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ESTRUTURA DO
SISTEMA
FINANCEIRO
BRASILEIRO
Professor (a) :

Me. Lais Silva Santos Requena

Objetivos de aprendizagem
• Pontuar brevemente a concepção do Sistema Financeiro Nacional e a origem do seu desenvolvimento.

• Conhecer as Leis que contribuíram para o desenvolvimento, consolidação e crescimento do Sistema


Financeiro Nacional.

• Compreender a hierarquia do Sistema Financeiro Nacional no Brasil.


Plano de estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:

• O que é Sistema Financeiro Nacional?

• Evolução Histórica dos Instrumentos Normativos do Sistema Financeiro Nacional

• Hierarquia do Sistema Financeiro Nacional

Introdução
Compreender a trajetória, a estrutura e o funcionamento do Sistema Financeiro Nacional (SFN) é
extremamente importante para qualquer pessoa, mas principalmente para aquelas que possuem
interesse em aprofundar os seus conhecimentos no mercado financeiro e de capitais. A necessidade de
conhecimento do SFN vem crescendo ao longo dos anos, com o aumento do segmento empresarial, que
exerce grande influência na economia de um país, e também pela enorme dificuldade que as suas
operações apresentam.

Sendo composto por instituições públicas e privadas, e possuindo como maior órgão normativo o
Conselho Monetário Nacional (CMN), o SFN caracteriza-se por conseguir unir agentes que necessitam de
recursos para investir, e agentes que possuem recursos disponíveis para investimento.

Nessa perspectiva, para o bom funcionamento desse sistema, uma série de leis foram criadas a partir de
1964, tornando o Sistema Financeiro Nacional mais transparente e seguro para os investidores. Além
disso, a boa estrutura e funcionamento do SFN torna possível promover, de maneira mais eficaz possível, a
formação dos fluxos de fundos entre os agentes tomadores e aplicadores de recursos.

Minha proposta nesse encontro é apresentar o Sistema Financeiro Nacional, as suas principais
características, a sua história, a evolução histórica dos instrumentos normativos do SFN, reunindo as leis
mais importantes que foram publicadas. Com o objetivo de harmonizar as normas brasileiras e às normas
internacionais, também estudaremos a estrutura desse sistema.

Destarte, espero contribuir para que, ao final desse estudo, você seja capaz de reconhecer a importância
do Sistema Financeiro Nacional para o bom funcionamento da nossa economia, e também de identificar
os subsistemas que compõem o SFN (órgãos normativos, supervisores e operativo), destacando as
atribuições que compete a cada um desses órgãos.

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O que é Sistema Financeiro


Nacional?
Constantemente nos deparamos com o termo Sistema Financeiro Nacional (SFN), mas afinal o que é o
Sistema Financeiro Nacional?

O SFN pode ser entendido como um conjunto de instituições financeiras e instrumentos financeiros que
tem como objetivo regulamentar, fiscalizar e executar as operações relativas à gestão da moeda e do
crédito. Além disso, segundo Assaf Neto (2012), em última instância, o SFN propõem-se a transferir
recursos dos agentes econômicos (pessoas, empresas, governo) superavitários, para os deficitários. Esse
sistema é composto por órgãos normativos, supervisores e operadores.

Por meio do SFN, torna-se possível a relação entre os agentes carentes de recursos para investir e os
agentes que são capazes de gerar poupança. Uma vez que o desenvolvimento de uma economia depende
do aumento constante do capital disponível, que é identificado por meio da poupança disponível, nas
mãos dos agentes econômicos e, dessa forma, direcionada para os setores produtivos que estão carentes
de recursos por meio dos intermediários e instrumentos financeiros. É em função desse sistema de
distribuição de capital no mercado que se destaca a função econômica e social do sistema financeiro.
A intermediação financeira possui como objetivo levantar recursos no mercado
financeiro, tendo em vista sua transferência para inúmeros agentes de mercado. Os
intermediários financeiros contribuem para realocação de recursos na economia.

Fonte: Assaf Neto (2012)

O desenvolvimento do mercado financeiro e capitais brasileiro aconteceu em 1944, a partir da realização


da Conferência Monetária e Financeira das Nações Unidas e Associados, que aconteceu na cidade de
Bretton-Woods, nos Estados Unidos. De acordo com Carvalho (2005), era necessário criar regras e
instituições oficiais de ordenação de um sistema monetário internacional que estivesse apto a derrotar as
grandes limitações que os sistemas até então vigentes – o padrão-ouro e o sistema de desvalorizações
cambiais – haviam determinado. Nessa conferência, originou-se às instituições financeiras internacionais:
Fundo Monetário Internacional e o Banco Mundial. Coube a elas a função de coordenar os mercados
financeiros e de capitais internacionais, no período do pós-guerra.

Bretton Woods foi o nome dado a um acordo realizado no ano de 1944, em que
estiveram presentes 45 países aliados e possuíam como objetivo reger a política
econômica mundial. Para saber mais sobre essa conferencia acesse:
< http://www.ie.ufrj.br/moeda/pdfs/bretton_woods_aos_60_anos.pdf >.

Fonte: Carvalho ([2017], on-line)1.

Para Santos (2005), a influência de Bretton-Woods no Brasil foi muito grande, porém, mesmo assim não
houve obediência imediata. A orientação daquela conferência – no sentido de formarem instituições
encarregadas de desempenhar funções de autoridade monetária em cada um dos países participantes –
não aconteceu rapidamente, optando-se por uma solução intermediária.

Em 1945, foi criada a Superintendência da Moeda e do Crédito (SUMOC), uma autarquia vinculada ao
Ministério da Fazenda, cujo objetivo era desempenhar funções normativas, antes desempenhadas pelo
Banco do Brasil. Dessa forma, o Banco do Brasil continuou a se encarregar da execução das políticas do
setor e da fiscalização das instituições que operavam no mercado financeiro. Porém, devido a uma série
de fatores políticos, a divisão de tarefas que se pretendia realizar nunca conseguiu ser eficiente.

Na próxima aula, iremos estudar as grandes mudanças ocorridas com a criação de leis que
proporcionaram a evolução do Sistema Financeiro Nacional com a estrutura que norteia esse sistema.

O Banco Mundial é uma agência especializada independente do Sistema das Nações


Unidas, possuindo como principal objetivo fomentar o crescimento econômico e a
cooperação à escala global contribuindo, dessa forma, com o processo de
desenvolvimento econômico dos países em desenvolvimento membros dessas
instituições. Para saber mais sobre o Banco Mundial acesse:
< https://nacoesunidas.org/agencia/bancomundial/ >

Fonte: ONUBR ([2017]).

Evolução Histórica dos


Instrumentos Normativos do
Sistema Financeiro Nacional
A partir da leitura do estudo anterior, espero que tenha deixado claro para você a importância do Sistema
Financeiro Nacional para o bom funcionamento de toda a nossa economia. Trataremos agora da evolução
histórica dos instrumentos normativos do SFN, uma vez que, segundo Fortuna (2005), até o ano de 1964,
esse sistema necessitava de uma reestruturação racional adequada às necessidades e carências da
sociedade de forma geral. Dessa forma, foi editada uma série de leis que possibilitou essa redistribuição.

Em 1964, ano do início da ditadura militar, a inflação brasileira era altíssima superando os 12% ao ano. O
Poder Público perdeu a sua capacidade de se financiar, pois, as empresas e a população optavam por
investir seus recursos em outras opções, deixando até mesmo de pagar as suas obrigações tributárias.
Além do que, os valores históricos dos demonstrativos financeiros não mostravam a realidade econômica
de forma adequada, tendo como consequência redução da carga tributária e de futuros investidores.
Diante desse cenário caótico, foi criada a Lei da Correção Monetária (4.357/64), que instituiu normas
para a indexação de débitos fiscais, criou títulos públicos federais com cláusulas de correção monetária,
que foi destinado a antecipar receitas, cobrir déficit público e promover investimentos.
Os títulos públicos são ativos de renda fixa, emitidos pelo Tesouro Nacional para
financiar a dívida pública nacional. Saiba mais acessando

Fonte: Tesouro Nacional ([2017], on-line)2 .

Além da inflação altíssima que assolava o Brasil nos anos de 1960, havia ainda a recessão econômica que
aumentava a quantidade de desemprego, principalmente de trabalhadores com pouca qualificação. Por
sua vez o Estado não tinha condições de criar ou fomentar de forma direta novas oportunidades de
emprego para essa mão de obra. Dessa forma, uma possibilidade seria a criação de empregos na
construção civil, assim, a Lei do Plano Nacional da Habitação (4.380/64) constituiu o Banco Nacional da
Habitação (BNH), destinado a impulsionar a construção de casas populares e obras de saneamento e
infraestrutura urbana. No ano de 1986 o BNH foi extinto por meio do decreto 2.291/86 e suas atribuições
foram absorvidas pela Caixa Econômica Federal.

Em dezembro de 1964, foi instituída a Lei da Reforma do Sistema Financeiro Nacional (4.565/64), por
meio dessa lei foi criado a Conselho Monetário Nacional (CMN) e o Banco Central do Brasil, bem como
determinadas as normas operacionais, rotinas de funcionamento e procedimentos de qualificação, cujo
entidades do sistema financeiro precisariam se subordinar. Até aquele momento, os encarregados pela
gestão da política monetária, de crédito e finanças públicas eram o Ministério da Fazenda, Banco do Brasil
(BB) e a Superintendência da Moeda e do Crédito (SUMOC), essa estrutura passou a não corresponder ao
crescimento dos encargos e responsabilidades na condução da política econômica.

Durante o período do Regime Militar (1964-1985) foi implementado as principais leis


que hoje regem o Sistema Financeiro Nacional. Para saber mais sobre esse período e
seus impactos na política econômica leia o Capítulo 3 do livro Economia Brasileira
Contemporânea de Giambiagi et. al.

Fonte: a autora

Com o problema da difusão do investimento controlado em função da clara preferência dos investidores
de investir em imóveis de renda e reserva de valor, o governo se interessava cada vez mais com a evolução
dos níveis da poupança interna e ao direcionamento que era dado para os investimentos produtivos.
Diante desse cenário, foi publicada em 1965 a Lei do Mercado de Capitais (4.728/65), que determina
normas e regulamentos básicos para a organização de um sistema de investimentos destinados a ajudar o
desenvolvimento nacional e atender a crescente demanda por crédito.

Em 1976, foi criada por meio da Lei da CVM (6.385/76) a Comissão de Valores Mobiliários, transferindo a
responsabilidade de regulamentar e fiscalizar as atividades referentes ao mercado de valores mobiliários
(ações, debêntures entre outros) do Banco Central do Brasil para a CVM, visto que faltava uma entidade
que envolvesse a regulação e fiscalização do mercado de capitais.

Neste mesmo ano, foi criada a Lei das S.A (6.404/76), tendo em vista a necessidade de modernizar a
legislação sobre as sociedades anônimas brasileiras. Por meio dessa lei, foi determinada algumas regras
quanto às características, forma de constituição, composição acionária, estrutura de demonstrações
financeiras, obrigações societárias, direitos e obrigações de acionistas e órgãos estatutários e legais.

Em 2001, houve a modificação da Lei nº 6.404/76 por meio da Nova Lei das S.A (10.303/01), ocorrendo
dessa forma o melhoramento a proteção dos acionistas minoritários e dando força à atuação da CVM
como órgão regulador e fiscalizador do mercado de capitais, causando maior segurança para o mercado
financeiro, uma vez que os critérios, até então, não correspondia aos padrões internacionais. No ano de
2007 ocorreu alteração na Lei das S.A (11.638/2007), com a finalidade de adequação aos padrões
internacionais e a maior transparência nos demonstrativos contábeis das empresas.

Por fim, havia a necessidade de serem criadas normas claras para que, dessa forma, o Banco Central
dispusesse de condições de averiguar o projeto de abertura de novas instituições financeiras. Com essa
finalidade, em 2002, foi estabelecida a Resolução CMN 3.040, que regulamenta as regras para disciplinar
os requisitos e procedimentos para a constituição, autorização para funcionamento, transparência de
controle societário e reorganização societária. Assim como o cancelamento da autorização para funcionar
de instituições financeiras e demais entidades equiparadas que necessitam de autorização do Banco
Central para operar no Brasil.

Todas essas leis contribuíram para o desenvolvimento, consolidação e crescimento do Sistema Financeiro
Nacional, dessa forma, caro aluno, a minha pretensão não é esgotar o assunto, mas sim subsidiar o seu
estudo, por meio do histórico das principais leis que envolvem as instituições do SFN, que serve como
base fundamental para o conhecimento desse sistema.

Lei da Correção Monetária (4.357/64): normas de indexação de débitos fiscais, criação


de títulos públicos federais.

Lei do Plano Nacional da Habitação (4.380/64): Criação do BNH.

Lei da Reforma do Sistema Financeiro Nacional (4.955/64): Criação CMN e BACEN.

Lei do Mercado de Capitais (4.728/65): normas para estruturação do sistema de


investimento.

Lei da CVM (6.385/76): Criação da CVM.

Lei das S.A. (6.404/76): Estabelecia regras para as S.A.

Nova Lei das S.A (10.303/01): Dispositivos de Lei da CVM e Lei das S.A.

Lei das S.A (11.638/2007): Adequação aos padrões internacionais.

Resolução CMN 3.040: criada regras para abertura de novas instituições financeiras no
país.

Fonte: a autora.
Hierarquia do Sistema
Financeiro Nacional
Caro aluno(a), na aula anterior vimos as diferentes leis que compõem o Sistema Financeiro Nacional, e foi
por meio da Lei da Reforma do Sistema Financeiro Nacional (4.565/64) e da Lei do Mercado de Capitais
(4.728/65) que houve uma grande mudança em toda a hierarquia do SFN. Assim, ele passou a ser
composto por órgãos normativos, supervisores e operadores, conforme é ilustrado na figura 1.
Figura 1 - Composição e Segmentos do Sistema Financeiro Nacional

Fonte: adaptada de Banco Central do Brasil.

Para Assaf Neto (2012) os órgãos normativos são os responsáveis pelo bom funcionamento do mercado
financeiro e de suas instituições, pois são eles que regulamentam e fiscalizam as suas atividades por meio
das entidades fiscalizadoras.

O subsistema normativo é responsável pelo funcionamento do mercado financeiro e de


suas instituições, fiscalizando e regulamentando suas atividades por meio
principalmente do Conselho Monetário Nacional (CMN) e do Banco Central do Brasil
(Bacen). A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) é um órgão normativo de apoio do
sistema financeiro, atuando mais especificamente no controle e fiscalização do
mercado de valores mobiliários (ações e debêntures) (ASSAF NETO, 2012, p. 39).

O Sistema Financeiro Nacional é dividido em três grupos, normativo, supervisores e


operadores, que por sua vez irão se dividir em outros subgrupos. Nesses subgrupos
encontram-se todas as instituições do SFN.

Fonte: a autora.

Além das instituições fiscalizadoras do sistema normativo citadas por Assaf Neto (2012), fazem parte
também o Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) e o Conselho de Gestão de Previdência
Complementar (CGPC).

O subsistema de supervisão é o responsável pelo bom andamento do sistema, em conjunto com os órgãos
normativos, sendo composto pelo Banco Central do Brasil (Bacen), Comissão de Valores Mobiliários
(CVM), Superintendência de Seguros Privados (Susep) e a Secretaria de Previdência Complementar (SPC).

Por sua vez os sistemas operativos atuam em operações de intermediação financeira. Sendo composto
por instituições bancárias e não bancárias, de acordo com a capacidade que apresentam de emitir moeda,
instituições auxiliares do mercado e instituições que são definidas como não financeiras, porém são
ingressantes do mercado financeiro. Fazendo parte também dessa classificação o Sistema Brasileiro de
Poupança e Empréstimos (SBPE), dos quais os recursos que são captados são investidos no âmbito do
sistema de habitação.
Será que conseguimos ver a enorme importância da estrutura do Sistema Financeiro
Nacional na economia do nosso país?

De acordo com Fortuna (2005), podemos classificar o sistema operativo em dois grupos: os
intermediários financeiros e as chamadas instituições auxiliares. Os intermediários financeiros são
capazes de emitir os seus próprios passivos, ou seja, captam poupança de forma direta por meio da sua
iniciativa e responsabilidade, para depois aplicarem esses recursos, junto às empresas, por meio de
empréstimos e financiamentos. Incluem-se neste segmento os bancos comerciais, de investimento, de
desenvolvimento, a Caixa Econômica Federal, as sociedades de crédito financiamento e investimento e os
bancos múltiplos.

Por sua vez as instituições auxiliares visam colocar em contato os poupadores com os investidores,
propiciando o acesso entre eles. Fazem parte dessas instituições: a bolsa de valores, sociedades
corretoras de Valores Mobiliários, Sociedades Distribuidoras de Valores Mobiliários, Agentes Autônomo
de Investimento.

Outra classificação que pode ser feita das instituições financeiras é sobre a sua capacidade ou não de criar
moeda escritural, podendo, assim, ser classificada em instituição bancária ou monetária e não bancárias
ou não monetárias.

Nas instituições bancárias estão inseridas as instituições que constituem o sistema monetário, possuindo
como principal fonte de recursos os depósitos à vista. Esse sistema é representado pelo Banco do Brasil,
Caixa Econômica Federal, bancos comerciais (públicos e privados) e bancos múltiplos. A capacidade que
possuem de criar moeda provém do fato, segundo Fortuna (2005), de trabalharem em um sistema de
reservas fracionárias, conservando em caixa apenas uma parte dos depósitos que recebem do público e
aplicando o restante em empréstimos ou títulos.

As instituições bancárias ou monetária são aquelas que possuem a capacidade de criar


moeda, e as instituições não bancárias ou não monetárias são aquelas que não possuem
a capacidade de criar moeda. Para saber mais sobre esse assunto que foi tratado
brevemente na aula, leia o Capítulo 6 do livro Economia Monetária e Financeira do autor
Cardim de Carvalho et. al. O bom desempenho dessas instituições dependem
claramente da estrutura que foi mostrado na figura 1, e das leis que regem todo o
Sistema o Financeiro Nacional.

Fonte: a autora.

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ATIVIDADES
1. O desenvolvimento do mercado financeiro e capitais brasileiro aconteceu em 1944 a partir da
realização da Conferência Monetária e Financeira das Nações Unidas e Associados, que aconteceu na
cidade de Bretton-Woods, nos Estados Unidos. Era necessário criar regras e instituições oficiais. Com
base no exposto e no que foi estudado, leia as afirmativas que correspondam às instituições financeiras
que foram originadas naquele período:

I. Banco Mundial

II. Organização das Nações Unidas

III. Fundo Monetário Internacional

IV. Banco Central do Brasil

É correto o que se afirma em:

a) I e II, apenas.

b) I e III, apenas.

c) I, II e IV, apenas.

d) II, III e IV, apenas.

e) I, II, III e IV.


2. A Lei nº4.595, de 31 de dezembro de 1964, dispõe sobre a política e as instituições monetárias,
bancárias e creditícias. A respeito dessa Lei, considere as afirmativas a seguir, sobre as instituições
financeiras criadas:

I. Por meio dessa Lei, foi criado o Conselho Monetário Nacional (CMN) e o Banco Central do Brasil.

II.A Lei nº4.565/64 criou o Banco do Brasil e a Superintendência da Moeda e do Crédito (SUMOC), tendo
como finalidade auxiliar o desenvolvimento do Conselho Monetário Nacional (CMN) e o Banco Central do
Brasil.

III.Mediante a Lei nº4.565/64, foi criada a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), transferindo a
responsabilidade de regulamentar e fiscalizar as atividades referentes ao mercado de valores mobiliários
(ações, debêntures entre outros) do Banco Central do Brasil para a CVM.

IV.As instituições financeiras terão as condições de concorrência reguladas pelo Bacen, que lhes coibirá
os abusos com aplicação de pena nos termos da lei.

É correto o que se afirma em:

a) I e IV, apenas.

b) III e IV, apenas.

c) I, II e IV, apenas.

d) I, III e IV, apenas.

e) I, II, III e IV.

3.A atual estrutura do Sistema Financeiro Nacional inclui órgãos consultivos, normativos e operadores.
No que se refere a esses órgãos, assinale a opção correta:

a)Contrariamente aos bancos múltiplos e aos bancos comerciais, as cooperativas de crédito não são
autorizadas a fazer captação de depósitos à vista.

b) O Conselho Monetário Nacional (CMN), o Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) e o Conselho
Nacional de Previdência Complementar (CNPC) integram as entidades normativas do Sistema Financeiro
Nacional.

c)As bolsas de valores, os fundos de investimentos e as sociedades de capitalização estão no âmbito da


supervisão da Comissão de Valores Mobiliários.

d) O Banco Central do Brasil, a Comissão de Valores Mobiliários e o Conselho Nacional de Seguros


Privados (CNSP) integram as entidades normativas do Sistema Financeiro Nacional.

e) Aos órgãos operativos do SFN compete expedir diretrizes gerais sobre o funcionamento das
instituições sob sua responsabilidade.
Resolução das atividades

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RESUMO
Verificamos por meio dessas breves considerações que o Sistema Financeiro Nacional, regulamenta,
fiscaliza e executa as operações que são relativas a gestão da moeda e do crédito no nosso país. Por meio
dele, é possível fazer a intermediação entre os agentes que estão precisando de recursos para investir e
aqueles que possuem recursos disponíveis, capazes de gerar poupança.

Além disso, vimos que o desenvolvimento do mercado financeiro e de capitais no Brasil ocorreu
tardiamente. Tendo em vista que a Conferência Monetária e Financeira, conhecida como Bretton Woods,
que aconteceu nos Estados Unidos em 1944, cujo objetivo era formar instituições encarregadas de
desempenhar funções de autoridade monetária, foi seguida no Brasil apenas em 1964. Antes disso,
adotaram uma solução intermediária com a criação da SUMOC em 1945.

Foram mostradas as diversas leis criadas a partir de 1964, período do início da ditadura militar, tendo
como objetivo reestruturar o nosso Sistema Financeiro Nacional, sendo que podemos dizer que as mais
importantes são: a Lei da Reforma do Sistema Financeiro Nacional (4.595/64), Lei do Mercado de Capitais
(4.728/65), e a Resolução CMN 3.040 de 28/11/2002.

Tratamos também da hierarquia do Sistema Financeiro Nacional, sendo ele composto pelo subsistema
normativo, que é responsável pela regulamentação e fiscalização das atividades no SFN por meio do
Conselho Monetário Nacional, subsistema supervisores e subsistema operativo, que atua nas operações
de intermediação financeira, podendo ser divido em dois grupos os intermediários financeiros e as
chamadas instituições auxiliares.

Assim, todas as mudanças ocorridas nas leis e na estrutura do Sistema Financeiro Nacional contribuíram
para o fortalecimento e crescimento desse sistema, com o surgimento de novos bancos, bolsas de valores,
agências de fomento entre tantas outras instituições que contribuem para o desenvolvimento do nosso
país, e que não seria possível sem essas modificações.

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Material Complementar

Leitura
Mercado Financeiro

Autor: Alexandre Assaf Neto

Editora: Atlas

Sinopse este livro oferece uma visão ampla e moderna dos


:

mercados financeiros e de capitais, abordando o


funcionamento de suas instituições e operações financeiras
e estudando os principais modelos de avaliação dos ativos
negociados e de seus riscos. O autor adota como premissa
para o moderno estudo dos mercados financeiros um
modelo de desenvolvimento econômico baseado
principalmente na participação do setor privado.

Mercado Financeiro: Produtos e Serviços

Autor: Eduardo Fortuna

Editora: Qualitymark

Sinopse esta obra é um manual que vai ajudar o leitor a


:

conhecer os diversos tipos de produtos e serviços


oferecidos nos mercados financeiros, de capitais e de
derivativos. Além de prepará-lo para entender as melhores
opções de investimento. O livro é uma referência para
quem deseja investir, atuar direta ou indiretamente na área
financeira e para os que querem aprofundar seus
conhecimentos neste campo. A obra informa e soluciona as
dúvidas do dia a dia, além de explicar o funcionamento do
mercado financeiro brasileiro.

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REFERÊNCIAS
ASSAF NETO, Alexandre. Mercado Financeiro 11. ed. São Paulo: Atlas, 2012.
.

FORTUNA, Eduardo. Mercado Financeiro Produtos


: e Serviços. 16. ed. Rio de Janeiro: Qualitymark,
2005.

SANTOS, B. de Souza. Desenvolvimento Financeiro e Crescimento Econômico A Modernização do :

Sistema Financeiro Brasileiro. 2005. 257 f. Tese (Doutorado). Programa de Pós-Graduação em História
Econômica, Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo:
2005.

NAÇÕES UNIDAS DO BRASIL. Banco Mundial [2017]. Disponível em:


.

< https://nacoesunidas.org/agencia/bancomundial/ >. Acesso em: 25 mar. 2017.

REFERÊNCIAS ON-LINE

1Em: < http://www.ie.ufrj.br/moeda/pdfs/bretton_woods_aos_60_anos.pdf >. Acesso em: 25 mar. 2017.

2Em: < http://www.tesouro.fazenda.gov.br/ja-conhece-o-tesouro-direto >. Acesso em: 21 mar. 2017.

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APROFUNDANDO
O Fundo Monetário Internacional (FMI) é uma organização internacional concebido em uma conferência
da ONU em julho de 1944 realizada em Bretton Woods, New Hampshire (Estados Unidos).

Criada no final da Segunda Guerra Mundial, os 44 governos representados naquela conferência, possuíam
como objetivo construir um arcabouço para cooperação que evitasse a repetição das políticas econômicas
que provocaram a Grande Depressão dos anos de 1930 e da guerra mundial que se seguiu.

Os objetivos dessa organização são promover a cooperação econômica internacional, o comércio


internacional e a estabilidade cambial, até mesmo com a disponibilidade de recursos financeiros para
países membros, para ajudar no equilíbrio de suas balanças de pagamentos.

Os Recursos disponibilizados pelo FMI vem dos 188 países membros que colocam a disposição uma parte
de suas reservas, principalmente por meio do pagamento de cotas, que refletem a dimensão econômica
dos países.

Caso seja necessário, o Fundo utiliza esses recursos para operações de empréstimos pretendendo ajudar
os países que enfrentam desequilíbrios em sua balança de pagamentos. Esses recursos para serem
emprestados precisam cumprir alguns requisitos estabelecidos em um programa do FMI.

As despesas administrativas anuais do FMI eram cobertas principalmente, pela receita de juros sobre os
empréstimos não amortizados, porém em 2012 houve uma mudança, com a aprovação pelos países
membros de um novo modelo de receitas baseado em uma série de fontes que melhor se adaptam às
diferentes atividades do Fundo.

Assistência Financeira
Os empréstimos que são disponibilizados pelo FMI dão aos países membros uma grande ajuda para
conseguirem corrigir os seus problemas com o balanço de pagamentos. Assim, as autoridades nacionais,
como forma de cooperar com o Fundo, formularam programas econômicos apoiados por empréstimos do
FMI, e a continuidades do apoio financeiro depende da verdadeira implementação do programa.

Nas atuais reformas dos dispositivos de crédito do FMI, estes passaram por melhorias com o objetivo de
proporcionar ferramentas mais flexíveis para a prevenção de crises a um grande número de países
membros com sólidos fundamentos econômicos, políticas e quadros institucionais. Para aqueles países
que possuíam baixa renda o FMI dobrou os limites de acesso ao acredito e está ampliando os empréstimos
aos países mais pobres do mundo.

Supervisão

Além de prover os países em dificuldades por meio de empréstimos, o FMI presta assistência
frequentemente da política econômica de seus membros e faz recomendações.

O Fundo elabora pesquisas, faz levantamentos estatísticos e apresentar previsões econômicas globais,
regionais e por país, por intermédio de um sistema formal denominado supervisão. Assim o FMI, presta
assessoria a seus 188 países membros incentivando-os a adotar políticas que promovam a estabilidade
econômica, reduzam a vulnerabilidade à crises econômicas e financeiras e elevem os padrões de vida.

Direitos Especial de Saque (DES)

É um ativo de reserva internacional emitido pelo FMI que pode acrescentar as reservas oficiais dos países
membros. Os países podem também efetuar trocas voluntárias entre si de DES por moedas.

Assistência técnica

O FMI presta assistência técnica e formação para amparar os países membros a fortalecer sua habilidade
de elaborar e executar políticas eficientes. Diversas áreas são abrangidas pela assistência técnica, como
política e administração tributária, gestão de gastos, políticas monetárias e cambiais, supervisão e
regulamentação bancária e financeira, quadros legislativos e estatísticos.

Governança e organização

O FMI presta conta aos governos dos países membros. A instância principal da sua formação
organizacional é a Assembleia de Governadores, composta por um governo e um governo suplente de
cada país membro.

O FMI é gerido por 24 membros da Diretoria Executiva, que representa o conjunto dos países membros,
os trabalhos são orientados pelo Conselho Monetário e Financeiro Internacional (CMFI).

As decisões que são tomadas no FMI são feitas por meio dos votos, porém, o poder do voto de cada país é
determinado pela proporção de quotas que possui no Fundo, dessa forma é seguido um modelo
corporativo de tomada de decisões. A atualização das quotas é executada de tempos em tempos, criando
oportunidades para que a instituição passe a refletir o aumento da participação relativa dos países
emergentes na economia mundial. O Brasil está se dedicando para que aconteça uma reforma no FMI,
para que assim as economias emergentes consigam ter mais peso dentro do Fundo.

PARABÉNS!
Você aprofundou ainda mais seus estudos!

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EDITORIAL

DIREÇÃO UNICESUMAR

Reitor Wilson de Matos Silva

Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho

Pró-Reitor de Administração Wilson de Matos Silva Filho

Pró-Reitor Executivo de EAD William Victor Kendrick de Matos Silva

Pró-Reitor de Ensino de EAD Janes Fidélis Tomelin

Presidente da Mantenedora Cláudio Ferdinandi

C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ Núcleo de Educação


. a
Distância; REQUENA Lais Silva Santos.
,

Organização do Sistema Financeiro Nacional. Lais Silva Santos Requena.

Maringá-Pr.: UniCesumar, 2017.


24 p.

“Pós-graduação Universo - EaD”.

1. Organização financeira. 2. Sistema financeiro. 3. EaD. I. Título.

CDD - 22 ed. 352

CIP - NBR 12899 - AACR/2

Pró Reitoria de Ensino EAD Unicesumar

Diretoria de Design Educacional

Equipe Produção de Materiais

Fotos Shutterstock
:

NEAD - Núcleo de Educação a Distância

Av. Guedner, 1610, Bloco 4 - Jardim Aclimação - Cep 87050-900

Maringá - Paraná | unicesumar.edu.br | 0800 600 6360

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ÓRGÃOS
NORMATIVOS E
SUPERVISORES
DO SISTEMA
FINANCEIRO
NACIONAL
Professor (a) :

Me. Lais Silva Santos Requena

Objetivos de aprendizagem
• Explanar sobre os órgãos normativos que compõem o Sistema Financeiro Nacional.

• Compreender a estrutura e a função do Banco Central do Brasil.

• Entender a função das autoridades de apoio do Sistema Financeiro Nacional.

Plano de estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:

• Órgãos Normativos do Sistema Financeiro Nacional

• Função e Estrutura do Banco Central do Brasil

• Autoridades de Apoio do Sistema Financeiro Nacional

Introdução
Olá, caro(a) aluno(a), neste encontro iremos tratar dos órgãos normativos e supervisores do Sistema
Financeiro Nacional. O Art. 192 da Constituição Federal diz que o sistema financeiro nacional,
estruturado de forma a promover o desenvolvimento equilibrado do país e a servir aos interesses da
coletividade, em todas as partes que o compõem, abrangendo as cooperativas de crédito, é regulado por
leis complementares que dispõem, inclusive, sobre a participação do capital estrangeiro nas instituições
que o integram. Dessa forma, o Sistema Financeiro Nacional do Brasil é constituído por diversas
instituições e órgãos financeiros, cujo objetivo principal é o gerenciamento da política monetária do
governo. Dessa forma, o SFN é empregado pelo governo como uma ferramenta para a execução de sua
política monetária.
O Sistema Financeiro Nacional é composto por órgãos normativos que determinam as regras gerais
visando o bom funcionamento do SFN, órgãos supervisores assumindo diversas funções executivas,
trabalhando para que os integrantes do sistema financeiro sigam as regras definidas pelos órgãos
normativos e os operadores que atendem o público de maneira geral, atuando como intermediador
financeiro. Todos esses órgãos em conjunto garantem o adequado desempenho do Sistema Financeiro
Nacional.

Neste estudo, irei explanar sobre as instituições que compõem o sistema normativo (Conselho Monetário
Nacional, Conselho Nacional de Seguros Privados e Conselho Nacional de Previdência Complementar) e
os supervisores (Banco Central do Brasil, Comissão de Valores Mobiliários, Superintendência de Seguros
Privados e Superintendência Nacional de Previdência Complementar) do Sistema Financeiro Nacional.
Apresentarei de que forma esses órgãos foram criados, os seus objetivos e as suas principais atribuições.

Por meio deste estudo, pretendo contribuir para que você consiga compreender a importância desses
órgãos para o bom funcionamento do Sistema Financeiro Nacional e, ainda, saber qual é o papel que cada
uma dessas instituições exerce no desempenho da economia do país.

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Órgãos Normativos do Sistema


Financeiro Nacional

Conselho Monetário Nacional


Criado pela Lei nº 4.595 de 31 de dezembro de 1964, o Conselho Monetário Nacional (CMN) é o órgão
superior do Sistema Financeiro Nacional, possuindo como responsabilidade formular a política da moeda
e do crédito, com o propósito da estabilidade da moeda e o desenvolvimento econômico e social do País.

Segundo Fernandes (2009), o Conselho Monetário Nacional é um órgão normativo, não realizando
qualquer atividade executiva. Por ser o órgão máximo do SFN, influência nas ações dos órgãos
normativos, além disso, assumi funções legislativas das instituições financeiras sendo elas públicas ou
privadas. Assim, de acordo com o Art. 3º da Lei nº 4.595 é competência do CMN:
Em conjunto com o CMN funciona a Comissão Técnica da Moeda e do Crédito (Comoc),
como órgão de assessoramento técnico na formulação da política da moeda e do
crédito do país. A Comoc apresenta-se antecipadamente a respeito de assuntos que
são competência do Conselho Monetário Nacional. Para saber mais sobre a Comoc,
acesse: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1990-1994/d1304.htm >.

Fonte: Brasil (1994, on-line).

Com base nesses objetivos básicos, de acordo com o Art. 4º da Lei nº 4.595 o CMN fica incumbido de uma
série de atribuições, apresentadas a seguir:

• Autorizar as emissões de papel-moeda.

• Aprovar os orçamentos monetários, preparados pelo Banco Central do Brasil, por meio dos quais serão
estimadas as necessidades globais de moeda e crédito.

• Fixar as diretrizes e normas da política cambial.

• Disciplinar o crédito em todas as suas modalidades e as operações creditícias em todas as suas formas.

• Coordenar a política de investimento do Governo Federal.

• Regular a constituição, funcionamento e fiscalização dos que exercerem atividades subordinadas a esta
lei, bem como a aplicação de penalidades previstas.

• Limitar sempre que necessário, as taxas de juros, descontos comissões e qualquer outra forma de
remuneração de operações e serviços bancários ou financeiros.

• Outorgar ao Banco Central o monopólio de operações de câmbio quando o balanço de pagamento o


exigir.
• Estabelecer normas a serem seguidas pelo Banco Central nas transações com títulos públicos.

• Regular a constituição, o funcionamento e a fiscalização de todas as instituições financeiras que operam


no país.

O Conselho Monetário Nacional, por meio dos seus membros integrantes, é que decide
as metas de inflação para o ano subsequente, sempre deixando uma margem de
tolerância de 1,5 pontos percentuais para mais ou para menos. Essas metas tornam-se
públicas por meio de resoluções divulgadas no site do Banco Central do Brasil. Para
saber mais acesse: < http://www.bcb.gov.br/pre/normativos/busca/normativo.asp?
tipo=res&ano=2016&numero=4499 >.

Fonte: a autora.

A partir da implantação do Plano Real, os membros integrantes do Conselho Monetário Nacional foram
reduzidos, sendo a sua composição atual composta somente por três representantes: Ministro da
Fazenda, como presidente do Conselho, Ministro do Planejamento, com desenvolvimento e gestão e o
Presidente do Banco Central do Brasil. Os membros do Conselho se reúnem, pelo menos uma vez por
mês, para discutirem sobre assuntos relacionados às competências do CMN.

O Conselho Monetário Nacional ao longo da sua história passou por diversas


composições de membros de acordo com as exigências políticas e econômicas de cada
momento, sendo esses:

Quadro 1: Quantidade de membros do CMN até o Plano Real

Fonte: Fortuna, (2005, p. 19)

Com a criação do Plano Real a composição do CMN foi simplificada, passando assim a
ser compostos por apenas três membros. Fonte: Fortuna, 2005.
Conselho Nacional de Seguros Privados e Conselho
Nacional de Previdência Complementar
No ano de 1901, por meio do Decreto nº 4.270, e do seu regulamento em anexo, as companhias de seguro
de vida, marítimos e terrestres, nacionais e estrangeiros foram regulamentadas. O Regulamento
Murtinho, como ficou conhecido, criou a Superintendência Geral de Seguros, subordinada diretamente ao
Ministério da Fazenda. Com a sua criação, ficaram concentradas em uma única repartição todas as
questões relacionadas à fiscalização de seguros. Já em 1903, por meio do Decreto nº 5.072, a
Superintendência Geral de Seguros foi substituída por uma Inspetora de Seguros, também subordinada
ao Ministério da Fazenda. No ano de 1966, com o Decreto nº 73, de 21 de novembro de 1966, todas as
operações de seguros e resseguros foram reguladas e, dessa forma, foi fundado o Sistema Nacional de
Seguros Privados, instituído pelo Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP); Superintendência de
Seguros Privados (SUSEP); Instituto de Resseguros do Brasil (IRB); sociedades autorizadas a operar em
seguros privados; e corretores habilitados.

Dessa forma, o Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) é o órgão responsável por fixar as
diretrizes e normas da política de seguros privados. Sendo composto pelo Ministro da Fazendo, como
presidente, representante do Ministério da Justiça, representante do Ministério da Previdência Social,
Superintendente da Superintendência de Seguros Privados, representante do Banco Central do Brasil e
representante da Comissão de Valores Mobiliários.

As principais funções do CNSP são: regular a constituição, organização e funcionamento e fiscalização dos
que exercem atividades subordinadas ao Sistema Nacional de Seguros Privados, assim como a aplicação
das penalidades previstas; fixar as características gerais dos contratos de seguro, previdência privada
aberta, capitalização e resseguro; estabelecer as diretrizes gerais das operações de resseguro; prescrever
os critérios de constituição das Sociedades Seguradoras, de Capitalização, Entidades de Previdência
Privada Aberta e Resseguradores, com fixação dos limites legais e técnicos das respectivas operações e
disciplinar a corretagem de seguros e a profissão de corretor.

Já o Conselho Nacional de Previdência Complementar (CNPC), possui como principal função regular o
regime de previdência complementar operado pelas entidades fechadas de previdência complementar.
O CNPC possui como presidente o ministro da Previdência Social, sendo composto por representantes da
Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc), da Secretaria de Políticas de
Previdência Complementar (SPPC), da Casa Civil da Presidência da República, dos Ministérios da Fazenda
e do Planejamento, Orçamento e Gestão, das entidades fechadas de previdência complementar, dos
patrocinadores e instituidores de planos de benefícios das entidades fechadas de previdência
complementar e dos participantes assistidos de planos de benefícios das referidas entidades.

Os órgãos normativos, apresentados de forma breve neste estudo, são importantíssimos para o bom
desempenho do Sistema Financeiro Nacional, uma vez que são eles os responsáveis por determinarem as
regras gerais para o funcionamento do SFN.

Função e Estrutura do Banco


Central do Brasil
Caro aluno, sabemos que o Conselho Monetário Nacional é o órgão superior do Sistema Financeiro
Nacional, possuindo uma série de atribuições. Dessa forma, o Banco Central do Brasil (Bacen) é a entidade
criada para atuar como órgão executivo central do sistema financeiro, sendo de sua responsabilidade
cumprir e fazer com que as normas expedidas pelo CMN sejam cumpridas.

Criado em 31 de dezembro de 1964, o Banco Central do Brasil iniciou as suas atividades de forma efetiva
apenas 4 meses depois. De 1945 até 1964 as suas atividades eram exercidas pela Superintendência da
Moeda e do Crédito (SUMOC), responsável de exercer o controle do mercado monetário, além do próprio
Banco do Brasil, como administrador das carteiras de câmbio e redesconto.

O Bacen é uma autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda, sendo que seu presidente é indicado pelo
Presidente da República. De acordo com Fernandes (2009) os mandatos do presidente e dos diretores do
Banco Central no Brasil não são fixos, podendo esses serem demitidos a qualquer momento pelo
Presidente da República, dessa forma podemos afirmar que não existe independência administrativa.

De acordo com Fortuna (2005), em países como Alemanha, Japão, Estados Unidos, o modelo clássico de
Banco Central é independente, ou seja, os seus diretores são designados pelo Congresso, eleitos com um
mandato fixo, renovável, não havendo, assim, subordinação ao Tesouro. Dessa forma, ele consegue atuar
como verdadeiro guardião da moeda nacional, assegurando o equilíbrio do mercado financeiro e da
economia.

O Federal Reserve Bank (FED), o banco central americano, fundado em 1913, é


diferente do Bacen, pois possui uma estrutura descentralizada, assim, as suas tomadas
de decisões não necessitam ser ratificadas pelo Presidente do País. Porém, é fiscalizado
pelo congresso. Para saber mais sobre o FED acesse:
< https://www.federalreserve.gov/ >

Fonte: a autora.

Ainda assim, podemos dizer que o Banco Central é o banco que fiscaliza e disciplina o mercado
financeiro, segundo Assaf Neto (2012), definindo regras, limites e condutas das instituições. Também é o
banco de penalidades ao permitir a intervenção e liquidação de instituições financeiras, e gestor por
, ,

meio da expedição de normas e autorizações visando promover o controle das instituições financeiras e
de suas operações.

Dentre as principais atribuições do Banco Central do Brasil estão:

• Emitir papel-moeda e moeda metálica nas condições e limites autorizados pelo CMN.

• Executar os serviços do meio circulante.

• Receber recolhimentos compulsórios e voluntários das instituições financeiras e bancárias e executar


operações de política monetária.

• Realizar e controlar operações de redesconto e empréstimos às instituições financeiras, levando em


conta a política econômica do Governo.

• Regular a execução dos serviços de compensação de cheques e outros papéis.


• Efetuar operações de compra e venda de títulos públicos federais, como instrumento de política
monetária.

• Executar o controle de crédito, sob todas as suas formas.

• Executar a fiscalização das instituições financeiras, aplicando penalidades quando necessário previstas
em lei.

• Autorizar o funcionamento das instituições financeiras.

• Estabelecer as condições para o exercício de quaisquer cargos de direção nas instituições financeiras.

• Vigiar a interferência de outras empresas nos mercados financeiros e de capitais.

• Controlar o fluxo de capitais estrangeiros no país, garantindo dessa forma o correto funcionamento do
mercado de câmbio.

A missão institucional do BACEN é: “assegurar a estabilidade do poder de compra da


moeda e solidez do sistema financeiro nacional”. Dessa forma, ele não é colocado
claramente como responsável em estabelecer-se como defensor do consumidor
quando há prática financeira abusivas, sendo assim, a defesa do consumidor encontra-
se implícita na atividade do setor público.

Fonte: Fernandes (2009).

Dessa forma, de acordo com Assaf Neto (2012), o Banco Central pode ser considerado o Banco dos
bancos uma vez que ele capta os depósitos dos bancos preservando a liquidez do sistema bancário.
,

Executor da política monetária tendo em vista que controla os meios de pagamento e taxas de juros da
,

economia. Instituição emissora de moeda já que coordena a distribuição do dinheiro emitido pela Casa
,

da Moeda aos bancos. Gestor do Sistema Financeiro Nacional dado que controla e fiscaliza as
,

instituições financeiras, aplicando penalidades e decretando intervenções. Banco do Governo por meio ,

do financiamento ao Tesouro Nacional (via emissão de Títulos públicos), mantendo depósitos em moeda
nacional e internacional no país e representando o país no sistema financeiro internacional.

Dessa forma, é por meio do Banco Central do Brasil que o Governo consegue intervir diretamente no
sistema financeiro, e de forma indireta, na economia do país.

O Banco Central, por ser uma entidade reguladora do Sistema Financeiro Nacional,
possui uma série de alternativas e instrumentos legais para intervir nas instituições
financeiras, diante das ameaças ou crises que possam ocorrer no sistema bancário. Esse
poder especial concedido pela legislação a autoridade monetária no mercado
financeiro é executado por meio de Regimes Especiais. Para saber mais sobre esse
assunto acesse: < https://www.bcb.gov.br/htms/deres/legis/index.asp >.

Fonte: Assaf Neto (2012).

Autoridades de Apoio do Sistema


Financeiro Nacional

Comissão de Valores Mobiliários - CVM


A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) é uma autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda criada
pela Lei n.º 6.385/1976. Até aquela data estava faltando uma entidade que concentrasse a regulação e
fiscalização do mercado de capitais, especialmente no que se refere às sociedades de capital aberto. As
instituições do mercado de capitais, no entanto, já tinham sido regulamentadas no Brasil por meio da Lei
nº 4.728/1965, ficando sob o comando do Banco Central até que a CVM estivesse completamente
preparada nos anos de 1980.

De acordo com Assaf Neto (2012), a CVM segue as orientações do Conselho Monetário Nacional, sendo
administrada por um presidente e quatro diretores, todos eles nomeados pelo presidente da República.

O principal objetivo da CVM é a normatização e o controle do mercado de valores mobiliários, sendo


constituído especialmente por ações, partes beneficiárias e debêntures, commercial papers e outros títulos
que são emitidos pelas sociedades anônimas e autorizados pelo Conselho Monetário Nacional.

Entre as funções da Comissão de Valores Mobiliários, estão, as de promover medidas incentivadoras à


canalização das poupanças ao mercado acionário; estimular o funcionamento das bolsas de valores em
bases eficientes e regulares; assegurar a lisura nas operações de compra e venda de valores mobiliários e
promover a expansão de seus negócios; dar proteção aos investidores de mercado; evitar ou coibir
modalidades de fraude ou de manipulação que criem condições artificiais dos valores negociados no
mercado; assegurar o acesso público à informação sobre os valores mobiliários negociados no mercado;
assegurar o cumprimento de práticas comerciais equitativas no mercado de valores mobiliários; fiscalizar
e inspecionar as companhias abertas e os fundos de investimento; fiscalizar e disciplinar as atividade dos
autores independentes.

Assim, segundo Assaf Neto (2012), podemos dizer que a atividade da CVM engloba três respeitáveis
segmentos do mercado: instituições financeiras de mercado; companhias de capital aberto, da qual os
valores mobiliários de sua emissão encontram-se em negociação em Bolsa de Valores e mercado de
balcão; e investidores, quando o seu objetivo é atuar de forma a proteger seus direitos.

A Resolução CMN 3.081/2003 estabeleceu que em caso de conflito, as normas do


Banco Central para as Instituições Federais prevalecem às da CVM ou de outros órgãos
normativos do Poder Executivo, sem prejuízo às exigências adicionais da CVM ou das
exigências da contabilidade fiscal ou de contabilidade pública.

Fonte: Fernandes (2009).

Superintendência de Seguros Privados - SUSEP


A Superintendência de Seguros Privados (SUSEP) é uma autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda,
sendo instituída em novembro de 1966 por meio do Decreto-lei nº 73. A SUSEP é o órgão responsável
pelo controle e fiscalização dos mercados de seguro, previdência privada aberta, capitalização e
resseguro.

Entre as responsabilidades da SUSEP podemos destacar:

• Fiscalizar a constituição, organização, funcionamento e operação das Sociedades Seguradoras, de


Capitalização, Entidades de Previdência Privada Aberta e Resseguros, na qualidade de executora da
política traçada pelo Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP).

• Atuar no sentido de proteger a captação de poupança popular que se efetua por meio das operações de
seguro, previdência privada aberta, de capitalização e resseguro.
• Zelar pela defesa dos interesses dos consumidores dos mercados supervisionados.

• Promover o aperfeiçoamento das instituições e dos instrumentos operacionais a eles vinculados, com
vistas à maior eficiência do Sistema Nacional de Seguros Privados e do Sistema Nacional de Capitalização.

• Promover a estabilidade dos mercados sob sua jurisdição, assegurando sua expansão e o funcionamento
das entidades que neles operem.

• Zelar pela liquidez e solvência das sociedades que integram o mercado.

• Disciplinar e acompanhar os investimentos daquelas entidades, em especial os efetuados em bens


garantidores de provisões técnicas.

• Cumprir e fazer cumprir as deliberações do CNSP e exercer as atividades que por este forem delegadas.

• Prover os serviços de Secretaria Executiva do CNSP. Dessa forma, a SUSEP, é extremamente importante
para o bom funcionamento do mercado de seguros no Brasil, uma vez que é por meio da fiscalização desse
órgão que as normas jurídicas relacionadas a esse mercados são cumpridas.

A SUSEP elaborou um guia para conseguir levar mais informações para os


consumidores a respeito dos direitos e deveres acerca do mercado de seguros
privados. Para saber mais sobre esse guia acesse:
< https://www2.susep.gov.br/download/cartilha/cartilha_susep2e.pdf >.

Fonte: a autora.

Superintendência Nacional de Previdência


Complementar - PREVIC
A Superintendência Nacional de Previdência Complementar (PREVIC) é uma autarquia de natureza
especial vinculada ao Ministério da Fazenda, criada pela Medida Provisória 233 de 30 de dezembro de
2004, em substituição da Secretária de Previdência Complementar (SPC). É o órgão responsável pela
supervisão e fiscalização das atividades das entidades de previdência privada fechada.

De acordo com o Decreto nº 8.992, de 20 de fevereiro de 2017, as principais atribuições da PREVIC são:

• Proceder à fiscalização das atividades das entidades fechadas de previdência complementar e das suas
operações, apurar e julgar as infrações e aplicar as penalidades cabíveis.

• Expedir instruções e estabelecer procedimentos para a aplicação das normas relativas à sua área de
competência.

• Autorizar a constituição e o funcionamento das entidades fechadas de previdência complementar e a


aplicação dos respectivos estatutos e dos regulamentos de planos de benefícios.
• Autorizar as operações de fusão, cisão, incorporação ou qualquer outra forma de reorganização
societária, relativas às entidades fechadas de previdência complementar.

• Autorizar a celebração de convênios e termos de adesão por patrocinadores e instituidores e as


retiradas de patrocinadores e instituidores; e as transferências de patrocínio, grupos de participantes e
assistidos, planos de benefícios e reservas entre entidades fechadas de previdência complementar.

• Harmonizar as atividades das entidades fechadas de previdência complementar com as normas e as


políticas estabelecidas para o segmento.

• Decretar intervenção e liquidação extrajudicial das entidades fechadas de previdência complementar e


nomear interventor ou liquidante, nos termos da lei;

• Nomear administrador especial de plano de benefícios específico, podendo atribuir-lhe poderes de


intervenção e liquidação extrajudicial, na forma da lei.

• Promover a mediação e a conciliação entre entidades fechadas de previdência complementar e entre as


entidades e seus participantes, assistidos, patrocinadores ou instituidores, bem como dirimir os litígios
que lhe forem submetidos na forma da Lei nº 9.307, de 23 de setembro de 1996.

Assim, a PREVIC fiscaliza e supervisiona as entidades fechadas de previdência complementar, sendo que a
sua autonomia permite que os seus objetivos sejam alcançados com maior segurança econômica.

As Entidades Fechadas de Previdência Complementar (EFPC) são operadoras de


planos de benefícios, constituídas na forma de sociedade civil, e sem fins lucrativos,
tendo como objetivo operar plano de benefício de caráter previdenciário. A PREVIC
conta com uma lista com as entidades que fazem parte da EFPC. Para saber quais
entidades fazem parte da EFPC acesse: < http://www.previc.gov.br/a-previdencia-
complementar-fechada/entida-des-fechadas-de-previdencia-complementar-
1/relacao-das-
efpc.pdf/@@download/file/Rela%C3%A7%C3%A3o%20de%20EFPC.pdf >.

Fonte: a autora.

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ATIVIDADES
1.O Conselho Monetário Nacional (CMN) é o órgão superior do Sistema Financeiro Nacional,
influenciando nas decisões e ações dos órgãos normativos do STF. Com base no conteúdo estudo, as
funções do Conselho Monetário Nacional são:

a) Assessorar o Ministério da Fazenda na criação de políticas orçamentárias de longo prazo e verificando


os níveis de moedas estrangeiras em circulação no país.

b)Definir a estratégia da Casa da Moeda, estabelecendo o equilíbrio das contas públicas e fiscalizando as
entidades políticas.

c) Estabelecer as diretrizes gerais das políticas monetária, cambial e creditícia; regular as condições de
constituição, funcionamento e fiscalização das instituições financeiras e disciplinar os instrumentos das
políticas monetária e cambial.

d)Fornecer crédito a pequenas, médias e grandes empresas do país, e dessa forma fomentar o
crescimento da economia interna a fim de gerar um equilíbrio nas contas públicas, na balança comercial e,
consequentemente, na política cambial.

e) Secretariar e assessorar o Sistema Financeiro Nacional, organizando as sessões deliberativas de crédito


e mantendo seu arquivo histórico.

2. O Sistema Financeiro Nacional é composto por órgãos normativos, supervisores e operadores, voltados
para gestão da política monetária do governo. Sendo assim, a entidade responsável pela fiscalização das
instituições financeiras e pela autorização do seu funcionamento é o:
a) Conselho Monetário Nacional.

b) Banco Central do Brasil.

c) Fundo Monetário Internacional.

d) Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

e) Conselho Nacional de Seguros Privados.

3. A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) é uma autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda, criada
pela Lei n.o 6.385/1976, atuando sob a direção do Conselho Monetário Nacional. Mediante essas
informações, a finalidade básica da CVM é:

a) Manutenção da política monetária.

b) Fiscalização das empresas de capital fechado.

c) Compra e venda de ações no mercado da Bolsa de Valores.

d) Normatização e controle do mercado de valores mobiliários.

e) Captação de recursos no mercado internacional.

Resolução das atividades

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RESUMO
Mediante essas considerações, conseguimos constatar que o Conselho Monetário Nacional (CMN) é o
órgão máximo do Sistema Financeiro Nacional, tendo como responsabilidade a formulação de políticas
visando a estabilidade da moeda e o desenvolvimento econômico e social do nosso país. Além disso,
constatamos que é por meio do Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) que ocorre a fiscalização
e as diretrizes da política de seguros privados. E o conselho Nacional de Previdência Complementar
(CNPC) atua regulando o regime de previdência complementar.

Vimos também que o Banco Central do Brasil (BACEN) é uma instituição formada com o objetivo de atuar
como órgão executivo do sistema financeiro, possuindo a responsabilidade cumprir e fazer com que as
normas promulgadas pelo Conselho Monetário Nacional sejam executadas. Ele é considerado o Banco dos
bancos, já que capta os depósitos dos bancos objetivando com isso preservar a liquidez do sistema
bancário. Também é apontado como executor da política monetária, uma vez que controla os meios de
pagamento e as taxas de juros da economia. O Bacen é visto como gestor do Sistema Financeiro Nacional,
já que controla e fiscaliza as instituições financeiras, podendo aplicar penalidades.

Além disso, constatamos que por meio da Lei n.º 6.385/1976 foi criada a Comissão de Valores Mobiliários
(CVM), entidade responsável pela regulação e fiscalização do mercado de capitais, possuindo como
objetivo principal a normatização e o controle do mercado de valores mobiliários. Outro órgão que faz
parte das autoridades de apoio do Sistema Financeiro Nacional é a Superintendência de Seguros Privados
(SUSEP), cuja responsabilidade é o controle e fiscalização dos mercados de seguro, previdência privada
aberta, capitalização e resseguro. E por fim, vimos Superintendência Nacional de Previdência
Complementar (Previc) é o órgão responsável pela supervisão e fiscalização das entidades de previdência
privada fechada.

Assim, todos esses órgãos possibilitam o bom funcionamento do Sistema Financeiro Nacional, uma vez
que eles regulam e fiscalizam todas as entidades que fazem parte do SFN.

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Material Complementar

Leitura
Os Crimes Econômicos e Sua Regulamentação Pelo
Sistema Financeiro Nacional

Autor: Isalino Antônio Giacomet Júnior

Editora: Lumen Juris

Sinopse o combate eficiente aos delitos econômicos


:

representa uma necessidade fundamental para o


desenvolvimento justo e equilibrado da sociedade nos dias
atuais. O sucesso do combate a tais delitos depende
diretamente da adoção de técnicas legislativas
diferenciadas dos tipos penais. Para tanto, torna-se
fundamental que os conhecimentos técnicos e os poderes
normativos inerentes aos órgãos normativos e
supervisores do Sistema Financeiro Nacional – exarados no
âmbito de suas respectivas atribuições administrativas
regulatórias – sejam transpostos também para a seara do
direito penal econômico. Dentre os instrumentos de
normatização penal, que permitem essa influência
administrativa, situam-se a tipificação de normas penais em
branco, a utilização de elementos normativos do tipo e as
condições objetivas de punibilidade. Em que pese tais
técnicas legislativas ensejarem, em regra, a criação de tipos
penais abertos, destaca-se que esses mecanismos de
normatização penal não ofende o princípio da legalidade.
Esses assuntos são analisados e aprofundados na presente
obra. Procurou-se organizar os trabalhos, abordando
inicialmente a estrutura e as funções regulatórias do
Sistema Financeiro Nacional, com ênfase na sua função
normativa complementar relativamente aos delitos
econômicos. Com isso, mediante a análise exemplificativa
de textos de alguns crimes em vigor, defende-se o modelo
de legalidade adequado ao combate da criminalidade
econômica com participação normativa dos órgãos do
Sistema Financeiro Nacional, com a aplicação de técnicas
legislativas diferenciadas, sem violação ao princípio da
legalidade. Acreditamos que o viés multidisciplinar dos
assuntos discorridos nesta obra possa colaborar com o
conhecimento de estudantes, acadêmicos e profissionais
do direito e que também atuam na área regulatória do
mercado financeiro.

Filme
Assalto ao Banco Central

Ano: 2011

Sinopse: O filme “Assalto ao Banco Central” é uma obra de


ficção, inspirada no maior roubo a banco do século.
Envolvendo desde a preparação da quadrilha aos
bastidores da investigação da polícia federal.

Em Agosto de 2005, 164.7 milhões de reais foram


roubados do Banco Central em Fortaleza, Ceará. Sem dar
um único tiro, sem disparar um alarme, os bandidos
entraram e saíram por um túnel de 84 metros cavado sob o
cofre, carregando 3 toneladas de dinheiro. Foram mais de
três meses de operação. Milhares de reais foram gastos no
planejamento.

Foi um dos crimes mais sofisticados e bem planejados de


que já se teve notícia no Brasil. Quem eram essas pessoas?
E o que aconteceu com elas depois? São as perguntas que
todo o Brasil se faz desde então.

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REFERÊNCIAS
ASSAF NETO, Alexandre. Mercado Financeiro. 11. ed. São Paulo: Atlas, 2012.

BRASIL. Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos. Lei nº
4.595 de 31 de dezembro de 1964. Dispõe sobre a Política e as Instituições Monetárias,
,

Bancárias e Creditícias, Cria o Conselho Monetário Nacional e dá outras providências.


Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L4595.htm >. Acesso em: 20
mar. 2017.

_____. Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos. Decreto nº
1.304 de 9 de novembro de 1994. Aprova o regimento interno da Comissão Técnica da
,

Moeda e do Crédito, que funcionará junto ao Conselho Monetário Nacional. Disponível


em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1990-1994/d1304.htm >. Acesso em:
5 abr. 2017.

_____. Câmara dos Deputados. Decreto nº 4.270 de 10 de Dezembro de 1901. Regula o


,

funccionamento das companhias de seguros de vida, maritimos e terrestres, nacionaes e


estrangeiras. Disponível em: < http://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/1900-
1909/decreto-4270-10-de-zembro-1901-523118-republicacao-108661-pe.html >.
Acesso em: 5 abr. 2017.

_____. Câmara dos Deputados. Decreto nº 5.072 de 12 de Dezembro de 1903. Regula o


,

funccionamento das Companhias de seguros de vida, maritimos e terrestres, nacionaes e


estrangeiras. Disponível em: < http://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/1900-
1909/decreto-5072-12-de-zembro-1903-523155-republicacao-107859-pe.html >.
Acesso em: 05 abr. 2017.
_____. Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos. Decreto-lei
nº 73 de 21 de novembro de 1966. Dispõe sôbre o Sistema Nacional de Seguros
,

Privados, regula as operações de seguros e resseguros e dá outras providências.


Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del0073.htm >. Acesso
em: 05 abr. 2017.

_____. Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos. Decreto nº
8.992 de 20 de fevereiro de 2017. Aprova a Estrutura Regimental e o Quadro
,

Demonstrativo dos Cargos em Comissão e das Funções de Confiança da


Superintendência Nacional de Previdência Complementar - Previc, remaneja cargos em
comissão e substitui cargos em comissão do Grupo

Direção e Assessoramento Superiores - DAS por Funções Comissionadas do Poder


Executivo - FCPE. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-
2018/2017/Decreto/D8992.htm >. Acesso em: 07 abr. 2017.

FERNANDES, Antônio Alberto Grossi. O Sistema Financeiro Nacional Comentado:


instituições supervisoras e operadoras do SFN & políticas econômicas, operações
financeiras e administração de risco. São Paulo: Saraiva, 2009.

FORTUNA, Eduardo. Mercado Financeiro: Produtos e Serviços. 16. ed. Rio de Janeiro: Qualitymark,
2005.

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APROFUNDANDO
Vimos durante o estudo sobre o Banco Central que os depósitos compulsórios são um dos principais
instrumentos que ele possui para preservar a estabilidade financeira do país. Mas afinal, o que são
depósitos compulsórios?

Os depósitos compulsórios são recolhimentos obrigatórios de recursos que as instituições financeiras


(bancos comerciais) precisam fazer no Banco Central Brasil. Sendo considerados como instrumentos de
política monetária, utilizado pelo governo para aquecer a economia.

Na política monetária os depósitos compulsórios influenciam o multiplicador monetário, ampliando ou


reduzindo o volume de recursos que os bancos podem transformar em crédito para a economia, e assim,
conseguem controlar a ampliação dos agregados monetários. Além disso, eleva a demanda esperada por
reservas bancárias, o que assegura maior eficiência ao Banco Central em sua atuação no mercado
monetário.

Os percentuais de recolhimento do depósito compulsório no Brasil é definido pelo Banco Central, com a
finalidade de preservar a estabilidade e a solidez do Sistema Financeiro Nacional, e com isso possibilitar o
crescimento do crédito. Quando o governo necessita diminuir a circulação de moedas no país, o Bacen
aumenta a taxa do compulsório, pois desta forma os bancos terão menos recursos disponíveis para a
população, e isso ocasionará uma diminuição na circulação de moeda na economia.

O inverso ocorre quando o governo necessita aumentar a circulação de moedas no país. A taxa do
recolhimento compulsório diminui e dessa forma os bancos comerciais fazem um depósito menor junto ao
Banco Central. Dessa forma, os bancos ficam com mais moeda disponível, podendo aumentar as suas
linhas de crédito. Com mais moeda na economia, haverá aumento no consumo e dessa maneira a
economia tende a crescer.
É importante mencionar, que o depósito compulsório não é uma tributação, uma vez que os recursos são
mantidos no Banco Central como ativo, ou seja, direito dos bancos. Quando um indivíduo retira do banco
recursos, o Bacen reduz, de forma proporcional, o valor que é mantido como depósito compulsório. O
valor equivalente à essa redução é posto a disposição do banco.

Existem algumas modalidades de depósitos compulsórios, sendo esses: Recolhimento Compulsório sobre
Recursos à Vista; Recolhimento Compulsório sobre Recurso a Prazo; Encaixe Obrigatório sobre Recursos
de Depósitos de Poupanças; Recolhimento Compulsório sobre Recursos de Depósito e de Garantias
Realizadas; e Exigibilidade Adicional sobre Depósitos.

Para calcular o valor do depósito compulsório é aplicado uma alíquota a uma base de cálculo, dessa forma:

Exigibilidade = Base de cálculo x Alíquota

Sendo,

Base de cálculo = (∑VSRdiário / Período de cálculo) - deduções

VSR = valores sujeitos a recolhimento

Dessa forma, no período de cálculo é verificada a média aritmética dos saldos dos valores sujeitos a
recolhimento (VSR). Do valor encontrado, subtrai-se as deduções, para que seja encontrada a base de
cálculo, mediante a qual é aplicada a alíquota.

Depois de apurada, a exigibilidade deve ser cumprida durante o período de uma ou duas semanas (dias
úteis), sendo que esse período é denominado de movimentação.

As informações, que são utilizadas para o cálculo dos compulsórios, são apresentadas pelas instituições
financeiras, para cada dia útil dos períodos de cálculo, nos prazos que são estabelecidos pelo Banco
Central. Se essas informações forem apresentadas fora do prazo, as instituições poderão ser multadas.

O volume do recolhimento compulsório em março de 2017 atingiu R$445,3 bilhões. Sendo que
Exigibilidade sobre Recursos a Prazo apresenta a maior participação (R$146,1 bilhões), seguida por
encaixe da poupança (R$127,1 bilhões), Exigibilidade Adicional sobre Depósitos (R$106,2 bilhões) e por
último, Recursos à Vista (R$62,5 bilhões).

Assim, o depósito compulsório é uma das maneiras que o Banco Central possui para reter moeda na
economia. Entre as inúmeras medidas de políticas monetária, certamente o compulsório não é a mais
importante, porém essa medida ajuda o Bacen a controlar a inflação no país.

PARABÉNS!

Você aprofundou ainda mais seus estudos!

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EDITORIAL

DIREÇÃO UNICESUMAR

Reitor Wilson de Matos Silva

Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho

Pró-Reitor de Administração Wilson de Matos Silva Filho

Pró-Reitor Executivo de EAD William Victor Kendrick de Matos Silva

Pró-Reitor de Ensino de EAD Janes Fidélis Tomelin

Presidente da Mantenedora Cláudio Ferdinandi

C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ Núcleo de Educação


. a
Distância; REQUENA Lais Silva Santos.
,

Organização do Sistema Financeiro Nacional. Lais Silva Santos Requena.

Maringá-Pr.: UniCesumar, 2017.


30 p.

“Pós-graduação Universo - EaD”.

1. Organização financeira. 2. Sistema financeiro. 3. EaD. I. Título.

CDD - 22 ed. 352

CIP - NBR 12899 - AACR/2

Pró Reitoria de Ensino EAD Unicesumar

Diretoria de Design Educacional

Equipe Produção de Materiais

Fotos Shutterstock
:

NEAD - Núcleo de Educação a Distância

Av. Guedner, 1610, Bloco 4 - Jardim Aclimação - Cep 87050-900

Maringá - Paraná | unicesumar.edu.br | 0800 600 6360

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SISTEMA
OPERATIVO DE
MERCADO E O
ESTADO
Professor (a) :

Me. Lais Silva Santos Requena

Objetivos de aprendizagem
• Conhecer a história do Banco do Brasil e a sua importância para as ações do Governo Federal

• Compreender o papel da Caixa Econômica Federal para o desenvolvimento social do Brasil

• Entender a função do Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES) para o desenvolvimento das


empresas e do Brasil.
Plano de estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:

• O Banco do Brasil

• Caixa Econômica Federal

• Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)

Introdução
Olá, caro(a) aluno(a), neste estudo, iremos tratar do Sistema Operativo de Mercado e o Estado. Quando
falamos em Estado e Sistema Operativo de Mercado, estamos nos referindo aos órgãos do Sistema
Financeiro Nacional, que de forma direta estão ligados ao Governo Federal e garantem o bom
funcionamento da economia por meio de várias ações que são voltadas para toda a sociedade.

Iniciaremos o nosso estudo tratando de um importante órgão para o Sistema Operativo de Mercado, o
Banco do Brasil. Esse banco foi a primeira instituição financeira do Brasil e é considerado um dos maiores
bancos do país. Atualmente, ele vem passando por uma reestruturação, com o fechamento de agências,
ampliação do atendimento digital, incentivo a aposentadoria dos seus funcionários e redução na jornada
de trabalho.

Iremos tratar também da Caixa Econômica Federal, essa instituição é extremamente importante para o
desenvolvimento do Brasil. Desde a sua criação, a Caixa sempre atuou com os indivíduos de baixa renda
do país, e dessa forma estabeleceu uma estreita relação com a população brasileira, atendendo as
necessidades mais urgentes por meio da poupança, Fundo de Garantia por Tempo de Serviço, PIS, crédito
habitacional, seguro desemprego entre tantos outros serviços. Além disso, é o órgão responsável pelas
Loterias Federais nutrindo o sonho e esperança dos brasileiros por uma vida melhor.
Por fim, trataremos de um banco fundamental para o desenvolvimento econômico e social do Brasil, o
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Esse banco foi o responsável por um
grande investimento em infraestrutura no nosso país já a partir dos anos de 1952 e, atualmente, é o maior
financiador de empréstimos de longo prazo para as empresas.

Neste encontro, você irá conhecer a história dessas instituições, a sua evolução e as suas principais
atribuições. Dessa forma conseguirá compreender a importância desses órgãos para a economia do nosso
país.

Esperamos que possa apreciar esse nosso estudo e agregar mais conhecimento para o seu crescimento!
Vamos lá!

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O Banco do Brasil
O Banco do Brasil (BB) foi criado em 1808 pelo príncipe D. João, quando o Brasil passou a sediar a coroa
portuguesa. O banco operou pela primeira vez com recursos privados, porém sob administração pública e
possuindo monopólio para a emissão de moeda. O objetivo de D. João com a sua criação era financiar a
abertura de empresas manufatureiras do Brasil.

Em 1821 o Rei D. João VI voltou para Portugal retirando todo o ouro existente do
Banco do Brasil, dessa forma, o banco ficou sem dinheiro para operar e no ano de 1829
foi ordenada a liquidação dessa instituição, ressurgindo apenas no ano de 1851. Para
saber mais sobre a história do Banco do Brasil acesse:
< http://www45.bb.com.br/docs/ri/ra2010/port/ra/02.htm#3 >.

Fonte: a autora.

Até o ano de 1986, está instituição detinha a função de autoridade monetária, mediante a deliberação do
Conselho Monetário Nacional (CMN), a conta movimento foi extinta. Essa conta colocava o Banco do
Brasil em uma posição privilegiada uma vez que possuía participação na emissão de moeda do país.
Apesar de o seu privilégio ter sido revogado, o BB ainda é o principal agente financeiro do Governo
Federal, sendo, de acordo com Assaf Neto (2012), uma sociedade anônima de capital misto, e o seu
controle acionário exercido pela União. Ele mantém ainda algumas atribuições que não são típicas de um
banco comercial, mas sim de um parceiro do governo.

De acordo com Assaf Neto (2012), o Banco do Brasil possui um importante papel no desenvolvimento da
economia brasileira, sendo ele agente financeiro do Governo Federal, por meio da execução de políticas
creditícias e financeira, sendo supervisionado pelo CMN. Por meio desta função, o BB pode receber os
tributos e as rendas federais, fazer os pagamentos essenciais do orçamento da União, recolher os
depósitos compulsórios e voluntários das instituições financeiras, realizar redescontos bancários e
executar a política de preços mínimos de produtos agropecuários. Além disso, pode efetuar a política de
comércio exterior na forma do PROEX.

O Programa de Financiamento às Exportações (PROEX) é um programa de


financiamento às exportações brasileiras do Governo Federal, cuja a gestão é do Banco
do Brasil. Esse programa é voltado principalmente para as micro e pequenas empresas.
Para saber mais sobre o PROEX acesse:
< http://www.planejamento.gov.br/assuntos/assuntos-
internacionais/publicacoes/manual_proex.pdf >.

Fonte: MIDIC ([2017], on-line)1.

Apesar dessas atribuições, o Banco do Brasil é também um banco comercial, exercendo atividades que são
próprias dessas instituições. Assim, ele pode abrir conta corrente de pessoas físicas e jurídicas, operar
com cadernetas de poupança, disponibilizar créditos de curto e longo prazo a diversos agentes e
segmentos da economia, realizar as operações de descontos, criar moeda entre outras funções específicas
dos bancos comerciais.

Além de todas essas atribuições, o Banco do Brasil atua como Banco de Investimento e Desenvolvimento,
ofertando algumas modalidades de crédito de médio e longo prazos. Assim, por meio dessa função ele
financia as atividades rurais, comerciais, industriais e de serviços, atuando também como Banco de
Desenvolvimento fomentando a economia de diversas regiões do nosso país.

O Banco do Brasil até o final de 2015 contava com 5.429 agências, 14.361 pontos de
atendimentos na rede MaisBB de correspondentes, 35.708 pontos de atendimento na
rede compartilhada, dessa forma, 99,7% dos municípios brasileiros são atendidos por
esse Banco. Além disso, o BB possui 38 unidades próprias em 23 países, além de manter
acordos com 859 instituições financeiras garantindo a presença em 105 países.

Fonte: Banco do Brasil (2015, on-line)2 .


Caixa Econômica Federal
A Caixa Econômica Federal (CEF) foi criada no dia 12 de janeiro de 1861 por meio do Decreto nº 2.723
assinado por Dom Pedro II, recebendo o nome de Caixa Econômica e do Monte Socorro do Rio de Janeiro.
Na ocasião da sua criação a instituição possuía um âmbito mais social e político do que econômico. Nesse
período nenhum banco do império, segundo Santos (2011, on-line)3 abrangia os grupos e segmentos
,

sociais menos favorecidos. Dessa forma, os negros alforriados e pequenos comerciantes, passaram a
depositar o dinheiro que possuíam no que hoje conhecemos como Caixa Econômica Federal.

No ano de 1931, a CEF inaugurou as operações de empréstimo consignado para pessoas físicas e três
anos mais tarde em 1934, por meio de determinação do governo federal, tornou-se responsável pelos
empréstimos sob penhor e dessa forma as casas de prego operadas por particulares foi extinta.

Por meio da sua função social, a Caixa Econômica Federal tornou-se o principal agente do Sistema
Financeiro de Habitação (SFH), operando no financiamento da casa própria, especialmente da população
de baixa renda. Em 1964, o Sistema Financeiro de Habitação foi criado tendo como função, segundo Assaf
Neto (2012), desenvolver o segmento da construção civil no país, além de promover condições melhores
para a aquisição da casa própria.

Em 1986, o órgão fiscalizador e executivo do SFH foi extinto, dessa forma foi incorporada a Caixa o Banco
Nacional de Habitação (BNH), tornando-se a maior agente nacional de financiamento da casa própria. Os
recursos do Sistema Financeiro de Habitação são advindos, especialmente, do Fundo de Garantia do
Tempo de Serviço (FGTS), cadernetas de poupança e de fundos próprios dos agentes financeiros.

Ao longo da sua história, a CEF lançou diversos programas com o objetivo de financiamento para a
aquisição ou construção da casa própria, procurando possibilitar o acesso da população de baixa renda à
moradia.
O Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) possui como objetivo proteger o
trabalhador demitido sem justa causa, por meio da abertura de uma conta vinculada ao
contrato de trabalho. Dessa forma, no início de cada mês, os empregadores precisam
depositar nessas contas abertas na Caixa Econômica Federal o valor correspondente a
8% do salário de cada funcionário. funcionário. Para saber mais sobre o FGTS acesse:
http://www.caixa.gov.br/beneficios-trabalhador/fgts/Paginas/default.aspx

Fonte: Caixa Econômica Federal ([2017], on-line)4

A Caixa Econômica Federal está vinculada ao Ministério da Fazenda, e além da função de financiar a
aquisição de casas próprias, ela realiza atividades características de bancos comerciais e múltiplos, como
recebimento de depósitos a vista e a prazo, cadernetas de poupança, concessões de empréstimos,
adiantamento a governos com garantia na arrecadação futura de impostos, empréstimos consignados a
funcionários de empresas com desconto em folha de pagamentos, executa operações de arrendamento
mercantil e promove o crédito direto ao consumidor, por meio do financiamento de bens duráveis.

O estatuto da Caixa Econômica Federal preveem outros objetivos inerentes exclusivamente a esse banco.
Assim, possui a competência de administrar os serviços das loterias federais. Possui centralização do
recolhimento e à aplicação de todos os recursos provenientes do FGTS. Além de possuir o monopólio das
operações de penhor, sendo empréstimos garantidos por bens de valor e alta liquidez, como jóias, metais
preciosos entre outros.

A Caixa Econômica Federal assumiu as Loterias Federais em 14 de julho de 1961, por


meio do Decreto 50.954. Em 1996 ela criou a Mega-Sena tornando-se a modalidade de
apostas mais popular do país, com mais de 1.798 concursos, que pagaram mais de R$
17,5 bilhões. Para saber mais sobre a loteria caixa acesse:
< http://www20.caixa.gov.br/Paginas/Noticias/Noticia/Default.aspx?newsID=3491 >.

Fonte: Caixa Econômica Federal ([2017], on-line)5

Atualmente a Caixa apresenta uma posição consolidada no mercado como um banco de grande porte, e
principal agente de políticas públicas do governo federal. Apesar de todo o seu crescimento continua
tendo como função principal o cunho social, promovendo financiamento e empréstimos a programas e
projetos nas áreas de assistência social.
A Caixa Econômica Federal possui mais de 4.200 pontos de atendimento espalhados
por todo país, e mais 15 mil correspondentes caixa aqui pelo país. No final de 2016 a
Caixa possuía lucro líquido de R$ 4,1 bilhões, apesar desse resultado positivo o lucro
foi 41,8% menor do que no ano de 2015.

Fonte: Caixa Econômica Federal ([2017], on-line)6 .

Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e
Social (BNDES)
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) foi criado em 20 de junho de 1952,
mediante a Lei nº 1.628. Essa autarquia federal possuía como objetivo ser o órgão formulador e executor
da política nacional de desenvolvimento econômico.

Na sua primeira fase, o BNDES investiu bastante em infraestrutura, porém a criação de estatais o liberou
para investir na iniciativa privada e na indústria. A partir dos anos de 1960, o setor agropecuário e as
pequenas e médias empresas passaram a contar com as linhas de financiamento do BNDES.

No ano de 1971 a razão social do BNDES foi modificada tornando-se uma empresa pública federal. Essa
mudança foi importante, uma vez que proporcionou aumento da flexibilidade na contratação de pessoal,
maior autonomia nas operações de captação e aplicação de recursos e diminuição da intervenção política.
O BNDES foi fundamental nos anos de 1970 na política de substituição de
importações. Os setores de bens de capital e insumos básicos começaram a receber
mais recursos, levando à formação do parque industrial considerado o mais completo
da América Latina. Além disso, houve investimento em setores iniciantes como a
informática e a microeletrônica.

Fonte: BNDES ([2017], on-line)7 .

Atualmente o BNDES está vinculado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior


(MDIC), sendo de acordo com Assaf Neto (2012), o principal mecanismo, de médio e longo prazos, de
realização da política de financiamento do Governo Federal. Seu principal objetivo é o de reequipar e
fomentar, por meio de linhas de crédito voltadas para os setores industrial e social, as empresas
consideradas de interesse ao desenvolvimento do país.

O BNDES difere-se dos outros bancos como Caixa Econômica Federal e Banco do
Brasil por não operar com contas correntes e dessa forma, não capta recursos dos
depósitos a vista do público. Outra diferença está na fonte de recursos, o BNDES apoia-
se nos recursos provenientes do FAT e em recursos próprios, enquanto que a CEF e o
BB captam recursos do mercado.

Fonte: a autora.

As operações do BNDES ocorrem normalmente por meio de agentes financeiros, como Bancos
Comerciais, Bancos de Investimentos e Sociedades Financeiras. Segundo Assaf Neto (2012), esses
agentes recebem uma comissão, cujo nome é del credere, para realizarem essa intermediação entre a
instituição e o financiamento, e dessa forma são responsáveis também pela liquidação da dívida junto ao
banco.

As principais fontes de recursos do BNDES, de acordo com Fernandes (2009), são provenientes do
Programa de Integração Social (PIS) e do Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público
(PASEP), utilizados no Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), as amortizações de créditos anteriores
concedidos pelo BNDES e as reservas de lucros da instituição são captações externas repassados pelo
Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e do Banco Internacional de Reconstrução e
Desenvolvimento (BIRD).

O BNDES conta com duas subsidiárias, a Finame e BNDESPAR, cuja principais atribuições são descritas a
seguir:
• A Finame foi criada em 1966, possuindo como objetivo atender às exigências financeiras da
comercialização de máquinas e equipamentos fabricados no país; concorrer para a expansão da produção
nacional de máquinas e equipamentos, por meio da facilidade de crédito aos produtores e aos usuários;
financiar a importação de máquinas e equipamentos industriais que não são produzidos no país; financiar
e fomentar a exportação de máquinas e equipamentos industriais de fabricação brasileira.

• A BNDESPAR é uma sociedade por ações, sendo que o seu capital social é de propriedade do BNDES. O
objetivo dessa subsidiária é realizar operações visando à capitalização de empreendimentos controlados
por grupos privados; apoiar empresas que reúnem condições de eficiência econômica tecnológica e de
gestão, apresentando retorno do investimento em condições e prazos compatíveis com o risco e a
natureza de sua atividade; apoiar o desenvolvimento de novos empreendimentos, cuja atividades
incorporem novas tecnologias; contribuir para o fortalecimento do mercado de capitais, por meio do
acréscimo de oferta de valores mobiliários e da democratização da propriedade do capital de empresas; e
administrar carteira de valores mobiliários, próprios e de terceiros.

O Governo Federal criou alguns fundos de investimento que são administrados pelo BNDES, tendo como
objetivo captação de recursos para apoiar projetos de investimento de longo prazo da economia. A seguir
farei uma breve descrição dos principais fundos do BNDES.

• O Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) está vinculado ao Ministério do Trabalho e Emprego, tendo
como objetivo custear o seguro desemprego e o abono salarial, assim como alguns programas de
desenvolvimento econômico por meio do BNDES.

• O Fundo para o Desenvolvimento Tecnológico das Telecomunicações (FUNTTEL) é um fundo de


natureza contábil, possuindo como objetivo fomentar o processo de inovação tecnológica, promover a
capacitação de recursos humanos, impulsionar a geração de empregos e gerar o acesso de pequenas e
médias empresas a recursos de capital, para que dessa forma a indústria brasileira de telecomunicações
se torne mais competitiva.

• O Fundo de Garantia à Exportação (FGE) possui como objetivo dar cobertura às garantias prestadas
pela União nas operações de Seguro de Crédito à Exportação. Esse seguro é importante uma vez que
protege as exportações brasileiras contra riscos comerciais, políticos e outros que podem prejudicar as
transações brasileiras com o exterior.

• O Fundo de Garantia para a Promoção da Competitividade (FGPC), possui como finalidade oferecer
garantia parcial de risco das instituições financeiras, identificado nas operações de crédito que utilizam
recursos de linhas de financiamento do BNDES.

Diante de todas essas informações, caro aluno, podemos perceber a grande importância que o BNDES
possui para o crescimento e modernização do nosso país, uma vez que ele está presente em diversos
segmentos da economia, promovendo o aumento da competitividade e o fortalecimento da economia
nacional.

No ano de 2016, o BNDES realizou 529 mil operações com micro, pequenas e médias
empresas (MPMEs), representando cerca de 96% do total de operações do banco.
Todos os segmentos apresentaram queda no volume de operações, com exceção do
segmento de médias-grandes empresas, que obteve crescimento de 10,9%. Para saber
mais sobre o Desempenho Econômico Financeiro do BNDES acesse:
< http://www.bndes.gov.br/wps/portal/site/home/relacoes-com-
investidores/demonstracoes-financeiras/demonstracoes-financeiras-BNDES >.

Fonte: BNDES ([2017], on-line)8

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ATIVIDADES
1.O PROEX é um programa de financiamento às exportações brasileiras de bens e serviços, cujo apoio é
voltado principalmente para as exportações das micro e pequenas empresas. Com base nessas
informações, analise as afirmativas a seguir sobre as vantagens do financiamento do PROEX:

I. Concessão de prazo para pagamento ao importador, com recebimento à vista pelo exportador.

II. Rapidez na aprovação do financiamento pelo Banco do Brasil.

III. Não há limite mínimo de valor ou de quantidade de mercadoria por operação ou embarque.

IV. A eventual desistência de operação aprovada no PROEX não gera ônus para o exportador.

É correto o que se afirma em:

a) I, apenas.

b) II e III, apenas,

c) III e IV, apenas.

d) I, III e IV, apenas.

e) I, II, III e IV.

2. A Caixa Econômica Federal está vinculada ao Ministério da Fazendo, possuindo diversas atribuições.
Com relação aos programas de governo e produtos oferecidos em agências ou correspondentes bancários
da CAIXA, assinale a alternativa correta:
a)O Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) oferece R$ 300 a R$ 15 mil de financiamento ao
cidadão que perdeu o emprego, possuindo prazo de pagamento de até doze meses.

b) O Penhor CAIXA é uma linha de crédito não renovável, destinados exclusivamente para pessoas
jurídicas, no valor de até 130% do bem oferecido em garantia, cujo pagamento pode ser parcelado pelo
prazo de até cento e oitenta dias.

c) As casas lotéricas podem atuar como correspondentes bancários de outras instituições financeiras no
país, mas a exploração dos serviços da Loteria Federal do Brasil é exclusiva da CAIXA.

d) O programa Minha Casa Minha Vida é uma iniciativa do governo federal que oferece condições
atrativas de financiamento de moradias para as famílias com renda mensal de até R$ 10 mil.

e) Nas cidades com população igual ou superior a 250 mil habitantes, são elegíveis a financiamento
imobiliário no âmbito do programa Minha Casa Minha Vida os imóveis com valor de avaliação de até R$
300 mil.

3. O BNDES teve um papel importante na aceleração do crescimento econômico do país, principalmente


nos 1970 na política de substituição de importação. Mediante essa informação é atribuição do BNDES:

a) Disponibilizar crédito de curto prazo aos consumidores, aumentando a demanda na economia.

b) Disponibilizar crédito ao setor imobiliário, grande absorvedor de mão de obra não qualificada.

c) Subsidiar o capital de giro do setor agrícola, criando empregos no campo.

d) Regular o crédito e a oferta monetária, controlando o processo inflacionário.

e)Fornecer crédito de longo prazo para investimento nos setores prioritários da economia,
principalmente industriais e de infraestrutura.

Resolução das atividades

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RESUMO
Prezado(a) aluno(a), durante este estudo, vimos um pouco sobre a história das instituições financeiras do
sistema operativo de mercado que estão ligadas diretamente ao estado.

Dessa forma, começamos discutindo a história do Banco do Brasil, bem como as suas principais
atribuições. Assim, vimos que esse banco foi criado em 1808 pelo príncipe D. João, tendo como objetivo
principal financiar a indústria manufatureira do Brasil. Essa instituição, até o ano de 1986 possuía função
de autoridade monetária. Atualmente esse banco possui um importante papel no desenvolvimento da
nossa economia, uma vez que uma das suas funções é a de executar as políticas creditícias e financeiras do
país.

Além disso, conhecemos a história da Caixa Econômica Federal e o objetivo da sua criação, que nessa
época possui um contexto mais social e político do que econômico. A função social da caixa tornou-a a
principal agente do Sistema Financeiro de Habitação, sendo capaz de financiar a casa própria de pessoas
de baixa renda. Esse banco é o agente exclusivo do FGTS, das Loterias Federais e das operações de
penhor. Vale ressaltar que tanto o Banco do Brasil como a Caixa Econômica Federal são também bancos
comerciais.

Finalmente, vimos a história do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), sendo
que descobrimos que na sua primeira fase ele investiu de forma bastante significativa em infraestrutura.
Atualmente, o BNDES é o principal financiador de médio e longo prazo das empresas. As operações de
financiamento que são feitas nesse banco, ocorrem por meio da intermediação dos bancos comerciais,
bancos de investimentos e sociedades financeiras. Observamos também as principais fontes de recursos
do BNDES.

Dessa forma, esperamos que com essas discussões tenha ficado claro a grande importância do sistema
operativo de mercado ligado ao Estado. Essas instituições contribuíram e continuam colaborando muito
para o desenvolvimento e crescimento da nossa economia.

Esperamos você para darmos continuidade nos estudos sobre o sistema financeiro operativo!

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Material Complementar

Leitura
Banco do Brasil dos meus tempos

Autor: Paulo Konder Bornhausen

Editora: Insular

Sinopse afinal, o meu objetivo é bem definido. E o de


:

retratar a minha passagem pelo honroso cargo para o qual


fui eleito e por isso achei de bom alvitre compilar discursos,
conferências, correspondências e alguns fatos que
registram os dois mandatos em que exerci funções na
diretoria da centenária instituição, já que, como registrei,
renunciei por motivos estritamente pessoais a um novo
mandato de quatro anos, fato inédito na história do Banco,
pelo menos até aquela data.
Filme
Trabalho Interno

Ano: 2010

Sinopse: a crise financeira mundial que aconteceu em


2008, causou a perda de milhões de empregos e casas e
mergulhou os Estados Unidos em uma profunda recessão
econômica. Matt Damon narra um documentário que
fornece uma análise detalhada dos elementos que levaram
ao colapso e identifica peças-chave do mundo financeiro e
político. O diretor Charles Ferguson realiza uma gama de
entrevistas e traça a história dos Estados Unidos para a
China, a Islândia e para outros mercados financeiros
mundiais.

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REFERÊNCIAS
ASSAF NETO, Alexandre. Mercado Financeiro 11. ed. São Paulo: Atlas, 2012.
.

BANCO DO BRASIL. Histórico da Instituição [2017]. Disponível em:


.

< http://www45.bb.com.br/docs/ri/ra2010/port/ra/02.htm#3 >. Acesso em: 20 abr. 2017.

BRASIL. Câmara dos Deputados. Decreto no 2.723 de 12 de Janeiro de 1861. Autorisa a creação de uma
,

Caixa Economica e um Monte de Soccorro nesta Côrte, e approva os respectivos Regulamentos.


Disponível em: < http://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/1824-1899/decreto-2723-12-janei-ro-
1861-556013-publicacaooriginal-75580-pe.html >. Acesso em: 3 ago. 2017.

_____. Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos. Lei no 1.628 de 20 de junho
,

de 1952. Dispõe sôbre a restituição dos adicionais criados pelo art. 3o da Lei no 1.474, de 26 de novembro
de 1951, e fixa a respectiva bonificação; autoriza a emissão de obrigações da Dívida Pública Federal; cria
o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico; abre crédito especial e dá outras providências.
Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/1950-1969/L1628.htm >. Acesso em: 3 ago.
2017.

FERNANDES, Antônio Alberto Grossi. O Sistema Financeiro Nacional Comentado instituições


:

supervisoras e operadoras do SFN & políticas econômicas, operações financeiras e administração de risco.
São Paulo: Saraiva, 2009.

REFERÊNCIAS ON-LINE
1Em: < http://www.planejamento.gov.br/assuntos/assuntos-
internacionais/publicacoes/manual_proex.pdf >. Acesso em: 20 abr. 2017.

2Em: < http://www45.bb.com.br/docs/ri/ra2015/pt/04.htm#rede_de_atendimento >. Acesso em: 20 abr.


2017.

3Em:
< http://www.centrocelsofurtado.org.br/arquivos/image/201111011244400.LivroCAIXA_T_0_167.pdf >.
Acesso em: 20 abr. 2017.

4Em: < http://www.caixa.gov.br/beneficios-trabalhador/fgts/Paginas/default.aspx >. Acesso em: 21 abr.


2017.

5Em: < http://www20.caixa.gov.br/Paginas/Noticias/Noticia/Default.aspx?newsID=3491 >. Acesso em: 21


abr. 2017.

6Em: < http://www.caixa.gov.br/sobre-a-caixa/informacoes-financeiras/Paginas/default.aspx >. Acesso


em: 21 abr 2017.

7Em: < http://www.bndes.gov.br/wps/portal/site/home/quem-somos/nossa-historia >. Acesso em: 22 abr.


2017.

8Em: < http://www.bndes.gov.br/wps/portal/site/home/relacoes-com-investidores/demonstra-coes-


financeiras/demonstracoes-financeiras-BNDES >. Acesso em: 23 abr. 2017.

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APROFUNDANDO
O BNDES assumiu controle acionário de diversas empresas nos anos de 1980, essas empresas
despendiam muito tempo e dinheiro do banco, dessa forma, no governo Sarney decidiu-se privatizar as
empresas cujo controle o BNDES havia assumido.

Quem assumiu o processo de privatizações foi a subsidiária BNDESPAR. A medida tomada para
privatização foi estratégica devido à grande crise econômica financeira que assolava o país. O BNDES já
havia depositado muito dinheiro em empresas que encontravam-se falidas, fazendo o banco ficar sem
recursos. Dessa forma, no final dos anos de 1980, treze empresas foram privatizadas, gerando mais de
500 milhões de dólares.

No início da década de 1990, durante o governo do presidente Collor, devido a experiência e grande
sucesso do BNDES nas vendas das empresas, o banco assumiu a gestão do Programa Nacional de
Desestatização (PND), criado pelo Governo Federal. No PND, as dívidas vencidas das empresas estatais,
que eram responsabilidade direta ou indireta do Tesouro Nacional, passaram a ser aceitas como forma de
pagamento.

O BNDES teve créditos securitizados de aproximadamente 1,7 bilhões de dólares. Esse valor era de uma
potencial inadimplência do setor siderúrgico com o BNDES. Com a securitização o Banco adquiriu
potencial recuperação de créditos, uma vez que poderia vendê-los para investidores que quisessem
comprar ações de empresas estatais. Nessa fase, os setores siderúrgico, petroquímico e de fertilizantes
foram as primeiras empresas a serem privatizadas. Porém, apenas 15 empresas foram privatizadas, e para
isso utilizou-se as chamadas moedas de privatização, que são títulos representativos da dívida pública.

As privatizações ocorridas nesse período foram extremamente importantes para o BNDES, uma vez que
sendo ele o principal órgão de financiamento de longo prazo do país, como consequência do grande
endividamento, principalmente do setor siderúrgico, os investimentos nesse setor foram paralisados.
Com as privatizações, o BNDES recuperou os créditos fornecidos e, dessa forma, pode voltar a apoiar o
setor siderúrgico do país.

No dia 29 de fevereiro de 1992, a Câmara dos Deputados aprovou, por 411 votos contra 31, o pedido de
impeachment do presidente da República Fernando Collor de Melo.

Com isso o vice-presidente Itamar Franco assumiu o comando do país, e suspendeu as privatizações em
andamento. Além disso, foi instalada uma comissão com a finalidade de investigar as ações do programa
de desestatização. Porém, no ano de 1993, o Programa de Desestatização foi reativado e no final do seu
governo, 17 empresas haviam sido privatizadas e a venda das empresas do setor siderúrgico concluída.
Por meio dessas privatizações o governo federal arrecadou cerca de 4,7 bilhões de dólares.

No ano de 1994, Fernando Henrique Cardoso (FHC) ganha as eleições presidências e assumindo o
mandato em 1995. O ex-presidente continuou com as privatizações iniciadas no governo Sarney. O
Programa Nacional de Desestatização era uma das prioridades do governo FHC, uma vez que era
considerado um instrumento estratégico para a reforma do Estado e para a redução da dívida pública.

Nessa fase, era esperada a mudança na execução dos serviços públicos explorados pela União para a
iniciativa privada.

Uma parte do setor de energia elétrica foi privatizada, além disso, iniciou-se o processo de privatização do
setor de telecomunicações. Para garantir o bom funcionamento dos setores privatizados, bem como a
qualidade dos serviços prestados, o governo criou agências reguladoras dos serviços de utilidade pública,
como Anatel de telecomunicações, Aneel de energia elétrica.

Além dos setores já mencionados, foram incluídos na lista de privatizações os setores de transporte
(rodovias, metrô e portos) e financeiro. Outro fato importante foram as privatizações no âmbito estadual,
com o auxílio do Governo Federal.

Foram vendidas 38 empresas, entre os anos de 1995 e 2002. A arrecadação total proveniente dos leilões
e das dívidas transferidas para as empresas somaram 27,8 bilhões de dólares. A quantidade de operações
realizadas pelo BNDES garantiu ao Brasil estar entre os maiores programas de privatizações do mundo.

As privatizações ocorridas ocasionaram grandes controvérsias, mas, como ponto positivo dessas
privatizações podemos citar as telecomunicações, uma vez que a privatização desse setor ajudou a
democratizar o acesso aos serviços de telefonia, até então restrito a uma pequena parcela da população.

Quadro 1: Resumo da quantidade de empresas privatizadas por governo

Fonte: adaptado de BNDES.


PARABÉNS!

Você aprofundou ainda mais seus estudos!

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EDITORIAL

DIREÇÃO UNICESUMAR

Reitor Wilson de Matos Silva

Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho

Pró-Reitor de Administração Wilson de Matos Silva Filho

Pró-Reitor Executivo de EAD William Victor Kendrick de Matos Silva

Pró-Reitor de Ensino de EAD Janes Fidélis Tomelin

Presidente da Mantenedora Cláudio Ferdinandi

C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ Núcleo de Educação


. a
Distância; REQUENA Lais Silva Santos.
,

Organização do Sistema Financeiro Nacional. Lais Silva Santos Requena.

Maringá-Pr.: UniCesumar, 2017.


23 p.

“Pós-graduação Universo - EaD”.

1. Organização financeira. 2. Sistema financeiro. 3. EaD. I. Título.

CDD - 22 ed. 352

CIP - NBR 12899 - AACR/2

Pró Reitoria de Ensino EAD Unicesumar

Diretoria de Design Educacional

Equipe Produção de Materiais

Fotos Shutterstock
:

NEAD - Núcleo de Educação a Distância

Av. Guedner, 1610, Bloco 4 - Jardim Aclimação - Cep 87050-900

Maringá - Paraná | unicesumar.edu.br | 0800 600 6360

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SISTEMA
OPERATIVO DE
MERCADO
PRIVADO
Professor (a) :

Me. Lais Silva Santos Requena

Objetivos de aprendizagem
• Conhecer as Instituições Financeiras Bancárias

• Entender o funcionamento das Sociedades Corretoras de Títulos e Valores Mobiliários (SCTVM) e das
Factorings

• Compreender o importante papel das Instituições Financeiras não bancárias para o desenvolvimento da
economia.
Plano de estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:

• Instituições Financeiras Bancárias

• As Sociedades Corretoras de Títulos e Valores Mobiliários e as Factorings

• Instituições Financeiras Não Bancárias

Introdução
Caro(a) aluno(a), neste estudo lhe será apresentado o Sistema Operativo de Mercado Privado. Como
sabemos, o sistema operativo são as instituições responsáveis por lidarem diretamente com o público, no
papel de intermediário financeiro. Sendo assim, são os bancos, as administradoras de consórcios, a bolsa
de valores, cooperativas de crédito, corretoras e distribuidoras entre tantas outras.

Daremos início ao nosso estudo tratando das Instituições Financeiras Bancárias, que são aquelas
instituições autorizadas a captar recursos junto ao público sob a forma de depósitos à vista. Dessa forma
abordaremos duas instituições específicas: os bancos comerciais e os bancos múltiplos. Os bancos
comerciais são instituições financeiras privadas ou públicas, cujo principal objetivo é suprir os recursos
para financiar tanto as pessoas jurídicas como físicas. Já os bancos múltiplos são os principais
intermediadores financeiros, dizemos que são múltiplos por possuírem de forma obrigatória pelo menos
duas carteiras, sendo que uma delas deve ser comercial ou de investimento.

Iremos tratar também, das Sociedades Corretoras de Títulos e Valores Mobiliários (SCTVM) e das
Factorings. As SCTVM atuam como intermediadores entre quem quer comprar e quem deseja vender
títulos e valores mobiliários. Já as factorings, são empresas que prestam dois tipos de serviços, sendo o
primeiro assessoria a pequenas e médias empresas e o segundo trocas de duplicatas a receber. Ambas as
instituições são extremamente importantes para o bom funcionamento da economia.

Por fim, abordaremos as instituições financeiras não bancárias que são aquelas instituições que não estão
autorizadas a captar recursos sob a forma de depósitos a vista, como as Sociedades de Crédito,
Financiamento e Investimento (SCFI). Também conhecidas como financeiras, sendo essas instituições
privadas, que ofertam crédito e empréstimos para a compra de bens, serviços ou capital de giro. E as
cooperativas de crédito, que possuem como objetivo prestar serviços exclusivamente aos seus
associados.

Por meio desse encontro, você, caro(a) aluno(a), irá conhecer a história e evolução dessas instituições e
será capaz de compreender a importância delas para o desenvolvimento de toda a sociedade.

Ótima leitura!

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Instituições Financeiras
Bancárias

Bancos Comerciais
Os bancos comerciais foram criados para atender as necessidades dos negociantes de moedas
estrangeiras (conhecidos como banqueiros), que se viram forçados a preservar os seus rendimentos de
maneira mais segura. O primeiro banco de depósitos surgiu na Itália mais especificamente em Veneza, no
século XII, e no século XVII, iniciou-se às atividades dos bancos comerciais, que durante muito tempo
possuíam o monopólio de emissão de moeda, atualmente emitidas pelo Estado.

De acordo com a Resolução CMN 2.099 de 1994 do Banco Central do Brasil:

Os bancos comerciais são instituições financeiras privadas ou públicas que têm como
objetivo principal proporcionar suprimento de recursos necessários para financiar, a
curto e a médio prazos, o comércio, a indústria, as empresas prestadoras de serviços, às
pessoas físicas e terceiros em geral. A captação de depósitos à vista, livremente
movimentáveis, é atividade típica do banco comercial, o qual pode também captar
depósitos a prazo. Deve ser constituído sob a forma de sociedade anônima e na sua
denominação social deve constar a expressão “Banco” (BACEN, 1994, on-line).
Dessa forma podemos dizer que a maior característica dos bancos comerciais é a sua capacidade de criar
moeda, a qual é determinada mediante os depósitos a vista concebidos no mercado.

Todos os dias são realizados uma série de operações no setor bancário comercial
(bancos comerciais), como pagamentos, saques, depósitos. Dependendo do tipo de
operação que é realizada a criação ou destruição de moeda. Quando um indivíduo faz
um depósito em um banco comercial parte desse recurso pode ser aplicada sob a forma
de empréstimo. Dessa forma a instituição troca um passivo por um direito, criando
moeda. Para saber mais sobre o processo de criação e destruição de moeda leia o
Capítulo 1 do livro Mercado Financeiro do autor Alexandre Assaf Neto.

Fonte: a autora.

A partir de 1994, houve um grande número de Fusões e Aquisições (F&A) entre os bancos comerciais. De
acordo com Almeida (1999), alguns eventos no sistema financeiro nacional já a partir da década de 1980
levaram ao crescimento da quantidade de F&A’s a partir de 1994. Assim, podemos destacar o choque
heterodoxo que foi causado pelo Plano Cruzado em 1986; a reforma bancária de 1988, que possibilitou a
formação de bancos múltiplos; Plano Collor de 1990, em que a liquidez do país foi afetada por meio do
confisco dos recursos em contas correntes, investimentos, poupança, FGTS entre outras; o Plano Real em
1994 possibilitou o controle da inflação, exigindo maior eficiência dos bancos.

Com a nova realidade do nosso país, por meio da implantação do Plano Real, os bancos que não possuíam
economias de escala ou que não conseguiram sobreviver sem o imposto inflacionário foram comprados ou
extintos e, dependia de cada instituição compradora decidir se os bancos seriam absorvidos, fundidos ou
fechados. O Governo era o grande incentivador das F&A’s. Entre 1994 e 2003 houve uma redução de 33%
no número de instituições financeiras.

As principais atividades realizadas pelos bancos comerciais estão ligadas a prestação de serviços
(pagamentos de cheques, transferências, recebimentos de impostos, cobranças diversas entre outros).
Além disso, eles atuam na concessão de crédito por meio do desconto de títulos, crédito pessoal, crédito
rural, cheques especiais etc. Grande parte dos recursos dessas instituições originam-se dos depósitos a
vista e a prazo, operações de redesconto bancário e assistência financeira e operações de câmbio.

Os bancos comerciais são classificados de acordo com o volume de negócios em bancos de varejo ou
bancos de negócios. De acordo com Assaf Neto (2012), os bancos de varejo operam sob uma mesma
denominação social com inúmeras modalidades e tipos de produtos financeiros, ajudando a abranger um
grande número de clientes. Os depósitos a prazo e a vista são as principais fontes de recursos desses
bancos.

Já os bancos de negócios, segundo Assaf Neto (2012), estão mais ligados a operações financeiras de maior
porte e complexidade, e por isso, trabalham com uma quantidade reduzida de clientes, porém, com poder
aquisitivo maior. Esses bancos atuam com uma rede menor de agências, buscando assim, tratamento
diferenciado para os seus clientes.
Os bancos comerciais são de fundamental importância para a economia. E com clientes cada vez mais
exigentes, estão buscando sempre evoluir na sua estrutura de funcionamento. Por meio da criação de
novas formas de atendimento, como por exemplo internet bank, que facilitam a vida agitada das pessoas.

Bancos Múltiplos
Os bancos múltiplos surgiram com a edição da Resolução 1.524 de 21 de setembro de 1988. De acordo
com a Resolução CMN 2.099, de 1994:

Os bancos múltiplos são instituições financeiras privadas ou públicas que realizam as


operações ativas, passivas e acessórias das diversas instituições financeiras, por
intermédio das seguintes carteiras: comercial, de investimento e/ou de
desenvolvimento, de crédito imobiliário, de arrendamento mercantil e de crédito,
financiamento e investimento. Essas operações estão sujeitas às mesmas normas legais
e regulamentares aplicáveis às instituições singulares correspondentes às suas
carteiras. A carteira de desenvolvimento somente poderá ser operada por banco
público. O banco múltiplo deve ser constituído com, no mínimo, duas carteiras, sendo
uma delas, obrigatoriamente, comercial ou de investimento, e ser organizado sob a
forma de sociedade anônima. As instituições com carteira comercial podem captar
depósitos à vista. Na sua denominação social deve constar a expressão “Banco”
(BACEN, 1994, on-line).

Os cinco maiores bancos múltiplos do Brasil em quantidade de ativos e agência são o


Banco do Brasil, Banco Itaú, Caixa Econômica Federal, Bradesco e Santander. O Estado
que concentra a maior quantidade de agências bancárias é São Paulo com 7.116
agências até fevereiro de 2016.

Fonte: FEBRABAN (2017, on-line)1 .

A criação desses bancos é consequência da grande evolução dos bancos comerciais e do crescimento do
mercado. Por meio da criação dos bancos múltiplos, os bancos comerciais foram favorecidos, por meio da
redução dos prazos de contratação resultante da aceleração da inflação. Além disso, a concepção desses
bancos, de acordo com Fernandes (2009), facilitou o controle das Instituições Financeiras que operavam
sob a mesma bandeira em várias pessoas jurídicas.

A separação formal existente nas atividades bancárias da época acabava estabelecendo algumas
limitações ao funcionamento do setor financeiro. Nesse período era comum verificar uma grande
disponibilidade de recursos em algumas instituições e déficits em outros que pertenciam ao mesmo
grupo, que acabava gerando custos que seriam evitados se os repasses entre as empresas fossem
autorizados.
Assim, o perfil dos bancos múltiplos surgiu de maneira natural. No princípio, o mercado empregou de
forma natural o conjunto de operações financeiras, agregando- -as ao redor de uma única unidade
decisória. As autoridades monetárias reconheceram essa estrutura e, assim, regulamentaram o
funcionamento dos bancos múltiplos.

Atualmente a maioria das instituições financeiras existentes no Brasil estão organizadas sob a
configuração de banco múltiplo atendendo as mais variadas obrigações de intermediação financeira.
Esses bancos possuem grande importante para o desenvolvimento econômico do país, auxiliando de
forma indireta o banco central na oferta de moeda, além de estimular a economia gerando oportunidades
de concessão de crédito às pessoas físicas e jurídicas que precisam de recursos.

A principal diferença existente entre os Bancos Comerciais e os Bancos Múltiplos está


no fato dos bancos múltiplos precisarem atuar com pelo menos duas carteiras (Banco
Comercial, Investimento e Desenvolvimento, Sociedade de Crédito, financiamento e
investimento), e o banco comercial atua com apenas uma.

Fonte: a autora.
As Sociedades Corretoras de
Títulos e Valores Mobiliários e as
Factorings

Sociedades Corretoras de Títulos e Valores


Mobiliários
As Sociedades Corretoras de Títulos e Valores Mobiliários (SCTVM) foi regulamentada pela Lei nº 4.728,
de 14 de Julho de 1965. São instituições constituídas sob a forma de Sociedade Anônima ou sociedade
por quotas de responsabilidade limitada, cuja autorização para o funcionamento é expedida pelo Banco
Central do Brasil. Essas instituições fazem parte do Sistema Financeiro Nacional, e atuam na
intermediação de Títulos e Valores Mobiliários, nos mercados Financeiros e de Capitais.

As SCTVM promovem a aproximação entre os compradores de títulos e valores mobiliários, e dessa forma
possibilitam a negociação de forma adequada por meio das operações realizadas nas Bolsas de Valores no
chamado mercado de balcão.

Por serem instituições auxiliares do Sistema Financeiro Nacional, possuem como objetivo intermediar as
operações com títulos e valores mobiliários, como por exemplo: papéis de renda fixa, ações, debêntures,
certificados de incentivos fiscais. Além disso, atuam no mercado de Commodities na compra e venda de
,

Ouro e intermediação em Bolsa de Mercadorias.

Entre outros direitos que lhe competem, segundo o Banco Central do Brasil, as sociedades corretoras
podem:

• Promover ou participar de lançamentos públicos de ações.

• Administrar e custodiar carteiras de títulos e valores mobiliários.

• Organizar e administrar fundos e clubes de investimento.

• Efetuar operações de intermediação de títulos e valores mobiliários, por conta própria e de terceiros.
• Efetuar operações de compra e venda de metais preciosos, por conta própria e de terceiros.

• Operar em bolsas de mercadorias e futuros, por conta própria e de terceiros.

• Operar como intermediadora, na compra e venda de moedas estrangeiras, por conta própria e ordem de
terceiros (operações de câmbio).

• Prestar serviços de assessoria técnica em operações inerentes ao mercado financeiro.

Dessa forma, as Sociedades Corretoras de Títulos e Valores Mobiliários, são muito importantes para o
bom funcionamento das bolsas de valores, uma vez que atuam como intermediadoras entre os
compradores e vendedores de títulos e valores mobiliários.

Até o início de março de 2009, as Sociedades Distribuidoras de Títulos e Valores


Mobiliários não estavam autorizadas a operar em bolsas de valores, e quando
operavam, faziam por intermédio da uma Corretora de Valores. Entretanto, com a
Decisão Conjunta 17/2009, eliminou-se a principal diferença entre as corretoras e
distribuidoras e hoje elas podem realizar praticamente as mesmas operações.

Fonte: Banco Central do Brasil ([2017], on-line)2 .

Factoring
A origem do factor é muito antiga, surgiu no Império Romano, e foi reaproveitada já no século XVIII. Nessa
época o factor representava os interesses da Inglaterra na colonização da América, que eram desenvolver
a economia local da colônia, dando prioridade a indústria têxtil e o comércio doméstico. O factor nada
mais era do que um agente comercial cujo objetivo era cuidar da logística, recepção, guardar e armazenar
as matérias-primas e os produtos provenientes da metrópole.

O factoring é uma atividade comercial que auxilia no desenvolvimento dos negócios de pequenas e médias
empresas, desde a prestação de serviços até a compra de ativos financeiros. Sendo assim, é um processo
de fomento mercantil, no qual a empresa incentivada vende os seus créditos, que são gerados por meio
das vendas a prazo, para uma empresa de factoring .

Por meio dessa operação, a empresa fomentada recebe de forma imediata o valor desses créditos futuros
e, assim, garante o poder de negociação com os seus fornecedores e consegue evitar a descapitalização.

Dessa forma, o factoring envolve três partes: o factor que faz a intermediação e responsabiliza-se pela
,

cobrança dos devedores e adianta os recebimentos do aderente; o aderente é uma empresa que oferta os
seus créditos ao factor; e os devedores que são os que adquirem o crédito, do aderente, que são
responsáveis pelo pagamento do crédito em dívida, por meio do contrato de factoring .
O factoring movimenta atualmente 1,3 trilhões de euros no mundo, sendo que 61%
desse total encontram-se na Comunidade Europeia. Essa atividade assume em todos os
continentes um papel importante. Sendo que o mercado que mais cresce são os dos
países asiáticos, com destaque para a China. Para saber mais sobre o crescimento do
factoring no mundo acesse: < http://www.anfac.com.br/jsp/revista/index75.jsp >.

Fonte: ANFAC ([2017], on-line)3

As principais vantagens de um factoring de acordo com a Associação Nacional das Empresas de Fomento
Comercial (ANFAC) são:

• Obtenção de fonte legal de recursos, com disponibilidade imediata de dinheiro.

• Recebimento à vista das vendas a prazo, favorecendo o fluxo de caixa para estimular os negócios.

• Poder de barganha com fornecedores por meio do pagamento à vista pela matéria-prima.

• Assessoria administrativa, melhoramento das estruturas financeiras, simplificação contábil, diminuição


de custos operacionais.

• Aumento da estabilidade empresarial – o factoring assume o risco da impontualidade dos clientes.

• Análise de riscos na concessão de crédito a clientes, propiciando o aumento de limite aos melhores
sacados, melhorando as vendas.

• Cobrança dos títulos, diminuindo o endividamento das empresas com clientes inadimplentes.

Os factoring são muito importantes uma vez que agregam valores a economia, por meio da circulação e
geração de riquezas e de bens. Além disso, a parceria das pequenas e médias empresas com uma factoring
é positiva, uma vez que esse negócio pode trazer grandes benefícios ao empresário.

O factoring não é banco. A empresa de Factorin g não pode fazer captação de recursos
de terceiros, nem intermediar para emprestar estes recursos, como os bancos. Além
disso, o Factoring não desconta títulos e não faz financiamentos. E a sua clientela é
exclusivamente de pessoas jurídicas.

Fonte: a autora.
Instituições Financeiras Não
Bancárias

Sociedades de Crédito, Financiamento e Investimento


As Sociedades de Crédito, Financiamento e Investimento (SCFI) conhecidas como financeiras, foram
regulamentadas em 30 de novembro de 1959, pela Portaria nº 309. As financeiras são instituições
privadas que oferecem empréstimos e financiamento para compra de bens, serviços e capital de giro.

Empréstimo é diferente de financiamento, nos empréstimos o dinheiro recebido não


possui destinação obrigatória, já no financiamento o dinheiro recebido está vinculado à
aquisição de determinado bem ou serviço.

Fonte: BACEN ([2017], on-line)4 .

O que é sociedade de crédito, financiamento e investimento? Disponível em:


< http://www.bcb.gov.br/pre/composicao/financeiras.asp >. Acesso em: 01 mai. 2017.

A maior parte dos recursos que possuem são destinados ao financiamento de bens duráveis às pessoas
físicas por meio do crédito direto ao consumidor. Além disso, as financeiras podem efetuar os repasses de
recursos governamentais, financiar profissionais autônomos e conceder crédito pessoal.
A principal fonte de recursos das SCFI baseia-se em dispor de letras de câmbio no mercado. De acordo
com Assaf Neto (2012), essas letras são expedidas pelo devedor do contrato e aceitas pela instituição
financeira. Os investidores ao comprarem esses papéis, possuem duas garantias: do emissor e da
financeira, que aceitou a letra de câmbio.

Outra maneira de atuação das sociedades financeiras é o crédito com interveniência. Nessa categoria a
instituição compra os créditos comerciais de uma loja. Como a SCFI é o credor do contrato de crédito
firmado, a empresa comercial emite as letras de câmbio correspondentes e a financeira as aprovam. O
crédito é disponibilizado à loja livre dos encargos financeiros cobrados, que são repassados ao cliente no
preço de venda cobrado das mercadorias.

Quando há a interveniência, segundo Assaf Neto (2012), a financeira irá trabalhar com a garantia do
estabelecimento comercial, que vendeu as mercadorias, e do cliente comprador, da qual a atuação na
operação ocorre por meio de um contrato de adesão assinado na ocasião da compra. Além de possuírem
essas garantias, existe ainda a alienação fiduciária dos bens negociados.

De acordo com o Banco Central do Brasil, as sociedades financeiras podem ser classificadas como:

• Independentes, quando atuam sem nenhuma vinculação com outras instituições do mercado financeiro.

• Ligadas a conglomerados financeiros.

• Ligadas a grandes estabelecimentos comerciais.

• Ligadas a grandes grupos industriais, como por exemplos, as montadoras de veículos.

As sociedades de crédito, financiamento e investimento possui um importante papel na dinamização do


processo de desenvolvimento econômico do país, uma vez que facilita a aquisição principalmente de bens
duráveis, ajudando, assim, a movimentar a economia.

As empresas promotoras de vendas não são instituições financeiras. Elas destinam-se


exclusivamente em cadastrar clientes para as operações de financiamento, por meio
dos postos avançados de atendimento, recebendo uma comissão por esses serviços.

Fonte: Assaf Neto (2012).

Cooperativas de Crédito
As cooperativas de crédito são instituições financeiras constituída pela junção de pessoas para prestar
serviços financeiros de maneira exclusiva para os seus associados. Os cooperados ao mesmo tempo em
que são donos são também usuários da cooperativa. Os principais serviços disponíveis nessas instituições
são, conta corrente, aplicações financeiras, cartão de crédito, empréstimos e financiamentos. Todos os
cooperados possuem direito a voto. Cabe ressaltar que as cooperativas não visam lucros, assim, os
direitos e deveres são iguais para todos e a participação é livre e voluntária.
A primeira cooperativa de crédito do mundo surgiu em 1864 na Alemanha, sendo tipicamente rural. As
principais características dessa instituição era a responsabilidade ilimitada e solidária dos associados, a
singularidade de votos dos sócios, independente do número de cotas, a área de atuação restrita, a
ausência de capital social e não-distribuição de sobras excedentes ou dividendos.

No Brasil a primeira cooperativa de crédito foi constituída no ano de 1902, por meio da iniciativa do Padre
Theodor Amstad, que em conjunto com mais 19 pessoas fundou a primeira cooperativa de crédito da
América Latina. Já nos primeiros anos, as cooperativas se espalharam pelo Rio Grande do Sul e pelo resto
do Brasil.

Por meio da Lei nº 4.595, de 31 de dezembro de 1964, as cooperativas de crédito tornam-se semelhantes
às demais instituições financeiras. Além disso, por meio do art. 55 desta Lei, as atribuições sobre
autorização de funcionamento e fiscalização de cooperativas de crédito de qualquer tipo, antes realizadas
pelo Ministério da Agricultura passou a ser executada pelo Banco Central do Brasil.

Os recursos das cooperativas são captados por meio dos associados, por meio de depósitos a vista e a
prazo; empréstimos; repasses e refinanciamentos de outras instituições financeiras. Além disso, essas
instituições podem receber doações. A oferta de crédito pode ser realizada por meio de empréstimos,
descontos de títulos e financiamentos.

De acordo com a Lei nº 5.764 de 16 de dezembro de 1971 as cooperativas de crédito podem ser
classificadas em três categorias:

• Cooperativas Singulares: são constituídas de no mínimo 20 pessoas físicas, e possui como característica
as operações de crédito e serviços prestados diretamente aos seus cooperados.

• Cooperativas Centrais ou federações de cooperativas: são formadas por cooperativas de crédito


singulares, possuindo como objetivo prestar serviços a esses membros associados, incentivar a prestação
de serviço recíprocos entre os filiados, e oferecer orientações de suas atividades.

• Confederações de cooperativas: são compostas pelas cooperativas centrais, visando orientar e


assessorar as diversas atividades de suas filiais.

As cooperativas de crédito, mesmo sendo uma instituição financeira, possuem algumas características
que a diferencia das demais instituições como: não estão sujeitas a falência; oferecem condições mais
vantajosas nos seus empréstimos; melhores condições para aplicações financeiras; cobrança de menores
taxas de serviços; os depósitos a vista são captados dos seus associados e por isso não estão sujeitos a
recolhimentos compulsórios no Banco Central do Brasil.

De acordo com Assaf Neto (2012), apesar das cooperativas de crédito possuírem capacidade para a
criação de moeda escritural por meio dos depósitos a vista, essa instituição é reconhecida como não
bancária. As diferentes características, já mencionadas, das cooperativas e a sua limitação em captar
depósito à vista apenas de seus associados, fundamentam esta classificação.

As cooperativas de crédito são importantes, pois, incentivam o desenvolvimento econômico e social do


nosso país. Uma vez que utilizam os seus ativos para financiar os próprios associados, dessa forma os
recursos são mantidos nas comunidades onde eles foram gerados.
Atualmente as cooperativas de crédito do Brasil representam 18% da rede de
atendimento das cooperativas do Brasil. Além disso, essas instituições somadas
ocupam a 6º posição no ranking do volume de ativos, depósitos e empréstimos, dessa
forma, são as maiores instituições de varejo do país.

Fonte: Portal do Cooperativismo Financeiro ([2017], on-line)5

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ATIVIDADES
1. O Sistema Financeiro Nacional é composto por diversas instituições, sendo que as principais são os
bancos múltiplos e bancos comerciais, uma vez que oferecem uma grande quantidade de serviços
bancários. Essas instituições assemelham-se em alguns pontos e diferenciam-se em outros. Mediante
essas informações assinale a afirmativa correta quanto a diferença existente entre esses bancos:

a)Os bancos múltiplos precisam atuar com pelo menos duas carteiras (Banco Comercial, Investimento e
Desenvolvimento, Sociedade de Crédito, financiamento e investimento), e o banco comercial atua com
apenas uma.

b)Os bancos comerciais é a única instituição que pode conceder financiamento de longo prazo para
pessoas físicas e jurídicas.

c) A carteira de desenvolvimento pode ser operada por banco múltiplo ou por um comercial.

d) Os bancos múltiplos podem captar depósitos à vista, já os bancos comerciais não são autorizados a
captar esse tipo de depósito.

e) Os bancos múltiplos podem realizar empréstimos de curto e médio prazo para pessoa física e jurídica e
os bancos comerciais podem realizar apenas empréstimos de curto prazo para pessoa jurídica.

2.As sociedades corretoras de títulos e valores mobiliários são instituições constituídas sob a forma de
Sociedade Anônima ou sociedade por quotas de responsabilidade limitada, cuja autorização para o
funcionamento é expedida pelo Banco Central do Brasil. Mediante essas informações assinale a
alternativa que apresenta o principal objetivo dessa instituição:
a) Assessorar administrativamente as instituições ligadas às sociedades corretoras

de títulos e valores mobiliários.

b) Regular o mercado de corretoras de valores.

c) Assegurar o funcionamento de maneira eficiente do mercado de Bolsa de Valores.

d) Aprovar as emissões de títulos e valores mobiliários no mercado.

e) Estimular a formação de poupança e sua aplicação em valores mobiliários.

3. As cooperativas de crédito são instituições financeiras constituída pela junção de pessoas para prestar
serviços financeiros e suas operações devem ser reguladas e autorizadas pelo Banco Central do Brasil.
Sobre as cooperativas de crédito assinale a alternativa que apresenta o principal objetivo dessa
instituição:

a) Cooperar para o desenvolvimento econômico de uma determinada região, associada ao sistema


financeiro nacional.

b) Intermediar entre a oferta e a procura de recursos financeiros.

c) Oferecer uma grande quantidade de produtos e serviços aos seus associados.

d) Apoiar os associados que contribuam para o desenvolvimento social do país.

e)Prestar assistência de crédito e realizar serviços bancários com condições mais favoráveis para seus
associados.

Resolução das atividades

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RESUMO
Prezado(a) aluno(a), durante este estudo pudemos aprender sobre as instituições que compõem o
Sistema Operativo de Mercado Privado, ou seja, aquelas instituições que não estão ligadas diretamente
ao estado.

Assim, começamos os nossos estudos discutindo sobre as instituições financeiras bancárias, tratando dos
bancos comerciais e dos bancos múltiplos. Assim, vimos que o primeiro banco comercial do mundo surgiu
no século XII em Veneza. No Brasil os bancos foram regulamentados em 1994 por meio da Resolução
CMN 2.099, possuindo como principal característica a sua capacidade de criar moeda. Vimos que os
bancos múltiplos no Brasil foram regulamentado no mesmo período dos bancos comerciais, sendo que a
sua criação está relacionada com a evolução dos bancos comerciais. Esses bancos são muito importantes,
uma vez que estimulam a economia por meio de todos os seus serviços disponíveis.

Além disso, conhecemos a história das Sociedades Corretoras de Títulos e Valores Mobiliários (SCTVM) e
das Factorings Dessa forma, as SCTVM, possuem como função principal aproximar as pessoas que
.

desejam vender daquelas que querem comprar títulos e valores mobiliários, possibilitando a negociação
de forma adequada nas operações realizadas na bolsa de valores, sendo muito importante para o seu
funcionamento. Já as factorings surgiram no império Romano, sendo uma atividade comercial que auxilia
,

nos negócios das pequenas e médias empresas. Essas instituições são importantes, uma vez que
conseguem agregar valor na economia.

Por fim, conhecemos duas instituições financeiras não bancárias, que são aquelas que possuem
capacidade de criar moedas na economia, uma vez que não podem receber depósitos à vista. Assim,
começamos com as Sociedades de Crédito, Financiamento e Investimento (SCFI), também conhecidas
como financeiras, sendo instituições que ofertam empréstimos e financiamento para compra de bens,
serviços e também capital de giro. As financeiras facilitam a aquisição de bens, principalmente duráveis,
possibilitando dessa forma, a movimentação da economia. As cooperativas de crédito por sua vez, são
constituídas por pessoas que prestam serviço de maneira exclusiva para os seus associados. Os
cooperados ao mesmo tempo em que são donos são também usuários da cooperativa. As cooperativas são
importantes, pois, incentivam o desenvolvimento econômico e social do nosso país.

Por meio desse estudo sobre o Sistema Operativo de Mercado Privado, esperamos que tenha ficado claro
a grande importância desse sistema para o funcionamento e desenvolvimento da economia, uma vez que
sem eles muitos produtos financeiros que utilizamos no nosso dia a dia, como por exemplo o cartão de
crédito ou débito, não existiria.

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Material Complementar

Leitura
Manual de Gestão das Cooperativas. Uma Abordagem
Prática

Autor: Djalma de Pinho Rebouças de Oliveira

Editora: Atlas

Sinopse o segmento da economia representado pelas


:

cooperativas é um dos que mais têm crescido no mundo e


no Brasil. Entretanto, esse crescimento pode estar, em
alguns casos, sendo realizado de forma não sustentada,
consolidando uma situação problemática para o sistema
cooperativista brasileiro. Essa sustentação pode estar
baseada na análise e conhecimento dos negócios das
cooperativas, na evolução de seus mercados, na
capacitação profissional de seus executivos funcionários,
mas também - e principalmente - nos modelos de gestão
aplicados pelas cooperativas, quer seja ou não de forma
explícita e estruturada. É nessa questão do modelo de
gestão das cooperativas que este livro apresenta uma
contribuição - que pode ser maior ou menor, dependendo
da situação de absorção pela cooperativa - para que o
sistema cooperativista possa consolidar-se, inclusive, como
um negócio de sucesso.

Filme
A Grande Aposta

Ano: 2016

Sinopse: Michael Burry (Christian Bale) é o dono de uma


empresa de médio porte, que decide investir muito
dinheiro do fundo que coordena ao apostar que o sistema
imobiliário nos Estados Unidos irá quebrar em breve. Tal
decisão gera complicações junto aos investidores, já que
nunca antes alguém havia apostado contra o sistema e
levado vantagem. Ao saber destes investimentos, o
corretor Jared Vennett (Ryan Gosling) percebe a
oportunidade e passa a oferecê-la a seus clientes. Um deles
é Mark Baum (Steve Carell), o dono de uma corretora que
enfrenta problemas pessoais desde que seu irmão se
suicidou. Paralelamente, dois iniciantes na Bolsa de Valores
percebem que podem ganhar muito dinheiro ao apostar na
crise imobiliária e, para tanto, pedem ajuda a um guru de
Wall Street, Ben Rickert (Brad Pitt), que vive recluso.

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REFERÊNCIAS
ALMEIDA, A. F. Análise das estratégias competitivas de quatro bancos sobre diferentes enfoques
teóricos. In: ENCONTRO DA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE PÓS GRADUAÇÃO E PESQUISA EM
ADMINISTRAÇÃO, 1999, Foz do Iguaçu, PR. Anais ...Rio de Janeiro: ANPAD, 1999.

ASSAF NETO, Alexandre. Mercado Financeiro 11. ed. São Paulo: Atlas, 2012.
.

BACEN. Resolução no 2.099 de 17 de agosto de 1994. Aprova regulamentos que dispõem sobre as
,

condições relativamente ao acesso ao Sistema Financeiro Nacional, aos valores mínimos de capital e
patrimônio líquido ajustado, à instalação de dependências e à obrigatoriedade da manutenção de
patrimônio líquido ajustado em valor compatível com o grau de risco das operações ativas das instituições
financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central. Disponível em:
< https://www.bcb.gov.br/pre/normativos/busca/downloadNormativo.asp?arqui-
vo=/Lists/Normativos/Attachments/43270/Res_2099_v1_O.pdf >. Acesso em: 01 abr. 2017.

BACEN. Resolução no 1.524 de 21 de setembro 1988. Disponível em:


,

< http://www.bcb.gov.br/pre/normativos/res/1988/pdf/res_1524_v8_P.pdf >. Acesso em: 01 abr. 2017.

BRASIL. Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos. Lei n°4.728 de 14 de
,

julho de 1965. Disciplina o mercado de capitais e estabelece medidas para o seu desenvolvimento.
Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L4728.htm >. Acesso em: 4 ago. 2017.

_____. Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos. Lei no 5.764 de 16 de
,

dezembro de 1971. Dispõe sobre as Cooperativas de Crédito. Disponível em:


< http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L5764.htm >. Acesso em: 2 abr. 2017.

_____. Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos. Lei no 4.59 5, de 31 de
dezembro de 1964. Dispõe sobre a Política e as Instituições Monetárias, Bancárias e Creditícias, Cria o
Conselho Monetário Nacional e dá outras providências. Disponível em: < http://www.pla-
nalto.gov.br/ccivil_03/leis/L4595.htm >. Acesso em: 20 mar. 2017.

FERNANDES, Antônio Alberto Grossi. O Sistema Financeiro Nacional Comentado instituições :

supervisoras e operadoras do SFN & políticas econômicas, operações financeiras e administração de risco.
São Paulo: Saraiva, 2009.

REFERÊNCIAS ON-LINE

1Em: < https://cmsportal.febraban.org.br/Arquivos/documentos/PDF/Painel_VP_FINAL.pdf > Acesso em:


29 de abril de 2017.

2Em: < http://www.bcb.gov.br/pre/composicao/corretoras_distribuidoras.asp >. Acesso em: 30 abr. 2017.

3Em: < http://www.anfac.com.br/jsp/revista/index75.jsp >. Acesso em: 30 abr. 2017.

4Em: < http://www.bcb.gov.br/pre/composicao/financeiras.asp >. Acesso em: 1 mai. 2017.

5Em: < http://cooperativismodecredito.coop.br/cenario-mundial/cenario-brasileiro/ >. Acesso em: 2 mai.


2017.

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APROFUNDANDO
As bolsas de valores são sociedades anônimas ou associações civis, cujo objetivo é manter o local ou
sistema adequado ao encontro de seus membros e à realização de transações entre eles, o mesmo é
fiscalizado pela Comissão de Valores Mobiliários, porém possui autonomia financeira, patrimonial e
administrativa (Resolução CMN 2.690, de 2000).

Sendo assim, a bolsa de valores é o local em que são realizados negócios envolvendo ações, títulos de
renda fixa, títulos públicos federais, moedas, commodities agropecuárias e outros tipos de derivativos
financeiros. Resumindo, se você possui uma ação e decide vendê-la e outro investidor tem interesse em
comprá-la, a bolsa de valores é o local do encontro entre vocês.

As negociações relacionadas com Bolsas de Valores é muito antiga, data-se do século XV na Idade Média.
Nessa época eram realizadas operações com metais preciosos, metais e letras de câmbio. Essa
comercialização era realizada no meio das ruas, se assemelhando muito com qualquer outro produto
vendido na época. O volume financeiro negociado era muito pequeno, uma vez que naquele período havia
falta de crédito e de capital.

A primeira bolsa de valores da história surgiu na Bélgica, mais especificamente na cidade de Burges em
1847.

Conta-se que existia uma família de banqueiros, os Van der Burse, que se reuniam na sua casa com alguns
comerciantes, com o objetivo de realizar trocar pertinentes a seus negócios. O nome “bolsa” refere-se ao
brasão da família o qual era constituído por um desenho de três bolsas.

Entretanto, a primeira ação que se tem registro comercializada em uma bolsa de valores foi da Companhia
Holandesa das Índias Orientais, negociada em 1602, na bolsa de Amsterdã.
No Brasil, a primeira bolsa de valores foi instalada na cidade do Rio de Janeiro em 1845. Já no estado de
São Paulo a bolsa foi fundada apenas 45 anos depois em 1890, por Emílio Pestana.

No ano de 1894, foi aprovada em São Paulo, a primeira tabela de corretagem, por meio da ação do
governo estadual. Essa ação possibilitou a criação dos primeiros cargos de corretores de fundos públicos.
Três anos depois, em 1897, o Governo desse estado instituiu a Bolsa Oficial de Títulos de São Paulo.

O Decreto nº 2.475 de 1897, implantou a lei que regulamentava a Bolsa e as corretoras, porém apenas no
Distrito Federal. Dessa forma, os outros estados não foram regulamentados.

Até as reformas do sistema financeiro e de mercado de capitais, que foram implementadas pelo governo
no ano de 1964, as bolsas de valores brasileiras eram entidades corporativas, vinculadas às secretarias de
finanças dos governos estaduais e compostas por corretores nomeados pelo poder público. Por meio da
reforma as bolsas e corretoras passaram a ter o caráter que tem hoje, isso só foi possível por meio das leis
de reforma bancária e do mercado de capitais ocorridas naquele ano.

A Bolsa Mercantil & de Futuros (BM&F), no ano de 1991, começou a negociar contratos futuros, de
opções, a termo e a vista, referenciados em índices de ações, tornando-se em pouco tempo grande
destaque no cenário nacional. No mesmo ano em maio, ocorreu a fusão da BM&F com a BMSP, cuja
principal objetivo era desenvolver os mercados financeiros e agropecuários.

Em março de 1999, ocorreu um grande marco da Bovespa, o lançamento do sistema de Home Broker, por
meio desse sistema os investidores conseguiam comprar ou vender ações e opções em suas casas por
meio da internet. Esse sistema ajudou os negócios realizados nessa bolsa aumentarem cada vez mais.

A Bovespa, em 2007, deixa de ser uma associação civil sem fins lucrativos, tornando-se uma empresa de
capital aberto com ações negociadas no seu próprio mercado de ações. No ano seguinte, a Bovespa
anuncia a fusão com a BM&F, surgindo assim a BM&FBovespa. Por meio da fusão, tornou-se a terceira
maior bolsa de valores do mundo e a segunda das Américas, em valor de mercado.

Apesar da grande importância da BM&FBovespa, ela ainda está em 13º lugar em termos de capitalização
no mercado, devido a um grande número de fatores, mas acredito que o principal é a falta de confiança
dos investidores no mercado de ações do Brasil, ou seja, temem a sua volatilidade. Além disso, muitos
brasileiros ainda preferem investir seus recursos na poupança, mesmo possuindo um retorno tão baixo.

Os mercados internacionais possuem uma grande influência na BM&FBovespa, dessa forma, as principais
bolsas de valores do mundo em termos de capitalização são: NYSE, a famosa bolsa de Nova York;
NASDAQ localizada também nos Estados Unidos; Bolsa de Tóquio, por ser a primeira a começar a operar
pode influenciar as bolsas do mundo inteiro; Bolsa de Xangai, localizada na China; e pôr fim a LSE – Bolsa
de Londres, sendo uma das principais bolsas da Europa.

Como já mencionado, os brasileiros investem pouco em ações, e muitas vezes isso pode ocorrer por falta
de conhecimento das pessoas. Uma vez que as bolsas de valores são muito importantes para a formação
econômica do país, já que são elas que desenvolvem a estrutura financeira.

PARABÉNS!

Você aprofundou ainda mais seus estudos!


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EDITORIAL

DIREÇÃO UNICESUMAR

Reitor Wilson de Matos Silva

Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho

Pró-Reitor de Administração Wilson de Matos Silva Filho

Pró-Reitor Executivo de EAD William Victor Kendrick de Matos Silva

Pró-Reitor de Ensino de EAD Janes Fidélis Tomelin

Presidente da Mantenedora Cláudio Ferdinandi

C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ Núcleo de Educação


. a
Distância; REQUENA Lais Silva Santos.
,

Organização do Sistema Financeiro Nacional. Lais Silva Santos Requena.

Maringá-Pr.: UniCesumar, 2017.


28 p.

“Pós-graduação Universo - EaD”.

1. Organização financeira. 2. Sistema financeiro. 3. EaD. I. Título.

CDD - 22 ed. 352

CIP - NBR 12899 - AACR/2

Pró Reitoria de Ensino EAD Unicesumar

Diretoria de Design Educacional

Equipe Produção de Materiais

Fotos Shutterstock
:

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Maringá - Paraná | unicesumar.edu.br | 0800 600 6360

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