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FINANCEIRO E
DERIVATIVOS
Marcello Marin
E-book 1
Neste E-Book:
INTRODUÇÃO���������������������������������������������� 3
O SISTEMA FINANCEIRO (DINÂMICA)� 4
INSTITUIÇÕES DO SISTEMA
FINANCEIRO NACIONAL�������������������������10
NORMATIVO���������������������������������������������������������� 15
SUPERVISORAS����������������������������������������������������� 18
OPERADORES�������������������������������������������������������� 27
INSTITUIÇÕES DO SISTEMA
FINANCEIRO INTERNACIONAL������������ 32
BANCO MUNDIAL�������������������������������������34
FUNDO MONETÁRIO
INTERNACIONAL��������������������������������������36
CONSIDERAÇÕES FINAIS����������������������39
SÍNTESE������������������������������������������������������ 40
2
INTRODUÇÃO
O sistema financeiro, tanto o nacional quanto o inter-
nacional, é composto por diversas instituições que
nos auxiliam dentro do mercado financeiro, essas
instituições têm como finalidade prover a ordem do
sistema no qual é movimentada a poupança (eco-
nomias) da sociedade e também onde alguns inves-
tidores buscam valores para que possam investir
em negócios e ideias que julgam serem boas para
a remuneração futura deles.
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O SISTEMA FINANCEIRO
(DINÂMICA)
Quando falamos sobre o sistema financeiro, é nosso
dever entender como se dá a dinâmica deste impor-
tante instrumento para todos os sistemas econômi-
cos, mundialmente falando. É por conta do sistema
financeiro que vamos procurar maneiras de canali-
zar a poupança (dinheiro guardado) e, então, dispo-
nibilizar mais valores para investimentos (dinheiro
emprestado).
4
Dessa maneira, fica evidenciado o motivo pelo
qual o sistema financeiro de cada nação é
sempre coerente com seu grau de desen-
volvimento e com sua força econômica. As
instituições surgem, evoluem e diversificam
suas funções, como um imperativo do próprio
progresso nacional. Compete às autoridades
monetárias e fiscais anteciparem-se às neces-
sidades de mercado e da produção, ao mesmo
tempo em que cuidam de corrigir e disciplinar
as distorções porventura existentes no siste-
ma. (PINHEIRO, 2016)
5
pois, se ocorrerem e forem percebidas, os sistemas
perderão a sua credibilidade e podem levar a nação
a ter sérios problemas dentro do controle da oferta
da moeda, por exemplo. E ainda podemos perceber
algumas características que vão demonstrar o mau
funcionamento do sistema como um todo:
● Encarecimento dos recursos financeiros;
● Iniciativa pública assumindo atividades econômi-
cas da iniciativa privada;
● Preços sem controle e falha nas previsões
econômicas;
● Instituições financeiras sem foco e, dessa maneira,
aumentado o custo do dinheiro e falta de credibili-
dade com a sociedade;
● Mercado “travado” e, dessa maneira, sem a rapidez
e funcionalidade correta;
● Falta de poupança espontânea, assim o caráter de
investimento que ela conseguiria é substituído pelos
custos para manter o Estado.
6
Promover a
poupança
Gerenciar as
Arrecadar e
aplicações
concentrar a
realizadas e
poupança em
manter um
mercado para elas grandes volumes
Encaminhar os Transformar a
créditos às poupança em
atividades créditos
produtivas especiais
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● Instrumentos ou ativos financeiros.
Sistema Financeiro
Unidades Unidades
Superavitárias Deficitárias
• Governo • Governo
• Empresas • Empresas
• Famílias • Famílias
Intermediários Financeiros
Mercados Ativos
Financeiros Financeiros
• Capitais • Ações
• Derivativos • Títulos privados
• Crédito • Divisas
• Derivativos
• Divisas
• Títulos públicos
• Outros
• Outros
8
Os sistemas financeiros pelo mundo todo têm ao
longo do tempo auxiliado os Governos a emplacarem
políticas monetárias, cambiais, fiscais entre outras, e
tentando melhorar as facilidades a todos que estão
abaixo do sistema.
SAIBA MAIS
Verifique no link a seguir os sistemas financeiros
mais desenvolvidos mundialmente.
https://exame.abril.com.br/economia/os-paises-
-onde-o-sistema-financeiro-funciona-melhor/
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INSTITUIÇÕES DO SISTEMA
FINANCEIRO NACIONAL
Já detalhamos como devem se portar os sistemas
financeiros de um modo em geral e a partir deste
momento vamos começar a entender um pouco mais
sobre o sistema financeiro nacional. O início desta
história se dá com a criação do Banco do Brasil, em
1808, sendo a primeira instituição financeira de nosso
país. Depois disso tivemos diversas outras institui-
ções que foram criadas com diversos propósitos, e
vamos detalhar cada uma delas ao longo de nosso
estudo.
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das políticas e das diretrizes que irão reger o sistema
financeiro nacional.; não tem funções executivas.
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Normativos
Conselho Conselho
Conselho
Nacional de Nacional de
Monetário
Órgãos
Seguros Previdência
Nacional
Privados Complementar
Supervisoras
Entidades
Instituições
financeiras Demais Bolsas
captadoras Bolsas de
instituições mercadorias de
de financeiras valores
depósito e futuros
a vista
Ressegura- Sociedades
dores seguradoras
Entidades fechadas de
previdência complementar
Sociedades de capitalização
Fundos de pensão
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Com base na figura, podemos ter uma visão geral
do funcionamento do sistema financeiro nacional e
entender que cada uma das entidades supervisoras
é responsável por outras tantas entidades e, assim,
o sistema consegue uma ótima regulação. A seguir
vamos listar quais as entidades que as entidades
supervisoras controlam.
ÓRGÃOS ENTIDADES OPERADORES
NORMATIVOS SUPERVISORAS
Comissão Bolsas de
de Valores Mercadorias e
Mobiliários Futuros
(CVM) Bolsas de Valores
CONSELHO Superintendência
NACIONAL DE Nacional de Entidades fechadas de previdên-
PREVIDÊNCIA Previdência cia complementar (fundos de
COMPLEMENTAR Complementar pensão)
(CNPC) (PREVIC)
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Instituições financeiras captadoras de depósito à
vista – Bancos comerciais, bancos múltiplos com
carteira comercial, Caixa Econômica Federal e coo-
perativas de crédito.
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E, por fim, a Superintendência Nacional de Previdência
tem como responsabilidade as seguintes instituições
- entidades fechadas de previdência complementar.
NORMATIVO
Os órgãos normativos são de extrema importância
para o sistema financeiro nacional, ele é a base do
sistema, que visa elevar o desenvolvimento do país
de forma equilibrada para toda a sociedade. Esse
sistema tem como uma das principais características
a criação de normas e orientação a todo o sistema
e suas funções são regular, controlar e exercer fis-
calização sobre as instituições intermediadoras e
disciplinar todas as modalidades de crédito (Pinheiro,
2016). Na sequência vamos estudar cada um dos
órgãos normativos, que são:
● Conselho Monetário Nacional (CMN);
● Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP); e
● Conselho Nacional de Previdência Complementar
(CNPC).
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máximo do sistema financeiro nacional. Desde 1995,
é constituído pelo Ministro de Estado da Fazenda
(Presidente do CMN), pelo Ministro de Estado do
Planejamento, Gestão e Orçamento e pelo Presidente
do Banco Central do Brasil.
16
do CNSP), Superintendente da Superintendência
de Seguros Privados - SUSEP (Vice-Presidente do
CNSP), Representante do Ministério da Justiça,
Representante do Banco Central do Brasil,
Representante do Ministério da Previdência e
Assistência Social e Representante da Comissão
de Valores Mobiliários.
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vidência complementar operado pelas entidades
fechadas de previdência complementar (Fundos
de Pensão)” (BRASIL, 2017). O CNPC é composto
pelos seguintes membros: Ministro de Estado da
Previdência Social (Presidente do CNPC), represen-
tante da Superintendência Nacional de Previdência
Complementar (PREVIC), representante da Secretaria
de Políticas de Previdência Complementar (SPPC),
representante da Casa Civil da Presidência da
República, representante do Ministério da Fazenda,
representante do Ministério do Planejamento,
Orçamento e Gestão, representante das entidades
fechadas de previdência complementar, dos patroci-
nadores e instituidores de planos de benefícios das
entidades fechadas de previdência complementar
e representante dos participantes e assistidos de
planos de benefícios das referidas entidades.
SUPERVISORAS
Essas entidades chamadas de supervisoras, assim
como o próprio nome diz, têm a obrigação de criar
normas e supervisionar os mercados. As entidades
supervisoras são divididas em quatro segundo os
mercados de operação ou segmentos que devem
supervisionar.
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Mercado Entidade Supervisora
Seguros
privados e Superintendência de Seguros Privados
capitalização
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● Controlar as operações de crédito das instituições
do Sistema Financeiro Nacional;
● Emitir papel-moeda;
● Controlar o meio circulante, de forma a atender
a demanda de dinheiro necessária às atividades
econômicas;
● Controlar a expansão da moeda e do crédito e fi-
xar a taxa de juros de referência (taxa Selic) para as
operações compromissadas de um dia;
● Executar o sistema de metas da inflação para man-
ter controlado o nível geral de preços;
● Formular, executar e acompanhar a política cambial
e de relações financeiras com o exterior;
● Manter parte das reservas em ouro e moedas es-
trangeiras para atuação nos mercados de câmbio; e
● Administrar as reservas internacionais brasileiras.
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irregulares de valores mobiliários; atos ilegais
de administradores e acionistas controladores
das companhias abertas, ou de administra-
dores de carteira de valores mobiliários; e o
uso de informação relevante não divulgada
no mercado de valores mobiliários. Evitar ou
coibir modalidades de fraude ou manipula-
ção destinadas a criar condições artificiais de
demanda, oferta ou preço dos valores mobi-
liários negociados no mercado (BRASIL, Lei
6.385/76).
[...]
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da, oferta ou preço dos valores mobiliários
negociados no mercado;
[...]
Podcast 1
22
FIQUE ATENTO
Qual a função da CVM?
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● Promover o aperfeiçoamento das instituições e
dos instrumentos operacionais a eles vinculados,
com vistas à maior eficiência do Sistema Nacional
de Seguros Privados e do Sistema Nacional de
Capitalização;
● Promover a estabilidade dos mercados sob sua
jurisdição, assegurando sua expansão e o funciona-
mento das entidades que neles operem;
● Zelar pela liquidez e solvência das sociedades que
integram o mercado;
● Disciplinar e acompanhar os investimentos daque-
las entidades, em especial os efetuados em bens
garantidores de provisões técnicas (SUSEP).
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Banco do Brasil S.A. – Sociedade de economia mista
de capitais públicos e privados, que desempenha as
seguintes funções:
● Administrar a Câmara de Compensação de che-
ques e outros papéis;
● Aquisição e o financiamento dos estoques de pro-
dução exportável;
● Agenciamento dos pagamentos e recebimentos
fora do país;
● Operação de Fundos de Investimento Setorial;
● Executar a política de crédito rural e industrial;
● Política de preços mínimos para produtos
agropastoris;
● Compra e venda de moeda estrangeira por ordem
própria ou do BC.
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● Fortalecer a empresa privada nacional mediante a
adoção de uma política de investimentos de longo
prazo;
● Atenuar os desequilíbrios regionais, criando novos
polos de produção;
● Promover o crescimento e a diversificação das
exportações brasileiras;
● Fortalecer a estrutura de capital das empresas pri-
vadas e o desenvolvimento do mercado de capitais,
mantendo linhas de apoio para financiamentos de
longo prazo a custos competitivos;
● Financiar a comercialização de máquinas e equi-
pamentos e possibilitar a subscrição de valores mo-
biliários no mercado de capitais brasileiro por meio
de duas subsidiárias integrais, a FINAME (Agência
Especial de Financiamento Industrial) e a BNDESPAR
(BNDES Participações).
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– Fundo de Garantia por Tempo de Serviço, PIS e
seguro-desemprego; e
● Atender aos beneficiários de Programas Sociais e
apostadores das loterias.
OPERADORES
Os operadores do sistema financeiro nacional são
principalmente os bancos, sejam eles comerciais, de
investimentos ou de fomento ou desenvolvimento
dentro da sociedade.
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pelos clientes depositantes. Em função disso,
elas podem ser caracterizadas também pela
faculdade de emissão de moeda escritural.
(PINHEIRO, 2016).
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Dentro dos bancos múltiplos, ainda temos os bancos
que são responsáveis pela implementação de políti-
cas públicas do governo brasileiro. A figura a seguir
demonstra isso e como o BNDES e a CEF são essas
instituições do governo brasileiro.
CAIXA ECONÔMICA
BNDES
FEDERAL
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entre todos os envolvidos no processo (governos,
empresas e agentes econômicos).
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Existem dois custodiantes para esses títulos que
são: a SELIC, para os títulos públicos, e a CETIP, para
títulos privados.
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INSTITUIÇÕES DO
SISTEMA FINANCEIRO
INTERNACIONAL
O sistema financeiro internacional se inicia com o
grande número de convenções, acordos ou regras, as
que estão em papel via lei, ou as que são implícitas
nas relações entre os mais diversos países. Esse
conjunto de regras deve servir como balizador da
relação entre países em distinção a questão mone-
tária nas relações entre eles, e devem contemplar os
seguintes aspectos:
● Definição dos participantes;
● Grau de adesão de cada membro ao conjunto de
regras estabelecidas;
● Regras para os ajustes dos balanços de pagamen-
tos dos países-membros;
● Padrão monetário;
● Relação entre as várias moedas dos países
participantes;
● Tipo de câmbio (fixo ou flutuante);
● Convertibilidade entre as moedas;
● Liquidez internacional;
● Financiamento dos desequilíbrios dos balanços
de pagamentos; e
● Criação de instituições tutelares.
32
De acordo com Pinheiro (2016),
Podcast 2
33
BANCO MUNDIAL
O Banco Mundial teve a sua criação durante a
Segunda Grande Guerra e a sua função era ajudar na
reconstrução da Europa após a guerra, mesmo com
a reconstrução já finalizada o seu caráter de ajuda
em grandes reconstruções sempre foi um foco, pois
os desastres naturais e as emergências humanitá-
rias não param de aparecer ao longo dos anos, mas
com o passar do tempo o Banco Mundial colocou
como meta a redução da pobreza mundial e foco no
desenvolvimento humanitário.
SAIBA MAIS
O Banco Mundial proporciona mais de USD 30
bilhões anuais em empréstimos para os países
clientes.
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● Promover reformas para criar um ambiente macro-
econômico estável conducente a investimentos e a
planejamento de longo prazo; e
● Dedicar-se ao desenvolvimento social, inclusão,
boa governança e fortalecimento institucional como
elementos essenciais para a redução da pobreza.
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FUNDO MONETÁRIO
INTERNACIONAL
O FMI foi criado em 1944, em uma conferência reali-
zada nos Estados Unidos, pelas Nações Unidas, isso
se deu principalmente porque, após a quebra da bolsa
de Nova York, os Estados Unidos, e consequentemen-
te o mundo, mergulharam em uma grande recessão
global que precisava ser pensada e controlada de
alguma maneira, então se viu que havia a necessi-
dade de criação de um organismo que organizasse
o comércio e as finanças globalmente. A Segunda
Grande Guerra atrasou a implementação do FMI, e
suas atividades só se iniciaram em março de 1947,
já com a denominação de principal instituição finan-
ceira internacional.
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80 quando auxiliaram países em suas tentativas de
sair da crise das dívidas externas que se instaurou
em muitos países à época.
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Então, todo pedido de empréstimo que é feito jun-
to ao FMI deve vir acompanhado de um plano de
redução de custos e políticas públicas que serão
introduzidas pelos seus governantes dentro do país.
SAIBA MAIS
Entenda um pouco mais sobre o Banco Central acessan-
do: https://www.tororadar.com.br/investimento/
bovespa/bacen-banco-central-do-brasil.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Nesta unidade, entendemos como se dá o funciona-
mento do sistema financeiro Nacional e Internacional.
Também conhecemos as instituições que fazem
parte dos dois sistemas, elas que são os pilares
principais para que os sistemas possam operar de
forma ótima e consigam fazer a sua função dentro
do processo de ajuda para o mercado financeiro e
monetário, auxiliando ainda o Estado a definir e im-
plementar as políticas públicas.
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SÍNTESE
Mercado Financeiro
e Derivativos