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UNIDADE VI – DESPESA E CREDITO

PÚBLICOS
Despesa Pública: conceito e classificação, fases de
realização. Precatório: disciplina constitucional e
legal. Crédito público e dívida pública.
Despesa Pública: conceito e classificação, fases de realização .
O Estado tem como objetivo, no exercício de sua atividade financeira, a
realização de seus fins, pelo que procura ajustar a receita à
programação de sua política, ou seja, a despesa precede a esta. Tal
ocorre porque o Estado cuida primeiro de conhecer as necessidades públicas
ditadas pelos reclamos da comunidade social, ao contrário do que acontece
com o particular, que regula as suas despesas em face de sua receita.
 
Deve-se conceituar a despesa pública sob os pontos de vista orçamentário e
científico. 
Aliomar Baleeiro ensina que a despesa pública, sob o enfoque
orçamentário, é “a aplicação de certa quantia em dinheiro, por parte da
autoridade ou agente público competente, dentro de uma autorização
legislativa, para execução de um fim a cargo do governo”. 
Despesa Pública: conceito e classificação, fases de realização .
Adotando-se um critério exclusivamente científico, parece-nos perfeito o
conceito de Ricardo Lobo Torres:

“a despesa pública é a soma de gastos realizados pelo Estado para a


realização de obras e para a prestação de serviços públicos”. 

Por outro lado, segundo Morselli, por despesa pública deve-se entender a
inversão ou distribuição de riqueza que as entidades públicas realizam,
objetivando a produção dos serviços reclamados para satisfação das
necessidades públicas e para fazer face a outras exigências da vida pública,
as quais não são chamadas propriamente serviços. 
Despesa Pública: conceito e classificação, fases de realização .
São elementos da despesa pública: 
a) de natureza econômica: o dispêndio, incidente em um gasto para os
cofres do Estado e em consumo para os beneficiados; a riqueza pública,
bem econômico, representada pelo acervo originário das rendas do domínio
privado do Estado e da arrecadação dos tributos; 
b) de natureza jurídica: a autorização legal dada pelo poder competente
para a efetivação da despesa; 
c) de natureza política: a finalidade de satisfação da necessidade pública
pelo Estado, o que é feita pelo processo do serviço público, como medida de
sua política financeira. 

Obs.: apesar da evolução do Estado contemporâneo, há alguns serviços


estatais que surgem sem a respectiva despesa pública, como o serviço dos
mesários em período de eleição e o de jurados que compõem o colegiado
(tribunal do juri). 
Despesa Pública: conceito e classificação, fases de realização .
As despesas públicas poderão se classificar conforme os seguintes critérios: 
Quanto à duração/periodicidade: 
- despesa ordinária, que visa a atender às necessidades públicas estáveis,
permanentes e periodicamente previstas no orçamento, constituindo mesmo uma
rotina no serviço público, como, por exemplo, a despesa relativa ao pagamento do
funcionalismo público. Se repetem todos os anos; 
- despesa extraordinária, que objetiva satisfazer necessidades públicas
acidentais, esporádicas, imprevisíveis e, portanto, não constantes do orçamento,
não apresentando, por outro lado, regularidade em sua verificação, e estão
mencionadas na Constituição Federal (art. 167, §3º) como sendo as despesas
decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade pública, que por serem
urgentes e inadiáveis não podem esperar o processo prévio da autorização legal;
Despesa Pública: conceito e classificação, fases de realização .
Quanto aos efeitos econômicos:
- despesa produtiva, que, além de satisfazer necessidades
públicas, enriquece o patrimônio do Estado ou aumenta a
capacidade econômica do contribuinte, como as despesas
referentes à construção de portos, estradas de ferro, etc.. Geram,
portanto, alguma utilidade por meio de uma ação estatal; 
- despesa reprodutiva é aquela que representa um aumento da
capacidade produtora do país, por meio de obras públicas; 
- despesa improdutiva é aquela que não gera um benefício de
ordem econômica em favor da coletividade. São despesas inúteis; 
Despesa Pública: conceito e classificação, fases de realização .
Quanto à pessoa política que realiza o
gasto público/competência
constitucional: 
- federais; 
- estaduais; 
- municipais; 
Despesa Pública: conceito e classificação, fases de realização .
Classificação econômica 
- despesa-compra - realizada para compra de
produtos e serviços (ex.: aquisição de bens de
consumo, pagamento de folha de funcionalismo). 
- despesa-transferência – não corresponde a
aplicação governamental direta; cria rendimentos
para indivíduos sem contraprestação (juros da dívida
pública, pensões, subvenções sem encargos, etc.). 
Despesa Pública: conceito e classificação, fases de realização .
Quanto à mobilidade: 
- despesa fixa é aquela que consta do orçamento e é obrigatória
pela Constituição, não podendo ser alterada a não ser por uma lei
anterior, e não pode deixar de ser efetivada pelo Estado; 
- despesa variável é aquela que não é obrigatória pela
Constituição, sendo limitativa, isto é, o Poder Executivo fica
obrigado a respeitar seu limite, mas não imperativa; daí o Estado
ter a faculdade de realizá-la ou não, dependendo de seus critérios
administrativo e de oportunidade, sendo de se citar, como
exemplo, um auxílio pecuniário em favor de uma instituição de
caridade, não gerando, por outro lado, direito subjetivo em favor
do beneficiário; 
Despesa Pública: conceito e classificação, fases de realização .
CLASSIFICACAO LEGAL – LEI 4.320/64
CAPÍTULO III - Da Despesa

Art. 12. A despesa será classificada nas seguintes categorias econômicas:  

DESPESAS CORRENTES
Despesas de Custeio
Transferências Correntes

DESPESAS DE CAPITAL
Investimentos
Inversões Financeiras
Transferências de Capital
Despesa Pública: conceito e classificação, fases de realização .
§ 1º Classificam-se como Despesas de Custeio as dotações
para manutenção de serviços anteriormente criados,
inclusive as destinadas a atender a obras de conservação e
adaptação de bens imóveis.
§ 2º Classificam-se como Transferências Correntes as
dotações para despesas as quais não corresponda
contraprestação direta em bens ou serviços, inclusive para
contribuições e subvenções destinadas a atender à
manutenção de outras entidades de direito público ou
privado.
Despesa Pública: conceito e classificação, fases de realização .
§ 3º Consideram-se subvenções, para os efeitos desta lei,
as transferências destinadas a cobrir despesas de custeio
das entidades beneficiadas, distinguindo-se como:
I - subvenções sociais, as que se destinem a instituições
públicas ou privadas de caráter assistencial ou cultural,
sem finalidade lucrativa;
II - subvenções econômicas, as que se destinem a emprêsas
públicas ou privadas de caráter industrial, comercial,
agrícola ou pastoril.
Despesa Pública: conceito e classificação, fases de realização .
§ 4º Classificam-se como investimentos as dotações
para o planejamento e a execução de obras, inclusive
as destinadas à aquisição de imóveis considerados
necessários à realização destas últimas, bem como
para os programas especiais de trabalho, aquisição de
instalações, equipamentos e material permanente e
constituição ou aumento do capital de emprêsas que
não sejam de caráter comercial ou financeiro.
Despesa Pública: conceito e classificação, fases de realização .
§ 5º Classificam-se como Inversões Financeiras as
dotações destinadas a:
I - aquisição de imóveis, ou de bens de capital já em
utilização;
II - aquisição de títulos representativos do capital de
emprêsas ou entidades de qualquer espécie, já constituídas,
quando a operação não importe aumento do capital;
III - constituição ou aumento do capital de entidades ou
emprêsas que visem a objetivos comerciais ou financeiros,
inclusive operações bancárias ou de seguros.
Despesa Pública: conceito e classificação, fases de realização .
§ 6º São Transferências de Capital as dotações para investimentos
ou inversões financeiras que outras pessoas de direito público ou
privado devam realizar, independentemente de contraprestação
direta em bens ou serviços, constituindo essas transferências
auxílios ou contribuições, segundo derivem diretamente da Lei de
Orçamento ou de lei especialmente anterior, bem como as
dotações para amortização da dívida pública.
Art. 13. Observadas as categorias econômicas do art. 12, a
discriminação ou especificação da despesa por elementos, em
cada unidade administrativa ou órgão de govêrno, obedecerá ao
seguinte esquema:
Despesa Pública: conceito e classificação, fases de realização .
DESPESAS CORRENTES DESPESAS DE CAPITAL
Despesas de Custeio Investimentos
Pessoa Civil Obras Públicas
Serviços em Regime de Programação Especial
Pessoal Militar Equipamentos e Instalações
Material de Consumo Material Permanente
Serviços de Terceiros Participação em Constituição ou Aumento de Capital de Emprêsas ou Entidades
Encargos Diversos Industriais ou Agrícolas
Transferências Correntes Inversões Financeiras
Subvenções Sociais Aquisição de Imóveis
Participação em Constituição ou Aumento de Capital de Emprêsas ou Entidades
Subvenções Econômicas Comerciais ou Financeiras
Inativos Aquisição de Títulos Representativos de Capital de Emprêsa em Funcionamento
Pensionistas Constituição de Fundos Rotativos
Salário Família e Abono Concessão de Empréstimos
Familiar Diversas Inversões Financeiras
Juros da Dívida Pública Transferências de Capital
Amortização da Dívida Pública
Contribuições de Auxílios para Obras Públicas
Previdência Social Auxílios para Equipamentos e Instalações
Diversas Transferências Auxílios para Inversões Financeiras
Correntes. Outras Contribuições.
Despesa Pública: conceito e classificação, fases de realização .
DESPESAS CORRENTES DESPESAS DE CAPITAL
Despesas de Custeio Investimentos
Pessoa Civil Obras Públicas
Serviços em Regime de Programação Especial
Pessoal Militar Equipamentos e Instalações
Material de Consumo Material Permanente
Serviços de Terceiros Participação em Constituição ou Aumento de Capital de Emprêsas ou Entidades
Encargos Diversos Industriais ou Agrícolas
Transferências Correntes Inversões Financeiras
Subvenções Sociais Aquisição de Imóveis
Participação em Constituição ou Aumento de Capital de Emprêsas ou Entidades
Subvenções Econômicas Comerciais ou Financeiras
Inativos Aquisição de Títulos Representativos de Capital de Emprêsa em Funcionamento
Pensionistas Constituição de Fundos Rotativos
Salário Família e Abono Concessão de Empréstimos
Familiar Diversas Inversões Financeiras
Juros da Dívida Pública Transferências de Capital
Amortização da Dívida Pública
Contribuições de Auxílios para Obras Públicas
Previdência Social Auxílios para Equipamentos e Instalações
Diversas Transferências Auxílios para Inversões Financeiras
Correntes. Outras Contribuições.
Despesa Pública: conceito e classificação, fases de realização .
Art. 58. O empenho de despesa é o ato emanado de autoridade
Fases da competente que cria para o Estado obrigação de pagamento pendente ou
não de implemento de condição.               
realização Art. 59 - O empenho da despesa não poderá exceder o limite dos créditos
concedidos.           

(execução) § 1º Ressalvado o disposto no Art. 67 da Constituição Federal, é vedado aos


Municípios empenhar, no último mês do mandato do Prefeito, mais do que o
duodécimo da despesa prevista no orçamento vigente.           
de despesa § 2º Fica, também, vedado aos Municípios, no mesmo período, assumir, por
qualquer forma, compromissos financeiros para execução depois do término
do mandato do Prefeito.              
§ 3º As disposições dos parágrafos anteriores não se aplicam nos casos
i. Empenho (art. comprovados de calamidade pública.           
§ 4º Reputam-se nulos e de nenhum efeito os empenhos e atos praticados em

58) desacordo com o disposto nos parágrafos 1º e 2º deste artigo, sem prejuízo da
responsabilidade do Prefeito nos termos do 

ii.Liquidação (art. Art. 1º, inciso V, do Decreto-lei n.º 201, de 27 de fevereiro de 1967.          

62)
Despesa Pública: conceito e classificação, fases de realização .
Art. 60. É vedada a realização de despesa sem prévio
Fases da empenho.
realização § 1º Em casos especiais previstos na legislação
específica será dispensada a emissão da nota de
(execução) empenho.
§ 2º Será feito por estimativa o empenho da despesa
de despesa cujo montante não se possa determinar.
§ 3º É permitido o empenho global de despesas
contratuais e outras, sujeitas a parcelamento.
i. Empenho (art. Art. 61. Para cada empenho será extraído um documento
denominado "nota de empenho" que indicará o nome do
58) credor, a representação e a importância da despesa bem
ii.Liquidação (art. como a dedução desta do saldo da dotação própria.

62)
Despesa Pública: conceito e classificação, fases de realização .
Art. 62. O pagamento da despesa só será efetuado quando ordenado
Fases da após sua regular liquidação.
 Art. 63. A liquidação da despesa consiste na verificação do direito
realização adquirido pelo credor tendo por base os títulos e documentos
comprobatórios do respectivo crédito.
(execução) § 1° Essa verificação tem por fim apurar:
I - a origem e o objeto do que se deve pagar;
de despesa II - a importância exata a pagar; 
III - a quem se deve pagar a importância, para extinguir a obrigação.
§ 2º A liquidação da despesa por fornecimentos feitos ou serviços
prestados terá por base:
i. Empenho (art. I - o contrato, ajuste ou acôrdo respectivo;
II - a nota de empenho;
58) III - os comprovantes da entrega de material ou da prestação efetiva
do serviço.
ii.Liquidação (art.
62)
Despesa Pública: conceito e classificação, fases de realização .
Art. 64. A ordem de pagamento é o despacho exarado por
Fases da autoridade competente, determinando que a despesa seja paga.
Parágrafo único. A ordem de pagamento só poderá ser exarada
realização em documentos processados pelos serviços de
contabilidade             (Veto rejeitado no DOU, de  5.5.1964)
(execução) Art. 65. O pagamento da despesa será efetuado por tesouraria ou
pagadoria regularmente instituídos por estabelecimentos bancários
de despesa credenciados e, em casos excepcionais, por meio de adiantamento.
Art. 66. As dotações atribuídas às diversas unidades orçamentárias
poderão quando expressamente determinado na Lei de Orçamento ser
movimentadas por órgãos centrais de administração geral.
i. Empenho (art. Parágrafo único. É permitida a redistribuição de parcelas das dotações
de pessoal, de uma para outra unidade orçamentária, quando
58) considerada indispensável à movimentação de pessoal dentro das
tabelas ou quadros comuns às unidades interessadas, a que se realize
ii.Liquidação (art. em obediência à legislação específica.

62)
Despesa Pública: conceito e classificação, fases de realização .
Art. 67. Os pagamentos devidos pela Fazenda Pública, em
Fases da virtude de sentença judiciária, far-se-ão na ordem de
apresentação dos precatórios e à conta dos créditos respectivos,
realização sendo proibida a designação de casos ou de pessoas nas
(execução) dotações orçamentárias e nos créditos adicionais abertos para
êsse fim.
de despesa Art. 68. O regime de adiantamento é aplicável aos casos de
despesas expressamente definidos em lei e consiste na entrega
de numerário a servidor, sempre precedida de empenho na
dotação própria para o fim de realizar despesas, que não possam
i. Empenho (art. subordinar-se ao processo normal de aplicação.
Art. 69. Não se fará adiantamento a servidor em alcance nem a
58) responsável por dois adiantamento.                   
Art. 70. A aquisição de material, o fornecimento e a adjudicação
ii.Liquidação (art. de obras e serviços serão regulados em lei, respeitado o
62) princípio da concorrência.
Obs.: Classificacao dos créditos
CRÉDITOS ORÇAMENTÁRIOS - São autorizações constantes na Lei Orçamentária para a realização de
despesas. 
CRÉDITOS ADICIONAIS - São autorizações de despesas não computadas ou insuficientemente dotadas na lei
de orçamento. Estes cré­ditos classificam-se em:
· Suplementares: Os destinados a reforços de do­tação orçamentária. Ex: acréscimo das despesas com pessoal,
acima do previsto, em virtude do au­mento dos vencimentos.
· Especiais: Os destinados a despesas para as quais não haja dotação orçamentária específica. Ex: cri­ação de
órgão.
· Extraordinários: Os destinados a despesas urgen­tes e imprevisíveis, em caso de guerra ou calami­dade
pública.
Os Suplementares e Especiais são autorizados por lei e abertos por decreto do Executivo; os extraordinários são
abertos por decreto do Executivo, que dará imediato co­nhecimento ao Poder Legislativo. Normalmente, a
própria lei orçamentária já autoriza o Poder Executivo a abrir créditos suplementares até um determinado
limite. Deve-se, contudo, observar que a transposição, o remanejamento, ou a transferência de re­cursos de uma
categoria de programação para outra, ou de um órgão para outro, é proibida sem prévia autoriza­ção legislativa
(art. 167, VI da CF).
A vigência dos créditos adicionais não pode ul­trapassar o exercício financeiro, exceto os especiais e os
extraordinários, quando houver expressa determinação legal. 
Fonte: http://www.dhnet.org.br/3exec/orcamento/cap07.html
Obs.2: Execução das despesas públicas 
Vedada realização de despesas ou assunção de obrigações diretas que excedam os
créditos orçamentários ou adicionais (art. 167, II). 
Para a abertura de crédito suplementar ou especial, é necessário autorização
legislativa e indicação dos recursos correspondentes (superávit, anulação de outras
dotações e operações de crédito). 

Obs.3: A despesa pública, para que possa ser realizada, exige inclusão em lei
orçamentária. Logo, devido a tal exigência, necessário o respeito ao princípio da
legalidade. Portanto, a inobservância de normas legais poderá resultar ao agente
público crime de responsabilidade. Ainda, no caso de o agente ordenar ou permitir a
realização de despesas não autorizadas em lei ou regulamento, constituir-se-á ato de
improbidade administrativa. 
Despesas Públicas e a LC 101/00 
À guisa de síntese, temos que as despesas pública
públicas representam todo gasto ou dispêndio público
e têm como características: 
a) Deve ter previsão legal; 
b) Deve ser documentada, para comprovar a origem; 
c) Deve ter contrapartida e receita suficiente, não
podendo o ente gastar mais do que tem; 
Despesas Públicas e a LC 101/00 
Geração ou aumento de despesa, por conta da criação, expansão ou
aperfeiçoamento de ação governamental (art. 16). 
Deve obedecer aos seguintes requisitos: 
a) Deve prever a estimativa do impacto orçamentário-financeiro no
exercício presente e nos dois seguintes; 
b) Deve estar de acordo com o Plano Plurianual, com a Lei de
Diretrizes Orçamentárias e com a Lei Orçamentária Anual. 
Exceção: Não se aplica esta regra para as despesas irrelevantes
(aquelas que podem ser realizadas sem licitação, por exemplo). 
Despesas Públicas e a LC 101/00 
Despesas obrigatórias de caráter continuado (art. 17): É uma despesa fixada numa
norma, que deve ser realizada por um período superior a dois anos. Podem derivar
de lei, Medida Provisória ou Ato Administrativo Normativo. 
a) Condições: 
- Deve prever a estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício
presente e nos dois seguintes, além de demonstrar a existência de receita para
custear essa despesa. 
- Deve estar de acordo com as metas estabelecidas na Lei de Diretrizes
Orçamentárias. 
- Deve estar acompanhada de Medidas de Compensação (ou o aumento de receita
pelo aumento de tributos, ou redução permanente de despesa). 
Despesas Públicas e a LC 101/00 
Estimativa de Impacto Orçamentário-Financeiro (ano corrente + 2 anos
subseqüentes): 
a) Deve estar presente na renúncia de receitas; 
b) Deve estar presente na geração de despesas em ações governamentais; 
c) Deve estar presente nas despesas obrigatórias de caráter continuado superior a 02
anos. 
Medidas de Compensação: 
a) Aumento de receitas pelo aumento de Tributos; 
b) Redução permanente de despesas. 
c) Aparecem na renúncia de receita (deve haver aumento de receita, art. 14) 
d) Despesas obrigatórias de caráter continuado (aumento de receita ou redução de
despesa, art. 17). 
Despesas Públicas e a LC 101/00 
Quadro de Exceções: Geração de despesas Despesas Obrigatórias de 
Em relação à Renúncia por conta  caráter continuado (art. 17) 
de Receitas  de ação governamental
(art. 14)  (art. 16) 

Renuncia de Imposto de  Despesa pública Reajuste (e não aumento) de 


Importação, Exportação, irrelevante (as  vencimentos de servidor público 
IPI, IOF.  dispensadas de
licitações) 

Cancelamento de débito Despesas relativas ao 


de baixo  pagamento da dívida
valor  pública. 
Precatório: disciplina constitucional e legal.
Precatório é uma ordem judicial para que o Estado,
vencido em demanda que tem como objeto
obrigação, pague a divida com o particular.

Como o Estado (lato sensu) precisa organizar as suas


despesas por meio de lei orçamentária, é preciso que
as despesas dependentes de pagamento por meio de
precatórios sejam “organizados em fila”.
Precatório: disciplina constitucional e legal.
Art. 100, CF/88. Os pagamentos devidos pelas
Fazendas Públicas Federal, Estaduais, Distrital
e Municipais, em virtude de sentença judiciária,
far-se-ão exclusivamente na ordem cronológica
de apresentação dos precatórios e à conta dos
créditos respectivos, proibida a designação de
casos ou de pessoas nas dotações
orçamentárias e nos créditos adicionais abertos
para este fim.              
Precatório: disciplina constitucional e legal.

§ 1º Os débitos de natureza alimentícia compreendem


aqueles decorrentes de salários, vencimentos,
proventos, pensões e suas complementações, benefícios
previdenciários e indenizações por morte ou por
invalidez, fundadas em responsabilidade civil, em
virtude de sentença judicial transitada em julgado, e
serão pagos com preferência sobre todos os demais
débitos, exceto sobre aqueles referidos no § 2º deste
artigo.              
Precatório: disciplina constitucional e legal.
§ 2º Os débitos de natureza alimentícia cujos titulares,
originários ou por sucessão hereditária, tenham 60
(sessenta) anos de idade, ou sejam portadores de doença
grave, ou pessoas com deficiência, assim definidos na
forma da lei, serão pagos com preferência sobre todos
os demais débitos, até o valor equivalente ao triplo
fixado em lei para os fins do disposto no § 3º deste
artigo, admitido o fracionamento para essa finalidade,
sendo que o restante será pago na ordem cronológica de
apresentação do precatório.  
Precatório: disciplina constitucional e legal.
          
§ 3º O disposto no caput deste artigo relativamente
à expedição de precatórios não se aplica aos
pagamentos de obrigações definidas em leis como
de pequeno valor que as Fazendas referidas devam
fazer em virtude de sentença judicial transitada em
julgado.                
Precatório: disciplina constitucional e legal.
A guisa de síntese temos (art. 100, § 1º, 2º e 3º,
CF): 

- Precatório comum (caput)


- Precatório alimentar (paragrafo 1º) – privilegiado
- Precatorio alimentar de maiores de 60 anos -
privilegiadíssimo          
Precatório: disciplina constitucional e legal.

Alem disso, não se aplica ao regime de


precatórios os pagamentos da Fazenda Pública
de pequeno valor. (§ 3º)        
Precatório: disciplina constitucional e legal.
Art. 87, ADCT. Para efeito do que dispõem o § 3º do art. 100 da Constituição
Federal e o art. 78 deste Ato das Disposições Constitucionais Transitórias serão
considerados de pequeno valor, até que se dê a publicação oficial das respectivas
leis definidoras pelos entes da Federação, observado o disposto no § 4º do art. 100
da Constituição Federal, os débitos ou obrigações consignados em precatório
judiciário, que tenham valor igual ou inferior a:      
 I - quarenta salários-mínimos, perante a Fazenda dos Estados e do Distrito
Federal;         
 II - trinta  salários-mínimos,  perante  a  Fazenda dos Municípios.       
Parágrafo único. Se o valor da execução ultrapassar o estabelecido neste artigo, o
pagamento far-se-á, sempre, por meio de precatório, sendo facultada à parte
exeqüente a renúncia ao crédito do valor excedente, para que possa optar pelo
pagamento do saldo sem o precatório, da forma prevista no §3º do art. 100. (Esses
valores sao de TETOS)          
Precatório: disciplina constitucional e legal.
Art. 100, CF
§ 4º Para os fins do disposto no § 3º, poderão ser
fixados, por leis próprias, valores distintos às
entidades de direito público, segundo as diferentes
capacidades econômicas, sendo o mínimo igual ao
valor do maior benefício do regime geral de
previdência social.            
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 62,
de 2009).
Precatório: disciplina constitucional e legal.
§ 5º É obrigatória a inclusão no orçamento das entidades de direito público de
verba necessária ao pagamento de seus débitos oriundos de sentenças
transitadas em julgado constantes de precatórios judiciários apresentados até 2
de abril, fazendo-se o pagamento até o final do exercício seguinte, quando
terão seus valores atualizados monetariamente.
(Redação dada pela EC nº 114, de 2021)    

§ 6º As dotações orçamentárias e os créditos abertos serão consignados


diretamente ao Poder Judiciário, cabendo ao Presidente do Tribunal que
proferir a decisão exequenda determinar o pagamento integral e autorizar, a
requerimento do credor e exclusivamente para os casos de preterimento de seu
direito de precedência ou de não alocação orçamentária do valor necessário à
satisfação do seu débito, o sequestro da quantia respectiva.  
Precatório: disciplina constitucional e legal.
§ 7º O Presidente do Tribunal competente que, por ato
comissivo ou omissivo, retardar ou tentar frustrar a liquidação
regular de precatórios incorrerá em crime de
responsabilidade e responderá, também, perante o Conselho
Nacional de Justiça.               
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 62, de 2009).
§ 8º É vedada a expedição de precatórios complementares ou
suplementares de valor pago, bem como o fracionamento,
repartição ou quebra do valor da execução para fins de
enquadramento de parcela do total ao que dispõe o § 3º deste
artigo.              
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 62, de 2009).
Precatório: disciplina constitucional e legal.
§ 9º Sem que haja interrupção no pagamento do precatório e mediante
comunicação da Fazenda Pública ao Tribunal, o valor correspondente aos
eventuais débitos inscritos em dívida ativa contra o credor do requisitório e seus
substituídos deverá ser depositado à conta do juízo responsável pela ação de
cobrança, que decidirá pelo seu destino definitivo.    
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 113, de 2021)
§ 10. Antes da expedição dos precatórios, o Tribunal solicitará à Fazenda
Pública devedora, para resposta em até 30 (trinta) dias, sob pena de perda do
direito de abatimento, informação sobre os débitos que preencham as condições
estabelecidas no § 9º, para os fins nele previstos.               
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 62, de 2009).   (Vide ADI 4425)
Precatório: disciplina constitucional e legal.
§ 11. É facultada ao credor, conforme estabelecido em lei do ente federativo devedor, com auto aplicabilidade
para a União, a oferta de créditos líquidos e certos que originalmente lhe são próprios ou adquiridos de terceiros
reconhecidos pelo ente federativo ou por decisão judicial transitada em julgado para:         
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 113, de 2021)
I - quitação de débitos parcelados ou débitos inscritos em dívida ativa do ente federativo devedor, inclusive em
transação resolutiva de litígio, e, subsidiariamente, débitos com a administração autárquica e fundacional do
mesmo ente;        (Incluído pela Emenda Constitucional nº 113, de 2021)
II - compra de imóveis públicos de propriedade do mesmo ente disponibilizados para venda;        
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 113, de 2021)
III - pagamento de outorga de delegações de serviços públicos e demais espécies de concessão negocial
promovidas pelo mesmo ente;       (Incluído pela Emenda Constitucional nº 113, de 2021)
IV - aquisição, inclusive minoritária, de participação societária, disponibilizada para venda, do respectivo ente
federativo; ou       (Incluído pela Emenda Constitucional nº 113, de 2021)
V - compra de direitos, disponibilizados para cessão, do respectivo ente federativo, inclusive, no caso da União,
da antecipação de valores a serem recebidos a título do excedente em óleo em contratos de partilha de
petróleo.      (Incluído pela Emenda Constitucional nº 113, de 2021)
Precatório: disciplina constitucional e legal.
§ 12. A partir da promulgação desta Emenda Constitucional, a
atualização de valores de requisitórios, após sua expedição, até o
efetivo pagamento, independentemente de sua natureza, será feita pelo
índice oficial de remuneração básica da caderneta de poupança, e,
para fins de compensação da mora, incidirão juros simples no mesmo
percentual de juros incidentes sobre a caderneta de poupança, ficando
excluída a incidência de juros compensatórios.           
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 62, de 2009).   
(Vide ADI 4425)

VIDE DEMAIS PARAGRAFOS DO ART. 100, CF


“Calotes constitucionais”
Art. 33. Ressalvados os créditos de natureza alimentar, o valor dos precatórios
judiciais pendentes de pagamento na data da promulgação da Constituição,
incluído o remanescente de juros e correção monetária, poderá ser pago em moeda
corrente, com atualização, em prestações anuais, iguais e sucessivas, no prazo
máximo de oito anos, a partir de 1º de julho de 1989, por decisão editada pelo
Poder Executivo até cento e oitenta dias da promulgação da Constituição.     
(Vide Emenda Constitucional nº 3, de 1993)
Parágrafo único. Poderão as entidades devedoras, para o cumprimento do disposto
neste artigo, emitir, em cada ano, no exato montante do dispêndio, títulos de dívida
pública não computáveis para efeito do limite global de endividamento.
(TEXTO ORGINARIO CF)
“Calotes constitucionais”
Art. 78, ADCT. Ressalvados os créditos definidos em lei como de pequeno valor, os de natureza alimentícia, os de que trata
o art. 33 deste Ato das Disposições Constitucionais Transitórias e suas complementações e os que já tiverem os seus
respectivos recursos liberados ou depositados em juízo, os precatórios pendentes na data de promulgação desta Emenda e
os que decorram de ações iniciais ajuizadas até 31 de dezembro de 1999 serão liquidados pelo seu valor real, em moeda
corrente, acrescido de juros legais, em prestações anuais, iguais e sucessivas, no prazo máximo de dez anos, permitida a
cessão dos créditos.              (Incluído pela Emenda Constitucional nº 30, de 2000)
§ 1º É permitida a decomposição de parcelas, a critério do credor.  (Incluído pela Emenda Constitucional nº 30, de 2000)
§ 2º As prestações anuais a que se refere o caput deste artigo terão, se não liquidadas até o final do exercício a que se
referem, poder liberatório do pagamento de tributos da entidade devedora.              
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 30, de 2000)       (Vide Emenda Constitucional nº 62, de 2009)
§ 3º O prazo referido no caput deste artigo fica reduzido para dois anos, nos casos de precatórios judiciais originários de
desapropriação de imóvel residencial do credor, desde que comprovadamente único à época da imissão na posse.              
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 30, de 2000)
§ 4º O Presidente do Tribunal competente deverá, vencido o prazo ou em caso de omissão no orçamento, ou preterição ao
direito de precedência, a requerimento do credor, requisitar ou determinar o seqüestro de recursos financeiros da entidade
executada, suficientes à satisfação da prestação.                (Incluído pela Emenda Constitucional nº 30, de 2000)
“Calotes constitucionais”
Art. 97, ADCT. Até que seja editada a lei complementar de que trata o § 15 do art. 100 da
Constituição Federal, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios que, na data de
publicação desta Emenda Constitucional, estejam em mora na quitação de precatórios
vencidos, relativos às suas administrações direta e indireta, inclusive os emitidos durante
o período de vigência do regime especial instituído por este artigo, farão esses
pagamentos de acordo com as normas a seguir estabelecidas, sendo inaplicável o
disposto no art. 100 desta Constituição Federal, exceto em seus §§ 2º, 3º, 9º, 10, 11, 12,
13 e 14, e sem prejuízo dos acordos de juízos conciliatórios já formalizados na data de
promulgação desta Emenda Constitucional.              
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 62, de 2009)    
(Vide Emenda Constitucional nº 62, de 2009)

VIDE PARAGRAFOS DESTE ARTIGO.


“Calotes constitucionais”
STF julga parcialmente inconstitucional emenda dos precatórios
O Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF), por maioria, julgou parcialmente procedentes as
Ações Diretas de Inconstitucionalidade (ADIs) 4357 e 4425 para declarar a inconstitucionalidade
de parte da Emenda Constitucional 62/2009, que instituiu o novo regime especial de pagamento
de precatórios. Com a decisão, foram declarados inconstitucionais dispositivos do artigo 100 da 
Constituição Federal, que institui regras gerais para precatórios, e integralmente inconstitucional
o artigo 97 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT), que cria o regime
especial de pagamento.
O regime especial instituído pela EC 62 consiste na adoção de sistema de parcelamento de 15
anos da dívida, combinado o regime que destina parcelas variáveis entre 1% a 2% da receita de
estados e municípios para uma conta especial voltada para o pagamento de precatórios. Desses
recursos, 50% são destinados ao pagamento por ordem cronológica, e os valores restantes a um
sistema que combina pagamentos por ordem crescente de valor, por meio de leilões ou em
acordos diretos com credores.
“Calotes constitucionais”
Na sessão desta quinta-feira (14), a maioria dos ministros acompanhou o relator, ministro Ayres Britto
(aposentado), e considerou o artigo 97 do ADCT inconstitucional por afrontar cláusulas pétreas, como a de
garantia de acesso à Justiça, a independência entre os Poderes e a proteção à coisa julgada. O redator do
acórdão, ministro Luiz Fux, anunciou que deverá trazer o caso novamente ao Plenário para a modulação
dos efeitos, atendendo a pedido de procuradores estaduais e municipais preocupados com os efeitos da
decisão sobre parcelamentos em curso e pagamentos já realizados sob a sistemática da emenda.
Artigo 100
Na sessão de quarta-feira (13), o Plenário já havia decidido pela inconstitucionalidade de dispositivos do
artigo 100 da Constituição Federal, com a redação dada pela emenda, considerando parcialmente
procedentes as ADIs em pontos que tratam da restrição à preferência de pagamento a credores com mais de
60 anos, da fixação da taxa de correção monetária e das regras de compensação de créditos.
Fonte:
https://stf.jusbrasil.com.br/noticias/175322865/stf-julga-parcialmente-inconstitucional-emenda-dos-precato
rios
Consequências a respeito do
não pagamento do precatorio
IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA? (LIA, lei 8249)
Art. 11, LIA. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os
princípios da administração pública a ação ou omissão dolosa que viole os deveres
de honestidade, de imparcialidade e de legalidade, caracterizada por uma das
seguintes condutas:         
I - praticar ato visando fim proibido em lei ou regulamento ou diverso daquele
previsto, na regra de competência;
I - (revogado);         (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021)
II - retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício;
Consequências a respeito do
não pagamento do precatorio
IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA? (LIA, lei 8249)
Art. 12, LIA. Independentemente do ressarcimento integral do dano patrimonial, se efetivo, e das
sanções penais comuns e de responsabilidade, civis e administrativas previstas na legislação
específica, está o responsável pelo ato de improbidade sujeito às seguintes cominações, que
podem ser aplicadas isolada ou cumulativamente, de acordo com a gravidade do fato:    
(...)
III - na hipótese do art. 11 desta Lei, pagamento de multa civil de até 24 (vinte e quatro) vezes o
valor da remuneração percebida pelo agente e proibição de contratar com o poder público ou de
receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por
intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo não superior a 4
(quatro) anos; 
Consequências a respeito do
não pagamento do precatorio
IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA? (LIA, lei 8249)
Art. 12, LIA. Independentemente do ressarcimento integral do dano patrimonial, se efetivo, e das
sanções penais comuns e de responsabilidade, civis e administrativas previstas na legislação
específica, está o responsável pelo ato de improbidade sujeito às seguintes cominações, que
podem ser aplicadas isolada ou cumulativamente, de acordo com a gravidade do fato:    
(...)
III - na hipótese do art. 11, ressarcimento integral do dano, se houver, perda da função pública,
suspensão dos direitos políticos de três a cinco anos, pagamento de multa civil de até cem vezes o
valor da remuneração percebida pelo agente e proibição de contratar com o Poder Público ou
receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por
intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de três anos.
Consequências a respeito do
não pagamento do precatorio
INTERVENCAO?
Art. 34, CF. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para:
(...)
VI - prover a execução de lei federal, ordem ou decisão judicial; 

Art. 35. O Estado não intervirá em seus Municípios, nem a União nos Municípios localizados
em Território Federal, exceto quando:
(...)
IV - o Tribunal de Justiça der provimento a representação para assegurar a observância de
princípios indicados na Constituição Estadual, ou para prover a execução de lei, de ordem ou
de decisão judicial.
Consequências a respeito do
não pagamento do precatorio
EMENTA: INTERVENÇÃO FEDERAL. Pagamento de precatório judicial.
Descumprimento voluntário e intencional. Não ocorrência. Inadimplemento devido
a insuficiência transitória de recursos financeiros. Necessidade de manutenção de
serviços públicos essenciais, garantidos por outras normas constitucionais.
Precedentes. Não se justifica decreto de intervenção federal por não pagamento de
precatório judicial, quando o fato não se deva a omissão voluntária e intencional do
ente federado, mas a insuficiência temporária de recursos financeiros.
(IF 5101, Relator(a): Min. CEZAR PELUSO (Presidente), Tribunal Pleno, julgado
em 28/03/2012, ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-176 DIVULG 05-09-2012
PUBLIC 06-09-2012)
Consequências a respeito do
não pagamento do precatorio
EMENTA: INTERVENÇÃO FEDERAL. Pagamento de precatório
judicial. Descumprimento voluntário e intencional. Não ocorrência.
Inadimplemento devido a insuficiência transitória de recursos
financeiros. Necessidade de manutenção de serviços públicos
essenciais, garantidos por outras normas constitucionais.
Precedentes. Não se justifica decreto de intervenção federal por não
pagamento de precatório judicial, quando o fato não se deva a omissão
voluntária e intencional do ente federado, mas a insuficiência temporária
de recursos financeiros. (IF 5114 – STF)
A EMENDA DO “FIM DO MUNDO”
A emenda Constitucional no. 95 alterou o ADCT, adicionando os arts.
106, 107, 108, 109, 110, 111, 112, 113 e 114, criando o Novo Regime
Fiscal no âmbito dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social da
União, que vigorará por vinte exercícios financeiro.

Neste regime, os gastos de 2016 servirão de parametro e serão


reajustados anualmente pela inflação do exercício.

Vide texto: http://www.periodicos.ufc.br/nomos/article/view/41434

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