna e a externa.

Em relação à taxa de câmbio, existe a possibilidade de se adotar três regimes cambiais:


flutuação livre, flutuação suja (bandas) e câmbio fixo. Na flutuação livre, o Banco Central
não intervém no mercado, permitindo que o livre jogo da oferta e demanda determine a
taxa de câmbio. A "não intervenção" é relativa, pois, na verdade não há determinações de
limites, mas certamente, interferência quando necessário.

Há poucas semanas, quando o dólar "bateu" na casa dos R$ 2,30 o BACEN comprou
moeda estrangeira no mercado para elevar sua cotação. No sistema de flutuação suja,
também conhecido como de bandas cambiais, o BACEN estabelece uma banda máxima
e uma mínima, a partir das quais ele irá atuar. Se ultrapassar a banda máxima, ele entra no
mercado vendendo moeda estrangeira e, se ultrapassar a mínima, entra no mercado
comprando. Para proceder ao regime de bandas, é necessário um alto volume de reservas
cambiais que permita a interferência citada.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

NOÇÕES DE POLÍTICA ECONÔMICA


Quanto ao câmbio fixo, é estabelecida uma paridade entre a moeda nacional e a
estrangeira, lastreando a moeda nacional. Para cada unidade de moeda nacional
colocada em circulação, haverá uma unidade de moeda estrangeira. Este sistema,
quando utilizado por longos períodos, determina a perda de competitividade dos produtos
exportados, provocando déficits na balança comercial, os quais, se não cobertos por
outras balanças, determinarão perda de reservas cambiais, podendo levar o país a uma
situação de insolvência.

A taxa de câmbio pode ser utilizada, conforme ocorreu no início do plano real, como
âncora para a economia. Através da valorização, ela facilita a importação e, com isso,
permite o aumento da Oferta Agregada, estabelecendo um equilíbrio provisório em
situação de demanda excessiva.

FORMAÇÃO DA TAXA DE JUROS

A taxa de juros constitui-se no mais importante instrumento de política monetária à


disposição do Banco Central. Através dela, a autoridade monetária afeta o nível de
atividade econômica e de preços. Em virtude dos efeitos significativos que a taxa de juros
provoca sobre toda a economia, a opinião pública, em geral, acompanha de perto as
decisões do Banco Central sobre o seu nível e trajetória. A simples expectativa de mudança
já é suficiente para causar efeitos econômicos.

Há na economia vários tipos de taxas de juros: taxas de poupança, taxas de empréstimo,


taxas de financiamento etc. Além disso, elas diferem de acordo com o prazo, sendo
classificadas como de curto, médio e longos prazos. Na verdade, apesar das várias taxas
existentes, o Banco Central controla diretamente apenas a taxa de juros do mercado de
reservas bancárias.

É nesse mercado específico, e pouco conhecido pela população, que ele pratica a
política monetária e influencia as demais taxas da economia. Contudo, são as taxas de
juros vigentes no sistema financeiro, em particular no sistema bancário, como taxas de
aplicações financeiras, de empréstimo e de financiamento, que são relevantes para a
população.

É com base nessas taxas que pessoas e empresas tomam decisões de poupança e
investimento. Então, por que o Banco Central não as controla diretamente? A pergunta
encerra sua própria resposta: porque o Banco Central somente as controla de maneira
indireta. Elas dependem também de fatores fora do controle do Banco Central, como
margens de lucro, risco de crédito e expectativas quanto ao desempenho futuro da
economia. Mais ainda, esse controle torna-se cada vez mais limitado à medida em que o
prazo das taxas se amplia.

Para entender o que significa e qual a importância da taxa de juros do mercado de


reservas bancárias, a chamada taxa Selic, é preciso saber o que é e como funciona esse
mercado. Assim como as pessoas e firmas possuem depósitos à vista nos bancos com
carteira comercial, com os quais podem efetuar pagamentos, esses bancos possuem
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

NOÇÕES DE POLÍTICA ECONÔMICA

depósitos no Banco Central. Esses recursos, chamados de reservas bancárias, são


depositados numa espécie de conta corrente dos bancos junto ao Banco Central,
denominada conta Reservas Bancárias. É por meio delas que os bancos realizam
transações entre si, em nome próprio ou de terceiros, e com o Banco Central. A
característica principal das reservas bancárias é que elas constituem recursos
imediatamente disponíveis.

Qualquer transação que ocorre no sistema bancário passa, necessariamente, pela conta
Reservas Bancárias. A compensação de cheques e a compra e venda de moeda
estrangeira, por exemplo. Vale observar que as reservas depositadas no Banco Central não
rendem juros. Dessa maneira, por que motivo os bancos mantém recursos junto ao Banco
Central? A demanda de reservas tem dois componentes: primeiro, os bancos são obrigados
a manter no Banco Central um percentual sobre os depósitos à vista, o chamado depósito
compulsório; segundo, eles precisam de reservas para realizar transações rotineiras. Por
outro lado, a oferta de reservas provém exclusivamente do Banco Central, seja através de
operações de mercado aberto, seja através do redesconto. Apenas o Banco Central pode
afetar a liquidez do sistema como um todo, dado que operações entre bancos apenas
representam troca de titularidade de reservas bancárias e não criação ou destruição das
mesmas.

No gerenciamento diário de liquidez, geralmente, alguns bancos encontram-se em


situação superavitária enquanto outros em situação deficitária. Desse modo, durante o dia
eles trocam reservas entre si de forma a suprir necessidades opostas. Contudo, raramente o
valor desse saldo é zero, ou seja, o sistema está sempre com sobras ou falta de reservas.
Nesse caso, sem a atuação do Banco Central a taxa de juros cairia ou subiria; entretanto,
devido à sua posição monopolista, ele tem o poder de fixar a taxa de juros do mercado de
reservas.

Ele fixa a taxa de juros da mesma maneira que, por exemplo, determina a taxa de câmbio
num regime de câmbio fixo, ou seja, vende e compra reservas a uma taxa de juros
determinada. Suponha, por exemplo, que o Banco Central fixe a taxa de juros em 21%.
Caso o sistema esteja com excesso de reservas, nenhum banco superavitário iria emprestar
reservas a uma taxa inferior a 21%, e nenhum banco deficitário pagaria mais que 21% de
juros, de forma que a taxa de juros do mercado será igual a 21%. Vale observar que essa é
uma taxa de um dia; todo dia a situação de liquidez do mercado muda, ou seja, os bancos
emprestam e tomam emprestado pelo prazo de um dia.

A taxa de juros do mercado de reservas bancárias tem duas características básicas que a
torna extremamente importante:

a) é a taxa de juros que o Banco Central controla diretamente; e

b) é a partir dela que as demais taxas de juros são formadas. É por isso que ela é chamada
de taxa primária ou taxa básica de juros. Assim que o Banco Central a determina, as demais
taxas são afetadas
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

NOÇÕES DE POLÍTICA ECONÔMICA

indiretamente, por arbitragem. O gráfico abaixo mostra o mecanismo pelo qual isso
acontece.

O mecanismo de transmissão da política monetária oo longo dos últimos anos, começou-se


a formar um consenso, entre economistas e bancos centrais, que o objetivo principal da
política monetária deve ser a obtenção e a manutenção da estabilidade de preços.

Com esse intuito, começou a ganhar importância a adoção, pelo Banco Central, de uma
estratégia de política monetária cuja característica principal é antecipar-se a quaisquer
pressões inflacionárias futuras.

O caráter preventivo da política monetária justifica-se não apenas pelo menor custo social
associado a uma política prospectiva que se antecipa a eventos futuros mas, sobretudo, às
suas próprias limitações no controle da inflação. Dentro dessa nova estratégia, um aspecto
chave é o conhecimento do mecanismo de transmissão da política monetária, isto é, o
estudo dos diversos efeitos produzidos pela política monetária na economia.

Apesar da maioria dos economistas concordarem em relação aos efeitos qualitativos da


política monetária (e.g. um aumento da taxa de juros deprime, no curto prazo, a atividade
econômica e diminui a inflação) sobre a economia, persistem discordâncias a respeito da
magnitude desses efeitos e, principalmente, dos canais pelos quais esses efeitos se
propagam na economia.

Vale observar que a despeito da identificação dos canais pelos quais a política monetária
propaga-se pela economia, e a intensidade de cada um deles, o mecanismo de
transmissão varia de acordo com as características de cada economia. Por exemplo, a
taxa de câmbio, reconhecida como um importante canal de transmissão da política
monetária, perde relevância em economias cujas taxas de câmbio são fixas. Da mesma
forma, naquelas economias com sistemas financeiros pouco desenvolvidos, o canal de
crédito tem pouca importância.

Os principais canais de transmissão da política monetária são: taxa de juros, taxa de


câmbio, preço dos ativos, crédito e expectativas. Ao afetar essas variáveis, as decisões de
política monetária influem sobre os níveis de poupança, investimento e gasto de pessoas e
empresas, que, por sua vez, afetam a demanda agregada e, por último, a taxa de inflação.

Antes de começar a descrever como funciona cada um desses canais, é importante


ressaltar que a política monetária produz efeitos reais apenas no curto e médio prazos, ou
seja, no longo prazo a moeda é neutra. O único efeito existente no longo prazo é sobre o
nível de preços da economia. Deve-se notar que outros fatores também influem no nível de
preços da economia no curto prazo como, por exemplo, um choque agrícola ou um
aumento de impostos.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

NOÇÕES DE POLÍTICA ECONÔMICA


Como foi dito acima, a simples expectativa de mudanças na taxa de juros já é capaz de
produzir efeitos na economia, por exemplo, as demais taxas de juros podem começar a se
ajustar antes mesmo do banco central mudar oficialmente a taxa de juros. Portanto, em
benefício da clareza analítica, supor-se-á que as mudanças na taxa de juros não são
antecipadas pelo mercado.

O canal de transmissão por intermédio das taxas de juros é o canal mais conhecido da
política monetária, sendo o mais utilizado nos livros-texto. Ao subir a taxa nominal de juros
de curtíssimo prazo, que é a taxa de juros que o banco central controla, o aumento se
propaga por toda a estrutura a termo da taxa de juros, principalmente para as taxas de
prazo mais curto, onde são verificados os maiores efeitos. Considerando-se que no curto
prazo os preços são rígidos, a ação do banco central também eleva as taxas reais de juros.

Por sua vez, a taxa real de juros é a taxa relevante para as decisões de investimento. Dessa
forma, ao elevar o custo do capital, a subida da taxa real de juros diminui o investimento,
seja em capital fixo, seja em estoques. Por sua vez, a queda do investimento reduz a
demanda agregada. Além disso, a literatura sobre o mecanismo de transmissão da política
monetária mostra claramente que as decisões dos consumidores em relação à compra de
bens duráveis também podem ser encaradas como decisões de investimento. Portanto, a
subida da taxa real de juros também diminui o consumo de bens duráveis.

Outro canal importante de transmissão da política monetária é o da taxa de câmbio,


principalmente para economias abertas. Não obstante a economia brasileira ser
relativamente fechada, o canal da taxa de câmbio produz efeitos importantes, valendo a
pena descrever seu funcionamento. Como sabemos, ao subir a taxa de juros, o banco
central ocasiona a valorização da moeda doméstica. Por sua vez, a valorização da taxa de
câmbio transmite os efeitos da política monetária de três maneiras distintas.

Ao contrário dos demais canais, a taxa de câmbio exerce influência direta sobre o nível de
preços através do preço doméstico dos bens comercializáveis internacionalmente. Com
alguns produtos, como as mercadorias ("commodities"), esse efeito é particularmente
rápido. Além disso, ela exerce efeitos indiretos sobre o nível de preços de duas maneiras.
Primeiro, por meio dos bens produzidos internamente que se utilizam de matérias-primas
importadas. Nesse caso, a valorização da taxa de câmbio diminui o custo de produção
desses bens, ocasionando queda de seus preços. Segundo, a taxa de câmbio afeta
indiretamente o nível de preços através da demanda agregada. Ao valorizar-se, a taxa de
câmbio torna os produtos importados mais baratos, deslocando a demanda dos bens
domésticos por similares importados, diminuindo a demanda agregada e a pressão sobre o
nível de preços.

Outro canal importante, nem sempre abordado nos estudos sobre o mecanismo de
transmissão da política monetária, é o canal das expectativas. Ao alterar a taxa de juros, a
ação do banco central pode alterar as expectativas dos agentes econômicos quanto à
evolução presente e futura da economia. Por exemplo, ao elevar a taxa de juros de curto
prazo para evitar o surgimento da inflação, o banco central pode restabelecer a confiança
no desempenho futuro da economia, e provocar uma queda nas taxas de juros esperadas
para prazos mais longos. A queda da taxa de juros durante uma recessão pode significar
que tempos melhores virão, estimulando o consumo da população. Por outro lado, vale
observar que devido à incerteza inerente aos efeitos da política monetária e à evolução da
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

NOÇÕES DE POLÍTICA ECONÔMICA

economia, muitas vezes uma mudança na taxa de juros pode produzir efeitos opostos aos
esperados.

O quarto canal de transmissão da política monetária é o canal do crédito, que tem grande
importância nos países industrializados. Ele pode ser representado pelos empréstimos
bancários, e funciona da seguinte maneira: ao diminuir a taxa de juros, e aumentar o
volume de reservas na economia, o banco central permite que os bancos comerciais
aumentem seus empréstimos. Esses empréstimos são particularmente importantes para as
pequenas empresas, que não têm acesso direto ao mercado de capitais (e.g. emissão de
ações, debêntures etc.).

Portanto, o canal de crédito incentiva os gastos com investimento e, além disso, pode ser
importante também para o consumo das pessoas. No Brasil, em decorrência do elevado
grau de incerteza da economia no passado, das elevadas alíquotas dos depósitos
compulsórios dos impostos incidentes sobre a intermediação financeira, esse canal de
transmissão da política monetária tem sido bastante prejudicado.

Contudo, à medida em que a economia estabilize-se e volte a crescer, ele pode vir a ser
extremamente importante. O último canal de transmissão da política monetária atua
através de variações na riqueza dos agentes econômicos, em virtude de alterações da
taxa de juros. Por exemplo, geralmente uma queda das taxas de juros eleva o preço das
ações, pois estimula o crescimento da economia e o lucro das empresas, mais ainda, o
valor dos títulos públicos pré-fixados aumenta. Nessa situação, o aumento do volume de
riqueza financeira faz com que as pessoas sintam-se mais ricas, estimulando o nível de
consumo. Em alguns países, como nos Estados Unidos e na Inglaterra, esse canal tem
alguma relevância. Contudo, não existem indícios suficientes de que esse seja um canal
relevante na transmissão da política monetária no Brasil. O gráfico abaixo mostra, de
maneira simplificada, os principais mecanismos de transmissão da política monetária.

A variante externa

Atualmente a taxa de juros praticada pelo Brasil (em torno de 17% ao ano) torna proibitivo
qualquer empreendimento.

Neste sentido, todos concordam que é necessário baixar essa taxa, mas poucos se arriscam
no fornecimento de respostas plausíveis para a sua queda. Um dos motivos para o
surgimento de soluções intangíveis é o desconhecimento da formação da taxa de juros
interna, calculada da seguinte maneira:
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

NOÇÕES DE POLÍTICA ECONÔMICA

TAXA DE JUROS INTERNA = TAXA DE JUROS EXTERNA + RISCO PAÍS + EXPECTATIVA DE


INFLAÇÃO

Aqui se percebe que a taxa de juros interna depende dos juros praticados no exterior,
acrescidos do risco-país mais o que se espera como inflação. Portanto, para reduzir o que
se paga ao capital dentro do Brasil tem-se inicialmente de baixar o risco-país - o que vem
acontecendo gradativamente - além de diminuir a expectativa quanto à inflação. Assim,
não é suficiente o Brasil ter apenas um risco-país baixo (que é determinado por fontes
exógenas), mas também ficar atento a sua inflação, justamente o fator que determina a
queda, ou não, na taxa de juros sempre promovida pelo Copom (Conselho de Política
Monetária) em suas reuniões a cada 45 dias. Não basta, portanto, apenas afirmar que é
necessário baixar a taxa de juros, uma vez que ela depende de uma série de variáveis que
muitas vezes fogem ao controle das autoridades.

É necessário atacar as verdadeiras causas que fazem o risco-país ser alto - como o déficit
das contas públicas, entre eles o previdenciário - e a inflação. Com atitudes contrárias a
este comportamento o país sai perdendo, por um lado por não haver um debate profundo
sobre a raiz dos problemas e, por outro, só depois de mais algum tempo é que se vai
conseguir o tão esperado crescimento sustentado e a menor dependência do exterior -
pois mesmo quando se conseguir atacar as causas e com elas a taxa de juros interna,
ainda levará algum tempo para sentir os reflexos na economia.

Você sabe o que é a taxa Selic?

Selic é a sigla de Sistema Especial de Liquidação e Custódia. É um sistema


computadorizado do Banco Central, ao qual apenas as instituições financeiras
credenciadas têm acesso. A taxa de juros Selic é definida como sendo a taxa overnight do
Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic). Ela é a taxa média ponderada pelo
volume das operações de financiamento por um dia, lastreadas em títulos públicos federais
e realizadas no sistema Selic, na forma de operações compromissadas.

Ela é fixada pelo Banco Central do Brasil e é a taxa básica utilizada como referência pela
política monetária entendida como conjunto de medidas adotadas pelo governo visando
adequar os meios de pagamentos disponíveis (moeda) às necessidades da economia do
país. Funciona mais ou menos como a compensação de um banco, só que no mercado de
títulos públicos: transfere os papéis para o comprador, ao mesmo tempo em que credita o
valor da venda para o vendedor.

Como a taxa Selic é utilizada no mercado para operações interbancárias de um dia e


funciona como referencia básica para os juros da economia, ela acaba afetando a vida
de um trabalhador, pois a elevação ou diminuição dos juros básicos naturalmente eleva ou
reduz as taxas cobradas pelo banco no crédito ao consumidor ou às empresas.Tudo isso é
feito em tempo real. O Selic calcula uma média dos juros que o governo paga aos bancos
que lhe emprestam dinheiro. Essa média, chamada de Taxa Over-Selic, serve de referência
para todas as outras taxas de juros do país. Por isso, a Taxa Over-Selic é chamada também
de juro básico.

Como é a taxa de referência do mercado, ela baliza todas as outras taxas de juros da
economia: do cheque especial, do crediário, dos cartões de crédito. É por isso que quando
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

NOÇÕES DE POLÍTICA ECONÔMICA

ela cai, fica a expectativa que essa redução seja repassada pelos bancos, pelas lojas,
pelas administradoras de cartões ao consumidor.

Quando a Selic baixa, a rentabilidade dos títulos públicos também fica menor. Ou seja,
toda vez que o BC produz uma redução de juros reduz a rentabilidade das aplicações em
renda fixa pós-fixadas, que são lastreadas nesses títulos e ,portanto, acompanham a
variação da Selic. Para aquelas pessoas conservadores que não gostam de investir em
ações o aconselhável é optar pelas aplicações de renda fixa prefixadas. Combina-se uma
taxa de juros a ser paga antes e se o governo reduz a Selic você sai ganhando porque a
aplicação não acompanha essa queda.

Quando reduz a Selic o governo também reduz a rentabilidade dos bancos que destinam
seus recursos para aplicações em títulos públicos. Para conseguir uma rentabilidade maior,
os bancos "são empurrados" a para fazer operações de crédito. Esse movimento provoca
uma concorrência maior entre os bancos e o efeito disso é que os juros podem cair um
pouco mais.

Não só os consumidores tendem a se beneficiar da queda de juros, mas o próprio governo.


Uma parte de sua dívida tem o pagamento de juros atrelado à Selic. Quando ela é
reduzida, os juros que o governo tem que pagar são menores. Calcula-se que com a
redução de 0,5 ponto percentual a economia do governo será de R$ 1,3 bilhão.

Qual o outro efeito da queda da taxa de juros, além de beneficiar o consumidor? Juros
menores ajudam a impulsionar o crescimento econômico. Diminuem os custos de
produção, aumentam os investimentos das indústria e fábricas (seja para ampliar a
produção ou construir novas unidades), as empresas brasileiras ganham competitividade no
exterior (os produtos brasileiros tendem a ficar mais baratos) e caem os índices de
inadimplência (calote), tanto de pessoas físicas quanto jurídicas. Tudo isso gera
crescimento, novos empregos, melhora os salários e ajuda o governo a arrecadar mais
impostos.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

SIMULADO CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

1 - Depósito à prazo oficialmente conhecidos são:


a) CVM e MND
b) CDB e RDB
c) TR e DBR
d) TBF e TR

2- A Rede verde amarela é formada por bancos:


a) federais
b) estaduais
c) municipais
d) federais e municipais

3 - Distribuição gratuita de novas ações aos acionistas em função de aumento do


capital por incorporação de reservas é:
a) dividendos
b) bonificações
c) split
d) subscrição
e) agrupamento ou inplit

4 – Tipo de leasing que é geralmente encontrado no ramo de equipamentos de alta


tecnologia, como telefones, computadores e aviões.
a) leasing financeiro
b) leasing imobiliário
c) leasing operacional
d) leasing de equipamentos

5 – A seqüência que melhor representa uma intermediação financeira é :


a) poupadores – tomadores de recursos – poupadores
b) intermediários financeiros – poupadores – tomadores
c) poupadores – intermediários financeiros – tomadores de recursos

6 – São entidades ligadas ao sistema de previdência e de seguros:


a) fundos mútuo
b) carteira de investidores
c) sociedade de capitalização
d) administradoras de consórcio
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

SIMULADO CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

7 – É a parcela da prestação que irá compor a poupança do investidor:


a) prazo
b) prêmio
c) provisão matemática
d) capital nominal

8 – Casos em que é vedada a concessão de crédito do Pronaf:


a) financiamento de atividades agropecuárias e não agropecuárias
b) financiamento da implantação, ampliação e modernização da infra-estrutura de
produção e serviços agropecuários
c) aquisição de animais destinados à pecuária bovina de corte
d) atividades relacionadas com a produção de fumo em regime de parceria ou
integração com indústrias fumageiras
e) as alternativas a e c estão corretas.

9 – É a prestação de serviços, em base contínua, os mais variados e abrangentes,


conjugada com a aquisição de créditos de empresas, resultantes de suas vendas
mercantis ou de prestação de serviços realizadas a prazo, trata-se de :
a) leasing financeiro
b) fomento mercantil
c) arrendamento mercantil

10 – É de responsabilidade do CMN:
a) fiscalizar BC
b) executar política monetária
c) controlar fluxo de moeda
d) aprovar orçamentos monetários preparados pelo Bacen

11 – CETIP, local onde se efetuam emissões, registro e liquidação financeira de


todos os papéis privados e títulos estaduais e municipais que ficaram fora da
rolagem da dívida.
a) Certo
b) Errado

12 – O SFN é composto de instituições responsáveis pelos investimentos em


recursos financeiros, pela distribuição e circulação de valores e pela regularização
deste processo:
c) Errado
d) Certo

13 – São órgãos de regulação e fiscalização do SFN:


a) CMN e BACEN
b) CMN e CVM
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

SIMULADO CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

c) Sup. de Seguros Privados e BACEN


d) Secretaria de Previdência Complementar e CMN

14 – É o “xerife”, do mercado acionário:


a) BACEN
b) CCVM
c) CVM
d) CMN

15 – Sua função é zelar pela fiel observância às leis, decretos, regulamentos e


demais atos normativos – nos referimos a:
a) CMN
b) CRSFN
c) SFN
d) BACEN

16 – Em qualquer instituição financeira, quem tem direito a atendimento


preferencial ?
a) pessoas portadoras de deficiência física definitiva
b) idosos à partir de 60 anos
c) gestantes e lactantes
d) pessoas acompanhadas por crianças de colo
e) alternativas c e d estão corretas

17 – Existindo obrigatoriedade de aceitar cheques em transações comerciais, as


instituições financeiras são obrigadas a aceitar pagamento de contas com cheque.
a) Errado
b) Certo

18 – O Cheque só pode ser preenchido com tinta de cor:


a) azul e preta
b) azul
c) preta
d) vermelha
e) todas as alternativas estão corretas

19- O Crédito Rural está sujeito a despesas:


a) remuneração financeira
b) sanções pecuniárias
c) Prêmio de seguro rural
d) Custo de prestação de serviços
e) todas as alternativas estão corretas
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

SIMULADO CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

20 – Os limites de financiamentos dos recursos não-controlados do crédito rural


não são livremente pactuados entre as partes.
a) Errado
b) Certo

21 – Formação dos consórcios de dinheiro é definido como uma reunião de


pessoas físicas e/ou jurídicas, em grupo fechado, promovida pela administradora,
com a finalidade de propiciar à seus integrantes a aquisição de bens e /ou
conjuntos de bens, por meio de autofinanciamento.
a) Certo
b) Errado

22 – Órgão fiscalizador das atividades do Sistema Financeiro da Habitação:


a) BACEN
b) BNH
c) CVM
d) Caixa Econômica Federal

23 – Quando da morte de um dos mutuários do mesmo financiamento, o seguro


quita o saldo devedor total quando este fizer jus à cobertura do seguro.
a) Certo
b) Errado

24 – São consideradas não liquidantes autônomas:


a) Corretoras
b) Resseguradoras locais
c) Sociedades de Capitalização
d) Distribuidoras
e) as alternativas a e d estão corretas

GABARITO:

1) ECEE
2) ECEE
3) ECEEE
4) EECE
5) EEC
6) EECE
7) EECE
8) CCEEC
9) ECE
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

SIMULADO CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

10) EEEC
11) ERRADA
12) ERRADA
13) CCEC
14) EECE
15) ECE
16) EECCC
17) ERRADO
18) CCCCC
19) CCCCC
20) ERRADO
21) ERRADO
22) CEEE
23) ERRADA
24) CEEC
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

SIMULADO CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

SIMULADO CONHECIMENTOS BANCÁRIOS II

1 – Os grandes vendedores naturais de carteiras de empréstimos (cessão de


crédito) são:
a) empresas de cartão de crédito:
b) financeiras independentes
c) lojas de departamentos
d) instituições financeiras
e) sociedades de arrendamento mercantil
f) as três primeiras alternativas estão corretas

2- Em relação ao mercado de câmbio – é a compensação devida ao banco, pelo


exportador, pela entrega das divisas no momento acordado.
a) multa
b) dividendos
c) emolumentos
d) bonificações

3- O que você entende por liquidez das aplicações ?

4 – É o direito de aquisição de novo lote de ações pelos acionistas – estamos


falando de:
a) bonificações em ações
b) direitos de subscrição
c) opções de compra

5 – Ativos privados de Renda Fixa


a) debêntures e debêntures conversíveis em ações
b) Commercial Papers
c) Bônus
d) Letras financeiras dos Tesouros Estaduais

6 – Trata-se de uma garantia e não de uma operação de crédito.


a) Fiança bancária
b) Aval bancário
c) Bid Bond
d) Performance Bond

7 – O BC veda a concessão de cartas de fiança:


a) quando se tratar de operações ligadas com o comércio exterior
b) em moeda estrangeira ou que envolva risco de variação, de taxas de câmbio
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

SIMULADO CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

c) contratos de construção civil


d) às pessoas físicas ou jurídicas que participem do capital do banco com mais de
10%.
e) as alternativas a e c estão corretas

8 – Produto típico de uma economia estabilizada – investimento com característica


de um jogo onde se pode recuperar parte do valor gasto na aposta.
a) seguro pessoal e familiar
b) Ourocap
c) Consórcio
d) Títulos de capitalização
e) as alternativas b e d estão corretas

9 – A remuneração das debêntures é composta de:


a) correção
b) taxa referencial
c) taxa de juro
d) prêmio

10 – A tributação das debêntures se dá da seguinte forma:


a) pessoas físicas – 20% do IR pagos no resgate sobre os ganhos de capital
b) pessoas jurídicas – IR no fechamento do balanço de acordo com faixas de
faturamento.

11 – Funciona como um capital de giro para a empresas exportadora, financiando a


produção de bens de capital destinadas à exportação e, cuja venda já tenha sido
negociada com o importador, estamos falando do:
a) BNDES –Exim Pré Embarque
b) BNDES –Exim Pré Embarque Especial
c) BNDES –Exim Pós Embarque

12- Nesta modalidade, o financiamento é concedido por um banco ao exportador,


mediante desconto das cambiais representativas de vendas a prazo. O exportador
vende a prazo e as divisas também vão ingressar futuramente, isto é, nos
respectivos vencimentos, nos referimos a:
a) Forfaiting
b) Buyer’s Credit
c) Export Notes
d) Supplier’s Credit
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

SIMULADO CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

13 – O acesso ao Siscomex poderá ser efetuado, desde que habilitado e


credenciado em:
a) agencias de bcos que operem em câmbio
b) despachantes aduaneiros
c) corretoras de câmbio
d) salas de contribuintes da Receita Federal
e) todas as alternativas estão corretas

14 – São considerados operações de Arbitragem de juros nacionais e


internacionais:
a) Assunções de dívidas ( import notes)
b) Export notes
c) Venda de performance de exportação
d) Swaps de reais por CDI

15 – No Brasil sempre foi muito útil como hedge cambial até ser destronado pelo
mercado à vista de dólar e pelo crescimento dos mercados de derivativos
a) commodity
b) ouro
c) RDB
d) CDB

16 – Todas as operações no mercado futuro estão vinculados a um contrato,


contratos estes que são ajustados diariamente em dinheiro, razão pela qual, para
entrar neste mercado, o aplicador tem que fazer um depósito prévio como garantia
– margem inicial – que pode ser em:
a) carta de fiança bancária
b) dinheiro
c) CBD
d) Ouro
e) Título da dívida pública federal

17 – A SRF considera paraíso fiscal os países onde não há tributação sobre a renda
ou sua alíquota é inferior a 20%. Nestas condições se enquadram entre outras:
a) Liechtenstein
b) Ilha Man
c) Mônaco
d) Costa Rica
e) Chipre
f) Ilhas Maurício
e) todas as alternativas estão corretas
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

SIMULADO CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

18 – O Banco Central apenas fiscaliza o funcionamento das empresas de cartão de


crédito.
( )Verdadeiro
( )Falso

19- CCF é um cadastro que possui dados dos emitentes de cheques sem fundos,
operacionalizado pelo:
a) Bacen
b) Bco do Brasil
c) CRC
d) Câmaras de compensação

20 – A SUSEP é o órgão responsável pelo controle e fiscalização dos mercados de


seguro, previdência privada, capitalização e resseguro.
( ) Verdadeiro
( ) Falso

Gabarito
1- CCCEEC
2- EEEC
3- É o grau de velocidade com que uma aplicação pode ser resgatada e varia conforme a
aplicação
4- ECE
5- CCCE
6- CECC
7- CECEC
8- ECECC
9- CECC
10- CC
11- CEE
12- EEEC
13- CCCC
14- CCCE
15- ECEE
16- CCECC
17- CCCCCCC
18- FALSO
19- ECEE
20- VERDADEIRO
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

SIMULADO CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

SIMULADO CONHECIMENTOS BANCÁRIOS III

Marque a alternativa correta.

1. São atividades permitidas aos Bancos Comerciais:


a) Efetuar desconto de títulos.
b) Podem realizar quaisquer operações, inclusive de crédito rural, de câmbio e comércio
internacional.
c) captar depósitos a vista e a prazo fixo, obter recursos junto às instituições oficiais para
repasse aos clientes.
d) Não podem obter recursos externos para repasse.
e) Efetuar qualquer prestação de serviços, mesmo sem convênio com outras instituições.

2. No que se refere ao CDB podemos afirmar que:


a) É um certificado de depósito bancário e que o seu prazo geralmente é de 30 dias.
b) Não podem ser negociados antes do seu vencimento.
c) Se o investidor precisar de recursos antes do vencimento, não perderá o rendimento,
recebendo todo rendimento sobre o valor aplicado.
d) Os CDB são isentos de imposto de renda.
e) Podem ser aplicados por prazos indeterminado.

3. Os recursos captados pelos Bancos em CDB/RDB são aplicados em:


a) Operações ativas (compra de títulos); empréstimos e financiamentos a pessoas físicas
e jurídicas pelos bancos.
b) Todo recurso captado é repassado ao Banco Central, a título de depósito compulsório.
c) É destinado a prêmios aos clientes.
d) Todo recurso captado em CDB/RDB é repassado no interbancário para outras
instituições.
e) Pode ser utilizado pelas instituições financeiras na compra de dólar no mercado
paralelo

4. Os CDB podem ser feitos através:


a) Telefone, Internet Banking, Corretora de Valores ou Correspondentes.
b) Somente pessoalmente em uma agência bancária.
c) Somente através de telefone.
d) Não podem ser efetuados através de correspondentes.
e) Podem ser feitos somente no balcão da agência bancária

5. Dentre os benefícios do CDB/RDB destacam-se:


a) Não têm ônus das taxas de administração.
b) O IR é cobrado na aplicação, desta forma é tributado pelo valor a menor, pois não leva
em consideração o rendimento futuro.
c) Podem ser contratados com prazo superior a cinco anos.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

SIMULADO CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

d) Não podem ser dados como garantias de outras operações, pois o título pertence ao
cliente.
e) Sempre terá a garantia do governo federal

6. No que se refere a riscos dos CBB/RDB podemos afirmar:


a) Não tem risco, pois é um título garantido pelo governo federal.
b) Não tem risco, pois o cliente já sabe o que irá receber no vencimento, no caso de um
CDB/RDB prefixado.
c) O Risco do CDB/RDB tem cobertura do FGC que garante créditos até o valor de 20 mil
por CPF, por instituição.
d) Os riscos são muito altos, pois o FGC não garante o pagamento dessas aplicações.
e) Não tem risco, pois o governo garante a liquidação do título.

7. Podemos afirmar que os bancos podem efetuar CDB/RDB utilizando os


seguintes indexadores de remuneração.
a) Somente prefixado.
b) Somente flutuante.
c) Somente em TBF
d) Prefixado, flutuante, TR, TBF e Índice de Preços.
e) Somente pela TR

8. No que se refere ao CDB/RDB podemos afirmar que:


a) É uma operação de captação criada para pessoas físicas, com valores de aplicação
de R$ 5.000,00.
b) É uma operação cujo prazo pode ser superior a 05 anos.
c) É uma operação nos moldes de fundo de investimento.
d) Essas operações são vinculadas a um contrato de swap de pré para DI, criado
especialmente para empresas, com valores de aplicação superior a R$ 30.000.
e) É um título emitido pelos bancos utilizado para captação de recursos e ser utilizado em
empréstimos ou compra de outros títulos como LTN, BBC, NTN.

9. Podemos afirmar que CDB-Rural é:


a) Uma operação de financiamento de pessoas físicas e jurídicas.
b) Uma modalidade de financiamento utilizado para aquisição de automóveis.
c) Um título adquirido no exterior, através de empresas de arrendamento mercantil.
d) É um título cuja captação é específica dos bancos comerciais e múltiplos com carteira
comercial e se destinam a financiamentos agrícolas.
e) É um título oferecido a grandes empresários do ramo da construção civil.

10. No que se refere ao prazo dos CDB com taxas flutuante podemos afirmar
que:
a) Não tem prazo mínimo.
b) Os bancos não podem oferecer CDB com taxas flutuantes.
c) É uma operação efetuada somente entre bancos.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

SIMULADO CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

d) Estes CDB, a partir de 99, deixaram de ter prazo mínimo, mas o rendimento ficou
vinculado a tabela regressiva de IOF, em função do prazo da aplicação.
e) O prazo mínimo é de 05 anos

11. Dentre as flexibilidades podemos dizer que o CDB:


a) É um título disponível em todos os bancos que pode ser resgatado a qualquer tempo,
com rendimento.
b) Pode ser prorrogado, por prazo indeterminado.
c) É uma operação em que o banco assume o compromisso de pagar o rendimento no
vencimento.
d) É uma operação em que o banco pode fazer sem autorização do cliente.
e) É um título que pode ser aplicado pelo prazo superior a 05 anos.

12. Dentre os tipos de produtos mais comuns oferecidos pelos bancos à pessoa
jurídica destacam-se:
a) Depósito à vista, e Depósito judicial.
b) Somente Depósito à Vista e Depósito Interfinanceiro
c) Depósito a Vista, Depósito à Prazo e Depósito em Poupança
d) Somente depósitos à vista
e) Somente depósito à prazo

13. No que se refere ao RDB podemos afirmar que:


a) É um certificado de depósito bancário e que o seu prazo mínimo é de 90 dias.
b) Não podem ser negociados antes do seu vencimento.
c) Se o investidor precisar de recursos antes do vencimento, perderá todo o rendimento,
recebendo apenas o valor aplicado.
d) É um título emitido pelos doleiros
e) É um título negociado no câmbio paralelo

14. Os CDB podem ser feitos através:


a) Telefone, Internet Banking, Corretora de Valores, Correspondentes ou na agência
bancária.
b) Somente pessoalmente em uma agência bancária.
c) Somente através de telefone.
d) Não podem ser efetuados através de correspondentes.
e) Somente através de correspondentes (lembre-se correspondente é o representante
da instituição financeira, em locais onde não existe agência bancária)

15. Debêntures é:
a) Um título qualquer
b) Um título sem garantias
c) Uma forma de financiamento efetuado por S A de capital aberto, através de
empréstimo de longo prazo.
d) Um título de crédito lançado no mercado por Cia Ltda.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

SIMULADO CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

e) Todas as alternativas acima estão corretas

16. As Caixas econômicas podem efetuar as seguintes operações:


a) Captar depósitos à vista e de poupança e administrar fundos de investimento.
b) Emitir Debêntures.
c) Operar no crédito direto ao consumidor, financiamento de bens de consumo duráveis,
emprestar sob a forma de garantias de penhor industrial e caução de títulos e comprar
dólar no mercado paralelo.
d) Tem competência de vender bilhetes de loterias e compra de dólar no paralelo.
e) Vender somente bilhetes de loterias

17. Dentre os produtos mais comuns oferecidos pelos bancos destacam-se:


a) Depósito à vista, Depósito à Prazo, Depósito em Poupança.
b) Somente Depósito à Vista
c) Depósito a Vista, Depósito à Prazo e venda de dólar para os doleiros
d) Somente a caderneta de poupança
e) Somente a venda de debêntures.

18. Podemos afirmar que banco múltiplo pode ser:


a) Realiza operações ativas, passivas e acessórias das diversas instituições financeiras,
através das carteiras: comercial, investimento e ou desenvolvimento, de crédito
imobiliário, de arrendamento mercantil e de crédito financiamento e investimento
b) A carteira de desenvolvimento do banco múltiplo somente pode ser operada por banco
público.
c) o banco múltiplo deve ser constituído com no mínimo oito carteiras, sendo uma delas
obrigatoriamente comercial ou de investimento.
d) Os bancos múltiplos podem ser Cia Ltda.
e) Uma instituição financeira com carteiras: comercial, imobiliária, de investimento.

19. CDB/RDB são aplicações de:


a) Depósitos a prazo com liquidez diária;
b) Depósito com títulos públicos;
c) Depósitos a prazo com prazo e taxa de juros negociados na contratação;
d) Depósitos a longo prazo com taxa de juros decrescente;
e) Depósitos correspondentes à caderneta de poupança.

20. O CDB -Certificado de depósito bancário –pode ser emitido por:


a) bancos
b) casa de poupança
c) casa de câmbio
d) distribuidora de títulos e valores mobiliários
e) corretora de seguros
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

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21. No que se refere a caderneta de poupança podemos afirmar:


a) É remunerada pelos índices da TR, mais taxa de juros de 15,0% ªa
b) Não possui liquidez diária
c) Poupança com aniversário, cuja data tenha caído em finais de semana, o cliente pode
depositar na Segunda feira, sem perda de rendimento.
d) Todas as instituições financeiras distribuem prêmios aos poupadores em cadernetas
de poupança.
e) As datas disponíveis para aniversário de poupança são de 1º ao dia 30 de cada mês.
f) É remunerada pelos índices da TR, mais taxa de juros de 6,0% ªa

22. Os títulos públicos: LFT, LTN e LFT são emitidos pelo (a):
a) Banco Central
b) Pelo Banco do Brasil
c) Pelo Tesouro Nacional
d) Pelo Banrisul e Banco Itaú
e) Somente pelo Banco Itaú

23. Debêntures é:
a) Um título qualquer sem valor comercial.
b) Um título emitido no exterior..
c) Uma forma de financiamento efetuado por SA, de capital aberto, para atender suas
necessidades de investimento.
d) Um título de crédito lançado no mercado por Cia Ltda.
e) É um título vendido em casas de câmbio

24. Quanto ao tipo de debêntures podem ser:


a) Nominativa e subordinada
b) Conversível em ações
c) Tributável.
d) Simples, Conversível ou Permutável.
e) Somente subordinada

25. Debênture é:
a) 0 Título de renda variável emitido por bolsa de valores
b) Título de renda fixa emitido por sociedades anônimas
c) Título de dívida emitido por casas de câmbio
d) Título de renda fixa vendido com deságio
e) Titulo de renda fixa vendido com ágio.

26. Os principais tipos de aplicações financeiras disponíveis no mercado


financeiro são:
a) a Poupança, o Certificado de Depósito Bancário (CDB), o Recibo de Depósito
Bancário (RDB) e os Fundos de Investimento.
b) as operações de câmbio
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

SIMULADO CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

c) A venda de bilhetes de loteria


d) A venda de consórcios
e) A venda de planos de saúde

27. O que se entende por patrimônio líquido (PL) de um Fundo:


a) O patrimônio líquido (PL) do fundo é o valor do total dos recursos ingressados, bem
como dos resultados acumulados.
b) Total de cotas emitidas pelo fundo
c) O total dos saques
d) Valor total dos ativos ou recursos (valor aplicado) na carteira em sue poder
e) Todas as alternativas estão corretas.

28. Um fundo fechado é um fundo no qual:


a) A composição da carteira permanece fixa desde o momento de sua criação
b) Só podem ser feitas aplicações por companhias fechadas
c) O resgate de cotas só pode ser feito na data do vencimento do fundo
d) O prazo de investimento pelo cotista e indeterminado
e) O resgate pelo cotista pode ser feito a qualquer momento.

29. Um fundo de renda fixa não pode apresentar na composição de sua carteira:
a) Riscos de taxa de juros
b) Risco de índice de preços (IGP-M, IPC-A)
c) Risco de renda variável
d) Risco de liquidez

30. O mercado classifica (divide) os fundos como:


a) Fundos de Renda Fixa
b) Fundo de Curto Prazo de 30 e 120 dias
c) Fundo de Investimento de Renda variável e de Privatização
d) Fundos de Renda fixa e de renda variável
e) Fundo Conservador e curto prazo.

GABARITO

1-C 2-A 3-A 4-A 5-A


6-C 7-D 8-E 9-D 10-A
11-C 12-C 13-B 14-A 15-C
16-A 17-A 18-A 19-C 2-A
21-E 22-C 23-C 24- 25-B
26-A 27-A 28-C 29-C 30-D

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